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Aluna: Angela silva Mendes

CPD: 103307

Turma: DIR05M1

Resumo

Direitos Reais de Garantia: Hipoteca penhor e anticrese

Hipoteca

Sobre o conceito de hipoteca, este é um direito real de garantia pelo


qual o determinado bem fica gravado, ou seja, hipotecado como garantia do
devedor.

A hipoteca é um negocio jurídico, que apresenta como sujeitos o


credor hipotecário, que é aquele que disponibiliza o credito, e o outro é o
devedor hipotecário, que é aquele que garante o pagamento da divida. Dessa
forma, ela possui também um caráter de acessoriedade, uma vez que foi criada
apara assegurar um direito pessoal.

Segundo o artigo 1.473 do CC, são objetos da hipoteca, os imóveis


e os acessórios dos imóveis, o domínio direto e o domínio único, as estradas
de ferro, os navios, as aeronaves, o direito para uso especial para fins de
moradia, o direito real de uso, a propriedade superficiaria.

Existem distintas espécies de hipoteca, há a hipoteca convencional,


aquela estabelecida através de um acordo entre as partes; hipoteca legal,
aquela estabelecida pela lei; hipoteca judicial, onde sentencia o réu ao
pagamento de uma prestação em dinheiro ou em coisa; hipoteca cédular, que é
constituída por cédula hipotecaria.

A hipoteca pode ser constituída para garantia de divida futura ou


condicionada, desde que determinado o valor máximo do credito a ser
garantido.
De acordo com o artigo 1.499 do CC, a hipoteca se extingue, pela
extinção da obrigação principal, pelo perecimento da coisa, pela resolução da
propriedade, pela renuncia do credor, pela remição e pela arrematação ou
adjudicação.

Penhor

É o Direito Real de garantia segundo ao qual o devedor, ou alguém


por ele, transfere ao credor a posse de uma coisa móvel para garantir o
pagamento da obrigação, ou seja, a transferência da posse da coisa tem por
finalidade de assegurar o pagamento da prestação.

O penhor, diferente da hipoteca e anticrese, que são direitos reais de


garantia, é um direito real que recai sobre coisas moveis, e esses bens moveis
são gravados com clausula penal de inalienabilidade.

Esse também é indivisível e acessório, em razão da subordinação


da relação real à pessoal. A indivisibilidade se da diante da sua função, uma
vez que se constitui para garantir o pagamento de dívida e a acessoriedade
tem como significado a dependência absoluta da relação real à relação
pessoal.

Os objetos de penhor são as coisas móveis, os imóveis por acessão,


os direitos e os títulos de crédito. Na sua feição tradicional, o penhor recai em
objetos móveis.

O penhor é classificado em penhor comum ou tradicional, penhor


especial e penhor legal. O penhor tradicional é aquele que decorre da vontade
das partes, o penhor especial é todo aquele que apresenta regramento
especial, como o rural, industrial e etc; por ultimo, o penhor legal, que é aquele
que emana da lei.

O penhor rural é todo aquele que tem por objeto produtos e


instrumentos agrícola, assim como animais utilizados na indústria pastoral,
agrícola e de laticínios. Ele é classificado em penhor agrícola e penhor
pecuário.
No penhor pecuário, pode ser objeto de penhor os animais que
integram a atividade pastoril, agrícola ou de lacticínios. Há também, o penhor
industrial, que podem ser maquinas, aparelhos, materiais, instrumentos,
instalados e em funcionamento.

O penhor de Direitos e Títulos de Credito pode ser objeto de penhor


direitos, suscetíveis de cessão, sobre coisas moveis. Esses bens móveis
podem ser classificados em três espécies, os bens móveis pela própria
natureza, bens moveis por determinação legal e os bens móveis por
antecipação.

Segundo o artigo 1.436, extingue-se o penhor se, extinguindo-se a


obrigação, perecendo a coisa, renunciando o credor, confundirem-se na
mesma pessoa as qualidades de credor e de dono da coisa e dando-se a
adjudicação judicial, a remição ou a venda da coisa empenhada.

Anticrese

A anticrese se define por um contrato pelo qual o devedor entrega ao


credor um imóvel, dando-lhe o direito de receber os frutos e os rendimentos
como compensação da divida, consignação de rendimento. Na anticrese, a
garantia do credor é representada pelos frutos e pelos rendimentos produzida
pela coisa dada a garantia.

É efetivamente um direito real, eis que além de oponível a terceiros,


os frutos da coisa não podem ser objeto de penhora por outros credores. Este
também é um direito acessório, provido do direito de sequela, oponível a
terceiros.

O objeto da anticrese é necessariamente um bem imóvel dessa


forma, somente os bens imóveis podem ser objeto de garantia anticrética. Com
base nisso, são necessários que sejam frutíferos, visto como o credor deve
perceber os frutos naturais ou civis da coisa.

Sobre as espécies da anticrese, está pode ser comum, que é


quando o credor entra desde logo na posse do imóvel, passando a auferir-lhe
os frutos; e a termo, é aquela em que o vínculo anticrético só terá lugar se
vencida a dívida e não paga. Vale dizer, a posse e a percepção dos frutos só
ocorrerão caso a dívida não seja solvida no dia do vencimento. Daí, alguns a
verem como anticrese condicional.

Extingue-se a anticrese pelo pagamento da determinada dívida


contraída. Resolve-se ainda a anticrese pelo perecimento do imóvel, pela
desapropriação, pela caducidade ou decadência e pela excussão por outro
credor.

Referência

MELLO, Cleyson de Morais. Direito Civil: Direito das Coisas. 3.ed. São
Paulo. 2021

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