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FACULDADE DE ARQUITETURA
ARQUITETURA
RENASCENTISTA
Aula 01
Salvador
2019
Rafael Câmara
INTRODUÇÃO
◼ Esse “ressurgimento” das artes e valores clássicos impressionou tanto os acadêmicos, que
eles denominaram todo o período de Renascimento (ou Renascença).
⚫ O termo “humanismo”, portanto, tem origem na forma de identificar (ou diferenciar) os antigos textos
“pagãos”, em oposição aos textos “divinos” da Igreja Católica (como a Bíblia e as obras dos principais
teólogos);
⚫ Detalhe: os humanistas não eram contra a igreja Católica! Eles apenas procuravam ignorar os séculos
de interpretações dos antigos textos feitas por autores católicos e ter um contato direto com as obras
originais da Antiguidade Clássica, lidas em sua inteireza (e não apenas através de comentários ou
versões reduzidas).
HISTÓRICO - HUMANISMO
Pio II
HISTÓRICO - HUMANISMO
Papa Júlio II
Cenas de batalhas com o Papa Júlio II
HISTÓRICO - HUMANISMO
◼ Curiosidade: Entre 1309 e 1376, a sede do papado havia sido transferida para Avignon (França), em
função de conflitos da Igreja com a coroa francesa. Nesse período, a igreja teve sete papas, todos
franceses e, de certa forma, todos eles controlados pelos reis da França
◼ Esse tratado procurou, em linhas gerais, expressar a importância das regras “cristalizadas”
a partir do exemplo dos antigos, a importância do conselho dos especialistas e do
conhecimento preciso obtido através da prática contínua.
Gravura do
“De re aedificatoria”
OS TRATADOS DE ARQUITETURA
⚫ O novo humanismo via os antigos monumentos como relíquias da grandeza perdida de Roma,
tanto imperial quanto cristã, dando-lhes uma importante significação política;
⚫ Além disso, os antigos monumentos eram também fontes de estudos: artistas e arquitetos podiam
aprender sobre arte, tecnologia e arquitetura; os humanistas podiam aprender sobre história, a língua
latina e sua respectiva literatura.
A RENASCENÇA E OS MONUMENTOS
Cosimo I – Grã-Duque da
Toscana
OS MECENAS RENASCENTISTAS
◼ “E uma vez que o clima era claro, limpo, saudável, e que a mente das pessoas era clara, limpa e
orgulhosa, era ali que o espírito claro, orgulhoso e mundano da Antiguidade romana poderia ser
redescoberto, (...) era ali que sua atitude com relação à beleza física nas belas-artes e no domínio da
proporção na arquitetura poderia ter eco; era ali que sua grandeza e humanidade poderiam ser
compreendidas”. (Pevsner)
OS MECENAS RENASCENTISTAS
Campanário de Santa
Políptico de Santa Maria Fiore (Florença),
Reparata, de Giotto c.1298-1359
O ARQUITETO NA RENASCENÇA
Sansovino: “Netuno”
O ARQUITETO NA RENASCENÇA
Donato Bramante: “O
Interior de uma Igreja”
A ARQUITETURA RENASCENTISTA
Palazzo Strozzi
(Florença)
Pátio interior do Palazzo Medici-Ricardi (Florença)
Pátio interior do Palazzo Ducale (Urbino)
A ARQUITETURA RENASCENTISTA: O PALAZZO
⚫ Essas dependências têm normalmente pequenas janelas que dão para a rua, protegidas por grades de
ferro que, muitas vezes, contrastam fortemente com a cantaria rusticada”.
Detalhe da fachada do
Palazzo Pitti (Florença)
A ARQUITETURA RENASCENTISTA: O PALAZZO
Detalhe da fachada do
Palazzo Pitti (Florença)
A ARQUITETURA RENASCENTISTA: O PALAZZO
Palazzo Medici
(Florença)
Detalhe da fachada do Palazzo Pitti (Florença)
A ARQUITETURA RENASCENTISTA: O PALAZZO
“Palácio Renascentista”
construído em Nova Iorque no início do
século XX para um rico financista de Wall
Street
A ARQUITETURA RENASCENTISTA
⚫ Filippo Brunelleschi (1377-1446)
⚫ Leon Battista Alberti (1404-
1472)
⚫ Donato Bramante (1444-1514)
A ARQUITETURA RENASCENTISTA: BRUNELLESCHI
⚫ “Mas esses arcos que repousam sobre colunas tão delgadas são tão diferentes daqueles do Coliseu
(...) quanto dos que aparecem em qualquer arcada gótica”. (Pevsner)
A ARQUITETURA RENASCENTISTA: BRUNELLESCHI
◼ A função principal de uma igreja da Idade Média, como vimos, era guiar o fiel até o altar. Numa
construção de plano central, contudo, esse movimento não é possível.
ARQUITETURA
RENASCENTISTA
Aula 02
Salvador
2019
Rafael Câmara
A ARQUITETURA RENASCENTISTA: ALBERTI
Recriação em 3D do
projeto original de Alberti
para a Igreja de
San Francesco
A ARQUITETURA RENASCENTISTA: ALBERTI
◼ Nessa fachada, Alberti introduziu o motivo de grandes volutas, uma característica que viria a ter
enorme projeção ao longo dos séculos (especialmente a partir da Igreja de Gesú, de Giacomo
Vignola).
A ARQUITETURA RENASCENTISTA: ALBERTI
◼ Segundo os escritos de Alberti, é nesse equilíbrio que está a própria essência da beleza, que ele
define como sendo “a harmonia e a concordância de todas as partes realizada de tal forma que nada
possa ser acrescentado, retirado ou alterado, sem que seja para pior”.
A ARQUITETURA RENASCENTISTA: ALBERTI
◼ Para ilustrar o princípio da ordenação rigorosa que Alberti defendia também para o interior das igrejas,
vejamos o plano da Igreja de San Andrea em Mântua, última obra de Alberti, projetada por volta de
1460.
A ARQUITETURA RENASCENTISTA: ALBERTI
Leste
⚫ Como em Santo Spirito, o lado leste dessa igreja
segue uma composição de plano central;
⚫ Do ponto de vista prático, essas igrejas de plano central
eram realmente pouco funcionais. Portanto, desde o
começo, pode-se perceber tentativas de combinar o
tradicional plano longitudinal com características centrais,
“esteticamente mais agradáveis”.
Oeste
A ARQUITETURA RENASCENTISTA: ALBERTI
Planta baixa proposta por Bramante para São Pedro (Roma): trata-se de uma
cruz grega com quatro absides, inteiramente simétrica.
A ALTA RENASCENÇA: BRAMANTE
◼ “Trata-se de um tema complexo, porque o desenvolvimento dessas concepções em qualquer outro país
não foi nem contínuo, nem lógico. A influência italiana fez-se sentir de modo arbitrário, dependendo
largamente das circunstâncias políticas. Mais ainda, nos países onde a tradição gótica estava mais
profundamente enraizada, o novo estilo, de início, foi usado apenas de modo superficial, como uma
nova forma de ornamentação. A primeira fase da arquitetura renascentista na França, na Inglaterra e
na Alemanha aparece, por isso, como uma arte híbrida, difícil de avaliar nos seus próprios termos.”
(Jordan)
RENASCIMENTO: ARTE
Vitral da Catedral de Chartres
Capela da Arena
Lamentation by Giotto in the
Scrovegni Chapel, c. 1305
Madonna with Child by Filippo Lippi
A Criação de Adão by Michelangelo Buonarotti