Brasil em Números
Panorama dos principais indicadores
econômicos e financeiros do mercado
imobiliário brasileiro
Março 2021
AVISO LEGAL
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conhecimento, dedicação, conhecimento de negócios e situação financeira, para citar apenas
alguns.
INTRODUÇÃO
REAL ESTATE NO BRASIL EM NÚMEROS foi concebido com o objetivo de informar os leitores à
partir de gráficos, explicações e análises sobre a atual situação do mercado imobiliário nacional.
REAL ESTATE NO BRASIL EM NÚMEROS visa trazer aos leitores um panorama elaborado e
completo do mercado imobiliário nacional, com a análise de diversos aspectos econômicos do
país e indicadores do mercado imobiliário. Este documentos traz uma visão geral e
contemporânea traduzida em números.
Equipe RExperts
SUMÁRIO
1. Índices Macroeconômicos 5
2. Mercado de Trabalho 10
3. Índice de Preços 13
5. Mercado de Capitais 32
6. Locação de Imóveis 36
7. Incorporação Imobiliária 41
8. Loteamentos 47
Referências 50
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1. INDICADORES MACROECONÔMICOS
O Produto Interno Bruto (PIB) é a soma de todos os bens e serviços finais produzidos por um país,
estado ou cidade. O PIB do Brasil é calculado trimestralmente pelo Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE) e sua variação anual é um dos mais importantes indicadores
econômicos do país.
O indicador PIB nominal refere-se ao PIB calculado à preços correntes no ano em que foi
calculado. Já o PIB real é calculado à preços constantes, isto é, corrigindo o PIB de períodos
passados por um deflator¹.
8,0 7,8
8
7,4
7
6
R$ trilhões
5
4,3
4
3 2,5
1,4
1
0,3
PIB Nominal IBGE (R$ Trilhões) PIB Real BCB (R$ Trilhões) PIB Nominal BCB (US$ Trilhões)
-4,1%
Foi a queda do PIB Real do Brasil em 2020, maior queda anual da
série histórica.
¹Deflator: Fator de inflação com o qual divide-se o PIB Nominal e obtém-se o PIB Real
Real Estate no Brasil em Números 6
²CAGR: Compound Annual Growth Rate – Taxa de Crescimento Anual Composta
Indicadores Macroeconômicos
PIB Nominal (US$ trilhões) e PIB per Capita (US$ mil) - Brasil
74% 74%
66%
56%
50%
46%
38%
32% 36%
24% 25%
16% 20% 24%
5% 34% 35% 39% 35%
0% 0% 3% 4% 0% -3% -2% 0% 1% -3%
19% 22% 20%
14% 14% 12% 13%
9% 7% 7% 7% 7% 10% 10%
0% 3% 0% 2% 0% -4%
-9% -9% -8% -7% -14%
176
166 168 170 172
157 160 162 164
92 94 96 96 97 97 100
77 81 84 85 88 90 91
66 67 70 70 72 73
O PIB da construção, divulgado anualmente pelo IBGE, é calculado a partir do valor de produção e
dos insumos da atividade a preços correntes, que são medidos através de duas pesquisas:
1) Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), que apura a parte da construção
realizada pelas famílias, ou seja, a construção informal.
2) Pesquisa Anual da Indústria da Construção (PAIC), que informa dados das empresas
formalmente constituídas e apresenta dados sobre ocupação, salários, custos e despesas,
receitas e valor das obras e/ou serviços realizados.
O PIB Real da Construção Civil calculado no gráfico a seguir foi obtido através da razão do PIB
nominal da Construção Civil pelo deflator anual do PIB Real do país.
PIB Real (R$ trilhões), PIB Real da Construção Civil (R$ trilhões) e
sua Participação (%)
8,1%
6,8%7,0%
6,5%
6,2%6,0%
5,3%5,5% 5,3%5,3%5,5%5,5%5,3%
4,9%
6,1% 4,6% 4,4%
4,2%
3,9%3,7%3,9%3,7% 3,7%3,5%
3,3%
2,9%
4,0%
7,7 7,8 7,6 7,8 7,5
7,4 7,5 7,5
7,3 7,5
7,1
6,8 6,7
6,4
6,1
5,9
5,7
5,2 5,4
5,0 5,1
4,7 4,7 4,8
4,5 4,6
4,2
-5,3 p.p.
Foi a queda da participação do PIB da Construção Civil no PIB Total
desde 1994 até 2020.
1. MERCADO DE TRABALHO
O Ministério da Economia divulga mensalmente os dados de empregos no Brasil a partir da
pesquisa eletrônica dos usuários cadastrados através do Cadastro Geral de Empregados e
Desempregados – CAGED.
-0,1%
Total (1,37)
Total (1,63)
2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020
Fonte: Sistema Gerenciador de Séries do Banco Central do Brasil, Ipeadata, SECOVI SP, Ministério da Economia
+7,7 p.p. Foi o aumento na taxa de desocupação verificada entre seu valor
mínimo em 2013 e 2020
8,9%
9,6% 6,9%
8,4% 8,4% 6,2% 6,5%
7,4%
6,8% 6,8% 6,9%
96 97 97 100
91 92 94 96
88 90
2004 2005 2006 2007 2008 2009 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020
3. ÍNDICE DE PREÇOS
Neste capítulo, serão tratados os principais índices de inflação, câmbio e de custo unitário.
Órgão que
Índice Nome Periodicidade Método de Cálculo
Calcula
Orçamento de um edifício
Custo Unitário Sinduscon residencial de 8 pavimentos
CUB R8-N Básico
Mensal padrão normal de acabamento
- SP
dividido pela sua área construída.
No gráfico a seguir, foi fixada uma base 100 em janeiro de 2008 para os índices da tabela acima,
seguida por suas variações mensais. No período, o IGP-M apresentou a maior alta acumulada
entre os índices.
260
253
240
233
220
209
200 203
180
160
140
120
100
20%
15%
11,7%
10% 9,4%
8,1%
5% 4,6%
0%
-5% -1,7%
11%
10%
9% 8,4% 8,5%
8%
6,7%
7%
6%
4,9%
5%
4%
3%
2%
1%
0%
jan/10 jan/11 jan/12 jan/13 jan/14 jan/15 jan/16 jan/17 jan/18 jan/19 jan/20 jan/21
Fonte: Ipeadata
13% 12,1%
12%
11%
10%
9%
8% 7,4%
6,7%
7%
6%
5%
3,6%
4%
2,7%
3%
2%
1%
0%
-1%
jan/10 jan/11 jan/12 jan/13 jan/14 jan/15 jan/16 jan/17 jan/18 jan/19 jan/20 jan/21
Fonte: Ipeadata
28,5%
30%
20%
11,2%
9,1%
10%
0%
-3,5% -10,3%
-10%
-20%
-30%
jan/10 jan/11 jan/12 jan/13 jan/14 jan/15 jan/16 jan/17 jan/18 jan/19 jan/20 jan/21
Fonte: Ipeadata
9%
8% 7,6%
7% 6,6%
6% 5,6%
5,0%
5%
4% 3,6%
3%
2%
1%
0%
jan/10 jan/11 jan/12 jan/13 jan/14 jan/15 jan/16 jan/17 jan/18 jan/19 jan/20 jan/21
Fonte: Ipeadata
11%
10%
9%
8,1%
8% 7,6%
7%
5,8%
6%
5%
4,0%
4%
3%
2%
1%
0%
jan/10 jan/11 jan/12 jan/13 jan/14 jan/15 jan/16 jan/17 jan/18 jan/19 jan/20 jan/21
Fonte: Sinduscon
25%
20%
15% 12,1%
8,5% 7,6% 7,6%
10% 9,1%
6,7% 7,4%
5% 5,6% 5,8%
0% 4,9% 4,0%
3,6% 2,7%
-5%
-10%
-15% -10,3%
INCC (FGV) IPCA (IBGE) IGP-M (FGV) CUB (Sinduscon-SP) USD - Ptax (BCB)
O gráfico abaixo é idêntico ao acima, porém retirando os valores do USD – Ptax para facilitar a
comparação.
10%
Média Dólar: 9,1%
8,5%
7,6%
8% 7,6%
7,4%
6,7%
6% 5,8%
5,6%
4%
4,9%
3,6% 4,0%
2%
2,7%
0%
INCC (FGV) IPCA (IBGE) IGP-M (FGV) CUB (Sinduscon-SP)
O IGP-M se mostrou como o mais volátil, pois é composto de 60% de IPA, que é mais volátil que o
IPCA e o INCC. O IPA inclui as variações do dólar, pois inclui produtos da indústria e da
agropecuária que são commodities negociadas internacionalmente e, portanto, com preços na
moeda estrangeira. O aumento considerável tanto da média quanto da volatilidade do dólar em
2020 fez com que o índice se destacasse ainda mais se comparado aos demais.
Para analisar o comportamento real dos custos de construção no Brasil, calculou-se o CUB R8-N
ajustado pelos valores históricos dos índices INCC, IPCA e IGP-M.
2.000
1.800
1.600 1.555
1.512
1.400 1.472
1.200
jan/08 jan/09 jan/10 jan/11 jan/12 jan/13 jan/14 jan/15 jan/16 jan/17 jan/18 jan/19 jan/20 jan/21
Ao ajustar o CUB R8-N pelo IGP-M, percebe-se que o custo unitário básico da construção civil
teve uma diminuição de 24%, o que indicaria ganho de eficiência. Contudo, ao se analisar o CUB
ajustado pelo IPCA, percebe-se um aumento de 2,8% no CUB R8-N. Ou seja, o único fator de
"eficiência" está no fato de o IGP-M ter mais influência do dólar do que o IPCA. Construir no
Brasil ficou mais barato para quem tem dólares apenas, o que será ainda mais evidente no
gráfico a seguir.
Na comparação de custos de construção no Brasil e nos EUA, utilizou-se o CUB R1-A Residencial
Padrão Alto com 1 pavimento. A conversão desse índice para dólar foi feita com a PTAX de
fechamento do ano respectivo. Já para o custo de construção dos EUA foi dividido o custo médio
de construção de residências unifamiliares pela área média construída informada pela pesquisa
da National Association of Home Builders (NAHB), uma das maiores associações comerciais dos
Estados Unidos, representando os interesses de construtores de casas, desenvolvedores,
empreiteiros e empresas associadas.
2.013
1.799
1.650 1.659
1.497
1.447
723 747
684
589
518
460
4x
É o quanto sai mais caro construir uma residência unifamiliar de alto
padrão nos EUA do que no Brasil.
• O IVG-R (Índice de Valores e de Garantia de Imóveis Residenciais) é calculado mensalmente pelo Banco
Central do Brasil (BCB) a partir das medianas dos valores dos imóveis em cada conjunto de municípios
das regiões utilizadas para o cálculo do IPCA, ponderadas pelos números de domicílios de cada região.
• Os índices IGMI (Índice Geral do Mercado Imobiliário) do Estado de São Paulo e do Brasil representam a
evolução de preço dos ativos imobiliários residenciais do país e do estado medido mensalmente através
de laudos de imóveis financiados pelos bancos. Eles são calculados mensalmente pela FGV e pela
ABECIP.
• Os índices FIPEZAP Brasil e do Estado de São Paulo são calculados para imóveis residenciais e
comerciais mensalmente pela FIPE (Fundação Instituto Pesquisas Econômicas) e Zap Imóveis.
Acompanham os preços de venda e locação de imóveis no Brasil. O índice é calculado pela FIPE com
base nos anúncios de apartamentos prontos publicados na página do ZAP Imóveis e em outras fontes
da Internet, formando uma base de dados com mais de 500.000 anúncios válidos por mês. A série teve
início em 2012.
Os gráficos de evolução de índice são calculados à partir de uma base 100 no início da série,
obtendo-se as diferentes curvas.
115 114
112
110 111
105
100
95
90
87
85
80
90
78
80
77
77
70
60 60
50
* As séries IVG-R e FipeZap Brasil Venda Comercial estão atualizadas até dezembro de 2020.
90
80
70 65
60 64
63
50 50
40
Todos os índices deflacionados sofreram forte queda desde 2014, Com quedas mais
pronunciadas no período de 2020.
50% Foi a queda real apresentada pelo índice FipeZap Venda Comercial no
Brasil, deflacionado pelo IGP-M, nos últimos 7 anos
9,6%
8%
7,2%
4% 3,9%
0%
-1,2%
-4%
-8%
jan/15 jul/15 jan/16 jul/16 jan/17 jul/17 jan/18 jul/18 jan/19 jul/19 jan/20 jul/20 jan/21
IVG-R IGMI-R (Brasil)
FipeZap Brasil Venda Residencial FipeZap Brasil Venda Comercial
-5% -5,5%
-10%
-15% -12,5%
jan/15 jul/15 jan/16 jul/16 jan/17 jul/17 jan/18 jul/18 jan/19 jul/19 jan/20 jul/20 jan/21
IVG-R (BCB) IGMI-BR (ABECIP)
FipeZap Brasil Venda Residencial FipeZap Brasil Venda Comercial
+7,8% Foi a maior variação acumulada num período de 12 meses para o IGMI-
BR, observada em maio de 2020.
Quando os índices são deflacionados por IPCA, percebe-se que os imóveis nem sempre se
valorizam...
130 130
120 120
110 111
100
90 90
80
Percebe-se uma desvalorização mais elevada do índice comercial em relação aos índices gerais e
residenciais tanto no Mercado Imobiliário brasileiro quanto no mercado Imobiliário Paulista.
105 102
100
95
90 90
85
83
80
77
75
70
65
62
60
55
100
90
80
73
70 64 68
65
60
50
52
15%
15,1%
10%
7,2%
5%
3,9%
0% 0,5%
-5%
-10%
jan/15 jul/15 jan/16 jul/16 jan/17 jul/17 jan/18 jul/18 jan/19 jul/19 jan/20 jul/20 jan/21
IVG-R IGMI-R (SP)
FipeZap São Paulo Venda Residencial FipeZap São Paulo Venda Comercial
Fonte: FIPE, ABECIP, Banco Central do Brasil Dados Abertos
* As séries IVG-R e FipeZap São Paulo Venda Comercial estão atualizadas até dezembro de 2020.
15,0% 13,3%
10,0%
10,1%
5,0%
2,5%
0,0%
-0,6%
-3,8%
-5,0%
-10,0%
-15,0%
-20,0%
jan/15 jul/15 jan/16 jul/16 jan/17 jul/17 jan/18 jul/18 jan/19 jul/19 jan/20 jul/20 jan/21
10,1% Foi a valorização real do IGMI-SP em 2020 corrigido por IPCA, tendo seu
pico de variação acumulada 12 meses de 13,3% em maio de 2020.
10%
8%
6% 5,0%
4%
1,6%
2% 0,8%
-0,1%
0% -1,5%
-2% -1,7%
-2,7% -3,7%
-4% -3,7% -3,5% -3,8% -4,9%
-6%
-5,3% -6,6%
-6,0% -7,2%
-8%
-14%
IVG-R IGMI-R (SP) IGMI-R (Brasil) FipeZap Brasil FipeZap Brasil FipeZap São FipeZap São
Venda Venda Paulo Venda Paulo Venda
Residencial Comercial Residencial Comercial
350 359
321
300 296
250
200
150
100
50
0
jan/08 jan/09 jan/10 jan/11 jan/12 jan/13 jan/14 jan/15 jan/16 jan/17 jan/18 jan/19 jan/20 jan/21
IVG-R (BCB) FipeZap Brasil Venda Residencial FipeZap Estado de São Paulo Venda Residencial
250
216
200
177
150 158
146
100
50
0
jan/08 jan/09 jan/10 jan/11 jan/12 jan/13 jan/14 jan/15 jan/16 jan/17 jan/18 jan/19 jan/20 jan/21
IVG-R (BCB) FipeZap Brasil Venda Residencial FipeZap Estado de São Paulo Venda Residencial
217
220
190
160
142
130 127
120
100
jan/08 jan/09 jan/10 jan/11 jan/12 jan/13 jan/14 jan/15 jan/16 jan/17 jan/18 jan/19 jan/20 jan/21
IVG-R (BCB) FipeZap Brasil Venda Residencial FipeZap Estado de São Paulo Venda Residencial
Percebe-se uma nítida diferença entre analisar as séries em valores reais e nominais. Enquanto
picos nominais ocorrem no presente (jan-2021), os picos reais ocorreram em 2014 com uma
desvalorização real até os dias de hoje.
Percebe-se também que a valorização imobiliária paulista tende a ser, em média, maior do que a
brasileira.
20%
10%
7%
4%
0% 4%
-3%
-10%
jan/09 jan/10 jan/11 jan/12 jan/13 jan/14 jan/15 jan/16 jan/17 jan/18 jan/19 jan/20 jan/21
IVG-R (BCB) FipeZap Brasil Venda Residencial FipeZap Estado de São Paulo Venda Residencial
22,5%
20,0%
10,0%
2,5%
0,0% -0,6%
-0,6%
-10,0%
-11,3%
-20,0%
jan/09 jan/10 jan/11 jan/12 jan/13 jan/14 jan/15 jan/16 jan/17 jan/18 jan/19 jan/20 jan/21
IVG-R (BCB) FipeZap Brasil Venda Residencial FipeZap Estado de São Paulo Venda Residencial
Desde o início do período de análise a valorização imobiliária acumulada passou por basicamente
quatro ciclos: desenvolvimento até o pico, pico, baixa e atualmente apresenta uma leve
recuperação.
15%
9,4% 10,3%
8,8%
10%
5%
0%
0,9%
-0,9% -0,8%
-5%
IVG-R (BCB) FipeZap Brasil Venda Residencial FipeZap Estado de São Paulo Venda
Residencial
10%
4,5%
3,0% 3,6%
5%
0%
-5%
-4,4%
-6,5% -6,0%
-10%
IVG-R (BCB) FipeZap Brasil Venda Residencial FipeZap Estado de São Paulo Venda
Residencial
5. MERCADO DE CAPITAIS
Índice Explicação
IFIX Índice calculado diariamente pela B3 que mostra o desempenho médio dos
fundos imobiliários listados na Bolsa de Valores.
368
350
300
288
284
250
237
200
183
150
100 109
50
47
0
jan/11 jan/12 jan/13 jan/14 jan/15 jan/16 jan/17 jan/18 jan/19 jan/20 jan/21
IFIX (B3) IMOB (B3) IBOV (B3)
IMA-S (AMBIMA) IMA-B5+ (AMBIMA) IMA-GERAL (AMBIMA)
Fonte: B3, Google Finance, Sistema Gerenciador de Séries do Banco Central do Brasil
80% 80%
60%
40%
20% 7%
5%
4%
0% 4%
2%
-20% -7%
-60%
jan/12 jan/13 jan/14 jan/15 jan/16 jan/17 jan/18 jan/19 jan/20 jan/21
IFIX (B3) IMOB (B3) IBOV (B3) IMA-S (AMBIMA)
IMA-B5+ (AMBIMA) IMA-GERAL (AMBIMA) IPCA
Fonte: B3, Google Finance, Sistema Gerenciador de Séries do Banco Central do Brasil
212
200
166
164
150
137
100 106
63
50
34
0
jan/11 jan/12 jan/13 jan/14 jan/15 jan/16 jan/17 jan/18 jan/19 jan/20 jan/21
Fonte: B3, Google Finance, Sistema Gerenciador de Séries do Banco Central do Brasil
A partir da análise dos gráficos percebe-se que, no período analisado, apenas o IFIX (que
representa um investimento de renda variável) superou o retorno do IMA-S índice atrelado à SELIC
e aos títulos de renda fixa do tesouro direto.
40%
26,3% 27,6% 27,9%
30% 24,4%
16,6%
20% 12,2%
13,9% 7,9%
10% 11,0% 9,0% 11,1%
6,2% 5,6%
0% 0,9% 5,8% 5,6%
3,4%
-0,1%
-10% -4,4%
-20% -11,9%
-30%
-25,8%
-40%
IFIX (B3) IMOB (B3) IBOV (B3) IMA-S IMA-B5+ IMA-GERAL IPCA
(AMBIMA) (AMBIMA) (AMBIMA)
Fonte: B3, Google Finance, Sistema Gerenciador de Séries do Banco Central do Brasil
40%
-40% -30,7%
IFIX (B3) IMOB (B3) IBOV (B3) IMA-S (AMBIMA) IMA-B5+ IMA-GERAL
(AMBIMA) (AMBIMA)
Fonte: B3, Google Finance, Sistema Gerenciador de Séries do Banco Central do Brasil
Observa-se também que os índices atrelados à renda variável e negociados em bolsa possuem
uma volatilidade bem mais elevada que os índices atrelados aos títulos do governo e inflação.
Infelizmente, para o setor de construção civil, percebe-se que o índice IMOB foi o único que
apresentou média negativa em termos reais no período, além de ter sido o mais volátil dos
índices.
Real Estate no Brasil em Números 35
6. Locação
Real Estate no Brasil em Números
Locação
6. LOCAÇÃO
Os índices de Taxa de Locação, Cap Rate ou Rental Yield, assim como os preços médios de
locação no mercado imobiliário nacional e do Estado de São Paulo são calculados mensalmente
pela FIPE (Fundação Instituto Pesquisas Econômicas) e Zap Imóveis.
Tanto o investimento no imóvel quanto o valor de aluguéis recebidos que permitem calcular os
indicadores, são baseados nos mais de 500.000 anúncios no site Zap Imóveis. Para calcular os
juros reais do Brasil o índice IMA-S, explicado anteriormente, foi deflacionado pelo IPCA calculado
mensalmente pelo IBGE, ou seja, ajustou-se o índice IMA-S descontando a inflação IPCA (Juros
real no Brasil).
8,0%
5,8%
6,0% 5,4%
5,3%
4,8%
4,0% 3,9%
2,0%
0,0%
-2,0%
-2,2%
-4,0%
jan/13 jan/14 jan/15 jan/16 jan/17 jan/18 jan/19 jan/20 jan/21
Fonte: FIPE, Ipeadata, Sistema Gerenciador de Séries do Banco do Brasil, Tesouro Direito
Os índices de aluguel têm uma volatilidade baixa, inclusive inferior à taxa de juros básica da
economia do país (IMA-S deflacionado por IPCA).
No período analisado, que o retorno de investimento nos aluguéis comerciais é mais elevado que
o dos aluguéis residenciais.
O mercado imobiliário paulista apresenta retornos mais elevados que o mercado brasileiro.
54
55
50
45
44
40 40
37
35
30 31
25
20
jan/12 jan/13 jan/14 jan/15 jan/16 jan/17 jan/18 jan/19 jan/20 jan/21
70
60
50
44
40 40
37
30 31
20
jan/12 jan/13 jan/14 jan/15 jan/16 jan/17 jan/18 jan/19 jan/20 jan/21
Percebe-se que no período analisado o preço médio dos aluguéis corrigido pela inflação
apresentou uma queda no período.
O setor que mais foi impactado foi o comercial tanto no mercado imobiliário brasileiro, quanto no
mercado imobiliário paulistano.
É possível notar que o valor médio dos aluguéis no Estado de São Paulo supera os do mercado
imobiliário brasileiro, caracterizando uma região mais valorizada.
8%
6,8%
6,3% 6,5%
6% 5,5% 5,6%
5,1% 6,0%
5,8%
5,2%
4,7% 5,5%
5,2%
4% 4,8%
4,4%
3,0%
2%
0,5%
0%
0,4%
-2%
-4%
-6%
-5,7%
-8%
Taxa de Aluguel Taxa de Aluguel Taxa de Aluguel Taxa de Aluguel IMA-S (ANBIMA) IMA-S (ANBIMA)
Residencial - Brasil Residencial - Estado Comercial - Brasil - Comercial - Estado Deflacionado Pelo Deflacionado Pelo
- Todos (rental de São Paulo - Todos (rental yield) de São Paulo - IPCA IGPM
yield) (FIPEZAP) Todos (rental yield) (FIPEZAP) Todos (rental yield)
(FIPEZAP) (FIPEZAP)
Na sequência, apresentamos os dados a respeito das ações nos tribunais relacionadas à locação
de imóveis.
• As ações totais do Estado de São Paulo equivalem ao Número total de ações locatícias protocoladas
mensalmente no Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJSP).
• Ações por falta de pagamento são calculadas da mesma forma, porém fazem referência a ações que se
dão por causa da falta de pagamentos de aluguéis.
• O número de ações de despejo faz referência ao número de ações que tem como objetivo a retomada de
imóveis por parte do locador.
• O número de ações renovatórias faz referência ao total de ações que tem como fruto à renovação de
contratos de aluguéis comerciais.
• As ações consignatórias são as propostas pelo devedor contra o credor, quando este se recusa a
receber o valor da dívida ou exigir do devedor valor superior ao devido, além de outras hipóteses
admitidas na legislação.
70.000
69.158
60.000
50.000
40.000
30.000
20.000
13.189
10.000 11.472
807
0 762
148
1994
2001
2008
2015
1993
1995
1996
1997
1998
1999
2000
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2009
2010
2011
2012
2013
2014
2016
2017
2018
2019
2020
Percebe-se que o número de ações vem se reduzindo em relação ao pico em 1996 o que mostra
uma certa estabilização e regulamentação amadurecida.
7. INCORPORAÇÃO IMOBILIÁRIA
O preço de venda residencial do mercado imobiliário paulista e brasileiro é calculado
mensalmente pelo FIPE (Fundação Instituto Pesquisas Econômicas) à partir na mesma pesquisa
dos índices FIPEZAP que determina o preço dos imóveis de São Paulo e do Brasil por metro
quadrado, baseado nos mais de 500.000 anúncios listados no site ZAP Imóveis.
R$ 9.500/m² 9.550
9.078
R$ 8.500/m² 8.488
R$ 7.500/m²
7.271
R$ 6.500/m²
R$ 5.500/m²
5.268
R$ 4.500/m²
jan/12 jan/13 jan/14 jan/15 jan/16 jan/17 jan/18 jan/19 jan/20
15.646
R$ 16.000/m²
R$ 14.000/m²
R$ 12.000/m²
R$ 10.000/m² 9.591
9.329
8.392
R$ 8.000/m² 8.558
7.486
R$ 6.000/m²
jan/12 jan/13 jan/14 jan/15 jan/16 jan/17 jan/18 jan/19 jan/20
Preço médio de venda residencial - Brasil (FIPEZAP)
Preço médio de venda comercial - Brasil (FIPEZAP)
Preço médio de venda residencial - Estado de São Paulo (FIPEZAP)
Preço médio de venda comercial - Estado de São Paulo (FIPEZAP)
Fonte: FIPE
Quando deflaciona-se os preços pelo IPCA (índice de inflação) observa-se uma desvalorização do
preço dos imóveis no período. O preço de venda dos imóveis comerciais se mostrou ser mais
elevado que dos imóveis residenciais, apesar da tendência atual de diminuição da diferença entre
eles. Além disso, o mercado imobiliário brasileiro possui preços de venda de imóveis inferiores
aos do mercado imobiliário paulistano quando compara-se os setores comerciais e residencial.
Nossa próxima análise, tem relação aos números gerais de unidades vendidas e financiadas.
• O valor nominal de vendas de todos os empreendimentos é calculado à partir de uma pesquisa baseada
na compilação mensal de dados das incorporadoras associadas à Abrainc (Associação Brasileira de
Incorporadoras Imobiliárias) realizada pela mesma e pela FIPE (Fundação Instituto Pesquisas
Econômicas). O valor, em milhões de reais, faz referência ao total de unidades comercializadas pelas
empresas participantes no período de referência.
• As vendas de imóveis residenciais novos na região metropolitana e na cidade de São Paulo e o Valor
Geral de Vendas (VGV) equivalente, são calculados mensalmente pela EMBRAESP, a partir de estudos de
inteligência do mercado imobiliário baseados em consultas em diversas fontes e verificadas com as
informações constantes no referido projeto aprovado e disponibilizado pela Prefeitura. O SECOVI-SP
apresenta os resultados obtidos na Pesquisa do Mercado Imobiliário.
140
120
100
Mil Unidades
80
60
60
56
40
20
-
ago/15
dez/15
fev/16
ago/16
dez/16
fev/17
ago/17
dez/17
fev/18
ago/18
dez/18
fev/19
ago/19
dez/19
fev/20
abr/16
abr/17
abr/18
abr/19
jun/19
jun/15
jun/16
jun/17
jun/18
out/15
out/16
out/17
out/18
out/19
100
R$ Bilhões
80
57
60
33
40 29
26
27
20 15
10 21 24
-
Com o objetivo de analisar o comportamento “real” dos índices, ajustou-se todos pelo valor
histórico do IPCA. Para isso, fixando-se a referência em dez/2020 descontou-se, da evolução dos
índices, a taxa de inflação dada pela série histórica do IPCA.
100
80 68
60
40 29
18 27
20 24
21
12
-
1.000
1.000
896
900
804
x1.000 Unidades
800
700
707
630
600
545
500
400
jan/13 jan/14 jan/15 jan/16 jan/17 jan/18 jan/19 jan/20
No Estado de São Paulo registra-se a compra e venda de imóveis baseando-se em dados brutos
de transferências e operações cadastradas nos cartórios de registro de imóveis associados à
ARISP (Associação dos Registradores de Imóveis de São Paulo), a partir de janeiro de 2012,
calculado mensalmente pela FIPE.
Até 2016 o número de transações no mercado imobiliário era decrescente e atualmente vive-se
uma inflexão desse panorama.
• O valor de Inadimplência SBPE é calculado pela ABECIP e pelo Banco do Brasil anualmente baseado no
número de contratos de financiamento com mais de 3 prestações em atraso divididos por tipo de
garantia: alienação fiduciária ou garantia hipotecária.
1,4%
600
400
200
18
- 1
jan/17
jan/13
jan/14
jan/15
jan/16
jan/18
jan/19
jan/20
out/13
out/14
out/15
out/16
out/17
out/18
out/19
out/20
abr/13
jul/13
abr/14
jul/14
abr/15
jul/15
abr/16
jul/16
abr/17
jul/17
abr/18
jul/18
abr/19
jul/19
abr/20
jul/20
SBPE – Inadimplência (% contratos pós 1998 com mais de 3 prestações em atraso) (ARI/FIPE)
8. LOTEAMENTOS
Os valores de total de projetos e lotes aprovados são publicados anualmente desde 2010 pelo
Graprohab (Grupo de Análise e Aprovação de Projetos Habitacionais do Estado de São Paulo).
Desde 2017 o Secovi-SP em conjunto com a Brain e AELO realizam trimestralmente a Pesquisa
do Mercado de Lotes Urbanizados no Estado de São Paulo com o levantamento de dados de
lançamentos, vendas, oferta, dentre outros indicadores importantes para dimensionar e
acompanhar o mercado de lotes residenciais novos nas principais cidades do Estado de São
Paulo.
R$ 5,12 bi
R$ 5,01 bi
R$ 4,68 bi
R$ 4,53 bi
R$ 4,01 bi R$ 3,99 bi
119 119
105 103 100
56
39 mil
28 mil 30 mil 33 mil 30 mil
21 mil
9 mil 12 mil
3 mil 3 mil 3 mil 5 mil
Verificou-se aumento de estoque de lotes o que pode ser uma das razões da redução do
lançamento de novos empreendimento implicando numa diminuição no valor geral de vendas.
Desde 2018 o número de lotes e projetos aprovados aumentou, mas ainda permanece abaixo do
pico em 2013.
155
78 mil
53 mil
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 1S
Rafael Dultra
Rafael é estudante de engenharia
civil da Escola Politécnica da
Universidade de São Paulo, com
ênfase em Real Estate.
Estuda e atua ativamente no
mercado imobiliário brasileiro,
contribuindo para seu
crescimento.
Atualmente Rafael é analista no RExperts tendo como foco
principal a estruturação de cursos e criação de conteúdo
para seguidores. Também atua no nicho de loteamentos,
estruturando negócios dentro deste segmento.
RExperts Consultoria
RExperts Consultoria e Educação Ltda. Endereço:
CNPJ: 28.115.991/0001-77 R. Cap. Antônio Rosa, 409 - sala 231
Contato: +55 (11) 94245-8240 Jardim Paulistano, 01443-010
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