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1 Doutorando em Periodontia.
2 Professor Doutor dePeriodontia da Universidade de Taubaté (Unitau).
RESUMO
O Diabetes Mellitus é uma desordem sistêmica que afeta a produção de insulina excretada pelo pâncreas e
desencadeia uma série de eventos de resposta imunológica do hospedeiro fazendo com que ocorra uma alteração nos
tecidos periodontais. A doença periodontal é uma desordem inflamatória que atinge os tecidos de suporte dos dentes
e pode ser desencadeada pelas desordens sistêmicas previamente já instaladas. Uma ligação bidirecional entre Diabetes
Mellitus e doença periodontal tem sido evidenciada nos últimos anos. Cicatrização após tratamento odontológico é
prejudicada em pacientes diabéticos. Diabéticos possuem difícil cicatrização em decorrência da resposta imune deficiente,
devido ao comprometimento da resposta de neutrófilos, migração e proliferação de fibroblastos e angiogênese na
condição diabética,entretanto, poucos são os estudos que mostram a previsibilidade da cicatrização em cirurgias
periodontais em pacientes com diabetes mellitus. O objetivo do estudo foi avaliar os mecanismos fisiopatológicos da
cicatrização de feridas nos tecidos periodontais em diabéticos.
UNITERMOS: Doença Periodontal; Diabetes Mellitus; Estresse Oxidativo R Periodontia 2019; 29: 35-41.
clorogênico acelerou a cicatrização das feridas. Enquanto o o biofilme microbiano natural nos dentes e uma resposta
ácido clorogênico induziu efeitos colaterais citotoxicidade/ imune-inflamatória do hospedeiro. O processo inflamatório
genotoxicidade, 15 dias de tratamento atenuaram os níveis faz parte de uma resposta biológica complexa, sendo
de glicose no sangue, fornecendo uma melhor compreensão uma tentativa de proteção pelo organismo de remover os
na ingestão de antioxidantes no reparo das feridas diabéticas estímulos prejudiciais e regenerar tecidos danificados. O
(Bagdas et al., 2015). organismo precisa funcionar perfeitamente e necessita de
O diabetes agrava a necrose do retalho e causa ou energia para conduzir todos os processos bioquímicos. Esta
aumenta o estresse oxidativo nos tecidos em geral. A necrose energia é fornecida pela 5’- triphosphate (ATP). A maior
é frequentemente observada em tecidos no pós-operatório parte da energia é produzida pelas mitocôndrias através
e é um efeito indesejado. Alguns fatores são conhecidos por da cadeia de transporte de elétrons (ETC) e da fosforilação
desempenhar um papel importante nesta complicação, como oxidativa, o que implica em um processo de oxidação com o
isquemia, fluxo sanguíneo inadequado e drenagem venosa oxigênio como principal agente de combustão no processo
alterada. O objetivo do estudo foi determinar os efeitos do bioquímico. A reação bioquímica origina radicais livres e de
tratamento sistêmico do ácido clorogênico na sobrevida do espécies reativas de oxigênio. Manter o organismo saudável
retalho cutâneo em um padrão aleatório experimental de necessita o equilíbiro entre a produção de radicais livres
modelo de retalho cutâneo dorsal em ratos diabéticos. Foram no processo energético e os efeitos prejudiciais como o
utilizados 28 machos Wistar albinos com idade de 12-16 estresse oxidativo. Os antioxidantes são substâncias que
semanas e peso de 300-350 g, no começo do experimento. quando presentes podem atrasar ou impedir a oxidação
Divididos em quatro grupos iguais: tratados com solução dos substratos. A manutenção de um metabolismo celular é
salina tamponada com fosfato (não diabéticos-controle); essencial para enfrentar toda agressão que tenta destruir as
ratos não diabéticos tratados com ácido clorogênico; formas de vida, e isso depende dos processos de produção de
ratos tratados com solução salina tamponada com fosfato energia que ocorre nas mitocôndrias. A inflamação é um dos
(controle diabético) e ratos diabéticos tratados com ácido principais meios de defesa, se for modificado ou alterado de
clorogênico. O estudo demonstrou que a administração alguma forma, pode se tornar um mecanismo desencadeante
sistêmica de ácido clorogênico promove uma resposta iniciado por uma agressão patogênica que poderia explicar o
significativa neste modelo de retalho nos grupos. Grupos aparecimento de uma doença (Bullon et al., 2014).
tratados com ácido clorogênico, tanto os diabéticos quanto Uma maior incidência e gravidade de DP é evidenciado
os não diabéticos, tiveram sobrevida significativamente maior em pacientes diabéticos tipo 1 e tipo 2 em comparação
quando comparados com os grupos tratados com solução com indivíduos saudáveis. Quando o tipo 1 e tipo 2 são
salina tamponada de fosfato (Bagdas et al., 2014). comparados diretamente aumentam a prevalência da DP
O estresse oxidativo é um dos mecanismos fisiopatológicos de forma semelhante. A cicatrização tardia de feridas é
subjacentes à periodontite diabética, é sensibilizado pela uma complicação comum do DM, exibe infiltração celular
superprodução de espécies altamente reativas de oxigênio prejudicada e formação inadequada de tecido de granulação.
devido ao equilíbrio da atividade pró-oxidante/oxidante. Um membro da família dos fatores de crescimento de ligação
A geração excessiva de espécies reativas de oxigênio de heparina com diversas funções fisiológicas é o fator-2 de
está relacionada à destruição dos tecidos periodontais e crescimento de fibroblastos, considerado o estágio inicial do
comprometimento da capacidade antioxidante em pacientes processo de cicatrização de feridas e envolvidos na proliferação
diabéticos. Uma importante fonte de espécies reativas de e diferenciação celular durante a cicatrização, estimulando
oxigênio são as mitocôndrias e também o principal alvo de potencialmente o efeito angiogênico e mitogênico da
ataque. Excessivas espécies reativas de oxigênio geradas atividade de células mesenquimais (Bizenjima et al., 2015).
induz a danos oxidativos das proteínas mitocondriais que A periodontite é uma complicação cada vez mais
levará, posteriormente, a alterações estruturais e disfunção prevalente do DM, e a 25-hidroxivitamina D3 (25VD3) foi
das mitocôndrias. O aumento do estresse oxidativo, disfunção recentemente considerada uma reguladora da imunidade
e comprometimento da biogênese mitocondrial contribuem inata desta doença. A proteína tirosina fosfatase de células
para o agravamento da periodontite em diabéticos. T não receptora tipo 2 (PTPN2) é uma potencial proteína na
Restauração da função mitocondrial e a supressão do estresse via do receptor de 25VD3. Foi reconhecida como regulador
oxidativo pode representar uma nova abordagem contra a da redução da inflamação e da formação óssea, suprime a
periodontite diabética (Sun et al., 2017). produção de TNF-α em monócitos e inibe a proliferação de
A periodontite crônica resulta de um desequilíbrio entre células T na prevenção da inflamação. Pode afetar a IFN-γ e
An official publication of the Brazilian Society of Periodontology ISSN-0103-9393 37
IL-6 em doenças relacionadas à imunidade e pode induzir a procedimentos periodontais regenerativos por causa do seu
diferenciação osteogênica. Camundongos db/db infectados papel fundamental no desenvolvimento de novo cemento,
com Porphyromonas foram tratados com 25VD3. A glicemia promovendo proliferação das células do ligamento periodontal,
de jejum e o peso corporal foram monitorados a cada duas formação óssea a partir da regulação de osteoblastos e
semanas e os níveis de perda óssea alveolar e citocinas osteoclastos. É reconhecido que um paciente deve controlar
inflamatórias séricas foram determinados no momento da o DM antes da cirurgia periodontal. No entanto, o controle
morte. Após o tratamento com 25VD3, citocinas inflamatórias da condição pode ser um desafio para alguns pacientes
séricas e perda óssea alveolar foram atenuadas, e a expessão (Correa et al., 2013).
de PTPN2 com 25VD3-reforçada diminuiu a expressão das Em pacientes com periodontite moderada a avançada,
proteínas de sinalização no epitélio gengival. Os autores a terapia periodontal cirúrgica é frequentemente utilizada,
concluíram que a PTPN2 contribuiu para a diminuição da após a realização de terapia periodontal básica. A terapia
inflamação periodontal no DM2 após o tratamento com periodontal regenerativa tem sido uma modalidade
25VD3 (Zhanget al.,2018). terapêutica amplamente utilizada, e que demonstra resultados
Indivíduos diabéticos têm alta frequência de periodontite muito satisfatórios. O uso do derivado de matriz de esmalte
ou perda dentária. Os problemas periodontais vão desde tem sido considerado um dos poucos biomateriais capaz
a cicatrização, resposta a inflamação prejudicada e alta de demonstrar uma excelente regeneração periodontal. No
prevalência de desordens cardiovasculares. O fator do estudo conduzido por (Seshima et al., 2016), 22 pacientes se
aumento dos níveis de glicose no sangue em pacientes apresentaram com pelo menos um defeito intraósseo ≥ 3mm
diabéticos influencia o processo de remodelamento ósseo, de profundidade. O derivado de matriz de esmalte foi aplicado
sendo um fator de risco para a falha dos implantes ou após o debridamento, e uma reavaliação foi realizada após 2
complicações em decorrência das respostas biológicas anos, e um total de 42 defeitos foram submetidos a análise de
adversas, por exemplo, em indivíduos com pobre controle do dados. Os resultados demonstraram um ganho significativo
DM (Kim et al., 2017). A idade é outro importante fator de em nível de inserção clínica e uma redução significativa da
risco para o DM2. Na Europa, 37% da população têm mais profundidade de sondagem o que foi comprovado pelas
de 50 anos e espera-se que isso aumente para 44% até 2030 avaliações dos parâmetros clínicos e radiológicos, durante
(Pérez-Losada et al., 2016). um período de 2 anos.
A diferenciação suprimida, proliferação e capacidade de O DM agrava a DP, aumentando a osteoclastogênese
formação óssea das células osteoblásticas durante o período e a apófise entre os osteoblastos. A cicatrização após o
crítico de cicatrização precoce têm sido apontadas como tratamento odontológico é prejudicada em pacientes com
um plausível mecanismo patogenético subjacente a pobre diabetes, uma vez em que a cicatrização de ferida é deficiente
formação óssea em DM descompensado. Estas alterações na condição diabética devido ao comprometimento da
podem diminuir a cicatrização e exacerbar a resposta ativação e resposta dos neutrófilos, migração e proliferação
inflamatória e assim diminuir a capacidade de reparo (Correa de fibroblastos e angiogênese. O estudo de (Takeda et al.,
et al., 2013). 2018) teve como objetivo investigar o efeito regenerativo
Alterações no metabolismo ósseo é uma observação periodontal do derivado de matriz de esmalte em diabetes.
comum em complicações em longo prazo em diabéticos. Trinta e seis ratos foram induzidos por estreptozotocina ou
Pacientes diabéticos do tipo II e resistente à insulina têm grupos controles (não diabéticos). Defeitos ósseos de três
mostrado fraturas ósseas ou perda óssea em ensaios clínicos paredes foram gerados cirurgicamente bilateralmente no
(Shirakata et al., 2014). molar de maxila, seguido pela aplicação de derivado de
Existem evidências que apoiam certos mecanismos matriz de esmalte. Os resultados foram avaliados pela análise
biológicos mediando o efeito da periodontite no controle histomorfológica e tomografia computadorizada. Níveis de
do diabetes. Evidências para a função beta-celular reduzida, expressão de RNAm de fatores inflamatórios e angiogênicos
estresse oxidativo elevado e dislipidemia em pessoas com nos defeitos foram quantificados por reação de cadeia de
diabetes tipo 2 e periodontite em relação diabetes sozinho. polimerase. Fibroblastos gengivais foram isolados de animais
Mediadores pró-inflamatórios circulantes são elevados em controle e cultivados em meio glicose ou controle. Os efeitos
pessoas com diabetes e periodontite, particularmente fator do derivado de matriz de esmalte na resistência à insulina e
de necrose tumoral α, PCR e mediadores do estresse oxidativo na sinalização PI3K/Akt/VEGF foram avaliados. A formação
(Sanzet al., 2018). de osso e cemento foram significativamente aumentadas em
A proteína derivada do esmalte é bem utilizada em locais tratados com derivado de matriz de esmalte em ratos
diabéticos do que em locais não tratados com derivado de o processo de remodelamento ósseo em decorrência das
matriz de esmalte em ratos controle. Os autores concluíram respostas biológicas adversas. De fato, uma formação óssea
que o derivado de matriz de esmalte pode promover a reduzida devido à diferenciação suprimida, proliferação e
regeneração tecidual periodontal via sinalização Akt/VEGF, capacidade de formação óssea das células osteoblásticas pode
mesmo em condições diabéticas. diminuir a cicatrização e exarcebar a resposta inflamatória,
interferindo desta forma na capacidade de reparo (Correa et
DISCUSSÃO al.,2013; Scully & Cawson, 2005). Baseado nisso, alterações
no metabolismo ósseo é uma obser vação comum em
A presente revisão demonstra que a cicatrização de complicações em longo prazo em diabéticos (Shirakata et
feridas em diabéticos sofre alterações nos mecanismos al., 2014).
fisiopatológicos, e que está associada, principalmente, com Mecanismos biológicos mediando o efeito da periodontite
o comprometimento da função dos fibroblastos via estresse no controle do diabetes, são evidenciados, como a função
oxidativo. Poucas investigações foram relatadas sobre o beta-celular reduzida, o estresse oxidativo elevado e a
processo de cicatrização no tecido periodontal, embora dislipidemia em pessoas com diabetes tipo 2 e periodontite
a cicatrização deficiente no estado diabético seja bem (Sanz et al., 2018). Um dos mecanismos fisiopatológicos
conhecida. relacionado a periodontite diabética é o estresse oxidativo,
O DM é uma doença metabólica caracterizada por uma que é sensibilizado pela produção de espécies altamente
hiperglicemia crônica devido à ausência de insulina ou à reativas de oxigênio e que está relacionado à destruição os
incapacidade da insulina promover seus efeitos, levando a tecidos periodontais (Sun et al., 2017).
um desequilíbrio do metabolismo dos carboidratos, lipídios e Um fato a ser considerado em relação aos mecanismos
proteínas (Wang et al.,2014; Pérez-Losada et al., 2016; Kido et que ligam a glicose alta à cicatrização de feridas gengivais
al., 2017; Takeda et al., 2108). Quando associada à destruição é o aumento do estresse oxidativo durante o processo de
de células β-pancreáticas e afetando indivíduos mais jovens, cicatrização (Kido et al., 2017). O comprometimento do
é classificada como DM1; e, quando ocorre uma insuficiência equilíbrio pré-oxidante/antioxidante em feridas crônicas,
do pâncreas em produzir insulina e levando a uma resistência resulta um estresse oxidativo, logo, o processo cicatricial pode
à insulina, é classificada como sendo DM2 (Pérez-Losada et ser prejudicado (Bagdas et al., 2015).
al., 2016; Izuora et al., 2016). No entanto, existem hipóteses de que o estresse
A DP é uma inflamação crônica que ocorre ao redor dos oxidativo na área da ferida pode ser controlado com terapia
dentes e que leva a destruição dos tecidos de suporte. São antioxidante sistêmica, acelerando desta forma a cicatrização.
induzidas por um acúmulo de microrganismos, que ativam Baseado nisso, um antioxidante dietético foi utilizado em
o sistema imunológico na busca de combater a infecção ferida diabética experimental, como o ácido clorogênico,
(Pérez-Losada et al., 2016). Mais de 500 espécies bacterianas acelerando a cicatrização da ferida (Bagdas et al., 2014; Bagda
foram encontradas no biofilme periodontal, bactérias Gram- et al., 2015).
negativas pertencentes ao complexo vermelho e propostas Além disso, uma importante fonte de espécies reativas
como agente etiológico primário de periodontite (Wu et al., de oxigênio são as mitocôndrias e geração excessiva de
2015). Embora os patógenos periodontais sejam considerados espécies reativas de oxigênio levará a alterações estruturais
o fator inicial da doença, a destruição dos tecidos são uma e disfunção das mitocôndrias (Sun et al., 2017). O organismo
consequência da resposta do hospedeiro a esses patógenos. precisa de energia para funcionar perfeitamente e conduzir
O DM e a DP são doenças crônicas consideradas todos os processos bioquímicos, e o processo inflamatório
biologicamente com uma relação bidirecional envolvendo faz parte de uma resposta biológica complexa. Esta energia
elevações de interleucina 1-β, fator de necrose tumoral α, é fornecida pela 5’triphosphato (ATP), que é produzida pelas
interleucina 6 e estresse oxidativo, sendo o DM um dos mitocôndrias e essencial para a manutenção do metabolismo
principais fatores de risco para a periodontite (Wu et al., 2015; celular (Bullon et al., 2014).
Shirakata et al., 2016; Sanz et al., 2018). De fato, pacientes Outro fator importante relacionado ao processo de
com diabetes apresentam uma alta taxa de prevalência e taxa cicatrização de feridas está ligado ao fator-2 de crescimento de
de progressão de problemas periodontais devido à infecção fibroblastos, que estimula o efeito angiogênico e mitogênico
por bactérias patogênicas (Seshima et al., 2016; Takeda et da atividade das células mesenquimais (Bizenjima et al., 2015).
al., 2018). Outro achado interessante, é a 25-hidroxivitamina D3
Aumento nos níveis de glicose no sangue influencia (25VD3), considerada uma reguladora da imunidade inata
na periodontite, e a combinação com a proteína tirosina the pathophysiological mechanisms of the wound healing in
fosfatase de células T não receptora (PTPN2) contribuem para periodontal tissues in diabetics.
a diminuição da inflamação periodontal no diabetes mellitus
tipo 2 (Zhang et al., 2018). UNITERMS: Periodontal disease; Diabetes Mellitus;
No que diz respeito na tentativa de desenvolvimento Oxidative stress.
de novo cemento, proliferação das células do ligamento
periodontal e formação óssea, procedimento periodontais
regenerativos são realizados com a utilização de proteína
derivada de esmalte (Correa et al., 2013), mas utilizada após
intervenção não cirúrgica, sendo considerado um dos poucos
Biomateriais com uma excelente regeneração periodontal
(Seshima et al., 2016). Além disso, em condições diabéticas, o
derivado de matriz de esmalte pode promover a regeneração
tecidual periodontal via sinalização Akt/VEGF.
CONCLUSÃO
ABSTRACT
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