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Apostila Concurso Polícia Militar do Amazonas 2011

Sumário:

1 GEOGRAFIA ......................................................................................... 3
1.1 GEOGRAFIA DO BRASIL ................................................................................................ 3
1.1.1 Espaço Geográfico Brasileiro .................................................................................................................. 3
1.1.1.1 Localização do Brasil ................................................................................................ 4
1.1.1.2 Pontos Extremos ..................................................................................................... 4
1.1.1.3 Panorama da Economia Nacional .................................................................................. 5
1.1.1.4 Economia por região ................................................................................................ 7
1.1.2 Cultura do Brasil ...................................................................................................................................... 11
1.1.3 Questão Ambiental: ............................................................................................................................... 13
1.1.3.1 - Gases Estufa na Atmosfera ...................................................................................... 16
1.1.3.2 - Aumento do nível médio das águas do mar.................................................................... 19
1.1.3.3 - Aquecimento global e possíveis impactos na Amazônia ..................................................... 21
1.2 GEOGRAFIA DO AMAZONAS .......................................................................................... 24
1.2.1 - Características gerais.............................................................................................................................. 24
1.2.2 Geografia física ........................................................................................................................................ 25
1.2.3 População ................................................................................................................................................... 26
1.2.3.1 Demografia.......................................................................................................... 26
1.2.4 Aspectos Econômicos do Estado do Amazonas ................................................................................. 29
1.2.5 Clima ............................................................................................................................................................. 32
1.2.5.1 Encontro das águas ................................................................................................. 32
1.2.6 Vegetação ................................................................................................................................................... 33
1.2.7 - Educação .................................................................................................................................................... 33
1.2.8 Mesorregiões, microrregiões e municípios do Estado do Amazonas ................................................ 34
1.2.8.1 PIB dos municípios ................................................................................................. 34
1.2.8.2 Lista de municípios do estado do Amazonas por população .................................................. 34
1.2.8.3 Distância entre Manuaus e outras cidades do Amazonas ..................................................... 36
1.2.9 Amazonenses ilustres ............................................................................................................................... 36
1.2.10 - Cozinha .................................................................................................................................................... 37
1.2.11 A Zona Franca de Manaus............................................................................................................................ 38
1.2.12 Amazônia.................................................................................................................................................... 45
1.2.12.1 Ecologia da Amazonia ............................................................................................. 45
1.2.13 Projeto Calha Norte ................................................................................................................................. 50
1.2.14 SIVAM .......................................................................................................................................................... 50
1.2.15 Meios de transportes do Estado do Amazonas .................................................................................... 53
1.2.16 Ecologia e Impactos ambientais ............................................................................................................. 54
2 - HISTÓRIA ........................................................................................ 57
2.1 HISTÓRIA DO BRASIL ................................................................................................. 57
2.1.1 - IMPÉRIO (1822-1889 PRIMEIRO REINADO) ..................................................................... 57
2.1.1 - Império (1822-1889 Primeiro reinado) ................................................................................................. 57
2.1.2 Período regencial ...................................................................................................................................... 58
2.1.3 Segundo reinado ........................................................................................................................................ 58
2.1.4 República do Café ..................................................................................................................................... 59
2.1.5 Era Vargas (1930-1945 .............................................................................................................................. 60
2.1.6 República Nova (1945-1964) .................................................................................................................... 62
2.1.7 Regime Militar (1964-1985) ..................................................................................................................... 63
2.1.8 Nova República (1985-2008) ..................................................................................................................... 64
2.1.9.2 -Situação Econômica Atual ........................................................................................ 67
2.2 HISTÓRIA DO AMAZONAS ............................................................................................ 68
2.2.1 Fases da Ocupação do Amazonas ............................................................................................................. 68
2.2.2- A Dinastia Filipina ..................................................................................................................................... 69
2.3.3 - Os bandeirantes ....................................................................................................................................... 69

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2.3.4 - Ocupação portuguesa .............................................................................................................................. 70


2.3.5- Capitania junto com Grão-Pará .............................................................................................................. 70
2.3.6 Presença dos missionários. .................................................................................................................. 71
2.3.7 Escravidão Indígena .................................................................................................................................... 74
2.3.8 A Luta pela autonomia do Amazonas e a instalação da Provincia. ............................................ 75
2.3.9 - Autonomia e Ciclo da Borracha ............................................................................................................. 76
2.3.10 República do Amazonas ....................................................................................................................... 77
2.3.10.1 Governadores da Era Republicana ........................................................................... 78
2.3.11 Ciclo da borracha ..................................................................................................................................... 81
2.3.11.1 O primeiro ciclo da borracha - 1879/1912 ..................................................................... 82
2.3.11.2 Apogeu, requinte e luxo .......................................................................................... 85
2.3.11.3 O segundo ciclo da borracha - 1942/1945...................................................................... 86
2.3.11.4 A batalha da borracha ............................................................................................ 87
2.3.12 O Amazonas pós 30 ............................................................................................................................... 89
2.3.13 O Estado do Amazonas Hoje .............................................................................................................. 90
3 - TESTES .......................................................................................... 96
4 - BIBLIOGRAFIA .................................................................................. 103

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1 Geografia
1.1 Geografia do Brasil
1.1.1 Espaço Geográfico Brasileiro
O Brasil (oficialmente República Federativa do Brasil) é uma república federativa
formada pela união de 26 estados federados, pelo Distrito Federal e municípios, situada
na América do Sul. Tem a quinta maior população e também quinta maior área do mundo
com 8.514.876,599 km²[, o país também é a maior economia da América Latina[
Ocupando quase a metade (47%) da área da América do Sul. O País possui entre 15 e 20%
da biodiversidade mundial, sendo exemplo desta riqueza a Floresta Amazônica, com 3,6
milhões de quilômetros quadrados. Faz fronteira a norte com a Venezuela, a Guiana, o
Suriname e com o departamento ultramarino da Guiana Francesa; a sul com o Uruguai; a
sudoeste com a Argentina e o Paraguai; a oeste com a Bolívia e o Peru e, por fim a
noroeste com a Colômbia. Os únicos países sul-americanos que não têm uma fronteira
comum com o Brasil são o Chile e o Equador. O país é banhado pelo Oceano Atlântico ao
longo de toda sua costa, ao norte, nordeste, sudeste e sul.

Além do território continental, o Brasil também possui alguns grandes grupos de ilhas no
Oceano Atlântico como exemplo: Penedos de São Pedro e São Paulo, Fernando de
Noronha (região administrativa especial do estado de Pernambuco) e Trindade e Martim
Vaz no Espírito Santo. Há também um complexo de pequenas ilhas e corais chamado Atol
das Rocas. O Brasil é dividido administrativa e politicamente em 27 unidades federativas,
sendo 26 estados e o Distrito Federal. Nelas estão divididos os 5.564 municípios do país.
Apesar de ser o quinto país mais populoso do mundo, o Brasil apresenta uma das mais
baixas densidades populacionais. A maior parte da população se concentra ao longo do
litoral, apresentando enormes vazios demográficos em seu interior.
Colonizado por Portugal, o Brasil é o único país de língua portuguesa da América. A
religião com mais seguidores é o catolicismo, sendo o país com maior número de
católicos do mundo. A sociedade brasileira é uma das mais multirraciais do mundo, sendo
formada por descendentes de europeus, indígenas, africanos e asiáticos.

O Brasil é considerado um país de dimensões continentais, pois apresenta uma


superfície de 8.511.996 quilômetros quadrados e se enquadra entre os cinco maiores
países do mundo. Veja abaixo os países com maior extensão territorial:
1º - Rússia (17.075.400 km2)
2º - Canadá (9.922.330 km2)
3º - China (9.461.300 km2)
4º - Estados Unidos (incluindo o Alasca e Hawaii: 9.363.124 km2)
5º - Brasil (8.511.996 km2)
O território brasileiro representa 1,6% de toda a superfície do planeta, ocupando 5,7% da
porção emersa da Terra, 20,8% da área de toda a América e 47,3% da América do Sul.
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Para se ter uma idéia da dimensão do nosso país (leste - oeste), veja que a distância de
Natal (RN) a Cruzeiro do Sul (AC) é de aproximadamente 4.100 km. Já a distância de
Natal até Monróvia, capital da Libéria (na África Ocidental), é de aproximadamente
2.900 km.
1.1.1.1 Localização do Brasil
Localizado na América do Sul, o Brasil ocupa a porção centro-oriental do
continente. Apresenta uma extensa faixa de fronteiras terrestres (15.719 km), limitando-
se com quase todos os países sul-americanos (exceção do Chile e do Equador). Apresenta
também uma extensa orla marítima (7.367 km), banhada pelo oceano Atlântico.
O Brasil localiza-se a oeste do meridiano inicial ou de Greenwich, situando-se,portanto,
inteiramente no hemisfério ocidental. É cortado, ao norte, pela linha do equador e
apresenta 7% de suas terras no hemisfério norte, ou setentrional, e 93%,no hemisfério
sul, ou meridional. Ao sul, é cortado pelo Trópico de Capricórnio (estalinha imaginária
passa em São Paulo), apresentando 92% do seu território na zona intertropical, isto é,
entre os trópicos de Câncer e de Capricórnio. Os 8% restantes estão na zona temperada
do sul, entre o trópico de Capricórnio e o círculo polar Antártico.

A localização geográfica do Brasil e suas características políticas, econômicas e sociais


enquadram-no em determinados blocos de nações. Quando havia o chamado conflito
leste-oeste, o Brasil assumia sua posição de país ocidental e capitalista; como país
meridional, no diálogo norte-sul, alinha -se entre os países pobres (do sul); e como país
tropical compõe o grupo dos países espoliados pelo colonialismo europeu e
posteriormente pelo neocolonialismo dos desenvolvidos sobre os subdesenvolvidos.

1.1.1.2 Pontos Extremos


Os pontos extremos do território brasileiro
mostram a sua localização em áreas hemisferiais:
ocidentais, meridionais e
setentrionais.
• NORTE: nascente dos rios Ailã e Caburaí, na Serra
de Caburaí, na fronteira entre o Estado de Roraima
com a Guiana,
a 5°16' 19" de latitude norte.
• SUL: curva do Arroio Chuí, no Rio Grande do Sul e
fronteira com o Uruguai, a 33°45’09" de latitude
sul.
• LESTE: Ponta do Seixas - Cabo Branco, na Paraíba, a 34°45’54" de longitude oeste.
• OESTE: na Serra de Contamana ou do Divisor, no Estado do Acre, fronteira com o Peru,
a 73°59’32" de longitude oeste.

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Cabo Orange que se encontra na foz do rio Oiapoque, na latitude norte 4°30’30",
corresponde ao ponto extremo do litoral
brasileiro ao norte, sendo que o extremo sul de nosso litoral coincide com o Arroio Chuí.

1.1.1.3 Panorama da Economia Nacional


O Brasil tem um mercado livre e uma economia exportadora. Medido por paridade de
poder de compra, seu produto interno bruto ultrapassa 1,5 trilhão de dólares, fazendo-
lhe a oitava maior economia do mundo em 2006, segundo o FMI, e décima maior
economia segundo o Banco Mundial em 2005, e a maior da América Latina.
Já em 2006, com o PIB tendo sido elevado para, aproximadamente, US$ 1,881 trilhão
(segundo FMI)[1], o Brasil passou a ocupar a posição de 8ª maior economia mundial,
imediatamente atrás de Rússia e Itália. Entretanto, em poucos anos, o Brasil poderá
chegar também à 4ª posição. É possível ver que só restarão EUA, China e Índia na frente
até 2020.
O Brasil possui uma economia sólida, construída nos últimos anos, após a crise de
confiança que o país sofreu em 2002, a inflação é controlada, as exportações sobem e a
economia cresce em ritmo moderado. Em 2007, o PIB brasileiro demonstrou um
crescimento superior ao que se pensava, mostrando uma economia muito mais saudável e
pronta para estrelar junto às outras economias BRICs. O Brasil é considerado uma das
futuras potências do mundo junto à Rússia, Índia e China.
Desde a crise em 2002 os fundamentos macro-econômicos do país melhoraram. O real
vem se valorizando fortemente frente ao dólar desde 2004, o risco país também vem
renovando suas mínimas históricas desde o começo de 2007, e a Bovespa bate recordes
de pontos a cada dia. Apesar de sua estabilidade macro-econômica que reduziu as taxas
de inflação e de juros e aumentou a renda per capita, diferenças remanescem ainda
entre a população urbana e rural, os estados do norte e do sul, os pobres e os ricos. [3]
Alguns dos desafios dos governos incluem a necessidade de promover melhor infra-
estrutura, modernizar o sistema de impostos, as leis de trabalho e reduzir a desigualdade
de renda.
A economia contém uma indústria e agricultura mista, que são cada vez mais dominadas
pelo setor de serviços. As recentes administrações expandiram a competição em portos
marítimos, estradas de ferro, em telecomunicações, em geração de eletricidade, em
distribuição do gás natural e em aeroportos (embora a crise área tenha atormentado o
país) com o alvo de promover o melhoramento da infra-estrutura. O Brasil começou à
voltar-se para as exportações em 2004, atingindo em 2006 exportações de US$ 137.5
bilhões, importações de US$ 91.4 bilhões e um saldo comercial de quase US$ 46 bilhões.

Indicadores macro-econômicos e financeiros

Principais indicadores
O Produto interno bruto (PIB) do Brasil (GDP) medido por Paridade de poder de compra
(PPC) foi estimado em 1.818 trilhões de doláres em 2006, e em 1.067 bilhões em termos
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nominais. Seu padrão de vida, medido no PIB per capita (PPC) era de 8.600 doláres. O
Banco Mundial relatou que renda nacional bruta do país era a segunda maior da América
Latina e renda per capita em termos nominais de mercado(PCC) era a oitava maior,
sendo US$ 644.133 bilhões e US$ 3.460 [7] respectivamente, com isso, o Brasil é
estabelecido como um país de classe média. Depois da desaceleração de 2002 o país se
recuperou e cresceu 5.7, 3.2 e 3.7 por cento(PCC) em 2004, em 2005 e em 2006, mesmo
que se considere estar bem abaixo do crescimento potencial do Brasil. Em 2007, o PIB
tem demonstrado uma grande aceleração do crescimento, com previsão inicial de 4,3%
de crescimento, subiu para 4.9% e depois 5.2%.
A moeda corrente brasileira é o real (ISO 4217: BRL; símbolo: R$). Um real é dividido em
100 centavos. O real substituiu o cruzeiro real em 1994 em uma taxa de 2.750 cruzeiros
por 1 real. A taxa trocada remanesceu estável, oscilando entre 1 e 2.50 R$ por US$. As
taxas de juros em 2007 situam-se em torno 13%, [9]. As taxas de inflação estão em baixos
níveis também, a registrada em 2006 foi de 3.1% [4] e as taxas de desemprego de 9.6
por cento.
Economias regionais
As disparidades e as desigualdades regionais continuam a ser um problema no Brasil. As
desigualdades regionais do Brasil se dividem simplesmente em: sul rico e norte pobre. A
região Sul sempre se destaca quando o assunto é qualidade de vida, os padrões da região
são similares aos europeus, enquanto o nordeste possui qualidade de vida muito inferior,
similar à países como Índia e África do Sul.

Comércio exterior
Os maiores parceiros do Brasil no comércio exterior são a União Européia, os Estados
Unidos da América, o Mercosul e a República Popular da China.
O Brasil é a 10° maior economia mundial, de acordo com os critérios de Produto Interno
Bruto diretamente convertido a dólares estadunidenses, e está entre as 10 maiores
economias mundiais em critérios de "purchasing power parity". Em Outubro de 2007 foi
divulgada uma pesquisa da ONU, em que mostra os melhores países para se investir do
mundo. O Brasil ficou em 5º lugar, atrás apenas da China, Índia, Estados Unidos e Rússia.
O primeiro produto que moveu a economia do Brasil foi o açúcar, durante o período de
colônia, seguindo pelo ouro na região de Minas Gerais. Já independente, um novo ciclo
econômico surgiu, agora com o café. Esse momento foi fundamental para o
desenvolvimento do Estado de São Paulo, que acabou por tornar-se o mais rico do país.
Apesar de ter, ao longo da década de 90, um salto qualitativo na produção de bens
agrícolas, alcançando a liderança mundial em diversos insumos, com reformas
comandadas pelo governo federal, a pauta de exportação brasileira foi diversificada,
com uma enorme inclusão de bens de alto valor agregado como jóias, aviões, automóveis
e peças de vestuário.
Atualmente o país está entre os 20 maiores exportadores do mundo, com US$ 137,6
bilhões (em 2006) vendidos entre produtos e serviços a outros países. Mas com um
crescimento vegetativo de dois dígitos ao ano desde o governo Fernando Henrique, em
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poucos anos a expectativa é que o Brasil esteja entre as principais plataformas de


exportação do mundo.
Em 2004 o Brasil começou a crescer, acompanhando a economia mundial. O governo diz
que isto se deve a política adotada pelo presidente Lula, grande parte da imprensa
reclama das altas taxas de juros adotadas pelo governo. No final de 2004 o PIB cresceu
5,7%, a industria cresceu na faixa de 8% e as exportações superaram todas as
expectativas.
O Brasil é visto pelo mundo como um país com muito potencial assim como a Índia,
Rússia e China. A política externa adotada pelo Brasil prioriza a aliança entre países em
desenvolvimento para negociar com os países ricos. O Brasil, assim como a Argentina e a
Venezuela vêm mantendo o projeto da ALCA em discussão, apesar das pressões dos EUA
Existem também iniciativas de integração na América do Sul, cooperação na economia e
nas áreas sociais.

Setores
No Brasil, o setor primário (agricultura, exploração mineral e vegetal) ainda é muito
importante, mas se observa um lento crescimento proporcional do setor secundário
(indústria) em relação aos demais. Cabe observar, no entanto, que a desvalorização da
moeda nacional, ocorrida em 1999, estimulou bastante as exportações e,
consequentemente, o setor agrícola.
Fonte: Banco Central do Brasil
Mercado financeiro
Na base do sistema financeiro brasileiro está o Conselho Monetário Nacional, que é
controlado pelo governo federal. O mais importante agente é o Banco Central do Brasil,
que define a taxa de juros e pode influenciar o câmbio por ações de open market. A
principal bolsa de valores do Brasil é a Bovespa que movimenta títulos e outros papéis
das 316 empresas brasileiras de capital aberto. O maior banco do Brasil é o do governo
federal Banco do Brasil. O maior banco privado é o Bradesco.

1.1.1.4 Economia por região


Centro-Oeste: baseia-se principalmente na agroindústria.
Nordeste: baseia-se normalmente em indústrias, petróleo e agronegócio. Políticas de
incentivos fiscais levaram várias indústrias para a região. O turismo é bastante forte.
Norte: baseia-se principalmente em extrativismo vegetal e mineral. Merece destaque
também a Zona Franca de Manaus, pólo industrial.
Sudeste: possui parque industrial diversificado e sofisticado com comércio e serviços
bem desenvolvidos. Destacam-se as regiões metropolitanas de São Paulo, Rio de Janeiro
e Belo Horizonte como os principais centros econômicos do Brasil.
Sul: a maior parte das riquezas provém do setor de serviços, mas possui também
indústria e agropecuária bem desenvolvidas. Destacam-se as regiões metropolitanas de
Curitiba e Porto Alegre.
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Vale destacar que no Brasil predomina uma grande desigualdade social, para se ter uma
idéia, apenas o estado de São Paulo corresponde por 34% do PIB Brasileiro e o estado do
Rio de Janeiro por 11%. Enquanto algumas cidade do sul e sudeste se comparam a níveis
europeus, outras cidades do nordeste, se comparam a níveis da Africa. Apenas 7 estados
do País correspondem a 75,2% do PIB nacional
Fontes:
http://www.fiesp.org.br/clipping.nsf/5b56c69712d7723983256c7d0060a3c9/ee51cef94b
a54d15832573a00050cac5?OpenDocument

Mercosul
O Mercosul (em português: Mercado Comum do Sul, castelhano: Mercado Común del Sur,
Mercosur) é a União Aduaneira (livre comércio intrazona e política comercial comum) de
cinco países da América do Sul. Em sua formação original o bloco era composto por
quatro países: Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai. Desde 2006, a Venezuela também
pertence ao Mercosul.
As discussões para a constituição de um mercado econômico regional para a América
Latina remontam ao tratado que estabeleceu a Associação Latino-Americana de Livre
Comércio (ALALC) desde a década de 1960. Esse organismo foi sucedido pela Associação
Latino-Americana de Integração na década de 1980. À época, a Argentina e o Brasil
fizeram progressos na matéria, assinando a Declaração de Iguaçu (1985), que estabelecia
uma comissão bilateral, à qual se seguiram uma série de acordos comerciais no ano
seguinte. O Tratado de Integração, Cooperação e Desenvolvimento, assinado entre
ambos os países em 1988, fixou como meta o estabelecimento de um mercado comum,
ao qual outros países latino-americanos poderiam se unir.
Com a adesão do Paraguai e do Uruguai, os quatro países se tornaram signatários do
Tratado de Assunção (1991) que estabelecia o Mercado Comum do Sul, uma aliança
comercial visando a dinamizar a economia regional, movimentando entre si mercadorias,
pessoas, força de trabalho e capitais. Inicialmente foi estabelecida uma zona de livre-
comércio, em que os países signatários não tributariam ou restringiriam as importações
um do outro. A partir de 1 de janeiro de 1995, esta zona converteu-se em união
aduaneira, na qual todos os signatários poderiam cobrar as mesmas quotas nas
importações dos demais países (Tarifa Externa Comum). No ano seguinte, a Bolívia e o
Chile adquiriram o status de membros associados. O Chile encontra-se em processo de
aquisição do status de membro pleno depois de resolver alguns problemas territoriais
com a Argentina. Outras nações latino-americanas manifestaram interesse em entrar
para o grupo, mas, até o momento, somente a Venezuela levou adiante sua candidatura.
Embora sua incorporação ao Mercosul ainda dependa da aprovação no congresso
paraguaio.
Em 2004, entrou em vigor o Protocolo de Olivos (2002), que criou o Tribunal Arbitral
Permanente de Revisão do Mercosul, com sede na cidade de Assunção (Paraguai). Uma
das fontes de insegurança jurídica nesse bloco de integração era a falta de um tribunal
permanente.

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Muitos sul-americanos vêem o Mercosul como uma arma contra a influência dos Estados
Unidos na região, tanto na forma da Área de Livre Comércio das Américas quando na de
tratados bilaterais. Uma prova disso é a criação da Universidade do Mercosul, que vai
priorizar a integração regional no modelo de educação.
Cronologia do Mercosul
1985-1990
 Em 30 de novembro de 1985, os presidentes da Argentina e Brasil assinaram a
Declaração de Foz de Iguaçu, pedra base do Mercosul. No ano de 2004, Argentina e
Brasil resolveram conjuntamente que no dia 30 de novembro se comemorará o Dia
da Amizade argentino-brasileira;
 Em 29 de julho de 1986 se firma a Ata para a Integração Argentino-Brasileira.
Mediante este instrumento estabeleceu-se o Programa de Integração e Cooperação
entre Argentina e Brasil (PICAB) fundado nos princípios de gradualidade,
flexibilidade, simetria, equilíbrio, tratamento preferencial frente a outros
mercados, harmonização progressiva de políticas e participação do setor
empresarial. O núcleo do PICAB foram os protocolos setoriais em setores chaves;
 Em 6 de abril de 1988 se firma a Ata do Alvorada, mediante a qual Uruguai se
junta ao processo de integração regional;
 Em 29 de novembro de 1988 se celebra o Tratado de Integração, Cooperação e
Desenvolvimento entre Argentina e Brasil, pelo qual se fixou um prazo de 10 anos
para a eliminação gradual das assimetrias;
 Em 6 de julho de 1990 se firmou a Declaração de Buenos Aires, acelerando o
cronograma de integração e fixando a data de 31 de dezembro de 1994 para
alcançar o mercado comum.
1991-1995
 Em 26 de março de 1991, Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai firmam o Tratado
de Assunção, que adota o nome Mercosul, e uma estrutura institucional básica e
estabelece um área de livre comércio.
 Em junho de 1992, se estabeleceu o cronograma definitivo da constituição do
mercado comum.
 No dia 17 de Dezembro de 1994 se firmou o Protocolo de Ouro Preto, que conferiu
personalidade jurídica ao bloco.
1996-2005
 Na data de 25 de junho de 1996, se firmou entre os países membros a Declaração
presidencial sobre a Consulta e Concentração Política dos Estados Partes do
Mercosul, e junto ao Chile e Bolívia, a Declaração Presidencial sobre Compromisso
Democrático no Mercosul. Estes instrumentos se relacionam com as tentativas de
golpe de estado em abril no Paraguai e o decisivo rol julgado pelo Mercosul para
evitá-lo.

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 Em 24 de julho de 1998 os quatro países membros junto a Bolívia e Chile firmam o


Protocolo de Ushuaia sobre o Compromisso Democrático.
 Em 10 de dezembro de 1998 os quatro presidentes firmam a Declaração
Sociolaboral do Mercosul.
 Em 29 de junho de 2000 se aprovam as Decisões referidas ao relançamento do
Mercosul.
 Em 18 de fevereiro de 2002, mediante o Protocolo de Olivos se cria o Tribunal
Permanente de Revisão do Mercosul. Este tem sede em Assunção desde 2004.
 O Mercosul foi significativamente enfraquecido pelo colapso da economia
argentina em 2002, com isso, os Estados Unidos deixaram de ajudar a Argentina
uma vez que esse país latino-americano não transmitia suficiente confiança aos
mercados internacionais, deixando de honrar seus compromissos financeiros em
diversas ocasiões.
 Em 2003, pela Decisão CMC Nº 11/03, cria-se a Comissão de Representantes
Permanentes do Mercosul (CRPM) com seu Presidente. O Presidente da CRPM
permanece dois anos no cargo e o CMC podem estender o mandato por mais um
ano.
 A partir de Julho de 2004 teve uma nova rodada de negociações. Entre outros
tópicos, discutiu-se a entrada do México no grupo. Como resultado, em 8 de
dezembro de 2004 os países membros assinaram a Declaração de Cuzco, que
lançou as bases da Comunidade Sul-Americana de Nações, entidade que unirá o
Mercosul e o Pacto Andino em uma zona de livre comércio continental.
 Em dezembro de 2004, na Cúpula de Presidentes de Ouro Preto:
 estabeleceu-se o Fundo para a Convergência Estrutural do Mercosul
(FOCEM) (Decisão CMC Nº 45/04), a fim de financiar programas de
convergência estrutural, competividade, coesão social e infra-estrutura
institucional;
 criou-se o Grupo de Alto Nível (GAN) para a formulação de uma Estratégia
MERCOSUL de Crescimento de Emprego;
 Encomendou-se a Comissão Parlamentar Conjunta a redação de uma
proposta de Protocolo Constitutivo do Parlamento do Mercosul.
 Em 6 de julho de 2005 se firmou o Protocolo de Assunção sobre Direitos Humanos
do Mercosul.
 Na Cúpula de Presidentes em Monteiro, dezembro de 2005, por Decisão CMC
23/05, se aprovou o Protocolo Constitutivo do Parlamento do Mercosul. A
constituição do Parlamento teve lugar em 31 de dezembro de 2006.
 Em dezembro de 2005, a Venezuela protocolou seu pedido de adesão ao Mercosul,
e em 4 de julho de 2006 seu ingresso ao bloco econômico foi formalizado em
Caracas.
 Instalação do Parlamento em Montevidéu, em 7 de maio de 2007.

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2006
 Na Cúpula de Presidentes em Córdoba, julho de 2006, os itens abaixo ainda
encontram-se em processo de análise pelo Senado brasileiro:
 integrou-se a Venezuela como membro do Mercosul, contudo ainda depende
de aprovação interna;
 aprovou-se a Estratégia Mercosul de Crescimento do Emprego (Decisão CMC
Nº 04/06);
 criou-se o Observatório da Democracia do Mercosul (Decisão CMC Nº 24/06);
 estabeleceu-se que a Argentina será sede permanente do Mercosul Cultural;

1.1.2 Cultura do Brasil

A cultura brasileira reflete os vários povos que constituem a demografia desse país
sul-americano: indígenas, europeus, africanos, asiáticos, árabes etc. Como resultado da
intensa miscigenação de povos, surgiu uma realidade cultural peculiar, que sintetiza as
várias culturas.
A tensão entre o que seria considerado uma cultura popular e uma erudita sempre foi
bastante problemática no país. Durante um longo período da história, desde o
Descobrimento até meados dos séculos XIX e XX, a distância entre a cultura erudita e a
popular era bastante grande: enquanto a primeira buscava ser uma cópia fiel dos
cânones e estilos europeus, a segunda era formada pela adaptação das culturas dos
diferentes povos que formaram o povo brasileiro em um conjunto de valores, estéticas e
hábitos mais próximos da realidade popular e dos cidadãos mais humildes. Grande parte
do projeto estético modernista foi justamente o de resgatar nos campos considerados
"nobres" da Cultura (nas artes em geral, na literatura, na música, etc) e até mesmo nos
hábitos cotidianos a vertente popular, considerando-a como a legítima cultura brasileira.
Formação da cultura brasileira
Os portugueses
Dentre os diversos povos que formaram o Brasil, foram os europeus aqueles que
exerceram maior influência na formação da cultura brasileira, principalmente os de
origem portuguesa. Durante 322 anos o País foi colônia de Portugal, e houve uma
transplantação da cultura da metrópole para as terras sul-americanas. Os colonos
portugueses chegaram em maior número à colônia à partir do século XVIII, sendo já neste
século o Brasil um país predominantemente Católico e de língua dominante portuguesa.
Os indígenas
Segundo alguns historiadores, séculos de dominação moura e relação com outras
civilizações facilitaram o contato entre os colonos portugueses e os indígenas brasileiros,
todavia isso não impediu que os nativos fossem dizimados pela ação colonizadora.
As primeiras décadas de colonização possibilitaram uma rica fusão entre a cultura dos
europeus e a dos indígenas, dando margem à formação de elementos como a Língua
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geral, que influenciou o português falado no Brasil, e diversos aspectos da cultura


indígena herdadas pela atual civilização brasileira. Além da dizimação dos povos
autóctones, houve a ação da catequese e a intensa miscigenação, o que contribuiu para
que muitos desses aspectos culturais fossem perdidos. A influência indígena se faz mais
forte em certas regiões do país em que esses grupos conseguiram se manter mais
distantes da ação colonizadora e em zonas povoadas recentemente, principalmente em
porções da Região Norte do Brasil.
Os africanos
A cultura africana chegou através dos povos escravizados trazidos para o Brasil em um
longo período que durou de 1550 à 1850. A diversidade cultural da África refletiu na
diversidade trazida pelos escravos, sendo eles pertencentes à diversas etnias, falando
idiomas diferentes e de tradições distintas. Assim como a indígena, a cultura africana
fora subjugada pelos colonizadores, sendo os escravos batizados antes de chegarem ao
Brasil. Na colônia, aprendiam o português e eram batizados com nomes portugueses e
obrigados a se converter ao catolicismo. Alguns grupos, como os escravos das etnias
hauçá e malê, de religião islâmica, já traziam uma herança cultural e sabiam escrever
em árabe e outras. Os bantos, nagôs e jejes eram monoteístas constituindo os
candomblés que são uma reprodução das aldeias africanas. Através do sincretismo
religioso, os escravos adoravam seus orixás através de santos Católicos, dando origem às
religiões afro-brasileiras como o Umbanda e Batuque.
Os negros levaram para a cultura brasileira uma enormidade de elementos: na dança,
música, religião, culinária e no idioma. Essa influência se faz notar em praticamente
todo o País, embora em certas porções (nomeadamente em estados do Nordeste como
Bahia e Maranhão) a cultura afro-brasileira é mais presente.

Os imigrantes
A imigração européia foi incentivada não apenas para suprir o fim da mão-de-obra
escrava, mas também foi promovida pelo governo, que tinha a intenção de branquear o
Brasil e europeizar sua cultura, afinal, a maior parte da população no século XIX era
composta por negros e mestiços. Dentre os diversos grupos de imigrantes que aportaram
no Brasil, foram os italianos que chegaram em maior número, quando considerada a faixa
de tempo entre 1870 e 1950. Eles se espalharam desde o sul de Minas Gerais até o Rio
Grande do Sul, sendo a maior parte na região de São Paulo. Além dos italianos,
destacaram-se os alemães, que chegaram em um fluxo contínuo desde 1824. Esses se
fixaram primariamente na Região Sul do Brasil, onde diversas regiões herdaram
influências germânicas desses colonos.
Os imigrantes que se fixaram na zona rural do Brasil meridional, vivendo em pequenas
propriedades familiares (sobretudo alemães e italianos), conseguiram manter seus
costumes do país de origem, criando no Brasil uma cópia das terras que deixaram na
Europa. Em contrapartida, os imigrantes que se fixaram nas grandes fazendas e nos
centros urbanos do Sudeste (portugueses, italianos, espanhóis e árabes), rapidamente se
integraram na sociedade brasileira, perdendo muitos aspectos da herança cultural do
país de origem. A contribuição Asiática viria com a imigração japonesa, porém de forma
mais limitada.
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1.1.3 Questão Ambiental

Aquecimento global A locução aquecimento global refere-se ao aumento da


temperatura média dos oceanos e do ar perto da superfície da Terra que se tem
verificado nas décadas mais recentes e à possibilidade da sua continuação durante o
corrente século. Se este aumento se deve a causas naturais ou antropogênicas
(provocadas pelo homem) ainda é objeto de muitos debates entre os cientistas, embora
muitos meteorologistas e climatólogos tenham recentemente afirmado publicamente que
consideram provado que a ação humana realmente está influenciando na ocorrência do
fenômeno. O Intergovernmental Panel on Climate Change - IPCC - (Painel
Intergovernamental para as Mudanças Climáticas, estabelecido pelas Nações Unidas e
pela Organização Meteorológica Mundial em 1988) no seu relatório mais recente diz que
grande parte do aquecimento observado durante os últimos 50 anos se deve muito
provavelmente a um aumento do efeito estufa, causado pelo aumento nas concentrações
de gases estufa de origem antropogênica (incluindo, para além do aumento de gases
estufa, outras alterações como, por exemplo, as devidas a um maior uso de águas
subterrâneas e de solo para a agricultura industrial e a um maior consumo energético e
poluição).
Fenômenos naturais tais como variação solar combinados com vulcões provavelmente
levaram a um leve efeito de aquecimento de épocas pré-industriais até 1950, mas um
efeito de resfriamento a partir dessa data. Essas conclusões básicas foram endorsadas
por pelo menos 30 sociedades e comunidades científicas, incluindo todas as academias
científicas nacionais dos principais países industrializados. A Associação Americana de
Geologistas de Petróleo, e alguns poucos cientistas individuais não concordam em partes.
Modelos climáticos referenciados pelo IPCC projetam que as temperaturas globais de
superfície provavelmente aumentarão no intervalo entre 1,1 e 6,4 °C entre 1990 e 2100.
A variação dos valores reflete no uso de diferentes cenários de futura emissão de gases
estufa e resultados de modelos com diferenças na sensibilidade climática. Apesar de que
a maioria dos estudos tem seu foco no período de até o ano 2100, espera-se que o
aquecimento e o aumento no nível do mar continuem por mais de um milênio, mesmo
que os níveis de gases estufa se estabilizem. Isso reflete na grande capacidade calorífica
dos oceanos.
Um aumento nas temperaturas globais pode, em contrapartida, causar outras alterações,
incluindo aumento no nível do mar e em padrões de precipitação resultando em
enchentes e secas. Podem também haver alterações nas freqüências e intensidades de
eventos de temperaturas extremas, apesar de ser difícil de relacionar eventos
específicos ao aquecimento global. Outros eventos podem incluir alterações na
disponibilidade agrícola, recuo glacial, vazão reduzida em rios durante o verão, extinção
de espécies e aumento em vetores de doenças.
Incertezas científicas restantes incluem o exato grau da alteração climática prevista para
o futuro, e como essas alterações irão variar de região em região ao redor do globo.
Existe um debate político e público para se decidir que ação se deve tomar para reduzir
ou reverter aquecimento futuro ou para adaptar às suas conseqüências esperadas. A
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maioria dos governos nacionais assinou e ratificou o Protocolo de Quioto, que visa o
combate à emissão de gases estufa.
Terminologia
O termo “aquecimento global” é um exemplo específico do termo mais abrangente
“mudança climática”, que também pode se referir a esfriamento global. No uso comum,
o termo se refere ao aquecimento recente e subentende-se uma influência humana. A
Convenção Quadro das Nações Unidas para Mudança do Clima (UNFCCC) usa o termo
“alteração climática” para mudanças causadas por humanos, e “variabilidade climática”
para outras mudanças. O termo “alteração climática antropogênica” algumas vezes é
também usado quando se fala em mudanças causadas pelo homem
Evidências do aquecimento global
A principal evidência do aquecimento global vem das medidas de temperatura de
estações meteorológicas em todo o globo desde 1860. Os dados com a correção dos
efeitos de "ilhas urbanas" mostra que o aumento médio da temperatura foi de 0.6 ± 0.2
ºC durante o século XX. Os maiores aumentos foram em dois períodos: 1910 a 1945 e
1976 a 2000. De 1945 a 1976, houve um arrefecimento que fez com que
temporariamente a comunidade científica suspeitasse que estava a ocorrer um
arrefecimento global.
O aquecimento verificado não foi globalmente uniforme. Durante as últimas décadas, foi
em geral superior entre as latitudes de 40°N e 70°N, embora em algumas áreas, como a
do Oceano Atlântico Norte, tenha havido um arrefecimento. É muito provável que os
continentes tenham aquecido mais do que os oceanos. Há, no entanto que referir que
alguns estudos parecem indicar que a variação em irradiação solar pode ter contribuído
em cerca de 45–50% para o aquecimento global ocorrido entre 1900 e 2000.
Evidências secundárias são obtidas através da observação das variações da cobertura de
neve das montanhas e de áreas geladas, do aumento do nível global das mares, do
aumento das precipitações, da cobertura de nuvens, do El Niño e outros eventos
extremos de mau tempo durante o século XX.
Por exemplo, dados de satélite mostram uma diminuição de 10% na área que é coberta
por neve desde os anos 60. A área da cobertura de gelo no hemisfério norte na primavera
e verão também diminuiu em cerca de 10% a 15% desde 1950 e houve retração os glaciais
e da cobertura de neve das montanhas em regiões não polares durante todo o século XX.
No entanto, a retração dos glaciais na Europa já ocorre desde a era Napoleônica e, no
Hemisfério Sul, durante os últimos 35 anos, o derretimento apenas aconteceu em cerca
de 2% da Antártida; nos restantes 98%, houve um esfriamento e a IPPC estima que a
massa da neve deverá aumentar durante este século. Durante as décadas de 1930 e
1940, em que a temperatura de toda a região ártica era superior à de hoje, a retração
dos glaciais na Groelândia era maior do que a atual. A diminuição da área dos glaciais
ocorrida nos últimos 40 anos, deu-se essencialmente no Ártico, na Rússia e na América do
Norte; na Eurásia (no conjunto Europa e Ásia), houve de fato um aumento da área dos
glaciais, que se pensa ser devido a um aumento de precipitação.

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Estudos divulgados em Abril de 2004 procuraram demonstrar que a maior intensidade das
tempestades estava relacionada com o aumento da temperatura da superfície da faixa
tropical do Atlântico. Esses fatores teriam sido responsáveis, em grande parte, pela
violenta temporada de furacões registrada nos Estados Unidos, México e países do
Caribe. No entanto, enquanto, por exemplo, no período de quarto-século de 1945-1969,
em que ocorreu um ligeiro aquecimento global, houve 80 furacões principais no
Atlântico, no período de 1970-1994, quando o globo se submetia a uma tendência de
aquecimento, houve apenas 38 furacões principais. O que indica que a atividade dos
furacões não segue necessariamente as tendências médias globais da temperatura.
Determinação da temperatura global à superfície
A determinação da temperatura global à superfície é feita a partir de dados recolhidos
em terra, sobretudo em estações de medição de temperatura em cidades, e nos oceanos,
recolhidos por navios. É feita uma seleção das estações a considerar, que são as que se
consideram mais confiáveis, e é feita uma correção no caso de estas se encontrarem
perto de urbanizações. As tendências de todas as seções são então combinadas para se
chegar a uma temperatura global.
O globo é dividido em seções de 5º latitude/5º longitude e é calculada uma média pesada
da temperatura mensal média das estações escolhidas em cada seção. As seções para as
quais não existem dados são deixadas em branco, sem as estimar a partir das seções
vizinhas, e não entram nos cálculos. A média obtida é então comparada com a referência
para o período de 1961-1990, obtendo-se o valor da anomalia para cada mês. A partir
desses valores é então calculada uma média pesada correspondente à anomalia anual
média global para cada Hemisfério e, a partir destas, a anomalia global.
Desde Janeiro de 1979, os satélites da NOAA passaram a medir a temperatura da
troposfera inferior (de 1000m a 8000m de altitude) através da monitorização das
emissões de microondas por parte das moléculas de oxigénio na atmosfera. O seu
comprimento de onda está diretamente relacionado com a temperatura (estima-se uma
precisão de medida da ordem dos 0.01°C). Estas medições indicam um aquecimento de
menos de 0.1°C, desde 1979, em vez dos 0.4°C obtidos a partir dos dados à superfície.
É de notar que os dois conjuntos de dados não divergem na América do Norte, Europa
Ocidental e Austrália, onde se pensa que os dados das estações são registrados e
mantidos de um modo mais fiável. É apenas fora destas grandes áreas que os dados
divergem: onde os dados de satélite mostram uma tendência de evolução quase neutra,
os dados das estações à superfície mostram um aquecimento significativo (Dentro da
mesma região tropical, enquanto os dados das estações na Malásia e Indonésia mostram
um aquecimento, as de Darwin e da ilha de Willis, não.)
Existe controvérsia relativamente à explicação desta divergência. Enquanto alguns
pensam que existem erros graves nos dados recolhidos à superfície, e no critério de
seleção das estações a considerar, outros põem a hipótese de existir um processo
atmosférico desconhecido que explique uma divergência em certas partes do globo entre
as duas temperaturas.

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Por sua vez, Bjarne Andresen, professor do Niels Bohr Institute da Universidade de
Copenhaga, defende que é irrelevante considerar uma única temperatura global para um
sistema tão complicado como o clima da Terra. O que é relevante é o caracter
heterogénio do clima e só faz sentido falar de uma temperatura no caso de um sistema
homogénio. Para ele, falar de uma temperatura global do planeta é tão inútil como falar
no «número de telefone médio» de uma lista telefônica.
Causas possíveis
O sistema climático varia através de processos naturais, internos e em resposta a
variações em fatores externos incluindo atividade solar, emissões vulcânicas, variações
na órbita terrestre e gases estufa. As causas detalhadas do aquecimento recente
continuam sendo uma área ativa de pesquisa, mas o consenso científico identifica os
níveis aumentados de gases estufa devido a atividade humana como a principal
influência. Essa atribuição se torna clara ao se observar os últimos 50 anos, pelos quais a
maior parte dos dados está disponível. Contrastando com o consenso científico, outras
hipóteses foram feitas para explicar a maior parte do aumento observado na
temperatura global. Uma dessas hipóteses é que o aquecimento é causado por flutuações
no clima ou que o aquecimento é resultado principalmente da variação na radiação solar.
Nenhum dos fatores condicionantes é instantâneo. Devido à inércia térmica dos oceanos
terrestres e lenta resposta de outros efeitos indiretos, o clima atual da Terra não está
em equilíbrio com o condicionamento imposto. Estudos de compromisso climático
indicam que mesmo que gases estufa se estabilizassem nos níveis do dia presente, um
aquecimento adicional de aproximadamente 0,5 °C ainda ocorreria.
1.1.3.1 - Gases Estufa na Atmosfera
O efeito estufa foi descoberto por Joseph Fourier em 1824 e investigado
quantitativamente pela primeira vez por Svante Arrhenius em 1896. Consiste no processo
de absorção e emissão de radiação infravermelha pelos gases atmosféricos de um
planeta, resultando no aquecimento de sua superfície e atmosfera. Os gases estufa criam
um efeito estufa natural, sem o qual a temperatura média da Terra seria cerca de 30ºC
mais baixa, tornando-a inabitável para a vida como a conhecemos[22]. Portanto, os
cientistas não “acreditam” ou “se opõem” ao efeito estufa; o debate consiste na
discussão de quais gases contribuem para este efeito, através de mecanismos de
realimentação positiva ou negativa. Na Terra, os gases que mais contribuem para o
efeito estufa são o vapor de água, que causa de 36 a 70% do efeito natural (não incluindo
nuvens); O dióxido de carbono (CO2), que causa de 9 a 26%; O metano (CH4), causando
entre 4 e 9%; E o ozônio, que causa entre 3 e 7%. As concentrações atmosféricas de CO2 e
CH4 aumentaram em 31% e 149%, respectivamente, acima de níveis pré-industriais, desde
1750. Estes níveis são consideravelmente mais altos do que em qualquer período nos
últimos 650.000 anos, o período em que é possível extrair informações confiáveis das
calotas polares. Utilizando-se de evidências geológicas menos diretas, acredita-se que
níveis tão altos de CO2 só estiveram presentes na atmosfera há 20 milhões de anos atrás.
O Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês)
defende que o aquecimento global tem como uma de suas principais causas a emissão de
gases poluentes como o CO2 pelo homem, contribuindo para o efeito estufa.
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“Aproximadamente três quartos das emissões antropogênicas de CO2 para a atmosfera


durante os últimos 20 anos são devidas à queima de combustíveis fósseis. O resto das
emissões são devidas predominantemente às mudanças no uso da terra, especialmente o
desmatamento.” A atual concentração de gás carbônico na atmosfera é de
aproximadamente 383 partes por milhão (ppm) em volume. Os níveis futuros de CO2
devem ser ainda maiores devido à ocorrência contínua dos motivos mencionados
anteriormente. A taxa de aumento irá depender de fatores econômicos, sociológicos,
tecnológicos e naturais incertos, mas está limitada, em última análise, pela
disponibilidade total de combustíveis fósseis. O “Relatório Especial de Cenários de
Emissão” (Special Report on Emissions Scenarios, originalmente), do IPCC, prevê vários
cenários futuros possíveis para a concentração de CO2, variando entre 541 e 970ppm no
ano de 2100. As reservas de combustível fóssil são suficientes para alcançar este patamar
e continuar as emissões além de 2100, se carvão, piche ou hidratos de metano forem
extensivamente utilizados. Efeitos como a liberação de metano, devido ao derretimento
do permafrost (possíveis 70.000 toneladas), podem levar a uma intensificação adicional
do efeito estufa, não incluída no modelo climático do IPCC.
Feedbacks
Os efeitos de agentes externos no clima são complicados por vários processos cíclicos e
auto-alimentados, chamados de Feedbacks. Um dos mais pronunciados desses processos
está relacionado com a evaporação da água. O CO2 injetado na atmosfera ocasiona o
aquecimento da mesma e da superfície da Terra. O aquecimento leva a mais evaporação
de água, e, como o vapor d’água é um gás estufa, isso leva a mais aquecimento, o que
por sua vez causa mais evaporação de água, e assim por diante, até ser alcançado um
novo equilíbrio dinâmico, com aumento da umidade e da concentração de vapor d’água,
levando a um aumento no efeito estufa muito maior do que aquele devido apenas ao
aumento da concentração de CO2. Esse efeito só pode ser revertido muito lentamente,
visto que o CO2 tem um tempo médio de vida na atmosfera muito longo.Um feedback
ainda sujeito a pesquisa e debate é o ocasionado pelas nuvens. Vistas de baixo, as nuvens
emitem radiação infravermelha de volta à superfície, aquecendo a mesma. Vistas de
cima, elas refletem a luz do sol e emitem radiação infravermelha para o espaço,
resfriando o planeta. O aumento da concentração global de vapor d’água pode ou não
causar um aumento na cobertura de nuvens mundial média. Portanto, o papel efetivo das
nuvens ainda não está bem definido; no entanto, seus efeitos são menos relevantes
apenas que os do vapor d’água, e, nos modelos do IPCC, elas contribuem para o
aquecimento<. Outro feedback relevante é a relação gelo-albedo. A taxa aumentada de
CO2 na atmosfera eleva a temperatura da Terra e leva ao derretimento do gelo próximo
aos pólos. Com o derretimento do gelo, terra ou mar aberto ocupam seu lugar. Ambos
são, em média, substratos com menor capacidade de reflexão que o gelo, e, portanto,
absorvem mais radiação solar. Isso causa ainda mais aquecimento, gerando mais
derretimento de gelo, e o ciclo continua. O feedback positivo (pró-aquecimento) devido
à liberação de CO2 e CH4 com o derretimento do permafrost é mais um mecanismo que
contribui para o aquecimento. Além disso, a liberação de metano devido ao
descongelamento de fundos oceânicos é mais um mecanismo a ser considerado. A
capacidade oceânica de absorção de carbono diminui com o aquecimento, porque os

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baixos níveis de nutrientes na zona mesopelágica limitam o crescimento de algas,


favorecendo o desenvolvimento de espécies fitoplânctonicas menores, que não são tão
boas absorventes de carbono.
Variação Solar
Estudos recentes parecem indicar que a variação da radiação solar, potencialmente
ampliada pela ação do feedback das nuvens, poderá ter contribuído em cerca de 45–50%
para o aquecimento global ocorrido entre 1900 e 2000, e em 25-35% entre 1980 e 2000.
Foram publicados artigos de autoria de dois pesquisadores da universidade Duke, nos
EUA, segundo os quais os modelos climáticos vigentes superestimam o efeito relativo dos
gases estufa, comparados com o efeito da luz solar; eles dizem ainda que os efeitos de
cinzas vulcânicas e aerossóis foram subestimados. Ainda assim, eles concluem que,
mesmo considerando o fator solar, a maior parte do aquecimento global nas últimas
décadas é atribuível aos gases estufa. Outros pesquisadores são mais radicais, diminuindo
fortemente a importância de fatores antropogênicos no aquecimento global.
Recuperação do planeta depois da Pequena Era Glacial
A recessão dos glaciares e da calote polar do Ártico não são fenómenos recentes. Já
ocorrem desde 1800, ou mesmo antes disso. E data da mesma altura o aumento de
temperatura global a uma taxa quase constante (de cerca de +0.5°C/100 anos), que
começou por isso antes do rápido aumento de CO², iniciado por volta de 1940. Isso pode
significar que este aquecimento quase linear é natural, podendo ser apenas a
recuperação do planeta depois da Pequena Era Glacial, que ocorreu entre o século XIII e
XVII.
Conseqüências
Devido aos efeitos potenciais sobre a saúde humana, economia e meio ambiente o
aquecimento global tem sido fonte de grande preocupação. Importantes mudanças
ambientais têm sido observadas e foram ligadas ao aquecimento global. Os exemplos de
evidências secundárias citadas abaixo (diminuição da cobertura de gelo, aumento do
nível do mar, mudanças dos padrões climáticos) são exemplos das conseqüências do
aquecimento global que podem influenciar não somente as atividades humanas mas
também os ecossistemas. Aumento da temperatura global permite que um ecossistema
mude; algumas espécies podem ser forçadas a sair dos seus hábitats (possibilidade de
extinção) devido a mudanças nas condições enquanto outras podem espalhar-se,
invadindo outros ecossistemas.
Entretanto, o aquecimento global também pode ter efeitos positivos, uma vez que
aumentos de temperaturas e aumento de concentrações de CO2 podem aprimorar a
produtividade do ecossistema. Observações de satélites mostram que a produtividade do
hemisfério Norte aumentou desde 1982. Por outro lado é fato de que o total da
quantidade de biomassa produzida não é necessariamente muito boa, uma vez que a
biodiversidade pode no silêncio diminuir ainda mais um pequeno número de espécies que
esteja florescendo.
O aquecimento da superfície favorecerá um aumento da evaporação nos oceanos o que
fará com que haja na atmosfera mais vapor de água (o gás de estufa mais importante,
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sobretudo porque existe em grande quantidade na nossa atmosfera). Isso poderá fazer
com que aumente cada vez mais o efeito de estufa e com que o aquecimento da
superfície seja reforçado. Podemos, nesse caso, esperar um aquecimento médio de 4 a
6ºC na superfície. Mas mais umidade (vapor de água) no ar pode também significar uma
presença de mais nuvens na atmosfera o que se pensa que, em média, poderá causar um
efeito de arrefecimento.
As nuvens têm de fato um papel importante no equilíbrio energético porque controlam a
energia que entra e que sai do sistema. Podem arrefecer a Terra, ao refletirem a luz
solar para o espaço, e podem aquecê-la por absorção da radiação infravermelha radiada
pela superfície, de um modo análogo ao dos gases associados ao «efeito de estufa». O
efeito dominante depende de muitos fatores, nomeadamente da altitude e do tamanho
das nuvens e das suas gotículas.
Por outro lado, o aumento da evaporação poderá provocar pesados aguaceiros e mais
erosão. Muitas pessoas pensam que isto poderá causar resultados mais extremos no
clima, com um progressivo aquecimento global.
O aquecimento global também pode apresentar efeitos menos óbvios. A Corrente do
Atlântico Norte, por exemplo, é provocada por diferenças de temperatura entre os
mares. E aparentemente ela está diminuindo à medida que a temperatura média global
aumenta. Isso significa que áreas como a Escandinávia e a Inglaterra que são aquecidas
pela corrente poderão apresentar climas mais frios a respeito do aumento do
aquecimento global.
O aumento no número de mortos, desabrigados e perdas econômicas previstas devido ao
clima severo atribuído ao aquecimento global pode ser piorado pelas densidades
crescentes de população em áreas afetadas, apesar de ser previsto que as regiões
temperadas tenham alguns benefícios menores, tais como poucas mortes devido à
exposição ao frio. Um sumário dos prováveis efeitos e conhecimentos atuais pode ser
encontrado no relatório feito para o “Terceiro Relatório de Balanço do IPCC” pelo Grupo
de Trabalho 2. Já o resumo do mais recente, “Quarto Relatório de Balanço do IPCC”,
informa que há evidências observáveis de um aumento no número de ciclones tropicais
no Atlântico Norte desde por volta de 1970, em relação com o aumento da temperatura
da superfície do mar, mas que a detecção de tendências a longo prazo é difícil pela
qualidade dos registros antes das observaçõe rotineiras dos satélites. O resumo também
diz que não há uma tendência clara do número de ciclones tropicais no mundo.
Efeitos adicionais antecipados incluem aumento do nível do mar de 110 a 770 milímetros
entre 1990 e 2100, repercussões na agricultura, possível desaceleração da circulação
termoalina, reduções na camada de ozônio, aumento na intensidade e freqüência de
furacões, baixa do pH do oceano e propagação de doenças como malária e dengue. Um
estudo prevê que 18% a 35% de 1103 espécies de plantas e animais serão extintas até
2050, baseado nas projeções do clima no futuro.
1.1.3.2 - Aumento do nível médio das águas do mar
Nível dos Oceanos

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Uma outra causa de grande preocupação é o aumento do nível médio das águas do
mar. O nível dos mares está aumentando em 0.01 a 0.025 metros por década o que pode
fazer com que no futuro algumas ilhas de países insulares no Oceano Pacífico fiquem
debaixo de água. O aquecimento global provoca subida dos mares principalmente por
causa da expansão térmica da água dos oceanos. O segundo fator mais importante é o
derretimento de calotas polares e camadas de gelo sobre as montanhas, que são muito
mais afetados pelas mudanças climáticas do que as camadas de gelo da Gronelândia e
Antártica, que não se espera que contribuam significativamente para o aumento do nível
do mar nas próximas décadas, por estarem em climas frios, com baixas taxas de
precipitação e derretimento. Alguns cientistas estão preocupados que no futuro, a
camada de gelo polar e os glaciares derretam significativamente. Se isso acontecesse,
poderia haver um aumento do nível das águas, em muitos metros. No entanto, os
cientistas não esperam um maior derretimento nos próximos 100 anos e prevê-se um
aumento do nível das águas entre 14 e 43 cm até o fim deste século.(Fontes: IPCC para
os dados e as publicações da grande imprensa para as percepções gerais de que as
mudanças climáticas).
Foi preciso ter em conta muitos fatores para se chegar a uma estimativa do aumento do
nível do mar no passado. Mas diferentes investigadores, usando métodos diferentes,
acabaram por confirmar o mesmo resultado. O cálculo que levou à conclusão não foi
simples de fazer. Na Escandinávia, por exemplo, as medidas realizadas parecem indicar
que o nível das águas do mar está a descer cerca de 4 milímetros por ano. No norte das
Ilhas Britânicas, o nível das águas do mar está também a descer, enquanto no sul se está
a elevar. Isso deve-se ao fato da Fennoscandia (o conjunto da Escandinávia, da Finlândia
e da Dinamarca) estar ainda a subir, depois de ter sido pressionada por glaciares de
grande massa durante a última era glacial. Demora muito tempo a subir porque é só
muito lentamente que o magma consegue fluir para debaixo dela; e esse magma tem que
vir de algum lado próximo, como os Países Baixos e o sul das Ilhas Britânicas, que se
estão lentamente a afundar. Em Bangkok, por causa do grande incremento na extração
de água para uso doméstico, o solo está a afundar-se e os dados parecem indicar que o
nível das águas do mar subiu cerca de 1 metro nos últimos 30 anos.
Adaptação Político-Econômica
A grande afirmação dos cientistas climáticos de que as temperaturas globais continuarão
a aumentar tem levado nações, estados, empresas e cidadãos a implementar ações para
tentar reduzir o aquecimento global ou ajustar-se a ele. Muitos grupos ambientais
encorajam ações contra o aquecimento global, freqüentemente por parte dos
consumidores, mas também pela comunidade e organizações. Também tem havido
negócios econômicos na mudança climática, incluindo esforços no aumento da eficiência
de energia e uso de fontes alternativas, apesar de ser de forma limitada. Uma
importante inovação é o desenvolvimento de um comércio de emissões dos gases do
efeito estufa. Empresas, em conjunto comos governos, concordam em limitar suas
emissões ou comprar créditos daqueles que emitiram menos do que é permitido. O
principal acordo mundial para combater o aquecimento global é o Protocolo de Quioto,
uma emenda à Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima
(CQNUMC) , negociado em 1997. O protocolo conta com mais de 160 países e mais de 55%
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da emissão de gases do efeito estufa. Os Estados Unidos, o maior emissor de gases do


efeito estufa do mundo, Austrália e Cazaquistão recusaram-se a ratificar o tratado. China
e Índia, dois outros grande emissores, ratificaram o tratado, mas como países em
desenvolvimento, estão isentos de algumas cláusulas. Este tratado expira em 2012, e
debates internacionais iniciaram-se em maio de 2007 sobre um novo tratado para
suceder o vigente. O aumento das descobertas científicas sobre o aquecimento global
tem resultado em debates políticos e econômicos. Regiões pobres, em particular a
África, têm grandes chances de sofrerem a maior parte dos efeitos do aquecimento
global, enquanto suas emissões são desprezíveis em relação às emissões dos países
desenvolvidos. Ao mesmo tempo, isenções de países em desenvolvimento de algumas
cláusulas do Protocolo de Kyoto têm sido criticadas pelos Estados Unidos e estão sendo
usadas como sua justificativa para não ratificar o protocolo[. No ocidente, a idéia da
influência humana no clima e os esforços para combatê-lo ganharam maior aceitação na
Europa que nos Estados Unidos. Empresas de combustíveis fosséis como a ExxonMobil
lançaram campanhas para tentar diminuir a importância dos riscos das mudanças
climáticas, enquanto grupos ambientais fazem o contrário, evidenciando a divisão entre
os que defendem a teoria antropocêntrica e os que defendem a teoria natural. Este
problema acendeu debates nos Estados Unidos sobre os benefícios em limitar as emissões
industriais de gases do efeito estufa para reduzir os impactos no clima versus os efeitos
que isso causaria na atividade econômica. Há também discussões em diversos países
sobre o custo de adotar fontes de energia alternativas e mais limpas para reduzir as
emissões. Outro ponto do debate é o grau com que países recém-industrializados, como
China e Índia, deveriam ter o privilégio de aumentar suas emissões industriais,
especialmente a China, uma vez que se espera que ela ultrapasse os Estados Unidos na
emissão de gases do efeito estufa até 2010.
1.1.3.3 - Aquecimento global e possíveis impactos na Amazônia
Analisando quantitativamente as prováveis alterações e redistribuições dos grandes
biomas brasileiros em resposta a cenários de mudanças climáticas projetadas por seis
diferentes modelos climáticos globais avaliados pelo IPCC para o final do Século XXI,
temos resultados diferentes para cada projeção de modelo climático, resultado das
projeções convergirem para o estudo do aumento da temperatura. Com uma media das
projeções, obtemos um aumento das áreas de savana na América do sul tropical, dentre
esses modelos alguns indicam diminuição das chuvas na Amazônia, outros não indicam
alteração, enquanto um deles chega projetar aumento das chuvas. Alguns estudos sobre
resposta das espécies da flora e da fauna Amazônica e do Cerrado indicam que para um
aumento de 2 a 3 C na temperatura média até 25% das árvores do cerrado e até cerca de
40% de árvores da Amazônia poderiam desaparecer até o final deste Século.
Impactos na agricultura brasileira
Analisando os impactos na agricultura temos como primeira conseqüência é o aumento
nas taxas evapotranspirativas, promovendo maior consumo de água das plantas, como
segunda a redução do ciclo das culturas, tornando-as mais eficientes em termos de
assimilação e transformação energética, porém mais sensíveis à deficiência hídrica.

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Analisando o caso da soja, segundo o estudo feito, há uma redução média de 60% na área
favorável para o cultivo de soja, onde a região sul seria a mais afetada, com forte
redução de produção.
Analisando várias culturas, percebemos um maior impacto relativo ao aumento de
temperatura para a soja. O aumento na temperatura reduziria o risco de geada, porém
aumentaria os riscos de abortamento de flores. Para o caso do café Considerando um
aumento de 1,0 C, e a redução das áreas cultivadas com café nos estados de Minas
Gerais, Paraná e São Paulo o impacto econômico previsto é estimado em US$ 375 milhões
por ano, equivalente à redução de 4 milhões de saca de café/ano.
As seis maiores causas do Aquecimento Global
1. O Ártico e a Groelândia estão derretendo
A cobertura de gelo da região no verão diminuiu ao ritmo constante de 8% ao ano
há três décadas. No entanto, a temperatura na região era superior à actual nas
décadas de 1930 e 1940, sendo os glaciares mais pequenos do que hoje. Em 2005,
a camada de gelo foi 20% menor em relação à de 1979, uma redução de 1,3 milhão
de quilômetros quadrados, o equivalente à soma dos territórios da França, da
Alemanha e do Reino Unido. No entanto, no Hemisfério Sul, durante os últimos 35
anos, o derretimento apenas aconteceu em cerca de 2% da Antártida, onde 90% do
gelo do planeta está acumulado; nos restantes 98%, houve um esfriamento e a
IPPC estima que a massa da neve deverá aumentar durante este século. Mesmo um
aquecimento de 3 a 6 graus tem um efeito relativamente insignificante já que a
temperatura média da Antártida é de 40 graus negativos. É de notar igualmente
que no período quente da Idade Média havia quintas dos Viking na Groenlândia e
também não havia gelo no Ártico. E, mesmo que derretesse todo o gelo do Ártico,
isso não afetaria o nível da água nos oceanos porque se trata de gelo flutuante: o
volume de água criado seria igual ao volume de água deslocado pelo gelo quando
flutua.
2. Os furacões estão cada vez mais fortes
Devido ao aquecimento das águas, a ocorrência de furacões das categorias 4 e 5
(os mais intensos da escala), dobrou nos últimos 35 anos.
3. O Brasil na rota dos ciclones
O litoral sul do Brasil foi varrido por um forte ciclone em 2004.
4. O nível do mar subiu
A elevação desde o início do século passado está entre 10 e 25 centímetros. Em
certas áreas litorâneas, como algumas ilhas do Pacífico, isso significou um avanço
de 100 metros na maré alta. Atualmente (Setembro de 2006), o painel
intergovernamental de mudança climática estima que o nível das águas poderá
subir entre 14 e 43 cm até o fim deste século. Estudos recentes parecem indicar
que, contrariamente ao que antes se pensava, o aumento das taxas de CO2 na
atmosfera não está provocando nenhuma aceleração na taxa de subida do nível do
mar.
5. Os desertos avançam
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O total de áreas atingidas por secas dobrou em trinta anos. Um quarto da


superfície do planeta é agora de deserto. Só na China, as áreas desérticas
avançam 10.000 quilômetros quadrados por ano, o equivalente ao território do
Líbano.
6. Já se contam os mortos
A Organização das Nações Unidas estima que 150.000 pessoas morrem anualmente
por causa de secas, inundações e outros fatores relacionados diretamente ao
aquecimento global. Estima-se que em 2030, o número dobrará.

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1.2 Geografia do Amazonas

O Amazonas é uma das 27 unidades federativas do Brasil, sendo a mais


extensa delas, ocupando uma área de 1.570.745,680km², pouco maior
que a Mongólia e pouco menor que a área da Região Nordeste brasileira,
com seus nove estados.

O estado está situado na região Norte do


país e tem como limites a Venezuela e
Roraima a norte, o Pará a leste, o Mato Grosso a sudeste,
Rondônia a sul, o Acre a sudoeste), o Peru a oeste e a
Colômbia a noroeste. Sua capital é a cidade de Manaus e
outras localidades importantes são, Coari, Manacapuru,
Tefé, Parintins, Itacoatiara, Tabatinga.

1.2.1 - Características gerais

Em 2007 posicionou-se como a 13ª unidade mais rica do Brasil em PIB, superando Pará,
Espirito Santo, Maranhão, Rio Grande do Norte, Paraíba, Alagoas, Sergipe, Rondônia,
Piauí, Tocantins, Acre, Amapá e Roraima. Sua população constitui cerca de 1,75% do
número de habitantes do país e a região detém boas taxas de crescimento nos últimos
anos. O Amazonas é um dos poucos estados brasileiros que não possui litoral, mas é um
dos que possuem a maior bacia hidrográfica e o maior rio do mundo, a Bacia Amazônica e
o rio Amazonas.

A área média dos 62 municípios do estado do Amazonas é de 22.400km², superior à área


do estado de Sergipe. O maior deles é Barcelos, com 122.476km² e o menor é Iranduba,
com 2.204 km² e não estão às margens de rios como alguns afirmam, mas, isto sim, são
cortados por grandes rios amazônicos, em cujas margens
estão as localidades, as propriedades rurais e as
habitações dos ribeirinhos. No estado os rios são as
estradas e as enormes distâncias são medidas em horas ou
em dias de viagem de barco. Todavia, todos os municípios
possuem pistas para operações de aeronaves, sendo que a
maioria é servida por aeroportos, havendo em Manaus e
Tabatinga aeroportos de nível internacional.

Tem ao mesmo tempo as terras mais altas, como o pico da


Neblina, com 2.994m e o pico 31 de Março, com 2.992m
de altitude) e a maior extensão de terras baixas (menos
de 100 metros) do Brasil. Juruá, Purus, Madeira, Negro, Amazonas, Içá, Solimões, Uaupés
e Japurá são os rios principais. Veja a lista de rios do Amazonas.

O Amazonas tem 98% da sua área florestal intacta, pois sua vocação econômica foi
desviada para outras atividades a partir da reorganização e ampliação da Zona Franca de
Manaus em 1967. Os governos têm procurado incentivar o chamado desenvolvimento
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sustentável, voltando-se para a preservação do legado ecológico. Existe um esforço para


manter os projetos agropecuários dentro dos limites da preservação ambiental, enquanto
que a valorização do manejo da floresta como fonte de renda contribuiu para que o
Amazonas enfrentasse o desafio de reduzir o desmatamento em 21% em 2003, segundo o
Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais – INPE.

Aqui encontram-se os dois maiores arquipélagos fluviais do mundo em quantidade de


ilhas, Mariuá, com 1200, e Anavilhanas, com 400, situados no Rio Negro e umagrande
Reserva Biológica inundada, a Reserva de Desenvolvimento Sustentável de Mamirauá[2]. A
vasta fauna possui felinos, como as onças, grandes roedores, como as capivaras, aves,
quelônios, répteis e primatas. O maior desses animais é a anta e todos constituem fonte
de alimento para as populações rurais. Alguns encontram-se ameaçados de extinção e
são protegidos por órgãos especiais dos governos. Das milhares de espécies de peixes da
Amazônia, com algumas ainda desconhecidas ou sob estudo, as mais exploradas são:
tambaqui, jaraqui, curimatã, pacu, tucunaré, pescada, dourado, surubim, sardinha e
pirarucu (bacalhau da Amazônia).

De um modo geral, os solos amazonenses são relativamente pobres. Os solos mais


propícios à utilização agrícola encontram-se em Humaitá, Apuí, Lábrea e em outros
municípios do Sul do Estado.

1.2.2 Geografia física

Relevo. Cerca de 61% da superfície do Amazonas se situam abaixo de cem metros, 32%
entre 100 e 200 metros e somente sete por cento acima dos 200m de altitude. No
entanto, é no estado que se encontra o ponto culminante do Brasil, o pico da Neblina,
com 3.014m, na serra Imeri, junto da fronteira com a Venezuela, no planalto cristalino.

Quatro unidades compõem o quadro morfológico geral. O baixo platô arenítico,


localmente chamado terra firme, por estar fora das maiores cheias, recobre, com sua
vasta superfície tabular, grande parte do estado. Nele, o rio Amazonas e afluentes
abriram grandes calhas, que preencheram parcialmente com seus aluviões, dando origem
à segunda unidade morfológica, a planície aluvial ou várzea. Ao norte, estende-se o
planalto cristalino, com uma superfície ondulada, dominada por alinhamentos
montanhosos junto à fronteira venezuelana. Na maior parte, o Amazonas é constituído
por terrenos sedimentares recentes (do período quaternário).

Climas e solos. O clima é quente e chuvoso, do tipo Af de Köppen. A temperatura média


anual eleva-se a cerca de 26o C e os totais pluviométricos a 2.500mm. Com exceção da
região oriental, onde se faz sentir uma nítida estação seca nos meses de julho e agosto
(clima Am), o estado recebe chuvas durante todo o transcorrer do ano. Em virtude de
serem intensamente lavados pelas chuvas, os solos de terra-firme são em geral pobres
em nutrientes minerais. Já os solos de várzea, sujeitos a inundações, renovam-se
periodicamente pela deposição de aluviões, mantendo-se férteis.
Vegetação e hidrografia. A floresta equatorial, que reveste todo o território do estado,
diferencia-se em dois tipos: a mata de terra-firme, onde se destaca a castanheira, e a
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mata de várzea, onde se destaca a seringueira. Registram-se ainda pequenas ocorrências


de campos limpos, nas várzeas, e campos cerrados, nas terras firmes.

A rede de drenagem é comandada pelo Amazonas, que, juntamente com os principais


afluentes, mantém curso francamente navegável até os limites do estado. Ao longo dos
rios observam-se numerosos lagos, entre os quais se destacam os de Coari, Badajós,
Piorini e Canaçari.

1.2.3 População

A população do Amazonas é uma das mais rarefeitas do país, com densidade demográfica
inferior a 1,4 hab./km2 no início da década de 1990. A distribuição geográfica da
população ao longo dos rios revela dependência do transporte fluvial e preferência pelos
solos de várzea. Cerca de dois quintos da população do estado vivem na zona rural. Essa
população rural é quase inteiramente constituída de "caboclos". Há grande número de
nordestinos e seus descendentes, atraídos pelo apogeu da borracha. Portugueses,
japoneses, sírio-libaneses e espanhóis formam um contingente de estrangeiros pequeno,
mas economicamente ativo. No estado, encontram-se 33 grupos indígenas, cuja
população é cada vez menor, destruída por doenças, choques com civilizados e falta de
elementos econômicos de sobrevivência.

A principal cidade do estado é Manaus, que em 1980 concentrava quase metade da


população amazonense. Além de capital político-administrativa, porto internacional e
centro industrial, Manaus desempenha, também, em relação ao comércio e aos serviços,
as funções de capital regional para uma vasta área, que inclui, além do estado do
Amazonas, o Acre e Roraima. A segunda cidade do estado é Parintins, situada na margem
direita do Amazonas, próximo à divisão com o Pará; a terceira é Manacapuru; a quarta,
Itacoatiara, na margem esquerda do rio e ligada a Manaus por 286km de estrada de
rodagem. Todas com pouco mais de cinqüenta mil habitantes em inícios da década de
1990.

1.2.3.1 Demografia

Com mais de 3.521.939 habitantes, de acordo com projeções para 2006, o Amazonas é o
segundo estado mais populoso da região Norte do Brasil e sua capital, Manaus, é a sétima
cidade com maior PIB do Brasil, conforme o IBGE, que cresce desordenadamente, com
muitas áreas ocupadas de forma errada através das chamadas invasões. É a maior cidade
da Região Norte, com cerca de 1,69 milhões de habitantes, seguida por Belém com 1,4
milhões de habitantes, e uma das que mais recebe migrantes do Brasil, possuindo o
moderno Aeroporto Internacional Eduardo Gomes, nos moldes dos construídos na década
de 80, principal do norte e o segundo em movimentação de carga do Brasil (atrás de
Viracopos em Campinas).

Crescimento populacional

Ano Habitantes
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1872 57.610
1890 147.915
1900 249.756
1920 363.166
1940 438.008
1950 514.099
1960 708.459
1970 955.235
1980 1.430.089
1991 2.102.901
1996 2.389.279
2000 2.813.085
2000 3.521.939

Fonte: IBGE

Composição étnica

Cor/Raça Porcentagem

Brancos 24,2%

Pretos 3,1%

Pardos 66,9%

Indígenas 4,0%

Amarelos 0,3%

Fonte: IBGE 2000 (dados obtidos por meio de pesquisa de autodeclaração).

Colonizadores

Com o objetivo de catequizar os indígenas, vários leigos e religiosos jesuítas espanhóis


fundaram várias missões no território amazonense. Essas missões, cuja economia tinha
como atividade a dependência do extrativismo e da silvicultura, foram os locais de
origem dos primeiros mestiços da região. Sofreram posteriormente seguidas invasões de
outros indígenas inconformados com a invasão ao seu território e de conquistadores
brancos. Brancos, acompanhados por nativos, aprisionavam índios rivais para vendê-los
como escravos. A destruição das missões espalhou pelo território a desmatação. A partir
do século XVIII, o Amazonas passou a ser disputado por portugueses e espanhóis que
habitavam a bacia do rio Amazonas. Essa luta desencadeou a disputa pela posse da terra,
o que motivou a formação de grandes latifúndios. A partir do século XIX, o território
começou a receber migrantes nordestinos que buscavam melhores condições de vida na
maior província brasileira. Atraídos pelo ciclo da borracha, os nordestinos se instalaram

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em importantes cidades amazonenses, como Manaus, Tabatinga, Parintins, Itacoatiara e


Barcelos, a primeira capital do Amazonas.

Imigrantes

Portugueses

Os portugueses e seus descendentes, formam os principais colonizadores do Amazonas,


por serem o único que não sofre restrições numéricas de entrada no Brasil. Aos
portugueses, devemos a nossa língua, a religião, a base de nossa organização política, a
cultura e a base de nossas instituições jurídicas. Estão presentes em todo o Amazonas.

Espanhóis

No estado do Amazonas, além de se concentrarem na região de Manaus e de Presidente


Figueiredo, descendentes de espanhóis são encontrados na fronteira com a Colômbia e a
Venezuela, principalmente na região de Tabatinga.

Árabes e judeus

Um dos maiores grupos de brancos asiáticos encontrados no Brasil pertence aos povos
semitas da Ásia Menor. São os judeus, os árabes, os sírios e os libaneses que, espalhados
pelas grandes cidades, dedicam-se tradicionalmente ao comércio. Cerca de 280 mil
pessoas possuem origens árabes ou judaicas no Estado. Lembrando que a população com
ascendência de judeus em sua grande maioria não professa a religião judaica e provém
de países como Espanha, Portugal, Marrocos, Argélia e França, principalmente. A grande
maioria dos povos árabes no Amazonas são descendentes de marroquinos, libaneses,
sírios e jordanianos.

Japoneses

Os japoneses começaram a se instalar no Brasil a partir de 1908, acentuando o fluxo a


partir de 1920 e depois da Segunda Guerra Mundial. A maioria dos imigrantes japoneses
vivem em São Paulo e Paraná, mas uma significativa comunidade vive no Amazonas e no
Pará. No Amazonas compõem grupos de cerca de 160 mil pessoas, incluindo mestiços de
japoneses com outras etnias.

Chineses

Os chineses, em menor número, concentraram-se mais nas cidades e têm vindo


principalmente de Taiwan. Atualmente é difícil encontrar chineses "puros" no Amazonas.
A maioria deles já miscigenou-se com brancos, negros e indígenas e tornaram-se mestiços
brasileiros.

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Africanos

O único grupo negro existente no Amazonas é o Orgulho Negro

Migrantes nordestinos

Os nordestinos têm sido, desde o século XIX, o mais numeroso grupo de imigrantes
nacionais para o Amazonas. Foram decisivos na economia (borracha, juta, comércio) e na
constituição da identidade amazonense, mestiçando-se com a população local, além de
fundamentais na participação do Amazonas na conquista do Acre.[carece de fontes?] O boi
bumbá e o Teatro Amazonas (mandado construir pelo governador Eduardo Ribeiro, cafuzo
natural do Maranhão) são apenas duas marcas da atuação nordestina no estado.
Aculturando-se com o modo de vida caboclo, o imigrante nordestino preservou a floresta
e deu origem ao "caboclo do centrão", população cabocla distinta espacialmente dos
caboclos ribeirinhos, mas igualmente cabocla.

Migrantes do sul do Brasil

Os sulistas estabeleceram-se principalmente em Manaus e na região Sul do estado. Os


gaúchos no Amazonas correspondem a 9,4% da população, a maioria deles vive na capital
e no Sul do Amazonas, onde começaram a criação de gado, e até fundaram uma cidade
chamada Apuí, onde 94% da população da cidade é composta de gaúchos e paranaenses]
A ocupação do Amazonas por sulistas foi tão grande, que hoje existem vilas, distritos e
cidades espalhadas pelo estado com grande número deles. Devemos ver que a ocupação
sulista foi tão importante no Amazonas, Mato Grosso e Rondônia, que poderá ser criado o
"Dia do Sulista no Amazonas", em homenagem aos migrantes vindos do Sul que em menos
de um século já representam cerca de 29% da população do Amazonas.

Indígenas

Segundo dados apresentados pela Funai o Amazonas possui cerca de 183.066 indígenas,
divididos em 65 etnias, que correspondem a 4,0% da população total do estado. O
município amazonense que possui o maior número de indígenas é São Gabriel da
Cachoeira, onde existem 23 mil índios, e é onde encontramos o segundo idioma mais
falado no Brasil, o dos Tucanos.

Mestiços e caboclos

No estado do Amazonas os mestiços são numerosos, sendo que 61% da população é


constituída por eles. O mais característico é o caboclo. Inicialmente nascido da
mestiçagem entre indígenas e europeus, a partir do século XIX, também miscigenou-se
com nordestinos. Os imigrantes sulistas, predominantemente brancos, que chegaram ao
estado no final do século XX, têm sido também mestiçados com a população cabocla. O
Dia do Mestiço (24 de junho) é data oficial no estado.

1.2.4 Aspectos Econômicos do Estado do Amazonas


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O Estado do Amazonas tem uma das áreas de floresta amazônica menos devastadas
(apenas 2%), pois sua vocação econômica foi desviada para, por exemplo, o Pólo
Industrial de Manaus, a partir da criação da Zona Franca de Manaus em 1967. Os governos
têm procurado incentivar o chamado desenvolvimento sustentável, voltando-se para a
preservação do legado ecológico. A valorização do manejo da floresta como fonte de
renda contribuiu para que o Amazonas enfrentasse o desafio de reduzir o desmatamento
em 21% em 2003, segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais – INPE.

O IDH do Amazonas é 0,717 (2000) e sua economia corresponde a 3,4% do PIB nacional,
baseando-se na indústria, eletro-eletrônica, de motocicletas, químico-farmacêutica,
gráfica e relojoeira, indústria de transformação de minerais, de beneficiamento de
matéria prima vegetal (inclusive madeira) e alimentícia, extrativismo vegetal, extração e
processamento de petróleo e gás natural, agricultura, pesca, mineração, pecuária e
ecoturismo.

Sua indústria concentra-se na cidade de Manaus, que detém o 4º maior PIB entre os
municípios brasileiros, em conseqüência, principalmente, do crescimento do Pólo
Industrial de Manaus e da movimentação de gás natural e petróleo. O faturamento anual
dessa indústria é de 18,9 bilhões de dólares, com exportações superiores a 2,2 bilhões de
dólares. São mais de 450 fábricas de grande, médio e pequeno porte, que fazem a maior
quantidade da produção brasileira de televisores e monitores para PC, inclusive de LCD e
plasma, cinescópios, telefones celulares, aparelhos de som, DVD players, relógios de
pulso, aparelhos de ar condicionado, bicicletas e motocicletas, oferecendo mais de 120
mil empregos diretos somente em Manaus. Ao todo são mais de 500 mil empregos diretos
e indiretos. (fonte: SUFRAMA).

Os principais produtos do extrativismo vegetal são: madeira, borracha, castanha-do-


pará, cacau, essências, óleos de copaíba e andiroba, piaçava, coco, açaí, e bacuri. A
extração mineral continua se expandindo e os produtos mais importantes são: bauxita,
ferro, sal-gema, manganês, linhita, ouro e cassiterita, nos municípios de Presidente
Figueiredo e Novo Aripuanã, diamantes, níquel, cobre, calcário, gipsita, chumbo, caulim
e estanho. A extração de petróleo e gás ocorre no campo de Urucu, em Coari, com
processamento e distribuição a partir da REMAN – Refinaria de Manaus.

Na agricultura os principais produtos são: juta, malva, guaraná, mandioca, banana, cana-
de-açúcar, feijão, laranja, cacau, cupuaçú, milho e pimenta-do-reino, enquanto que a
pecuária apresenta gado bovino, suíno e bubalino em pequena escala. O sul do Estado é
a área mais utilizada para o desenvolvimento da agricultura e pecuária, nos municípios
de Apuí, Humaitá, Novo Aripuanã e Manicoré, mas a pecuária também tem destaque nos
municípios de Altazes e Careiro da Várzea.

O ecoturismo, com crescimento médio de 6% ao ano, é o segmento que mais se expande,


conforme dados da FGV. No Estado operam hotéis de selva de nível internacional, que
oferecem incursões e outras atividades na floresta amazônica, além de empresas de
cruzeiros fluviais e de pesca esportiva.

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Na atualidade, através do calendário de feiras nacionais e internacionais da Amazônia,


sob a sigla - FIAM - na Suframa, atrai diferentes investidores, brasileiros e de outras
nacionalidades, a investir nos diferentes pólos tecnológicos, existentes na região e,
principalmente, no Pólo Industrial de Manaus (PIM), em franco desenvolvimento, e os
estrangeiros podem conhecer grandes oportunidades de negócios que o potencial
econômico da Amazônia proporciona e é capaz de oferecer, como sua infra-estrutura,
mão-de-obra qualificada e várias outras vantagens competitivas.

As Feiras promovem o potencial econômico da região, inclusive produtos industrializados


de ponta e regionais, feitos com base em matérias-primas locais, assim como atrativos
turísticos, visando o desenvolvimento sustentável, estimulando o intercâmbio comercial,
cultural, científico e tecnológico.

Na programação da FIAM na Suframa no Pólo Industrial de Manaus, com diferentes pólos


industriais do estado do Amazonas, o maior estado em extensão territorial da Federação,
onde estão a exposição de produtos regionais e industriais, projetos institucionais,
seminários e palestras sobre diversos temas, especialmente os relacionados a inovação
tecnológica, biodiversidade, turismo, formação de capital intelectual e outros,
principalmente ligados ao desenvolvimento sustentável da região.

Resumindo:

A economia é dominada pelo extrativismo vegetal, exercido sobre uma flora com enorme
variedade de espécies. Além da seringueira e do caucho, de onde se extrai a borracha,
são coletadas a castanha-do-pará, vários tipos de madeira, gomas, guaraná, babaçu,
malva e muitas outras. O extrativismo mineral, de gemas e pedras preciosas começa a
assumir maior importância, já que a região possui inúmeros recursos, até hoje pouco
explorados: ouro no Pará, no Amazonas, em Roraima e no Amapá; ferro no Pará (serra
dos Carajás), no Amapá e no Amazonas; sal-gema no Amazonas e no Pará; manganês no
Amapá (serra do Navio), no Pará e no Amazonas; bauxita no Pará (Oriximiná, no rio
Trombetas, e em Tucuruí), além de calcário, cassiterita, linhita, gipsita, cobre, estanho,
chumbo, caulim, diamante e níquel.

Na agricultura, as principais lavouras são as de juta, pimenta-do-reino, arroz, milho,


cacau e mandioca. A criação de gado bovino concentra-se na região de Marajó, nos
arredores de Porto Velho (Roraima), no Amapá e no norte dos Estados de Tocantins e
Mato Grosso. A pesca do pirarucu e de outros peixes serve ao consumo local. Várias
hidrelétricas, como as de Tucuruí, no rio Tocantins, no Estado do Pará, e a de Balbina,
no Estado do Amazonas, próxima de Manaus, foram construídas.

Produto Interno Bruto

Em 2004, o Produto Interno Bruto (PIB) do Amazonas chegou a R$ 35.889.111,00 , ou


seja, representando 3,4% do PIB nacional, sendo colocado como o Estado com o maior
PIB da Região Norte, ultrapassando o Pará. Assim, o Amazonas coloca-se como o Estado
mais rico da Amazônia e o terceiro estado mais rico das regiões Norte e Nordeste, sendo
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Apostila Concurso Polícia Militar do Amazonas 2011

superado apenas pela Bahia e por Pernambuco. O Amazonas também é colocado na


posição de 11º estado mais rico do país, de enorme importância para o crescimento e a
economia do Brasil, por ser um estado com grandes relações econômicas internacionais.

1.2.5 Clima

A imagem mostra o complexo da Região Hidrográfica do Amazonas, a maior bacia


hidrográfica do mundo (clique para ampliar e ver detalhes)

No Brasil, país caracteristicamente tropical, o Amazonas é dominado pelo clima


equatorial, predominante na Amazônia. As estações do ano apresentam-se bastante
diferenciadas e a amplitude térmica anual é relativamente alta, variando de 28ºC no
litoral do Pará até 40ºC no oeste amazonense. As chuvas, em quase toda a região,
distribuem-se com relativa regularidade pelo ano inteiro mas podem-se encontrar
também características de tropicalidade no Sul do estado. Os ventos também afetam as
temperaturas. No verão, sopram os ventos alísios vindos do Sudeste, que por serem
quentes e úmidos, provocam altas temperaturas, seguidas de fortes chuvas; no inverno,
as frentes frias são geralmente seguidas de massas de ar vindas da Linha do Equador e
trazem um vento quente.

1.2.5.1 Encontro das águas

Diferentes densidades e temperaturas criam uma "fronteira" por quilômetros rio


Amazonas abaixo.

A confluência entre o rio Negro, de água preta, e o rio Solimões, de água barrenta,
resulta em um fenômeno popularmente conhecido como Encontro das Águas, que é uma
das principais atrações turísticas da cidade de Manaus e Parintins.

Há dezenas de agências de turismo que oferecem passeios regionais, em roteiros que


costumam incluir uma volta pelos igarapés da região. Se o passeio for feito em um barco

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Apostila Concurso Polícia Militar do Amazonas 2011

pequeno, o visitante pode pôr a mão na água, durante as travessias, e sentir que, além
de cores, os rios têm temperaturas diferentes.

Em Manaus, em frente ao Encontro das Águas, está em construção uma estrutura


turística projetada por Oscar Niemeyer, que contém mirantes destinados à contemplação
desse magnífico fenômeno natural.

1.2.6 Vegetação

Sobressaem matas de terra firme, várzea e igapós. Toda essa vegetação faz parte da
extensa e maior floresta tropical úmida do mundo: A Hiléia Amazônica. Os solos são de
terra firme – do tipo lateríticos: solos vermelhos das zonas úmidas e quentes, cujos
elementos químicos principais são hidróxido de alumínio e ferro, propícios à formação de
bauxita e, portanto, pobres para agricultura. Solos de várzea – são os mais férteis da
região. São solos jovens, que periodicamente são enriquecidos de material orgânico e
inorgânico, depositados durante a cheia dos rios. A flora do Estado apresenta uma grande
variedade de vegetais medicinais, dos quais destacam-se andiroba, copaíba e aroeira.
São inúmeras as frutas regionais e entre as mais consumidas e comercializadas estão:
guaraná, açaí, cupuaçu, castanha-do-brasil (castanha-do-pará), camu-camu, pupunha,
tucumã, buriti e taperebá.

1.2.7 - Educação

Ensino superior

• Universidade Federal do Amazonas (UFAM)


• Universidade do Estado do Amazonas (UEA)
• Centro Universitário do Norte (Uninorte)
• Universidade Paulista (UNIP)
• Faculdade Metropolitana de Manaus (FAMETRO)
• Centro Integrado de Ensino Superior do Amazonas (CIESA)
• Uni Nilton Lins
• Faculdades Salesianas Dom Bosco
• Faculdades La Salle
• Faculdades Marta Falcão
• Escola Superior Batista do Amazonas (ESBAM)
• ULBRA
• Centro de Ensino Superior Fucapi (CESF)
• Faculdade de Odontologia de Manaus (FOM-CEPEGRAM )
• Faculdade Tahirí
• Faculdades Boas Novas
• Faculdade CIEC-IAES
• Faculdade UNIMATERDEI
• Faculdades Literatus
• Fundação Getúlio Vargas (ISAE - FGV)
• IDAAM - GAMA FILHO

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Apostila Concurso Polícia Militar do Amazonas 2011

• Faculdade Batista Ida Nelson (FABIN)


• Centro Federal de Educação Tecnológica do Amazonas

1.2.8 Mesorregiões, microrregiões e municípios do Estado do Amazonas

De acordo com o IBGE, o Amazonas divide-se em 62 municípios, 92 distritos, quatro


mesorregiões e treze microrregiões.

1.2.8.1 PIB dos municípios

Esta lista se refere aos 6 municípios do estado do Amazonas com PIB superior a R$ 250
milhões de reais. Estes dados se referem ao ano de 2005, segundo o IBGE.
Posição Cidade PIB em reais População* Base da economia

1 Manaus 29 214 213 1.698.690 Indústria, comércio e turismo

2 Coari 980 166 100.067 Indústria farmoquímica, petróleo e gás natural

3 Itacoatiara 455 619 105.680 Indústria, comércio, prestação de serviços, turimo e agropecuária

4 Parintins 312 226 125.728 Agropecuária, turismo e indústria

5 Presidente Figueiredo 303 882 27.987 Prestação de serviços e turismo.

6 Manacapuru 282 213 98.516 Agropecuária, comércio e prestação de serviços

1.2.8.2 Lista de municípios do estado do Amazonas por população

Lista de municípios do Amazonas por população, em ordem decrescente, baseada em


estimativa do IBGE para julho de 2006.

Mais de 500.000 habitantes

Município População
1 Manaus 1.688.524

Mais de 100.000 habitantes

2 Parintins 112.636
3 Coari 102.410
4 Manacapuru 100.656

Mais de 50.000 habitantes

5 Itacoatiara 96.674
6 Tefé 95.975

Mais de 25.000 habitantes

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Município População
7 Maués 46.873
8 Tabatinga 45.085
9 Iranduba 42.812
10 Fonte Boa 39.144
11 Manicoré 38.168
12 Borba 36.793
13 Santo Antônio do Içá 36.098
14 São Gabriel da Cachoeira 34.827
15 Barcelos 33.633
16 Nova Olinda do Norte 31.450
17 Eirunepé 30.125
18 São Paulo de Olivença 29.916
19 Autazes 29.534
20 Humaitá 28.498
21 Boca do Acre 28.480
22 Jutaí 27.955
23 Barreirinha 27.069
24 Benjamin Constant 26.737
25 Carauari 26.377
26 Lábrea 26.020
27 Rio Preto da Eva 25.513

Mais de 10.000 habitantes

Município População
28 Presidente Figueiredo 24.781
29 Careiro 24.499
30 Urucará 23.422
31 Novo Aripuanã 21.051
32 Maraã 20.836
33 Codajás 20.407
34 Apuí 19.694
35 Tonantins 19.439
36 Ipixuna 17.806
37 Tapauá 17.160
38 Pauini 17.131
39 Nhamundá 16.864
40 Careiro da Várzea 16.626
41 Alvarães 14.776
42 Manaquiri 14.140
43 Envira 13.746
44 Uarini 13.729
45 Beruri 13.620
46 Japurá 13.096
47 Anori 12.990
48 Boa Vista do Ramos 12.617
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49 Guajará 12.228
50 Atalaia do Norte 11.523
51 Caapiranga 10.215

Mais de 5.000 habitantes

Município População
52 Canutama 9.723
53 Silves 9.278
54 Amaturá 9.150
55 São Sebastião do Uatumã 9.039
56 Itapiranga 8.866
57 Urucurituba 8.386
58 Itamarati 7.919
59 Juruá 7.687
60 Santa Isabel do Rio Negro 7.077
61 Anamã 6.949
62 Novo Airão 6.516

Referências

• Estimativas do IBGE para 1º de julho de 2006

1.2.8.3 Distância entre Manuaus e outras cidades do Amazonas

Manaus a Autazes distância 161 km


Manaus a Balbina 187 km
Manaus a Careiro do Castanhoa é de 145 Kms
Manaus a Carreiro da Varzéa é de 145 Kms
Manaus a Humaitá é de 777 Kms
Manaus a Itacoatiara é de 234 Kms
Manaus a Labréa é de 874 Kms
Manaus a Manacapurú é de 100 Kms
Manaus a Manicoré é de 434 Kms
Manaus a Presidente Figueiredo é de 118 Kms
Manaus a Rio Preto da Eva é de 68 Kms
Manaus a Sucunduri é de 1268 Kms

1.2.9 Amazonenses ilustres

Entre as personalidades que nasceram no estado, podem ser citados:

• Cláudio Santoro - maestro e compositor


• Thiago de Mello - poeta
• Milton Hatoum - escritor
• Márcio Souza - escritor e romancista
• Aníbal Beça - poeta
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• Djalma Limongi Batista - cineasta


• Francisco Xavier de Albuquerque - Ex-ministro e presidente do STF
• Malvino Salvador - ator da Rede Globo
• José Augusto Branco - ator da Rede Globo
• Antônio Calmon - autor de telenovelas e minisséries
• Antônio Pizzonia - piloto da Fórmula GP 2
• Marcelo Mourão Gomes - solista do 'American Ballet Theatre'
• Daniel Pellizzari - escritor e tradutor literário
• Vinícius Cantuária - cantor e compositor
• Terezinha Morango - Miss Brasil 1957, 2º lugar no Miss Universo
• Karyne Medeiros - Beleza Amazonas 2007, modelo e atual porta-estandarte do Boi
Caprichoso.
• Samuel Benchimol - conhecido estudioso sobre a Amazônia
• Cosme Alves Neto - o 'Embaixador do Cinema Brasileiro'
• David Assayag - famoso levantador de toadas do Boi Garantido
• Arthur Virgílio Neto - Ex-Ministro, Ex-líder do Governo FHC no Congresso e Senador
da República.
• Jefferson Peres - político e, também, Senador amazonense.
• Bernardo Cabral - ex-deputado federal, Senador e Ministro da Justiça.
• Almino Monteiro Álvares Afonso - ex-Ministro e líder do Governo João Goulart, ex-
deputado federal (AM e SP) e ex-vice-governador de SP (1987/90).

1.2.10 - Cozinha

Pato no Tucupi, um dos pratos típicos da Amazônia.

Tem sua base na mandioca, influência indígena que trouxe as técnicas de plantio e
cultivo. A mandioca acaba transformando-se em farinha-d'água, beijus, pirões e mingaus.
Outros pratos típicos amazonenses são:

• pato no tucupi
• tacacá
• peixe moqueado
• pirarucu de sol
• açaí
• pequiá
• pupunha
• caranguejo.
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Frutas

Açaí, uma das deliciosas frutas amazônicas.

O Amazonas apresenta mais de uma centena de espécies comestíveis, são as


denominadas frutas regionais, e em muitas vezes apresentando um exótico sabor para as
suas sobremesas.É no Amazonas que se encontra a maior diversidade de frutas do
mundo.

A seguir, algumas das frutas nativas:

• Açaí
• Cupuaçu
• Graviola
• Macaxeira
• Pupunha
• Taperebá
• Piquiá
• Tucumã
• Bacaba

1.2.11 A Zona Franca de Manaus

A ZONA FRANCA DE MANAUS idealizada e criada pela Lei nª 3.173 de 06/06/57,


estabelecia uma área livre de comércio de importação, similar aos demais portos
existentes no mundo, mas sua demarcagem somente se deu a partir do Decreto-Lei nª
288 de 28 de fevereiro de 1967, portanto dez anos depois, o qual dotou a região de
incentivos especiais, que comprovadamente tornaram-se imprescindíveis para alcançar
seu objetivo: o de criar no interior da Amazônia, um centro comercial, industrial e
agropecuário.
Na mesma data o Decreto-Lei nª 291, definia a AMAZÔNIA OCIDENTAL como sendo
compostas pelos Estados do Amazonas, Acre e Rondônia e pelo então território de
Roraima.
Posteriormente, o Decreto-Lei nª 356 de 15/08/68 estendeu vários dos incentivos
existentes no núcleo central de Manaus, para toda a região da Amazônia Ocidental,
confirmando sua vigência por um período de trinta anos, ou seja até 1997. O Decreto nª
92.560 de 16/04/86 prorrogou, nos termos do Decreto-Lei nª 288, o prazo de vigência das
isenções tributárias nele previstas, por mais de dez anos, ou seja, até o ano 2007.
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Foram os incentivos, objeto do Decreto-Lei nª 288/67, configurados pela isenção


de IMPOSTO SOBRE PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS -IPI, IMPOSTO SOBRE IMPORTAÇÃO- II,
IMPOSTO SOBRE EXPORTAÇÃO - IE, redução do IMPOSTO SOBRE OPERAÇÕES FINANCEIRAS
- ISOF e o PROGRAMA ESPECIAL DE EXPORTAÇÃO - PROEX, aliados aos benefícios
ofertados pelo Governo do Estado do Amazonas, Prefeitura Municipal de Manaus,
configurados através do crédito e restituição do IMPOSTO DE CIRCULAÇÃO DE
MERCADORIAS - ICM, da isenção do IMPOSTO SOBRE SERVIÇOS - ISS e aqueles benefícios
administrados pela Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia - SUDAM,
basicamente na isenção do IMPOSTO DE RENDA - IR e a colaboração financeira através do
FUNDO DE INVESTIMENTO DA AMAZÔNIA - FINAM, os responsáveis pelo êxito do projeto
brasileiro ZONA FRANCA DE MANAUS.
É importante salientar que o modelo ZONA FRANCA DE MANAUS é altamente
significativa a nível nacional, sendo a qualidade dos artigos aqui produzidos de nível
internacional.
O significativo desempenho do Setor Industrial deriva das políticas aplicadas pela
SUFRAMA, principalmente votadas para a maior verticalização do processo produtivo e a
nacionalização e regionalização de insumos, componentes, partes e peças. As isenções e
os incentivos fiscais de que desfrutam as indústrias instaladas em Manaus, tem
possibilitado ao país, substituir importações, ter acesso a tecnologia nacional avançada e
contribuído positivamente para o desenvolvimento da indústria nacional de componentes
e insumos, localizada no centro sul do país, especialmente em São Paulo. Hoje, para
cada dólar utilizado na aquisição de insumos do exterior, para a atividade industrial,
existe compras equivalentes a três dólares no mercado nacional, corrobando o índice
médio de nacionalização praticado de 75%.
O Comércio, o Turismo e o Setor Agropecuário também estão presentes na região.
A atividade agropecuária se manifesta através de 140 projetos que se encontram em
atividade no DESTRATO AGROPECUÁRIO DA SUFRAMA, estando em fase de conclusão um
estudo que objetiva a dinamização e reformulação destes projetos em virtudes de alguns
problemas de infra-estrutura botânica e agronômica.

Neste contexto a Superintendência da ZONA FRANCA DE MANAUS - SUFRAMA, vem


dando prioridade a o deferimento de incentivos a projetos destinados a produção de bens
intermediários e a componentes com alto conteúdo de nacionalização e regionalização,
aos produtos de exportação e aos de aproveitamento das potencialidade regionais. Tem
estimulado também, empreendimentos produtores de bens finais, que contribuam para o
fortalecimento da concentração horizontal do parque industrial da região e que tragam,
significativa substituição de importação e que venham incentivar o desenvolvimento da
pesquisa e a capacitação de mão-de-obra especializada.

AS PERSPECTIVAS DA ZONA FRANCA DE MANAUS.

É fundamental, para a consolidação do parque industrial hoje existente, a


preservação do dinamismo no processo de atração de novos investimentos e para tanto, a
Superintendência da Zona Franca de Manaus - SUFRAMA, tem procurado identificar as
potencialidades a serem exploradas e riscos que devam ser evitados ou neutralizados,

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Apostila Concurso Polícia Militar do Amazonas 2011

dentro de uma perspectiva de longo prazo e que transceda aos limites estritamente
regionais.
Dentre as prioridades que a SUFRAMA busca, então:
a) maximização do rendimento das quotas de importação aplicadas na região;
b) elevação dos índices de nacionalização do Setor Industrial;
c) desenvolvimento científico-tecnológico;
d) manutenção de um elevado nível de investimentos para a expansão e
consolidação do parque industrial;
e) internalização dos benefícios da expansão econômica, com o reinvestimento
local dos lucros gerados na região e criando efeitos de concatenação para frente, para
tráz e laterais;
f) extensão dos efeitos positivos decorrentes do crescimento econômico do núcleo
central, ao exterior da Amazônia Ocidental;
g) diversificação do setor industrial de modo a que os setores existentes,
incorporem maior quantidades de insumos regionais;
h) dinamização do setor agropecuário;
i) análise dos instrumentos e mecanismos de ação da SUFRAMA, bem como seu
fortalecimento institucional; e
j) estimular e dinamizar o comércio e o turismo.
A nível setorial, a SUFRAMA está desenvolvendo estudos que devem conduzir a:

SETOR AGROPECUÁRIO

a) selecionar um conjunto de atividades produtivas compatíveis com a


potencialidade de uso dos recursos naturais da área, tecnologia e condições de mercado;
b) determinar o potencial de crescimento dessas atividades;
c) propor tecnologias que permitam compatibilizar as atividades selecionadas com
a estrutura fundiária, a aptidão das terras, o nível de conhecimento dos agricultores e o
objetivo de elevar progressivamente esse nível, no horizonte de um planejamento de
médio prazo; e
d) identificar e qualificar as necessidades de investimentos em infra-estrutura e
custeio dos serviços de apoio, como por exemplo, crédito, assistência técnica e
comercialização.

SETOR INDUSTRIAL

a) identificar oportunidades de investimentos que utilizem matéria-prima e bens


intermediários produzidos na região;
b) fomentar investimentos para produção de bens finais e componentes,
principalmente destinados a exportação e a integração do processo produtivo dos
segmentos industriais existentes; e
c) incentivar o desenvolvimento de empresas regionais que desenvolvam o uso
intensivo de tecnologia.

SETOR COMÉRCIO, TURISMO E SERVIÇOS

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Apostila Concurso Polícia Militar do Amazonas 2011

a) elaborar um programa para estimular e dinamizar o comércio, o turismo e


serviços, de forma a aumentar o número de emprego, o nível de renda e a arrecadação
de impostos.
Em sintonia e em apoio a atuação dos Governos dos Estados e Territórios, esta
Superintendência, no campo sócio-econômico, insere como prioridade suas, as seguintes
ações:

Educação

a) apoiar a melhoria e a qualidade do ensino de 1ª e 2ª grau e estabelecimento de


encino proficional;
b) apoiar a expansão da rede de ensino de 1ª e 2ª grau;
c) apoiar a formação e o treinamento de professores; e
d) apoiar a implantação de módulos educacionais para a formação de técnicos de
nível médio.

Saúde e saneamento

a) apoiar um programa setorial, contemplando ações de curto a médio prazo de


forma a estender os serviços de saúde às populações dispersas na região; e
b) apoiar a instrumentização do setor.

Transporte

a) apoiar o sistema de transporte regional, proporcionando alternativas adequadas


as peculiaridades da região e as necessidades da população.

Energia

a) apoio técnico e financeiro nas alternativas de suprimentos com a mini e


pequena usinas hidrelétricas e termo-elétricas, para dotar a região de infra-estrutura
energética;
b) apoiar o aproveitamento das potencialidades agrícolas e florestais e de gás
natural na substituição dos derivados de petróleo.
O planejamento e a racionalidade das ações que estão sendo implementadas e
estudadas pela SUFRAMA, além de proporcionarem os efeitos necessários a consolidação
da ZONA FRANCA DE MANAUS, complementarão, ainda, as ações dos Governos dos
Estados e Território Federal na Amazônia Ocidental e tornará menos distante a época em
que se dará a integração desta região ao todo nacional.
COMO USUFRUIR DOS INCENTIVOS FISCAIS ADMINISTRADOS PELA SUFAMA

As empresas que venham a se instalar na área de situação da Superintendência da


Zona Franca de Manaus - SUFRAMA, contam com os seguintes incentivos:

FEDERAL
a) isenção ou redução do IMPOSTO DE IMPORTAÇÃO - II;
b) isenção ou suspenção do IMPOSTO SOBRE PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS - IPI;
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Apostila Concurso Polícia Militar do Amazonas 2011

c) isenção do IMPOSTO DE RENDA - IR;


d) isenção do IMPOSTO DE EXPORTAÇÃO - IE;
e) suspensão do IMPOSTO SOBRE OPERAÇÕES DE CÂMBIO para importações de
componentes destinados a produção de bens a serem exportados; suspenção do preço do
internamento de 2% cobrados pela SUFRAMA; e prêmio de 30% sobre o saldo líquido de
divisas geradas pela diferença entre exportações/importações - Programa Especial de
Esportação - PROEX;
f) isenção de quaisquer taxas relativas à importação de bens de capital, quanto
aos projetos considerados pela SUDAM como de interesse ao desenvolvimento da
Amazônia;
g) participação financeira do FINAM para projetos aprovados e definidos como
prioritário pela SUDAM; e
h) áreas nos Distritos Industrial e Agropecuário com infra-estrutura completa e
serviços básicos a preços simbólicos.

ESTADUAL

IMPOSTO SOBRE CIRCULAÇÃO DE MERCADORIA - ICM


*Dedução do tributo para mercadorias de origem nacional destinadas ao consumo
ou industrialização na Amazônia Ocidental.
*Crédito fiscal igual ao montante que teria sido pago, para as mercadorias
oriundas de outras unidades da Federação entradas na Zona Franca de Manaus e/ou
Amazônia Ocidental.
*Restituição as empresas industriais consideradas de interesse ao desenvolvimento
econômico do Estado do Amazonas.
*Concessão de incentivos no mesmo nível de estituição dos produtos já
incentivados, as empresas que vinham a diversificar sua linha de produção, dentro do
mesmo tipo de bens produzidos.

MUNICIPAL

IMPOSTO SOBRE SERVIÇOS - ISS


*Isenção total ou parcial do Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza.

PROCEDIMENTO PARA FRUIÇÃO DOS INCENTIVOS

A fruição dos incentivos vigentes na área de atuação da SUFRAMA está


condicionada a aprovação de projeto técnico-econômico pelo Órgão Público responsável
pela sua administração. A concessão dos incentivos de ordem federal alinhados
anteriormente pelas letras "a", "b","d", e "h" compete à SUFRAMA, sendo que as restantes
"c","f", e "g" são da alçada da SUDAM; os incentivos estaduais são administrados pelo
Governo do Amazonas, através da Secretária de Industria e Comércio e a Isenção do ISS
cabe à Prefeitura de Manaus.

APRESENTAÇÃO DE CARTAS-CONSULTAS INDUSTRIAIS

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Apostila Concurso Polícia Militar do Amazonas 2011

A aprovação inicial é o encaminhamento da Carta-Consulta à SUFRAMA. Tratando-


se a Carta-Consulta de um estudo que demonstra de maneira estimativa, como serão
combinados os fatores de produção para a consecução das metas projetadas, somente
será aceita quando apresentada por técnico legalmente habilitado, consoante estabelece
o art. 4ª da Resolução nª 875, do Conselho Federal de Economia, conforme exige a
resolução nª 860/74, art. 2ª, do mesmo Conselho.

O PARQUE INDUSTRIAL

A Zona Franca trouxe para a região empresas de várias partes do mundo.


Atualmente (1994), existem 602 empresas implantadas e 207 empresas em processo de
implantação.
Das 602 empresas implantadas, 296 se localizam em diversos pontos de Manaus,
186 no Distrito Industrial de Manaus e 147 estão espalhadas pelo interior da região.
Esse parque industrial, composto em grande parte por empresas produtoras de
bens finais, é constituído por vários pólos: pólo eletroeletrônico, pólo de veículos de
duas rodas (motocicletas), pólo relojoeiro, pólo de componentes...
O pólo eletroeletrônico, cuja participação média no faturamento total foi de 63%
no período de 88 a 91, caracteriza-se pelo dinamismo e pela diversidade. Seus produtos
destinan-se principalmente ao mercado brasileiro e atendem à quase totalidade da
demanda nacional.
Alguns produtos fabricados na Zona Franca são: televisores em cores e preto e
branco, videocassetes, videos games, aparelhos 3 em 1, auto-rádios com ou sem toca
fitas, brinquedos, calculadoras portáteis e de mesa, telefones, fornos microondas,
motocicletas, microcomputadores, relógios de pulso e de bolso, canetas, lapiseiras, fitas
cassetes, CDs...

A IMPORTÂNCIA DO PARQUE INDUSTRIAL

O parque industrial da Zona Franca gerou muito empregos, contribuindo para a


melhoria de vida de uma parcela da população amazonense. Além disso, trouxe as
seguintes vantagens para a região:
*substitui importações, passando a produzir o que antes era comprado de países
estrangeiros;
*criou um setor eletrônico que modernizou a vida brasileira produzindo jogos,
computadores e outros aparehos com a mais moderna tecnologia que existe;
*implantou um setor têxtil que produz tela e sacaria de juta;
*alimentou o fluxo de turistas, impulsionando a economia da região.

O DISTRITO INDUSTRIAL

O Distrito Industrial de Manaus foi instalado numa área de 16 milhões de metros


quadrados, onde se estabeleceram as empresas industriais. Possui uma completa infra-
estrutura de serviços: ruas e avenidas asfaltadas, áreas verdes, abastecimento de água,
energia elétrica, telecomunicações, policiamento...

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Apostila Concurso Polícia Militar do Amazonas 2011

Todo esse aparato contrasta brutalmente com a situação dos bairros e favelas
periféricas, onde moram os operários do Distrito Industrial e também muitas pessoas
subempregadas e desempregadas.

UM PERÍODO DE CRISE

A partir de 1990, a Zona Franca entrou numa crise. Pela política de abertura de
mercado estabelecida pelo presidente Fernando Collor, a Zona Franca perdeu sua
vantagem de concessão de incentivos fiscais. Isto repercutiu nas atividades de produção
industrial, que se tornaram menos competitivas. Em 1991, a receita anual caiu para 6
bilhões de dólares (no ano anterior era de 8 bilhões de dólares).
Em 1992, a receita tornou a cair, passando 4,5 bilhões de dólares. Em decorrência,
muitas fábricas fecharam e ouve redução no número de empregados: de 100 mil, no
auge, para 30 mil.

OS PROBLEMAS DECORRENTES DA IMPLANTAÇÃO DA ZONA FRANCA DE MANAUS

A intalação da Zona Franca provocou um despovoamento das áreas rurais,


trazendo para Manaus uma população que buscava emprego e melhores condições de
vida.
Em conseqüência, ouve uma crise na produção de alimentos pela redução
considerável da produção agrícola.
Em 1980, cerca de 44% da população urbana de Manaus provinham de áreas rurais
do nosso estado.
Os que tem sorte consegue emprego no comércio, nas fábricas e nas industrias. Os
de menos sorte acabam vivendo na marginalidade, no vício e na violência.
Essa população ocupa a periferia de Manaus, geralmente pela invasão de terras,
formando bairros superpopulosos como Alvorada, Compensa, Aleixo... . Em bairros como
esses surgem, cada vez mais, as favelas.
Esses bairros e favelas apresentam graves deficiências, como falta de saneamento
básico e de assistência médica e educacional, sistema de transportes precário... Isso sem
contar que, com a ocupação dos terrenos, há os desmatamentos e a poluição de rios e
igarapés ainda existentes, produzindo péssimas condições de saúde.
Em conseqüência, surgem epidemias de Malária e aumento de outras doeças
transmisíveis.
Por tudo isso, Manaus é uma cidade que apresenta problemas sociais, e
econômicos e jurídicos de difícil solução.
O comércio realizado dentro do próprio Estado é também com todo o Brasil e com
o exterior.
Para outras regiões do Brasil e para o exterior, o Amazonas exporta produtos
industrializados e riquezas vegetais e minerais. De outras regiões brasileiras e do
exterior, importa bens de consumo.
Dentro do Estado, a atividade comercial é realizada principalmente pelo rios e
consiste na compra, venda e troca de produtos regionais (couros, borracha, madeiras,
frutas, sementes oleaginosas, juta...).

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1.2.12 Amazônia

Mapa da ecoregião da Amazônia. Os limites da ecorregião


amazônica são mostrados em amarelo. Imagens: NASA
A Amazônia ou Amazônia é uma região na América do Sul,
definida pela bacia do rio Amazonas e coberta em grande
parte por floresta tropical (também chamada de Floresta
Equatorial da Amazônia ou Hiléia Amazônica), a floresta
amazônica, a qual possui 60% de sua cobertura em
território brasileiro. A bacia hidrográfica da Amazônia
tem muitos afluentes importantes tais como o rio Negro,
Tapajós e Madeira, sendo que o rio principal é o
Amazonas, que passa por outros países antes de adentrar em terras brasileiras. O rio
Amazonas nasce na cordilheira dos Andes e estende-se por nove países: Bolívia, Brasil,
Colômbia, Equador, Guiana, Guiana Francesa, Peru, Suriname e Venezuela. É
considerado o rio mais volumoso do mundo.
No Brasil, para efeitos de governo e economia, a Amazônia é delimitada por uma área
chamada "Amazônia Legal" definida a partir da criação da SUDAM (Superintendência do
Desenvolvimento da Amazônia), em 1966.
É chamado também de Amazônia o bioma que, no Brasil, ocupa 49,29% do território,
sendo o maior bioma terrestre do país.
Uma área de seis milhões de hectares no centro de sua bacia hidrográfica, incluindo o
Parque nacional do Jaú, foi considerada pela UNESCO, em 2000 (com extensão em 2003),
Patrimônio da Humanidade.

Etimologia

O nome Amazônia deriva de "amazonas", guerreiras da mitologia grega. Segundo a lenda,


as amazonas pertenciam a uma tribo, comandada por Hipólita, que não aceitava homens:
as crianças de sexo masculino eram mortas ao nascer. Amazona significa sem seio, em
grego, porque a lenda também dizia que tais mulheres cortavam os seios para melhor
manejar os arcos. A lenda foi transportada para a América do Sul pelos conquistadores
espanhóis, pioneiros na exploração do rio Amazonas que, ao se depararem com índias
guerreiras (em contraste com a cultura européia, na qual a mulher tinha apenas funções
domésticas), acreditaram terem finalmente encontrado as amazonas.
O termo Amazônia, no sentido de região, foi utilizado pela primeira vez em "O Paíz das
Amazonas" do Barão Santa Anna Néri (1899).

1.2.12.1 Ecologia da Amazonia

Ecossistemas

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Manguezal em região próxima a Macapá

A Amazônia é constituída pelos seguintes ecossistemas:

• Floresta ombrófila densa (a chamada Floresta Amazônica);


• Floresta ombrófila aberta;
• Floresta estacional decidual e semidecidual;
• Campinarana;
• Formações pioneiras;
• Refúgios montanos;
• Savanas amazônicas;
• Matas de terra firme;
• Matas de várzea;
• Matas de igapós.

Estes ecossistemas estão distribuídos em 23 eco-regiões, abrangendo os estados do Acre,


Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima e pequena parte do Maranhão, Tocantins e
Mato Grosso. Inclui também zonas de transição com os biomas vizinhos, cerrado,
caatinga e pantanal.

Rio Amazonas

Imagem de satélite do rio Amazonas


O Rio Amazonas é um grande rio sul-americano que nasce na Cordilheira dos Andes, no
lago Lauri ou Lauricocha, no Peru e desagua no Oceano Atlântico, junto à Ilha do Marajó,
no Brasil. Ao longo de seu percurso ele recebe os nomes Tunguragua, Marañón,
Apurímac, Ucayali, Solimões e finalmente Amazonas. Por muito tempo se acreditou ser o
Amazonas o rio mais caudaloso do mundo e o segundo em comprimento[1], porém
pesquisas recentes o apontam também como o rio mais longo do mundo.[1] [2]. É o rio com
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a maior bacia hidrográfica do mundo, ultrapassando os 7 milhões de km², grande parte


deles de selva tropical.
A área coberta por água no Rio Amazonas e seus afluentes mais do que triplica durante
as estações do ano. Em média, na estação seca, 110.000km² estão submersas, enquanto
que na estação das chuvas essa área chega a ser de 350.000 km². No seu ponto mais
largo atinge na época seca 11km de largura, que se transformam em 45km na estação
das chuvas.

Bacia do rio Amazonas

A bacia do rio Amazonas envolve todo o conjunto de recursos hídricos que convergem
para o rio Amazonas. Essa bacia hidrográfica faz parte da região hidrográfica do
Amazonas, uma das doze regiões hidrográficas do território brasileiro.
A bacia amazônica abrange uma área de 7 milhões de km², compreendendo terras de
vários países da América do Sul (Peru, Colômbia, Equador, Venezuela, Guiana, Bolívia e
Brasil). É a maior bacia fluvial do mundo. De sua área total, cerca de 3,8 milhões de km²
encontram-se no Brasil, abrangendo os estados do Acre, Amazonas, Roraima, Rondônia,
Mato Grosso, Pará e Amapá.

A bacia amazônica é formada pelo rio Amazonas e seus afluentes. Estes estão situados
nos hemisférios sul e norte do globo e, devido a esse fato, o rio Amazonas tem dois
períodos de chuvas.

1.2.12.2 Floresta Amazônica

A Floresta Amazônica é a floresta equatorial que forma a maior parte da Amazônia. É


uma das três grandes florestas tropicais do mundo. A hiléia amazônica (como a definiu
Alexander von Humboldt) possui a aparência, vista de cima, de uma camada contínua de
copas, situadas a aproximadamente 50 metros do solo.
A dificuldade para a entrada de luz pela abundância de copas faz com que a vegetação
rasteira seja muito escassa na Amazônia, bem como os animais que habitam o solo e
precisam desta vegetação. A maior parte da fauna amazônica é composta de animais que
habitam as copas das árvores, entre 30 e 50 metros. Não existem animais de grande
porte, como nas savanas. Entre as aves da copa estão os papagaios, tucanos e pica-paus.
Entre os mamíferos estão os morcegos, roedores, macacos e marsupiais.
O solo amazônico é bastante pobre, contendo apenas uma fina camada de nutrientes.
Apesar disso, a flora e fauna mantêm-se em virtude do estado de equilíbrio (clímax)
atingido pelo ecossistema. O aproveitamento de recursos é ótimo, havendo mínimo de
perdas. Um exemplo claro disso está na distribuição acentuada de micorrizas pelo solo,
que garantem às raízes uma absorção rápida dos nutrientes que escorrem a partir da
floresta, com as chuvas. Também forma-se no solo uma camada de decomposição de
folhas, galhos e animais mortos que rapidamente são convertidos em nutrientes e
aproveitados antes da lixiviação
A diversidade de espécies, porém, e a dificuldade de acesso às altas copas, faz com que
grande parte da fauna ainda seja desconhecida..
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A fauna e flora amazônicas foram descritas no impressionante Flora Brasiliensis (40


volumes), de Carl von Martius, naturalista austríaco que dedicou boa parte de sua vida à
pesquisa da Amazônia, no século XIX.

Ameaças x Proteção

Experiências de colonização

A grosso modo, as experiências de colonização da Amazônia brasileira podem ser


divididas em três fases:

1. durante o período colonial, os jesuítas instalaram missões na região, que visavam


inicialmente à catequese dos índios, mas também à exploração das chamadas
drogas do sertão. Também foram desenvolvidas algumas tentativas (desastrosas)
de cultivo baseado em padrões europeus, o que promoveu esgotamento dos solos e
colheitas muito irregulares;
2. já na República, houve o ciclo da borracha, nos primeiros anos do século XX: com
o desenvolvimento do setor automotivo e de bens industriais que dependiam da
borracha, o látex amazônico foi explorado intensamente por empresas nacionais e
multinacionais. O ciclo terminou quando a produção no Sudeste Asiático tornou-se
mais barata que a amazônica;
3. nos últimos 50 anos o governo brasileiro vem tentando integrar o território
amazônico com uma série de iniciativas que recebem muitas críticas dos
especialistas e da comunidade internacional; inclusive algumas experiências de
agricultura em modelo europeu e a instalação da Zona Franca de Manaus, um
centro industrial em meio à floresta.

Mais recentemente tem havido iniciativas governamentais de criação de reservas


extrativistas, como as do Acre e da Terra do Meio. Entretanto, como em várias outras
áreas da Amazônia Legal, estas também têm sofrido com agressões ambientais de
madeireiros e grandes latifundiários.

Ocupação clandestina, desmatamento

Um grande problema sofrido pela Amazônia é que seus recursos naturais são destruídos
desnecessariamente.
O ciclo de exploração da floresta é geralmente o mesmo. Ele começa com a apropriação
indevida de terras públicas devolutas. Quem chega primeiro são os madeireiros
irregulares. Eles entram nas terras de propriedade pública, abrem estradas clandestinas
e retiram as árvores de valor comercial. Um levantamento feito pelo Ministério do Meio
Ambiente indica que 80% da madeira que sai da região é proveniente de exploração
criminosa de terras públicas. Uma madeireira dessas explora a mesma área por alguns
anos. Quando a madeira se esgota, ela segue adiante, invadindo outra área pública.
O segundo momento da ocupação irregular da floresta é feito por um fazendeiro.
Geralmente, esse grande proprietário já estava associado ao madeireiro. O que o
fazendeiro faz é atear fogo à floresta e, sobre as cinzas, plantar capim para criar gado.
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Enquanto isso, o fazendeiro manobra politicamente para forjar documentos de posse de


terra. Quando não há mais sinal de floresta, o pecuarista pode vender a terra para um
sojicultor e ocupar outra área.
Esse modelo de ocupação predatório e paralelo à lei deixa um saldo de pobreza. Um
estudo feito pelo Instituto do Homem e do Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) junto
com o Banco Mundial indicou que, nos primeiros três anos de exploração predatória de
madeira, um município típico da Amazônia consegue obter uma renda anual de US$ 100
milhões. Nesse período dourado e fugaz, a atividade gera cerca de 4.500 empregos
diretos, atraindo gente de outras regiões. Mas a madeira disponível acaba em cinco anos,
aproximadamente. Com isso, a renda do município cai para US$ 5 milhões. A atividade
que resta, pecuária extensiva, emprega menos de 500 pessoas. Depois do ciclo
destrutivo, o município fica com uma população de desempregados e sem recursos
naturais.

Unidades de Conservação

O SNUC (Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza) contém várias


unidades de conservação nos estados ocupados pela Amazônia. Entre as de proteção
integral existem dez Parques Nacionais (além do Jaú) e oito reservas biológicas, entre
outros.

Parques nacionais do Amazonas:

• da Amazônia (AM-PA) criado pelo decreto 73.683 (19/02/1974), com 994.000 ha.
• do Jaú criado pelo decreto 85.200 (24/09/1980), com 2.272.000 ha.
• do Pico da Neblina criado pelo decreto 83.550 (05/06/1979), com 2.200.000 ha

Reservas Biológicas do Amazonas

• Reserva Biológica Abufari, criada pelo decreto n° 87.585 de 20.09.1982, com


288.000 ha
• Reserva Biológica Morro dos Seis Lagos, decreto nº. 12.836 de 1990, com 36.900
ha. FAO
• Reserva Biológica Uatumã, criada pelo Decreto n.º 99.277 de 06.06.1990, 940.358
ha.
• Reserva Biológica Walter Egler

Entre as unidades de uso sustentável, estão as reservas extrativistas. Os programas de


uso sustentável são em grande número, desenvolvidos por ONGs em parceria com o poder
público e com as próprias populações tradicionais, acostumadas ao uso sustentado dos
recursos naturais. Surgem iniciativas como a Escola da Floresta, no Acre, para formar
técnicos em floresta e agrofloresta.

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1.2.13 Projeto Calha Norte

Projeto Calha Norte, idealizado em 1985 durante o governo Sarney, já previa a ocupação
militar de uma faixa do território nacional situada ao Norte da Calha do Rio Solimões e
do Rio Amazonas.

Com 160 quilômetros de largura ao longo de 6,5 mil quilômetros de fronteiras com a
Guiana Francesa, Suriname, Guiana, Venezuela e Colômbia, essa faixa abriga quase 2
milhões de pessoas e ocupa 1,2 milhão de Km², uma área correspondente a um quarto da
Amazônia Legal e a quase 15% da área total do país.

O argumento usado para a implementação desse projeto é "fortalecer a presença


nacional" ao longo da fronteira amazônica, tida como ponto vulnerável do território
nacional.
Essa região seria vulnerável, pois estaria sendo usada no trajeto para o transporte de
drogas vindo de países vizinhos, por isso um dos motivos é combater o narcotráfico. Além
disso, seria necessário proteger as comunidades indígenas. Uma crítica em relação a isso
diz que o governo teria disponibilizado grandes áreas para revervas indígenas, o que
deixaria as fronteiras desprotegidas. Outras críticas em relação ao projeto são a
aculturação, pois a presença do exército e da freqüente transição naquela região
afetaria a cultura de povos indígenas, os impactos ambientais e o controle dos recursos
naturais.

Foram projetadas mais de 20 unidades, entretanto só 12 foram criadas.


Essa região, apesar de pouco povoada, é rica em minérios.

1.2.14 SIVAM

Secretário da Defesa dos EUA Donald H. Rumsfeld visita o


SIVAM em 23 de março de 2005.
Sistema de Vigilância da Amazônia ou SIVAM é um projeto
elaborado pelas forças armadas do Brasil com a finalidade
de monitorar o espaço aéreo da Amazônia.

Este projeto vinha a atender um antigo anseio das forças armadas que desejavam
garantir a presença das forças armadas brasileira na Amazônia, com a finalidade de fazer
frente a certas manifestações no exterior sobre os direitos dos brasileiros sobre esta
região.
Seria construído uma infra-estrutura de apoio necessária para suportar a fixação de
enormes antenas parabólicas de uso em radar bem como de modernas aparelhagens
eletrônicas.

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Estrutura

O SIVAM tem como finalidade a monitoramento da Amazônia Legal (que compreende a


Região Norte do Brasil, o estado do Mato Grosso e parte do estado do Maranhão). Para
tanto, foram criados subsistemas de monitoramento com os seguintes objetivos:

• Monitoramento da atividade aérea - cuja responsabilidade é do Comando da


Aeronáutica, envolvendo a FIR Amazônica. Inclui no seu acervo de sensores,
radares bidimensionais e tridimensionais, bem como a capacidade de integrar
informações de aviões de alarme aéreo antecipado AEW, integrados por meio de
enlace de dados.

• Monitoramento da região amazônica - cuja responsabilidade é da Casa Civil da


Presidência da República, através do SIPAM. Suas capacidades vão desde o
monitoramento da mata amazônica, unidades de conservação, meteorologia,
vigilância do espectro eletromagnético, vigilância terrestre e célula de comando e
controle de operações.

O equipamento necessário para a montagem do sistema foi fornecido pela empresa


estadunidense Raytheon e pelas empresas brasileiras Atech e Embraer.
O SIVAM troca informações com o Sistema de Proteção da Amazônia – SIPAM e com o
Sistema de Controle do Espaço Aéreo, trabalhando de maneira integrada entre si.

O governo brasileiro

A instalação do apoio dessas antenas, foi concebido segundo seu alcance pretendido e
pela Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República SAE/PR, ao final da
década de 80, em parceria com os Ministérios da Justiça e da Aeronáutica do Brasil,
durante o governo do Presidente José Sarney.
Em 1993, o presidente Itamar Franco, após ouvir o Conselho de Defesa Nacional,
decretou que o projeto não seria alvo de licitação, dentro da legislação em vigor. Desta
forma, no ano de 1994, deu-se início ao processo de seleção da proposta vencedora,
sagrando-se vencedora a proposta da Empresa Raytheon. No pedido de proposta, o Brasil
descreveu que existiria uma empresa integradora brasileira, com a responsabilidade de
fazer a interface entre o que estava sendo realizado no Brasil com o produzido nos
Estados Unidos da América.
Esta empresa era a ESCA. Sendo finalmente inaugurado em 25 de julho de 2002 pelo
Presidente Fernando Henrique.

O SIVAM do Comando da Aeronáutica

O conjunto de prédios do SIVAM em Manaus - Julho de


2002.
O Comando da Aeronáutica recebeu um grande número
de equipamentos e sistemas de computação com o
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objetivo de aumentar a segurança do vôo e a vigilância do espaço aéreo brasileiro na


região amazônica.

Unidades do Departamento de Controle do Espaço Aéreo

O Quarto Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (CINDACTA IV),
com sede em Manaus, Amazonas, foi o órgão do Comando da Aeronáutica que recebeu o
maior acervo de equipamentos e sistemas do SIVAM.
Foram atualizados dezesseis destacamentos nas cidades: São Luiz, Macapá, Belém,
Manaus (dois destacamentos), Porto Velho, Rio Branco, Boa Vista, Jacaréacanga,
Imperatriz, Santarém, São Gabriel da Cachoeira, Tabatinga, Guajará-mirim, Tefé e
Tiriós.

O projeto também criou novas unidades em Cruzeiro do Sul, Cachimbo, São Felix do
Araguaia, São Felix do Xingú, Manicoré, Porto Esperidião, Eurunepé, Sinop e Vilhena.

Unidades do Comando-geral de Operações Aéreas

O 2/6 Grupo de Aviação foi o esquadrão aéreo equipado com as aeronaves R-99A e R-99B,
respectivamente de Alarme Aéreo Antecipado e Reconhecimento por sensoriamento
remoto, recebidas do SIVAM. Estas começaram a operar em 2002 e participam de
operações militares, bem como foram aplicadas na busca do Gol 1907 na serra do
Cachimbo em setembro de 2006.
O 1/6 Grupo de Aviação recebeu em 2005 uma aeronave Bandeirante, EMB 110, com um
sensor multi-espectral instalado, com a função de sensoriamento remoto com várias
aplicações militares e civis.
Além destas aeronaves, foram entregues quatro HS-800XP para o Grupo Especial de
Proteção ao Vôo (GEIV), com sede no Rio de Janeiro, e quatro aeronaves Grand Caravan
ao 7 Esquadrão de Transporte Aéreo, com sede em Manaus.

O SIVAM da Casa Civil da Presidência da República

O Projeto SIVAM entregou para a Casa Civil um Centro de Coordenação Geral (CCG),
responsável pelo planejamento e controle dos trabalhos a serem executados pelo SIPAM ,
e três centros técnicos-operacionais, responsáveis pela execução das tarefas nas suas
regiões de abrangência.

O SIVAM dos Estados da Amazônia Legal

Em 1999, a presidência da Comissão para Implantação do SIVAM verificou que no projeto


existia uma lacuna, a participação dos Governos Estaduais. Com o objetivo de preenchê-
la, foram criados os centros estaduais de usuários do SIVAM.

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Outras entidades beneficiadas pelo SIVAM

O Projeto SIVAM não foi exclusivo destes órgãos do Governo. Outras agências e
instituições foram atualizadas com fornecimentos.

INPE

O Instituto de Pesquisas Espaciais foi o primeiro órgão do Governo Brasileiro a receber os


equipamentos do Projeto SIVAM. Uma nova estação de recepção de imagens satélites em
Cuibá e os respectivos softwares atualizados na unidade de Cachoeira Paulista entregues
em 1998 - 1999, aumentaram a capacidade de recepção de imagens dos satélites
Landsat, Spot entre outros.

INMET

A implantação de um supercomputador no Instituto Nacional de Meteorologia foi o


grande avanço imposto pelo Projeto SIVAM, possibilitando aquele órgão aumentar a
qualidade de suas previsões, baseadas em modelos numéricos avançados.

ANA

Sensores de qualidade das águas foram instalados e fornecidos para a Agência Nacional
de Águas. Estes sensores, implantados em vários rios da Região Amazônica, através do
cruzamento de dados via satélite, provém várias informações para contribuir com o
controle das águas fluviais da região.

1.2.15 Meios de transportes do Estado do Amazonas

O transporte fluvial é ainda o mais importante, mas começa a ser complementado pelas
rodovias federais, como a Transamazônica, a Belém - Brasília e a Manaus - Porto Velho. O
aeroporto de Manaus tornou-se um dos principais do país em volume de carga
embarcada, sendo utilizado para o escoamento da produção das indústrias eletrônicas da
Zona Franca, estabelecida em 1967como área livre de importação e exportação. Nessa
área, as mercadorias procedentes do exterior não pagam impostos de importação,
quando se destinam ao consumo local, às indústrias da região, ou à reestocagem para
reexportação.

O Amazonas não possui ferrovias. A rede rodoviária, da qual pouco mais de um terço é
pavimentado, compreende a BR-319, que liga Manaus a Porto Velho RO e intercepta, em
Humaitá, a Transamazônica (BR-230), que atravessa o sul do estado; a BR-174, que liga
Manaus a Boa Vista RR; e uma estrada estadual ligando Manaus a Itacoatiara. A maior
parte do transporte é, entretanto, realizada por meio dos rios, que oferecem boas
condições de navegabilidade. Nesse particular, destaca-se o rio Amazonas, que, além de
grande volume de água, possui um declive muito suave, pois desde Benjamin Constant,

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na fronteira com o Peru, até a sua foz, desce apenas 65m. Essa circunstância permite ao
porto de Manaus receber navios de grande calado.

1.2.16 Ecologia e Impactos ambientais

Desmatamento da Floresta Amazônica

A Amazônia abriga 33% das florestas tropicais do planeta e cerca de 30% das espécies
conhecidas de flora e fauna. Hoje, a área total vítima do desmatamento da floresta
corresponde a mais de 350 mil Km2, a um ritmo de 20 hectares por minuto, 30 mil por
dia e 8 milhões por ano. Com esse processo, diversas espécies, muitas delas nem sequer
identificadas pelo homem, desapareceram da Amazônia. Sobretudo a partir de 1988,
desencadeou-se uma discussão internacional a respeito do papel da Amazônia no
equilíbrio da biosfera e das conseqüências da devastação que, segundo os especialistas,
pode inclusive alterar o clima da Terra.

Chuvas e inundações na bacia amazônica

A bacia amazônica é um dos locais mais chuvosos do planeta, com índices pluviométricos
anuais de mais de 2.000 mm por ano, podendo atingir 10.000 mm em algumas regiões.
Durante os meses de chuva, a partir de dezembro, as águas sobem em média 10 metros,
podendo atingir 18 metros em algumas áreas. Isso significa que durante metade do
tempo, grande parte da planície amazônica fica submersa, caracterizando a maior área
de floresta inundada do planeta, cobrindo uma área de 700.000 Km2.

Rio Amazonas

Em 1541, o espanhol Francisco de Orellana e seus homens navegavam


no rio Napo (que desemboca em outro rio maior), a leste dos Andes.
Passaram-se meses, e era incontável o número de afluentes que
engrossavam as águas do imenso rio. A certa altura, a embarcação é
atacada por um grupo de indígenas, que disparam flechas envenenadas. Orellana dá
ordem para seus homens desviarem o barco, afastando-o do alcance dos índios. Após
safar-se do perigo, Orellana, impressionado com o aspecto dos indígenas, que acredita
serem mulheres, lembra-se das Amazonas - as guerreiras da mitologia grega - e batiza o
rio que passa a se chamar rio das Amazonas.

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O rio Amazonas começa no Peru, na confluência dos rios Ucayali e Maranõn. Entra no
Brasil com o nome de Solimões e passa a chamar-se Amazonas quando recebe as águas do
rio Negro, no interior do Estado do Amazonas.

No período das chuvas, os rio chega a crescer 16 metros acima de seu nível normal e
inunda vastas extensões da planície, arrastando consigo terras e trechos da floresta. Sua
largura média é de 12 quilômetros, atingindo freqüentemente mais de 60 quilômetros
durante a época de cheia. As áreas alagadas influenciadas pela rede hídrica do
Amazonas, formam uma bacia de inundação muito maior que muitos países da Europa
juntos. Apenas a ilha do Marajó, na foz do Amazonas, é maior que a Suíça.

O rio Amazonas conta com mais de 1.000 afluentes e é o maior e mais largo rio do mundo
e o principal responsável pelo desenvolvimento da floresta Amazônica. O volume de suas
águas representa 20% de toda a água presente nos rios do planeta. Têm extensão de
6.400 quilômetros, vazão de 190.000 metros cúbicos por segundo (16 vezes maior que a
do rio Nilo). Na foz, onde deságua no mar, a sua largura é de 320 quilômetros. A
profundidade média é de 30 a 40 metros.

O rio Amazonas disputa com o Nilo o título de maior rio do mundo, mas é imbatível em
volume d'água. Recebe cerca de 200.00 Km2 água por segundo e, em alguns pontos, o rio
é tão largo que não dá para ver a outra margem.

Pororoca

Na foz do rio Amazonas, quando a maré sobe, ocorrem choques de águas, elevando
vagalhões que podem ocasionar naufrágios e são ouvidos a quilômetros de distância, é a
pororoca.

O volume de água do rio Amazonas é tão grande que sua foz, ao contrário dos outros
rios, consegue empurrar a água do mar por muitos quilômetros. O oceano atlântico só
consegue reverter isso durante a lua nova quando, finalmente, vence a resistência do
rio. O choque entre as águas provoca ondas que podem alcançar até 5m e avança rio
adentro. Este choque das águas tem uma força tão grande que é capaz de derrubar
árvores e modificar o leito do rio.

No dialeto indígena do baixo Amazonas o fenômeno da pororoca tem o seu significado


exato, poroc-poroc, que significa destruidor.
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Embora a pororoca aconteça todos os dias, o período de maior intensidade no Brasil


acontece entre janeiro e maio e não é um fenômeno exclusivo do Amazonas. Acontece
nos estuários rasos de todos rios que desembocam no golfo amazônico e no rio Araguari,
no litoral do Estado do Amapá, e também nos rios Sena e Ganges.

Rio Negro

Suas águas são mesmo muito escuras. Isso acontece por causa da decomposição da
matéria orgânica vegetal que cobre o solo das florestas e é carregada pela inundações.

Como a água é muito ácida e pobre em nutrientes, é este processo que garante a maior
parte dos alimentos consumidos pela fauna aquática.

Rio Solimões

Quando o rio Solimões se encontra com o Negro (ganhando o nome de rio Amazonas), ele
fica bicolor. Isso acontece por que as águas, com cores contrastantes, percorrem vários
quilômetros sem se misturar.

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2 - História

2.1 História do Brasil


2.1.1 - Império (1822-1889 Primeiro reinado)

O Grito do Ipiranga, de Pedro Américo (óleo sobre tela - 1888).

Após a declaração da independência, o


Brasil foi governado por Dom Pedro I até
o ano de 1831, período chamado de
Primeiro Reinado, quando abdicou em
favor de seu filho, Dom Pedro II, então
com cinco anos de idade.
Logo após a independência, e terminadas
as lutas nas províncias contra a
resistência portuguesa, foi necessário
iniciar os trabalhos da Assembléia Constituinte. Esta havia sido convocada antes mesmo
da separação, em julho de 1822; foi instalada, entretanto, somente em maio de 1823.
Logo se tornou claro que a Assembléia iria votar uma constituição restringindo os poderes
imperiais (apesar da idéia centralizadora encampada por José Bonifácio e seu irmão
Antônio Carlos de Andrada e Silva). Porém, antes que ela fosse aprovada, as tropas do
exército cercaram o prédio da Assembléia, e por ordens do imperador a mesma foi
dissolvida, devendo a constituição ser elaborada por juristas da confiança de Dom Pedro
I.
Foi então outorgada a constituição de 1824, que trazia uma inovação: o Poder
Moderador. Através dele, o imperador poderia fiscalizar os outros três poderes.
Surgiram diversas críticas ao autoritarismo imperial, e uma revolta importante aconteceu
no Nordeste: a Confederação do Equador. Foi debelada, mas Dom Pedro I saiu muito
desgastado do episódio. Outro grande desgaste do Imperador foi por o Brasil na Guerra
da Cisplatina, onde o país não manteve o controle sobre a então região de Cisplatina
(hoje, Uruguai). Também apareciam os primeiros focos de descontentamento no Rio
Grande do Sul, com os farroupilhas.
Em 1831 o imperador decidiu visitar as províncias, numa última tentativa de estabelecer
a paz interna. A viagem deveria começar por Minas Gerais; mas ali o imperador
encontrou uma recepção fria, pois acabara de ser assassinado Líbero Badaró, um
importante jornalista de oposição. Ao voltar para o Rio de Janeiro, Dom Pedro deveria
ser homenageado pelos portugueses, que preparavam-lhe uma festa de apoio; mas os
brasileiros, discordando da festa, entraram em conflito com os portugueses, no episódio
conhecido como Noite das Garrafadas.
Dom Pedro tentou mais uma medida: nomeou um gabinete de ministros com suporte
popular. Mas desentendeu-se com os ministros e logo depois demitiu o gabinete,

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Apostila Concurso Polícia Militar do Amazonas 2011

substituindo-o por outro bastante impopular. Frente a uma manifestação popular que
recebeu o apoio do exército,não teve muita escolha, assim criou o quinto poder.
Mas, não deu certo a idéia, e não restou nada ao imperador a não ser a renúncia, no dia
7 de abril de 1831.
2.1.2 Período regencial
Durante o período de 1831 a 1840, o Brasil foi governado por diversos regentes,
encarregados de administrar o país enquanto o herdeiro do trono, D. Pedro II, ainda era
menor.
A princípio a regência era trina, ou seja, três governantes eram responsáveis pela
política brasileira, no entanto com o ato adicional de 1834, que, além de dar mais
autonomia para as províncias, substituiu o caráter tríplice da regência por um governo
mais centralizador.
O primeiro regente foi o Padre Diogo Antônio Feijó , que notabilizou-se por ser um
governo de inspirações liberais, porém, devido às pressões políticas e sociais, teve que
renunciar.
O governo de caráter liberal caiu para dar lugar ao do conservador Araújo Lima, que
centralizou o poder em suas mãos, sendo atacado veementemente pelos liberais, que só
tomaram o poder devido ao golpe da maioridade.
Destacam-se neste período a instabilidade política e a atuação do tutor José Bonifácio,
que garantiu o trono para D. Pedro II.
Teve início neste período a Revolução Farroupilha, em que os gaúchos revoltaram-se
contra a política interna do Império, e declararam a República Piratini.
Também neste período ocorreram a Cabanada, de Alagoas e Pernambuco; a Cabanagem,
do Pará; a revolta dos Malês e a Sabinada, na Bahia; e a Balaiada, no Maranhão.
2.1.3 Segundo reinado
O Segundo Reinado teve início com o Golpe da Maioridade (1840), que elevou D. Pedro II
ao trono, antes dos 18 anos, com 15 anos.
O período pode ser divido em três etapas principais:
 a chamada fase de consolidação, que se estende de
1840 a 1850. As lutas internas são pacificadas, o café
inicia a sua expansão, a tarifa Alves Branco permite a
Era Mauá.

Dom Pedro II.


 o chamado apogeu do Império, um período marcado
por grande estabilidade política, permitida pelo

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sistema parlamentarista (o parlamentarismo às avessas) e pela política de


conciliação. Em termos de Relações Internacionais, o período é marcado pela
Questão Christie e pela Guerra do Paraguai.
 o chamado declínio do Império, marcado pela Questão Militar, pela Questão
Religiosa, pelas lutas abolicionistas e pelo movimento republicano, que conduzem
ao fim do regime.
2.1.4 República do Café
Entre 1889 e 1930, o governo foi oficialmente uma democracia constitucional e, a partir
de 1894, a presidência alternou entre os estados dominantes da época São Paulo e Minas
Gerais. Como os paulistas eram grandes produtores de café, e os mineiros estavam
voltados à produção leiteira, a situação política do período ficou conhecida como Política
do Café-com-Leite.
No século XIX o café começou a substituir a cana-de-açúcar como o principal produto de
exportação. A riqueza trazida pelo café deu fama internacional e prestígio ao Brasil, o
que atraiu muitos imigrantes, principalmente da Itália e Alemanha. O país desenvolveu
uma base industrial e começou a se expandir para o interior do país.
A República Velha terminou quando um golpe de estado foi implantado por Getúlio
Vargas, um civil, instituindo-o presidente provisório, até que novas eleições fossem
convocadas.
Os presidentes do período foram:
 1889 - Governo temporário do marechal Manuel Deodoro da Fonseca
 1891 - Eleito o marechal Deodoro da Fonseca. Seu vice é o marechal Floriano
Vieira Peixoto
 1894 - Prudente José de Morais e Barros
 1898 - Manuel Ferraz de Campos Sales
 1902 - Francisco de Paula Rodrigues Alves
 1906 - Afonso Augusto Moreira Pena (morreu durante o mandato)
 1906 - Nilo Procópio Peçanha (vice de Afonso Pena, assumiu em seu lugar)
 1910 - marechal Hermes da Fonseca
 1914 - Venceslau Brás Pereira Gomes
 1918 - Francisco de Paula Rodrigues Alves (morreu antes de assumir)
 1918 - Delfim Moreira da Costa Ribeiro (vice de Francisco Alves, assumiu em seu
lugar).
 1919 - Epitácio da Silva Pessoa
 1922 - Artur da Silva Bernardes
 1926 - Washington Luís Pereira de Sousa (deposto pela revolução de 1930)

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 1930 - Junta governativa: General Augusto Tasso Fragoso, General João de Deus
Mena Barreto, Almirante Isaías de Noronha

2.1.5 Era Vargas (1930-1945

Getúlio Vargas
Em 1930, a Junta de Governo foi substituída por Getúlio
Dorneles Vargas, como presidente do Governo Provisório. Ele
foi eleito presidente pela Assembléia Constituinte.
Logo após a tomada do poder em novembro de 1930, Getúlio
Vargas nomeou interventores federais para governar os
estados. Para São Paulo foi nomeado o tenentista João
Alberto, fato que ficou atravessado na garganta das elites
políticas paulistas, desejosas de recuperar o poder perdido. Ao
se iniciar o ano de 1932, crescem os reclamos dessa elite
liderada pela FUP (Frente Única Paulista).
Os paulistas, que mantinham um esquema de domínio político
durante a primeira república, tentam articular um golpe em 1932 para depor Vargas. A
justificativa encontrada pelas oligarquias locais para buscar apoio do povo é que o país
precisava de uma Constituição - pois desde 1930 Vargas dizia que "assumia
provisoriamente" a presidência e que o mais cedo possível entregaria uma nova
Constituição ao país, com a subsequente realização de eleições para presidente. Daí o
nome de Revolução Constitucionalista de 1932, deflagrada a 9 de julho. Os paulistas
foram apoiados provisoriamente pelo estado do Mato Grosso, mas as tropas federais
garantiram uma rápida vitória para Vargas.
Em 1934, no entanto, o país ganha uma Constituição. Getúlio Vargas é eleito presidente,
tendo três anos seguintes como governante constitucional.
Seguem-se anos conturbados, em que ocorre certa polarização na política nacional. De
um lado ganha força a esquerda, representada principalmente pela Aliança Nacional
Libertadora (ANL) e pelo Partido Comunista Brasileiro (PCB); de outro a direita, que
ganha forma num movimento de inspiração fascista chamado Integralismo.

Uma articulação revolucionária de esquerda é tentada em 1935, por parte de um setor


das forças armadas e de alguns indivíduos ligados a URSS. O movimento fracassa, e é
apelidado jocosamente de Intentona Comunista. Um dos principais líderes desse
movimento foi o ex-tenente do exército Luís Carlos Prestes, que fica preso e
incomunicável por 10 anos. Sua mulher, a comunista e judia Olga Benário, tem um
destino pior: os agentes de Vargas a enviam para a polícia política da Alemanha Nazista.
Olga acaba morrendo em um campo de concentração, concluindo um dos episódios mais
vexatórios da política externa brasileira.

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O escritor Graciliano Ramos também é preso depois da Intentona Comunista,


supostamente por praticar atividades subversivas. Um retrato de seus dias na prisão e da
situação política instável do país está gravado em seu livro Memórias do Cárcere.
Graças ao clima de pânico provocado pela polarização política (os integralistas tentam
um putsch algum tempo depois), Vargas articula uma situação que lhe permite decretar
um golpe de estado um ano antes de novas eleições presidenciais. Em 10 de novembro de
1937, Vargas anuncia o Estado Novo.
A justificativa primária do golpe é a existência de um plano comunista para a tomada do
poder, "apoiado por Moscou" - é o chamado Plano Cohen. Posteriormente descobriu-se
que o plano foi uma armação dos agentes de Vargas. O apoio da classe média garante o
sucesso do golpe, pois há algum tempo cresciam os temores de que o comunismo poderia
aterrissar no Brasil.
Vargas consegue prolongar seus anos de presidência até 1945. É emblemático notar que
uma das figuras mais conhecidas de seu governo foi o chefe de polícia Filinto Muller. A
censura oprime a expressão artística e científica: em 1939 é criado o DIP, Departamento
de Imprensa e Propaganda. Além da censura, o DIP atuava na propaganda pró-Vargas,
fazendo com que a imagem do presidente fosse exaltada ao extremo.
Por essas características é que, iniciada a Segunda Guerra Mundial, não se sabia se
Getúlio Vargas apoiaria o Eixo (com quem parecia ter mais afinidade) ou os Aliados. O
clima de tensão culminara na adesão aos países aliados em 1942, após ataques alemães
em navios mercantes brasileiros que resultaram na morte de dezenas de pessoas. A
barganha getulista obtivera vantagens econômicas e militares: instituiu-se um acordo
econômico com os Estados Unidos que possibilitara a implantação da Companhia
Siderúrgica Nacional (CSN). Além disso, outro acordo possibilitara o reaparelhamento das
forças armadas brasileiras. A pressão popular pela criação de uma força expedicionária
torna-se concreta, mesmo contra a vontade de Vargas, que afirmara que o envio de
tropas brasileira ocorreria quando "a cobra fumar". Posteriormente, percebendo a
crescente pressão interna (camadas médias urbanas) e externa (os Estados Unidos
temiam uma possível desestabilização de poder no Brasil, não desejosa em tempos de
guerra), Vargas cedeu, criando a Força Expedicionária Brasileira (FEB); cujo lema fora "A
Cobra Vai Fumar". A compensação à ajuda financeira deu-se de forma logística e
material: garantiu-se o suprimento de matérias-primas aos aliados (2º ciclo da borracha),
e permitiu-se a instalação de uma base militar na região Nordeste (Rio Grande do Norte),
garantido o domínio logístico e militar dos aliados sobre o atlântico sul.
Ao término da guerra, fazia pouco sentido que Vargas continuasse no poder. O fascismo
fora derrotado, e os brasileiros notaram isso. Getúlio Vargas é forçado a renunciar em 29
de outubro de 1945 pelas forças armadas, seguindo para seu estado natal, o Rio Grande
do Sul, e elegendo-se senador.

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2.1.6 República Nova (1945-1964

Eurico Gaspar Dutra


O período conhecido como República Nova ou República de 46 inicia
com a renúncia forçada de Vargas, em outubro de 1945. O General
Eurico Gaspar Dutra foi o presidente eleito e empossado no ano
seguinte. Em 1946 foi promulgada nova Constituição, mais
democrática que a anterior, restaurando direitos individuais.
Em 1950, Getúlio Vargas foi mais uma vez eleito presidente, desta vez
pelo voto direto. Em seu segundo governo foi criada a Petrobrás, fruto
de tendências nacionalistas que receberam suporte das camadas
operárias, dos intelectuais e do movimento estudantil. Porém, os
tempos não eram mais os mesmos, e Getúlio não conseguiu conduzir tão bem o seu
governo. Pressionado por uma série de eventos, em 1954 Getúlio Vargas comete suicídio
dentro do Palácio do Catete. Assumiu o vice-presidente, João Fernandes Campos Café
Filho.

Juscelino Kubitschek (JK), o presidente Bossa Nova

Em 1955, Juscelino Kubitschek foi eleito presidente e tomou posse em


janeiro de 1956, ainda que tenha enfrentado tentativas de golpe. Seu
governo caracterizou-se pelo chamado desenvolvimentismo, doutrina que
se detinha nos avanços técnico-industriais como suposta evidência de um
avanço geral do país. O lema do desenvolvimentismo sob Juscelino foi 50
anos em 5. Em 1960, Kubitschek inaugurou Brasília, a nova capital do
Brasil.
Já em 1961, Jânio Quadros (eleito em 1960) assumiu a presidência, mas renunciou
em agosto do mesmo ano. Jânio, um ex-professor paulista que pregava a moralização do
governo e era membro da UDN, fez um governo contraditório: ao lado de medidas
esdrúxulas (como a proibição de biquínis nas praias), o presidente condecorou o
revolucionário argentino Ernesto Che Guevara, para a supresa da UDN. Com a
condecoração, Jânio tentava uma aproximação com o bloco socialista para fins
estritamente econômicos, mas assim não foi a interpretação da direita no Brasil, que
passou a alardear o pânico com a "iminência" do comunismo.
Acredita-se atualmente que Jânio Quadros tentou promover o auto-golpe, ou seja,
renunciar para voltar com plenos poderes, apostando que o congresso não aceitaria a
renúncia por causa do vice, ligado à esquerda trabalhista. Mas, se for verdade, falhou, e
o congresso aceitou sua renúncia.
O vice-presidente João Goulart, conhecido como Jango, assumiu após uma rápida crise
política: os militares não queriam aceitá-lo na presidência, alegando o "perigo
comunista". Além de ex-ministro trabalhista, Goulart encontrava-se na China quando da
renúncia de Jânio Quadros (que, pela teoria do auto-golpe, tentou aproveitar-se dessa
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viagem de seu vice). Uma solução intermediária é acertada e instala-se o


parlamentarismo no Brasil. Em 1963, entretanto, João Goulart recuperou a chefia de
governo com o plebiscito que aprovou a volta do presidencialismo. Governa até 1964,
com constantes problemas criados pela oposição militar, em parte devido a seu
nacionalismo.
2.1.7 Regime Militar (1964-1985)
O governo de João Goulart foi marcado por alta inflação, estagnação econômica e uma
forte oposição das forças armadas. Em 31 de março de 1964 as Forças Armadas realizam
um golpe, destituindo João Goulart. Os líderes do golpe, dentre eles os governadores dos
estados do Rio de Janeiro, Carlos Lacerda, de Minas Gerais, Magalhães Pinto e de São
Paulo, Adhemar de Barros, escolheram como presidente o General Humberto de Alencar
Castelo Branco, seguido pelo General Arthur da Costa e Silva (1967-1969), o General
Emílio Garrastazu Médici (1968-74), o General Ernesto Geisel (1974-79) e o General João
Baptista de Oliveira Figueiredo (1979-84). Entre as características adquiridas pelos
governos decorrentes do golpe militar, também chamado de Contra-Revolução,
destacam-se a supressão de alguns direitos constitucionais dos elementos e instituições
ligados à suposta tentativa de golpe pelos comunistas, e uma forte censura à imprensa,
após a edição do AI-5.
Humberto de Alencar Castelo Branco
Em 1965, todos os partidos políticos então existentes são
declarados extintos, e teve início a intensificação da repressão
política aos comunistas. Somente dois partidos eram
permitidos, a Aliança Renovadora Nacional (ARENA), e o
Movimento Democrático Brasileiro (MDB), que veio a servir de
refúgio a toda a esquerda e extrema esquerda política. Em
pequenos municípios, porém, a divisão entre os dois partidos
não era ideológica, mas sim atendia às divisões das oligarquias
locais.
Em 1967, foi aprovada a sexta Constituição Brasileira pelo
Congresso, institucionalizando o golpe/Revolução/Contra-
revolução, e estabelecendo eleições indiretas para Presidente,
realizada via Colégio eleitoral, este eleito diretamente.

No mesmo ano, diante do crescimento dos movimentos de contestação, o General


Arthur da Costa e Silva assumiu a presidência. Em dezembro de 1968, fechou o Congresso
e decreta o Ato Institucional nº 5, o AI-5, que lhe deu o direito de fechar o Parlamento,
cessar direitos políticos e suprimir o direito de habeas-corpus. Neste período,
intensificou-se a luta armada nas cidades e no campo em busca da derrubada do governo
militar. Praticamente, tudo teve início com o atentado no Aeroporto Internacional dos
Guararapes, em Recife, em 1966, com diversos mortos e feridos, e em diversos outros
pontos do país, principalmente em São Paulo e Rio de Janeiro. Foi após a configuração

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desta conjuntura de terror e justiçamentos da parte dos grupos comunistas que a censura
teve sua implantação consolidada.

Em 1969, Costa e Silva sofreu uma trombose e ficou incapacitado; uma junta
formada pelos comandantes das Forças Armadas assumiu o poder. Em outubro, o General
Médici foi eleito presidente no Congresso, e comanda o período mais sangrento da
ditadura militar, com a mais forte repressão aos grupos de terroristas e guerrilheiros
marxistas, com suspeitos e colaboradores sendo presos, ocasionalmente torturados,
exilados ou mortos em confrontos com as forças policiais do Estado. Nesta época teve
início o movimento guerrilheiro no Araguaia e a realização de seqüestros de
embaixadores estrangeiros por grupos de esquerda. Estes seqüestros eram usados, em
sua maioria, como forma de pressionar o governo militar a libertar presos políticos. Após
a redemocratização do país, contabilizou-se pouco mais de trezentos mortos, de ambos
os lados.
Em 1974, o General Ernesto Geisel assumiu a presidência, tendo que enfrentar
grandes problemas econômicos, causados pela dívida externa criada pelo governo Médici,
e agravados pela crise internacional do petróleo, e uma alta taxa de inflação.
Geisel iniciou a abertura democrática que foi continuada pelo seu sucessor, o
General Figueiredo (1979-85). Figueiredo não só permitiu o retorno de políticos exilados
ou banidos das atividades políticas durante os anos 60 e 70, mas também autorizou que
concorressem nas eleições municipais e estaduais em 1982.
O período termina com as eleições indiretas para presidente em 1984, com Paulo Maluf
concorrendo pelo PDS e Tancredo Neves pelo PMDB apoiado pela Frente Liberal,
dissidência do PDS liderada por José Sarney e Marco Maciel.
As eleições, as últimas indiretas da história brasileira, foram precedidas de uma
enorme campanha popular em favor de eleições diretas, levada a cabo por partidos de
oposição, a frente o PMDB, que buscava a aprovação pelo Congresso Nacional da Emenda
Constitucional que propunha a realização de eleições diretas. A campanha foi chamada
de "Diretas já", e tinha a frente o deputado Dante de Oliveira, criador da proposta de
Emenda. Em 25 de abril de 1984, a emenda foi votada e obteve 298 votos a favor, 65
contra, 3 abstenções e 112 deputados não compareceram ao plenário no dia da votação.
Assim a emenda foi rejeitada por não alcançar o número mínimo de votos para a
aprovação da emenda constitucional.
2.1.8 Nova República (1985-2008)
O primeiro presidente civil eleito desde o golpe militar de 1964 foi Tancredo Neves. Ele
não chegou a assumir, sendo operado no dia 14 de março de 1985 e contraindo infecção
hospitalar. No dia da posse, 15 de março de 1985, assume então José Sarney de modo
interino, e após 21 de abril, data do falecimento de Tancredo Neves, como presidente
em caráter pleno.

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José Sarney
Em 1° de março de 1986, Sarney e sua equipe econômica
comandada por Dilson Funaro, ministro da Fazenda, lançam o
"Plano Cruzado", conjunto de medidas para conter a inflação,
entre as quais o congelamento de preços e a criação de uma
nova moeda, o cruzado (Cz$), valendo mil cruzeiros (Cr$)
(moeda da época). Sarney apelou para a população que deu
amplo apoio ao plano, inclusive com as pessoas se declarando
"fiscais do Sarney" e denunciando violações ao congelamento
de preços. O PMDB vence as eleições para governadores de
1986 em todos os estados (à exceção de Alagoas), porém após
as eleições, em 21 de novembro de 1986, o governo decreta o
"Plano Cruzado 2", com os preços sendo liberados. Isto
ocasionou um descontentamento do povo para com o
governo, pois o plano cruzado foi visto por muitos como uma
simples estratégia política para vencer as eleições. A inflação volta a subir, a crise se
alastra e em 20 de janeiro de 1987 o governo decreta moratória, deixando de pagar a
dívida externa.
Em 29 de abril de 1987, o governo substitui Funaro por Luis Carlos Bresser Pereira, que
com a inflação em alta, lança o "Plano Bresser", com novo congelamento de preços, em
junho de 1987 e acabando com a moratória. A inflação volta a subir e em 6 de janeiro de
1988, Bresser é substituído por Maílson da Nóbrega. Em 15 de janeiro de 1989 Maílson
lança o "plano verão", com o lançamento de uma nova moeda, o cruzado novo (Ncz$)
valendo então 1000 cruzados.
Fernando Collor foi eleito em 1989, na primeira eleição direta
para Presidente da República desde 1964. Seu governo perdurou
até 1992, quando renunciou devido a processo de "impeachment"
movido contra ele. O processo de afastamento ocorreu em
decorrência de uma série de denúncias envolvendo o Presidente
Collor em esquemas de corrupção, que seriam comandados pelo
seu ex-tesoureiro de campanha, Paulo César Farias, conhecido
como PC Farias. A queda de Collor será resultado de uma imensa
Revolução Democrática, protagonizada pela juventude e pelo
movimento estudantil, no movimento conhecido como "Fora
Collor". O vice-presidente, Itamar Franco, assume em seu lugar.
No governo de Itamar Franco é criado o Plano Real, articulado por
seu Ministro da Fazenda, Fernando Henrique Cardoso. O governo Itamar contou com a
presença de vários senadores como ministros. Historiadores chegam a classificar este
fenômeno como uma espécie de um "parlamentarismo branco". Fernando Henrique
articulou a base partidária de apoio para a sua eleição. Embora tenha tido o apoio do
então presidente Itamar, um rompimento entre os dois ocorreu durante o primeiro
mandato de Fernando Henrique.

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Fernando Henrique Cardoso (FHC) foi eleito em 1994 e reeleito em 1998. Cumpriu dois
mandatos e transmitiu, democraticamente, a faixa presidencial ao seu sucessor em 1° de
janeiro de 2003. O ex-presidente Itamar Franco foi eleito, pelo PMDB, governador do
estado de Minas Gerais, nas eleições de 1998 e não se candidatou à reeleição, embora o
candidato por ele apoiado, o deputado Aécio Neves, tenha sido eleito no primeiro turno.

O presidente Fernando Henrique tentou manter a base aliada de partidos para as


eleições presidenciais de 2002, o que não foi possível. A aliança PSDB-PMDB-PFL-PTB
perdeu os dois últimos partidos. O segundo apoiou Ciro Gomes e o PFL não lançou
candidatos à presidência da República. Lula e José Serra disputaram o segundo turno em
2002. O candidato Luis Inácio Lula da Silva, do PT, foi eleito presidente do Brasil com
aproximadamente 61% dos votos válidos. Lula repetiria o feito em 2006, sendo reeleito
no segundo turno disputado contra Geraldo Alckmin, do mesmo PSDB.

Luiz Inácio Lula da Silva, o presidente da república.


De acordo com a Constituição de 1988, o Brasil é uma
República Federativa Presidencialista. Tem sua inspiração,
quanto à forma de Estado, no modelo norte-americano. No
entanto, o sistema legal brasileiro segue a tradição romano-
germânica. Também o federalismo no Brasil não é igual ao
federalismo estadunidense. O Poder Executivo é exercido pelo Presidente, que acumula
as funções de chefe de Estado e chefe de Governo, eleito quadrienalmente.
Concomitantemente às eleições presidenciais, vota-se para o Congresso Nacional, sede
do Poder Legislativo, dividido em duas casas parlamentares: a Câmara dos Deputados,
que têm mandato de quatro anos, e o Senado Federal, cujos membros possuem mandatos
de oito anos e elegem-se em um terço e dois terços alternadamente a cada quatro anos.
Embora o peso de cada voto individual seja o mesmo no sufrágio para o poder Executivo,
o mesmo não ocorre com o poder Legislativo. Por um lado, há três Senadores
representando cada Unidade da Federação (atualmente 27).
Por outro, a se considerar o modelo federativo clássico, a representação do povo pelos
deputados deveria ser consoante à população de cada UF; seu número é, entretanto,
limitado a no mínimo 8 e no máximo 70. De qualquer forma, adota-se o sistema
majoritário para a eleição dos senadores e o proporcional para os deputados.
Finalmente, há o Poder Judiciário, cuja instância máxima é o Supremo Tribunal Federal,
responsável por interpretar a Constituição Federal e composto de onze Ministros
indicados pelo Presidente sob referendo do Senado, dentre indivíduos de renomado saber
jurídico. A composição dos ministros do Supremo Tribunal Federal não é completamente
renovada a cada mandato presidencial: o presidente somente indica um novo ministro
quando um deles se aposenta ou vem a falecer. Há ainda o STJ- Superior Tribunal de
Justiça, TST- Tribunal Superior do Trabalho, TSE- Tribunal Superior Eleitoral e o STM-

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Supremo Tribunal Militar. Todos julgam em última instância as matérias de suas


competências.

2.1.9.2 -Situação Econômica Atual


O Brasil é a oitava maior economia mundial de acordo com o Produto Interno Bruto
calculado com base no método da paridade do poder de compra segundo o Fundo
Monetário Internacional, sendo a maior da América Latina, no entanto com um PIB per
capita inferior a alguns países dessa região (Argentina, Chile e Uruguai), e possuindo um
IDH de 0,800, ocupando a 70ª posição mundial.
O primeiro produto que moveu a economia do Brasil foi o açúcar, na capitania
hereditária de Pernambuco, durante o período de colônia, seguindo pelo ouro na região
de Minas Gerais. Já independente, um novo ciclo econômico surgiu, agora com o café.
Esse momento foi fundamental para o desenvolvimento do estado de São Paulo, que
acabou por tornar-se o mais rico do país.
Apesar de ter, ao longo da década de 90, um salto qualitativo na produção de bens
agrícolas, alcançando a liderança mundial em diversos produtos, com reformas
comandadas pelo governo federal, a pauta de exportação brasileira foi diversificada,
com uma enorme inclusão de bens de alto valor agregado como jóias, aviões, automóveis
e peças de vestuário.
Actualmente o país está entre os 20 maiores exportadores do mundo, com US$ 142
bilhões (em Abril 2007) vendidos entre produtos e serviços a outros países. Mas com um
crescimento de dois dígitos ao ano desde o governo Fernando Henrique, em poucos anos
a expectativa é que o Brasil esteja entre as principais plataformas de exportação do
mundo.
Em 2004 o Brasil começou a crescer, acompanhando a economia mundial. O governo diz
que isto deve-se a uma política adoptada pelo presidente Lula, no entanto, grande parte
da imprensa reclama das altas taxas de juros adoptadas pelo governo. No final de 2004 o
PIB cresceu 5,7%, a indústria cresceu na faixa de 8% e as exportações superaram todas as
expectativas. Porém em 2005 a economia desacelerou, com um crescimento de 3,2%,
sendo que em 2006 houve pequena melhoria, com um crescimento de 3,7%, muito abaixo
da média mundial para países emergentes, de 6,5%. Em 2007, superando as espectativas
dos especialistas, a economia se mostrou aquecida e voltou a crescer como em 2004,
com crescimento previsto de 5,4%, após 4,5% inicialmente, tendo a indústria o maior
crescimento. A taxa de investimento no Brasil situa-se em torno dos 17% do PIB, muito
inferior ao índice de seus pares emergentes. Em 2006 o PIB atingiu R$ 2,322 trilhões (US$
1,067 trilhão).
O Brasil é visto pelo mundo como um país com muito potencial assim como a Rússia,
Índia e China, as economias BRICs. A política externa adotada pelo Brasil prioriza a
aliança entre países sub-desenvolvidos para negociar com os países ricos. O Brasil, assim
como a Argentina e a Venezuela vêm mantendo o projeto da ALCA em discussão, apesar
das pressões dos Estados Unidos[carece de fontes?]. Existem também iniciativas de integração
na América do Sul, cooperação na economia e nas áreas sociais.
http://www.tudoemapostilas.com.br/ 67
Apostila Concurso Polícia Militar do Amazonas 2011

Alguns especialistas em economia, como o analista Peter Gutmann, afirmam que em


2050 o Brasil poderá vir a atingir o padrão de vida verificado em 2005 nos países da Zona
Euro. As últimas projeções (IBGE 2004) indicam que Brasília, a capital federal, tem o
maior PIB per capita do Brasil (US$ 19.071,29).
Economia diversificada
O país responde por três quintos da produção industrial da economia sul-americana e
participa de diversos blocos econômicos como: o Mercosul, o G-22 e o Grupo de Cairns.
Seu desenvolvimento científico e tecnológico, aliado a um parque industrial diversificado
e dinâmico, atrai empreendimentos externos. Os investimentos diretos foram em média
da ordem de US$ 20 bilhões/ano, contra US$ 2 bilhões/ano da década passada.

O Brasil comercializa regularmente com mais de uma centena de países, sendo que 74%
dos bens exportados são manufacturas ou semimanufacturas. Os maiores parceiros são:
União Européia (com 26% do saldo); EUA (24%); Mercosul e América Latina (21%); e Ásia
(12%). Um sector dos mais dinâmicos nessa troca é o de agronegócio que mantém há duas
décadas o Brasil entre os países com maior produtividade no campo.
Dono de sofisticação tecnológica, o país desenvolve submarinos a aeronaves e também
está presente na pesquisa aeroespacial, possui Centro de Lançamento de Veículos Leves
e foi o único país do Hemisfério Sul a integrar a equipa de construção da Estação Espacial
Internacional (ISS). Pioneiro na pesquisa de petróleo em águas profundas, de onde extrai
73% de suas reservas, foi a primeira economia capitalista a reunir as dez maiores
empresas montadoras de automóvel no seu território. Fonte: Portal do Governo Brasileiro

2.2 História do Amazonas

A História do Amazonas é o domínio da História concentrado na evolução do estado do


Amazonas, na região norte do Brasil. A rigor, a História amazonense começa antes do
descobrimento do Brasil, quando o atual território do estado era povoado por índios das
nações jê e aruaque, entre outros.

2.2.1 Fases da Ocupação do Amazonas

Originalmente, a área do atual Estado do Amazonas não integrava as terras portuguesas,


conforme os termos do Tratado de Tordesilhas, ficando sob domínio espanhol. O primeiro
europeu a percorrer todo o curso do rio Amazonas teria sido o espanhol Francisco de
Orellana, entre 1539 e 1541, desde a cordilheira dos Andes até ao Oceano Atlântico.
Iniciava-se, à época, a lenda de que a mítica cidade de El Dorado ficaria em algum ponto
entre o Amazonas e as Guianas. Orellana afirmou ter encontrado e combatido uma tribo
de mulheres guerreiras e por isso batizou aquele curso de "rio das Amazonas", em
referência às personagens da mitologia grega. Um companheiro de Orellana, Gonzalo
Hernández de Oviedo y Valdés, divulgou relatos da expedição, com descrição das
riquezas e dos habitantes da região, que foram publicados em Veneza em 1556. Uma
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Apostila Concurso Polícia Militar do Amazonas 2011

nova expedição em 1561 tentou repetir a façanha de Orellana, mas quase não conseguiu:
o comandante, Pedro de Ursua, foi assassinado pelo seu sucessor, Lope de Aguirre,
enlouqueceu vítima de delírio tropical.Cruel em todos aspectos Aguirre também matou
sua filha de quinze anos e vários índios.

A primazia da ocupação da foz do grande rio (atuais estados do Amapá e do Pará), em


função da sua exploração econômica, coube a ingleses e holandeses, que instalaram
feitorias nas margens dos maiores rios da região, para extrair madeira e especiarias,
como o cravo, o urucum, o guaraná, resinas e outros (as chamadas drogas do sertão),
desde 1596.

Assim, desde cedo a economia da região amazônica se baseou no extrativismo e não na


agromanufatura açucareira, como em outras regiões coloniais.

2.2.2- A Dinastia Filipina

As expedições de Orellana e Pedro Teixeira percorreram todo o rio Amazonas, desde a


foz (à direita) até o Equador (à esquerda)

Com a Dinastia Filipina, em 1580, a linha de Tordesilhas perdeu, na prática, o seu efeito.
Ao mesmo tempo, os inimigos da Espanha passaram a sentir-se livres para incursionar
sobre os domínios ultramarinos portugueses.

Em 1612, o rei Jaime I da Inglaterra comissionou Robert Harcourt para explorar a região.
No mesmo ano, os franceses fundaram a França Equinocial na ilha de São Luís, na costa
do Maranhão, conquistada em fins de 1615 por tropas luso-espanholas. Após essa
conquista, Francisco Caldeira de Castelo Branco foi designado para avançar rumo à foz
do grande rio, fundando em dezembro desse mesmo ano o Forte do Presépio, núcleo da
atual cidade de Belém do Pará. O território foi incorporado ao Estado do Maranhão
criado em 1621 por Filipe III de Espanha. Recorde-se que Marañón era o nome dado pelos
espanhóis ao rio Amazonas, e continua a sê-lo até hoje, no Peru.

Entre 1637 e 1639, uma expedição comandada por Pedro Teixeira subiu e desceu o curso
do rio Amazonas, chegando até Quito, no Equador, fundando a atual cidade de
Franciscana, já em território peruano.

Com a Restauração Portuguesa, em 1640, o Estado do Maranhão voltou à soberania de


Lisboa, agora expandido, uma vez que por essa época, os portugueses, a partir de Belém
do Pará, já promoviam expedições regulares no Amazonas e no baixo rio Madeira.

2.3.3 - Os bandeirantes

Entre 1648 e 1652, o bandeirante paulista Antônio Raposo Tavares saiu em seu périplo e,
subindo a bacia do rio Paraguai, atingiu o Guaporé (atual Rondônia), percorreu o
Altiplano, e de lá alcançou e desceu o Amazonas até Gurupá, no Pará, junto à foz. Foi a
primeira expedição luso-brasileira de amplo reconhecimento.

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Apostila Concurso Polícia Militar do Amazonas 2011

2.3.4 - Ocupação portuguesa

Em 1669, foi fundado o Forte de São José da barra do rio Negro, na área onde hoje fica
Manaus, pelo capitão português Francisco da Mota Falcão. A fortificação serviu como
base para o (esparso) povoamento da bacia amazônica, permitindo a subida dos rios
Negro e Branco, no atual Roraima, de onde se chegava ao Orinoco. Também começou a
ocupação dos rios Solimões (Alto Amazonas) e Madeira. Os primeiros colonos enfrentaram
hostilidade dos nativos, como as tribos dos torás e manaós (que deram origem ao nome
da capital) do cacique Ajuricaba, que investiam contra os povoamentos e destruíam
casas e instalações.

Para catequisar (e pacificar) os índios, os jesuítas (principalmente espanhóis)


construíram missões, principalmente nas bacias do Solimões e do Juruá, liderados pelo
padre Samuel Fritz. No entanto, a atividade missionária foi vista como ocupação
estrangeira e a Coroa portuguesa determinou a expulsão dos jesuítas da região. As
campanhas militares contra as missões ocorreram entre 1691 e 1697, comandadas por
Inácio Correia de Oliveira, Antônio de Miranda e José Antunes da Fonseca no Solimões e
Francisco de Melo Palheta no Alto Madeira. Belchior Mendes de Morais garantiu a posse
portuguesa sobre a bacia do Napo. Os missionários espanhóis foram substituídos por
outros, portugueses, principalmente carmelitas e mercedários. Nasceram nessa época as
povoações que dariam origem às atuais Barcelos (então chamada Mariuá), Tefé, São
Paulo de Olivença, Coari, Borba, Airão e Carvoeiro.

Os franceses e espanhóis voltaram a fazer incursões na região, e os portugueses


decidiram fechar o rio Madeira à navegação estrangeira em 1732. Mesmo assim, os
bandeirantes José Leme do Prado e Manuel Félix de Lima exploraram a área, descendo
até Cuiabá no Mato Grosso, e criando um eixo de comércio amazônico, entre Cuiabá,
Manaus e Belém. Foram erguidas fortificações portuguesas em Tabatinga, São Gabriel da
Cachoeira, Maribatanas e São Joaquim, dando início a novos povoados.

2.3.5- Capitania junto com Grão-Pará

O Estado do Maranhão virou "Grão-Pará e Maranhão" em 1737 e sua sede foi transferida
de São Luís para Belém do Pará. O tratado de Madri de 1750 confirmou a posse
portuguesa sobre a área. Para estudar e demarcar os limites, o governador do Estado,
Francisco Xavier de Mendonça Furtado, instituiu uma comissão com base em Mariuá em
1754. Em 1755 foi criada a Capitania de São José do Rio Negro, no atual Amazonas,
subordinada ao Grão-Pará. As fronteiras, então, eram bem diferentes das linhas retas
atuais: o Amazonas incluía Roraima, parte do Acre e se expandia para sul com parte do
que hoje é o Mato Grosso. O governo colonial concedeu privilégios e liberdades para
quem se dispusesse a emigrar para a região, como isenção de impostos por 16 anos
seguidos. No mesmo ano, foi criada a Companhia Geral do Comércio do Grão-Pará e
Maranhão para estimular a economia local. Em 1757 tomou posse o primeiro governador
da capitania, Joaquim de Melo e Póvoas, e recebeu do Marquês de Pombal a
determinação de expulsar à força todos os jesuítas (acusados de voltar os índios contra a
metrópole e não lhes ensinar a língua portuguesa).
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Apostila Concurso Polícia Militar do Amazonas 2011

Em 1772, a capitania passou a se chamar Grão-Pará e Rio Negro e o Maranhão foi


desmembrado. Com a mudança da Família Real para o Brasil, foi permitida a instalação
de manufaturas e o Amazonas começou a produzir algodão, cordoalhas, manteiga de
tartaruga, cerâmica e velas. Os governadores que mais trabalharam pelo
desenvolvimento até então foram Manuel da Gama Lobo d'Almada e João Pereira Caldas.
Em 1821, Grão Pará e Rio Negro viraram a província unificada do Grão-Pará. No ano
seguinte, o Brasil proclamou a Independência.

Em meados do século XIX foram fundados os primeiros núcleos que deram origem às
atuais cidades de Itacoatiara, Parintins, Manacapuru e Careiro e Moura. A capital foi
situada em Mariuá (entre 1755-1791 e 1799-1808), e em São José da Barra do Rio Negro
(1791-1799 e 1808-1821). Uma revolta em 1832 exigiu a autonomia do Amazonas como
província separada do Pará. A rebelião foi sufocada, mas os amazonenses conseguiram
enviar um representante à Corte Imperial, Frei José dos Santos Inocentes, que obteve no
máximo a criação da Comarca do Alto Amazonas. Com a Cabanagem, em 1835-1840, o
Amazonas manteve-se fiel ao governo imperial e não aderiu à revolta. Como espécie de
recompensa, o Amazonas se tornou uma província autônoma em 1850, separando-se
definitivamente do Pará. Com a autonomia, a capital voltou para esta última, renomeada
como "Manaus" em 1856.

2.3.6 Presença dos missionários.

Na virada do século XVII o domínio português balizava-se na Amazônia pelo posto


avançado de Franciscana, a oeste, e por fortificações em Guaporé, ao norte. Os
franceses, instalados em Caiena, pretendiam descer o litoral para alcançar o Amazonas,
instigando surtidas constantes de sacerdotes, pescadores e predadores de índios. Ao
mesmo tempo, as expedições lusas de reconhecimento enfrentavam grandes dificuldades
na atual região do Amazonas: no rio Negro, os manaus, coligados com tribos vizinhas, e
os torás, na bacia do Madeira, entregavam-se a guerra de morte contra sertanistas e
coletores de especiarias.

Na zona do Solimões a penetração portuguesa defrontou-se com missões castelhanas,


dirigidas pelo jesuíta Samuel Fritz, que floresciam na bacia do Juruá, e talvez mais a
leste. Logo chegaram ordens de Lisboa para que forças militares invadissem o território
das missões espanholas, a fim de expulsar os padres e os soldados que as amparavam.
Com efeito, entre 1691 e 1697, Inácio Correia de Oliveira, Antônio de Miranda e José
Antunes da Fonseca apossaram-se do Solimões, enquanto Francisco de Melo Palheta
garantia o domínio lusitano no alto Madeira e Belchior Mendes de Morais invadia a bacia
do Napo. Restava aproveitar o imenso espaço conquistado, tornando-o produtivo. A coroa
portuguesa, necessitando assim consolidar sua posição, solicitou o trabalho missionário
na área.

A obra a que se deviam entregar os religiosos estava compreendida no chamado


Regimento das Missões (1686). Incluía, afora a conversão católica dos gentios, sua
incorporação ao domínio político da coroa mediante o aprendizado da língua portuguesa,
a organização das tribos em núcleos de caráter urbano e, sobretudo, o aproveitamento
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Apostila Concurso Polícia Militar do Amazonas 2011

racionalizado de sua força de trabalho em atividades extrativas e agrícolas. Regulada a


divisão do território entre as ordens, por meio de cartas régias (1687-1714), vários grupos
de religiosos iniciaram a tarefa sistemática de colonização, espalhando suas missões num
raio de milhares de quilômetros pelo vale amazônico.

Foram os carmelitas, acompanhados de perto pelos inacianos e mercedários, que mais


aprofundaram a colonização nos antigos domínios espanhóis, ocupando a área atual do
estado do Amazonas. As missões jesuíticas espalharam-se pelo vale contíguo do Tapajós
e, mais a oeste, pelo do Madeira, enquanto os mercedários se estabeleceram próximo à
divisa com o Pará, nos cursos do Urubu e do Uatumã. Os carmelitas disseminaram seus
aldeamentos ao longo do Solimões, do Negro e, ao norte, do Branco, no atual estado de
Roraima.

Assim distribuídas, as missões entregaram-se a diligente trabalho de exploração


econômica em suas circunscrições. A própria metrópole incentivou tal empreendimento,
uma vez que perdera seu império asiático e necessitava dar continuidade ao comércio de
especiarias, de que o Amazonas se mostrava muito rico. Os religiosos corresponderam de
imediato a essa solicitação, iniciando as primeiras atividades extrativas de vulto. Firmou-
se, dessa maneira, a exportação regular de cravo, cacau, baunilha, canela, resinas
aromáticas e plantas medicinais, toda ela sob o controle dos missionários, que dispunham
do indígena como mão-de-obra altamente produtiva.

No empenho de converter os gentios à fé católica e de ampliar o comércio de


especiarias, ou "drogas do sertão", os religiosos com freqüência transferiam suas missões
de um ponto a outro, seguindo sempre a margem dos rios. Da multiplicidade desses
aldeamentos surgiram dezenas de povoados, a exemplo de Cametá, no deságüe do
Tocantins; Airão, Carvoeiro, Moura e Barcelos, no rio Negro; Santarém, na foz do
Tapajós; Faro, no rio Nhamundã; Borba, no rio Madeira; Tefé, São Paulo de Olivença e
Coari, no Solimões; e em continuação, no curso do Amazonas, Itacoatiara e Silves.
Capitania do Rio Negro. Os sertanistas acompanharam os missionários na intensa
atividade de exploração do Amazonas. Sua ação, em geral estimulada pelas autoridades
coloniais, devia facilitar o trabalho dos provedores da fazenda, sob a direção dos quais
corriam os serviços do fisco.

Desvendavam-se os caminhos, reconhecia-se o espaço em que se davam operações


econômicas de vulto, e facilitavam-se as comunicações pelo interior. A expansão
portuguesa, dessa forma, implantava-se cada vez mais firme no oeste, em toda a
extensão longitudinal além do limite do Tratado de Tordesilhas, já letra morta em inícios
do século XVII.

No Rio Negro, entretanto, a oposição indígena era violenta. Em 1639, o sargento


Guilherme Valente, para vencer o obstáculo, passou a viver maritalmente com a filha de
um chefe manau. Ajuricaba, outro chefe manau, não aceitou a situação e passou a
liderar o combate aos invasores. Levantou o vale todo e sagrou-se o herói amazonense,
lutando até cair prisioneiro dos portugueses. Buscando detratá-lo, os traficantes de
escravos acusaram-no de estar a serviço dos holandeses de Suriname. Preferindo a morte
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Apostila Concurso Polícia Militar do Amazonas 2011

ao opróbio de uma condenação pelos brancos, Ajuricaba suicidou-se na baía de Boioçu,


depois de tentar a insurreição dos que com ele desciam presos. Criou-se então uma lenda
indígena segundo a qual, quando as águas da baía se encapelam, estariam exteriorizando
o desespero de Ajuricaba em seu afã de libertar a raça.

Nos anos seguintes, intensificaram-se as atividades espanholas e francesas na região.


Para melhor defender a posse lusitana no Amazonas, o capitão Francisco da Mota Falcão
fundou em 1669 o forte de São José do Rio Negro. Mais de cinqüenta anos depois, quando
floresciam as missões naquela área, Francisco de Melo Palheta, incumbido de subir o
Amazonas, alcançou Santa Cruz de Cajuava, localidade próxima a Santa Cruz de la Sierra
(1722-1723). A seguir, as autoridades resolveram fechar à navegação o rio Madeira
(1732), numa época em que a colonização de Mato Grosso atingia seu auge. A proibição,
no entanto, não impediu que Manuel Félix de Lima e José Leme do Prado, entre 1742 e
1749, explorassem a área, em busca clandestina de especiarias, estabelecendo comércio
no eixo Cuiabá-Amazonas-Belém.

A partir de 1750, quando se iniciaram negociações com a Espanha a propósito das terras
invadidas e colonizadas, intentou-se a incorporação definitiva do Amazonas às possessões
lusitanas. Foi nomeado comissário de demarcações o governador do estado do Maranhão,
Francisco Xavier de Mendonça Furtado, que deveria realizar o levantamento da zona,
tanto no norte (do Negro ao Japurá) como no sul (do Madeira ao Javari). Estabelecendo
sua base de operações numa antiga missão carmelita do rio Negro, Mariuá (1754),
rebatizada Barcelos, demorou-se aí dois anos. Datam dessa época a criação de
pesqueiros para melhor abastecer os habitantes dos rios Negro, Branco e Solimões, e o
incremento da cultura de cereais em toda a região.

Por fim, segundo sugestões de Mendonça, o governo português autorizou a criação da


capitania de São José do Rio Negro (1755), separada do Pará. Visava-se, com o ato, a
consolidar o domínio luso do Amazonas, ponto extremo setentrional dos limites com as
possessões castelhanas. A disposição de incentivar os colonos a ocuparem o espaço da
nova capitania revela-se, ademais, nos privilégios, prerrogativas e liberdades concedidos
a quem lá fosse morar, compreendendo isenções de taxas, despesas de emolumentos,
fintas e outros tributos pelo prazo de 16 anos.

Ao tomar posse o primeiro governador, Joaquim de Melo e Póvoas (1757), a capitania


contava com 45 aldeias, das quais Silves, Serpa e São Paulo de Olivença foram logo
elevadas à categoria de vila, com nova denominação. Ainda sob o governo de Póvoas
desencadeou-se acirrada campanha contra os jesuítas, que resistiam à supressão de sua
influência sobre os índios e eram acusados de não lhes ensinar a língua portuguesa, a fim
de mantê-los sob controle, além de monopolizar o comércio das drogas em detrimento
dos negociantes locais. O marquês de Pombal ordenou que fossem retirados à força das
missões, expulsos da colônia e seqüestrados seus bens (1759).

A laicização dos antigos aldeamentos missionários, entretanto, não surtiu os resultados


esperados. Além disso, a Companhia Geral do Comércio do Grão-Pará e Maranhão, criada
para estimular as exportações através do desenvolvimento sistemático da produção
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Apostila Concurso Polícia Militar do Amazonas 2011

daquelas capitanias (1755), fez estacionar as atividades extrativas de que vivia São José
do Rio Negro. A nova capitania viveu, assim, durante todo o terceiro quartel do século,
sob desigual concorrência econômica com as suas vizinhas orientais.

Extinta a Companhia Geral do Comércio, os governadores de Rio Negro puderam


desenvolver atividades produtivas em maior escala. Assim é que João Pereira Caldas e
Manuel da Gama Lobo d'Almada, os que mais se empenharam nesse sentido, deram novo
impulso à capitania, elevando seu nível social e econômico. Na fase de relativa
prosperidade, entre 1780 e 1820, criaram-se no Amazonas pequenas indústrias de tecidos
de algodão, manufaturas de cordoalhas, manteiga de tartaruga, cerâmica e velas, além
de se haver fomentado a agricultura de café, tabaco, algodão, arroz, milho, cacau,
mandioca, cana-de-açúcar, e a pecuária no vale do Rio Branco. Nos últimos anos antes da
independência, a capitania exportava em média, anualmente, cerca de cinqüenta mil
libras esterlinas, ou seja, um terço da exportação total do Pará.

Ao lado desse progresso, incentivavam-se as explorações científicas, entre as quais se


destaca a de Alexandre Rodrigues Ferreira, a fim de se examinarem terrenos e rios, com
vistas a seu aproveitamento agrícola. Fizeram-se também minuciosos trabalhos
topográficos e ecológicos, que muito contribuíram para melhor conhecimento da região,
seus recursos e suas populações. Levando em conta a necessidade de se estabelecerem
comunicações mais rápidas com Belém, o governador Almada transferiu, afinal, a sede
administrativa de Barcelos para a confluência do Negro-Amazonas (1791), no local em
que Mota Falcão erigira o forte de São José do Rio Negro, transformado então no
povoado da Barra, hoje Manaus.

2.3.7 Escravidão Indígena

De uma área com uma multiplicidade de povos ameríndios que seguiam seu
desenvolvimento próprio, a Amazônia havia se tornado, em menos de dois séculos,
território anexo ao reino português.
Além de serem capturados pelos soldados portugueses, os índios amazônicos passaram a
sofrer a ação dos missionários de diversas ordens religiosas que se dedicavam a convertê-
los à fé cristã – boa parte da ação jesuítica dizia respeito à produção de riquezas com o
emprego da mãode- obra indígena.
Os diversos povos amazônicos resistiram o quanto puderam, mas a “avalanche” européia
trazia muitíssimas armas desconhecidas. Além de uma tecnologia mais avançada, os
brancos trouxeram doenças contra as quais os índios não possuíam resistência. Sarampo,
gripe, tuberculose e outras enfermidades rapidamente se alastraram entre os grupos
indígenas da região, dizimando aldeias inteiras diante de pajés que não sabiam como
curar aquelas moléstias desconhecidas.

Passou a predominar por toda a Amazônia o uso de uma língua geral, de origem Tupi, que
auxiliava na incorporação dos índios à empresa colonial. A mestiçagem foi estimulada
dando origem à população cabocla, tão marcante nas terras amazônicas.
Calcula-se que, em 1740, havia cerca de 50 mil índios vivendo em aldeias formadas por
jesuítas e franciscanos. O inevitável resultado do processo de escravidão, imposto pelo

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Apostila Concurso Polícia Militar do Amazonas 2011

colonizador ou por meio da ação dos jesuítas, foi a redução maciça da população
indígena amazônica.

2.3.8 A Luta pela autonomia do Amazonas e a instalação da Provincia.

A capitania teve sua vida política encerrada como unidade distinta ao advento da
independência. Apesar dos esforços que sua população despendeu para que fosse
graduada na condição de província do império nascente, tal não ocorreu. Houve certa
perspectiva de êxito nos primeiros tempos, uma vez que conseguira mandar
representantes às cortes de Lisboa, o que lhe assegura uma situação privilegiada. As
autoridades locais entraram em conflito ao tratarem do futuro da ex-capitania,
sustentando umas o direito de que o Rio Negro se constituísse província, enquanto
outras, as judiciárias de preferência, sustentavam a tese de que a capitania era agora
mera comarca do Pará, sem governo próprio.

Em 1832, dado o estado de espírito agitadiço que envolvia todo o vale, os amazonenses
pegaram em armas, desligando a comarca de sua subordinação à província paraense e
proclamando-a província imperial. O pronunciamento foi esmagado pelas armas, sem que
o governo imperial atendesse às razões apresentadas pelos amazonenses, que enviaram
ao Rio de Janeiro um delegado, o religioso frei José dos Santos Inocentes. Em 1833,
passou a denominar-se Comarca do Alto Amazonas, governada por um juiz de direito e
por um comandante militar.

No período colonial levantara-se uma rede de fortificações para garantir o domínio


português: São Joaquim, São Gabriel de Cachoeira, Maribatanas e Tabatinga. O comando
militar resultava da necessidade de continuar a política de preservação do território que
fronteirava com cinco repúblicas de origem espanhola e a antiga Guiana Britânica.

Cabanagem. A comarca manteve-se fiel ao legislativo no decorrer da cabanagem,


movimento da população de raízes indígenas contra os dirigentes que lhes pareciam
estranhos às suas aflições, bem como protesto contra distâncias sociais e econômicas que
não lhes permitiam o acesso ao bem-estar material nem aos postos da mais alta
administração regional. Com a invasão dos cabanos, que obtiveram grandes adesões,
Manaus, assim como várias outras vilas, esteve em mãos dos rebeldes. Um caudilho
legalista pernambucano, Ambrósio Aires, cujo nome de guerra era Bararoá, e que
cumpria sentença por crime político no Rio Negro, combateu com bravura, perdendo a
vida numa surtida nos Autazes. Apolinário Maparajuba foi o chefe cabano de maior
nomeada.

Província. Em 1850, pela lei nº 592, de 5 de setembro, a comarca foi promovida a


província, aspiração das populações amazonenses que se julgavam preteridas em seus
direitos de autonomia. Um projeto a respeito fora apresentado ao Parlamento imperial
em 1826. Os presidentes do Pará por mais de uma vez haviam sustentado perante o
ministro do Império o acerto da providência. A instalação ocorreu a 1º de janeiro de
1852. Tenreiro Aranha, o primeiro presidente, criou os serviços públicos básicos. As

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rendas, no entanto, eram precaríssimas. O Pará e o Maranhão, por determinação do


governo nacional, supriram as deficiências com a remessa de numerário durante alguns
anos. Facilitando a montagem de uma tipografia, Aranha possibilitou a circulação do
primeiro jornal, o Cinco de Setembro.

Seguiram-se, na administração da província, 62 presidentes e vice-presidentes em


exercício. O progresso era lento. O crescimento demográfico não expressava dinamismo.
A navegação a vapor, resultante da ação do barão de Mauá e de Alexandre Amorim,
permitiu a circulação de mercadorias e de pessoas, diminuindo as distâncias. As flotilhas
de pequenas embarcações, que serviam ao vaivém mercantil, perderam substância. O
"regatão", mercador fluvial que substituíra o comerciante das vilas e cidades, embora
praticando abusos continuou a servir ao homem isolado pelo deserto.
Expedições científicas. Homens de ciência como Henry Walter Bates, Louis Agassiz, Von
Martius, João Martins da Silva Coutinho, William Chandless, continuando o esforço de
Alexandre Rodrigues Ferreira, identificaram a flora, a fauna, o solo, o subsolo, os grupos
indígenas. O Museu Botânico, fundado em Manaus em 1883 por Barbosa Rodrigues,
recolhia o material que se coletava na floresta e nas águas. Manuel Urbano da
Encarnação, descendente direto de índios muras, foi o grande desbravador do vale do
Purus-Acre, servindo de guia às expedições científicas, nos contatos com as populações
primitivas e no início da ocupação econômica da região. As levas de nordestinos que
começaram a chegar promoveram essa ocupação do interior, iniciando o rush da
borracha. O Acre é uma resultante dessa façanha que reproduzia o episódio do
bandeirismo colonial.

2.3.9 - Autonomia e Ciclo da Borracha

O primeiro presidente (governador) da nova província foi Tenreiro Aranha. Para enfrentar
as dificuldades financeiras da administração, ele conseguiu que o governo redirecionasse
parte das verbas do Pará e do Maranhão durante alguns anos, para suprir o orçamento
amazonense no início. Com este dinheiro, Aranha fundou uma tipografia e fez circular o
primeiro jornal do Amazonas, o Cinco de Setembro. O progresso introduziu o comércio
fluvial e o "regatão".

Os coletores de drogas do sertão se expandiram para o rio Juruá, o Purus e o Juari,


abrindo caminho para a instalação de seringais (estações de extração de látex, seiva
extraída das árvores seringueiras que serve como matéria-prima para fabricar borracha).
A nova atividade sustentou a economia do Amazonas a partir da década de 1850. Em
1853 foi fundada a Companhia de Navegação e Comércio da Amazônia, com investimento
do Barão de Mauá. Em 1866, o rio Amazonas foi aberto à navegação internacional.
Empresas estrangeiras, principalmente inglesas, investiam capital na região. A
lucratividade da borracha criou fortunas, financiou o crescimento de Manaus (que de vila
passou a cidade numa rápida urbanização) e atraiu imigrantes. A província começou a
receber imigração de várias partes do Brasil (principalmente nordestinos, fugindo da seca
de 1872) e também de países vizinhos, como Bolívia e Peru. A população se estendia
cada vez mais para o oeste, levando ao povoamento do Acre, já em território boliviano

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(o que causou o conflito que levou à Revolução Acreana). No auge, quase 100% da
produção mundial de borracha saía da Amazônia.

A capital, Manaus, foi expandida e urbanizada, para ganhar ares de metrópole européia.
Igarapés foram aterrados e abriram-se largas avenidas e boulevards. Datam dessa época
as construções do Teatro Amazonas, do Palácio Rio Negro, da Alfândega do Porto e do
Mercado Municipal Adolpho Lisboa, entre outros prédios exemplares. A população
amazonense quintuplicou entre 1870 e 1900, passando de 50 mil para 250 mil.

O corrida da borracha também estimulou expedições científicas para catalogar a


biodiversidade amazonense. Em 1883, o professor Barbosa Rodrigues funda o Museu
Botânico de Manaus. Cientistas brasileiros e estrangeiros como Carl von Martius, William
Chandless, Henry Walter Bates e Louis Agassiz exploram a floresta, quase sempre guiados
pelo caboclo Manuel Urbano da Encarnação.

A província do Amazonas se antecipou em quatro anos à Abolição, decretando o fim da


escravidão em 10 de julho de 1884 (embora houvesse poucos escravos).

A província do Amazonas tornou-se estado com a proclamação da República, em 15 de


novembro de 1889. O tenente Ximeno Villerroy foi nomeado interventor do governo
federal. A política sofreu sucessivas crises, com disputas patrocinadas pelos empresários
da borracha, e surgiram caudilhos locais, como Eduardo Ribeiro (modernizador de
Manaus) e Guerreiro Antoni. Em 1910, foi deposto o governador Clemente Ribeiro
Bittencourt.

O ciclo da borracha durou até 1913, quando o preço do produto no mercado


internacional sofreu forte baixa por causa da concorrência da Malásia (para onde foram
contrabandeadas sementes de seringueiras anos antes). A empresa Hevea, grande
exploradora do setor, transferiu-se para o Sudeste Asiático. Em 1920, praticamente já
não havia mais extração de látex e o Brasil contribuía com apenas 2% da produção
mundial. No mesmo ano, o Acre foi desmembrado do Amazonas, tornando-se território e
depois estado (em 1962).

2.3.10 República do Amazonas

Em 10 de julho de 1884 a província declarou extinta a escravidão, libertando os


trabalhadores negros. A Sociedade Emancipadora Amazonense e mais outras nove
associações que se espalhavam pela capital e pelo interior, movimentaram a causa.

Estabelecida a república em 21 de novembro de 1889, foi nomeado governador o tenente


Ximeno Villerroy. Três governantes, Taumaturgo de Azevedo, Antônio Clemente Ribeiro
Bitencourt e Turiano Meira, sofreram deposição.

Nas administrações Eduardo Ribeiro, Jônatas Pedrosa e Alcântara Bacelar, a luta política
exteriorizou-se mais intensamente por meio de pronunciamentos armados com
derramamento de sangue. Um tipo estranho, espécie de caudilho caboclo, Guerreiro
Antoni, comandou agitações, galvanizando a opinião estadual. Eduardo Ribeiro,
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Apostila Concurso Polícia Militar do Amazonas 2011

maranhense, cercou-se de prestígio popular. Iniciou a obra urbanizadora de Manaus,


assegurando-lhe muito da feição típica que possui; aterrou igarapés, abriu ruas,
avenidas, praças, construiu edifícios públicos.

O fastígio da borracha. A borracha dos seringais do Purus-Acre, do Juruá e do Madeira


projetava o Amazonas no cenário mundial. Manaus tornou-se um dos mais famosos
centros exóticos da Terra. Em seu teatro, decorado por artista italiano, com zimbório
trazido do pavilhão de festa da Exposição de Paris, apresentavam-se as melhores
companhias européias. Homens e mulheres de todas as cores e de todos os continentes
encontravam-se em Manaus. De todo o país, médicos, bacharéis, jornalistas,
engenheiros, agrônomos, comerciantes e operários iam "fazer o Amazonas". Navios das
mais variadas bandeiras fundeavam no porto. Este era uma construção típica, realizada
sobre tambores, que subiam e desciam ao sabor do movimento das águas. O amazonense
era o maior contribuinte, per capita, do erário federal. Nos seringais, bebiam-se as
melhores bebidas, comia-se o enlatado mais fino do Velho Mundo.

O presidente Afonso Pena, ao visitar a capital amazonense, declarou: "Manaus é uma


revelação da república". Manaus absorveu quase todo o rush da borracha. Os demais
centros urbanos, em conseqüência, não se desenvolveram. Tudo isso entrou em colapso
com a emigração da Hevea para o Oriente e a concorrência daquele mercado. O
funcionalismo deixou de receber os vencimentos. Numa administração, durante quatro
anos houve o calote oficial aos servidores -- o que explicou a adesão popular ao
pronunciamento que eclodiu em São Paulo em 1924 e teve repercussão imediata em
Manaus. Até então, os homens que comandavam a política, a vida intelectual e
econômica eram, na sua quase totalidade, de fora.

2.3.10.1 Governadores da Era Republicana

Capitão de engenheiros Augusto Ximenes de Villeroy (04/01 - 01/22/1890)


Histórico: não agradou aos poderosos do Estado. Dissolveu a Assembléia Provincial e
Câmara Municipal.

Eduardo Gonçalves Ribeiro (189*0-1891 / 1892 - 1896)


Histórico: No primeiro mandato foi mandado embora por ser favorável ao partido
Democrático. No segundo, chegou ao poder pro meio de eleição e aproveitando-se do
período da borracha, iniciou grandes obras como o Teatro Amazonas.

Coronel Guilherme José Moreira - Barão do Juruá (05 a 25/05/1981 e 30/06- 01/09-1891)
Histórico: nos dois mandatos assumiu inteiramente até ser substituído por um interventor
federal.

Coronel Antônio Gomes Pimentel (25/05 - 30/06/1981)


Histórico: atuou com interventor federal, executando ordens do governo central para o
Estado.

Gregório Thaumaturgo de Azevendo (1891-1892)

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Apostila Concurso Polícia Militar do Amazonas 2011

Histórico: primeiro governador eleito no Amazonas, porém, não agradou aos seus aliados
e se isolou aos poucos no governo.

Fileto Pires Ferreira (1896-1898)


Histórico: inaugurou o Teatro Amazonas, em 31 de dezembro de 1896. Foi vítima de um
golpe ao viajar para a Europa. Os opositores dele apresentaram ao Congresso Legislativo
um documento falso de renúncia, que de pronto o aceitou. Quando voltou, o vice
Ramalho Júnior, já havia assumido o poder.

Ramalho Júnior (1898-1890)


Histórico: caracterizou-se pelo desperdício de verbas públicas, comprometendo a
economia do Amazonas, mesmo o Estado passando pela grande expansão da borracha.

Silvo Nery (1900-1904)


Histórico: anulou os contratos efeitos no governo anterior. Durante o governo dele, o
Amazonas perdeu o Acre para a União.

Antônio Constantino Nery (1904-1906)


Histórico: construiu a Penitenciária, Biblioteca Pública, dependências da Palácio do
Governo e a Avenida Constantino Nery.

Affonso de Cavarlho (1906-1908)


Histórico: assumiu o governo para complementar o mandato de Constantino Nery, já que,
ele e o vice saíram do Poder alegando problemas de saúde. Colocou em dias os
pagamentos dos funcionários públicos, que estava atrasado.

Antônio Bittencourt (1908-1912)


Histórico: racionalizou as despesas públicas. Porém, não concordava com opiniões de
pessoas influentes da República o que colaborou para a queda dele em 1912.

Jonathas Pedrosa ( 1913-1917)


Histórico: assumiu com objetivo de acabar com a confusão que havia se instalado após a
saída do governador anterior, mas a investigação que mandou fazer não prosseguiu
porque as pessoas do governo dele estavam envolvidas na saída do ex governador. Por
conta disso, o vice- governador, Guerreiro
Antony, se transformou num opositor e as famílias Pedrosa e Antony se tornaram grandes
inimigos.

Alcântara Bacelar (1917- 1920)


Histórico: incorporou o Palácio Rio Negro com sede do Governo estadual e fundou o
Instituto Geográfico e Histórico do Amazonas.

Rego Monteiro (1920-1924)


Histórico: era totalmente submisso ao Governo Federal. Nepotismo e perseguição eram
práticas comuns no Governo dele. Pegou o começo da crise da borracha e a Rebelião de
1924, Manaus.

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Apostila Concurso Polícia Militar do Amazonas 2011

Efigênio Sales (1925-1929)


Histórico: priorizou a educação pública. Beneficiou grupos estrangeiros com concessões
de terra.

Dorval Porto (1929-1930)


Histórico: foi deposto em 1930, com a revolução que levou Getúlio Vargas ao poder. A
partir daí, os estados passaram a ser governos pro governos provisórios.

Álvaro Botelho Lima (1930-1931/1935-1945/1951-1954)


Histórico: no primeiro mandato atuou com interventor. No segundo foi eleito em 1945,
mas com a volta de Vargas em 47, ele ficou como interventor até 1945. No terceiro, foi
eleito em 1951.

Tenente Emanuel Moraes (10/07 a 05/08/1931)

Tenete Antônio Rogério Coimbra (1931-1932/1932/1933)

Waldemar Pedrosa (14/06 a 10/10/1932)

Capitão Nelson Melo (1900/1934-1934/1935)

Tenete Paulo Cordeiro de Melo (1933-1934)

Emiliano Stanislau Afonso (1945-1945)

Júlio José da Silva Nery (1945-1946)

Raimundo Nicolau da Silva (1946/1946)

João Nogueira da Mata (1946-1946)

Siseno Sarmento (1946-1947)

João Nogueira da Mata (1947-1947)

Leopoldo Amorim da Silva Neves (1947/1947)

Júlio de Carvalho Filho e Francisco A. Souto (1947/1951)

Plínio Ramos Coelho (1955-1958/1963-1964)


Histórico: no primeiro mandato chegou ao governo após vencer Álvaro Maia por pequena
diferença. No segundo mandato, foi eleito com apoio de Gilberto Mestinho, até ser
afastado pelo governo militar.

Gilberto Mestinho Medeiros Raposo (1949-1962/1983-1986/1991-1994)


Histórico: eleito em 1958 com apoio do então governador Plínio Colelho. Voltou em 1982
com a reabertura política, e assumiu o último mandato entre 1991 e 1994 sucedendo
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Apostila Concurso Polícia Militar do Amazonas 2011

Amazonino Mendes.

Artur Cezar Ferreira Reis (1964-1967)


Histórico: primeiro governador interventor, assumiu logo depois do Golpe Militar de 64.

Danilo Duarte de Matos Areosa (1967-1970)


Histórico: eleito pela Assembléia Legislativa, no governo dele foi implementada a Zona
Franca de Manaus, pelo Governo Federal.

João Walter de Andrade (1971-1975)


Histórico: assumiu o Estado como interventor.

Honoch da Silva Reis (1975-1978)


Histórico: antes de ser governado, assumiu a Prefeitura de Manacapuru. Assumiu o
governo indicado pelo presidente Ernesto Geisel.

José Bernadino Lindoso (1979-1981)


Histórico: passou apenas dois anos no poder porque em 1981 se candidatou a Senador.

Paulo Pinto Nery (1982)


Histórico: último governador do regime militar, assumiu na fase de transição para o
regime democrático.

Amazonino Armando Mendes (1987-1990/1995-1998/1999-2002)


Histórico: eleito com o apoio de Mestrinho, as administrações dele forma marcadas pela
grande quantidade de obra e propagandas das ações. Lançou o terceiro ciclo, que não
surtiu efeito e criou a Universidade do Estado do Amazonas (UEA).

Carlos Eduardo Braga (2003-2006)


Histórico: Chegou ao poder apoiado por Amazonino Mendes, mas rompeu com o ex-
governador no meio do mandato. Criou o programa de Saneamento dos Igarapés de
Manaus (Prosamin), conseguiu a prorrogação da Zona Franca de Manaus e iniciou as obras
do gasoduto Coari-Manaus.

2.3.11 Ciclo da borracha

O Ciclo da borracha constituiu uma parte importante da história econômica e social do


Brasil, estando relacionado com a extração e comercialização da borracha. Este ciclo
teve o seu centro na região amazônica, proporcionando grande expansão da colonização,
atraindo riqueza e causando transformações culturais e sociais, além de dar grande
impulso às cidades de Manaus, Porto Velho e Belém, até hoje maiores centros e capitais
de seus Estados, Amazonas, Rondônia e Pará, respectivamente. No mesmo período foi
criado o Território Federal do Acre, atual Estado do Acre, cuja área foi adquirida da
Bolívia por meio de uma compra por 2 milhões de libras esterlinas em 1903. O ciclo da
borracha viveu seu auge entre 1879 a 1912, tendo depois experimentado uma sobrevida
entre 1942 e 1945 durante a II Guerra Mundial (1939-1945).

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Apostila Concurso Polícia Militar do Amazonas 2011

Linhas gerais

A primeira fábrica de produtos de borracha (ligas elásticas e suspensórios) surgiu na França, em


Paris, no ano de 1803. Contudo, o material ainda apresentava algumas desvantagens: à temperatura
ambiente, a goma mostrava-se pegajosa. Com o aumento da temperatura, a goma ficava ainda mais
mole e pegajosa, ao passo que a diminuição da temperatura era acompanhada do endurecimento e
rigidez da borracha.
Foram os índios centro-americanos os primeiros a descobrir e fazer uso das propriedades
singulares da borracha natural. Entretanto, foi na floresta amazônica que de fato se
desenvolveu a atividade da extração da borracha, a partir da seringa ou seringueira
(Hevea brasiliensis), uma árvore que pertence à família das Euphorbiaceae, também
conhecida como árvore da fortuna.
Do caule da seringueira é extraído um líquido branco, chamado látex, em cuja
composição ocorre, em média, 35% de hidrocarbonetos, destacando-se o 2-metil-1,3-
butadieno (C5H8), comercialmente conhecido como isopreno, o monômero da borracha.
O látex é uma substância praticamente neutra, com pH 7,0 a 7,2. Mas, quando exposta
ao ar por um período de 12 a 24 horas, o pH cai para 5,0 e sofre coagulação espontânea,
formando o polímero que é a borracha, representada por (C5H8)n, onde n é da ordem de
10.000 e apresenta massa molecular média de 600 000 a 950 000 g/mol.
A borracha, assim obtida, possui desvantagens. Por exemplo, a exposição ao ar provoca a
mistura com outros materiais (detritos diversos), o que a torna perecível e putrefável,
bem como pegajosa devido à influência da temperatura. Através de um tratamento
industrial, eliminam-se do coágulo as impurezas e submete-se a borracha resultante a um
processo denominado vulcanização, resultando a eliminação das propriedades
indesejáveis. Torna-se assim imperecível, resistente a solventes e a variações de
temperatura, adquirindo excelentes propriedades mecânicas e perdendo o carácter
pegajoso.

2.3.11.1 O primeiro ciclo da borracha - 1879/1912


Durante os primeiros quatro séculos e meio do descobrimento, como não foram
encontradas riquezas de ouro ou minerais preciosos na Amazônia, as populações da hiléia
brasileira viviam praticamente em isolamento, porque nem a coroa portuguesa e,
posteriormente, nem o império brasileiro conseguiram concretizar ações governamentais
que incentivassem o progresso na região. Vivendo do extrativismo vegetal, a economia
regional se desenvolveu por ciclos (Drogas do Sertão), acompanhando o interesse do
mercado nos diversos recursos naturais da região.

Borracha: lucro certo

Belém ficou conhecida como Paris n'América no Ciclo da Borracha


O desenvolvimento tecnológico e a revolução industrial, na Europa, foram o estopim que
fizeram da borracha natural, até então um produto exclusivo da Amazônia, um produto
de muita procura, valorizado e de preço elevado, gerando lucros e dividendos a quem
quer que se aventurasse neste comércio.
Desde o início da segunda metade do século XIX, a borracha passou a exercer forte
atração sobre empreendedores visionários. A atividade extrativista do látex na Amazônia
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Apostila Concurso Polícia Militar do Amazonas 2011

revelou-se de imediato muito lucrativa. A borracha natural logo conquistou um lugar de


destaque nas indústrias da Europa e da América do Norte, alcançando elevado preço. Isto
fez com que diversas pessoas viessem ao Brasil na intenção de conhecer a seringueira e
os métodos e processos de extração, a fim de tentar também lucrar de alguma forma
com esta riqueza.
A partir da extração da borracha surgiram várias cidades e povoados, depois também
transformados em cidades. Belém e Manaus, que já existiam, passaram então por
importante transformação e urbanização. Manaus foi a primeira cidade brasileira a ser
urbanizada e a segunda a possuir energia elétrica - a primeira foi Campos dos
Goytacazes, no Rio de Janeiro.

Projetos de uma ferrovia para escoar a produção da borracha

O ciclo da borracha justificou a construção da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré

A idéia de construir uma ferrovia nas margens dos rios Madeira e Mamoré surgiu na
Bolívia, em 1846. Como o país não tinha como escoar a produção de borracha por seu
território, era necessário criar alguma alternativa que possibilitasse exportar a borracha
através do Oceano Atlântico.
A idéia inicial optava pela via da navegação fluvial, subindo o rio Mamoré em território
boliviano e depois pelo rio Madeira, no Brasil. Mas o percurso fluvial tinha grandes
obstáculos: vinte cachoeiras impediam a navegação. E foi aí que cogitou-se a construção
de uma estrada de ferro que cobrisse por terra o trecho problemático.
Em 1867, no Brasil, também visando encontrar algum meio que favorecesse o transporte
da borracha, os engenheiros José e Francisco Keller organizaram uma grande expedição,
explorando a região das cachoeiras do rio Madeira para delimitar o melhor traçado,
visando também a instalação de uma ferrovia.
Embora a idéia da navegação fluvial fosse complicada, em 1869, o engenheiro
estadunidense George Earl Church obteve do governo da Bolívia a concessão para criar e
explorar uma empresa de navegação que ligasse os rios Mamoré e Madeira. Mas, não
muito tempo depois, vendo as dificuldades reais desta empreitada, os planos foram
definitivamente mudados para a construção de uma ferrovia.
As negociações avançam e, ainda em 1870, o mesmo Church recebe do governo brasileiro
a permissão para construir então uma ferrovia ao longo das cachoeiras do Rio Madeira.

A Questão do Acre

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Apostila Concurso Polícia Militar do Amazonas 2011

Mas o exagero do extrativismo descontrolado da borracha estava em vias de provocar um


conflito internacional. Os trabalhadores brasileiros cada vez mais adentravam nas
florestas do território da Bolívia em busca de novas seringueiras para extrair o precioso
látex, gerando conflitos e lutas por questões fronteiriças no final do século XIX, que
exigiram inclusive a presença do exército, liderado pelo militar José Plácido de Castro.
A república brasileira, recém proclamada, tirava o máximo proveito das riquezas obtidas
com a venda da borracha, mas a Questão do Acre (como estavam sendo conhecidos os
conflitos fronteiriços por conta do extrativismo da borracha) preocupava.
Foi então a providencial e inteligente intervenção do diplomata Barão do Rio Branco e do
embaixador Assis Brasil, em parte financiados pelos barões da borracha, que culminou na
assinatura do Tratado de Petrópolis, assinado 17 de novembro de 1903 no governo do
presidente Rodrigues Alves. Este tratado pôs fim à contenda com a Bolívia, garantindo o
efetivo controle e a posse das terras e florestas do Acre por parte do Brasil.
O Brasil recebeu a posse definitiva da região em troca de terras de Mato Grosso, do
pagamento de 2 milhões de libras esterlinas e do compromisso de construir uma ferrovia
que superasse o trecho encachoeirado do rio Madeira e que possibilitasse o acesso das
mercadorias bolivianas (sendo a borracha o principal), aos portos brasileiros do Atlântico
(inicialmente Belém do Pará, na foz do rio Amazonas).
Devido a este episódio histórico, resolvido pacificamente, a capital do Acre recebeu o
nome de Rio Branco e dois municípios deste Estado receberam nomes de outras duas
importantes personagens: Assis Brasil e Plácido de Castro.

Madeira-Mamoré, finalmente pronta. Mas para quê?

A ferrovia Madeira-Mamoré, também conhecida como Ferrovia do Diabo por ter causado
a morte de cerca de seis mil trabalhadores (comenta a lenda que foi um trabalhador
morto para cada dormente fixado nos trilhos), foi encampada pelo megaempresário
estadunidense Percival Farquhar. A construção da ferrovia iniciou-se em 1907 durante o
governo de Affonso Penna e foi um dos episódios mais significativos da história da
ocupação da Amazônia, revelando a clara tentativa de integrá-la ao mercado mundial
através da comercialização da borracha.
Em 30 de abril de 1912 foi inaugurado o último trecho da estrada de ferro Madeira-
Mamoré. Tal ocasião registra a chegada do primeiro comboio à cidade de Guajará-Mirim,
fundada nessa mesma data.
Mas o destino da ferrovia que foi construída com o propósito principal de escoar a
borracha e outros produtos da região amazônica, tanto da Bolívia quanto do Brasil, para
os portos do Atlântico, e que dizimara milhares de vidas, foi o pior possível.
Primeiro, porque o preço do látex caiu vertiginosamente no mercado mundial,
inviabilizando o comércio da borracha da Amazônia. Depois, devido ao fato de que o
transporte de outros produtos que poderia ser feito pela Madeira-Mamoré foi deslocado
para outras duas estradas de ferro (uma delas construída no Chile e outra na Argentina) e
para o Canal do Panamá, que entrou em atividade em 15 de Agosto de 1914.
Alie-se a esta conjuntura o fator natureza: a própria floresta amazônica, com seu alto
índice de precipitação pluviométrica, se encarregou de destruir trechos inteiros dos

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Apostila Concurso Polícia Militar do Amazonas 2011

trilhos, aterros e pontes, tomando de volta para si grande parte do trajeto que o homem
insistira em abrir para construir a Madeira-Mamoré.
A ferrovia foi desativada parcialmente na década de 1930 e totalmente em 1972, ano em
que foi inaugurada a Rodovia Transamazônica (BR-230). Atualmente, de um total de 364
quilômetros de extensão, restam apenas 7 quilômetros ativos, que são utilizados para
fins turísticos.
A população rondoniense luta para que a tão sonhada revitalização da EFMM saia do
papel, mas até à data 1º de dezembro de 2006 a obra ainda nem havia começado. A falta
de interesse dos orgãos públicos, em especial das prefeituras, e a burocracia impedem o
projeto.

2.3.11.2 Apogeu, requinte e luxo

Os novos ricos de Manaus tornaram a cidade a capital mundial da


venda de diamantes.
Belém, capital do Estado do Pará, assim como Manaus, capital do
Estado do Amazonas, eram na época consideradas cidades
brasileiras das mais desenvolvidas e umas das mais prósperas do
mundo, principalmente Belém, não só pela sua posição estratégica
- quase no litoral -, mas também porque sediava um maior número
de residências de seringalistas que Manaus. Ambas possuíam luz elétrica e sistema de
água encanada e esgotos. Viveram seu apogeu entre 1890 e 1920, gozando de tecnologias
que outras cidades do sul e sudeste do Brasil ainda não possuíam, tais como bondes
elétricos, avenidas construídas sobre pântanos aterrados, além de edifícios imponentes e
luxuosos, como o requintado Teatro Amazonas, o Palácio do Governo, o Mercado
Municipal e o prédio da Alfândega, no caso de Manaus, e o mercado de peixe, mercado
de ferro, Teatro da Paz, corredores de mangueiras, diversos palacetes residenciais no
caso de Belém, construídos em boa parte pelo intendente Antônio Lemos.
A influência européia logo se fez notar em Manaus e Belém, na arquitetura da
construções e no modo de viver, fazendo do século XIX a melhor fase econômica vivida
por ambas cidades. A Amazônia era responsável, nessa época, por quase 40% de toda a
exportação brasileira. Os novos ricos de Manaus tornaram a cidade a capital mundial da
venda de diamantes. Graças à borracha, a renda per capita de Manaus era duas vezes
superior à da região produtora de café (São Paulo, Rio de Janeiro e Espírito Santo).
Moeda da borracha: libra esterlina: como forma de pagamento pela exportação da
borracha, os seringalistas recebiam em libra esterlina (£), moeda do Reino Unido, que
inclusive era a mesma que circulava em Manaus e Belém durante a Belle Époque
amazônica.

O fim do monopólio amazônico da borracha

A Estrada de Ferro Madeira-Mamoré, terminada em 1912, já chegava tarde. A Amazônia


já estava perdendo a primazia do monopólio de produção da borracha porque os seringais
plantados pelos ingleses na Malásia, no Ceilão e na África tropical, com sementes
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oriundas da própria Amazônia, passaram a produzir látex com maior eficiência e


produtividade. Conseqüentemente, com custos menores e preço final menor, o que os
fez assumir o controle do comércio mundial do produto.
A borracha natural da Amazônia passou a ter um preço proibitivo no mercado mundial,
tendo como reflexo imediato a estagnação da economia regional. A crise da borracha
tornou-se ainda maior porque a falta de visão empresarial e governamental resultou na
ausência de alternativas que possibilitassem o desenvolvimento regional, tendo como
conseqüência imediata a estagnação também das cidades. A falta não pode ser atribuída
apenas aos empresários tidos como barões da borracha e à classe dominante em geral,
mas também ao governo e políticos que não incentivaram a criação de projetos
administrativos que gerassem um planejamento e um desenvolvimento sustentado da
atividade de extração do látex.

A Malásia, que investiu no plantio de seringueiras e em técnicas de extração do látex, foi


a principal responsável pela queda do monopólio brasileiro
Embora restando a ferrovia Madeira-Mamoré e as cidades de Porto Velho e Guajará-Mirim
como herança deste apogeu, a crise econômica provocada pelo término do ciclo da
borracha deixou marcas profundas em toda a região amazônica: queda na receita dos
Estados, alto índice de desemprego, êxodo rural e urbano, sobrados e mansões
completamente abandonados, e, principalmente, completa falta de expectativas em
relação ao futuro para os que insistiram em permanecer na região.
Os trabalhadores dos seringais, agora desprovidos da renda da extração, fixaram-se na
periferia de Manaus em busca de melhores condições de vida. Aí, por falta de habitação,
iniciaram, a partir de 1920, a construção da cidade flutuante, gênero de moradia que se
consolidaria na década de 1960.
O governo central do Brasil até criou um órgão com o objetivo de contornar a crise,
chamado Superintendência de Defesa da Borracha, mas esta superintendência foi
ineficiente e não conseguiu garantir ganhos reais, sendo, por esta razão, desativada não
muito tempo depois de sua criação.
A partir do final da década de 1920, Henry Ford, o pioneiro da indústria americana de
automóveis, empreendeu o cultivo de seringais na Amazônia criando 1927 a cidade de
Fordlândia e posteriormente (1934) Belterra, no Oeste do Pará, especialmente para este
fim, com técnicas de cultivo e cuidados especiais, mas a iniciativa não logrou êxito já
que a plantação foi atacada por uma praga na folhagem conhecida como mal-de-folhas,
causada pelo fungo Microcyclus ulei.

2.3.11.3 O segundo ciclo da borracha - 1942/1945


A Amazônia viveria outra vez o ciclo da borracha durante a Segunda Guerra Mundial,
embora por pouco tempo. Como forças japonesas dominaram militarmente o Pacífico Sul
nos primeiros meses de 1942 e invadiram também a Malásia, o controle dos seringais
passou a estar nas mãos dos nipônicos, o que culminou na queda de 97% da produção da
borracha asiática.
Isto resultaria na implantação de mais alguns elementos, inclusive de infra-estrutura,
apenas em Belém, desta vez por parte dos Estados Unidos. A exemplo disso, temos o
Banco de Crédito da Borracha, actual BASA; o Grande Hotel, luxuoso hotel construído em

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Belém em apenas 3 anos, onde hoje é o Hilton Hotel; o aeroporto de Belém; a base aérea
de Belém; entre outros.

2.3.11.4 A batalha da borracha

Com o alistamento de nordestinos, Getúlio Vargas minimizou o problema da seca do


nordeste e ao mesmo tempo deu novo ânimo na colonização da Amazônia.
Na ânsia de encontrar um caminho que resolvesse esse impasse e, mesmo, para suprir as
Forças Aliadas da borracha então necessária para o material bélico, o governo brasileiro
fez um acordo com o governo dos Estados Unidos (Acordos de Washington), que
desencadeou uma operação em larga escala de extração de látex na Amazônia -
operação que ficou conhecida como a Batalha da borracha.
Como os seringais estavam abandonados e não mais de 35 mil trabalhadores
permaneciam na região, o grande desafio de Getúlio Vargas, então presidente do Brasil,
era aumentar a produção anual de látex de 18 mil para 45 mil toneladas, como previa o
acordo. Para isso seria necessária a força braçal de 100 mil homens.
O alistamento compulsório em 1943 era feito pelo Serviço Especial de Mobilização de
Trabalhadores para a Amazônia (SEMTA), com sede no nordeste, em Fortaleza, criado
pelo então Estado Novo. A escolha do nordeste como sede deveu-se essencialmente como
resposta a uma seca devastadora na região e à crise sem precedentes que os camponeses
da região enfrentavam.

Além do SEMTA, foram criados pelo governo nesta época, visando a dar suporte à Batalha
da borracha, a Superintendência para o Abastecimento do Vale da Amazônia (Sava), o
Serviço Especial de Saúde Pública (Sesp) e o Serviço de Navegação da Amazônia e de
Administração do Porto do Pará (Snapp). Criou-se ainda a instituição chamada Banco de
Crédito da Borracha, que seria transformada, em 1950, no Banco de Crédito da
Amazônia.

O órgão internacional Rubber Development Corporation (RDC), financiado com capital


dos industriais estadunidenses, custeava as despesas do deslocamento dos migrantes
(conhecidos à época como brabos). O governo dos Estados Unidos pagava ao governo
brasileiro cem dólares por cada trabalhador entregue na Amazônia.

O governo dos Estados Unidos pagava ao governo brasileiro cem dólares por cada
trabalhador entregue na Amazônia
Milhares de trabalhadores de várias regiões do Brasil foram compulsoriamente levados à
escravidão por dívida e à morte por doenças para as quais não possuíam imunidade. Só
do nordeste foram para a Amazônia 54 mil trabalhadores, sendo 30 mil deles apenas do
Ceará. Esses novos seringueiros receberam a alcunha de "Soldados da borracha", numa

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Apostila Concurso Polícia Militar do Amazonas 2011

alusão clara de que o papel do seringueiro em suprir as fábricas nos EUA com borracha
era tão importante quanto o de combater o regime nazista com armas.
Manaus tinha, em 1849, cinco mil habitantes, e, em meio século, cresceu para 70 mil.
Novamente a região experimentou a sensação de riqueza e de pujança. O dinheiro voltou
a circular em Manaus, em Belém, em cidades e povoados vizinhos e a economia regional
fortaleceu-se.

O kit básico

Cada migrante assinava um contrato com o SEMTA que previa um pequeno salário para o
trabalhador durante a viagem até a Amazônia. Após a chegada, receberiam uma
remuneração de 60% de todo capital que fosse obtido com a borracha.
O kit básico dos voluntários, ao assinar o contrato, consistia em:

• uma calça de mescla azul


• uma blusa de morim branco
• um chapéu de palha
• um par de alparcatas de rabicho
• uma caneca de flandre
• um prato fundo
• um talher
• uma rede
• uma carteira de cigarros Colomy
• um saco de estopa no lugar da mala

Após recrutados, os voluntários ficavam acampados em alojamentos construídos para


este fim, sob rígida vigilância militar, para depois seguirem até à Amazônia, numa
viagem que podia demorar de 2 a 3 meses.

Um caminho sem volta

Mosquito, elemento transmissor da malária e da febre amarela,


doenças que causaram muitas mortes aos seringueiros
Entretanto, para muitos trabalhadores, este foi um
caminho sem volta. Cerca de 30 mil seringueiros
morreram abandonados na Amazônia, depois de terem
exaurido suas forças extraindo o ouro branco. Morriam de
malária, febre amarela, hepatite e atacados por animais
como onças, serpentes e escorpiões. O governo brasileiro também não cumpriu a
promessa de reconduzir os soldados da borracha de volta à sua terra no final da guerra,
reconhecidos como heróis e com aposentadoria equiparada à dos militares. Calcula-se
que conseguiram voltar ao seu local de origem (a duras penas e por seus próprios meios)
cerca de seis mil homens.

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Apostila Concurso Polícia Militar do Amazonas 2011

Mas quando chegavam tornavam-se escravos por dívida dos coronéis seringueiros e
morriam em consequência das doenças, da fome ou assassinados quando resistiam
lembrando as regras do contrato com o governo.

Apontamentos finais

Os finais abruptos do primeiro e do segundo ciclo da borracha demonstraram a


incapacidade empresarial e falta de visão da classe dominante e dos políticos da região.
O final da guerra conduziu, pela segunda vez, à perda da chance de fazer vingar esta
atividade econômica. Não se fomentou qualquer plano de efetivo desenvolvimento
sustentado na região, o que gerou reflexos imediatos: assim que terminou a segunda
guerra mundial, tanto as economias de vencedores como de vencidos se reorganizaram
na Europa e na Ásia, fazendo cessar novamente as atividades nos velhos e ineficientes
seringais da Amazônia.

2.3.12 O Amazonas pós 30

O "glebarismo"

foi o movimento cívico que, depois de 1930, desfraldou a bandeira do Amazonas para os
amazonenses. Os homens públicos que exerceram o governo daí em diante -- exceção de
dois interventores federais do período ditatorial -- foram, em conseqüência, todos
amazonenses. A vida política processou-se sem particularidades de monta. O movimento
paulista de 1932 ecoou no estado no combate naval travado em frente à cidade de
Itacoatiara entre forças legais, terrestres e navais, e rebeldes da guarnição de Óbidos.

A criação dos territórios federais de Rondônia e Roraima, que provocou mal-estar,


desfalcou o estado em área e população. Os municípios de Porto Velho e Boa Vista
passaram àqueles territórios. Pela lei no 117, de 29 de dezembro de 1956, que fixou a
divisão territorial, administrativa e judiciária, os antigos 28 municípios desmembraram-
se, elevando-se para 44.

A população aumentou num ritmo relativamente lento. Em 1850, somava cerca de trinta
mil habitantes; cem anos depois, perto de meio milhão. Os contingentes nordestinos,
denominados "arigós", levados no decorrer da segunda guerra mundial para a restauração
dos seringais e produção intensiva de borracha necessária à indústria bélica americana,
não constituíram um peso ponderável. Ao invés da mortalidade que teria ocorrido e de
que tanto se falou naquela época, o que houve foi um regresso dos imigrantes que não se
integraram no novo meio. Muitos, depois de encerrada a "batalha", instalaram-se em
Manaus, que cresceu na área suburbana e no comércio de rua.

A imigração estrangeira não teve expressão quantitativa. A contribuição japonesa,


iniciada às vésperas de 1930, foi reduzida. As colônias de Maués, Parintins e Bela Vista
não atingiram concentrações significativas.

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Apostila Concurso Polícia Militar do Amazonas 2011

A partir de 1930, o governo federal passou a se empenhar no sentido de valorizar o


grande vale equatorial. Dispondo de grandes reservas de terra e apresentando um índice
demográfico muito baixo (cerca de 250.000 habitantes em 1900, 450.000 em 1940 e
720.000 em 1960), o Amazonas despertou o interesse internacional para a inversão de
capitais em seu povoamento e na exploração de seus múltiplos recursos naturais. A tese
da internacionalização da bacia, sustentada por James Bryce (1912) e Prescott Webb
(1952), chegou a ser proposta por entidades científicas, a exemplo da Academia de
Ciências de Washington, da UNESCO e do Instituto Hudson de Nova York.
Em contrapartida, o governo federal elaborou vários projetos visando à recuperação do
interior, a fim de articular o desenvolvimento em todo o território nacional. No Norte,
criou-se a Superintendência do Plano de Valorização Econômica da Amazônia (SPVEA,
1953), que, mostrando resultados insatisfatórios, foi transformada na Superintendência
do Desenvolvimento da Amazônia (Sudam, 1966). Promulgaram-se ao mesmo tempo leis
de amparo à iniciativa privada, como a de incentivos fiscais para a instauração de
empreendimentos no setor da agroindústria. Instalaram-se no Amazonas, dessa forma,
fábricas, moinhos de trigo, refinaria e usina, além da abertura de uma zona franca em
Manaus.

A partir da década de 1960, rompeu-se em definitivo o isolamento do Amazonas por meio


de sua incorporação ao sistema rodoviário brasileiro, com a abertura de estradas como as
de Manaus-Porto Velho, Manaus-Itacoatiara, Manaus-Manacapuru e Manaus-Boa Vista,
todas confluindo para o eixo das comunicações interiores que têm como centro Brasília.

O leito da Transamazônica, por outro lado, corta o Amazonas desde Jacareacanga, no


Pará, até Humaitá, no rio Madeira, daí ligando-se a Lábrea, no rio Purus, ponto de
convergência para Boca do Acre e Benjamin Constant, no Solimões (fronteira com o
Peru), após atravessar os vales do Coari, do Juruá, do Jutaí e do Jandiatuba. Do ponto de
vista regional, a abertura desses vários troncos contribui para a colonização e
desenvolvimento econômico do Amazonas, bem como possibilita exploração mais
sistemática de lençóis de petróleo e jazidas de manganês e estanho em artérias vitais do
estado.

Em 1987, o governo federal anunciou a descoberta de depósitos de petróleo de boa


qualidade, que se acreditava alcançar volume igual a todas as reservas então conhecidas
no país. A questão ecológica, avultada nessa década, exacerbou-se em 1989, com um
movimento internacional pela preservação da Amazônia, desencadeado após o
assassinato do ecologista e líder sindical Chico Mendes, no Acre. Nos primeiros anos da
década de 1990, a Zona Franca de Manaus enfrentou uma profunda recessão, que atingiu
basicamente a indústria de eletro-eletrônicos, plásticos e vidros, o que aumentou
drasticamente o desemprego na região.

2.3.13 O Estado do Amazonas Hoje

O Amazonas é o maior Estado brasileiro. Ocupa uma faixa de 1.570.946,8 Km2 do


território nacional, o equivalente a mais de 18% da superfície do País. Fica no centro da
Região Norte, no coração da Floresta Amazônica. A linha do Equador atravessa o Estado,
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Apostila Concurso Polícia Militar do Amazonas 2011

que é cortado por rios (os mais importantes são o Solimões, o Amazonas, o Juruá, o
Purus, Negro e Japurá).

O clima predominante no Estado é o equatorial úmido, com temperatura


média/dia/anual de 26,7º , com variações média/dia de 23,3º a 31,4º. Como os demais
Estados da Região Amazônica, possui apenas duas estações climáticas: a chuvosa (que vai
de dezembro a maio) e a seca ou menos chuvosa (de junho a novembro), quando a
temperatura pode chegar a 40º, sobretudo no mês de setembro.

Com uma população de 3.521.939 habitantes, de acordo com projeções para 2006 -
metade dela concentrada na capital, Manaus -, o Amazonas tem hoje uma economia
baseada, principalmente, nas atividades de extrativismo, mineração, pesca e indústria.
Esta última, responde sozinha por 56,9% do Produto Interno Bruto amazonense e está
basicamente restrita à capital, onde está instalado o coração da Zona Franca de Manaus:
um pólo industrial com quase 500 empresas.

O Estado é formado por 62 municípios, a maior parte deles fica às margens dos rios que
cortam a região. Esses mesmos rios funcionam como verdadeiras “estradas” para a
população do interior, uma vez que o Amazonas dispões de poucas rodovias estaduais e
das três federais que passam pelo Estado- BR-319, BR-230 (Transamazônica) e BR-174 –,
apenas esta última encontra-se em boas condições de tráfego. Não há ferrovias no
Amazonas e além do transporte fluvial (que internamente é predominante) a outra opção
é o transporte aéreo.

Manaus sofreu grandes transformações nas duas últimas décadas. Obras de infra-
estrutura conferiram feições modernas à cidade que ganhou viadutos, passagens de
nível, grandes avenidas e passou a experimentar os efeitos negativos de um forte
crescimento populacional desordenado. Grandes bairros se formaram e continuam se
formando na periferia da cidade, mas a maioria deles a partir de enormes áreas de
invasão, um problema que impõe constante desafio às administrações municipal e
estadual.

Se de um lado a capital ostenta, hoje, a condição de cidade com o 4º maior PIB do País -
segundo dados do IBGE -, de outro a esmagadora maioria das cidades do interior continua
estagnada do ponto de vista econômico e de seus indicadores sociais. As características
geográficas do Estado – sobretudo suas dimensões territoriais – e a ausência de políticas
consistentes de desenvolvimento voltadas para o interior, continuam a submeter suas
populações ao verdadeiro isolamento.

O Amazonas responde, sozinho, por aproximadamente 60% da arrecadação de impostos


federais na chamada 2ª Região Fiscal, que engloba toda a Região Norte, exceto
Tocantins. No ano passado, a arrecadação tributária estadual foi da ordem de R$ 3,2
bilhões.

A cidade de Coari (a 375 quilômetros de Manaus) é uma das poucas privilegiadas em


termos de atividade econômica graças à existência, no município, da Província

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Apostila Concurso Polícia Militar do Amazonas 2011

Petrolífera de Urucu. , de onde a Petrobrás extrai petróleo alta qualidade, sendo o mais
leve dentre os óleos processados nas refinarias do país. Essas características resultam em
seu aproveitamento especialmente para a produção de gasolina, nafta petroquímica,
óleo diesel e GLP (gás de cozinha). A produção média de petróleo em Urucu é de 56,5
mil barris por dia, enquanto a de gás natural é de 9,7 milhões de metros cúbicos por dia.
Esse volume faz do Amazonas o segundo produtor terrestre de petróleo e o terceiro
produtor nacional de gás natural, e do município de Coari o maior produtor terrestre. A
produção de Urucu abastece os estados do Pará, Amazonas, Rondônia, Maranhão,
Tocantins, Acre, Amapá e parte do Nordeste.

A Petrobrás se prepara para construir um gasoduto que permitirá explorar


comercialmente as reservas de gás natural de Urucu e permitirá a mudança da matriz
energética do Estado.

A Refinaria Isaac Sabbá, em Manaus, tem capacidade para produzir 46 mil barris/dia. A
unidade tem entre seus principais produtos o GLP (gás de cozinha), nafta petroquímica,
gasolina, querosene de aviação, óleo diesel, óleos combustíveis, óleo leve para turbina
elétrica, óleo para geração de energia, asfalto.

TURISMO/CULTURA

A culinária manauara é caracterizada pela utilização de uma grande variedade de peixes


provenientes da própria bacia do rio Amazonas. Entre os destaques, podemos encontrar o
"pirarucu de casaca" feito com o peixe pirarucu e banana pacovã, o "tambaqui grelhado"
outra espécie de peixe encontrada na região. Ingredientes como coentro, óleo de dendê,
além da farinha de mandioca, também denominada de farinha d'água ou amarela, são
freqüentemente utilizados. Há uma grande variedade de frutas da região bastante
apreciadas pelos visitantes entre elas a graviola, o cupuaçú, o açaí, o genipapo, o bacuri,
a pupunha e o tucumã.

Belezas Naturais:

O turismo ecológico é a grande atração dos roteiros de viagens pela Amazônia,


proporcionando ao turista a oportunidade de conhecer e aprender a respeito da floresta
tropical e de seus habitantes. Seu objetivo principal é promover a interação do homem
com a natureza e a valorização da rica diversidade biológica da região. O turismo
ecológico no Estado inclui programas de viagens de barco, pernoites em hotéis de selva e
passeios pela floresta.

A aproximadamente 10 quilômetros de Manaus, as águas escuras do rio Negro se


encontram com as águas barrentas do rio Solimões, correndo lado a lado, sem se
misturarem, por uma extensão de cerca de seis quilômetros, quando passam então a
formar o rio Amazonas, até chegar ao oceano Atlântico. Esse fenômeno, batizado pelos
amazonenses de “Encontro das Águas” e que tanto encanta os turistas que visitam o
Estado, decorre das diferenças de densidade, temperatura e velocidade de ambos os

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Apostila Concurso Polícia Militar do Amazonas 2011

rios.
Situado no rio Negro, o arquipélago de Anavilhanas, formado por 400 ilhas que abrigam
complexo ecossistema da Amazônia, é outra atração belíssima. A região está protegida
por legislação federal que criou a Estação Ecológica de Anavilhanas, com área de 350 mil
hectares. No período das cheias do rio Negro, metade das ilhas fica submersa e os
animais têm que se refugiar nas partes mais elevadas. Quando as águas começam a
baixar, as ilhas deixam à mostra praias e canais que entrecortam toda a região como
uma rede, num percurso de aproximadamente 90 quilômetros. A região de Anavilhanas
encontra-se próxima ao Parque Nacional de Jaú, a maior reserva florestal da América do
Sul, com 2,27 milhões de hectares, também banhada pelo rio.

Em todo o Amazonas existem vários parques nacionais ecológicos, entre os quais se


destaca o Parque do Pico da Neblina, localizado no município de São Gabriel da
Cachoeira. É o segundo maior parque brasileiro e o terceiro de toda a América Latina,
abrigando um conjunto de montanhas que ocupam 2,20 milhões de hectares. O parque
não possui uma estrutura para visitação turística, mas é alvo permanente da atenção de
cientistas e pesquisadores e de expedições organizadas pelas Forças Armadas.

Mais próximo de Manaus encontra-se o Parque Ecológico de Janauary, localizado na


região do rio Negro, com área de 9 mil hectares. Possui matas de terra firme, igapós e de
várzea, onde os turistas podem passear de canoa, apreciando a vegetação típica dos
igarapés. Contém ainda um lago, onde se encontra grande quantidade de vitórias-régias,
planta típica da Região. O Parque de Janauary é administrado por um consórcio turístico
formado por empresas do setor, com a cessão do Governo do Estado.

Manifestações Culturais:

O folclore amazonense possui forte característica indígena mas também traduz a


influência marcante das culturas portuguesa e nordestina. No interior do Estado são
comuns as festas religiosas que comemoram os santos padroeiros. O Festival Folclórico
de Parintins, com a disputa entre os bois-bumbás Garantido e Caprichoso é a mais
famosa festa popular do Estado. Acontece no mês de junho no município que fica a 375
quilômetros de Manaus, e atrai milhares de turistas de dentro e de fora do País. Há
também a Festa do Guaraná, em Maués (município que já foi o maior produtor do fruto)
e outras de menor porte, como a Festa do Cupuaçu, em Presidente Figueiredo, município
conhecido como a terra das cachoeiras.

Riqueza Arquitetônica (pontos turísticos):

Em meio às construções modernas que cada vez mais tomam conta da cidade, Manaus
exibe verdadeiras jóias arquitetônicas construídas entre o fim do Século XIX e início do
Século XX. O Teatro Amazonas é o símbolo maior desse patrimônio arquitetônico. Sua
história tem início em 1881, quando o deputado A. J. Fernandes Júnior apresentou o
projeto para a construção de um teatro em alvenaria, na cidade. A proposta foi aprovada
pela Assembléia Provincial do Amazonas e começaram as discussões a respeito da
construção do prédio. Manaus, que vivia o auge do Ciclo da Borracha, era uma das mais
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Apostila Concurso Polícia Militar do Amazonas 2011

prósperas cidades do mundo, embalada pela riqueza advinda do látex da seringueira,


produto altamente valorizado pelas indústrias européias e americanas. A cidade
necessitava de um lugar onde pudessem se apresentar as companhias de espetáculos
estrangeiras e a construção do teatro, assim, era uma exigência da época. O projeto
arquitetônico escolhido foi o de autoria do Gabinete Português de Engenharia e
Architetura de Lisboa, em 1883. No entanto, em meio às discussões a respeito do local
para a edificação e os custos da obra, a pedra fundamental só foi lançada em 1894. As
obras transcorreram de forma lenta e somente no governo de Eduardo Ribeiro, no apogeu
do Ciclo da Borracha, a construção tomou impulso. Foram trazidos arquitetos,
construtores, pintores e escultores da Europa para a realização da obra. A decoração
interna ficou ao encargo de Crispim do Amaral, com exceção do salão nobre, área mais
luxuosa do prédio, entregue ao artista italiano Domenico de Angelis. A sala de
espetáculos do teatro tem capacidade para 701 pessoas, distribuídas entre a platéia e os
três andares de camarotes. No salão nobre, com características barrocas, destaca-se a
pintura do teto, denominada “A Glorificação das Bellas Artes na Amazônia”, de 1899, de
autoria de Domenico de Angelis. Destacam-se os ornamentos sobre as colunas do
pavimento térreo, com máscaras em homenagem a dramaturgos e compositores clássicos
famosos. Sobre o teto abobadado estão afixadas quatro telas pintadas em Paris pela Casa
Carpezot - a mais tradicional da época -, onde são retratadas alegorias à música, dança,
tragédia e uma homenagem ao grande compositor brasileiro Carlos Gomes. Do centro,
pende um lustre dourado com cristais, importado de Veneza, que desce até ao nível das
cadeiras para a realização de sua manutenção e limpeza. Destaca-se, ainda na sala de
espetáculos, a pintura do pano de boca do palco, de autoria de Crispim do Amaral, que
faz referência ao encontro das águas dos rios Negro e Solimões. O Teatro possui diversos
ambientes, concebidos com diferentes materiais, daí ser considerado um espaço
sobremaneira eclético. É, sem dúvida, o mais importante prédio da cidade, não somente
pelo seu inestimável valor arquitetônico, mas principalmente pela sua importância
histórica, uma prova viva da prosperidade e riqueza vividos na fase áurea da borracha. O
Teatro é referência para espetáculos regionais, nacionais e internacionais. Desde 1999,
sua programação abriga o Festival Amazonas de Ópera, que acontece anualmente, entre
abril e maio.

O prédio da Alfândega do Porto é outra construção histórica. Faz parte do complexo


arquitetônico que inclui ainda a Guarda Moria e foi tombado pelo Patrimônio Histórico
Nacional em 1987, junto com o Complexo Portuário. Inaugurados oficialmente em 1906,
o prédio foi construído pela firma inglesa Manaos Harbour Limited, como parte do
contrato de concessão do Porto de Manaus. Em estilo eclético, com elementos
medievalistas e renascentistas, trata-se do primeiro prédio pré-fabricado do mundo.O
edifício foi construído em blocos de tijolos aparentes, pré-montados e importados da
Inglaterra, uma reprodução dos prédios londrinos do início do século.

O Mercado Municipal Adolpho Lisboa, construído de frente para o Rio Negro, no período
áureo da borracha, também merece destaque. Em estilo art noveau, foi oficialmente
inaugurado em 1882 e é considerado uma réplica do extinto mercado Les Halles, de
Paris. Em 1906, o mercado foi arrendado para a empresa inglesa Manáos Markets. O
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Apostila Concurso Polícia Militar do Amazonas 2011

contrato foi rescindido em 1934 e o mercado voltou à administração municipal. Até hoje,
o funciona como um centro de comercialização de produtos regionais.

Construído para ser a residência de um rico comerciante da borracha, o alemão


Waldemar Scholtz, o Palácio Rio Negro é outra atração turística da cidade. Foi
inaugurado no final do século XIX e ficou conhecido na época de sua construção como
Palacete Scholtz. Em 1911, o prédio foi hipotecado ao Coronel Luiz da Silva Gomes, rico
seringalista da época, que o arrendou ao Estado. O local, então, além de sediar o
Governo Estadual, passou a ser a residência oficial do governador. Em 1918, o Estado
comprou definitivamente o imóvel, que começou a ser chamado de Palácio Rio Negro.
Durante muitos anos, o prédio abrigou o poder executivo estadual, até que em 1995 a
sede do governo foi transferida para outro local. Foi tombado como Patrimônio Estadual
em 1980, logo após sua última restauração. Funciona atualmente no prédio o Centro
Cultural Palácio Rio Negro, que promove exposições de arte, shows, peças teatrais e
outras atividades culturais.

A FLORESTA AMAZÔNICA

A Floresta Amazônica – a maior e mais rica floresta tropical do planeta - tem uma
extensão de 5,5 milhões de km² e distribui-se mais ou menos da seguinte forma, dentro e
fora do território nacional: 60% no Brasil, e o restante (40%) pela Bolívia, Colômbia,
Equador, Guiana, Guiana Francesa, Peru, Suriname e Venezuela. Os 60% correspondentes
ao Brasil constituem a chamada Amazônia Legal, abrangendo os Estados do Amazonas,
Amapá, Mato Grosso, oeste do Maranhão, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins.
Apresenta-se como um ecossistema extremamente complexo e delicado. Todos os
elementos (clima, solo, fauna e flora) estão tão estreitamente relacionados que não se
pode considerar nenhum deles como principal. Nela estão fixadas mais de uma centena
de trilhões de toneladas de carbono. Sua massa vegetal libera algo em torno de sete
trilhões de toneladas de água anualmente para a atmosfera, via evapotranspiração, e
seus rios descarregam cerca de 20% de toda a água doce que é despejada nos oceanos
pelos rios existentes no globo terrestre. Além de sua reconhecida riqueza natural, a
Amazônia abriga expressivo conjunto de povos indígenas e populações tradicionais que
incluem seringueiros, castanheiros, ribeirinhos, babaçueiras, entre outros, que lhe
conferem destaque em termos de diversidade cultural. É um verdadeiro patrimônio
sócio-ambiental brasileiro.

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Prova UEA 2002
Apostila Concurso Polícia Militar do Amazonas 2011
3 - Testes prevalece, nem dentro nem fora do campo, o peso sufocante dos
PORTUGUÊS Estados Unidos. Desenha-se nesta época a utopia de um mundo
realmente multipolar.
Copa do mundo: prós e contras 1 (Roberto Pompeu de Toledo. Veja, 15-05-2002)
Prepare-se, leitor, para o sofrimento: vem aí a Copa do Mundo.
Buzinaços lhe explodirão nos ouvidos. Bandos bêbados de camisa Assinale o enunciado NÃO explicitado no desenvolvimento do
amarela varrerão as ruas como furacões. Será impossível esquivar- texto.
5 -se do aluvião de bandeiras. Elas serão tão desabusadamente (A) O autor antevê uma temporada horrível durante os jogos da
sacudidas que passarão raspando nos narizes vizinhos, ou terão Copa do Mundo.
seus mastros, empunhados por mãos imperitas, aplicados sobre (B) O autor prevê uma temporada deliciosa durante os jogos da
inocentes cabeças. É época de reviver, ainda que de forma Copa do Mundo.
atabalhoada e não-programada, a antiga tradição dos corsos (C) O autor censura o procedimento de religiosos durante os jogos
10 carnavalescos. Os carros, rodando devagar, carregarão turmas da Copa do Mundo.
que, penduradas nas janelas, de onde soltam gritos apoteóticos, a (D) O autor ironiza a exposição, na mídia, das estrelas da Copa do
cada 100 metros se precipitarão para o meio da pista, onde Mundo.
dançarão e confraternizarão com as turmas de outros carros, sem (E) O autor tece considerações críticas sobre a relação da Copa do
atenção para quem, atrás, indefeso, quer apenas ir para casa. Mundo com a situação mundial.
Diante do poder esmagador da corrente-Brasil, eletrizada do
15
Oiapoque ao Chuí, extensa como o Planalto Central, indomável
como as Cataratas do Iguaçu, caudalosa como o Amazonas,
selvagem como o Pantanal, os mais delicados poderão até ser 2
sacudidos pela tentação de torcer contra mas ai deles. (...) Assinale a alternativa em que os termos traduzem uma oposição
O melhor a fazer, em Copa do Mundo, para um espírito de sentido no texto.
20 sensato, é retiro espiritual. Mas onde? Se for num estabelecimento (A) Copa do Mundo x maratona
religioso, o padre também estará tomado da febre. Não espanta (B) Cuba nas Olimpíadas x nações mais fortes
se, ao rezar a missa, tenha, oculto nas dobras da sobrepeliz, o (C) corrente-Brasil x tomado de febre
walkman, que, conectado ao ouvido, o protegerá da irremediável (D) corsos carnavalescos x turmas de outros carros
desgraça de perder algum lance. As freirinhas gritarão “Vai, (E) TV, rádio x prazeres
Ronaldo”, “Passa, Rivaldo”, com a desenvoltura de contumazes
25 freqüentadoras das gerais. Se o retiro for numa reserva indígena
do Xingu, será ocasião de, em vez de buzinas, ouvir tambores. As
danças se prolongarão horas a fio, e talvez até lanças sejam 3
disparadas a esmo, e projéteis soprados de perigosas zarabatanas, Assinale a alternativa em que se explicita ERRADAMENTE a
a título de comemoração. relação de sentido entre os parágrafos do texto.
30 O leitor duvida de que vá sofrer? Na verdade, já está sofrendo. (A) O segundo parágrafo acrescenta outras situações às
Copa do Mundo é tempo de os craques estrelarem anúncios. Nos explicitadas no primeiro.
outdoors, na TV, no rádio ... eles já estão em toda parte, e (B) O terceiro parágrafo atenua o que foi manifestado
vendendo de tudo insinuantes, insistentes. Até o técnico, anteriormente no texto.
travestido em ator de raquíticas qualidades, tira a sua lasquinha. (C) O quarto parágrafo introduz uma nova ordem de considerações
Para eles, os astros do momento, é tempo de faturar e eles se ao texto.
35 jogam à oportunidade com volúpia de sátiro em dia de bacanal. (D) O quinto parágrafo dá continuidade ao que se afirma no
Depois, há a verborragia patrioteira dos locutores da televisão anterior.
quem agüenta? E pairando sobre tudo, avassaladora, a mais (E) O sexto parágrafo marca uma oposição ao que é dito no
tenebrosa característica da temporada a unanimidade. Ela vem anterior.
com a força dos fenômenos naturais, de combinação com a
40 arrogância das ditaduras. Ai de quem se opuser, ai de quem não
gostar, ai de quem não quiser festejar.
Já se sofreu o suficiente? Então vamos aos prazeres, para 4
compensar. O primeiro prazer que oferece uma Copa do Mundo é
o futebol, em si. É época dos jogos que ficarão para a história e A linguagem figurada NÃO se faz presente em:
dos lances que se perpetuarão na memória, para o bem e para o (A) “Bandos bêbados de camisa amarela varrerão as ruas...”
mal. (...) (L.2-3)
45 (B) “Diante do poder esmagador da corrente-Brasil, eletrizada do
Mas há também, numa Copa do Mundo, prazeres de outro tipo,
que dizem respeito à utopia de uma ordem mundial menos injusta. Oiapoque ao Chuí...” (L.14-15)
O campo de futebol é um espaço onde a humilhada Argentina se (C) “...o padre também estará tomado da febre.” (L.21)
eleva à categoria de potência. Onde o Brasil, PIB per capita de (D) “As freirinhas gritarão “Vai, Ronaldo”, “Passa, Rivaldo...”
3 600 dólares, encara, de superior para inferior, a Alemanha, PIB (L.24-25)
50 per capita de 25 000 dólares. Sobretudo, para ilustrar o prodígio de (E) “No futebol, a República dos Camarões é alguém.” (L.59)
relações equilibradas entre as nações e os continentes
proporcionado pela bola, o futebol é um campo onde a África, terra
dos recordes de miséria e da culminância dos barbarismos, das 5
epidemias e das guerras civis, tem um presente risonho e um
futuro promissor. No futebol, a República dos Camarões é alguém. Assinale a alternativa em que o lhe tem o mesmo valor do que em
55
Em Olimpíadas não é assim. Pode ocorrer, numa certa “Buzinaços lhe explodirão nos ouvidos”.
modalidade, como a maratona, que a Etiópia ou o Quênia ganhem (A) Tudo lhe era indiferente.
destaque. Também podem ocorrer fenômenos isolados, como um (B) Não lhe tenho medo.
João do Pulo ou um Joaquim Cruz, a favorecer o Brasil. Pode (C) Beijei-lhe carinhosamente a testa.
ocorrer ainda que um país menor, como Cuba, venha a superar-se. (D) Pareceu-lhe mudado.
60 Mas, no geral, impõe-se a lógica da potência. Ganham as nações (E) Dirigiu-lhe palavras de estímulo.
mais fortes. Confirma-se a supremacia dos grandes do mundo e,
entre todos, a supremacia dos Estados Unidos. A Copa do Mundo,
em sua capacidade ilógica de nivelar as nações privilegiadas com
as deserdadas, chega onde a ONU não conseguiu chegar. De
6
quebra, é talvez o único acontecimento planetário em que não Assinale a alternativa em que a substituição do ainda que por outra
65
conjunção modificará a significação do enunciado “É época de
reviver, ainda que de forma atabalhoada e não programada”.
(A) desde que(B) embora
(C) se bem que(D) mesmo que
(E) posto que
70

2
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7 Apostila Concurso Polícia Militar do Amazonas 2011
Afinal fora encontrar para Marina um emprego de cem mil-réis
Na substituição da forma verbal de “Ai de que se opuser”, numa loja de fazendas. E ali estava espiando o quintal com o rabo
comete-se ERRO, em relação à norma culta, em: 50 do olho. (Graciliano Ramos. Angústia.)
(A) Ai de quem se contradisser.
(B) Ai de quem não refizer o trabalho. 9
(C) Ai de quem não requerer o atestado.
Com apoio no trecho apresentado acima, percebe-se que, no
(D) Ai de quem não antever as dificuldades da maratona.
romance Angústia, de Graciliano Ramos, o “herói”, personagem-
(E) Ai de quem retiver o andamento do processo.
-narrador:
(A) submete-se, cegamente, às leis da Natureza.
8 (B) possui um grau mínimo de complexidade psicológica.
Assinale a alternativa em que a concordância verbal DESTOA da (C) recusa, impotente, a miséria moral de seu mundo.
norma culta.
(A) Um país menor ou uma nação forte podem ganhar a Copa do (D) idealiza a figura feminina, objeto de seu amor.
Mundo.
(B) Devem ocorrer surpresas na Copa do Mundo. (E) desempenha, na sociedade, um papel relevante.
(C) Olimpíadas é uma competição mundial.
(D) Merecerão um destaque maior na TV os resultados 10
surpreendentes da Copa do Mundo. A característica incompatível com o “herói” do romance, de acordo
(E) Três semanas sempre são alguma coisa para treinar um time. com a passagem transcrita, é:
(A) dissimulação (B) persistência
(C) indignação (D) bravura
LITERATURA
(E) senso de observação
Texto 1
Deitei-me na espreguiçadeira, acendi um cigarro, abri o livro e
11
comecei a ler maquinalmente. De quando em quanto bocejava, A adoção do discurso indireto livre é prática bastante comum entre
suspendia a leitura incompreensível. os prosadores do Modernismo. Exemplo deste tipo de discurso
O jardim, que a antiga inquilina vinha regar todas as manhãs, lemos, no texto dado, em:
estava sujo, maltratado, coberto de garranchos e folhas secas.
5 Soltei o livro e fechei os olhos, aborrecido. Mas os olhos não (A) “A princípio ainda tratara dos canteiros.” (L.16)
ficaram bem fechados: através das pálpebras meio cerradas
distinguiam-se as coisas que estavam perto do chão, dez ou quinze (B) “Tudo fácil, às ordens, perfeitamente.” (L.24-25)
metros em redor – o tronco do mamoeiro, o monte de lixo, as
(C) “ Doutor, tenho uma vizinha que faz pena, moça prendada.”
florinhas desbotadas. D. Adélia, no banheiro, lavava roupa, e a
água espumosa corria de lá, vinha estagnar-se numa poça junto à (L.29)
10
cerca. (D) “ Está bem. Vamos ver.” (L.33)
Se aquela tonta prestasse, estaria ajudando a mãe,
ensaboando panos.Preguiça.Estava era lendo besteiras, (E) “E ali estava espiando o quintal com o rabo do olho.” (L.49-50)
arrancando cabelos das sobrancelhas com a pinça ou raspando os
sovacos. A princípio ainda tratara dos canteiros. Habituara-se 12
15 depois a levar para ali um romance, que não abria. Conversava. E
eu me zangava com as conversas dela, que, como já disse, eram No texto, vemos que o personagem-narrador se expressa em
malucas. Zangava-me de verdade. Mas estava ali com os olhos língua culta mas corrente. Ele se vale, por exemplo, de uma
meio fechados, espiando os canteiros e esperando que a metáfora de uso corrente em:
mulherinha chegasse.
Fazia uma semana que eu andava cavando uma colocação (A) “abri o livro e comecei a ler maquinalmente”
20 para ela. Arranjar emprego, como não ignoram, é dificuldade. As (B) “através das pálpebras meio cerradas distinguiam-se as coisas
pessoas a que a gente se dirige sorriem. Tudo fácil, às ordens, que estavam perto do chão”
perfeitamente. Escutam as choradeiras com paciência e escrevem
cartões a outras pessoas. Estas escrevem outros cartões, e assim (C) “a água espumosa corria de lá, vinha estagnar-se numa poça
por diante. Cada um se desaperta. Eu falara ao diretor da minha junto à cerca”
25 repartição.
 Doutor, tenho uma vizinha que faz pena, moça prendada. (D) “eu me zangava com as conversas dela, que, como já disse,
Mata-se para ajudar a família, mas, como sabe, trabalho de mulher eram malucas”
em casa não rende. Se o senhor pudesse, com a sua influência...
O diretor respondera distraído: (E) “eu andava cavando uma colocação para ela”
 Está bem. Vamos ver.
Texto 2
30 Noutras repartições, a mesma história com pequenas
variantes: IRENE NO CÉU
 Moça decente, instruída, matando-se para auxiliar a família.
Um modelo. A mãe doente...
Enfim uma cambada de mentiras inúteis. Nos bancos: a não escri
 Moça digna, alguns conhecimentos de escrituração Irene boa
35 mercantil e de aritmética.
Nos armazéns: Irene sempre de bom humor.
 Muito preparo, muita leitura, excelente calculista. Podia
encarregar-se da correspondência.
Nas redações: Imagino Irene entrando no céu:
 Ó fulano, você não me arranja aí na expedição qualquer 5  Licença, meu branco!
40 coisa para uma moça que eu conheço? Um osso, uma sinecura
que justifique dois ou três vales por mês. E São Pedro bonachão:
 Entra, Irene. Você não precisa pedir licença.

(Manuel Bandeira. Poesias,1955.)

45

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Texto 3 Apostila Concurso Polícia Militar do Amazonas 2011
Piedosa: o olhar nunca baixou à terra. MATEMÁTICA
Fitava o céu, porque era pura e santa... 17
Tinha o orgulho fidalgo de uma Infanta
Que entre escudeiros e lacaios erra. Qual é o simétrico do ponto (3, 4) em relação à bissetriz dos
quadrantes ímpares?
(A) (−4, 3)(B) (−3, 4)
(C) (3, 4)(D) (4, 3)
5 Deusa nenhuma, por mais alto, encerra (E) (4, 3)
Em si, talvez, misericórdia tanta:
Ainda hoje na minha Alma se alevanta
Como uma cruz no cimo de uma serra. 18
P(x) é um polinômio de grau 2 tal que P(0) = 2, P(1) = 4 e P(2) = 8.
Quanto vale P(−1)?
Foi-lhe a vida um eterno mês-de-maio, (A) 4(B) 2
10 Cheio de rezas brancas a Maria, (C) 1(D) 0
Que ela vivera como num desmaio. (E) 2

Tão branca assim! Fizera-se de cera... 19


Sorriu-lhe Deus, e ela que lhe sorria, O ângulo agudo entre as retas y = 4x−1 e y = mx+1, sendo m
Virgem voltou como do céu descera. positivo, é igual a 450. Quanto vale m?
(Alphonsus de Guimaraens. Poesias, 1938.) 1 1
(A) 4 (B) 2
13
O poema “Irene no céu”, de Manuel Bandeira, apresenta muitas 2 3
(C) 3 (D) 5
das características do Modernismo brasileiro. A característica que
lhe falta é:
(E) 1
(A) o aproveitamento de recursos da linguagem oral, familiar.
20
(B) o redescobrimento da realidade brasileira.
Quantos subconjuntos de A = {1, 2, 3, 4, 5} contêm pelo menos
(C) a liberdade formal de expressão.
um número par?
(D) o exercício da crítica social. (A) 21 (B) 24
E) a obediência à ordem direta na construção da frase. (C) 25 (D) 28
(E) 32
14
Na construção de seu poema, Manuel Bandeira evita: 21
(A) o estilo sublime ou elevado
Quanto vale cos x , se tan x = 3 e x não é do segundo
(B) o verso branco
(C) o discurso direto quadrante?
(D) a anáfora expressiva
(E) a economia verbal 3 10 10
(A) (B)
10 10

10
15 (C) 1 D) 10
Encontram-se relacionadas e exemplificadas abaixo algumas das
características do Simbolismo no Brasil. A característica presente 3 10
no soneto de Alphonsus de Guimaraens, transcrito acima, é: (E) 10
(A) a recorrência à aliteração – como em “Vozes veladas,
veludosas vozes”. 22
(B) a prática da sinestesia – como em “harmonias da Cor e do Quantos termos há na progressão aritmética (130, 136,..., 430)?
(A) 49(B) 50
Perfume”.
(C) 51(D) 52
(C) a insistência num cromatismo centrado no branco – como em (E) 53
“Ó Formas alvas, brancas. Formas claras”.
(D) o uso de neologismos – como em “Musselinosas como brumas 23
diurnas”.
Uma partícula se movimenta sobre o eixo das abscissas de modo
(E) o gosto pelo ambiente inefável, indefinível – como em “Pelas que sua posição no instante t é x(t) = t3. Qual é sua velocidade no
regiões tenuíssimas da bruma”. instante t=2?
(A) 12(B) 8
16 (C) 6(D) 4
(E) 2
Entre as figuras femininas cantadas nos versos de Bandeira e de
Alphonsus de Guimaraens, é inaceitável a seguinte oposição:
(A) mulher terrena, de carne e osso / mulher divinizada 24
(B) tipo popular / tipo de nobreza Qual é o número de vértices de uma pirâmide com 30 arestas?
(A) 15(B) 16
(C) mulher de raça negra / mulher de raça branca (C) 20(D) 30
(D) figura humilde / figura altiva (E) 31

(E) pessoa boa / pessoa impiedosa

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GEOGRAFIA Apostila Concurso Polícia Militar
44 do Amazonas 2011
41 Observe os dados da tabela:
Balança comercial da Zona Franca de Manaus
Nas últimas décadas do século XX, assistimos à reorganização do (em milhões de dólares)
espaço produtivo de numerosos países industrializados.
A esse respeito, analise as afirmativas a seguir: Mercado externo Mercado internoTotal
I. nos Estados Unidos, as mudanças tecnológicas produziram a 376,16.782,17.158,2Exportações
decadência do Manufacturing Belt, berço do fordismo, e o 2.140,51.739,63.880,1Importações
dinamismo econômico dos novos centros do Sun Belt, onde 1.764,45.042,53.278,1Saldo
predomina o regime de acumulação flexível;
II. no Japão, os novos investimentos industriais são realizados
fora do país, em especial nos novos países industrializados Os dados apresentam a característica definidora do enclave
(NPIs) e na China, ou nos novos centros de alta tecnologia industrial instalado em Manaus, em 1967, sob a supervisão da
localizados fora da região industrial tradicional; SUFRAMA (Superintendência da Zona Franca de Manaus).
III. no espaço industrial da China, destacam-se as Zonas Assinale a alternativa que apresenta corretamente esta
Econômicas Especiais, que funcionam como enclaves característica.
econômicos dinamizados por investimentos estrangeiros. (A) A isenção de impostos sobre a importação de máquinas,
alhou, e matérias primas e componentes, e sobre a exportação de
(A) se apenas a afirmativa I estiver correta. mercadorias atraiu numerosas empresas nacionais e
(B) se apenas a afirmativa III estiver correta. transnacionais.
(C) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas. (B) O baixo custo da mão-de-obra local estimulou o investimento
(D) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas. dos capitais regionais nas atividades industriais cuja produção
(E) se todas as afirmativas estiverem corretas. destina-se aos mercados externos.
(C) A abertura da economia brasileira, nos anos 90, com a redução
das tarifas de importação, aumentou a capacidade produtiva
das empresas instaladas em Manaus.
(D) As indústrias instaladas em Manaus utilizavam as matérias
primas e os bens intermediários produzidos na região
42 amazônica, integrando o enclave industrial à economia
regional.

45
Taxa de analfabetismo por rendimento
O desenho apresenta o perfil do relevo, a drenagem e a vegetação mensal familiar per capita
de um vale amazônico. A partir do desenho, podemos afirmar que
a várzea corresponde:
(A) aos sedimentos terciários cujos solos são renovados pelas
cheias dos rios.
(B) aos terrenos de aluviões recentes, periodicamente inundados
pelas cheias dos rios.
(C) aos terrenos de formação antiga que foram submetidos a
intensa lixiviação.
(D) ao baixo platô amazônico, que é constantemente inundado
pelas cheias dos rios.
(E) aos terrenos do escudo cristalino que foram submetidos à
intensa ação da erosão.

43
A expressão Terceira Revolução Industrial é usada para descrever
os avanços ocorridos nas últimas décadas do século XX e que
provocaram grandes mudanças na economia mundial. O gráfico permite concluir que:
Entre essas mudanças incluem-se algumas das citadas a seguir: (A) a relação entre renda per capita e taxa de analfabetismo
altera-se à medida que aumenta a faixa de idade.
I. as crescentes barreiras comerciais que dificultam a circulação (B) o número de analfabetos aumenta à medida que se eleva o
de mercadorias e capitais; rendimento familiar per capita.
II. a concentração do capital devido às fusões das grandes (C) uma estreita relação se estabelece entre renda per capita e
empresas; taxa de analfabetismo.
(D) a taxa de analfabetismo entre os que ganham até ¼ do salário
III. o poder de intervenção na economia, que se desloca do setor mínimo se mantém constante nas diferentes faixas de idade.
privado para a esfera do Estado; (E) a taxa de analfabetismo aumenta na faixa de idade que vai dos
15 aos 19 anos.
IV. a utilização do conhecimento científico como matéria prima
essencial;
V. o aumento do desemprego, como conseqüência da automação
do setor produtivo. 46
A concentração espacial de instituições de ensino e pesquisa e de
São elas:
empresas envolvidas na criação e aplicação das tecnologias de
(A) apenas I, II e III (B) apenas I, III e V ponta vai promover um novo ordenamento econômico e territorial.
O texto refere-se ao espaço de:
(C) apenas II, IV e V (D) apenas I, II, IV e V
(A) uma megacidade.
(E) I, II, III, IV e V (B) uma cidade de economia flexível.
(C) um centro industrial fordista.
(D) um pólo tecnológico pós-fordista.
(E) um ponto de ebulição industrial.

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47 Apostila Concurso Polícia Militar do Amazonas 2011
O mapa a seguir mostra os três complexos regionais que foram se HISTÓRIA
formando à medida que se processava a integração do espaço 49
brasileiro, a partir da segunda metade do século XX.
Entre os séculos VIII e VI a.C. junto com um sistema monetário e
uma nova economia financeira, o aumento da população e do
comércio surgiu, de fora da nobreza tradicional, um estrato de
proprietários agrários cuja nova riqueza não correspondia a
nenhum poder equivalente na cidade. Ao mesmo tempo, a quebra
da economia arcaica provocou tensões sociais agudas entre a
classe mais pobre. A pressão combinada do descontentamento
rural da base e das fortunas recentes da cúpula forçaram a ruptura
do domínio aristocrático nas cidades.

Assinale a alternativa que se refere ao novo sistema político grego


que, de acordo com o quadro descrito, superou o período arcaico.

(A) A ruptura da ordem geral baseada na lei privilegiada de uma


nobreza hereditária sobre o resto da população ocorreu com o
advento da tirania.
A respeito dos complexos regionais, analise as afirmativas a seguir:
I. o Centro−Sul concentra grande parte da população, a maior (B) As oportunidades econômicas geradas pelo crescimento
parte da produção industrial e agroindustrial e funciona como criaram um estrato de proprietários agrários que instalaram a
fornecedor de grande parte dos capitais que dinamizam a plutocracia.
economia brasileira;
II. o Nordeste tem sido a região de economia deprimida, de onde (C) A ordem econômica foi acompanhada de uma nova
saem os maiores fluxos migratórios para o Centro−Sul e para a organização política, em detrimento do predomínio total da
fronteira amazônica; aristocracia: a democracia.
III. a Amazônia transforma-se em um novo tipo de fronteira,
diversificando sua economia à medida que desenvolve o (D) A sobrevivência de pequenos e médios fazendeiros, apesar de
extrativismo mineral, aumenta sua produção agrícola e atrai todas essas mudanças econômicas, foi assegurada pela
investimentos para os pólos industriais. permanência da realeza gentílica.
Assinale:
(A) se somente a alternativa I estiver correta.
(E) O predomínio desses grupos enriquecidos, contra o poder da
(B) se somente as alternativas I e II estiverem corretas.
aristocracia, proporcionou a formação e o poder da oligarquia.
(C) se somente as alternativas I e III estiverem corretas.
(D) se somente as alternativas II e III estiverem corretas.
(E) se todas as alternativas estiverem corretas. 50
“...Todos os homens foram criados iguais; são dotados por seu
Criador com certos direitos inalienáveis...: a vida, a liberdade e a
busca da felicidade.”

48 A guerra da independência iria durar seis anos. Os americanos se


beneficiaram de uma aliança com a França e, depois, com a
Espanha.

Assinale a alternativa que explica a participação francesa e


espanhola na Guerra da Independência dos Estados Unidos.

(A) Acima dos interesses econômicos próprios, os países europeus


envolvidos na guerra de independência buscavam manter os
americanos nos limites da obediência, porque a insubordinação
colonial era uma ameaça a todas as potências mercantilistas.

(B) A Declaração da Independência foi largamente influenciada


pelas idéias dos filósofos iluministas europeus, as idéias
francesas – como as de Locke, dos direitos naturais, e as de
Rousseau, da soberania popular – , facilitando a atração do
apoio francês ao movimento americano.

(C) A aliança da França e da Espanha com os Estados Unidos na


guerra de independência deveu-se à expectativa de
enfraquecimento do concorrente comum e da recuperação de
colônias perdidas com a Guerra dos Sete Anos.
(Folha de São Paulo, maio de 1998)

O mapa representa uma das soluções para o escoamento da (D) A participação francesa e espanhola na guerra de
produção agrícola de Mato Grosso. Ela não é o único meio para independência deveu-se apenas a um desejo de vingança pela
fazer a produção chegar aos mercados internacionais, mas é derrota na Guerra dos Sete Anos – tão expressiva que abalou
certamente: o absolutismo em ambos os países –, que ofendera fortemente
(A) a alternativa economicamente mais eficiente. o orgulho nacional.
(B) a solução que exige maior investimento inicial.
(C) o meio mais rápido de deslocar a produção regional.
(D) a opção que promove o maior impacto ambiental. (E) O objetivo franco-espanhol no apoio aos Estados Unidos na
(E) a forma menos indicada de escoar a produção. guerra de independência foi devido à concorrência entre países
que realizavam as suas revoluções industriais .

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51 Apostila Concurso Polícia Militar
53 do Amazonas 2011
PARTE DOS PRINCIPAIS PAÍSES INDUSTRIALIZADOS
NA PRODUÇÃO INDUSTRIAL MUNDIAL* “Examinando-se o movimento no que ele expressa como explosão
Grã- Alemanha Rússia Estados Resto do
de multidões mestiças e indígenas da Província, contra a vida e a
-Bretanha França
(RFA) (URSS)
Unidos Japão mundo propriedade dos que desfrutavam de poder político, econômico e
1870 32 10 13 4 23 - 18
projeção social, compreende-se que a Cabanagem não pode ser
inscrita na história nacional como um episódio a mais de aspiração
1881-1885 27 9 14 3 29 - 18
meramente política.”
1896-1900 20 7 17 5 30 1 20

1906-1910 15 6 16 5 35 1 22 (A. C. F. Reis)


1913 14 6 16 6 38 1 19
Assinale a alternativa que melhor caracteriza a Cabanagem.
1926-1929 9 7 12 (4) 42 3 23

1936-1938 9 5 11 (19) 32 4 20
(A) A participação intensa das massas de origem indígena na
4
Cabanagem do Pará deveu-se à inexistência de agricultura de
1963 5 (6) (19) 32 4 30
exportação na região e à ausência completa de negros.
*Em porcentagem
(Fonte: W. W. Rostow)
(B) A Cabanagem era um risco maior para os imperialismos do que
De acordo com a tabela, são corretas duas das afirmativas a para a unidade política pretendida pelo Império brasileiro, como
seguir, a respeito da participação, às vésperas da Primeira Grande atestam as seguidas intervenções americanas e britânicas no
Guerra, das potências capitalistas no comércio mundial: Grão-Pará.

I. a Grã-Bretanha e a França apresentaram um declínio relativo (C) A Cabanagem não pode ser inscrita na história nacional como
de sua participação no comércio mundial; um episódio político, pois, por se tratar de uma sublevação
generalizada no Pará, foi um fato militar e, no máximo, social.
II. os Estados Unidos, a Alemanha e o Japão apresentaram, entre
1896 e 1913, crescimento de sua participação no comércio (D) A Cabanagem começou como um conflito entre setores
mundial; oligárquicos do Pará durante a Regência, mas, pelas condições
socioeconômicas da região Norte e devido à participação
III. ao contrário do declínio relativo britânico, houve um grande popular intensa, converteu-se em autêntica rebelião social.
aumento da participação americana no comércio mundial, de
1870 até as vésperas da Primeira Guerra Mundial;
(E) O desfecho da Cabanagem, com perseguição feroz e
massacre dos cabanos, deveu-se mais à excitação e ao ódio
IV. apesar do declínio relativo de sua participação no comércio
dos mercenários estrangeiros do que ao ódio de classe das
mundial, a economia britânica manteve uma proporção maior
elites brasileiras contra os pobres e não-brancos derrotados.
do que o resto do mundo, entre 1870 e 1913.

São elas: 54
(A) I e II (B) I e III “Cinco milhões e meio de desempregados em 1933, dois milhões
(C) I e IV (D) II e III em 1935, menos de um em 1937, algumas dezenas de milhares
entre 1933 e 1939. A produção mais que dobrou entre 1933 e
(E) II e IV 1939. Política de grandes obras – auto-estradas, ferrovias,
aeroportos... Tudo realizado no âmbito de uma política rigorosa de
52 controle de preços, de crédito... (pelo Estado)”
Entre as transformações radicais pelas quais passa o mundo nas
últimas décadas, destaca-se a mudança ocorrida na divisão (M. Béaud)
tradicional do trabalho entre os países dominantes industrializados
e os dependentes, exportadores de produtos primários. Grandes Assinale a alternativa que corretamente aborda o desenvolvimento
empresas transferiram parte de seus parques produtivos para econômico alemão na década que antecede a 2ª Guerra Mundial.
países que se chamavam de “periféricos”, abrindo condições para
novos movimentos industrializantes. A globalização da economia e (A) O dirigismo econômico, apoiado em poderosos complexos
as mudanças tecnológicas são parte desse processo. industriais e bancários, também obrigou os poderosos grupos
Assinale a alternativa ERRADA, a respeito da nova configuração estrangeiros, como General Motors, Ford, Shell e Unilever, a
da economia mundial. reinvestir seus lucros no fortalecimento da economia alemã.

(B) Oimpulsoeconômicoalemãonazistaapoiou-se
(A) A tradicional divisão do trabalho entre países dominantes exclusivamente em poderosos conjuntos industriais e
industrializados e agrários dependentes vem sendo superada financeiros do capitalismo alemão, porque o Estado combatia o
pela divisão do processo produtivo em fases de produção, capitalismo internacional e expulsou as empresas estrangeiras
divididas, às vezes, por vários países. na década de 1930.

(B) A globalização da economia e as mudanças tecnológicas


(C) A indústria alemã se tornou espetacularmente poderosa pela
permitiram grande internacionalização do processo produtivo,
política governamental de incentivo aos investimentos
de que são exemplos os novos “tigres asiáticos”.
estrangeiros, cujo ingresso maciço se deu nos anos anteriores
à guerra.
(C) O imperialismo tradicional deu lugar a um conjunto combinado
de centros decisórios, com os Estados Unidos passando a
dividir o predomínio econômico e político com o Japão e a (D) Todas as medidas econômicas da Alemanha, no período
União Européia. anterior à Segunda Grande Guerra, assemelham-se, pelo
verno Sarney , já previa a ocupação militar de uma faixa do territ
medidas de implantação de um regime socialista.
(D) A tendência mundial à redução da intervenção do Estado na
economia, apresenta-se, no Brasil, sob a forma de privatização
de empresas estatais e de pressão para minimizar o sistema (E) O dirigismo nazista impôs a descartelização do capitalismo
previdenciário e a legislação de proteção ao trabalho, por meio alemão, invertendo a tendência das décadas anteriores,
da “flexibilização” das garantias trabalhistas. principalmente na produção de aço e na indústria química.

(E) Ao anular a União Soviética como potência mundial, os


Estados Unidos passaram a exercer isoladamente o
imperialismo, subjugando aos seus interesses antigos aliados,
como a União Européia, a Alemanha e o Japão.

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Apostila Concurso Polícia Militar do Amazonas 2011

55 56
“O modo de produção feudal ... foi regido pela terra e por uma Após os resultados de 1974, os pleitos eleitorais passaram a ser
economia natural. O produtor imediato ... estava unido ao meio de um risco para o governo, que passou a temer uma vitória das
produção por uma específica relação social. A fórmula literal desse oposições nas eleições municipais de 1976.
relacionamento era proporcionada pela definição legal da servidão Assinale a alternativa que menciona as medidas do governo Geisel
– gleba adscripti ou ligados à terra: juridicamente, os servos tinham para manter a “distensão lenta, segura e gradual” sob o seu
mobilidade restrita.” controle, restringindo as possibilidades de vitória eleitoral da
Assinale a alternativa que corretamente define a situação do oposição.
camponês servo da gleba no feudalismo. (A) A imposição do Ato Institucional nº 5 fechava os canais legais
(A) A máxima feudal “não há terra sem senhor” evidencia não de expressão da oposição, reduzindo-lhe as alternativas de
haver, no sistema feudal, outro tipo de trabalhadores além do atuação política
servo da gleba. (B) A Lei Falcão restringia a propaganda eleitoral à exibição dos
(B) Apesar de adscrito à terra, o servo era propriedade do senhor, nomes, números, currículos e, no caso da televisão, as
como descendente dos antigos escravos romanos. fotografias dos candidatos, e o “Pacote de Abril” estendeu
(C) O camponês – o servo – estava sujeito à jurisdição do seu essas restrições às eleições legislativas em todos os níveis.
senhor, numa relação de exploração econômica e autoridade (C) A Emenda nº 11 à Constituição Federal criou as “salvaguardas”
política. constitucionais, pelas quais o Executivo poderia decretar
(D) O trabalho compulsório dos servos medievais era extraído pela medidas de emergência ou estado de emergência.
força, representada pelo caráter militar da classe senhorial. (D) O Ato Institucional nº 2 determinou que as eleições para
(E) A sujeição dos camponeses ao trabalho servil, na Europa presidente e vice-presidente da República seriam indiretas,
medieval, era jurídica e baseada no costume, não feitas pela maioria absoluta do Congresso Nacional.
caracterizando, portanto, o trabalho compulsório. (E) Foram extintos pelo AI-2 os partidos políticos existentes, dando
o monopólio da competição aos dois movimentos criados pelo
próprio regime: a Arena e o MDB.

UEA 2002 − GABARITO


Portugues
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Historia
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