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República Italiana

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Documento de Posição Oficial

Tema: Narcotráfico

É com grande honra que a delegação da Itália, na figura do presidente Sergio Mattela e como
membra da Organização das Nações Unidas, integra este importante debate. O tema não é fácil, mas a
Itália se compromete a pensá-lo junto com as delegações aqui presentes. Destaca que seu principal
desejo é endereçar o problema com a seriedade e sensibilidade que merece.
O narcotráfico possui impacto social e econômico em diferentes medidas no mundo todo.
Atualmente, na Itália, a Lei Consolidada, adotada pelo Decreto Presidencial nº 309/1990 e
subsequentemente alterada, fornece a estrutura legal para o comércio, o tratamento e a prevenção, bem
como a proibição e punição de atividades ilegais no campo de drogas e substâncias psicoativas. Desde
a implementação da Lei 79/2014, é feita uma distinção entre drogas menos perigosas e mais perigosas
por meio de listas anexas. Se uma pessoa, por exemplo, é encontrada em posse de drogas ilícitas pela
primeira vez, geralmente não são aplicadas sanções administrativas; o infrator recebe um aviso do
prefeito local e uma solicitação formal para abster-se de usar. Do ponto de vista da saúde pública, um
programa terapêutico e de reabilitação socioeconômica pode ser oferecido. No caso de drogas mais
nocivas, como cocaína e heroína, o tráfico é punível com prisão de 8 a 22 anos, enquanto as ofensas
relacionadas ao fornecimento de drogas menos perigosas atraem uma pena de prisão de 2 a 6 anos. A
maconha, por exemplo, é uma delas, cujo uso representa mais da metade dos 73.000 infratores da lei
de drogas na Itália, conforme pesquisa de 2017. Há projetos no Legislativo que discutem este uso. Por
outro lado, a Suprema Corte recentemente decidiu que o cultivo de pequenas quantidades de maconha
em casa para uso privado é legal, ainda que a legislação oficial permaneça incerta. Assim, esta
delegação vem sopesando se a constante penalização é de fato a melhor ferramenta para mitigar o
tráfico de drogas, principalmente do ponto de vista da segurança pública.
Portanto, a delegação da Itália espera que as discussões caminhem para o entendimento de que
o narcotráfico é tanto um problema de saúde quanto de segurança pública, e se coloca na posição de
contribuir ativamente para o debate, de modo que sejam acordadas soluções de fato efetivas a todas as
delegações.

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Embaixadora da República Italiana

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