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Universidade de São Paulo

Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas


Disciplina: Práticas de Leitura e Escrita Acadêmica
Aluno: Suellen Costa Ribeiro, Nº USP: 10269663

Fichamento detalhado: BELLUZZO, Luiz Gonzaga de Mello. (1993)


Economia, estado e democracia. Lua Nova, São Paulo, No 28-29, p.
201-208. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?
script=sci_arttext&pid=S010264451993000100008&lng=en&nrm=iso.
Acesso em 12 de outubro de 2021.
https://doi.org/10.1590/S0102-64451993000100008

1ª Parte: O conflito entre políticos e economistas (§§ 1-10)

a) No início do texto, o autor constata a relação conflituosa entre


políticos e economistas (§§ 1-2), pois os economistas agem
como “guardiões da racionalidade” (BELUZZO, 1993, p. 28) e os
políticos se queixam da falta de sensibilidade social por parte dos
economistas. Além disso, o autor cita que, muitas vezes, quando
constatado o fracasso da política, há a ‘vitória’ da economia, e
vice-versa.
b) Em seguida, o autor exemplifica o conflito entre políticos e
economistas (§§ 2-8), apresentando o posicionamento de
economistas frente à entrada de políticos na área da economia.
a. Primeiro, cita a crítica do professor James Buchanan a
Keynes e a era keynesiana, na qual o professor Buchanan
afirma ser um grande problema a inclinação dos governos
a trabalhar no vermelho e a criar déficits por eleitores.
b. Além disto, o autor cita a tendencia vitoriana de deixar
uma dívida pública crescente para gerações futuras.
c) Assim, o autor conclui a primeira parte do texto (§§ 9-10),
constatando o valor das contribuições do professor Buchanan e
citando como uma das principais o diagnóstico do “’fracasso’ da
era ‘keynesiana’ e dos prejuízos que causou à sociedade”
(BELUZZO, 1993, p. 28), pois apela ao liberalismo econômico e
denuncia as consequências de governos compensatórios e
intervencionistas.
2ª Parte: Mercado econômico e mercado político (§§ 11-14)

a) Na segunda parte do texto, o autor acrescenta o ponto de vista


keynesiano, pelo biografo Skidelsky (§§ 11-12), que defende
que o Estado foi fraco e ficou à mercê de ‘forças externas’,
sugerindo o esgotamento de intervenção estatal seja substituído
por algo mais avançado que o modelo keynesiano.
b) Em seguida, o autor argumenta que o problema em Buchanan e
Skidelsky está em conceber o Estado-economia como uma
relação de exterioridade (§§ 13) e, para solucionar o problema
da exteriorização, Beluzzo se vale de Samuel Brittan, que
estabelece a divisão entre mercado “econômico” e mercado
político. (§§ 14)
c) Por fim, o autor caracteriza o mercado econômico e mercado
político.
3ª Parte: O funcionamento da democracia. (§§ 15-22)
a) A fim de inserir Schumpeter nas discussões levantadas até
então, o autor contextualiza o leitor acerca do entusiasmo de
Schumpeter na matriz walrasiana. (§§ 15), e, apesar da
admiração, Schumpeter percebia a incompatibilidade entre
capitalismo realmente existente e sua representação, pois
defende que “a evolução capitalista arrasa para o fundo todas as
instituições” (BELUZZO, 1993, p. 204) (§§ 16).
b) Assim, Beluzzo demonstra a relação conflituosa entre capitalismo
e democracia. (§§ 17) e apresenta as condições impostas por
Schumpeter para o bom funcionamento da democracia: material
humano da política ser de qualidade; domínio da decisão política
deve ser restringido; a existência de burocracia pública de boa
reputação e sólida tradição.
c) Assim, Beluzzo constata que “Schumpeter era cético a respeito
das chances de sucesso das democracias na gestão da coisa
pública” (BELUZZO, 1993, p. 206), porém, realista. (§§ 18-19),
pois não confia na sabedoria do povo como um todo e nem na
classe política para a manutenção da democracia.

4ª Parte: O Liberalismo e o Progressismo (23-33)

a) Na última parte do texto, o autor constata não ser possível


discordar de Habermas acerca da tensão entre capitalismo e
democracia, visto que aos liberais, a solução se encontra na
diminuição do Estado e aos progressistas, em uma reforma
estatal. (§§ 23),
b) Em seguida, o autor explica que as funções sociais do Estado são
regidas por normas da representação popular e critérios de
utilidade social, já as funções econômicas, são administradas
pela lógica de mercado, sendo assim, ambas as propostas
reformistas necessitam de limites, porém, o acúmulo de
propriedade privada não (§§ 24-28)
c) Por fim, o autor conclui e constata que estamos assistindo à
“criação de um mecanismo de mercados especulativos privados
de câmbio” e evitando a volta do padrão monetário de potência
dominante. Assim, estamos diante do trunfo da política em
detrimento da economia e dos valores conservadores-liberais.
(§§ 28-33).

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