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Turma: EAA-1
Revisão de literatura
Fotossíntese
Março de 2010.
Objetivo
A fotossíntese é o processo através do qual as plantas, seres autotróficos (seres que produzem seu
próprio alimento) e alguns outros organismos transformam energia luminosa em energia química processando o
dióxido de carbono e outros compostos(CO2), água (H2O) e minerais em compostos orgânicos e produzindo
oxigênio gasoso (O2).
A fotossíntese inicia a maior parte das cadeias alimentares na Terra. Sem ela, os animais e muitos outros
seres heterotróficos seriam incapazes de sobreviver porque a base da sua alimentação estará sempre nas
substâncias orgânicas proporcionadas pelas plantas verdes.
Metodologia
Fotossíntese
A fotossíntese ocorre pela absorção da luz na faixa de 400-700 nm por pigmentos fotossintéticos:
clorofila, carotenóides e em alguns casos as bilinas.
As plantas retiram a H2O do solo através de suas raízes e o CO2 do ar atmosférico. A luz solar é
fundamental para que o processo da fotossíntese ocorra. Ela é absorvida pelas folhas das plantas por meio dos
cloroplastos, que estão localizados no interior da célula vegetal e onde está armazenada a clorofila. A clorofila
e a energia solar, através de reações químicas, transformam a água e o gás carbônico a partir de ATP e
NADPH em glicose e outros carboidratos - n(CH2O).
Etapas da fotossíntese
• Absorção a luz
A fotossíntese tem inicio com a absorção de energia luminosa por moléculas de clorofila presentes na
membrana tilacóide. A energia luminosa excita (energiza) elétrons da clorofila, os quais são transferidos
para uma substância aceptora de elétrons, denominada aceptor Q. A clorofila excitada recupera seus
elétrons perdidos retirando-as de moléculas de água. Ao ter elétrons removidos, as moléculas de água se
decompõem em íons H+ (prótons) e átomos livres de oxigênio, unindo-se de dois a dois, produzindo
moléculas de gás oxigênio.
• Transporte de elétrons
Os elétrons da clorofila ao serem excitados pela luz, adquirem alto nível de energia e saltam para fora da
molécula. Eles passam através de cadeias transportadoras de elétrons, semelhantes as que existem nas
mitocôndrias. Nessas cadeias, os elétrons são transferidos seqüencialmente de um aceptor para outro
liberando parte da energia captada na forma de luz. O último aceptor de elétrons das cadeias
transportadoras do cloroplasto é o fosfato de dinucleotídio de nicotinamida-adenina (NADP+). Equação
da fotólise da água:
• Produção de ATP
A energia liberada pelos elétrons em sua passagem pelas cadeias transportadoras de elétrons é usada
para forçar a passagem de prótons H+ através da membrana tilacóide. Os prótons se deslocam do
estroma do cloroplasto para o lúmen do tilacóide, onde se acumulam. Devido à sua alta concentração no
lúmen do tilacóide os íons H+ tendem a se difundir de volta ao estroma, mas so podem fazê-lo através
das síntetases de ATP incrustadas na membrana tilacóide. Na fotossínte como a energia usada no
bombeamento de íons H+ para o lúmen do tilacóide vem diretamente da luz, a produção de ATP a partir
de ADP e fosfato na quimiosmose é chamada fotofosforilação.
O NADPH e o ATP gerados nas etapas iniciais da fotossíntese fornecem hidrogênios e energia para a
produção de glicídios a partir do carbono. A transformação em que o carbono do gás carbônico passa a
formar moléculas orgânicas é denominada fixação do carbono.
O ciclo foi primeiro esclarecido por Calvin e colaboradores em 1946 e por isso é conhecido como ciclo
de Calvin, podendo ser dividido em quatro fases distintas: fase de carboxilação, fase de redução, fase de
regeneração e fase de síntese dos produtos.
A fase de carboxilação consiste na reação de CO2 com a ribulose bisfosfato, catalisada pela ribulose-1,5-
bisfosfato carboxilase (RuBisCO), seguida por uma clivagem molecular, formando o ácido fosfoglicérico. A
fase de redução consiste na redução do ácido glicérico, formado na etapa anterior, em triose fosfato. A fase de
regeneração consiste na regeneração da ribulose bifosfato através de reações de interconversão de açúcares. A
fase de síntese de produtos consiste na produção de outros compostos, tais como, polissacarídeos, aminoácidos
e ácidos graxos. A síntese desses compostos é influenciada pelas condições fisiológicas.
• Reações fotoquímicas
Também chamada de fase clara caracterizadas consiste na incidência da luz solar sob a
clorofila A, caracterizam-se pela absorção da luz solar pelas plantas resultando na formação dos
compostos reduzidos NADPH e ATP. Elétrons são liberados e recebidos pela plastoquinona (aceptor
primário de elétrons).
Estes elétrons passam por uma cadeia transportadora liberando energia utilizada na produção
de ATP (adenosina tri-fosfato). Os elétrons com menos energia entram na molécula de clorofila A
repondo os liberados pela ação da luz. A molécula de clorofila absorve energia luminosa. Esta energia
é acumulada em elétrons que, por este fato, escapam da molécula sendo recolhidos por substâncias
transportadoras de elétrons.
A partir daí, estes irão realizar a fotofosforilação, que, dependendo da substância
transportadora, poderá ser cíclica ou acíclica. Em todos os dois processos, os elétrons cedem energia,
que é utilizada para a síntese de ATP através de fosforilação.
A fotofosforilação é dividada em dois processos, o primeiro é a cíclica, ocorre nos
cloroplastos. Os fótons de luz são absorvidos pela clorofila A, e cada um dos seus elétrons recebe um
fóton de luz, aumentando a quantidade de energias. Com toda essa energia recebida, os elétrons ficam
agitados e passam a se mover com freqüência, até que eles saem da clorofila e são captados pelos
transportadores de elétrons (ferrodoxina e citocromos). Neste momento ocorre a liberação de
energias. Tal energia será usada na formação da molécula de ATP. Este processo é cíclico por que,
após liberarem a energia, os elétrons recuperam o seu estado normal, e regressam para a clorofila A.
Fazem parte da fotofosforilação acíclica dos dois tipos de clorofila, sendo chamadas de
clorofila A e clorofila B. Os fótons de luz são absorvidos pela clorofila B, aumentando a quantidade
de energia de seus elétrons. Os elétrons ficam agitados e passam a se mover com freqüência, até que
eles saem da clorofila e são captados pelos transportadores plastoquinona e citocromos. Neste
momento ocorre a liberação de energias, que é usada na formação da molécula de ATP. Os elétrons
não voltam para a clorofila B, eles vão até a clorofila A (por isso o nome acíclica), onde há a
ferrodoxina, que transporta os elétrons para o NADP, deixando a cromatina B privada dos mesmos.
Porém, durante o processo da fotólise da água, a cromatina B recupera os elétrons
• Reações bioquímicas
Também chamada de fase escura ocorrem tanto em ambiente de luz quanto no escuro, não
requerendo necessariamente a presença da luz. Nessa fase o ATP e o NADPH são utilizados para a
síntese de carboidratos, como o açúcar. É nesta fase que se forma a glicose, pela reação inicial entre o
gás carbônico atmosférico e um composto de 5 carbonos, a ribulose difosfato (RDP), que funciona
como suporte para a incorporação do CO2.
O glicídio formado na fotossíntese é 3-fosfato gliceraldeído (PGAL), que possui três átomos
de carbono na molécula . Ele é em seguida transformado diretamente em amido ( um polissacarídio)
ou em sacarose ( um dissacarídio ). Assim a equação simplificada do processo é a formação de
glicose: 6H2O + 6CO2 → 6O2 +C6H12O6. Já a equação não simplificada do processo é: 12H2O + 6CO2
→ 6O2 +C6H12O6 + 6H2O.
Os fatores que influenciam a fotossíntese podem ser externos e internos ao organismo. Como fatores
internos podem ser citados as estruturas das folhas e dos cloroplastos, o teor de pigmentos, o acúmulo de
produtos da fotossíntese no interior do cloroplasto, a concentração de enzimas e a presença de nutrientes. Como
fatores externos podem ser citados a luz, a temperatura, a salinidade, o grau de hidratação e a pressão parcial de
CO2. A compreensão, de como cada um destes fatores e seus efeitos sinérgicos afetam a fotossíntese, torna-se
mandatória quando almeja-se minimizar os seus efeitos adversos, a fim de se obter uma maior produtividade.
A celulose é um dos produtos da fotossíntese que constitui a maior parte da madeira seca. Quando a
lenha é queimada, a celulose é convertida em CO2 e água com o desprendimento da energia armazenada em
sua estrutura. Assim como na respiração, a queima de combustíveis libera a energia armazenada para ser
convertida em formas de energia útil; por exemplo, quando queimamos álcool nos nossos automóveis, estamos
convertendo a energia química em energia cinética.
Além do álcool que é muito utilizado no Brasil como combustível, no norte do país o bagaço de cana é
largamente empregado para gerar energia nas usinas de beneficiamento da cana de açúcar. O petróleo, o carvão
e o gás natural são exemplos de combustíveis que tiveram a sua origem na fotossíntese. Portanto, muitas das
nossas necessidades energéticas provêm da fotossíntese e a sua compreensão pode levar a uma maior
produtividade dessas formas de energia.
A fotossíntese é afetada por vários fatores, tais como a intensidade luminosa, a temperatura e a
concentração de gás carbônico no ar. Por exemplo: em uma planta mantida em um ambiente com temperatura e
concentração de CO2 constantes, a quantidade de fotossíntese realizada passa a depender exclusivamente da
luminosidade.
Fotossíntese e o Alimento
Todas as nossas necessidades energéticas nos são fornecidas pelos vegetais, seja diretamente, ou através
dos animais herbívoros. Os vegetais por sua vez, obtêm a energia para sintetizar os alimentos via fotossíntese.
Embora as plantas retirem do solo e do ar a matéria-prima necessária para a fotossíntese, a energia necessária
para a realização do processo é fornecida pela luz solar.
Considerações Finais
UZUNIAN, A.; BIRNER, E. Biologia. 3ª ed. São Paulo: HARBRA, 2008. 1200 pgs.
AMABIS, J. M.; MARTHO, G. R.; Biologia. 2ª ed. São Paulo: MODERNA, 2004. 464 pgs.
http://ciencia.hsw.uol.com.br/fotossintese1.htm
http://www.algosobre.com.br/biologia/fotossintese.html
http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/fotossintese/fotossintese-4.php
http://www.osvaldoelobo.com.br/ArquivosEstudo/PLANTAS_C3_C4_CAM.pdf