Você está na página 1de 58

SEGURANÇA PÚBLICA – CAS 2021

1
SEGURANÇA PÚBLICA – CAS 2021

AUTORIDADES

Governador do Estado do Rio de Janeiro


Exmº Sr Cláudio Castro

Secretário de Estado de Polícia Militar


Exmº Sr Coronel PM Luiz Henrique Marinho Pires

Subsecretário de Estado de Polícia Militar


Ilmº Sr Coronel PM Carlos Eduardo Sarmento da Costa

Diretor-Geral de Ensino e Instrução


Ilmº Sr Coronel PM Marco Aurelio C. Guarabyra Vollmer

Comandante do CFAP 31 de Voluntários


Ilmº Sr Coronel PM Marcelo André Teixeira da Silva

Comandante do Centro de Educação a Distância da Polícia


Militar - CEADPM
Ilmº Sr Tenente-Coronel PM Alexandre Moreira Soares

2
SEGURANÇA PÚBLICA – CAS 2021

APRESENTAÇÃO

Estamos vivendo a era da tecnologia, na qual a informação está cada dia mais
latente e veloz em nossa rotina diária. Este curso tem por objetivo, aperfeiçoar os 2º
Sargentos da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro. Paratal, o Curso ocorrerá na
modalidade à distância, disponibilizado no ambiente virtual de aprendizagem, por
intermédio da Escola Virtual, no Centro de Educação a Distância da Polícia Militar
(CEADPM).

É fundamental o seu empenho no curso, pois você terá autonomia de estudos


e de horários, mas também é necessário disciplina e dedicação para o êxito dessa
jornada, pois depende do esforço coletivo e também individual para que tenhamos
policiais cada vez mais qualificados, bem treinadose aperfeiçoados para cumprirmos
nossa missão, buscando cada vez mais a excelência de nossas ações.

O bom treinamento envolve aspectos físicos e cognitivos, na era da


informação e da tecnologia, precisamos nos aprimorar cada vez mais a fim de garantir
uma tropa consciente, respeitosa, pautada em valores morais e institucionais,
garantindo assim o cumprimento de suas funções com dignidade e excelência.

Esperamos que você aproveite ao máximo os conhecimentos adquiridos


através deste curso e busque uma reflexão acerca de suas funções perante a sociedade,
seus companheiros de profissão. Que seja um momento de repensar as práticas e
fortalecer seu vínculo profissional, ampliando cada vez mais seus conhecimentos
para lidar com as particularidades de ser um Policial Militar no Estado do Rio de
Janeiro.

Desejamos a todos bons estudos!

Marco Aurélio C. Guarabyra Vollmer-Coronel PM


Diretor-Geral de Ensino e Instrução

Marcelo André Teixeira da Silva – Coronel PM

Comandante do CFAP

3
SEGURANÇA PÚBLICA – CAS 2021

Desenvolvedores
Supervisão Geral EAD
MAJ PM Rodrigo Fernandes Ferreira

Equipe Técnica
SUBTEN PM Wilian Jardim de Souza
3º SGT PM Edson dos Santos Vasconcelos
SD PM Lucas Almeida de Oliveira

Diagramação
1º SGT PM Eloisa Cláudia Clemente de Almeida
2º SGTPM Alan dos Santos Oliveira
2º SGT PM Wallace Reis Fernandes
CB PM Michele Pereira da Siva de Oliveira

Design Instrucional
1º SGT PM Eloisa Cláudia Clemente de Almeida
CB PM Michele Pereira da Siva de Oliveira

Vídeo e animação
CB PM Renan Campos Barbosa
SD PM Alessandra Alburqueque da Silva

Designer Gráfico
2º SGT PM Wallace Reis Fernandes
SD PM Leonardo da Silva Ramos

Suporte ao Aluno
2º SGT PM Anderson Inacio de Oliveira
CFAP

Supervisão e Coordenação Pedagógica


CAP PM Ped Patrícia Kalife Paiva

Equipe Técnica
CB PM Juliana Pereira de Carvalho
Conteudista
SUBTEN PM Castiajo

Revisor de Conteúdo
1º TEN PM RR Augustinho Salvador

4
SEGURANÇA PÚBLICA – CAS 2021

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ................................................................................................... 6

SEGURANÇA PÚBLICA: CONCEITOS TERMOS E DEFINIÇÕES................... 7

POLÍTICAS NACIONAIS DE SEGURANÇA PÚBLICA

AS ATRIBUIÇÕES DA POLÍCIA FEDERAL, DA POLÍCIA RODOVIÁRIA


FEDERAL E DAS FORÇAS ARMADAS NA SEGURANÇA PÚBLICA ............. 18

FORÇAS ESTADUAIS 1: A POLICIA CIVIL E A POLÍCIA MILITAR ................ 23

FORÇAS ESTADUAIS 2: SECRETARIA DE ESTADO DE DEFESA CIVIL E


CORPO DE BOMBEIROS E SECRETARIA DE ADMINISTRAÇÃO
PENITENCIÁRIA DO RIO DE JANEIRO. ......................................................... 29

FORÇA NACIONAL DE SEGURANÇA PÚBLICA ............................................ 38

GUARDAS MUNICIPAIS: A GUARDA MUNICIPAL DA CIDADE DO RIO DE


JANEIRO .......................................................................................................... 42

A INTEGRAÇÃO DOS ÓRGÃOS PÚBLICOS E ENTIDADES PRIVADAS NA


SEGURANÇA PÚBLICA E NA DEFESA SOCIAL............................................ 46

CONCLUSÃO................................................................................................... 53

BIBLIOGRAFIA: ............................................................................................... 54

5
SEGURANÇA PÚBLICA – CAS 2021

INTRODUÇÃO

Muitos autores apontam para a necessidade de uma visão sistêmica da Segurança


Pública, o que também é reforçado pelas instâncias Federal e Estadual, tendo em vista a edição
de planos específicos para a área da Segurança Pública.
Além disso, dentre as várias abordagens teóricas das organizações que permitem tratar
as questões de segurança, criminalidade e violência; a abordagem sistêmica que descreve a
Segurança Pública como um sistema de estruturas interligadas, com certo nível de autonomia -
é a que mais possibilita a compreensão dos órgãos e instituições de Segurança Pública.
Já há algum tempo, esforços de pesquisa, tanto na área da História, da Sociologia e da
Psicologia, vêm se voltando para o estudo da criminalidade e da violência, de forma a elucidar o
fenômeno em termos de suas variações no tempo em relação às estruturas e processos mais
amplos e de longa duração. De um modo geral, as mudanças históricas acentuadas nos padrões
de violência estariam relacionadas a duas alterações de longo curso: as profundas mudanças
culturais que modelam a sociedade moderna e a expansão do Estado Moderno e seus aparatos
de vigilância e controle social, realizadas concomitantemente.
Poucos problemas sociais mobilizam tanto a opinião pública como a criminalidade e a
violência nos dias atuais, pois afetam toda a população, independentemente de classe, raça,
credo religioso, sexo ou estado civil. São consequências que se repercutem tanto no imaginário
cotidiano das pessoas, como nas cifras extraordinárias a respeito dos custos diretos da
criminalidade violenta.
Sendo assim, é de crucial importância que o profissional de segurança pública possua
uma visão sistêmica da sua profissão, assumindo um comprometimento mais amplo, que abranja
não só as ações do órgão, mas também toda a realidade social (o sistema social), bem como o
entendimento das teorias científicas sobre a violência e a criminalidade que são utilizadas para
a compreensão e investigação do fenômeno criminoso, indagando porque determinadas pessoas
são tratadas como criminosas; vislumbrando o predomínio dos elementos sociais e situacionais
sobre a personalidade e orientando na formulação de políticas públicas.

6
SEGURANÇA PÚBLICA – CAS 2021

SEGURANÇA PÚBLICA: CONCEITOS TERMOS A segurança pública


é um dos pilares da
E DEFINIÇÕES organização social e
a sua problemática
está associada à
Conceituação Essencial Inerente a Segurança Pública diversas outras
áreas, como:
Segurança Pública é um direito educação, saúde ,
direitos, economia
etc
Você sabia que a promulgação da Constituição
Federal de 1988, apelidada de Constituição Cidadã, em razão dos avanços
sociais, modificou a semântica da Segurança Pública, quando ampliou o
rol dos direitos e das garantias individuais?

O Brasil parece ter renascido como Estado Democrático de Direito, o que não seria
possível sem a previsão de novas atribuições e responsabilidades para o Estado e para a
sociedade. A segurança pública tornou-se mais ampla, se já era garantidora de direitos
inalienáveis como a Vida, a Liberdade, a Propriedade e a Segurança, agora, assegurando a
incolumidade das pessoas e do patrimônio, torna-se o garantidor do exercício pleno da cidadania.
Logo, os instrumentos da segurança pública também mudaram para atender as
novas demandas. As políticas, as tecnologias e a legislação estão em constante transformação,
na busca das fórmulas para participação “de todos” no controle social e no desfrute dos direitos
e garantias. É um novo ambiente, onde os policiais também estão inseridos como cidadãos,
inclusive os policiais militares, cabos e soldados, que antes não podiam votar nem se alistar
como candidatos, agora podem votar e ser votados. A Lei, que é um instrumento essencial da
Segurança Pública, agora garante direitos aos policiais no exercício de sua profissão.
O policial é um cidadão e é um servidor público.
É nesse novo contexto que vamos estudar as atribuições dos órgãos de segurança
pública que atuam no Estado do Rio de Janeiro.

Segurança Pública é um assunto multidisciplinar, extenso e complexo,


indissociável das questões políticas e sociais, presente em temas
sociológicos essenciais como: Globalização, Administração Pública,
Educação, Segurança Social, Economia, Segregação Social
(discriminação de todas as ordens); Criminalização, Miséria, Política,
Corrupção, Tortura, Direito da Mulher, Crianças e Adolescentes,
Violência, Controle Demográfico, Controle Populacional, Diversão
Pública, Práticas esportivas, Trânsito, Imigração, Comércio, etc.

Vamos tratar do assunto da forma mais sintética possível com o objetivo de


entender a missão constitucional e o funcionamento dos órgãos policiais, em particular, no
Estado do Rio de Janeiro, à partir das políticas nacionais e estaduais de segurança pública.

7
SEGURANÇA PÚBLICA – CAS 2021

Para prosseguir é necessário o entendimento de alguns termos de relevante


significância para a palavra SEGURANÇA, que não deve ser entendida de maneira
incerta ou aplicada fora do contexto:

Sargento, você saberia o significado da palavra “segurança”?


E “insegurança”?
Que tal aprender?

Segurança: estado, qualidade ou condição de quem ou do que está livre de perigos, incertezas,
assegurado de danos e riscos eventuais; situação em que nada há a temer.
Insegurança: sensação ou sentimento de não estar protegido, seguro.

Segurança enquanto atividade estatal deve ser entendida por “garantia. ”

É nítido que para as pessoas segurança é um estado, uma sensação positiva de bem-
estar e de tranquilidade que se apresenta em grau variável, que quando abaixo da linha de
conforto, pode gerar o estresse, desconforto, medo, inquietude e hesitação.

Segurança e Defesa

Cabe considerar que a segurança pode ser enfocada a partir do indivíduo, da sociedade
e do Estado, do que resultam definições com diferentes perspectivas
Preservar a segurança requer medidas de largo espectro, envolvendo, além da defesa
externa: a defesa civil, a segurança pública e as políticas econômica, social, educacional,
científico-tecnológica, ambiental, de saúde, industrial etc.
A segurança, em linhas gerais, é a condição em que o Estado, a sociedade ou os
indivíduos se sentem livres de riscos, pressões ou ameaças, inclusive de necessidades
extremas. Por sua vez, defesa é a ação efetiva para se obter ou manter o grau de segurança
desejado.

A Segurança social

Está diretamente relacionada justiça social e a conquista da cidadania: violência urbana,


desemprego, analfabetismo, saneamento básico, etc.
A justiça social é o foco da segurança social.

Segurança Humana

É um conceito desenvolvido no contexto das relações internacionais,


com base no humanitarismo, que introduz o ser humano no centro das políticas e

8
SEGURANÇA PÚBLICA – CAS 2021

como fonte essencial do direito. Significa também proteger as liberdades vitais e as pessoas
expostas a ameaças e a certas situações.
A segurança contra o crime é apenas um dos aspectos da segurança Humana.

Outras definições para Segurança Pública

A segurança pública não é atividade exclusiva de polícia.


Observando no Artigo 144 da Constituição Federal, complementado pela Lei
13.675, de 11 de julho de 2018, fica estabelecido que a segurança pública,
dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, compreendendo a
União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, no âmbito das
competências e atribuições legais de cada um é exercida para a
preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do
patrimônio.
A Segurança Pública não pode ser tratada apenas através de ações policiais
preventivas e repressivas, do aparato penal, da fiscalização e aplicação da Lei, ou seja vai muito
além das competências policiais:

“A segurança pública é um processo sistêmico e otimizado que envolve um conjunto


de ações públicas e comunitárias, visando assegurar a proteção do indivíduo e da
coletividade e a ampliação da justiça da punição, recuperação e tratamento dos que
violam a lei, garantindo direitos e cidadania a todos. Um processo sistêmico porque
envolve, num mesmo cenário, um conjunto de conhecimentos e ferramentas de
competência dos poderes constituídos e ao alcance da comunidade organizada,
interagindo e compartilhando visão, compromissos e objetivos comuns; e otimizado
porque depende de decisões rápidas e de resultados imediatos” (BENGOCHEA et
al., 2004, p. 120).

A Ordem Pública a Segurança Pública e a Defesa Pública

No dizer de Lazzarini (2003), que reconhece a vagueza


dos conceitos, segurança pública seria uma das causas da
ordem pública, assim como a tranquilidade pública e a
salubridade pública (LAZARRINI, 2003, p. 80). Ordem pública,
por sua vez, abarca a ordem administrativa em geral, podendo
compreender a ordem pública propriamente dita, a saúde, a
segurança, a moralidade e a tranquilidade públicas, assim como
a boa-fé nos negócios. Restringindo o conceito, o autor associa segurança pública ao estado
antidelitual que resulta da observância dos preceitos tutelados pelas normas penais, com ações
de polícia preventiva ou de repressão imediata, afastando-se, assim, por meio de organizações

9
SEGURANÇA PÚBLICA – CAS 2021

próprias, de todo perigo, ou de todo mal que possa afetar a ordem pública, em prejuízo da vida,
da liberdade ou dos direitos de propriedade das pessoas, limitando as liberdades individuais,
estabelecendo que a liberdade de cada pessoa, mesmo em fazer aquilo que a lei não lhe veda,
não pode ir além da liberdade assegurada aos demais, ofendendo-a. Essa visão da segurança
pública integra-se com o de segurança interna, no aspecto de preservação da ordem pública, em
oposição à segurança interna territorial, assim como a segurança externa, cuja responsabilidade
toca às Forças Armadas.
Classificando os níveis de segurança nos âmbitos individual, comunitário, nacional e coletivo,
o manual da Escola Superior de Guerra passa a conceituar ordem pública, segurança pública e
defesa pública, nos seguintes termos:
“Ordem pública é a situação de tranquilidade e normalidade cuja preservação
cabe ao Estado, às instituições e aos membros da sociedade, consoante as normas
jurídicas legalmente estabelecidas”.
“Segurança pública é a garantia da manutenção da ordem pública, mediante a
aplicação do poder de polícia, prerrogativa do Estado”.
“Defesa pública é o conjunto de medidas, atitudes e ações, coordenadas pelo Estado,
mediante aplicação do poder de polícia, para superar ameaças específicas à ordem pública”.
Entendemos que segurança pública deve ser vista como uma situação desejável e não uma
função. Dessa noção resulta que os atuais chamados órgãos de segurança pública são órgãos
de execução da defesa social, normalmente incluídos na denominação genérica de “polícia”, que
atuam, entre outros órgãos, para a proteção integral da população, visando à segurança pública.
Esses órgãos possuem e utilizam a força, em nome do Estado, na vertente de ação de segurança
pública nos termos apropriados pela CF/1988, isto é, como segmento inicial do sistema de
persecução criminal. (Rocha,2016,Pág 10).

Saiba mais: http://jus.com.br/artigos/20636/polícia-militar-atuando-como-polícia-


administrativa#ixzz3LEUmU0Mn

A Tranquilidade pública, Salubridade pública

Agora que você já sabe o conceito de Segurança Pública. Vamos aprender


os conceitos de Tranquilidade pública e Salubridade pública?

Tranquilidade pública: clima de convivência pacífica e bem-estar social, onde reina a


normalidade das coisas, isenta de sobressaltos ou aborrecimentos. É a paz pública nas ruas.
(PMESP Manual Básico de Políciamento Ostensivo da Polícia Militar. 3ª Edição)
A difinição de tranquilidade pública não depende de uma garantia estatal nem está condicionada
a observaação das leis.

10
SEGURANÇA PÚBLICA – CAS 2021

Salubridade pública:situação em que se mostram favoráveis às condições de vida, sob os


aspectos sanitários.(PMESP Manual Básico de Políciamento Ostensivo da Polícia Militar. 3ª
Edição). A salubridade decorre do bem estar físico e moral da coletividade, decorrente da
convivência saudável e harmoniosa no desfrute da perfeita organização social.
Nesse sentido analisando a ordem pública, ainda segundo os argumentos de
Lazzarini (2003), que explica a referida como sendo um estado antidelitual, onde há observância
dos códigos, através de ações de polícia preventiva e repressiva, afastando qualquer perigo,
restringindo as liberdades individuais, para que seja assegurada a liberdade dos demais da
sociedade.

A Segurança Pública é a garantia dos direitos sociais

Até a promulgação da Constituição Cidadã, a missão precípua da PMERJ era a


manutenção da ordem pública, que segundo o Decreto Federal n. 88.777/1983 (R 200), tinha
como definição:
O exercício dinâmico do poder de polícia, no campo da segurança pública, é manifestado
por atuações predominantemente ostensivas, visando a prevenir, dissuadir, coibir ou reprimir
eventos que violem a ordem pública.
O reconhecimento de direitos e garantias fundamentais permeia todo o texto
constitucional, mas está presente principalmente no Título II, sendo subdividido em cinco
capítulos:
I – Os direitos e deveres individuais e coletivos;
II – Os direitos sociais;
III – Da nacionalidade;
IV – Os direitos políticos;
V – Os partidos políticos.

O caput do artigo 5º privilegia a garantia da inviolabilidade do direito à vida, à liberdade,


à igualdade, à segurança e à propriedade, consubstanciando tais direitos por meio de setenta e
oito incisos.
A Segurança Pública, com sua nova significância, ultrapassa
as definições com fulcros na intervenção estatal, ficando claro que é
também um direito inalienável que garante outras conquistas e uma
obrigação de todos derivada da Democracia numa nova expressão de
cidadania, expressos mais claramente nos Artigos 5º e 6º da
Constituição Cidadã:

Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer


natureza, garantindo-se aos brasileiros e estrangeiros residentes no

11
SEGURANÇA PÚBLICA – CAS 2021

País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à


segurança e à propriedade, nos seguintes termos [...]
Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o
trabalho, a moradia, o lazer, a segurança, a previdência social, a
proteção à maternidade e à infância, a assistência aos
desamparados, na forma desta Constituição.
As mudanças conceituais supracitadas nos conduzem a três reflexos para a
atividade policial:
1) a polícia deve reconhecer o cidadão como sujeito de direitos;
2) o cidadão tem deveres para com a segurança pública; e
3) o policial também é um cidadão e precisa ter seus direitos assegurados para que
compreenda e respeite os direitos dos demais cidadãos.
Quanto ao primeiro aspecto, tornou-se imprescindível que as forças policiais no
Brasil se adequassem à nova realidade: ser instrumento a serviço do cidadão. A corporação
policial faz parte da comunidade e, portanto, defende os interesses dos cidadãos, e não os do
Estado ou de dado governo: “Da antiga mentalidade militar, a polícia moderna evolui para um
perfil democrático, aberto e próximo ao cidadão e à comunidade, em defesa de sua dignidade e
de seus direitos”, segundo Rodrigues (2009, p. 96).
Segurança Nacional, é um assunto muito importante e definidor da política
governamental tratando-se de um conjunto de normas garantidoras da consecução dos objetivos
nacionais contra antagonismos, tanto internos como externos.
No caso brasileiro, o Art.1º da Lei 7170 de 14 de dezembro de 1983 (Lei de
Segurança Nacional), define os crimes contra a segurança nacional, a ordem política e social,
estabelece seu processo e julgamento e dá outras providências.
Prevê os crimes que lesam ou expõem a perigo de lesão:
I - a integridade territorial e a soberania nacional;
Il - o regime representativo e democrático, a Federação e o Estado de Direito;
Ill - a pessoa dos chefes dos Poderes da União.

Segurança e Defesa Nacional


Para efeito da Política Nacional de Defesa são adotados os seguintes conceitos:
I - Segurança é a condição que permite ao País preservar sua soberania e integridade territorial,
promover seus interesses nacionais, livre de pressões e ameaças, e garantir aos cidadãos o
exercício de seus direitos e deveres constitucionais; e
II -Defesa Nacional é o conjunto de medidas e ações do Estado, com ênfase no campo militar,
para a defesa do território, da soberania e dos interesses nacionais contra ameaças
preponderantemente externas, potenciais ou manifestas.

12
SEGURANÇA PÚBLICA – CAS 2021

POLÍTICAS NACIONAIS DE SEGURANÇA PÚBLICA

Sargento, você já ouviu falar em “POLÍTICAS NACIONAIS DE SEGURANÇA


PÚBLICA”? Sabe o que é? Vamos aprender?

Histórico Recente das Políticas Nacionais de Segurança Pública

Criação da Secretaria Nacional de Segurança Pública

O governo do ex presidente Fernando Henrique Cardoso, tendo em vista os


desdobramentos da Conferência Mundial de Direitos Humanos, ocorrida em Viena, em 1993,
cria, em 1996, o Programa Nacional de Direitos Humanos (PNDH), aperfeiçoando-o em 2000,
com a instituição do II Programa Nacional de Direitos Humanos, após a IV conferência Nacional
de Direitos Humanos, ocorrida em 1999. Demonstrando disposição em reorganizar o arranjo e a
gestão da segurança pública, o Governo Federal, cria, em 1995, no âmbito do Ministério da
Justiça, a Secretaria de Planejamento de Ações Nacionais de Segurança Pública (Seplanseg),
transformando-a, no ano de 1998, em Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), tendo
como perspectiva atuar de forma articulada com os estados da federação para a implementação
da política nacional de segurança pública.
A instituição da Senasp, como órgão executivo, significou a estruturação de
mecanismos de gestão capazes de modificar o arranjo institucional da organização
administrativa da segurança pública no âmbito governamental federal. Surgiu, então, o Plano
Nacional de Segurança Pública (PNSP), voltado para o enfrentamento da violência no país,
especialmente em áreas com elevados índices de criminalidade, tendo como objetivo aperfeiçoar
as ações dos órgãos de segurança pública.
O Plano Nacional de Segurança Pública de 2000 é considerado a primeira política
nacional e democrática de segurança focada no estímulo à inovação tecnológica; alude ao
aperfeiçoamento do sistema de segurança pública através da integração de políticas de
segurança, sociais e ações comunitárias, com a qual se pretende a definição de uma nova
segurança pública e, sobretudo, uma novidade em democracia (LOPES, 2009, p. 29).
A política de segurança pública implantada pelo governo Lula surgiu em 2001, a partir
da elaboração, por parte da ONG Instituto da Cidadania, do Projeto de Segurança Pública
para o Brasil, que serviu de base para o programa de governo durante a disputa eleitoral em
2002. A idéia primordial era reformar as instituições da segurança pública e implantar o Sistema
Único de Segurança Pública (SUSP) para atuar de forma articulada, por meio de políticas
preventivas, principalmente voltadas para a juventude (LOPES, 2009, p. 75).
Efetivamente, a inovação tecnológica é fundamental para que os instrumentos utilizados
por parte dos operadores da segurança pública possam ser eficazes e eficientes. Neste aspecto,
essa proposta do PNSP pode ser considerada extremamente estratégica.

13
SEGURANÇA PÚBLICA – CAS 2021

A SENASP vai para Ministério da Segurança Pública

No governo de Michel Temer, após o impeachment


de Dilma Rousseff, foi criado um novo Ministério. A
então Secretaria Nacional de Segurança Pública -
SENASP do Ministério da Justiça, passou a integrar
esta nova Pasta, denominada: Ministério da
Segurança Pública, desmembrando então,
atribuições da pasta da Justiça.

Nasce o Ministério da Justiça e da Segurança Pública

Em edição extra do Diário Oficial da União, em1 de janeiro de


2019, foi publicado o decreto que trata da vinculação das entidades da
administração pública federal indireta. Dentre a diminuição, foram também,
feitas fusões ministeriais, por exemplo: Ministério da Economia- fusão entre
Fazenda, Planejamento, Trabalho e Indústria e Comércio. Nessa esteira,
em que pese a criação, pela medida Provisória 821, convertida na Lei
13.690, houve a fusão do Ministério da Justiça e do Ministério da Segurança
Pública, que passou a ser chamado de Ministério da Justiça e Segurança
Pública.

Política Nacional de Segurança Pública e Defesa Social

A Lei Nº 13.675, de 11 de junho de


2018, disciplina a organização e o funcionamento
dos órgãos responsáveis pela segurança pública,
nos termos do § 7º do art. 144 da Constituição
Federal; institui o Sistema Único de Segurança
Pública (Susp) e cria a Política Nacional de
Segurança Pública e Defesa Social (PNSPDS),
com a finalidade de preservação da ordem
pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio, por meio de atuação conjunta,
coordenada, sistêmica e integrada dos órgãos de segurança pública e defesa social da União,
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, em articulação com a sociedade.
O Art. 2º da Lei Nº 13.675,reafirma a determinação do caput do Art. 144 da CF:“A
segurança pública é dever do Estado e responsabilidade de todos, compreendendo a União, os
Estados, o Distrito Federal e os Municípios, no âmbito das competências e atribuições legais de
cada um.”

14
SEGURANÇA PÚBLICA – CAS 2020

Compete à União estabelecer a Política Nacional de Segurança Pública e Defesa


Social (PNSPDS) e aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios estabelecer suas
respectivas políticas, observadas as diretrizes da política nacional, especialmente para análise e
enfrentamento dos riscos à harmonia da convivência social, com destaque às situações de
emergência e aos crimes interestaduais e transnacionais.
A Política Nacional de Segurança Pública e Defesa Social (PNSPDS), tem entre
outras finalidades, fortalecer "as ações de prevenção e resolução pacífica de conflitos,
priorizando políticas de redução da letalidade violenta, com ênfase para os grupos vulneráveis".
A política estabelecida pela União e está prevista para durar dez anos. Caberá aos estados, ao
Distrito Federal e aos municípios estabelecerem suas respectivas políticas a partir das diretrizes
do plano nacional.
A PNSPDS será implementada por estratégias que garantam integração,
coordenação e cooperação federativa, interoperabilidade, liderança situacional, modernização
da gestão das instituições de segurança pública, valorização e proteção dos profissionais,
complementaridade, dotação de recursos humanos, diagnóstico dos problemas a serem
enfrentados, excelência técnica, avaliação continuada dos resultados e garantia da regularidade
orçamentária para execução de planos e programas de segurança pública(Lei 13675).
Com as novas regras, criadas pela Lei Federal, os órgãos de segurança pública das
diferentes esferas de atribuições, atuarão de forma cooperativa, sistêmica e harmônica. Essa
integração irá fortalecer as ações de combate à criminalidade.

Você sabia que o Sistema Único de Segurança Pública (Susp), que tem
como órgão central o Ministério Extraordinário da Segurança Pública e é
integrado pelos órgãos de que trata o art. 144 da Constituição Federal,
pelos agentes penitenciários, pelas guardas municipais e pelos demais
integrantes estratégicos e operacionais, que atuarão nos limites de suas
competências, de forma cooperativa, sistêmica e harmônica?

São integrantes estratégicos do Susp:


I - a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, por intermédio dos
respectivos Poderes Executivos;
II - os Conselhos de Segurança Pública e Defesa Social dos três entes federados.

De acordo com o Art 9º, da Lei Nº 13.675, são integrantes operacionais do Susp:

I - Polícia Federal;
II - Polícia Rodoviária Federal;
III – Vetado;
IV - polícias civis;
V - polícias militares;

15
SEGURANÇA PÚBLICA – CAS 2020

VI - corpos de bombeiros militares;


VII - guardas municipais;
VIII - órgãos do sistema penitenciário;
IX – Vetado;
X - institutos oficiais de criminalística, medicina legal e identificação;
XI - Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp);
XII - secretarias estaduais de segurança pública ou congêneres;
XIII - Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil (Sedec);
XIV - Secretaria Nacional de Política Sobre Drogas (Senad);
XV - agentes de trânsito;
XVI - Guarda Portuária.

Os sistemas estaduais, distrital e municipais serão responsáveis pela


implementação dos respectivos programas, ações e projetos de segurança pública,
com liberdade de organização e funcionamento, respeitado o disposto na Lei nº
13.675.

A segurança pública continua atribuição de estados e municípios. A partir de agora, a União


criará as diretrizes que serão compartilhadas em todo o País. As unidades da Federação
assinarão contratos de gestão com a União, que obrigará o cumprimento das metas como a
redução dos índices de homicídio e a melhoria na formação de policiais.

Saiba mais:
Vídeo da TV Senado no You tube sobre o Sistema Único de Segurança Pública
https://www.youtube.com/watch?time_continue=135&v=RQQI-
Kd6VOQ&feature=emb_logo

Atribuições do Susp

O Susp tem um papel maior do que transferir recursos para os estados. Ele garante a
integração de dados, prevê políticas que melhorem a qualidade de vida dos agentes de
segurança e dá mais transparência aos repasses de recursos.
“Ele é criado porque a Constituição não trouxe um sistema de segurança pública integrado
entre os estados e a União. O recurso do fundo não vai sustentar toda a segurança pública de
todos os estados, mas vai contribuir com a integração de dados”, destacou (Coordenadora do
Grupo de Atuação Especializado em Segurança Pública (Gaesp do MPRJ, Andrea Amin).

Funcionamento

16
SEGURANÇA PÚBLICA – CAS 2020

Os órgãos de segurança do sistema realizarão operações combinadas. Elas poderão ser


ostensivas, investigativas, de inteligência ou mistas e contar com a participação de outros órgãos,
não necessariamente vinculados diretamente aos órgãos de segurança pública e defesa social
– especialmente quando se tratar de enfrentamento a organizações criminosas.

Integração
Uma das medidas previstas na lei para promover a integração é a criação de uma unidade
de registro de ocorrência policial, além de procedimentos de apuração e o uso de sistema
integrado de informações e dados eletrônicos.

Locais
A lei estabelece que os órgãos do Susp poderão atuar de forma integrada em vias urbanas,
rodovias, terminais rodoviários, ferrovias e hidrovias federais, estaduais, distrital ou municipais,
portos e aeroportos.

Especialização
Para garantir a qualificação dos profissionais de segurança pública e defesa social,
haverá abertura de vagas em cursos de especialização, aperfeiçoamento e estudos
estratégicos.

Responsabilidade dos Estados e dos Municípios


A segurança pública continua atribuição de estados e municípios. A partir de agora, a
União criará as diretrizes que serão compartilhadas em todo o País. As unidades da Federação
assinarão contratos de gestão com a União, que obrigará o cumprimento das metas como a
redução dos índices de homicídio e a melhoria na formação de policiais.
Com isso, as atividades da Secretaria Executiva do Conselho de Segurança Pública, no Rio
de Janeiro, são de responsabilidade das secretarias de Estado de Polícia Militar, de Polícia Civil, sem
anular a participação de outros órgãos afetos a segurança pública e das Guardas Municipais e de
outros órgãos.

17
SEGURANÇA PÚBLICA – CAS 2020

AS ATRIBUIÇÕES DA POLÍCIA FEDERAL, DA POLÍCIA


RODOVIÁRIA FEDERAL E DAS FORÇAS ARMADAS NA
SEGURANÇA PÚBLICA

Sargento, você saberia dizer quais são as Atribuições das Polícias Federais
e das Forças Federais na segurança pública? Vamos aprender?

As forças policiais federais, a Polícia Federal (PF) e a Polícia Rodoviária Federal


(PRF) estão subordinadas ao Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP).

Ministério da Justiça e Segurança Pública

MJSP é um órgão da administração pública federal direta, que tem dentre suas
competências a defesa da ordem jurídica, dos direitos políticos e das garantias constitucionais;
a coordenação do Sistema Único de Segurança Pública; e a defesa da ordem econômica
nacional e dos direitos do consumidor. O MJSP atua também no combate ao tráfico de drogas e
crimes conexos, inclusive por meio da recuperação de ativos que financiem essas atividades
criminosas ou dela resultem, bem como na prevenção e combate à corrupção, à lavagem de
dinheiro e ao financiamento do terrorismo.

O MJSP atua no Sistema de Segurança Publica Brasileira, através de diversos


órgãos singulares, dentre eles a PF e a PRF, que serão estudadas nesta aula
e de diversos órgãos de assistência direta e imediata ao Ministro de Estado
da Justiça e Segurança Pública.

Planos integrados de segurança

A Secretaria Nacional da Segurança Pública (Senasp), é o órgão do


Ministério da Justiça que tem como competências principais e resumidas

18
SEGURANÇA PÚBLICA – CAS 2020

implementar, acompanhar e avaliar as políticas e programas nacionais voltados para a


segurança pública. Cabe ainda a essa Secretaria incentivar os órgãos estaduais e municipais a
elaborarem planos integrados de segurança, além de fortalecer e integrar os órgãos
responsáveis pela segurança nos estados, no Distrito Federal e municípios.

Sistema Brasileiro de Segurança

Você sabia que o Sistema Brasileiro de Segurança é um programa


compatível com as competências e as diferentes atribuições das policias,
uma vez que existe mais de uma com atribuições diferentes, elaborado
com base no texto da Constituição da Republica Federativa do Brasil
(CRFB/88)?

Vamos veras principais competências e atribuições das forças federais que


compões o Sistema de Segurança Brasileiro:

Policia Federal;
Policia Rodoviária federal;
Forças Armadas.

Saiba mais: Sistema Único de Segurança Pública


https://www.youtube.com/watch?time_continue=21&v=A7z8yIXmtUY&feature=emb_logo

Polícia Federal

A Polícia Federal, subordinada ao Ministério da


Justiça e Segurança Pública, instituída por lei como órgão
permanente, organizado e mantido pela União e estruturado
em carreira e conforme o Decreto 9662 de 1º de janeiro de
2019, cabe as competências estabelecidas no § 1º do art. 144
da Constituição, e, especificamente:

I - apurar infrações penais contra a ordem política e social ou em detrimento de bens, serviços e
interesses da União ou de suas entidades autárquicas e empresas públicas, além de outras
infrações cuja prática tenha repercussão interestadual ou internacional e exija repressão
uniforme, conforme previsto em lei;
II - prevenir e reprimir o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas e o contrabando e o descaminho
de bens e de valores, sem prejuízo da ação fazendária e de outros órgãos públicos nas suas
áreas de competência;

19
SEGURANÇA PÚBLICA – CAS 2020

III - exercer as funções de polícia marítima, aeroportuária e de fronteiras;


IV - exercer, com exclusividade, as funções de polícia judiciária da União;
V - coibir a turbação e o esbulho possessório dos bens e dos próprios da União e das entidades
integrantes da administração pública federal, sem prejuízo da manutenção da ordem pública
pelas polícias militares dos Estados e do Distrito Federal; e
VI - acompanhar e instaurar inquéritos relacionados com os conflitos agrários ou fundiários e
aqueles deles decorrentes, quando se tratar de crime de competência federal, além de prevenir
e reprimir esses crimes.

Polícia Rodoviária Federal

À Polícia Rodoviária Federal, órgão permanente,


integrante da estrutura regimental do Ministério da
Justiça e Segurança Pública, no âmbito das rodovias
federais, que segundo o Art. 47, do Decreto 9662 de
1º de janeiro de 2019,cabe exercer as competências
estabelecidas no § 2º do art. 144 da Constituição,
no art. 20 da Lei nº 9.503, de 23 de setembro de
1997 - Código Nacional de Trânsito, no Decreto nº
1.655, de 3 de outubro de 1995, e, especificamente:
I - planejar, coordenar e executar o policiamento, a prevenção e a repressão de crimes nas
rodovias federais e nas áreas de interesse da União;
II - exercer os poderes de autoridade de trânsito nas rodovias e nas estradas federais;
III - executar o policiamento, a fiscalização e a inspeção do trânsito e do transporte de pessoas,
cargas e bens;
IV - planejar e executar os serviços de prevenção de acidentes e salvamento de vítimas nas
rodovias e nas estradas federais;
V - realizar perícias de trânsito, levantamentos de locais, boletins de ocorrências, investigações,
testes de dosagem alcoólica e outros procedimentos estabelecidos em leis e regulamentos,
imprescindíveis à elucidação dos acidentes de trânsito;
VI - assegurar a livre circulação das rodovias e das estradas federais, notadamente em casos de
acidentes de trânsito, manifestações sociais e calamidades públicas;
VII - manter articulação com os órgãos de trânsito, transporte, segurança pública, inteligência e
defesa civil, para promover o intercâmbio de informações;
VIII - executar, promover e participar das atividades de orientação e educação para a segurança
no trânsito, além de desenvolver trabalho contínuo e permanente de prevenção de acidentes de
trânsito;
IX - informar ao órgão de infraestrutura sobre as condições da via, da sinalização e do tráfego
que possam comprometer a segurança do trânsito, além de solicitar e adotar medidas
emergenciais à sua proteção;

20
SEGURANÇA PÚBLICA – CAS 2020

X - credenciar, contratar, conveniar, fiscalizar e adotar medidas de segurança relativas aos


serviços de recolhimento, remoção e guarda de veículos e animais e escolta de transporte de
produtos perigosos, cargas superdimensionadas e indivisíveis; e
XI - planejar e executar medidas de segurança para a escolta dos deslocamentos do Presidente
da República, do Vice-Presidente da República, dos Ministros de Estado, dos Chefes de Estado,
dos diplomatas estrangeiros e de outras autoridades, nas rodovias e nas estradas federais, e em
outras áreas, quando solicitado pela autoridade competente.

De acordo com o Art. 20, do Código Nacional de Trânsito Compete à Polícia Rodoviária
Federal, no âmbito das rodovias e estradas federais:

I - cumprir e fazer cumprir a legislação e as normas de trânsito, no âmbito de suas atribuições;


II - realizar o patrulhamento ostensivo, executando operações relacionadas com a segurança
pública, com o objetivo de preservar a ordem, incolumidade das pessoas, o patrimônio da União
e o de terceiros;
III - aplicar e arrecadar as multas impostas por infrações de trânsito, as medidas administrativas
decorrentes e os valores provenientes de estada e remoção deveículos, objetos, animais e
escolta de veículos de cargas superdimensionadas ou perigosas;
IV - efetuar levantamento dos locais de acidentes de trânsito e dos serviços de atendimento,
socorro e salvamento de vítimas;
V - credenciar os serviços de escolta, fiscalizar e adotar medidas de segurança relativas aos
serviços de remoção de veículos, escolta e transporte de carga indivisível;
VI - assegurar a livre circulação nas rodovias federais, podendo solicitar ao órgão rodoviário a
adoção de medidas emergenciais, e zelar pelo cumprimento das normas legais relativas ao
direito de vizinhança, promovendo a interdição de construções e instalações não autorizadas;
VII - coletar dados estatísticos e elaborar estudos sobre acidentes de trânsito e suas causas,
adotando ou indicando medidas operacionais preventivas e encaminhando-os ao órgão
rodoviário federal;
VIII - implementar as medidas da Política Nacional de Segurança e Educação de Trânsito;
IX - promover e participar de projetos e programas de educação e segurança, de acordo com as
diretrizes estabelecidas pelo CONTRAN;
X - integrar-se a outros órgãos e entidades do Sistema Nacional de Trânsito para fins de
arrecadação e compensação de multas impostas na área de sua competência, com vistas à
unificação do licenciamento, à simplificação e à celeridade das transferências de veículos e de
prontuários de condutores de uma para outra unidade da Federação;
XI - fiscalizar o nível de emissão de poluentes e ruído produzidos pelos veículos automotores ou
pela sua carga, de acordo com o estabelecido no art. 66, além dedar apoio, quando solicitado,
às ações específicas dos órgãos ambientais.

Órgãos da Defesa Nacional Atuando na Segurança Pública

21
SEGURANÇA PÚBLICA – CAS 2020

As Forças Armadas são subordinadas ao Ministro de Estado da


Defesa, dispondo de estruturas próprias.
No campo da Segurança Pública, entre outras missões, cabe às
Forças Armadas:
Como atribuição subsidiária geral, cooperar com o
desenvolvimento nacional e a defesa civil, na forma determinada
pelo Presidente da República:

As Operações de Garantia de Lei e da Ordem.

Realizadas exclusivamente por ordem expressa da Presidência da República,


as missões de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) ocorrem nos casos em que há o
esgotamento das forças tradicionais de segurança pública (Art. 144 da CF), em graves
situações de perturbação da ordem.
Nessas ações, as Forças Armadas agem de forma episódica, em área restrita
e por tempo limitado, com o objetivo de preservar a ordem pública, a integridade da
população e garantir o funcionamento regular das instituições.
A decisão sobre o emprego excepcional das tropas é feita pela Presidência da
República, por motivação ou não dos governadores ou dos chefes dos demais poderes
constitucionais.
As tropas atuarão por meio de ações preventivas e repressivas, preservadas as
competências exclusivas das polícias judiciárias, na faixa de fronteira terrestre, no mar e nas
águas interiores, independentemente da posse, da propriedade, da finalidade ou de qualquer
gravame que sobre ela recaia, contra delitos transfronteiriços e ambientais, isoladamente ou em
coordenação com outros órgãos do Poder Executivo, executando, dentre outras, as ações de:
I - patrulhamento;
II - revista de pessoas, de veículos terrestres, de embarcações e de aeronaves; e
III - prisões em flagrante delito.
Cabe ainda as Forças Armadas, ao zelar pela segurança pessoal das autoridades
nacionais e estrangeiras em missões oficiais, isoladamente ou em coordenação com outros
órgãos do Poder Executivo, poderão exercer as ações previstas nos incisos II e III deste artigo.

Determinado o emprego das Forças Armadas na garantia da lei e da


ordem, caberá à autoridade competente, mediante ato formal, transferir o controle
operacional dos órgãos de segurança pública necessários para atribuir e coordenar
missões ou tarefas específicas a serem desempenhadas por efetivos dos órgãos de
segurança pública, obedecidas as suas competências constitucionais ou legais ao
desenvolvimento das ações para a autoridade encarregada das operações, a qual

22
SEGURANÇA PÚBLICA - CAS 2020

deverá constituir um centro de coordenação de operações, composto por representantes dos


órgãos públicos sob seu controle operacional ou com interesses afins.

O Sistema Nacional de Proteção e Defesa Civil – SINPDEC

O Sistema Nacional de Proteção e Defesa Civil - SINPDEC é constituído por


órgãos e entidades da administração pública federal, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios e por entidades públicas e privadas de atuação significativa na área de proteção e
defesa civil, sob a centralização da Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil, órgão do
Ministério do Desenvolvimento Regional. Composição do SINPDEC:
Órgão consultivo, Conselho Nacional de Proteção e Defesa Civil - CONPDEC;
Órgão central, União representada pela Secretaria Nacional de Proteção e Defesa
Civil, responsável por coordenar o planejamento, articulação e execução dos programas,
projetos e ações de proteção e defesa civil;
Órgãos estaduais e do Distrito Federal de proteção e defesa civil e suas respectivas
regionais responsáveis pela articulação, coordenação e execução do SINPDEC em nível
estadual;
Órgãos municipais de proteção e defesa civil e suas respectivas regionais
responsáveis pela articulação, coordenação e execução do SINPDEC em nível municipal;
Órgãos setoriais, dos três âmbitos de governo, abrangem os órgãos envolvidos nas
ações de Proteção e Defesa Civil. O SINPDEC poderá mobilizar a sociedade civil para atuar em
situação de emergência ou estado de calamidade pública, coordenando o apoio logístico para o
desenvolvimento das ações de proteção e defesa civil.
Cabe ao SINPDEC a implementação da doutrina estabelecida na Política Nacional de Proteção
e Defesa Civil.

FORÇAS ESTADUAIS 1: A
POLICIA CIVIL E A POLÍCIA
MILITAR

A polícia civil e a polícia militar

Sargento, você sabia que os


órgãos de segurança pública
dos estados estão
subordinados ao Governador
de Estado, que os coordena por meios de secretarias, no caso do Rio de

23
SEGURANÇA PÚBLICA - CAS 2020

Janeiro: Secretaria de Estado de Policia Militar, Secretaria de Estado de Policia Civil,


Secretaria de Estado de Defesa Civil e Secretaria de Estado de Administração
Penitenciária?

Nesta aula estudaremos a Policia Civil e a Polícia Militar

As Forças de Segurança na Constituição do Estado do Rio de Janeiro

A Segurança Pública na Constituição do Estado do Rio de Janeiro

A Constituição do Estado do Rio de Janeiro, tem o capítulo V, a Segurança


Pública, o que é significativo, contudo, o Supremo Tribunal Federal, em
diferentes processos,deferiu a inconstitucionalidade de alguns dos
dispositivos: expressões "que inclui a vigilância intramuros nos
estabelecimentos penais", do inciso II, todos do art. 180 (atual 183), o § 4º,
alíneas b e c, do artigo 183 (antes, artigo 180), o parágrafo único do art. 179
(atual art. 182) , o § 3 º do artigo 186 (atual art. 189).

O Art. 183, determina que a segurança pública, é dever do Estado, direito e


responsabilidade de todos, é exercida para a preservação da ordem pública e da
incolumidade das pessoas e do patrimônio, pelos seguintes órgãos estaduais:
I - Polícia Civil;
II - Polícia Penitenciária; Secretaria de Administração Penitenciária (crivo, nº 1).
III - Polícia Militar;
IV - Corpo de Bombeiros Militar.
§ 1º Os municípios poderão constituir guardas municipais destinadas à proteção de seus bens,
serviços e instalações, conforme dispuser a lei.
Art. 184 - A Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros Militar, forças
auxiliares e reserva do Exército, subordinam-se, com a Polícia Civil, ao Governador
do Estado.
Art. 185 - O exercício da função policial é privativo do policial de
carreira, recrutado exclusivamente por concurso público de provas ou de provas e
títulos, submetido a curso de formação policial. Parágrafo único - Os integrantes dos
serviços policiais serão reavaliados periodicamente, aferindo-se suas condições
físicas e mentais para o exercício do cargo, na forma da lei.
Art. 186 - Para atuar em colaboração com organismos federais, deles
recebendo assistência técnica, operacional e financeira, poderá ser criado órgão
especializado para prevenir e reprimir o tráfico e a facilitação do uso de
entorpecentes e tóxicos.

24
SEGURANÇA PÚBLICA - CAS 2020

Art. 187 - A pesquisa e a investigação científica aplicadas, a especialização e o


aprimoramento de policiais civis e militares e dos integrantes do Corpo de Bombeiros Militar
serão orientados para contar com a cooperação das universidades, por intermédio de convênio.
Art. 188 - À Polícia Civil, dirigida por Delegados de Polícia de carreira, incumbem,
ressalvada a competência da União, as funções de Polícia Judiciária e a apuração das infrações
penais, exceto as militares.
Art. 189 - Cabem à Polícia Militar a polícia ostensiva e a preservação da ordem
pública; ao Corpo de Bombeiros Militar, além das atribuições definidas em lei, incumbe a
execução de atividades de defesa civil. § 1º - A lei disporá sobre os limites de competência dos
órgãos policiais mencionados no caput deste artigo.
Art. 190 - Na divulgação pelas entidades policiais aos órgãos de comunicação social
dos fatos pertinentes à apuração das infrações penais é assegurada a preservação da
intimidade, da vida privada, da honra e da imagem das vítimas envolvidas por aqueles fatos, bem
como das testemunhas destes.
Art. 191 - Ao abordar qualquer cidadão no cumprimento de suas funções, o servidor
policial deverá, em primeiro lugar, identificar-se pelo nome, cargo, posto ou graduação e indicar
o órgão onde esteja lotado.

POLÍCIA CIVIL - Secretaria de Estado de Polícia Civil

Polícia Judiciária

A Polícia Judiciária pode ser definida como uma


atividade desenvolvida por órgãos de segurança (polícia
civil ou militar), com a função de reprimir a atividade de
delinqüentes através da instrução policial criminal e
captura dos infratores da lei penal, tendo como traço
característico o cunho repressivo e ostensivo, incidindo
sobre pessoas, o que faz regulada pelo Código de
Processo penal (Art. 4º e seguintes), (Carvalho Filho,
sic.).
A sua finalidade, é auxiliar o Poder Judiciário no seu cometimento de aplicar a lei ao
caso concreto, em seu cumprimento de sua função jurisdicional. Seu objetivo principal é a
investigação de delitos ocorridos.
A polícia judiciária, embora seja repressiva em relação ao indivíduo infrator da lei
penal, é também preventiva em relação ao interesse geral, porque, punindo-o, tenta evitar que o
indivíduo volte a incidir na mesma infração (Di Pietro, 2010: 118).
No sistema de segurança brasileiro, as atribuições de polícia judiciária são de
competência exclusiva das Polícias Civis e Polícia Federal, conforme o preceituado pelos
parágrafos 1º e 4º, do Artigo 144, da Magna Carta.

25
SEGURANÇA PÚBLICA - CAS 2020

Policias civis: Dirigidas por delegados de polícia de carreira, incumbem, ressalvada


a competência da União, as funções de polícia judiciária e a apuração de infrações penais, exceto
as militares.
Nos termos da Constituição Federal Brasileira compete à Polícia Civil, ressalvada a
competência da União, as funções de polícia judiciária para apuração das infrações penais,
exceto as militares, compondo assim o sistema de segurança pública brasileiro.
A apuração das infrações penais ou investigação policial se desdobra por meio de
uma peça meramente informativa, denominada de inquérito policial, com previsão no Código
Penal Brasileiro. O Inquérito Policial é presidido de forma independente por cada Instituição
Policial Civil, para ao final encaminhar ao juízo criminal competente. O Ministério Público participa
ativamente na requisição de diligências complementares com o objetivo de melhor instruir o IP
para a posterior propositura da ação penal ou não, razão pela qual as Polícias Civis são
judiciárias devido a esse suporte de procedimento preparatório para auxiliar o poder judiciário na
busca de provas de autoria e materialidade do crime e criminoso.
“Como se percebe, a Constituição Federal e a Lei nº 12.830/2013 estabelecem uma
distinção entre as funções de polícia judiciária e as funções de polícia investigativa. Destarte, por
funções de polícia investigativa devem ser compreendidas as atribuições ligadas à colheita de
elementos informativos quanto à autoria e materialidade das infrações penais. A expressão
polícia judiciária está relacionada às atribuições de auxiliar o Poder Judiciário, cumprindo as
ordens judiciais relativas à execução de mandados de prisão, busca e apreensão, condução
coercitiva de testemunhas, etc”. (LIMA, 2014, pág. 174).

POLÍCIA MILITAR - Secretaria de Estado de Polícia Militar

Nosso estudo não trataremos das atividades de policiamento


ostensivo e polícia judiciária militar que serão estudados nas
respectivas disciplinas de acordo com o currículo do Curso.
O art. 144, § 5º, da C.F, preceitua que, “Às policias militares cabem
a polícia ostensiva e a preservação da ordem pública; aos corpos de
bombeiros militares, além das atribuições definidas em lei, incumbe a
execução de atividades de defesa civil”.
Com fundamento no texto constitucional, fica evidenciado que a polícia militar
exerce atividades de polícia administrativa, prevenindo contra todo tipo de dano a
população bem como eliminando a possibilidades da ocorrência de delitos, através de
atividades de policiamento ostensivo e de preservação da ordem pública. Contudo,
ocorrendo o delito, a PM deverá atuar de imediato, socorrendo e orientando as vítimas,
preservando locais de infração penal e atuar de forma que sempre que possível, prender
em flagrante delito quem está cometendo ou acaba de cometer a infração penal, de
forma a restabelecer a tranquilidade.

26
SEGURANÇA PÚBLICA - CAS 2020

A polícia administrativa preocupa-se com o comportamento antissocial dos indivíduos,


cabendo à ela cuidar para que cada um individuo viva mais, sem se prejudicar ou causar lesões
graves a outros indivíduos, fazendo todo possível para todos direito declarados
pelo Constituição Federal, não sejam violados, assim ela multiforme, sendo toda atividade
discricionária. (Rosane Monjardim: https://rmonjardim.jusbrasil.com.br/artigos/189932643/da-
administracao-publica-e-do-poder-de-policia)
Polícia Administrativa

Pode-se definir Polícia Administrativa, como uma atividade da Administração que se


exaure em si mesma, ou seja, inicia e se completa no âmbito da função administrativa, como as
ações preventivas para evitar futuros danos que poderiam ser causados pela persistência de um
comportamento irregular do individuo. Assim ela tenta impedir que o interesse do particular se
sobreponha ao interesse público, que possa atingir bens, direitos e atividades, que se difunde
por toda a administração de todos os Poderes e entidades públicas (Carvalho Filho, 2011: 65).

Policiamento Ostensivo

Ação policial, exclusiva das Policias Militares em cujo emprego o homem ou a fração de
tropa engajados sejam identificados de relance, quer pela farda quer pelo equipamento, ou
viatura, objetivando a preservação da ordem pública.

Ex. Divisão de torcidas nos estádios; limitar o acesso de veículos a uma região por ocasião da
visita de uma alta autoridade; limitar e controlar o acesso de pessoas em um evento
carnavalesco.

Leia mais: http://jus.com.br/artigos/20636/policia-militar-atuando-como-


policia-administrativa#ixzz3LEgniVaX

Missão residual da PM

Você saberia dizer qual a missão residual da Polícia Militar?


Que tal aprender?

“A Polícia Militar possui competência ampla na preservação da ordem pública que, engloba
inclusive a competência específica dos demais órgãos policiais, no caso de falência operacional
deles, à exemplo de suas greves e outras causas, que os tornem inoperantes ou ainda incapazes
de dar conta de suas atribuições, pois, a Polícia Militar é a verdadeira força pública da sociedade.
Bem por isso as Polícias Militares constituem os órgãos de preservação da ordem pública para
todo o universo da atividade policial em tema de ordem pública e, especificamente, da segurança
pública” (LAZARINI, Álvaro, op.cit., p.61).

27
SEGURANÇA PÚBLICA - CAS 2020

Além do policiamento ostensivo, executado pelas Unidades Operacionais, Unidades


Operacionais Especiais e Especializadas, a PMERJ exerce outras atividades depolicia
administrativa da ordem social, pouco perceptíveis ao público leigo,atuando:
 no combate ao crime organizado realizando operações para a captura de criminosos
procurados pela justiça, prendendo aqueles que sejam surpreendidos praticando crimes,
realizando apreensão de armas, drogas, contrabando;
 realizando o controle interno através de suas atividades correcionais, prevenindo e
apurando os desvios de conduta;
 na prevenção e represão da prática de delitos de competência de outras instituições
poiciais compartilhando informações;
 no atendimento direto a população, ajudando no transporte de doentes entre hospitais
públicos empregando suas aeronaves;
 na assistência e na orientação de pessoas em dificuldades:
 na intervenção de pequenas disputas, prevenindo a prática de outros delitos;
 no encaminhamento da população não esclarecida aos órgãos competentes como
saneamento, justiça etc;
 no policiamento de áreas turísticas, estádios, grandes eventos e festas populares;
 noplanejamento, controle, fiscalização e orientação de trânsito urbano e
rodoviáriomediante convênio com os órgãos competentes;
 na fiscalização e controle da frota de veículos que circula no Estado, em ações integradas
com outros órgãos públicos;
 na preservação do meio ambiente, especialmente nas ações das Unidades de
Preservação Ambiental (UPAM);
 na segurança de institucional do Poder Judiciário Estadual;
 na segurança de autoridades dos poderes Executivo, Legislativo e do Judiciário;
 no apoio a oficiais de justiça em situações de reintegração de posse e outras
determinações judiciais com risco;
 na segurança de testemunhas e pessoas sob ameaça;
 no apoio aos órgãos públicos, estaduais e municipais, em atividades como ações sociais
junto à população de rua e trato com crianças e adolescentes em situação de risco social;
 na custódia de policiais militares, ativos e inativos, recolhidos à disposição da justiça,
enquanto não desligados da Corporação;
 nas missões de paz da ONU, colaborando na formação policial e na implantação de
sistemas policiais;
 custódia e transferência de presos de grande periculosidade;
 na pacificação de rebeliões e motins de presos;
 na execução de atividades de policia judiciária militar estadual;
 na prevenção ao uso de drogas nocivas a saúde através do (PROERD) Programa
Educacional de Resistência às Drogas e à Violência, que tem por base o D.A.R.E. (Drug

28
SEGURANÇA PÚBLICA - CAS 2020

Abuse Resistance Education), criado pela Professora Ruth Rich, em conjunto com o
Departamento de Polícia da cidade de Los Angeles, EUA, em 1983;
 Registro, on line, de acidentes de trânsito sem vítimas.

FORÇAS ESTADUAIS 2: SECRETARIA DE ESTADO DE DEFESA


CIVIL E CORPO DE BOMBEIROS E SECRETARIA DE
ADMINISTRAÇÃO PENITENCIÁRIA DO RIO DE JANEIRO.

O Corpo de Bombeiros Militares e a Secretaria de Administração


Penitenciária

Os órgãos de segurança pública dos estados estão subordinados ao Governador de Estado,


que os coordena por meios de secretarias, no caso do Rio de Janeiro: Secretaria de Estado de
Policia Militar, Secretaria de Estado de Policia Civil, Secretaria de Estado de Defesa Civil e
Secretaria de Estado de Administração Penitenciária.

Corpo de Bombeiros Militares

Você saberia dizer qual atividade fim do Corpo de Bombeiros Militares?

A atividade fim desse órgão de segurança pública, prevista no art. 144, § 5.º da C.F. é a
prevenção e o combate a incêndios, busca e salvamento e atividades de defesa civil.

A Lei nº 880, de 25 de julho de 1985, dispõe sobre o Estatuto dos Bombeiros-Militares do


Estado do Rio de Janeiro e dá outras providências

O Corpo de Bombeiros do Estado do Rio de Janeiro (CBERJ) é uma instituição permanente,


organizada com base na hierarquia e na disciplina, destinada aos serviços de prevenção e
extinção de incêndios, de busca e salvamento, a realizar perícia de incêndio e a prestar socorros
nos casos de inundações, desabamentos ou catástrofes, sempre que haja vítima em iminente
perigo de vida ou ameaça de destruição de haveres. Além dessas atribuições, exerce diversas
outras como a regularização de edificações; liberação e fiscalização de locais de diversão pública
etc.

O Bombeiro militar é um profissional especializado

29
SEGURANÇA PÚBLICA - CAS 2020

Todo Bombeiro Militar têm um papel


específico para o qual eles são perfeitamente
treinados, existem muitas maneiras de servir no
ar, na terra e no mar, mas independentemente
da sua área de especialização, será para
sempre conhecido pelo título que ganha:
Bombeiro Militar do Estado Rio de Janeiro.

A finalidade das Unidades Operacionais


As Unidade Operacionais do CBMERJ, normalmente chamadas de
GBM (Grupamento de Bombeiros Militares), São órgãos de execução que estão
subordinadas aos respectivos Comando de Bombeiros de Área (CBA).

Prevenção e Combate a Incêndios, Salvaguardar Bens Materiais, Buscas, Salvamentos e


Socorros Públicos no âmbito de sua respectiva área de atuação.

Atendimento as situações emergenciais decorrentes de fatores naturais ou não


socorrendo as vítimas, interagindo com o SAMU e outros órgãos de saúde, procurando dar
socorro imediato adequado e condições ideais de transporte aos hospitais; a fim de evitar o
agravamento das lesões e melhorar as condições de sobrevivência do acidentado.

Centro de Comando e Operações do Corpo de Bombeiros (COCB)

O Centro de Comando e Operações do Corpo de Bombeiros (COCB), instalado no prédio


do CICC, tem a finalidade de supervisionar e coordenar as atividades operacionais de Bombeiro
Militar em todo o Estado do Rio de Janeiro e, em caso de necessidade, apoiar todas as Unidades
Operacionais.
Semelhante ao CECOPOM, possui ligações e comunicações com os órgãos responsáveis
pela defesa social no Estado (PCERJ, PMERJ, COMDEC, CORio, DPRF, GM/Rio, CCRIT, SSP,
...), com diversas instituições ( públicas e privadas) e concessionárias de serviços públicos (CEG,
LIGHT, CEDAE, METRO, CERJ,).

Seja curioso: O site do CBMERJ tem informações muito interessantes


http://www.cbmerj.rj.gov.br/226-cocb
Comandos Intermediários

Os Comando de Bombeiros de Área (CBA) são, semelhantes aos CPA


da PMERJ, com responsabilidade sobre um espaço geográfico, são órgãos de
execução subordinado diretamente ao Subcomando Geral do CBMERJ.

30
SEGURANÇA PÚBLICA - CAS 2020

São 10 (dez) os Comandos de Bombeiros de Área propriamente ditos e 01 (um) de Comando


de Bombeiros de Área Atividades Especializadas (CBA VIII) e 01 (um) Comando de Bombeiros
de Área Salvamento Marítimo (CBA XI):
Função dos CBA: Coordenar, fiscalizar, controlar e emanar diretrizes e
procedimentos profissionais a fim de que os serviços de prevenção, resgate e salvamento do
CBMERJ sejam prestados com a maior presteza, eficácia e profissionalismo, objetivando reduzir
ao mínimo as taxas de mortalidade em toda área de operação.

O CBA VIII - Atividades Especializadas

O Comando de Área de Atividades Especializadas vem efetuando planejamentos


voltados para uma melhoria técnica-operacional das suas OBM subordinadas, tendo como foco
principal a diminuição do tempo resposta nos diversos atendimentos operacionais, visando o
melhor atendimento a nossa população.

Prevenção em Estádios: Controlar, fiscalizar, orientar e promover segurança nos


eventos desportivos em todo o Estado do Rio de Janeiro.
Produtos Perigosos: O Grupamento de Operações com Produtos Perigosos (GOPP)
atua em ocorrências que envolvem “Produtos e ou Substâncias Perigosas” todos os
“protocolos de segurança” devem ser seguidos para evitar a contaminação dos profissionais que
atuam na ação de socorro em acidentes que envolvam Produtos Perigosos, e da população nas
comunidades adjacentes e do meio ambiente. Infelizmente não há ainda uma tecnologia ou
metodologia que seja 100% (cem por cento) segura para evitar acidentes que envolvam produtos
e ou substâncias especiais e/ou perigosas, por este motivo foi criado o Grupamento de
Operações de produtos Perigosos (GOPP), para intervenção em casos onde há a presença e
minimizar os efeitos nocivos sobre o meio ambiente em que vivemos e sobre os seres humanos.
Socorro Aéreo:O Grupamento de Operações Aéreas (GOA) tem como característica
seu múltiplo emprego, possibilitando o transporte de autoridades, tropas e material,
auxiliando na logística com velocidade, dinamismo e agilidade, bem como as ações de Defesa
Civil, Combate a Incêndios Florestais, Operações de Busca e Salvamento, Detecção,
identificação e delimitação de áreas contaminadas por agentes químicos, biológicos e nucleares,
Transporte Aeromédico, Transporte de Órgãos e Tecidos, retirada de vítima grave de locais de
sinistros.
Suprimento de Água - Grupamento Tático de Suprimento de Água para Incêndios
(GTSAI): Sua missão específica de catalogar os logradouros públicos e suas
características, criar e manter atualizado um banco de dados confiável e completo para poder
auxiliar com maior eficiência os Oficiais Comandantes de Operações nas tomadas de decisões
referentes ao suprimento de água, e consequentemente, garantindo a possibilidade de fazer
frente, com maior qualidade, às diversas modalidades de eventos que necessitam
deste recurso.

31
SEGURANÇA PÚBLICA - CAS 2020

Socorro de Busca e Salvamento: O Grupamento de Busca e Salvamento (GBS) como órgão


de execução tem a função de Salvaguardar Bens Materiais, Buscas, Salvamentos e Socorros
Públicos no âmbito de sua respectiva área de atuação.
Atender às vítimas de acidentes, procurando dar socorro imediato adequado e condições
ideais de transporte aos hospitais; a fim de evitar o agravamento das lesões e melhorar as
condições de sobrevivência do acidentado.
O atendimento é voltado exclusivamente a: acidentes de trânsito, soterramentos,
desabamentos, resgates em prédios ou montanhas, resgates no mar ou rios.
Socorro Florestal: O Grupamento de Socorro Florestal e Meio Ambiente (GSFMA)
tem a missão de atender de forma proativa e reativa, as demandas atinentes ao
SERVIÇO DE SOCORRO FLORESTAL E MEIO AMBIENTE nas principais Unidades de
Conservação da Natureza, localizadas no Estado do Rio de Janeiro. Atingindo uma posição de
referencial nacional e internacional em assuntos de Incêndio Florestal e Salvamento em
Montanha.

O CBA XI - Comando de Bombeiros de Área Salvamento Marítimo

Como Comando Intermediário, é um órgão de execução subordinado diretamente


ao Subcomando Geral do CBMERJ. Através de suas Seções de Estado Maior, o Comando de
Área vem efetuando planejamentos voltados para uma melhoria técnica-operacional dos seus
GMARes subordinados, tendo como foco principal a diminuição do tempo resposta nos diversos
atendimentos operacionais, visando o melhor atendimento a nossa população.
Cabe aos GMARes: Praticar o salvamento em ambientes aquáticos, em casos de
emergência; educar a comunidade com o objetivo de orientar sobre riscos de afogamentos e
acidentes.

Entre outras atividades cabe ainda ao CBMERJ

A fiscalização e a emissão de laudos sobre a segurança das construções, locais


que reúna público bem como dos materiais de prevenção e combate a incêndio, em edificações
diversas e liberação e fiscalização de eventos em quaisquer locais abertos ao público.

Defesa Civil

Estrutura da Subsecretaria de Estado da Defesa Civil para as Atividades de


Segurança Pública e Defesa Social

32
SEGURANÇA PÚBLICA - CAS 2020

A Subsecretaria de Estado da Defesa Civil, da Secretaria de Estado de Defesa Civil e Corpo


de Bombeiros, tem por finalidade o estabelecimento de normas e o exercício das atividades de
integração, planejamento, organização, coordenação e supervisão da execução das medidas
preventivas, de socorro, assistenciais e de recuperação,considerando os efeitos produzidos por
fatos adversos de qualquer natureza e nas situações de emergência ou de calamidade pública,
bem como, daquelas destinadas a preservar o moral da população e o restabelecimento da
normalidade da vida comunitária em todo o território do Estado do Rio de Janeiro.

Superintendência Operacional

Missão

A Superintendência Operacional é o órgão do Sistema Estadual de Proteção e


Defesa Civil (SIEDEC-RJ) responsável por elaborar a estratégia para o desencadeamento de
todas as ações e atividades de Defesa Civil, cujo objetivo principal é redução dos riscos de
desastres, nas suas mais variadas formas, contemplando desde o planejamento de ações que
possam promover a segurança global das populações em conjunto com os Municípios, até o
assessoramento técnico ao Chefe do Poder Executivo Estadual, no estabelecimento de critérios
técnicos a fim de minimizar possíveis danos e prejuízos resultantes de desastres.

Escola de Defesa Civil do Estado do Rio de Janeiro (EsDEC)

A Escola de Defesa Civil do Estado do Rio de Janeiro (EsDEC), foi criada em 19 de


Dezembro de 2003, através da Resolução SEDEC Nº 269. Nosso preceito está baseado em
contribuir de forma eficiente para a proteção das comunidades, preparando-as através da
doutrina de Defesa Civil, de forma multidisciplinar, para minimizar, por meio da construção e
compartilhamento do conhecimento, os riscos que sobre ela incidam, através da redução de suas
vulnerabilidades. A Escola de Defesa Civil também contribui para a formação e capacitação de
profissionais ligados à área de Defesa Civil possibilitando um melhor planejamento e
gerenciamento de ações coordenadas de resposta aos desastres.

Centro Estadual de Monitoramento

Compete ao CEMADEN-RJ:
I – Realizar o monitoramento meteorológico, hidrológico e geológico, em caráter permanente,
bem como o monitoramento situacional de quaisquer incidentes ou desastres, de origem natural
ou tecnológica, não relacionados a área nuclear ou radiológica, que ocorram no território do

33
SEGURANÇA PÚBLICA - CAS 2020

Estado do Rio de Janeiro, ou que se originem fora dos limites deste Estado e venham impactar,
de alguma forma, o seu território;
II – Realizar o monitoramento de riscos, de desastres, da logística, de incidentes, das
operações de resposta a desastres e a emergências que não sejam ligados a área nuclear ou
radiológica, com enfoque especial nos desastres de ordem natural, suportando as autoridades
competentes e a Diretoria Geral do DGDEC e o seu corpo técnico, na tomada de decisões;
III – Realizar o monitoramento e a gestão das operações ligadas a eventos, suportando as
autoridades competentes e a Diretoria Geral do DGDEC e o seu corpo técnico, na tomada de
decisões;
IV – Operacionalizar a gestão de desastres, dos simulados e dos simulacros que não sejam
ligados a área nuclear ou radiológica, suportando as autoridades competentes e a Diretoria
Geral do DGDEC e o seu corpo técnico, na tomada de decisões;
V – Colaborar com o Diretor Geral do DGDEC, o Superintendente Operacional, o
Subsecretário e o Secretário de Estado de Defesa Civil, de forma conjunta com os demais
órgãos do DGDEC na gestão e tomada de decisão, quando da ocorrência de situação de
desastres ou incidentes que não sejam ligados a área nuclear ou radiológica;
VI – Realizar coleta e registro de dados que subsidiem análises estatísticas e probabilísticas
de eventos a serem desenvolvidas pelo DPlan e suas Divisões;
VII – Manter atualizados os Órgãos do SINPDEC sobre a evolução das situações
emergenciais ou dos eventos ocorridos no Estado do Rio de Janeiro;
VIII – Emitir relatórios e boletins técnicos referentes às suas atribuições.
IX – Atuar como órgão de comunicações e apoio às decisões estratégicas e operacionais dos
órgãos internos e externos, servindo como elo de integração nas relações interinstitucionais e
entre os órgãos do DGDEC;
X – Operacionalizar os esforços produzidos pelo CENG e pelo GRAC, visando a otimização
das respostas a desastres e a emergências que não sejam ligados a área nuclear ou
radiológica.

Centro Estadual de Administração de Desastres do Departamento Geral de Defesa Civil


CESTAD

O Centro Estadual de Administração de Desastres do Departamento Geral de


Defesa Civil - DGDEC, da Secretaria de Estado de Defesa Civil.
está situado nas instalações do DGDEC e tem a finalidade de servir como um centro integrado
de gestão de emergência para os órgãos públicos e particulares necessários a uma resposta em
caso de emergência ou durante a realização de grandes eventos.
O CESTAD funciona sobre o seguinte binômio: COOPERAÇÃO E
INTEGRAÇÃO

34
SEGURANÇA PÚBLICA - CAS 2020

- A cooperatividade é a palavra chave nos processos do CESTAD. Todos os membros e suas


Instituições devem ter consciência de que estão reunidos no CESTAD em busca do bem maior
que é a segurança da sociedade e o bem estar do cidadão.
- O CESTAD funciona como um centro facilitador da integração entre as instituições.
O Objetivo do CESTAD é atender as necessidades oriundas das equipes de campo que
estiverem diretamente ligadas às emergências ou a eventos, facilitando a resposta através da
geração de recursos e solução dos problemas que surgirem durante as operações.
O CESTAD tem a responsabilidade de receber, analisar e mostrar as informações sobre
os acidentes para permitir a tomada de decisões, buscando a comunicação efetiva e a
coordenação na gestão de desastres, atendendo as necessidades das equipes de campo,
facilitando a resposta através da gestão de recursos e solução de problemas que surgirem
durante as operações.

Centro de Coordenação e Controle de Emergências Nucleares Missão

 Coordenar a
execução das ações que lhe são atribuídas no Plano de Emergência Externo (PEE);
 Coordenar o apoio dos diversos órgãos, sediados no Município, com
responsabilidade na resposta a uma situação de emergência nuclear;

35
SEGURANÇA PÚBLICA - CAS 2020

 Solicitar apoio aos órgãos municipais, estaduais e federais,


sediados em sua área de influência, para implementar as ações necessárias e
complementar os meios utilizados, na resposta a uma situação de emergência
nuclear;
 E manter o Centro de Informações de Emergência Nuclear – CIEN,
informado sobre a evolução da situação de emergência nuclear.

. Posto Central de Ajuda Humanitária (PCAH)


O Posto Central de Ajuda Humanitária (PCAH) tem por objetivo
armazenar os materiais necessários na assistência às vítimas de desastres, a fim
de manter suas necessidades básicas até a restauração da normalidade. Os
Materiais de Ajuda Humanitária, armazenados no PCAH, podem ser solicitados
pelas Agências Municipais de Defesa Civil que tiverem sido atingidas por evento
adverso, mediante o devido preenchimento da Ficha de Informação de Desastre
(FIDE).
Sob a gerência do PCAH, foram criados Postos Avançados de Ajuda
Humanitária, distribuídos estrategicamente no território estadual, de modo a reduzir
o tempo de resposta assistencial.

Coordenação Especial de Ações do Meio Ambiente CEAMA

Missão
“Preservar o meio ambiente para salvar vidas”
Assessorar a Superintendência Operacional nas ações de meio
ambiente ligadas diretamente às atividades de proteção e defesa civil, com vistas à
redução de risco de desastres no Estado do Rio de Janeiro, bem como implementar,
em nível estratégico, o sistema de gestão ambiental na estrutura da Secretaria de
Estado de Defesa Civil, em especial no Corpo de Bombeiros Militar do Estado do
Rio de Janeiro.

Centro de Estudos e Pesquisas em Defesa Civil


Histórico
O CEPEDEC possui como uma de suas diretrizes o planejamento com base em pesquisas e
estudos sobre áreas de risco e incidência de desastres no território nacional.
Objetivo
Promover estudos e pesquisas sobre desastres naturais, antropogênicos e tecnológicos, com
prioridade para o de maior prevalência no Estado do Rio de Janeiro e os das regiões limítrofes
que poderão impactar no território fluminense, observando-se diferentes graus de intensidade,
periodicidade e evolução.

36
SEGURANÇA PÚBLICA - CAS 2020

Assessoria de Controle Interno


Atualmente, a Assessoria de Controle Interno, criada pelo Decreto nº 15 de 05 de julho de 2018,
vem se fortalecendo e capacitando seus militares, visando cumprir todas as atribuições
constantes no presente Ordenamento Jurídico, e possuindo ainda os seguintes pilares:
Missão:
Estimular o alcance de resultados mais favoráveis, identificando as falhas ou desperdícios que
comprometem o processo organizacional, constituindo-se em instrumento de proteção e defesa
do cidadão.

O uso de mídias sociais facilita a integração das comunidades com as agências de segurança,
possibilitando aos cidadãos conhecerem as agências e suas finalidades, estreitando o contato
através de formas inovadoras, como o uso do facebook e do WhatsApp.

Atribuições:
Assegurar a fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial, quanto a
legalidade, legitimidade e economicidade, eficiência, eficácia e efetividade na gestão dos
recursos públicos e a avaliação dos resultados obtidos pela administração, nos termos dos
artigos 70 e 74 da Constituição Federal e 122, 123 e 129 da Constituição Estadual.

Integração com a Política Nacional de Proteção e Defesa Civil – PNPDEC

A Política Nacional de Proteção e Defesa Civil - PNPDEC, instituída pela Lei nº 12.608
de 10 de abril de 2012, publicada no Diário Oficial da União nº 70, de 11 de abril de 2012, traz
os princípios, os objetivos e instrumentos de como a gestão de riscos de desastres e a gestão
de desastres serão implementadas no Brasil, com o propósito de assegurar condições sociais,
econômicas e ambientais adequadas para garantir a dignidade da população e garantir a
promoção do desenvolvimento sustentável.

A PNPDEC trouxe algumas inovações como:

 Integração das políticas de ordenamento territorial, desenvolvimento urbano, saúde,


meio ambiente, mudanças climáticas, gestão de recursos hídricos, geologia,
infraestrutura, educação, ciência e tecnologia e às demais políticas setoriais, tendo em
vista a promoção do desenvolvimento sustentável;
 Elaboração e implantação dos Planos de Proteção e Defesa Civil nos três níveis de
governo, estabelecendo metas de curto, médio e longo prazo;
 Sistema Nacional de Informações e Monitoramento de Desastres; Profissionalização e a
qualificação, em caráter permanente, dos agentes de proteção e defesa;

37
SEGURANÇA PÚBLICA - CAS 2020

 Cadastro nacional de municípios com áreas suscetíveis à ocorrência de deslizamentos


de grande impacto, inundações bruscas ou processos geológicos ou hidrológicos
correlatos; e
 Inclusão nos currículos do ensino fundamental e médio dos princípios da proteção e
defesa civil e a educação ambiental, entre outras.

Na maioria dos Estados, os corpos de bombeiros militares são unidades


especializadas que pertencem aos quadros das polícias militares.

Secretaria de Estado de Administração Penitenciária

Segundo o DECRETO Nº 33.164 DE 12 DE MAIO DE 2003, compete a Secretaria de Estado


de Administração Penitenciária, desenvolver, coordenar e acompanhar as atividades
pertinentes à administração penitenciária e ainda:

I - à política criminal e penitenciária do Estado do Rio de Janeiro, observando os objetivos da


Lei de Execução Penal;
II - ao processamento e julgamento dos pedidos de extinção de punibilidade e livramento
condicional em favor de sentenciados recolhidos aos estabelecimentos penais do Estado;
III - à reinserção dos egressos do sistema penitenciário, bem como da observação cautelar dos
liberados condixionais e dos beneficiados pela suspensão condicional da pena;
IV - à organização e à promoção, em bases racionais e produtivas do trabalho remunerado dos
apenados do sistema penitenciário do Estado do Rio de Janeiro;
V - ao relacionamento permanente e integrado com o Poder Judiciário, Ministério Público,
Defensoria Pública, e demais instituições afins, com objetivo de melhor alcançar as metas
impostas pela política criminal e penitenciária.

FORÇA NACIONAL DE SEGURANÇA PÚBLICA

Força nacional de segurança pública

Criação da Força Nacional de Segurança Pública

38
SEGURANÇA PÚBLICA - CAS 2020

Inspirada no modelo da Organização das Nações Unidas


(ONU) de intervenção para a paz, ou seja, o desenho organizacional
das missões de paz das Nações Unidas, a Força Nacional de
Segurança Pública foi criada através do Decreto nº 5.289, de 29 de
novembro de 2004.

Você sabe o que é a FNSP?

É um programa de cooperação entre os Estados-membros e a União Federal, a fim


de executar, através de convênio, atividades e serviços imprescindíveis à preservação da ordem
pública, à segurança das pessoas e do patrimônio, atuando também em situações de emergência
e calamidades públicas.
É ainda uma integração entre os Estados federados e a União, com o objetivo de
prestar apoio aos órgãos de segurança federais, estaduais e do Distrito Federal, sob a
coordenação do Ministério da Justiça e Segurança Pública, ou seja, são os Estados que auxiliam
o estado solicitante. Por seu caráter federativo, e não “federal”, atua somente com pedido da
unidade federada, feito diretamente pelo governador do estado ou, em caráter pontual, em apoio
à Polícia Federal ou a outros órgãos federais e, diferentemente de outras tropas, subordina-se,
quando em operação, diretamente, ao comando.

A FNSP é selecionada e composta por voluntários: policiais militares, policiais


civis, bombeiros militares e peritos dos estados e do Distrito Federal.

Breve Histórico

A FNSP foi inicialmente instituída para atuação nos estados e executar atividades de
policiamento ostensivo.Em 2007, com a Lei nº 11.437, o Distrito Federal foi incluído no projeto.
Em 2008, através da Portaria do Ministério da Justiça nº 0394/08, as atribuições da Força
Nacional foram ampliadas, abrangendo também a cooperação com os órgãos de segurança
federais. O Decreto nº 7.318/2010, permitiu à Força Nacional contar com integrantes das polícias
civis e peritos forenses.
A Força Nacional de Segurança Pública representa uma alternativa viável, concreta e eficaz
de prevenção, preservação e restauração da ordem pública, proporcionando à sociedade em
geral a sensação de segurança, constituindo-se um esforço conjunto dos estados e da União,
através do princípio de Cooperação Federativa.

Atribuições

39
SEGURANÇA PÚBLICA - CAS 2020

É uma tropa de “pronta-resposta” sediada em Brasília (DF), no Batalhão Escola de


Pronto-Emprego (Bepe), o qual conta com profissionais capacitados e em condições de
agirem imediatamente. Além disso, ampliou-se a cooperação, não só com os Estados-
membros e Distrito Federal, como também em apoio aos órgãos federais como a Polícia
Federal e a Polícia Rodoviária Federal. Suas atribuições não mais se resumem à atuação
em policiamento ostensivo, mas também no combate aos crimes ambientais, ações de
polícia sobre grandes impactos ambientais negativos, realização de bloqueios em rodovias,
atuação em grandes eventos públicos de repercussão internacional, ações de defesa civil
em caso de desastres e catástrofes, ações de polícia judiciária e perícias.

Onde poderá ser empregada?

A Força Nacional poderá ser empregada em qualquer parte do território nacional,


mediante solicitação expressa do respectivo governador de Estado, e do Distrito Federal. Ela
atuará em atividades destinadas à preservação da ordem pública e da segurança das pessoas
e do patrimônio; ao auxílio às ações de polícia judiciária estadual na função de investigação de
infração penal, para a elucidação das causas, circunstâncias, motivos, autoria e materialidade;
ao auxílio às ações de inteligência relacionadas às atividades periciais e de identificação civil e
criminal destinadas a colher e resguardar indícios ou provas da ocorrência de fatos ou de infração
penal; auxílio na ocorrência de catástrofes ou desastres coletivos, inclusive para reconhecimento
de vítimas; ao apoio a ações que visem à proteção de indivíduos, grupos e órgãos da sociedade
que promovem e protegem os direitos humanos e as liberdades fundamentais; ao apoio às
atividades de conservação e policiamento ambiental; ao apoio às ações de fiscalização ambiental
desenvolvidas por órgãos federais, estaduais, distritais e municipais na proteção do meio
ambiente; à atuação na prevenção a crimes e infrações ambientais; execução de tarefas de
defesa civil em defesa do meio ambiente; ao auxílio às ações da polícia judiciária na investigação
de crimes ambientais; e prestar auxílio à realização de levantamentos e laudos técnicos sobre
impactos ambientais negativos.

E quais são os prazos?

A permanência da Força Nacional de Segurança Pública em qualquer


parte do território nacional deverá ocorrer durante o prazo delimitado pelo ato do
ministro de estado da Justiça e Segurança Pública, conforme o pedido inicial do
governador e o esgotamento da crise que deu origem à solicitação, nos termos do
art. 4º, §3º, do Decreto nº. 5.289, de 2004. O contingente pode permanecer até dois
anos em local determinado, ressalvada estipulação contrária entre as partes.

40
SEGURANÇA PÚBLICA - CAS 2020

O prazo do apoio prestado poderá


ser prorrogado sempre que
necessário.
O contingente designado obedece
ao planejamento definido pela
Senasp.

A permanência da Força Nacional de Segurança Pública em qualquer parte do


território nacional deverá ocorrer durante o prazo delimitado pelo ato do ministro de estado da
Justiça e Segurança Pública, conforme o pedido inicial do governador e o esgotamento da crise
que deu origem à solicitação, nos termos do art. 4º, §3º, do Decreto nº. 5.289, de 2004.

Servidores Civis

A atuação dos servidores civis nas atividades desenvolvidas no âmbito da Força Nacional de
Segurança Pública, conforme previsto na legislação pertinente, compreende:
I - auxílio às ações de polícia judiciária estadual na função de investigação de infração penal,
para a elucidação das causas, circunstâncias, motivos, autoria e materialidade;
II - auxílio às ações de inteligência relacionadas às atividades destinadas à preservação da
ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio;
III - realização de atividades periciais e de identificação civil e criminal destinadas a colher e
resguardar indícios ou provas da ocorrência de fatos ou de infração pena.

Exemplo de emprego

As ações da Força Nacional de Segurança Pública (FNSP) ocorrem nas mais


diferente situações, em qualquer lugar da Federação.No dia 24 de março de 2020, hoje,está
atuando em nove estados e no Distrito Federal nas missões diversas, como:
No estado do Maranhão, na Terra Indígena Cana Brava Guajajara, em apoio às atividades
da Fundação Nacional do Índio (Funai), com objetivo é assegurar a integridade física e moral
dos povos indígenas, dos servidores da Funai e dos não índios.
Atuando em ações de polícia judiciária e perícia forense, nos cinco municípios que
fazem parte do Em Frente, Brasil. O projeto-piloto de enfrentamento à criminalidade violenta está
presente em Ananindeua (PA), Cariacica (ES), Goiânia (GO), Paulista (PE) e São José dos
Pinhais (PR). O número de homicídios nestas localidades sofreu uma redução de 44,1%. Os
dados são do período de 30 de agosto de 2019, quando começou o projeto, a 11 de janeiro de
2020.

41
SEGURANÇA PÚBLICA - CAS 2020

No Rio Grande do Norte em apoio ao Departamento Penitenciário Nacional, nas ações


de policiamento de guarda e vigilância no perímetro interno da Penitenciária Federal de
Mossoró.
Conclusão
A FNSP é uma força multitarefa, à disposição do
Governo Federal, formada por profissionais de segurança pública
dos estados e do Distrito Federal, que é acionada, em situações de
distúrbio público, originados em qualquer ponto do território
nacional, com aquiescência do governo estadual interessado,
observados os dispositivos legais.

GUARDAS MUNICIPAIS: A GUARDA MUNICIPAL DA CIDADE


DO RIO DE JANEIRO
Atribuições das Guardas Municipais

Atribuição constitucional.

O artigo 144 § 8º da CF estabelece que “Os Municípios poderão


constituir guardas municipais destinadas à proteção de seus bens, serviços e
instalações, conforme dispuser a lei”. Uma questão para refletir:

Qual seriam as reais dimensões das atribuições da Guarda Municipal, uma


força pública, que nasce destinada a zelar pelos bens, serviços e
instalações do município no capítulo constitucional específico da
Segurança Pública que é caracterizada como um dever do Estado e direito
e responsabilidade de todos, visando com isso garantir à preservação da
ordem pública, da incolumidade das pessoas e do patrimônio?
Você saberia dizer o que fazem as Guardas Municipais?

A Guarda Municipal ocupa um espaço importante na Política Nacional de


Segurança Pública e Defesa Social, principalmente nas capitais, onde exercem atividades
como o controle de trânsito, segurança patrimonial e de seções dos municípios, patrulhamento
de parques e jardins e segurança em eventos públicos.

Não é só isso:

Os corpos das Guardas Municipais, por mera observação, parecem


instituições militares, com seus quadros hierarquizados, o uso de insígnias adicionando
as instruções e as formaturas e as posturas quase marciais no desenvolvimento de

42
SEGURANÇA PÚBLICA - CAS 2020

suas atividades cuja a finalidade é claramente para além da salvaguarda do patrimônio das
respectivas municipalidades.
São promotoras de diversas ações preventivas no campo da Segurança Pública e da
cidadania através de patrulhamento preventivo nitidamente embasado no uso progressivo da
força, facilmente observado nas praias e nos pontos turísticos da cidade do Rio de Janeiro.
Em alguns municípios realizam modalidades de patrulhamento que se confundem com
as atividades da policia militar, com emprego de armas e / ou tecnologias e instrumentos policiais
como câmeras e cães adestrados,como exemplo a Guarda Municipal de Belém, com
grupamentos denominados GAT, ATAC e RONDAC, responsáveis por ações táticas, e também
rondas motorizadas pelos postos (escolas, unidades de saúde, prédios administrativos e praças)
da capital paraense.

Foto: GM Gravataí SP: https://www.correiodopovo.com.br/

A Guarda Municipal e o Poder de Polícia.

“Pode-se dizer também que no âmbito administrativista, as Guardas Municipais


representam a manifestação instrumental do princípio da autotutela, o qual nas palavras de DI
PIETRO, representa o “poder que tem a Administração Pública de zelar pelos bens que integram
o seu patrimônio, sem necessitar de título fornecido pelo Poder Judiciário. Ela pode, por meio de
medidas de polícia administrativa, impedir quaisquer atos que ponham em risco a conservação
desses bens””.(Rosário)

“No emaranhado de agências responsáveis pela segurança pública, a Guarda


Municipal é uma instituição colocada à frente nas ações preventivas e de contenção de conflitos
e atividades ilícitas contra o patrimônio dos municípios, detendo poder de polícia suficiente para
restringir direitos e liberdades individuais com o intuito de resguardar os interesses públicos
primários.”(sic Rosário)

43
SEGURANÇA PÚBLICA - CAS 2020

O artigo 301 do CPP diz: “Qualquer do povo poderá e as autoridades policiais e


seus agentes deverão prender quem quer que seja encontrado em flagrante delito”. Inclusive
a vítima poderá efetuar tal prisão. “O que não é aconselhável, salvo se tiver segurança e meios
suficientes para conter o meliante sem lhe causar danos desnecessários e acionar a força
policial” (crivo do autor).

A importância da guarda municipal

Marcelo Moreno, diretor de Políticas de Segurança Pública da Senasp, em 11 de


junho de 2019, em sua palestra no I Seminário Nacional de Guardas Municipais, em Brasília
(DF),enfatizou a relevância do diagnóstico na aplicação das políticas de segurança pública. “O
diagnóstico é fundamental para que a política seja precisa e para que entendamos o nosso foco.
E o Sistema Único de Segurança Pública (Susp) traz essa responsabilidade para nós, de
entramos efetivamente nessa política junto com vocês, guardas municipais. Pois a Senasp
entende nas guardas municipais o papel fundamental e determinante para transformar e
fortalecer ainda mais esse trabalho”.

Guarda Municipal da Cidade do Rio de Janeiro

Você sabia que a Guarda Municipal do Rio de Janeiro é a maior guarda


desarmada do Brasil?

A Instituição atua no patrulhamento diário da cidade, com ações especiais no


trânsito, escolas, praias, meio ambiente, turismo, ordenamento urbano, e grandes eventos. A
GM-Rio tem também frentes comunitárias, sociais, esportivas e culturais, trabalhando nas ruas
em contato direto com o cidadão, seu principal foco. Para todas essas missões, são mais de
6.900 mil guardas concursados, distribuidos em turnos por unidades operacionais (15
Inspetorias, 7 Grupamentos Especiais e 6 UOPs) e
monitorados pelo Centro de Controle Operacional
(CCO), além de 47 músicos e 380 funcionários
administrativos.
Guardas atuando contra o comércio ilegal de
animais silvestres em Padre Miguel.

São atribuições da Guarda Municipal norteadas pelos princípios legais conforme


diretrizes Ministério da Justiça Secretaria Nacional de Segurança:

1 – Controlar e fiscalizar o trânsito, de acordo com a Lei nº. 9.503, de 23/09/1997 (Código de
Trânsito Brasileiro);

44
SEGURANÇA PÚBLICA - CAS 2020

2- Interagir com os agentes de proteção Ambientais, protegendo o meio ambiente, bem de uso
comum do povo, patrimônio público municipal natural, por força do art. 225 da Constituição
Federal;
3- Poder de Polícia no âmbito municipal apoiando os demais agentes públicos municipais e fazer
cessar, quando no exercício da segurança pública, atividades que prejudiquem o bem estar da
comunidade local;
4- Exercitar sua ação de presença, prevenindo condutas, bem como:
a) prender quem seja encontrado em flagrante delito, nos termos dos artigos 301 a 303 do Código
de Processo Penal, fundado no inciso LXI do art. 5°, da Constituição Federal;
b) agir em legítima defesa de direito seu ou de outrem, mormente em defesa dos direitos
assegurados pela Constituição Federal, ressaltando-se os direitos à vida, à liberdade, à
igualdade, à segurança e à propriedade, todos insertos no “caput” do art. 5° da CF;
5- Apoiar as atividades de socorro e proteção às vítimas de calamidades públicas, participando
das atividades de Defesa Civil;
6- Garantir o funcionamento dos serviços públicos de responsabilidade do Município;
7- Exercer a vigilância sobre os próprios municipais, parques, jardins, escolas, teatros, museus,
bibliotecas, cemitérios, mercados, feiras-livres, no sentido de:
a) protegê-los dos crimes contra o patrimônio;
b) orientar o público quanto ao uso e funcionamento do patrimônio público sob sua guarda;
8- Desempenhar missões eminentemente preventivas, zelando pelo respeito à Constituição às
Leis e à proteção do patrimônio público municipal;
9- Prevenir as infrações penais;
10-Apoiar os agentes municipais a fazer cessar, quando no exercício do poder de polícia
administrativa as atividades que violem as normas de saúde, sossego, higiene, funcionalidade,
estética, moralidade e outras de interesse da coletividade;
11- Praticar segurança em eventos;
12- Praticar segurança de autoridades municipais;
13- Prestar pronto-socorrismo;
14- Garantir a proteção aos serviços de transporte coletivo e terminais viários;
15- Desenvolver trabalhos preventivos e de orientação à comunidade local quanto ao uso dos
serviços públicos e procedimentos para melhoria da segurança pública local;
16- Prevenir a ocorrência, internamente, de qualquer ilícito penal;
17- Prevenir sinistros, atos de vandalismo e danos ao patrimônio;
18- Apoiar as ações preventivas – educativas: prevenção à violência, uso de drogas, ECA,
trânsito, etc.
19- Proteger funcionários públicos no exercício de sua função;
20- Prevenir a ocorrência, interna e externamente de qualquer infração penal;
21- Organizar o público em áreas de atendimento ao público ou congêneres;
22- Prestar assistências diversas;

45
SEGURANÇA PÚBLICA - CAS 2020

23- Reprimir ações anti-sociais e que vão de encontro às normas municipais para utilização
daquele patrimônio público; participar das ações de Polícia Comunitária desenvolvidas pelas
Polícias locais; participar, em conjunto com as Polícias locais, de ações de preservação da ordem
pública, sempre que solicitado; realizar a fiscalização e o controle viário do trânsito das vias
municipais;
24- Prevenir sinistros, atos de vandalismo e danos ao patrimônio;
25- Exercitar sua função ostensiva, por meio de condutas, tais como: prender quem seja
encontrado em flagrante delito, nos exatos termos dos artigos 301 a 303 do código de Processo
Penal, fundado no inciso LXI, do artigo 5º da Constituição Federal;
26- Colaborar com as ações preventivas de segurança pública;
Agir em legítima defesa de direito seu, ou de outrem, mormente em defesa dos direitos
assegurados pela Constituição Federal, ressaltando-se os direitos à vida, à liberdade, à
igualdade, à segurança e à propriedade, todos insertos no Caput do art. 5º da CF/88.

A Guarda Municipal da cidade do Rio de Janeiro já tem notória e real


importância na Segurança Pública e Defesa Social. Como pudemos observar suas
atribuições são muitas, mas para a população de um modo geral que não conhece
os mecanismos de Segurança Pública, se contentam com a presença ostensiva dos
guardas nas ruas, disseminado um sentimento coletivo de segurança.

INTEGRAÇÃO DOS ÓRGÃOS PÚBLICOS E ENTIDADES


PRIVADAS NA SEGURANÇA PÚBLICA E NA DEFESA SOCIAL.

46
SEGURANÇA PÚBLICA - CAS 2020

Sargento, você já ouviu falar na integração dos órgãos públicos e entidades


privadas na segurança pública e na defesa social?
Sabe como funciona esse mecanismo? Que tal aprender?

Integrar é preciso

Como observamos nas aulas anteriores, as


agências de Segurança Pública têm diferentes campos de
atuação, contudo diferentes agências terão atribuições
sobre determinados eventos. Para exemplificar num
acidente de trânsito com vítimas é exigida a presença da
PMERJ para conduzir a ocorrência, da PCERJ para a perícia e instauração do inquérito, dos
Bombeiros para liberar eventuais vítimas presas as ferragens, atestar eventuais óbitos, socorrer
os feridos, remover os cadáveres e limpar os detritos da via, do sistema público de saúde para
receber e tratar dos feridos,da Guarda Municipal para controlar e fazer fluir o trânsito nas
imediações, da Companhia de eletricidade para trocar o poste e restabelecer a eletricidade, etc.
Seria diferente a integração das forças no teatro de operações de um
desabamento no centro da cidade do Rio de Janeiro?
Não! Também não é muito diferente. As providências em um incêndio ou de uma
explosão de gás, claro, que as tecnologias e os materiais empregados seriam diferentes e cada
evento apresenta proporções e aspectos físicos e geográficos diferentes, mas os mecanismos
de integração serão os mesmos. É um cenário onde quase todos os atores da Segurança Pública
terão de atuar ao mesmo tempo, que já começa com a dificuldade de chegar no local em razão
do engarrafamento no trânsito decorrente do evento. Neste transtorno viaturas de diversos
órgãos estão chegando e tentando estacionar próximo para descarregar seus equipamentos, as
ambulâncias das equipes de socorro estão chegando e saindo com feridos e ao mesmo tempo
que os Bombeiros descarregam equipamentos, removem vítimas e materiais, a PM evacua a
área de risco, etc. O cenário de crise é o local em que a atuação dos profissionais da Segurança
Pública, seus respectivos órgãos e o Estado são observados e avaliados via mídias de todos os
tipos, não há espaço para amadorismo e deverá haver um gerente de crises habilitado e com
autoridade para mobilizar diferentes órgãos e coordenar as ações no local de forma não
desperdiçar recursos, esforços, tempo e não comprometera segurança da operação, com o
mínimo prejuízo para rotina da cidade e sem comprometer a eficiência do Estado.
Integração e tecnologia são indissociáveis das atividades de Segurança Pública e Defesa
Social.

A integração e a coordenação entre o diferentes setores públicos são essenciais


para a prevenção e a repressão de práticas perigosas e/ou delituosas, a segurança de grandes
eventos,o atendimento a catástrofes, a gestão de crises sociais ou policiais.

47
SEGURANÇA PÚBLICA - CAS 2020

A integração é prévia. O emprego de pessoal e recursos devem ser precedidos de


estudos, convênios, capacitação e observar um protocolo de ações, pois serão muitos
profissionais com diferentes atribuições de órgãos diversos que irão atuar compartilhando
recursos e desempenhar suas funções, nas mais diversas situações de crise. Convém comentar
que não existe padrões nem previsibilidade para acidentes ou crises – simplesmente acontecem.
Integrar órgãos com diferentes competências legais, mesmo que o objetivo seja
comum, não é fácil, exige uma atmosfera política favorável e são necessários investimentos, que
podem acontecer através de protocolos de cooperação ou de convênios.
O uso de inovações tecnológicas compartilhadas infere interação entre diferentes
entidades o que exige uma gerencia sobre o planejamento, a administração das instalações e
dos recursos, controle sobre a divulgação de informações em mídias como imagens de GPS, de
câmeras embarcadas e de videomonitoramento das áreas urbanas.
Inovações exigem investimentos, que nem sempre os estados e municípios não
dispõem. A Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp) apóia financeiramente os
estados e municípios, geralmente através de convênios ou parcerias,objetivando a construção
de instalações, a aquisição de equipamentos e o treinamento de pessoal.

Integração também exige capacitação profissional

Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), por meio da Senasp, e o


Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional e Tecnológica
(CONIF) têm um acordo de cooperação técnica para a formação e capacitação de agentes de
segurança pública em todo o país que envolve, dentre outros, curso de formação de Guarda Civil
Municipal; Expansão do Curso de Tecnólogo em Segurança Pública na Rede IF; Criação do
Cursos de Especialização Profissional lato sensu e stricto sensu em Segurança Pública e Curso
de Formação Cidadã para comunidade.
A integração funciona. Observe a postagem da Secretaria de Justiça e Segurança
Pública de Minas Gerais:
Minas tem se tornado um lugar cada dia mais seguro para todos. E os resultados
comprovam isso. Com a integração das forças de segurança, foram registradas quedas em todos
os indicadores de crimes violentos. São os melhores oito meses desde 2012.

Centro Integrado de Comando e Controle (CICC) do Rio de Janeiro

Integra órgãos policiais estaduais e federais, a Guarda Municipal e outros órgãos envolvidos
com as atividades de Segurança Pública e Social..Instalado na Cidade Nova, o CICC tem acesso
a mais de quatro mil câmeras e possui um efetivo de quase 1,2 mil pessoas, muitas delas no
atendimento às ligações de emergência, integração de forças de segurança e defesa social. A
estrutura conta com representantes de órgãos municipais, estaduais e federais, como polícias

48
SEGURANÇA PÚBLICA - CAS 2020

Civil e Militar, Samu, Bombeiros – incluindo as centrais 190, 192 e 193, respectivamente –,
Polícia Rodoviária Federal, Guarda Municipal, Defesa Civil Estadual, Centro de Operações Rio,
Agência Reguladora de Transportes (Agetransp) e Central de Regulação de Leitos. Para melhor
ilustrar a integração dos diversos órgão o Instituto Estadual do Ambiente (Inea) e do
Departamento de Recursos Minerais (DRM), também têm uma sala no CICC, com a finalidade
de dar resposta mais eficientesàs catástrofes e trabalhar integrados aos órgãos municipais,
estaduais e federais que ocupam o CICC monitorando o cotidiano do estado, garantindo a
segurança e gerenciando as calamidades.

Você sabia que o CICC está dotado de condições físicas e técnicas para a
instituição do gabinete de gestão de crise para todo o Estado, constituindo-
se um polo concentrador das ações de defesa civil e social tanto no
atendimento às demandas de rotina da região metropolitana do Rio de
Janeiro quanto nas situações de excepcionalidade, tais como grandes
eventos, desastres e eventos de defesa social de alto risco?

O CICC funciona como base de monitoramento das demandas cotidianas e de


grandes eventos

O CICC comporta em suas instalações 03 (três) atividades com funções distintas e


conexas entre si:
Centro Integrado de Operações de Defesa Social (CIODS);
Centro Integrado de Operações Coordenadas (CIOC);
Gabinete de Gestão de Crise (GGC).

O Centro Integrado de Operações de Defesa


Social (CIODS) é um centro de atendimento de emergência
multiagências que congrega em suas instalações os principais
órgãos de Defesa Civil e Social do Poder Público da cidade
do Rio de Janeiro, Estado e União, no tocante as áreas de
segurança pública e defesa social e de proteção e defesa civil,
dispondo de aparato tecnológico que facilita, implementa e
otimiza o emprego dos recursos das agências.
O CIODS tem como finalidade propiciar a atuação integrada das agências
envolvidas direta ou indiretamente no atendimento emergencial, na promoção de segurança
pública, defesa social e proteção e defesa civil, agilizando e otimizando suas ações, bem como
facilitando a troca de informações e dados entre as mesmas para a tomada de decisões
conjuntas.
O CIODS funcionará 24 horas por dia, 07 (sete) dias por semana, assegurando o
atendimento em tempo integral aos cidadãos necessitados de auxílio emergencial.

49
SEGURANÇA PÚBLICA - CAS 2020

O Centro Integrado de Operações Coordenadas (CIOC) é um centro para a gestão de


ocorrências ou eventos de considerável vulto, tais como:
I - grandes eventos;
II - desastres;
III - eventos de defesa social de alto risco;
IV- eventos que fujam à normalidade, a critério do Chefe do Poder Executivo ou a qualquer outra
autoridade por ele delegada.
A configuração de seus componentes dar-se-á conforme a necessidade e a
demanda dos fatos apresentados e seu funcionamento será mediante o surgimento de
demandas específicas que apontem para a necessidade de acionamento da estrutura de
Comando e Controle Integrado.

Exemplo: Em período eleitoral é normal formar um comitê de ação integrada liderado


pelo presidente do Tribunal Regional Eleitoral do Rio (TRE-RJ) e formado também por
Procuradoria Regional Eleitoral, Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro, Forças
Armadas e instituições ligadas à segurança pública, como a Secretaria de Estado de
Segurança, a Guarda Municipal, o Corpo de Bombeiros, a Polícia Rodoviária Federal,
a Polícia Federal e as polícias Civil e Militar.

Gabinete de Gestão de Crises GGC: É uma estrutura que tem por finalidade dar resposta a
crises no campo de ação das agências componentes da estrutura do Centro Integrado de
Comando e Controle. A implantação e o acionamento do GGC ocorrerá quando a autoridade
competente constatar ou tomar conhecimento de grave perturbação da ordem, desastre
(independente da causa), escalada ou possibilidade de agravamento de tensões.
O GGC, por meio de seus integrantes, tomará decisões político estratégicas para atender as
demandas que se apresentem em função da crise e a execução destas decisões se dará no
âmbito do CIOC, que atuará como braço operacional do GGC.
Exemplo: A Secretaria de Estado de Defesa Civil, devido, as Situações de Emergência
causadas por fortes chuvas, poderá instalar um GGC congregando diversas agencias
comprometidas com atividades de Defesa Civil, para gerenciar a situação e melhor
empregar os recursos disponíveis.
O impulso para a construção do CICC teria sido a Copa do Mundo de
Futebol de 2013. No período entre 2013 e 2016, a cidade do Rio de Janeiro sediou
ainda outros três megaeventos: a Copa das Confederações da Fifa, a Jornada
Mundial da Juventude Católica, e os Jogos Olímpicos. Tal foi o sucesso que o CICC
se tornou uma referência universal.
Neste Centro, no segundo andar, encontra-se instalado o Centro de
controle operacional da PMERJ 190, que gerencia todas as demandas de

50
SEGURANÇA PÚBLICA - CAS 2020

acionamento do serviço de atendimento ao público. Também lá funcionam, entre outras centrais


acionadoras de serviços públicos 192 e 193.
Observando os resultados, fica claro a importância da integração de forças e o
avanço que o CICC representa, razão pela qual muitos estados seguiram essa iniciativa, como
São Paulo e o Distrito Federal. Vários municípios do País, aqueles com mais recurso, como
Niterói (RJ), já têm seus centros de monitoramento e integração de forças, funcionando de forma
semelhante ao CICC.

A integração de todos

A SENASP, incentiva a integração em todos os níveis.


A Secretaria de Operações Integradas (Seopi) tem como uma das principais
funções promover a integração das atividades de inteligência de segurança pública, em
consonância com os órgãos federais, estaduais, municipais e distrital dentro do que prevê o
Sistema Único de Segurança Pública (Susp), instituído pela Lei nº 13.675/2018.
São prioridades do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) as ações para
desmonte de organizações criminosas, combate à corrupção e aos crimes violentos no Brasil.
Uma das ferramentas de integração é o Centro Integrado de Comando e Controle Nacional
(CICCN). Também sob a responsabilidade da Seopi está a Rede de Centros Integrados de
Inteligência de Segurança Pública. Os centros são responsáveis por reunir dados de inteligência
entre os órgãos estaduais, com o intuito de obter informações sobre integrantes das
organizações criminosas, bem como antecipar investidas destes grupos de forma preventiva.
Além do CICCN existem outros três centros:

CIISPR-Sul;
CIISPR-NE;
CIISP-N.

Cada Centro é composto por um coordenador da Diretoria de Inteligência da


Secretaria de Operações Integradas do MJSP, representantes das secretarias de Segurança
Pública, das polícias Civil e Militar e do Sistema Penitenciário dos estados da região. As
atividades são coordenadas no âmbito da Diretoria de Inteligência DINT) da Seopi, em Brasília
(DF), com tecnologias específicas de inteligência. Entre as competências da DINT também estão
a elaboração e a implementação de políticas de inteligência de segurança pública. A principal
função de cada centro é coletar, analisar e disseminar inteligência para tomadores de decisão
dos estados e demais agências de inteligência de segurança pública.

51
SEGURANÇA PÚBLICA - CAS 2020

O SINESP
Sargento, você já ouviu falar em Sistema Nacional
de Informações de Segurança Pública? Sabe o que é?
Vamos aprender?

O Sistema Nacional de Informações de Segurança Pública, Prisionais, de


Rastreabilidade de Armas e Munições, de Material Genético, de Digitais e de Drogas (Sinesp) é
uma plataforma de informações integradas, que possibilita consultas operacionais, investigativas
e estratégicas sobre segurança pública. As informações são validadas pela Senasp por meio dos
boletins de ocorrência de todos os municípios, regiões administrativas, estados e do Distrito
Federal. Em dezembro de 2014, após a conclusão da primeira etapa de planejamento e
desenvolvimento da plataforma Sinesp, foi implementado o Boletim Nacional de Ocorrências
Policiais - Sinesp PPE (Procedimentos Policiais Eletrônicos) dando início à coleta de dados de
registros de ocorrência em tempo real.
Já em 2015, foi desenvolvido e disponibilizado às UFs o Sinesp Integração, solução
destinada à consolidação de dados e informações de múltiplas fontes em uma única Base
Nacional, permitindo, dentre outras atividades, a análise de microdados e a produção de
estatísticas e relatórios mais qualificados.

Fonte de dados e indicadores

Os dados disponíveis são extraídos das soluções Sistema Nacional de Estatística de Segurança
Pública e Justiça Criminal – SINESPJC e Sinesp Integração, fontes primárias dos seguintes
indicadores: Totais de Ocorrências e Totais de Vítimas de estupro, furto de veículos, homicídio
doloso, lesão corporal seguida de morte, roubo à instituição financeira, roubo de carga, roubo de
veículos e roubo seguido de morte.
Nota: É importante ressaltar que as informações apresentadas refletem o nível de alimentação
e consolidação de cada Unidade da Federação no SinespJC e Sinesp Integração na data de sua
extração, podendo ocorrer atualizações posteriores à publicação. Salientamos que se considera
como último período os dados consolidados que antecedem os últimos três meses, por exemplo:
Em fev/2019, serão publicados os dados de jan/2015 a out/2018; em mar/2019 os dados de
jan/2015 a nov/2018; e assim sucessivamente. Isso se faz necessário para que os Gestores
Estaduais possam coletar, tratar e validar os dados antes do fornecimento e consolidação via
SinespJC, não sendo exigido esse processo aos entes que já utilizam o Sinesp Integração e
consideram os dados transmitidos como fonte para a produção das estatísticas oficiais.”(site
MJSP divulgação)

52
SEGURANÇA PÚBLICA - CAS 2020

CONCLUSÃO

Muitos autores apontam para a necessidade de uma visão sistêmica da Segurança


Pública, o que também é reforçado pelas instâncias Federal e Estadual, tendo em vista a edição
de planos específicos para a área da Segurança Pública.
Além disso, dentre as várias abordagens teóricas das organizações que permitem tratar
as questões de segurança, criminalidade e violência; a abordagem sistêmica que descreve a
Segurança Pública como um sistema de estruturas interligadas, com certo nível de autonomia -
é a que mais possibilita a compreensão dos órgãos e instituições de Segurança Pública.
Já há algum tempo, esforços de pesquisa, tanto na área da História, da Sociologia e da
Psicologia, vêm se voltando para o estudo da criminalidade e da violência, de forma a elucidar o
fenômeno em termos de suas variações no tempo em relação às estruturas e processos mais
amplos e de longa duração. De um modo geral, as mudanças históricas acentuadas nos padrões
de violência estariam relacionadas a duas alterações de longo curso: as profundas mudanças
culturais que modelam a sociedade moderna e a expansão do Estado Moderno e seus aparatos
de vigilância e controle social, realizadas concomitantemente.
Poucos problemas sociais mobilizam tanto a opinião pública como a criminalidade e a
violência nos dias atuais, pois afetam toda a população, independentemente de classe, raça,
credo religioso, sexo ou estado civil. São consequências que se repercutem tanto no imaginário
cotidiano das pessoas, como nas cifras extraordinárias a respeito dos custos diretos da
criminalidade violenta.
Sendo assim, é de crucial importância que o profissional de segurança pública possua
uma visão sistêmica da sua profissão, assumindo um comprometimento mais amplo, que abranja
não só as ações do órgão, mas também toda a realidade social (o sistema social), bem como o
entendimento das teorias científicas sobre a violência e a criminalidade que são utilizadas para
a compreensão e investigação do fenômeno criminoso, indagando porque determinadas pessoas
são tratadas como criminosas; vislumbrando o predomínio dos elementos sociais e situacionais
sobre a personalidade e orientando na formulação de políticas públicas.

53
SEGURANÇA PÚBLICA - CAS 2020

BIBLIOGRAFIA:
BRASIL - Constituição da República Federativa do Brasil

BRASIL -Decreto 667 de 02 de julho de 1969, em http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-


Lei/Del0667.htm#art6, consultado em 05 03 2020.

BRASIL -Decreto 88.777. 30 de setembro de 1983. Disponível em: < http://www.


planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/D88777.htm>. Acesso em: 05 03 2020.

BRASIL -Ana Silvia Serrano - A RELAÇÃO ENTRE CIDADANIA E SEGURANÇA PÚBLICA:


IMPLICAÇÕES PARAA DOUTRINA DE POLÍCIA. file:///C:/Users/SMAEA%20-
%2002/Documents/CAS/Aula%201.pdf, em 05 de março de 2020.

BENGOCHEA, J. L. et al. A transição de uma polícia de controle para uma polícia cidadã.
Revista São Paulo em Perspectiva, v. 18, n. 1, p. 119-131, 2004. Em
http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1414-49802011000100007&script=sci_arttext&tlng=pt

Claudionor Rocha Consultor Legislativo da Área XVII Segurança Pública e Defesa Nacional -
BOAS PRÁTICAS EM SEGURANÇA PÚBLICA. EM https://www2.camara.leg.br/atividade-
legislativa/estudos-e-notas-tecnicas/publicacoes-da-consultoria-legislativa/areas-da-
conle/tema21/boas-praticas-em-seguranca-publica

LAZZARINI, Álvaro. Temas de Direito Administrativo. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais,
2003, p. 80. emhttps://www2.camara.leg.br/atividade-legislativa/estudos-e-notas-
tecnicas/publicacoes-da-consultoria-legislativa/areas-da-conle/tema21/boas-praticas-em-
seguranca-publica, em 27 de fevereiro de 2020.

BRASIL -Ministério da Defesa – (Principais Instrumentos Orientadores da Defesa Brasileira): a


Política Nacional de Defesa (PND) e a Estratégia Nacional de Defesa
(END)emhttps://www.defesa.gov.br/arquivos/estado_e_defesa/END-PND_Optimized.pdf.
consulta de 05 03 2020)

BRASIL - MINISTÉRIO DE DEFESA – Papel da Defesa Nacional


em:https://www.defesa.gov.br/estado-e-defesa/papel-da-defesa-nacional. consultado em
03032020

BRASIL - Constituição da República Federativa do Brasil: promulgada em 5 de outubro de


1988. São Paulo: Saraiva, 2002.

BRASIL -Lei Nº 13.675, de 11 de junho de 2018.http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-


2018/2018/lei/L13675.htm

BRASIL -Justiça e segurança PúblicaSistema Único de Segurança Pública (Susp)

-: https://www.justica.gov.br/news/collective-nitf-content-1544705396.44.

BENGOCHEA, J. L. et al. A transição de uma polícia de controle para uma polícia cidadã.
Revista São Paulo em Perspectiva, v. 18, n. 1, p. 119-131, 2004.

BRASIL - Ministério da Justiça. ProgramaNacional de Segurança Pública com Cidadania


(Pronasci). Disponível em: <http://www.mj.gov.br.pronasci>. Acesso em: 29 de fevereiro de
2020.

BRASIL -Secretaria Nacional de Segurança Pública - Relatório de Gestão. Exercício 2006.


Disponível em: <http://www.mj.gov.br.senasp>. Acesso em 22 de março 2020.

54
SEGURANÇA PÚBLICA - CAS 2020

BRASIL -1ª Conferência Nacional de Segurança Pública (Conseg). 2009a. Disponível em:
<http://www.mj.gov.br.conseg>. Acesso em: 22 de março de 2020.

LOPES, E. Política e segurança pública: uma vontade de sujeição. Rio de Janeiro:


Contraponto, 2009.

Política de segurança pública no Brasil: avanços, limites e desafios:


http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1414-
49802011000100007&script=sci_arttext&tlng=pthttp://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1414-
49802011000100007&script=sci_arttext&tlng=pt em 31 de março de 2020.

Vilobaldo Adelídio de Carvalho; Maria do Rosário de Fátima e Silva. Universidade Federal do


Piauí (UFPI).Segurança Pública Brasileira: Responsáveis, Númerose
Desafios.https://www.politize.com.br/seguranca-publica-brasileira-entenda/

BRASIL - Constituição da República Federativa do Brasil

Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997 - Código Nacional de Trânsito

BRASIL - Decreto nº 1.655, de 3 de outubro de 1995 – Define a competência da Polícia


Rodoviária Federal: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/D1655.htm , em 23 de março
de 2020.

BRASIL - Lei 12.608, de 10 de abril de 2.012 em:


http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Lei/L12608.htm

BRASIL - Polícia Federal. Ministério da Justiça e Segurança Pública.


http://www.pf.gov.br/institucional/acessoainformacao/institucional/competencias, em 07 de
março de 2020.

BRASIL - Ministério da Justiça e Segurança Pública. https://www.justica.gov.br/sua-


seguranca/seguranca-publica, em 01 de março de 2020.

BRASIL - Ministério do Desenvolvimento Regional: https://www.mdr.gov.br/protecao-e-defesa-


civil/sistema-nacional-de-protecao-e-defesa-civil, em 23 de março de 2020.

BRASIL - Constituição Federal

RIO DE JANEIRO - CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

BRASIL - Decreto 667 de 02 de julho de 1969, em http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-


Lei/Del0667.htm#art6,em 05 03 2020.

BRASIL - Decreto 88.777. 30 de setembro de 1983. Disponível em: < http://www.


planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/D88777.htm>, em: 05 03 2020.

RIO DE JANEIRO – Página do CBMERJ:A Carreira de BombeiroGuarda-vidas

http://www.cbmerj.rj.gov.br/page/163-guarda-vidas, em 25 de fevereiro de 2020.

RIO DE JANEIRO - Lei nº 880, de 25 de julho de 1985, dispõe sobre o Estatuto dos Bombeiros-
Militares do Estado do Rio de Janeiro e dá outras providências

CARVALHO FILHO, José dos Santos. Manual de Direito Administrativo. 16ª Edição Revista,
ampliada e atualizada até 30.06.2006. Rio de Janeiro. Lúmen Júris, 2006.

55
SEGURANÇA PÚBLICA - CAS 2020

DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Citação em Direito Administrativo. 23ª Edição. São paulo:
Atlas, 2010.

LAZARINI, Álvaro. Estudos de Direito Administrativo – coord. Yussef Cahali. 1.ª ed. 2a.tir- São
Paulo: Editora RT, 1996. p.58).EM CITAÇÃO Rosa Paulo Tadeu Rodrigues:
emhttps://www.recantodasletras.com.br/textosjuridicos/733420, em 25 de fevereiro de 2020.

Rosane Monjardim, CITAÇÃO emhttps://rmonjardim.jusbrasil.com.br/artigos/189932643/da-


administracao-publica-e-do-poder-de-policia, em 23 de fevereiro de 2020.

BRASIL - Constituição Federal.

RIO DE JANEIRO - CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO.

BRASIL - Decreto 667 de 02 de julho de 1969, em http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-


Lei/Del0667.htm#art6,em 05 03 2020.

BRASIL - Decreto 88.777. 30 de setembro de 1983. Disponível em: < http://www.


planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/D88777.htm>, em: 05 03 2020.

BRASIL - Ministério do desenvolvimento Regional: https://www.mdr.gov.br/ em 23 de março de


2020.

RIO DE JANEIRO – Página do CBMERJ: A Carreira de BombeiroGuarda-vidas

http://www.cbmerj.rj.gov.br/page/163-guarda-vidas, em 25 de fevereiro de 2020.

RIO DE JANEIRO - Lei nº 880, de 25 de julho de 1985, dispõe sobre o Estatuto dos Bombeiros-
Militares do Estado do Rio de Janeiro e dá outras providências

RIO DE JANEIRO - DECRETO Nº 33.164 DE 12 DE MAIO DE 2003.

BRASIL - Constituição da República Federativa do Brasil

BRASIL - Decreto nº 5.289, de 29 de novembro de 2004

BRASIL - Saiba mais sobre a atuação da Força Nacional de Segurança Pública:


https://www.justica.gov.br/news/collective-nitf-content-1546630482.88

BRASIL - Ações de policiamento de guarda e vigilância serão intensificadas no perímetro


interno da Penitenciária Federal de Mossoro. Gov.BR: https://www.gov.br/pt-br/noticias/justica-
e-seguranca/2020/02/forca-nacional-atuara-por-mais-da-paraiba, em 10 de março de 2020.

BRASIL - Atuação da Força Nacional ajuda a reduzir criminalidade no País.


Gov.BR:https://www.gov.br/pt-br/noticias/justica-e-seguranca/2020/03/atuacao-da-forca-
nacional-ajuda-a-reduzir-criminalidade-no-pais em 20 de março de 2020.

Ministério da Justiça e Segurança Pública: https://www.justica.gov.br/news, em 21 de março de


2020.

Decreto nº 5.289, de 29 de novembro de 2004:

https://www.justica.gov.br/news/collective-nitf-content-1546630482.88

Atribuições da Guarda Municipal http://novagmrio.blogspot.com/p/atribuicoes-da-guarda-


municipal.html

56
SEGURANÇA PÚBLICA - CAS 2020

Alexandre do Rosário Brito.Jus Brasil - https://jus.com.br/artigos/59093/o-que-e-isto-a-guarda-


municipal, em 21 de março de 2020.

DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito Administrativo, São Paulo: Atlas., 2016., p. 101. Em
https://jus.com.br/artigos/59093/o-que-e-isto-a-guarda-municipal, em 21 de março de 2020.

BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. 5 de outubro de 1988. Congresso


Nacional, Brasília, 1988, 360 p.

RIO DE JANEIRO - Constituição do Estado do Rio de Janeiro, 1989

Decreto Federal 88.777/83, Regulamento para as Polícias Militares – (R 200)

RIO DE JANEIRO - Decreto 41.931 de 25 de junho de 2009

RIO DE JANEIRO - RESOLUÇÃO SESEG N° 1.216 DE 08 DE AGOSTO DE 2018.

RIO DE JANEIRO - Portaria da PMERJ nº 600, publicada no Bol da PM nº 003 de 07Jan2015.

RIO DE JANEIRO - Manual do Policial Militar, de 05 de dezembro de 1983.

RIO DE JANEIRO - Portaria PMERJ Nº 0597 de 07 de janeiro de 2015. Institui o Código de


Ética Profissional para o Policial Militar do Estado do Rio de Janeiro.

Princípios Orientadores para Aplicação Efetiva do Código de Conduta para Funcionários


Responsáveis pela Aplicação da Lei.

Princípios Básicos Sobre a Utilização da Força e de Armas de Fogo pelos Funcionários


Responsáveis pela Aplicação da Lei (PBUFAF) na integra.

Conjunto de Princípios para a Proteção de Todas as Pessoas Sujeitas a Qualquer Forma de


Detenção ou Prisão (Conj de Princípios)

Governo do Estado do Rio de Janeiro.


http://www.sistemademetas.seguranca.rj.gov.br/divisaoterritorial.php, em 08 de março de 2020.

CCS - Conselhos Comunitários de Segurança. http://www.isp.rj.gov.br/Conteudo.asp?ident=40

Agência Brasil emhttps://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2019-07/pm-quer-retomar-


programa-de-unidades-de-policia-pacificadora-no-rio, no dia 08 de março de 2020.

BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. 5 de outubro de 1988. Congresso


Nacional, Brasília, 1988, 360 p.

RIO DE JANEIRO - Decreto 41.931 de 25 de junho de 2009

RIO DE JANEIRO - RESOLUÇÃO SESEG N° 1.216 DE 08 DE AGOSTO DE 2018.

RIO DE JANEIRO - Ferreira Marcus. Áreas Integradas de Segurança Pública – Instituto de


Segurança Pública – Série Formação Policial. Volume 10

Instrução Normativa PMERJ/EMG-PM/3 Nº 016, publicada no Adt ao Bol da PM Nº 019 –


02Fev15. Página da SESEG http://www.rj.gov.br/

Agência Brasil.PM quer retomar programa de Unidades de Polícia Pacificadora no Rio


em:https://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2019-07/pm-quer-retomar-programa-de-
unidades-de-policia-pacificadora-no-rio, no dia 08 de março de 2020.

57
SEGURANÇA PÚBLICA - CAS 2020

MINAS GERAIS - Secretaria de Estado de Seguranç aPública do Estado de Minas Gerais:

http://www.seguranca.mg.gov.br/lei-de-acesso-a-informacao-lai/page/3008, em 22 de março de
2020.

Ministério da Defesa: https://www.defesa.gov.br/noticias/64137-centro-de-integrado-de-


inteligencia-e-inaugurado-no-censipam-em-manaus, em 22 de março de 2020.

Ministério da Justiça: http://dados.mj.gov.br/organization/senasp. Em 22 de março de 2020.

Ministério da Justiça e da Segurança Pública:

https://www.novo.justica.gov.br/news/brasil-registra-queda-de-20-3-nos-homicidios-de-janeiro-
a-novembro-de-2019, em 22 de março de 2020.

58

Você também pode gostar