Sumário:
1 GEOGRAFIA ......................................................................................... 3
1.1 GEOGRAFIA DO BRASIL ................................................................................................ 3
1.1.1 Espaço Geográfico Brasileiro .................................................................................................................. 3
1.1.1.1 Localização do Brasil ................................................................................................ 4
1.1.1.2 Pontos Extremos ..................................................................................................... 4
1.1.1.3 Panorama da Economia Nacional .................................................................................. 5
1.1.1.4 Economia por região ................................................................................................ 7
1.1.2 Cultura do Brasil ...................................................................................................................................... 11
1.1.3 Questão Ambiental: ............................................................................................................................... 13
1.1.3.1 - Gases Estufa na Atmosfera ...................................................................................... 16
1.1.3.2 - Aumento do nível médio das águas do mar.................................................................... 19
1.1.3.3 - Aquecimento global e possíveis impactos na Amazônia ..................................................... 21
1.2 GEOGRAFIA DO AMAZONAS .......................................................................................... 24
1.2.1 - Características gerais.............................................................................................................................. 24
1.2.2 Geografia física ........................................................................................................................................ 25
1.2.3 População ................................................................................................................................................... 26
1.2.3.1 Demografia.......................................................................................................... 26
1.2.4 Aspectos Econômicos do Estado do Amazonas ................................................................................. 29
1.2.5 Clima ............................................................................................................................................................. 32
1.2.5.1 Encontro das águas ................................................................................................. 32
1.2.6 Vegetação ................................................................................................................................................... 33
1.2.7 - Educação .................................................................................................................................................... 33
1.2.8 Mesorregiões, microrregiões e municípios do Estado do Amazonas ................................................ 34
1.2.8.1 PIB dos municípios ................................................................................................. 34
1.2.8.2 Lista de municípios do estado do Amazonas por população .................................................. 34
1.2.8.3 Distância entre Manuaus e outras cidades do Amazonas ..................................................... 36
1.2.9 Amazonenses ilustres ............................................................................................................................... 36
1.2.10 - Cozinha .................................................................................................................................................... 37
1.2.11 A Zona Franca de Manaus............................................................................................................................ 38
1.2.12 Amazônia.................................................................................................................................................... 45
1.2.12.1 Ecologia da Amazonia ............................................................................................. 45
1.2.13 Projeto Calha Norte ................................................................................................................................. 50
1.2.14 SIVAM .......................................................................................................................................................... 50
1.2.15 Meios de transportes do Estado do Amazonas .................................................................................... 53
1.2.16 Ecologia e Impactos ambientais ............................................................................................................. 54
2 - HISTÓRIA ........................................................................................ 57
2.1 HISTÓRIA DO BRASIL ................................................................................................. 57
2.1.1 - IMPÉRIO (1822-1889 PRIMEIRO REINADO) ..................................................................... 57
2.1.1 - Império (1822-1889 Primeiro reinado) ................................................................................................. 57
2.1.2 Período regencial ...................................................................................................................................... 58
2.1.3 Segundo reinado ........................................................................................................................................ 58
2.1.4 República do Café ..................................................................................................................................... 59
2.1.5 Era Vargas (1930-1945 .............................................................................................................................. 60
2.1.6 República Nova (1945-1964) .................................................................................................................... 62
2.1.7 Regime Militar (1964-1985) ..................................................................................................................... 63
2.1.8 Nova República (1985-2008) ..................................................................................................................... 64
2.1.9.2 -Situação Econômica Atual ........................................................................................ 67
2.2 HISTÓRIA DO AMAZONAS ............................................................................................ 68
2.2.1 Fases da Ocupação do Amazonas ............................................................................................................. 68
2.2.2- A Dinastia Filipina ..................................................................................................................................... 69
2.3.3 - Os bandeirantes ....................................................................................................................................... 69
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1 Geografia
1.1 Geografia do Brasil
1.1.1 Espaço Geográfico Brasileiro
O Brasil (oficialmente República Federativa do Brasil) é uma república federativa
formada pela união de 26 estados federados, pelo Distrito Federal e municípios, situada
na América do Sul. Tem a quinta maior população e também quinta maior área do mundo
com 8.514.876,599 km²[, o país também é a maior economia da América Latina[
Ocupando quase a metade (47%) da área da América do Sul. O País possui entre 15 e 20%
da biodiversidade mundial, sendo exemplo desta riqueza a Floresta Amazônica, com 3,6
milhões de quilômetros quadrados. Faz fronteira a norte com a Venezuela, a Guiana, o
Suriname e com o departamento ultramarino da Guiana Francesa; a sul com o Uruguai; a
sudoeste com a Argentina e o Paraguai; a oeste com a Bolívia e o Peru e, por fim a
noroeste com a Colômbia. Os únicos países sul-americanos que não têm uma fronteira
comum com o Brasil são o Chile e o Equador. O país é banhado pelo Oceano Atlântico ao
longo de toda sua costa, ao norte, nordeste, sudeste e sul.
Além do território continental, o Brasil também possui alguns grandes grupos de ilhas no
Oceano Atlântico como exemplo: Penedos de São Pedro e São Paulo, Fernando de
Noronha (região administrativa especial do estado de Pernambuco) e Trindade e Martim
Vaz no Espírito Santo. Há também um complexo de pequenas ilhas e corais chamado Atol
das Rocas. O Brasil é dividido administrativa e politicamente em 27 unidades federativas,
sendo 26 estados e o Distrito Federal. Nelas estão divididos os 5.564 municípios do país.
Apesar de ser o quinto país mais populoso do mundo, o Brasil apresenta uma das mais
baixas densidades populacionais. A maior parte da população se concentra ao longo do
litoral, apresentando enormes vazios demográficos em seu interior.
Colonizado por Portugal, o Brasil é o único país de língua portuguesa da América. A
religião com mais seguidores é o catolicismo, sendo o país com maior número de
católicos do mundo. A sociedade brasileira é uma das mais multirraciais do mundo, sendo
formada por descendentes de europeus, indígenas, africanos e asiáticos.
Para se ter uma idéia da dimensão do nosso país (leste - oeste), veja que a distância de
Natal (RN) a Cruzeiro do Sul (AC) é de aproximadamente 4.100 km. Já a distância de
Natal até Monróvia, capital da Libéria (na África Ocidental), é de aproximadamente
2.900 km.
1.1.1.1 Localização do Brasil
Localizado na América do Sul, o Brasil ocupa a porção centro-oriental do
continente. Apresenta uma extensa faixa de fronteiras terrestres (15.719 km), limitando-
se com quase todos os países sul-americanos (exceção do Chile e do Equador). Apresenta
também uma extensa orla marítima (7.367 km), banhada pelo oceano Atlântico.
O Brasil localiza-se a oeste do meridiano inicial ou de Greenwich, situando-se,portanto,
inteiramente no hemisfério ocidental. É cortado, ao norte, pela linha do equador e
apresenta 7% de suas terras no hemisfério norte, ou setentrional, e 93%,no hemisfério
sul, ou meridional. Ao sul, é cortado pelo Trópico de Capricórnio (estalinha imaginária
passa em São Paulo), apresentando 92% do seu território na zona intertropical, isto é,
entre os trópicos de Câncer e de Capricórnio. Os 8% restantes estão na zona temperada
do sul, entre o trópico de Capricórnio e o círculo polar Antártico.
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Cabo Orange que se encontra na foz do rio Oiapoque, na latitude norte 4°30’30",
corresponde ao ponto extremo do litoral
brasileiro ao norte, sendo que o extremo sul de nosso litoral coincide com o Arroio Chuí.
Principais indicadores
O Produto interno bruto (PIB) do Brasil (GDP) medido por Paridade de poder de compra
(PPC) foi estimado em 1.818 trilhões de doláres em 2006, e em 1.067 bilhões em termos
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nominais. Seu padrão de vida, medido no PIB per capita (PPC) era de 8.600 doláres. O
Banco Mundial relatou que renda nacional bruta do país era a segunda maior da América
Latina e renda per capita em termos nominais de mercado(PCC) era a oitava maior,
sendo US$ 644.133 bilhões e US$ 3.460 [7] respectivamente, com isso, o Brasil é
estabelecido como um país de classe média. Depois da desaceleração de 2002 o país se
recuperou e cresceu 5.7, 3.2 e 3.7 por cento(PCC) em 2004, em 2005 e em 2006, mesmo
que se considere estar bem abaixo do crescimento potencial do Brasil. Em 2007, o PIB
tem demonstrado uma grande aceleração do crescimento, com previsão inicial de 4,3%
de crescimento, subiu para 4.9% e depois 5.2%.
A moeda corrente brasileira é o real (ISO 4217: BRL; símbolo: R$). Um real é dividido em
100 centavos. O real substituiu o cruzeiro real em 1994 em uma taxa de 2.750 cruzeiros
por 1 real. A taxa trocada remanesceu estável, oscilando entre 1 e 2.50 R$ por US$. As
taxas de juros em 2007 situam-se em torno 13%, [9]. As taxas de inflação estão em baixos
níveis também, a registrada em 2006 foi de 3.1% [4] e as taxas de desemprego de 9.6
por cento.
Economias regionais
As disparidades e as desigualdades regionais continuam a ser um problema no Brasil. As
desigualdades regionais do Brasil se dividem simplesmente em: sul rico e norte pobre. A
região Sul sempre se destaca quando o assunto é qualidade de vida, os padrões da região
são similares aos europeus, enquanto o nordeste possui qualidade de vida muito inferior,
similar à países como Índia e África do Sul.
Comércio exterior
Os maiores parceiros do Brasil no comércio exterior são a União Européia, os Estados
Unidos da América, o Mercosul e a República Popular da China.
O Brasil é a 10° maior economia mundial, de acordo com os critérios de Produto Interno
Bruto diretamente convertido a dólares estadunidenses, e está entre as 10 maiores
economias mundiais em critérios de "purchasing power parity". Em Outubro de 2007 foi
divulgada uma pesquisa da ONU, em que mostra os melhores países para se investir do
mundo. O Brasil ficou em 5º lugar, atrás apenas da China, Índia, Estados Unidos e Rússia.
O primeiro produto que moveu a economia do Brasil foi o açúcar, durante o período de
colônia, seguindo pelo ouro na região de Minas Gerais. Já independente, um novo ciclo
econômico surgiu, agora com o café. Esse momento foi fundamental para o
desenvolvimento do Estado de São Paulo, que acabou por tornar-se o mais rico do país.
Apesar de ter, ao longo da década de 90, um salto qualitativo na produção de bens
agrícolas, alcançando a liderança mundial em diversos insumos, com reformas
comandadas pelo governo federal, a pauta de exportação brasileira foi diversificada,
com uma enorme inclusão de bens de alto valor agregado como jóias, aviões, automóveis
e peças de vestuário.
Atualmente o país está entre os 20 maiores exportadores do mundo, com US$ 137,6
bilhões (em 2006) vendidos entre produtos e serviços a outros países. Mas com um
crescimento vegetativo de dois dígitos ao ano desde o governo Fernando Henrique, em
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Setores
No Brasil, o setor primário (agricultura, exploração mineral e vegetal) ainda é muito
importante, mas se observa um lento crescimento proporcional do setor secundário
(indústria) em relação aos demais. Cabe observar, no entanto, que a desvalorização da
moeda nacional, ocorrida em 1999, estimulou bastante as exportações e,
consequentemente, o setor agrícola.
Fonte: Banco Central do Brasil
Mercado financeiro
Na base do sistema financeiro brasileiro está o Conselho Monetário Nacional, que é
controlado pelo governo federal. O mais importante agente é o Banco Central do Brasil,
que define a taxa de juros e pode influenciar o câmbio por ações de open market. A
principal bolsa de valores do Brasil é a Bovespa que movimenta títulos e outros papéis
das 316 empresas brasileiras de capital aberto. O maior banco do Brasil é o do governo
federal Banco do Brasil. O maior banco privado é o Bradesco.
Vale destacar que no Brasil predomina uma grande desigualdade social, para se ter uma
idéia, apenas o estado de São Paulo corresponde por 34% do PIB Brasileiro e o estado do
Rio de Janeiro por 11%. Enquanto algumas cidade do sul e sudeste se comparam a níveis
europeus, outras cidades do nordeste, se comparam a níveis da Africa. Apenas 7 estados
do País correspondem a 75,2% do PIB nacional
Fontes:
http://www.fiesp.org.br/clipping.nsf/5b56c69712d7723983256c7d0060a3c9/ee51cef94b
a54d15832573a00050cac5?OpenDocument
Mercosul
O Mercosul (em português: Mercado Comum do Sul, castelhano: Mercado Común del Sur,
Mercosur) é a União Aduaneira (livre comércio intrazona e política comercial comum) de
cinco países da América do Sul. Em sua formação original o bloco era composto por
quatro países: Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai. Desde 2006, a Venezuela também
pertence ao Mercosul.
As discussões para a constituição de um mercado econômico regional para a América
Latina remontam ao tratado que estabeleceu a Associação Latino-Americana de Livre
Comércio (ALALC) desde a década de 1960. Esse organismo foi sucedido pela Associação
Latino-Americana de Integração na década de 1980. À época, a Argentina e o Brasil
fizeram progressos na matéria, assinando a Declaração de Iguaçu (1985), que estabelecia
uma comissão bilateral, à qual se seguiram uma série de acordos comerciais no ano
seguinte. O Tratado de Integração, Cooperação e Desenvolvimento, assinado entre
ambos os países em 1988, fixou como meta o estabelecimento de um mercado comum,
ao qual outros países latino-americanos poderiam se unir.
Com a adesão do Paraguai e do Uruguai, os quatro países se tornaram signatários do
Tratado de Assunção (1991) que estabelecia o Mercado Comum do Sul, uma aliança
comercial visando a dinamizar a economia regional, movimentando entre si mercadorias,
pessoas, força de trabalho e capitais. Inicialmente foi estabelecida uma zona de livre-
comércio, em que os países signatários não tributariam ou restringiriam as importações
um do outro. A partir de 1 de janeiro de 1995, esta zona converteu-se em união
aduaneira, na qual todos os signatários poderiam cobrar as mesmas quotas nas
importações dos demais países (Tarifa Externa Comum). No ano seguinte, a Bolívia e o
Chile adquiriram o status de membros associados. O Chile encontra-se em processo de
aquisição do status de membro pleno depois de resolver alguns problemas territoriais
com a Argentina. Outras nações latino-americanas manifestaram interesse em entrar
para o grupo, mas, até o momento, somente a Venezuela levou adiante sua candidatura.
Embora sua incorporação ao Mercosul ainda dependa da aprovação no congresso
paraguaio.
Em 2004, entrou em vigor o Protocolo de Olivos (2002), que criou o Tribunal Arbitral
Permanente de Revisão do Mercosul, com sede na cidade de Assunção (Paraguai). Uma
das fontes de insegurança jurídica nesse bloco de integração era a falta de um tribunal
permanente.
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Muitos sul-americanos vêem o Mercosul como uma arma contra a influência dos Estados
Unidos na região, tanto na forma da Área de Livre Comércio das Américas quando na de
tratados bilaterais. Uma prova disso é a criação da Universidade do Mercosul, que vai
priorizar a integração regional no modelo de educação.
Cronologia do Mercosul
1985-1990
Em 30 de novembro de 1985, os presidentes da Argentina e Brasil assinaram a
Declaração de Foz de Iguaçu, pedra base do Mercosul. No ano de 2004, Argentina e
Brasil resolveram conjuntamente que no dia 30 de novembro se comemorará o Dia
da Amizade argentino-brasileira;
Em 29 de julho de 1986 se firma a Ata para a Integração Argentino-Brasileira.
Mediante este instrumento estabeleceu-se o Programa de Integração e Cooperação
entre Argentina e Brasil (PICAB) fundado nos princípios de gradualidade,
flexibilidade, simetria, equilíbrio, tratamento preferencial frente a outros
mercados, harmonização progressiva de políticas e participação do setor
empresarial. O núcleo do PICAB foram os protocolos setoriais em setores chaves;
Em 6 de abril de 1988 se firma a Ata do Alvorada, mediante a qual Uruguai se
junta ao processo de integração regional;
Em 29 de novembro de 1988 se celebra o Tratado de Integração, Cooperação e
Desenvolvimento entre Argentina e Brasil, pelo qual se fixou um prazo de 10 anos
para a eliminação gradual das assimetrias;
Em 6 de julho de 1990 se firmou a Declaração de Buenos Aires, acelerando o
cronograma de integração e fixando a data de 31 de dezembro de 1994 para
alcançar o mercado comum.
1991-1995
Em 26 de março de 1991, Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai firmam o Tratado
de Assunção, que adota o nome Mercosul, e uma estrutura institucional básica e
estabelece um área de livre comércio.
Em junho de 1992, se estabeleceu o cronograma definitivo da constituição do
mercado comum.
No dia 17 de Dezembro de 1994 se firmou o Protocolo de Ouro Preto, que conferiu
personalidade jurídica ao bloco.
1996-2005
Na data de 25 de junho de 1996, se firmou entre os países membros a Declaração
presidencial sobre a Consulta e Concentração Política dos Estados Partes do
Mercosul, e junto ao Chile e Bolívia, a Declaração Presidencial sobre Compromisso
Democrático no Mercosul. Estes instrumentos se relacionam com as tentativas de
golpe de estado em abril no Paraguai e o decisivo rol julgado pelo Mercosul para
evitá-lo.
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2006
Na Cúpula de Presidentes em Córdoba, julho de 2006, os itens abaixo ainda
encontram-se em processo de análise pelo Senado brasileiro:
integrou-se a Venezuela como membro do Mercosul, contudo ainda depende
de aprovação interna;
aprovou-se a Estratégia Mercosul de Crescimento do Emprego (Decisão CMC
Nº 04/06);
criou-se o Observatório da Democracia do Mercosul (Decisão CMC Nº 24/06);
estabeleceu-se que a Argentina será sede permanente do Mercosul Cultural;
A cultura brasileira reflete os vários povos que constituem a demografia desse país
sul-americano: indígenas, europeus, africanos, asiáticos, árabes etc. Como resultado da
intensa miscigenação de povos, surgiu uma realidade cultural peculiar, que sintetiza as
várias culturas.
A tensão entre o que seria considerado uma cultura popular e uma erudita sempre foi
bastante problemática no país. Durante um longo período da história, desde o
Descobrimento até meados dos séculos XIX e XX, a distância entre a cultura erudita e a
popular era bastante grande: enquanto a primeira buscava ser uma cópia fiel dos
cânones e estilos europeus, a segunda era formada pela adaptação das culturas dos
diferentes povos que formaram o povo brasileiro em um conjunto de valores, estéticas e
hábitos mais próximos da realidade popular e dos cidadãos mais humildes. Grande parte
do projeto estético modernista foi justamente o de resgatar nos campos considerados
"nobres" da Cultura (nas artes em geral, na literatura, na música, etc) e até mesmo nos
hábitos cotidianos a vertente popular, considerando-a como a legítima cultura brasileira.
Formação da cultura brasileira
Os portugueses
Dentre os diversos povos que formaram o Brasil, foram os europeus aqueles que
exerceram maior influência na formação da cultura brasileira, principalmente os de
origem portuguesa. Durante 322 anos o País foi colônia de Portugal, e houve uma
transplantação da cultura da metrópole para as terras sul-americanas. Os colonos
portugueses chegaram em maior número à colônia à partir do século XVIII, sendo já neste
século o Brasil um país predominantemente Católico e de língua dominante portuguesa.
Os indígenas
Segundo alguns historiadores, séculos de dominação moura e relação com outras
civilizações facilitaram o contato entre os colonos portugueses e os indígenas brasileiros,
todavia isso não impediu que os nativos fossem dizimados pela ação colonizadora.
As primeiras décadas de colonização possibilitaram uma rica fusão entre a cultura dos
europeus e a dos indígenas, dando margem à formação de elementos como a Língua
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Os imigrantes
A imigração européia foi incentivada não apenas para suprir o fim da mão-de-obra
escrava, mas também foi promovida pelo governo, que tinha a intenção de branquear o
Brasil e europeizar sua cultura, afinal, a maior parte da população no século XIX era
composta por negros e mestiços. Dentre os diversos grupos de imigrantes que aportaram
no Brasil, foram os italianos que chegaram em maior número, quando considerada a faixa
de tempo entre 1870 e 1950. Eles se espalharam desde o sul de Minas Gerais até o Rio
Grande do Sul, sendo a maior parte na região de São Paulo. Além dos italianos,
destacaram-se os alemães, que chegaram em um fluxo contínuo desde 1824. Esses se
fixaram primariamente na Região Sul do Brasil, onde diversas regiões herdaram
influências germânicas desses colonos.
Os imigrantes que se fixaram na zona rural do Brasil meridional, vivendo em pequenas
propriedades familiares (sobretudo alemães e italianos), conseguiram manter seus
costumes do país de origem, criando no Brasil uma cópia das terras que deixaram na
Europa. Em contrapartida, os imigrantes que se fixaram nas grandes fazendas e nos
centros urbanos do Sudeste (portugueses, italianos, espanhóis e árabes), rapidamente se
integraram na sociedade brasileira, perdendo muitos aspectos da herança cultural do
país de origem. A contribuição Asiática viria com a imigração japonesa, porém de forma
mais limitada.
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maioria dos governos nacionais assinou e ratificou o Protocolo de Quioto, que visa o
combate à emissão de gases estufa.
Terminologia
O termo “aquecimento global” é um exemplo específico do termo mais abrangente
“mudança climática”, que também pode se referir a esfriamento global. No uso comum,
o termo se refere ao aquecimento recente e subentende-se uma influência humana. A
Convenção Quadro das Nações Unidas para Mudança do Clima (UNFCCC) usa o termo
“alteração climática” para mudanças causadas por humanos, e “variabilidade climática”
para outras mudanças. O termo “alteração climática antropogênica” algumas vezes é
também usado quando se fala em mudanças causadas pelo homem
Evidências do aquecimento global
A principal evidência do aquecimento global vem das medidas de temperatura de
estações meteorológicas em todo o globo desde 1860. Os dados com a correção dos
efeitos de "ilhas urbanas" mostra que o aumento médio da temperatura foi de 0.6 ± 0.2
ºC durante o século XX. Os maiores aumentos foram em dois períodos: 1910 a 1945 e
1976 a 2000. De 1945 a 1976, houve um arrefecimento que fez com que
temporariamente a comunidade científica suspeitasse que estava a ocorrer um
arrefecimento global.
O aquecimento verificado não foi globalmente uniforme. Durante as últimas décadas, foi
em geral superior entre as latitudes de 40°N e 70°N, embora em algumas áreas, como a
do Oceano Atlântico Norte, tenha havido um arrefecimento. É muito provável que os
continentes tenham aquecido mais do que os oceanos. Há, no entanto que referir que
alguns estudos parecem indicar que a variação em irradiação solar pode ter contribuído
em cerca de 45–50% para o aquecimento global ocorrido entre 1900 e 2000.
Evidências secundárias são obtidas através da observação das variações da cobertura de
neve das montanhas e de áreas geladas, do aumento do nível global das mares, do
aumento das precipitações, da cobertura de nuvens, do El Niño e outros eventos
extremos de mau tempo durante o século XX.
Por exemplo, dados de satélite mostram uma diminuição de 10% na área que é coberta
por neve desde os anos 60. A área da cobertura de gelo no hemisfério norte na primavera
e verão também diminuiu em cerca de 10% a 15% desde 1950 e houve retração os glaciais
e da cobertura de neve das montanhas em regiões não polares durante todo o século XX.
No entanto, a retração dos glaciais na Europa já ocorre desde a era Napoleônica e, no
Hemisfério Sul, durante os últimos 35 anos, o derretimento apenas aconteceu em cerca
de 2% da Antártida; nos restantes 98%, houve um esfriamento e a IPPC estima que a
massa da neve deverá aumentar durante este século. Durante as décadas de 1930 e
1940, em que a temperatura de toda a região ártica era superior à de hoje, a retração
dos glaciais na Groelândia era maior do que a atual. A diminuição da área dos glaciais
ocorrida nos últimos 40 anos, deu-se essencialmente no Ártico, na Rússia e na América do
Norte; na Eurásia (no conjunto Europa e Ásia), houve de fato um aumento da área dos
glaciais, que se pensa ser devido a um aumento de precipitação.
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Estudos divulgados em Abril de 2004 procuraram demonstrar que a maior intensidade das
tempestades estava relacionada com o aumento da temperatura da superfície da faixa
tropical do Atlântico. Esses fatores teriam sido responsáveis, em grande parte, pela
violenta temporada de furacões registrada nos Estados Unidos, México e países do
Caribe. No entanto, enquanto, por exemplo, no período de quarto-século de 1945-1969,
em que ocorreu um ligeiro aquecimento global, houve 80 furacões principais no
Atlântico, no período de 1970-1994, quando o globo se submetia a uma tendência de
aquecimento, houve apenas 38 furacões principais. O que indica que a atividade dos
furacões não segue necessariamente as tendências médias globais da temperatura.
Determinação da temperatura global à superfície
A determinação da temperatura global à superfície é feita a partir de dados recolhidos
em terra, sobretudo em estações de medição de temperatura em cidades, e nos oceanos,
recolhidos por navios. É feita uma seleção das estações a considerar, que são as que se
consideram mais confiáveis, e é feita uma correção no caso de estas se encontrarem
perto de urbanizações. As tendências de todas as seções são então combinadas para se
chegar a uma temperatura global.
O globo é dividido em seções de 5º latitude/5º longitude e é calculada uma média pesada
da temperatura mensal média das estações escolhidas em cada seção. As seções para as
quais não existem dados são deixadas em branco, sem as estimar a partir das seções
vizinhas, e não entram nos cálculos. A média obtida é então comparada com a referência
para o período de 1961-1990, obtendo-se o valor da anomalia para cada mês. A partir
desses valores é então calculada uma média pesada correspondente à anomalia anual
média global para cada Hemisfério e, a partir destas, a anomalia global.
Desde Janeiro de 1979, os satélites da NOAA passaram a medir a temperatura da
troposfera inferior (de 1000m a 8000m de altitude) através da monitorização das
emissões de microondas por parte das moléculas de oxigénio na atmosfera. O seu
comprimento de onda está diretamente relacionado com a temperatura (estima-se uma
precisão de medida da ordem dos 0.01°C). Estas medições indicam um aquecimento de
menos de 0.1°C, desde 1979, em vez dos 0.4°C obtidos a partir dos dados à superfície.
É de notar que os dois conjuntos de dados não divergem na América do Norte, Europa
Ocidental e Austrália, onde se pensa que os dados das estações são registrados e
mantidos de um modo mais fiável. É apenas fora destas grandes áreas que os dados
divergem: onde os dados de satélite mostram uma tendência de evolução quase neutra,
os dados das estações à superfície mostram um aquecimento significativo (Dentro da
mesma região tropical, enquanto os dados das estações na Malásia e Indonésia mostram
um aquecimento, as de Darwin e da ilha de Willis, não.)
Existe controvérsia relativamente à explicação desta divergência. Enquanto alguns
pensam que existem erros graves nos dados recolhidos à superfície, e no critério de
seleção das estações a considerar, outros põem a hipótese de existir um processo
atmosférico desconhecido que explique uma divergência em certas partes do globo entre
as duas temperaturas.
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Por sua vez, Bjarne Andresen, professor do Niels Bohr Institute da Universidade de
Copenhaga, defende que é irrelevante considerar uma única temperatura global para um
sistema tão complicado como o clima da Terra. O que é relevante é o caracter
heterogénio do clima e só faz sentido falar de uma temperatura no caso de um sistema
homogénio. Para ele, falar de uma temperatura global do planeta é tão inútil como falar
no «número de telefone médio» de uma lista telefônica.
Causas possíveis
O sistema climático varia através de processos naturais, internos e em resposta a
variações em fatores externos incluindo atividade solar, emissões vulcânicas, variações
na órbita terrestre e gases estufa. As causas detalhadas do aquecimento recente
continuam sendo uma área ativa de pesquisa, mas o consenso científico identifica os
níveis aumentados de gases estufa devido a atividade humana como a principal
influência. Essa atribuição se torna clara ao se observar os últimos 50 anos, pelos quais a
maior parte dos dados está disponível. Contrastando com o consenso científico, outras
hipóteses foram feitas para explicar a maior parte do aumento observado na
temperatura global. Uma dessas hipóteses é que o aquecimento é causado por flutuações
no clima ou que o aquecimento é resultado principalmente da variação na radiação solar.
Nenhum dos fatores condicionantes é instantâneo. Devido à inércia térmica dos oceanos
terrestres e lenta resposta de outros efeitos indiretos, o clima atual da Terra não está
em equilíbrio com o condicionamento imposto. Estudos de compromisso climático
indicam que mesmo que gases estufa se estabilizassem nos níveis do dia presente, um
aquecimento adicional de aproximadamente 0,5 °C ainda ocorreria.
1.1.3.1 - Gases Estufa na Atmosfera
O efeito estufa foi descoberto por Joseph Fourier em 1824 e investigado
quantitativamente pela primeira vez por Svante Arrhenius em 1896. Consiste no processo
de absorção e emissão de radiação infravermelha pelos gases atmosféricos de um
planeta, resultando no aquecimento de sua superfície e atmosfera. Os gases estufa criam
um efeito estufa natural, sem o qual a temperatura média da Terra seria cerca de 30ºC
mais baixa, tornando-a inabitável para a vida como a conhecemos[22]. Portanto, os
cientistas não “acreditam” ou “se opõem” ao efeito estufa; o debate consiste na
discussão de quais gases contribuem para este efeito, através de mecanismos de
realimentação positiva ou negativa. Na Terra, os gases que mais contribuem para o
efeito estufa são o vapor de água, que causa de 36 a 70% do efeito natural (não incluindo
nuvens); O dióxido de carbono (CO2), que causa de 9 a 26%; O metano (CH4), causando
entre 4 e 9%; E o ozônio, que causa entre 3 e 7%. As concentrações atmosféricas de CO2 e
CH4 aumentaram em 31% e 149%, respectivamente, acima de níveis pré-industriais, desde
1750. Estes níveis são consideravelmente mais altos do que em qualquer período nos
últimos 650.000 anos, o período em que é possível extrair informações confiáveis das
calotas polares. Utilizando-se de evidências geológicas menos diretas, acredita-se que
níveis tão altos de CO2 só estiveram presentes na atmosfera há 20 milhões de anos atrás.
O Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês)
defende que o aquecimento global tem como uma de suas principais causas a emissão de
gases poluentes como o CO2 pelo homem, contribuindo para o efeito estufa.
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sobretudo porque existe em grande quantidade na nossa atmosfera). Isso poderá fazer
com que aumente cada vez mais o efeito de estufa e com que o aquecimento da
superfície seja reforçado. Podemos, nesse caso, esperar um aquecimento médio de 4 a
6ºC na superfície. Mas mais umidade (vapor de água) no ar pode também significar uma
presença de mais nuvens na atmosfera o que se pensa que, em média, poderá causar um
efeito de arrefecimento.
As nuvens têm de fato um papel importante no equilíbrio energético porque controlam a
energia que entra e que sai do sistema. Podem arrefecer a Terra, ao refletirem a luz
solar para o espaço, e podem aquecê-la por absorção da radiação infravermelha radiada
pela superfície, de um modo análogo ao dos gases associados ao «efeito de estufa». O
efeito dominante depende de muitos fatores, nomeadamente da altitude e do tamanho
das nuvens e das suas gotículas.
Por outro lado, o aumento da evaporação poderá provocar pesados aguaceiros e mais
erosão. Muitas pessoas pensam que isto poderá causar resultados mais extremos no
clima, com um progressivo aquecimento global.
O aquecimento global também pode apresentar efeitos menos óbvios. A Corrente do
Atlântico Norte, por exemplo, é provocada por diferenças de temperatura entre os
mares. E aparentemente ela está diminuindo à medida que a temperatura média global
aumenta. Isso significa que áreas como a Escandinávia e a Inglaterra que são aquecidas
pela corrente poderão apresentar climas mais frios a respeito do aumento do
aquecimento global.
O aumento no número de mortos, desabrigados e perdas econômicas previstas devido ao
clima severo atribuído ao aquecimento global pode ser piorado pelas densidades
crescentes de população em áreas afetadas, apesar de ser previsto que as regiões
temperadas tenham alguns benefícios menores, tais como poucas mortes devido à
exposição ao frio. Um sumário dos prováveis efeitos e conhecimentos atuais pode ser
encontrado no relatório feito para o “Terceiro Relatório de Balanço do IPCC” pelo Grupo
de Trabalho 2. Já o resumo do mais recente, “Quarto Relatório de Balanço do IPCC”,
informa que há evidências observáveis de um aumento no número de ciclones tropicais
no Atlântico Norte desde por volta de 1970, em relação com o aumento da temperatura
da superfície do mar, mas que a detecção de tendências a longo prazo é difícil pela
qualidade dos registros antes das observaçõe rotineiras dos satélites. O resumo também
diz que não há uma tendência clara do número de ciclones tropicais no mundo.
Efeitos adicionais antecipados incluem aumento do nível do mar de 110 a 770 milímetros
entre 1990 e 2100, repercussões na agricultura, possível desaceleração da circulação
termoalina, reduções na camada de ozônio, aumento na intensidade e freqüência de
furacões, baixa do pH do oceano e propagação de doenças como malária e dengue. Um
estudo prevê que 18% a 35% de 1103 espécies de plantas e animais serão extintas até
2050, baseado nas projeções do clima no futuro.
1.1.3.2 - Aumento do nível médio das águas do mar
Nível dos Oceanos
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Uma outra causa de grande preocupação é o aumento do nível médio das águas do
mar. O nível dos mares está aumentando em 0.01 a 0.025 metros por década o que pode
fazer com que no futuro algumas ilhas de países insulares no Oceano Pacífico fiquem
debaixo de água. O aquecimento global provoca subida dos mares principalmente por
causa da expansão térmica da água dos oceanos. O segundo fator mais importante é o
derretimento de calotas polares e camadas de gelo sobre as montanhas, que são muito
mais afetados pelas mudanças climáticas do que as camadas de gelo da Gronelândia e
Antártica, que não se espera que contribuam significativamente para o aumento do nível
do mar nas próximas décadas, por estarem em climas frios, com baixas taxas de
precipitação e derretimento. Alguns cientistas estão preocupados que no futuro, a
camada de gelo polar e os glaciares derretam significativamente. Se isso acontecesse,
poderia haver um aumento do nível das águas, em muitos metros. No entanto, os
cientistas não esperam um maior derretimento nos próximos 100 anos e prevê-se um
aumento do nível das águas entre 14 e 43 cm até o fim deste século.(Fontes: IPCC para
os dados e as publicações da grande imprensa para as percepções gerais de que as
mudanças climáticas).
Foi preciso ter em conta muitos fatores para se chegar a uma estimativa do aumento do
nível do mar no passado. Mas diferentes investigadores, usando métodos diferentes,
acabaram por confirmar o mesmo resultado. O cálculo que levou à conclusão não foi
simples de fazer. Na Escandinávia, por exemplo, as medidas realizadas parecem indicar
que o nível das águas do mar está a descer cerca de 4 milímetros por ano. No norte das
Ilhas Britânicas, o nível das águas do mar está também a descer, enquanto no sul se está
a elevar. Isso deve-se ao fato da Fennoscandia (o conjunto da Escandinávia, da Finlândia
e da Dinamarca) estar ainda a subir, depois de ter sido pressionada por glaciares de
grande massa durante a última era glacial. Demora muito tempo a subir porque é só
muito lentamente que o magma consegue fluir para debaixo dela; e esse magma tem que
vir de algum lado próximo, como os Países Baixos e o sul das Ilhas Britânicas, que se
estão lentamente a afundar. Em Bangkok, por causa do grande incremento na extração
de água para uso doméstico, o solo está a afundar-se e os dados parecem indicar que o
nível das águas do mar subiu cerca de 1 metro nos últimos 30 anos.
Adaptação Político-Econômica
A grande afirmação dos cientistas climáticos de que as temperaturas globais continuarão
a aumentar tem levado nações, estados, empresas e cidadãos a implementar ações para
tentar reduzir o aquecimento global ou ajustar-se a ele. Muitos grupos ambientais
encorajam ações contra o aquecimento global, freqüentemente por parte dos
consumidores, mas também pela comunidade e organizações. Também tem havido
negócios econômicos na mudança climática, incluindo esforços no aumento da eficiência
de energia e uso de fontes alternativas, apesar de ser de forma limitada. Uma
importante inovação é o desenvolvimento de um comércio de emissões dos gases do
efeito estufa. Empresas, em conjunto comos governos, concordam em limitar suas
emissões ou comprar créditos daqueles que emitiram menos do que é permitido. O
principal acordo mundial para combater o aquecimento global é o Protocolo de Quioto,
uma emenda à Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima
(CQNUMC) , negociado em 1997. O protocolo conta com mais de 160 países e mais de 55%
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Analisando o caso da soja, segundo o estudo feito, há uma redução média de 60% na área
favorável para o cultivo de soja, onde a região sul seria a mais afetada, com forte
redução de produção.
Analisando várias culturas, percebemos um maior impacto relativo ao aumento de
temperatura para a soja. O aumento na temperatura reduziria o risco de geada, porém
aumentaria os riscos de abortamento de flores. Para o caso do café Considerando um
aumento de 1,0 C, e a redução das áreas cultivadas com café nos estados de Minas
Gerais, Paraná e São Paulo o impacto econômico previsto é estimado em US$ 375 milhões
por ano, equivalente à redução de 4 milhões de saca de café/ano.
As seis maiores causas do Aquecimento Global
1. O Ártico e a Groelândia estão derretendo
A cobertura de gelo da região no verão diminuiu ao ritmo constante de 8% ao ano
há três décadas. No entanto, a temperatura na região era superior à actual nas
décadas de 1930 e 1940, sendo os glaciares mais pequenos do que hoje. Em 2005,
a camada de gelo foi 20% menor em relação à de 1979, uma redução de 1,3 milhão
de quilômetros quadrados, o equivalente à soma dos territórios da França, da
Alemanha e do Reino Unido. No entanto, no Hemisfério Sul, durante os últimos 35
anos, o derretimento apenas aconteceu em cerca de 2% da Antártida, onde 90% do
gelo do planeta está acumulado; nos restantes 98%, houve um esfriamento e a
IPPC estima que a massa da neve deverá aumentar durante este século. Mesmo um
aquecimento de 3 a 6 graus tem um efeito relativamente insignificante já que a
temperatura média da Antártida é de 40 graus negativos. É de notar igualmente
que no período quente da Idade Média havia quintas dos Viking na Groenlândia e
também não havia gelo no Ártico. E, mesmo que derretesse todo o gelo do Ártico,
isso não afetaria o nível da água nos oceanos porque se trata de gelo flutuante: o
volume de água criado seria igual ao volume de água deslocado pelo gelo quando
flutua.
2. Os furacões estão cada vez mais fortes
Devido ao aquecimento das águas, a ocorrência de furacões das categorias 4 e 5
(os mais intensos da escala), dobrou nos últimos 35 anos.
3. O Brasil na rota dos ciclones
O litoral sul do Brasil foi varrido por um forte ciclone em 2004.
4. O nível do mar subiu
A elevação desde o início do século passado está entre 10 e 25 centímetros. Em
certas áreas litorâneas, como algumas ilhas do Pacífico, isso significou um avanço
de 100 metros na maré alta. Atualmente (Setembro de 2006), o painel
intergovernamental de mudança climática estima que o nível das águas poderá
subir entre 14 e 43 cm até o fim deste século. Estudos recentes parecem indicar
que, contrariamente ao que antes se pensava, o aumento das taxas de CO2 na
atmosfera não está provocando nenhuma aceleração na taxa de subida do nível do
mar.
5. Os desertos avançam
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Em 2007 posicionou-se como a 13ª unidade mais rica do Brasil em PIB, superando Pará,
Espirito Santo, Maranhão, Rio Grande do Norte, Paraíba, Alagoas, Sergipe, Rondônia,
Piauí, Tocantins, Acre, Amapá e Roraima. Sua população constitui cerca de 1,75% do
número de habitantes do país e a região detém boas taxas de crescimento nos últimos
anos. O Amazonas é um dos poucos estados brasileiros que não possui litoral, mas é um
dos que possuem a maior bacia hidrográfica e o maior rio do mundo, a Bacia Amazônica e
o rio Amazonas.
O Amazonas tem 98% da sua área florestal intacta, pois sua vocação econômica foi
desviada para outras atividades a partir da reorganização e ampliação da Zona Franca de
Manaus em 1967. Os governos têm procurado incentivar o chamado desenvolvimento
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Relevo. Cerca de 61% da superfície do Amazonas se situam abaixo de cem metros, 32%
entre 100 e 200 metros e somente sete por cento acima dos 200m de altitude. No
entanto, é no estado que se encontra o ponto culminante do Brasil, o pico da Neblina,
com 3.014m, na serra Imeri, junto da fronteira com a Venezuela, no planalto cristalino.
1.2.3 População
A população do Amazonas é uma das mais rarefeitas do país, com densidade demográfica
inferior a 1,4 hab./km2 no início da década de 1990. A distribuição geográfica da
população ao longo dos rios revela dependência do transporte fluvial e preferência pelos
solos de várzea. Cerca de dois quintos da população do estado vivem na zona rural. Essa
população rural é quase inteiramente constituída de "caboclos". Há grande número de
nordestinos e seus descendentes, atraídos pelo apogeu da borracha. Portugueses,
japoneses, sírio-libaneses e espanhóis formam um contingente de estrangeiros pequeno,
mas economicamente ativo. No estado, encontram-se 33 grupos indígenas, cuja
população é cada vez menor, destruída por doenças, choques com civilizados e falta de
elementos econômicos de sobrevivência.
1.2.3.1 Demografia
Com mais de 3.521.939 habitantes, de acordo com projeções para 2006, o Amazonas é o
segundo estado mais populoso da região Norte do Brasil e sua capital, Manaus, é a sétima
cidade com maior PIB do Brasil, conforme o IBGE, que cresce desordenadamente, com
muitas áreas ocupadas de forma errada através das chamadas invasões. É a maior cidade
da Região Norte, com cerca de 1,69 milhões de habitantes, seguida por Belém com 1,4
milhões de habitantes, e uma das que mais recebe migrantes do Brasil, possuindo o
moderno Aeroporto Internacional Eduardo Gomes, nos moldes dos construídos na década
de 80, principal do norte e o segundo em movimentação de carga do Brasil (atrás de
Viracopos em Campinas).
Crescimento populacional
Ano Habitantes
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1872 57.610
1890 147.915
1900 249.756
1920 363.166
1940 438.008
1950 514.099
1960 708.459
1970 955.235
1980 1.430.089
1991 2.102.901
1996 2.389.279
2000 2.813.085
2000 3.521.939
Fonte: IBGE
Composição étnica
Cor/Raça Porcentagem
Brancos 24,2%
Pretos 3,1%
Pardos 66,9%
Indígenas 4,0%
Amarelos 0,3%
Colonizadores
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Imigrantes
Portugueses
Espanhóis
Árabes e judeus
Um dos maiores grupos de brancos asiáticos encontrados no Brasil pertence aos povos
semitas da Ásia Menor. São os judeus, os árabes, os sírios e os libaneses que, espalhados
pelas grandes cidades, dedicam-se tradicionalmente ao comércio. Cerca de 280 mil
pessoas possuem origens árabes ou judaicas no Estado. Lembrando que a população com
ascendência de judeus em sua grande maioria não professa a religião judaica e provém
de países como Espanha, Portugal, Marrocos, Argélia e França, principalmente. A grande
maioria dos povos árabes no Amazonas são descendentes de marroquinos, libaneses,
sírios e jordanianos.
Japoneses
Chineses
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Africanos
Migrantes nordestinos
Os nordestinos têm sido, desde o século XIX, o mais numeroso grupo de imigrantes
nacionais para o Amazonas. Foram decisivos na economia (borracha, juta, comércio) e na
constituição da identidade amazonense, mestiçando-se com a população local, além de
fundamentais na participação do Amazonas na conquista do Acre.[carece de fontes?] O boi
bumbá e o Teatro Amazonas (mandado construir pelo governador Eduardo Ribeiro, cafuzo
natural do Maranhão) são apenas duas marcas da atuação nordestina no estado.
Aculturando-se com o modo de vida caboclo, o imigrante nordestino preservou a floresta
e deu origem ao "caboclo do centrão", população cabocla distinta espacialmente dos
caboclos ribeirinhos, mas igualmente cabocla.
Indígenas
Segundo dados apresentados pela Funai o Amazonas possui cerca de 183.066 indígenas,
divididos em 65 etnias, que correspondem a 4,0% da população total do estado. O
município amazonense que possui o maior número de indígenas é São Gabriel da
Cachoeira, onde existem 23 mil índios, e é onde encontramos o segundo idioma mais
falado no Brasil, o dos Tucanos.
Mestiços e caboclos
O Estado do Amazonas tem uma das áreas de floresta amazônica menos devastadas
(apenas 2%), pois sua vocação econômica foi desviada para, por exemplo, o Pólo
Industrial de Manaus, a partir da criação da Zona Franca de Manaus em 1967. Os governos
têm procurado incentivar o chamado desenvolvimento sustentável, voltando-se para a
preservação do legado ecológico. A valorização do manejo da floresta como fonte de
renda contribuiu para que o Amazonas enfrentasse o desafio de reduzir o desmatamento
em 21% em 2003, segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais – INPE.
O IDH do Amazonas é 0,717 (2000) e sua economia corresponde a 3,4% do PIB nacional,
baseando-se na indústria, eletro-eletrônica, de motocicletas, químico-farmacêutica,
gráfica e relojoeira, indústria de transformação de minerais, de beneficiamento de
matéria prima vegetal (inclusive madeira) e alimentícia, extrativismo vegetal, extração e
processamento de petróleo e gás natural, agricultura, pesca, mineração, pecuária e
ecoturismo.
Sua indústria concentra-se na cidade de Manaus, que detém o 4º maior PIB entre os
municípios brasileiros, em conseqüência, principalmente, do crescimento do Pólo
Industrial de Manaus e da movimentação de gás natural e petróleo. O faturamento anual
dessa indústria é de 18,9 bilhões de dólares, com exportações superiores a 2,2 bilhões de
dólares. São mais de 450 fábricas de grande, médio e pequeno porte, que fazem a maior
quantidade da produção brasileira de televisores e monitores para PC, inclusive de LCD e
plasma, cinescópios, telefones celulares, aparelhos de som, DVD players, relógios de
pulso, aparelhos de ar condicionado, bicicletas e motocicletas, oferecendo mais de 120
mil empregos diretos somente em Manaus. Ao todo são mais de 500 mil empregos diretos
e indiretos. (fonte: SUFRAMA).
Na agricultura os principais produtos são: juta, malva, guaraná, mandioca, banana, cana-
de-açúcar, feijão, laranja, cacau, cupuaçú, milho e pimenta-do-reino, enquanto que a
pecuária apresenta gado bovino, suíno e bubalino em pequena escala. O sul do Estado é
a área mais utilizada para o desenvolvimento da agricultura e pecuária, nos municípios
de Apuí, Humaitá, Novo Aripuanã e Manicoré, mas a pecuária também tem destaque nos
municípios de Altazes e Careiro da Várzea.
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Resumindo:
A economia é dominada pelo extrativismo vegetal, exercido sobre uma flora com enorme
variedade de espécies. Além da seringueira e do caucho, de onde se extrai a borracha,
são coletadas a castanha-do-pará, vários tipos de madeira, gomas, guaraná, babaçu,
malva e muitas outras. O extrativismo mineral, de gemas e pedras preciosas começa a
assumir maior importância, já que a região possui inúmeros recursos, até hoje pouco
explorados: ouro no Pará, no Amazonas, em Roraima e no Amapá; ferro no Pará (serra
dos Carajás), no Amapá e no Amazonas; sal-gema no Amazonas e no Pará; manganês no
Amapá (serra do Navio), no Pará e no Amazonas; bauxita no Pará (Oriximiná, no rio
Trombetas, e em Tucuruí), além de calcário, cassiterita, linhita, gipsita, cobre, estanho,
chumbo, caulim, diamante e níquel.
1.2.5 Clima
A confluência entre o rio Negro, de água preta, e o rio Solimões, de água barrenta,
resulta em um fenômeno popularmente conhecido como Encontro das Águas, que é uma
das principais atrações turísticas da cidade de Manaus e Parintins.
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pequeno, o visitante pode pôr a mão na água, durante as travessias, e sentir que, além
de cores, os rios têm temperaturas diferentes.
1.2.6 Vegetação
Sobressaem matas de terra firme, várzea e igapós. Toda essa vegetação faz parte da
extensa e maior floresta tropical úmida do mundo: A Hiléia Amazônica. Os solos são de
terra firme – do tipo lateríticos: solos vermelhos das zonas úmidas e quentes, cujos
elementos químicos principais são hidróxido de alumínio e ferro, propícios à formação de
bauxita e, portanto, pobres para agricultura. Solos de várzea – são os mais férteis da
região. São solos jovens, que periodicamente são enriquecidos de material orgânico e
inorgânico, depositados durante a cheia dos rios. A flora do Estado apresenta uma grande
variedade de vegetais medicinais, dos quais destacam-se andiroba, copaíba e aroeira.
São inúmeras as frutas regionais e entre as mais consumidas e comercializadas estão:
guaraná, açaí, cupuaçu, castanha-do-brasil (castanha-do-pará), camu-camu, pupunha,
tucumã, buriti e taperebá.
1.2.7 - Educação
Ensino superior
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Esta lista se refere aos 6 municípios do estado do Amazonas com PIB superior a R$ 250
milhões de reais. Estes dados se referem ao ano de 2005, segundo o IBGE.
Posição Cidade PIB em reais População* Base da economia
3 Itacoatiara 455 619 105.680 Indústria, comércio, prestação de serviços, turimo e agropecuária
Município População
1 Manaus 1.688.524
2 Parintins 112.636
3 Coari 102.410
4 Manacapuru 100.656
5 Itacoatiara 96.674
6 Tefé 95.975
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Município População
7 Maués 46.873
8 Tabatinga 45.085
9 Iranduba 42.812
10 Fonte Boa 39.144
11 Manicoré 38.168
12 Borba 36.793
13 Santo Antônio do Içá 36.098
14 São Gabriel da Cachoeira 34.827
15 Barcelos 33.633
16 Nova Olinda do Norte 31.450
17 Eirunepé 30.125
18 São Paulo de Olivença 29.916
19 Autazes 29.534
20 Humaitá 28.498
21 Boca do Acre 28.480
22 Jutaí 27.955
23 Barreirinha 27.069
24 Benjamin Constant 26.737
25 Carauari 26.377
26 Lábrea 26.020
27 Rio Preto da Eva 25.513
Município População
28 Presidente Figueiredo 24.781
29 Careiro 24.499
30 Urucará 23.422
31 Novo Aripuanã 21.051
32 Maraã 20.836
33 Codajás 20.407
34 Apuí 19.694
35 Tonantins 19.439
36 Ipixuna 17.806
37 Tapauá 17.160
38 Pauini 17.131
39 Nhamundá 16.864
40 Careiro da Várzea 16.626
41 Alvarães 14.776
42 Manaquiri 14.140
43 Envira 13.746
44 Uarini 13.729
45 Beruri 13.620
46 Japurá 13.096
47 Anori 12.990
48 Boa Vista do Ramos 12.617
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49 Guajará 12.228
50 Atalaia do Norte 11.523
51 Caapiranga 10.215
Município População
52 Canutama 9.723
53 Silves 9.278
54 Amaturá 9.150
55 São Sebastião do Uatumã 9.039
56 Itapiranga 8.866
57 Urucurituba 8.386
58 Itamarati 7.919
59 Juruá 7.687
60 Santa Isabel do Rio Negro 7.077
61 Anamã 6.949
62 Novo Airão 6.516
Referências
1.2.10 - Cozinha
Tem sua base na mandioca, influência indígena que trouxe as técnicas de plantio e
cultivo. A mandioca acaba transformando-se em farinha-d'água, beijus, pirões e mingaus.
Outros pratos típicos amazonenses são:
• pato no tucupi
• tacacá
• peixe moqueado
• pirarucu de sol
• açaí
• pequiá
• pupunha
• caranguejo.
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Frutas
• Açaí
• Cupuaçu
• Graviola
• Macaxeira
• Pupunha
• Taperebá
• Piquiá
• Tucumã
• Bacaba
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dentro de uma perspectiva de longo prazo e que transceda aos limites estritamente
regionais.
Dentre as prioridades que a SUFRAMA busca, então:
a) maximização do rendimento das quotas de importação aplicadas na região;
b) elevação dos índices de nacionalização do Setor Industrial;
c) desenvolvimento científico-tecnológico;
d) manutenção de um elevado nível de investimentos para a expansão e
consolidação do parque industrial;
e) internalização dos benefícios da expansão econômica, com o reinvestimento
local dos lucros gerados na região e criando efeitos de concatenação para frente, para
tráz e laterais;
f) extensão dos efeitos positivos decorrentes do crescimento econômico do núcleo
central, ao exterior da Amazônia Ocidental;
g) diversificação do setor industrial de modo a que os setores existentes,
incorporem maior quantidades de insumos regionais;
h) dinamização do setor agropecuário;
i) análise dos instrumentos e mecanismos de ação da SUFRAMA, bem como seu
fortalecimento institucional; e
j) estimular e dinamizar o comércio e o turismo.
A nível setorial, a SUFRAMA está desenvolvendo estudos que devem conduzir a:
SETOR AGROPECUÁRIO
SETOR INDUSTRIAL
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Educação
Saúde e saneamento
Transporte
Energia
FEDERAL
a) isenção ou redução do IMPOSTO DE IMPORTAÇÃO - II;
b) isenção ou suspenção do IMPOSTO SOBRE PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS - IPI;
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ESTADUAL
MUNICIPAL
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O PARQUE INDUSTRIAL
O DISTRITO INDUSTRIAL
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Todo esse aparato contrasta brutalmente com a situação dos bairros e favelas
periféricas, onde moram os operários do Distrito Industrial e também muitas pessoas
subempregadas e desempregadas.
UM PERÍODO DE CRISE
A partir de 1990, a Zona Franca entrou numa crise. Pela política de abertura de
mercado estabelecida pelo presidente Fernando Collor, a Zona Franca perdeu sua
vantagem de concessão de incentivos fiscais. Isto repercutiu nas atividades de produção
industrial, que se tornaram menos competitivas. Em 1991, a receita anual caiu para 6
bilhões de dólares (no ano anterior era de 8 bilhões de dólares).
Em 1992, a receita tornou a cair, passando 4,5 bilhões de dólares. Em decorrência,
muitas fábricas fecharam e ouve redução no número de empregados: de 100 mil, no
auge, para 30 mil.
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1.2.12 Amazônia
Etimologia
Ecossistemas
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Rio Amazonas
A bacia do rio Amazonas envolve todo o conjunto de recursos hídricos que convergem
para o rio Amazonas. Essa bacia hidrográfica faz parte da região hidrográfica do
Amazonas, uma das doze regiões hidrográficas do território brasileiro.
A bacia amazônica abrange uma área de 7 milhões de km², compreendendo terras de
vários países da América do Sul (Peru, Colômbia, Equador, Venezuela, Guiana, Bolívia e
Brasil). É a maior bacia fluvial do mundo. De sua área total, cerca de 3,8 milhões de km²
encontram-se no Brasil, abrangendo os estados do Acre, Amazonas, Roraima, Rondônia,
Mato Grosso, Pará e Amapá.
A bacia amazônica é formada pelo rio Amazonas e seus afluentes. Estes estão situados
nos hemisférios sul e norte do globo e, devido a esse fato, o rio Amazonas tem dois
períodos de chuvas.
Ameaças x Proteção
Experiências de colonização
Um grande problema sofrido pela Amazônia é que seus recursos naturais são destruídos
desnecessariamente.
O ciclo de exploração da floresta é geralmente o mesmo. Ele começa com a apropriação
indevida de terras públicas devolutas. Quem chega primeiro são os madeireiros
irregulares. Eles entram nas terras de propriedade pública, abrem estradas clandestinas
e retiram as árvores de valor comercial. Um levantamento feito pelo Ministério do Meio
Ambiente indica que 80% da madeira que sai da região é proveniente de exploração
criminosa de terras públicas. Uma madeireira dessas explora a mesma área por alguns
anos. Quando a madeira se esgota, ela segue adiante, invadindo outra área pública.
O segundo momento da ocupação irregular da floresta é feito por um fazendeiro.
Geralmente, esse grande proprietário já estava associado ao madeireiro. O que o
fazendeiro faz é atear fogo à floresta e, sobre as cinzas, plantar capim para criar gado.
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Unidades de Conservação
• da Amazônia (AM-PA) criado pelo decreto 73.683 (19/02/1974), com 994.000 ha.
• do Jaú criado pelo decreto 85.200 (24/09/1980), com 2.272.000 ha.
• do Pico da Neblina criado pelo decreto 83.550 (05/06/1979), com 2.200.000 ha
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Projeto Calha Norte, idealizado em 1985 durante o governo Sarney, já previa a ocupação
militar de uma faixa do território nacional situada ao Norte da Calha do Rio Solimões e
do Rio Amazonas.
Com 160 quilômetros de largura ao longo de 6,5 mil quilômetros de fronteiras com a
Guiana Francesa, Suriname, Guiana, Venezuela e Colômbia, essa faixa abriga quase 2
milhões de pessoas e ocupa 1,2 milhão de Km², uma área correspondente a um quarto da
Amazônia Legal e a quase 15% da área total do país.
1.2.14 SIVAM
Este projeto vinha a atender um antigo anseio das forças armadas que desejavam
garantir a presença das forças armadas brasileira na Amazônia, com a finalidade de fazer
frente a certas manifestações no exterior sobre os direitos dos brasileiros sobre esta
região.
Seria construído uma infra-estrutura de apoio necessária para suportar a fixação de
enormes antenas parabólicas de uso em radar bem como de modernas aparelhagens
eletrônicas.
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Estrutura
O governo brasileiro
A instalação do apoio dessas antenas, foi concebido segundo seu alcance pretendido e
pela Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República SAE/PR, ao final da
década de 80, em parceria com os Ministérios da Justiça e da Aeronáutica do Brasil,
durante o governo do Presidente José Sarney.
Em 1993, o presidente Itamar Franco, após ouvir o Conselho de Defesa Nacional,
decretou que o projeto não seria alvo de licitação, dentro da legislação em vigor. Desta
forma, no ano de 1994, deu-se início ao processo de seleção da proposta vencedora,
sagrando-se vencedora a proposta da Empresa Raytheon. No pedido de proposta, o Brasil
descreveu que existiria uma empresa integradora brasileira, com a responsabilidade de
fazer a interface entre o que estava sendo realizado no Brasil com o produzido nos
Estados Unidos da América.
Esta empresa era a ESCA. Sendo finalmente inaugurado em 25 de julho de 2002 pelo
Presidente Fernando Henrique.
O Quarto Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (CINDACTA IV),
com sede em Manaus, Amazonas, foi o órgão do Comando da Aeronáutica que recebeu o
maior acervo de equipamentos e sistemas do SIVAM.
Foram atualizados dezesseis destacamentos nas cidades: São Luiz, Macapá, Belém,
Manaus (dois destacamentos), Porto Velho, Rio Branco, Boa Vista, Jacaréacanga,
Imperatriz, Santarém, São Gabriel da Cachoeira, Tabatinga, Guajará-mirim, Tefé e
Tiriós.
O projeto também criou novas unidades em Cruzeiro do Sul, Cachimbo, São Felix do
Araguaia, São Felix do Xingú, Manicoré, Porto Esperidião, Eurunepé, Sinop e Vilhena.
O 2/6 Grupo de Aviação foi o esquadrão aéreo equipado com as aeronaves R-99A e R-99B,
respectivamente de Alarme Aéreo Antecipado e Reconhecimento por sensoriamento
remoto, recebidas do SIVAM. Estas começaram a operar em 2002 e participam de
operações militares, bem como foram aplicadas na busca do Gol 1907 na serra do
Cachimbo em setembro de 2006.
O 1/6 Grupo de Aviação recebeu em 2005 uma aeronave Bandeirante, EMB 110, com um
sensor multi-espectral instalado, com a função de sensoriamento remoto com várias
aplicações militares e civis.
Além destas aeronaves, foram entregues quatro HS-800XP para o Grupo Especial de
Proteção ao Vôo (GEIV), com sede no Rio de Janeiro, e quatro aeronaves Grand Caravan
ao 7 Esquadrão de Transporte Aéreo, com sede em Manaus.
O Projeto SIVAM entregou para a Casa Civil um Centro de Coordenação Geral (CCG),
responsável pelo planejamento e controle dos trabalhos a serem executados pelo SIPAM ,
e três centros técnicos-operacionais, responsáveis pela execução das tarefas nas suas
regiões de abrangência.
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O Projeto SIVAM não foi exclusivo destes órgãos do Governo. Outras agências e
instituições foram atualizadas com fornecimentos.
INPE
INMET
ANA
Sensores de qualidade das águas foram instalados e fornecidos para a Agência Nacional
de Águas. Estes sensores, implantados em vários rios da Região Amazônica, através do
cruzamento de dados via satélite, provém várias informações para contribuir com o
controle das águas fluviais da região.
O transporte fluvial é ainda o mais importante, mas começa a ser complementado pelas
rodovias federais, como a Transamazônica, a Belém - Brasília e a Manaus - Porto Velho. O
aeroporto de Manaus tornou-se um dos principais do país em volume de carga
embarcada, sendo utilizado para o escoamento da produção das indústrias eletrônicas da
Zona Franca, estabelecida em 1967como área livre de importação e exportação. Nessa
área, as mercadorias procedentes do exterior não pagam impostos de importação,
quando se destinam ao consumo local, às indústrias da região, ou à reestocagem para
reexportação.
O Amazonas não possui ferrovias. A rede rodoviária, da qual pouco mais de um terço é
pavimentado, compreende a BR-319, que liga Manaus a Porto Velho RO e intercepta, em
Humaitá, a Transamazônica (BR-230), que atravessa o sul do estado; a BR-174, que liga
Manaus a Boa Vista RR; e uma estrada estadual ligando Manaus a Itacoatiara. A maior
parte do transporte é, entretanto, realizada por meio dos rios, que oferecem boas
condições de navegabilidade. Nesse particular, destaca-se o rio Amazonas, que, além de
grande volume de água, possui um declive muito suave, pois desde Benjamin Constant,
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na fronteira com o Peru, até a sua foz, desce apenas 65m. Essa circunstância permite ao
porto de Manaus receber navios de grande calado.
A Amazônia abriga 33% das florestas tropicais do planeta e cerca de 30% das espécies
conhecidas de flora e fauna. Hoje, a área total vítima do desmatamento da floresta
corresponde a mais de 350 mil Km2, a um ritmo de 20 hectares por minuto, 30 mil por
dia e 8 milhões por ano. Com esse processo, diversas espécies, muitas delas nem sequer
identificadas pelo homem, desapareceram da Amazônia. Sobretudo a partir de 1988,
desencadeou-se uma discussão internacional a respeito do papel da Amazônia no
equilíbrio da biosfera e das conseqüências da devastação que, segundo os especialistas,
pode inclusive alterar o clima da Terra.
A bacia amazônica é um dos locais mais chuvosos do planeta, com índices pluviométricos
anuais de mais de 2.000 mm por ano, podendo atingir 10.000 mm em algumas regiões.
Durante os meses de chuva, a partir de dezembro, as águas sobem em média 10 metros,
podendo atingir 18 metros em algumas áreas. Isso significa que durante metade do
tempo, grande parte da planície amazônica fica submersa, caracterizando a maior área
de floresta inundada do planeta, cobrindo uma área de 700.000 Km2.
Rio Amazonas
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O rio Amazonas começa no Peru, na confluência dos rios Ucayali e Maranõn. Entra no
Brasil com o nome de Solimões e passa a chamar-se Amazonas quando recebe as águas do
rio Negro, no interior do Estado do Amazonas.
No período das chuvas, os rio chega a crescer 16 metros acima de seu nível normal e
inunda vastas extensões da planície, arrastando consigo terras e trechos da floresta. Sua
largura média é de 12 quilômetros, atingindo freqüentemente mais de 60 quilômetros
durante a época de cheia. As áreas alagadas influenciadas pela rede hídrica do
Amazonas, formam uma bacia de inundação muito maior que muitos países da Europa
juntos. Apenas a ilha do Marajó, na foz do Amazonas, é maior que a Suíça.
O rio Amazonas conta com mais de 1.000 afluentes e é o maior e mais largo rio do mundo
e o principal responsável pelo desenvolvimento da floresta Amazônica. O volume de suas
águas representa 20% de toda a água presente nos rios do planeta. Têm extensão de
6.400 quilômetros, vazão de 190.000 metros cúbicos por segundo (16 vezes maior que a
do rio Nilo). Na foz, onde deságua no mar, a sua largura é de 320 quilômetros. A
profundidade média é de 30 a 40 metros.
O rio Amazonas disputa com o Nilo o título de maior rio do mundo, mas é imbatível em
volume d'água. Recebe cerca de 200.00 Km2 água por segundo e, em alguns pontos, o rio
é tão largo que não dá para ver a outra margem.
Pororoca
Na foz do rio Amazonas, quando a maré sobe, ocorrem choques de águas, elevando
vagalhões que podem ocasionar naufrágios e são ouvidos a quilômetros de distância, é a
pororoca.
O volume de água do rio Amazonas é tão grande que sua foz, ao contrário dos outros
rios, consegue empurrar a água do mar por muitos quilômetros. O oceano atlântico só
consegue reverter isso durante a lua nova quando, finalmente, vence a resistência do
rio. O choque entre as águas provoca ondas que podem alcançar até 5m e avança rio
adentro. Este choque das águas tem uma força tão grande que é capaz de derrubar
árvores e modificar o leito do rio.
Rio Negro
Suas águas são mesmo muito escuras. Isso acontece por causa da decomposição da
matéria orgânica vegetal que cobre o solo das florestas e é carregada pela inundações.
Como a água é muito ácida e pobre em nutrientes, é este processo que garante a maior
parte dos alimentos consumidos pela fauna aquática.
Rio Solimões
Quando o rio Solimões se encontra com o Negro (ganhando o nome de rio Amazonas), ele
fica bicolor. Isso acontece por que as águas, com cores contrastantes, percorrem vários
quilômetros sem se misturar.
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2 - História
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substituindo-o por outro bastante impopular. Frente a uma manifestação popular que
recebeu o apoio do exército,não teve muita escolha, assim criou o quinto poder.
Mas, não deu certo a idéia, e não restou nada ao imperador a não ser a renúncia, no dia
7 de abril de 1831.
2.1.2 Período regencial
Durante o período de 1831 a 1840, o Brasil foi governado por diversos regentes,
encarregados de administrar o país enquanto o herdeiro do trono, D. Pedro II, ainda era
menor.
A princípio a regência era trina, ou seja, três governantes eram responsáveis pela
política brasileira, no entanto com o ato adicional de 1834, que, além de dar mais
autonomia para as províncias, substituiu o caráter tríplice da regência por um governo
mais centralizador.
O primeiro regente foi o Padre Diogo Antônio Feijó , que notabilizou-se por ser um
governo de inspirações liberais, porém, devido às pressões políticas e sociais, teve que
renunciar.
O governo de caráter liberal caiu para dar lugar ao do conservador Araújo Lima, que
centralizou o poder em suas mãos, sendo atacado veementemente pelos liberais, que só
tomaram o poder devido ao golpe da maioridade.
Destacam-se neste período a instabilidade política e a atuação do tutor José Bonifácio,
que garantiu o trono para D. Pedro II.
Teve início neste período a Revolução Farroupilha, em que os gaúchos revoltaram-se
contra a política interna do Império, e declararam a República Piratini.
Também neste período ocorreram a Cabanada, de Alagoas e Pernambuco; a Cabanagem,
do Pará; a revolta dos Malês e a Sabinada, na Bahia; e a Balaiada, no Maranhão.
2.1.3 Segundo reinado
O Segundo Reinado teve início com o Golpe da Maioridade (1840), que elevou D. Pedro II
ao trono, antes dos 18 anos, com 15 anos.
O período pode ser divido em três etapas principais:
a chamada fase de consolidação, que se estende de
1840 a 1850. As lutas internas são pacificadas, o café
inicia a sua expansão, a tarifa Alves Branco permite a
Era Mauá.
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1930 - Junta governativa: General Augusto Tasso Fragoso, General João de Deus
Mena Barreto, Almirante Isaías de Noronha
Getúlio Vargas
Em 1930, a Junta de Governo foi substituída por Getúlio
Dorneles Vargas, como presidente do Governo Provisório. Ele
foi eleito presidente pela Assembléia Constituinte.
Logo após a tomada do poder em novembro de 1930, Getúlio
Vargas nomeou interventores federais para governar os
estados. Para São Paulo foi nomeado o tenentista João
Alberto, fato que ficou atravessado na garganta das elites
políticas paulistas, desejosas de recuperar o poder perdido. Ao
se iniciar o ano de 1932, crescem os reclamos dessa elite
liderada pela FUP (Frente Única Paulista).
Os paulistas, que mantinham um esquema de domínio político
durante a primeira república, tentam articular um golpe em 1932 para depor Vargas. A
justificativa encontrada pelas oligarquias locais para buscar apoio do povo é que o país
precisava de uma Constituição - pois desde 1930 Vargas dizia que "assumia
provisoriamente" a presidência e que o mais cedo possível entregaria uma nova
Constituição ao país, com a subsequente realização de eleições para presidente. Daí o
nome de Revolução Constitucionalista de 1932, deflagrada a 9 de julho. Os paulistas
foram apoiados provisoriamente pelo estado do Mato Grosso, mas as tropas federais
garantiram uma rápida vitória para Vargas.
Em 1934, no entanto, o país ganha uma Constituição. Getúlio Vargas é eleito presidente,
tendo três anos seguintes como governante constitucional.
Seguem-se anos conturbados, em que ocorre certa polarização na política nacional. De
um lado ganha força a esquerda, representada principalmente pela Aliança Nacional
Libertadora (ANL) e pelo Partido Comunista Brasileiro (PCB); de outro a direita, que
ganha forma num movimento de inspiração fascista chamado Integralismo.
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desta conjuntura de terror e justiçamentos da parte dos grupos comunistas que a censura
teve sua implantação consolidada.
Em 1969, Costa e Silva sofreu uma trombose e ficou incapacitado; uma junta
formada pelos comandantes das Forças Armadas assumiu o poder. Em outubro, o General
Médici foi eleito presidente no Congresso, e comanda o período mais sangrento da
ditadura militar, com a mais forte repressão aos grupos de terroristas e guerrilheiros
marxistas, com suspeitos e colaboradores sendo presos, ocasionalmente torturados,
exilados ou mortos em confrontos com as forças policiais do Estado. Nesta época teve
início o movimento guerrilheiro no Araguaia e a realização de seqüestros de
embaixadores estrangeiros por grupos de esquerda. Estes seqüestros eram usados, em
sua maioria, como forma de pressionar o governo militar a libertar presos políticos. Após
a redemocratização do país, contabilizou-se pouco mais de trezentos mortos, de ambos
os lados.
Em 1974, o General Ernesto Geisel assumiu a presidência, tendo que enfrentar
grandes problemas econômicos, causados pela dívida externa criada pelo governo Médici,
e agravados pela crise internacional do petróleo, e uma alta taxa de inflação.
Geisel iniciou a abertura democrática que foi continuada pelo seu sucessor, o
General Figueiredo (1979-85). Figueiredo não só permitiu o retorno de políticos exilados
ou banidos das atividades políticas durante os anos 60 e 70, mas também autorizou que
concorressem nas eleições municipais e estaduais em 1982.
O período termina com as eleições indiretas para presidente em 1984, com Paulo Maluf
concorrendo pelo PDS e Tancredo Neves pelo PMDB apoiado pela Frente Liberal,
dissidência do PDS liderada por José Sarney e Marco Maciel.
As eleições, as últimas indiretas da história brasileira, foram precedidas de uma
enorme campanha popular em favor de eleições diretas, levada a cabo por partidos de
oposição, a frente o PMDB, que buscava a aprovação pelo Congresso Nacional da Emenda
Constitucional que propunha a realização de eleições diretas. A campanha foi chamada
de "Diretas já", e tinha a frente o deputado Dante de Oliveira, criador da proposta de
Emenda. Em 25 de abril de 1984, a emenda foi votada e obteve 298 votos a favor, 65
contra, 3 abstenções e 112 deputados não compareceram ao plenário no dia da votação.
Assim a emenda foi rejeitada por não alcançar o número mínimo de votos para a
aprovação da emenda constitucional.
2.1.8 Nova República (1985-2008)
O primeiro presidente civil eleito desde o golpe militar de 1964 foi Tancredo Neves. Ele
não chegou a assumir, sendo operado no dia 14 de março de 1985 e contraindo infecção
hospitalar. No dia da posse, 15 de março de 1985, assume então José Sarney de modo
interino, e após 21 de abril, data do falecimento de Tancredo Neves, como presidente
em caráter pleno.
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José Sarney
Em 1° de março de 1986, Sarney e sua equipe econômica
comandada por Dilson Funaro, ministro da Fazenda, lançam o
"Plano Cruzado", conjunto de medidas para conter a inflação,
entre as quais o congelamento de preços e a criação de uma
nova moeda, o cruzado (Cz$), valendo mil cruzeiros (Cr$)
(moeda da época). Sarney apelou para a população que deu
amplo apoio ao plano, inclusive com as pessoas se declarando
"fiscais do Sarney" e denunciando violações ao congelamento
de preços. O PMDB vence as eleições para governadores de
1986 em todos os estados (à exceção de Alagoas), porém após
as eleições, em 21 de novembro de 1986, o governo decreta o
"Plano Cruzado 2", com os preços sendo liberados. Isto
ocasionou um descontentamento do povo para com o
governo, pois o plano cruzado foi visto por muitos como uma
simples estratégia política para vencer as eleições. A inflação volta a subir, a crise se
alastra e em 20 de janeiro de 1987 o governo decreta moratória, deixando de pagar a
dívida externa.
Em 29 de abril de 1987, o governo substitui Funaro por Luis Carlos Bresser Pereira, que
com a inflação em alta, lança o "Plano Bresser", com novo congelamento de preços, em
junho de 1987 e acabando com a moratória. A inflação volta a subir e em 6 de janeiro de
1988, Bresser é substituído por Maílson da Nóbrega. Em 15 de janeiro de 1989 Maílson
lança o "plano verão", com o lançamento de uma nova moeda, o cruzado novo (Ncz$)
valendo então 1000 cruzados.
Fernando Collor foi eleito em 1989, na primeira eleição direta
para Presidente da República desde 1964. Seu governo perdurou
até 1992, quando renunciou devido a processo de "impeachment"
movido contra ele. O processo de afastamento ocorreu em
decorrência de uma série de denúncias envolvendo o Presidente
Collor em esquemas de corrupção, que seriam comandados pelo
seu ex-tesoureiro de campanha, Paulo César Farias, conhecido
como PC Farias. A queda de Collor será resultado de uma imensa
Revolução Democrática, protagonizada pela juventude e pelo
movimento estudantil, no movimento conhecido como "Fora
Collor". O vice-presidente, Itamar Franco, assume em seu lugar.
No governo de Itamar Franco é criado o Plano Real, articulado por
seu Ministro da Fazenda, Fernando Henrique Cardoso. O governo Itamar contou com a
presença de vários senadores como ministros. Historiadores chegam a classificar este
fenômeno como uma espécie de um "parlamentarismo branco". Fernando Henrique
articulou a base partidária de apoio para a sua eleição. Embora tenha tido o apoio do
então presidente Itamar, um rompimento entre os dois ocorreu durante o primeiro
mandato de Fernando Henrique.
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Fernando Henrique Cardoso (FHC) foi eleito em 1994 e reeleito em 1998. Cumpriu dois
mandatos e transmitiu, democraticamente, a faixa presidencial ao seu sucessor em 1° de
janeiro de 2003. O ex-presidente Itamar Franco foi eleito, pelo PMDB, governador do
estado de Minas Gerais, nas eleições de 1998 e não se candidatou à reeleição, embora o
candidato por ele apoiado, o deputado Aécio Neves, tenha sido eleito no primeiro turno.
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O Brasil comercializa regularmente com mais de uma centena de países, sendo que 74%
dos bens exportados são manufacturas ou semimanufacturas. Os maiores parceiros são:
União Européia (com 26% do saldo); EUA (24%); Mercosul e América Latina (21%); e Ásia
(12%). Um sector dos mais dinâmicos nessa troca é o de agronegócio que mantém há duas
décadas o Brasil entre os países com maior produtividade no campo.
Dono de sofisticação tecnológica, o país desenvolve submarinos a aeronaves e também
está presente na pesquisa aeroespacial, possui Centro de Lançamento de Veículos Leves
e foi o único país do Hemisfério Sul a integrar a equipa de construção da Estação Espacial
Internacional (ISS). Pioneiro na pesquisa de petróleo em águas profundas, de onde extrai
73% de suas reservas, foi a primeira economia capitalista a reunir as dez maiores
empresas montadoras de automóvel no seu território. Fonte: Portal do Governo Brasileiro
nova expedição em 1561 tentou repetir a façanha de Orellana, mas quase não conseguiu:
o comandante, Pedro de Ursua, foi assassinado pelo seu sucessor, Lope de Aguirre,
enlouqueceu vítima de delírio tropical.Cruel em todos aspectos Aguirre também matou
sua filha de quinze anos e vários índios.
Com a Dinastia Filipina, em 1580, a linha de Tordesilhas perdeu, na prática, o seu efeito.
Ao mesmo tempo, os inimigos da Espanha passaram a sentir-se livres para incursionar
sobre os domínios ultramarinos portugueses.
Em 1612, o rei Jaime I da Inglaterra comissionou Robert Harcourt para explorar a região.
No mesmo ano, os franceses fundaram a França Equinocial na ilha de São Luís, na costa
do Maranhão, conquistada em fins de 1615 por tropas luso-espanholas. Após essa
conquista, Francisco Caldeira de Castelo Branco foi designado para avançar rumo à foz
do grande rio, fundando em dezembro desse mesmo ano o Forte do Presépio, núcleo da
atual cidade de Belém do Pará. O território foi incorporado ao Estado do Maranhão
criado em 1621 por Filipe III de Espanha. Recorde-se que Marañón era o nome dado pelos
espanhóis ao rio Amazonas, e continua a sê-lo até hoje, no Peru.
Entre 1637 e 1639, uma expedição comandada por Pedro Teixeira subiu e desceu o curso
do rio Amazonas, chegando até Quito, no Equador, fundando a atual cidade de
Franciscana, já em território peruano.
2.3.3 - Os bandeirantes
Entre 1648 e 1652, o bandeirante paulista Antônio Raposo Tavares saiu em seu périplo e,
subindo a bacia do rio Paraguai, atingiu o Guaporé (atual Rondônia), percorreu o
Altiplano, e de lá alcançou e desceu o Amazonas até Gurupá, no Pará, junto à foz. Foi a
primeira expedição luso-brasileira de amplo reconhecimento.
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Em 1669, foi fundado o Forte de São José da barra do rio Negro, na área onde hoje fica
Manaus, pelo capitão português Francisco da Mota Falcão. A fortificação serviu como
base para o (esparso) povoamento da bacia amazônica, permitindo a subida dos rios
Negro e Branco, no atual Roraima, de onde se chegava ao Orinoco. Também começou a
ocupação dos rios Solimões (Alto Amazonas) e Madeira. Os primeiros colonos enfrentaram
hostilidade dos nativos, como as tribos dos torás e manaós (que deram origem ao nome
da capital) do cacique Ajuricaba, que investiam contra os povoamentos e destruíam
casas e instalações.
O Estado do Maranhão virou "Grão-Pará e Maranhão" em 1737 e sua sede foi transferida
de São Luís para Belém do Pará. O tratado de Madri de 1750 confirmou a posse
portuguesa sobre a área. Para estudar e demarcar os limites, o governador do Estado,
Francisco Xavier de Mendonça Furtado, instituiu uma comissão com base em Mariuá em
1754. Em 1755 foi criada a Capitania de São José do Rio Negro, no atual Amazonas,
subordinada ao Grão-Pará. As fronteiras, então, eram bem diferentes das linhas retas
atuais: o Amazonas incluía Roraima, parte do Acre e se expandia para sul com parte do
que hoje é o Mato Grosso. O governo colonial concedeu privilégios e liberdades para
quem se dispusesse a emigrar para a região, como isenção de impostos por 16 anos
seguidos. No mesmo ano, foi criada a Companhia Geral do Comércio do Grão-Pará e
Maranhão para estimular a economia local. Em 1757 tomou posse o primeiro governador
da capitania, Joaquim de Melo e Póvoas, e recebeu do Marquês de Pombal a
determinação de expulsar à força todos os jesuítas (acusados de voltar os índios contra a
metrópole e não lhes ensinar a língua portuguesa).
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Apostila Concurso Polícia Militar do Amazonas 2011
Em meados do século XIX foram fundados os primeiros núcleos que deram origem às
atuais cidades de Itacoatiara, Parintins, Manacapuru e Careiro e Moura. A capital foi
situada em Mariuá (entre 1755-1791 e 1799-1808), e em São José da Barra do Rio Negro
(1791-1799 e 1808-1821). Uma revolta em 1832 exigiu a autonomia do Amazonas como
província separada do Pará. A rebelião foi sufocada, mas os amazonenses conseguiram
enviar um representante à Corte Imperial, Frei José dos Santos Inocentes, que obteve no
máximo a criação da Comarca do Alto Amazonas. Com a Cabanagem, em 1835-1840, o
Amazonas manteve-se fiel ao governo imperial e não aderiu à revolta. Como espécie de
recompensa, o Amazonas se tornou uma província autônoma em 1850, separando-se
definitivamente do Pará. Com a autonomia, a capital voltou para esta última, renomeada
como "Manaus" em 1856.
A partir de 1750, quando se iniciaram negociações com a Espanha a propósito das terras
invadidas e colonizadas, intentou-se a incorporação definitiva do Amazonas às possessões
lusitanas. Foi nomeado comissário de demarcações o governador do estado do Maranhão,
Francisco Xavier de Mendonça Furtado, que deveria realizar o levantamento da zona,
tanto no norte (do Negro ao Japurá) como no sul (do Madeira ao Javari). Estabelecendo
sua base de operações numa antiga missão carmelita do rio Negro, Mariuá (1754),
rebatizada Barcelos, demorou-se aí dois anos. Datam dessa época a criação de
pesqueiros para melhor abastecer os habitantes dos rios Negro, Branco e Solimões, e o
incremento da cultura de cereais em toda a região.
daquelas capitanias (1755), fez estacionar as atividades extrativas de que vivia São José
do Rio Negro. A nova capitania viveu, assim, durante todo o terceiro quartel do século,
sob desigual concorrência econômica com as suas vizinhas orientais.
De uma área com uma multiplicidade de povos ameríndios que seguiam seu
desenvolvimento próprio, a Amazônia havia se tornado, em menos de dois séculos,
território anexo ao reino português.
Além de serem capturados pelos soldados portugueses, os índios amazônicos passaram a
sofrer a ação dos missionários de diversas ordens religiosas que se dedicavam a convertê-
los à fé cristã – boa parte da ação jesuítica dizia respeito à produção de riquezas com o
emprego da mãode- obra indígena.
Os diversos povos amazônicos resistiram o quanto puderam, mas a “avalanche” européia
trazia muitíssimas armas desconhecidas. Além de uma tecnologia mais avançada, os
brancos trouxeram doenças contra as quais os índios não possuíam resistência. Sarampo,
gripe, tuberculose e outras enfermidades rapidamente se alastraram entre os grupos
indígenas da região, dizimando aldeias inteiras diante de pajés que não sabiam como
curar aquelas moléstias desconhecidas.
Passou a predominar por toda a Amazônia o uso de uma língua geral, de origem Tupi, que
auxiliava na incorporação dos índios à empresa colonial. A mestiçagem foi estimulada
dando origem à população cabocla, tão marcante nas terras amazônicas.
Calcula-se que, em 1740, havia cerca de 50 mil índios vivendo em aldeias formadas por
jesuítas e franciscanos. O inevitável resultado do processo de escravidão, imposto pelo
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colonizador ou por meio da ação dos jesuítas, foi a redução maciça da população
indígena amazônica.
A capitania teve sua vida política encerrada como unidade distinta ao advento da
independência. Apesar dos esforços que sua população despendeu para que fosse
graduada na condição de província do império nascente, tal não ocorreu. Houve certa
perspectiva de êxito nos primeiros tempos, uma vez que conseguira mandar
representantes às cortes de Lisboa, o que lhe assegura uma situação privilegiada. As
autoridades locais entraram em conflito ao tratarem do futuro da ex-capitania,
sustentando umas o direito de que o Rio Negro se constituísse província, enquanto
outras, as judiciárias de preferência, sustentavam a tese de que a capitania era agora
mera comarca do Pará, sem governo próprio.
Em 1832, dado o estado de espírito agitadiço que envolvia todo o vale, os amazonenses
pegaram em armas, desligando a comarca de sua subordinação à província paraense e
proclamando-a província imperial. O pronunciamento foi esmagado pelas armas, sem que
o governo imperial atendesse às razões apresentadas pelos amazonenses, que enviaram
ao Rio de Janeiro um delegado, o religioso frei José dos Santos Inocentes. Em 1833,
passou a denominar-se Comarca do Alto Amazonas, governada por um juiz de direito e
por um comandante militar.
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Apostila Concurso Polícia Militar do Amazonas 2011
O primeiro presidente (governador) da nova província foi Tenreiro Aranha. Para enfrentar
as dificuldades financeiras da administração, ele conseguiu que o governo redirecionasse
parte das verbas do Pará e do Maranhão durante alguns anos, para suprir o orçamento
amazonense no início. Com este dinheiro, Aranha fundou uma tipografia e fez circular o
primeiro jornal do Amazonas, o Cinco de Setembro. O progresso introduziu o comércio
fluvial e o "regatão".
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Apostila Concurso Polícia Militar do Amazonas 2011
(o que causou o conflito que levou à Revolução Acreana). No auge, quase 100% da
produção mundial de borracha saía da Amazônia.
A capital, Manaus, foi expandida e urbanizada, para ganhar ares de metrópole européia.
Igarapés foram aterrados e abriram-se largas avenidas e boulevards. Datam dessa época
as construções do Teatro Amazonas, do Palácio Rio Negro, da Alfândega do Porto e do
Mercado Municipal Adolpho Lisboa, entre outros prédios exemplares. A população
amazonense quintuplicou entre 1870 e 1900, passando de 50 mil para 250 mil.
Nas administrações Eduardo Ribeiro, Jônatas Pedrosa e Alcântara Bacelar, a luta política
exteriorizou-se mais intensamente por meio de pronunciamentos armados com
derramamento de sangue. Um tipo estranho, espécie de caudilho caboclo, Guerreiro
Antoni, comandou agitações, galvanizando a opinião estadual. Eduardo Ribeiro,
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Apostila Concurso Polícia Militar do Amazonas 2011
Coronel Guilherme José Moreira - Barão do Juruá (05 a 25/05/1981 e 30/06- 01/09-1891)
Histórico: nos dois mandatos assumiu inteiramente até ser substituído por um interventor
federal.
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Apostila Concurso Polícia Militar do Amazonas 2011
Histórico: primeiro governador eleito no Amazonas, porém, não agradou aos seus aliados
e se isolou aos poucos no governo.
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Apostila Concurso Polícia Militar do Amazonas 2011
Amazonino Mendes.
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Apostila Concurso Polícia Militar do Amazonas 2011
Linhas gerais
A idéia de construir uma ferrovia nas margens dos rios Madeira e Mamoré surgiu na
Bolívia, em 1846. Como o país não tinha como escoar a produção de borracha por seu
território, era necessário criar alguma alternativa que possibilitasse exportar a borracha
através do Oceano Atlântico.
A idéia inicial optava pela via da navegação fluvial, subindo o rio Mamoré em território
boliviano e depois pelo rio Madeira, no Brasil. Mas o percurso fluvial tinha grandes
obstáculos: vinte cachoeiras impediam a navegação. E foi aí que cogitou-se a construção
de uma estrada de ferro que cobrisse por terra o trecho problemático.
Em 1867, no Brasil, também visando encontrar algum meio que favorecesse o transporte
da borracha, os engenheiros José e Francisco Keller organizaram uma grande expedição,
explorando a região das cachoeiras do rio Madeira para delimitar o melhor traçado,
visando também a instalação de uma ferrovia.
Embora a idéia da navegação fluvial fosse complicada, em 1869, o engenheiro
estadunidense George Earl Church obteve do governo da Bolívia a concessão para criar e
explorar uma empresa de navegação que ligasse os rios Mamoré e Madeira. Mas, não
muito tempo depois, vendo as dificuldades reais desta empreitada, os planos foram
definitivamente mudados para a construção de uma ferrovia.
As negociações avançam e, ainda em 1870, o mesmo Church recebe do governo brasileiro
a permissão para construir então uma ferrovia ao longo das cachoeiras do Rio Madeira.
A Questão do Acre
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Apostila Concurso Polícia Militar do Amazonas 2011
A ferrovia Madeira-Mamoré, também conhecida como Ferrovia do Diabo por ter causado
a morte de cerca de seis mil trabalhadores (comenta a lenda que foi um trabalhador
morto para cada dormente fixado nos trilhos), foi encampada pelo megaempresário
estadunidense Percival Farquhar. A construção da ferrovia iniciou-se em 1907 durante o
governo de Affonso Penna e foi um dos episódios mais significativos da história da
ocupação da Amazônia, revelando a clara tentativa de integrá-la ao mercado mundial
através da comercialização da borracha.
Em 30 de abril de 1912 foi inaugurado o último trecho da estrada de ferro Madeira-
Mamoré. Tal ocasião registra a chegada do primeiro comboio à cidade de Guajará-Mirim,
fundada nessa mesma data.
Mas o destino da ferrovia que foi construída com o propósito principal de escoar a
borracha e outros produtos da região amazônica, tanto da Bolívia quanto do Brasil, para
os portos do Atlântico, e que dizimara milhares de vidas, foi o pior possível.
Primeiro, porque o preço do látex caiu vertiginosamente no mercado mundial,
inviabilizando o comércio da borracha da Amazônia. Depois, devido ao fato de que o
transporte de outros produtos que poderia ser feito pela Madeira-Mamoré foi deslocado
para outras duas estradas de ferro (uma delas construída no Chile e outra na Argentina) e
para o Canal do Panamá, que entrou em atividade em 15 de Agosto de 1914.
Alie-se a esta conjuntura o fator natureza: a própria floresta amazônica, com seu alto
índice de precipitação pluviométrica, se encarregou de destruir trechos inteiros dos
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Apostila Concurso Polícia Militar do Amazonas 2011
trilhos, aterros e pontes, tomando de volta para si grande parte do trajeto que o homem
insistira em abrir para construir a Madeira-Mamoré.
A ferrovia foi desativada parcialmente na década de 1930 e totalmente em 1972, ano em
que foi inaugurada a Rodovia Transamazônica (BR-230). Atualmente, de um total de 364
quilômetros de extensão, restam apenas 7 quilômetros ativos, que são utilizados para
fins turísticos.
A população rondoniense luta para que a tão sonhada revitalização da EFMM saia do
papel, mas até à data 1º de dezembro de 2006 a obra ainda nem havia começado. A falta
de interesse dos orgãos públicos, em especial das prefeituras, e a burocracia impedem o
projeto.
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Apostila Concurso Polícia Militar do Amazonas 2011
Belém em apenas 3 anos, onde hoje é o Hilton Hotel; o aeroporto de Belém; a base aérea
de Belém; entre outros.
Além do SEMTA, foram criados pelo governo nesta época, visando a dar suporte à Batalha
da borracha, a Superintendência para o Abastecimento do Vale da Amazônia (Sava), o
Serviço Especial de Saúde Pública (Sesp) e o Serviço de Navegação da Amazônia e de
Administração do Porto do Pará (Snapp). Criou-se ainda a instituição chamada Banco de
Crédito da Borracha, que seria transformada, em 1950, no Banco de Crédito da
Amazônia.
O governo dos Estados Unidos pagava ao governo brasileiro cem dólares por cada
trabalhador entregue na Amazônia
Milhares de trabalhadores de várias regiões do Brasil foram compulsoriamente levados à
escravidão por dívida e à morte por doenças para as quais não possuíam imunidade. Só
do nordeste foram para a Amazônia 54 mil trabalhadores, sendo 30 mil deles apenas do
Ceará. Esses novos seringueiros receberam a alcunha de "Soldados da borracha", numa
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Apostila Concurso Polícia Militar do Amazonas 2011
alusão clara de que o papel do seringueiro em suprir as fábricas nos EUA com borracha
era tão importante quanto o de combater o regime nazista com armas.
Manaus tinha, em 1849, cinco mil habitantes, e, em meio século, cresceu para 70 mil.
Novamente a região experimentou a sensação de riqueza e de pujança. O dinheiro voltou
a circular em Manaus, em Belém, em cidades e povoados vizinhos e a economia regional
fortaleceu-se.
O kit básico
Cada migrante assinava um contrato com o SEMTA que previa um pequeno salário para o
trabalhador durante a viagem até a Amazônia. Após a chegada, receberiam uma
remuneração de 60% de todo capital que fosse obtido com a borracha.
O kit básico dos voluntários, ao assinar o contrato, consistia em:
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Apostila Concurso Polícia Militar do Amazonas 2011
Mas quando chegavam tornavam-se escravos por dívida dos coronéis seringueiros e
morriam em consequência das doenças, da fome ou assassinados quando resistiam
lembrando as regras do contrato com o governo.
Apontamentos finais
O "glebarismo"
foi o movimento cívico que, depois de 1930, desfraldou a bandeira do Amazonas para os
amazonenses. Os homens públicos que exerceram o governo daí em diante -- exceção de
dois interventores federais do período ditatorial -- foram, em conseqüência, todos
amazonenses. A vida política processou-se sem particularidades de monta. O movimento
paulista de 1932 ecoou no estado no combate naval travado em frente à cidade de
Itacoatiara entre forças legais, terrestres e navais, e rebeldes da guarnição de Óbidos.
A população aumentou num ritmo relativamente lento. Em 1850, somava cerca de trinta
mil habitantes; cem anos depois, perto de meio milhão. Os contingentes nordestinos,
denominados "arigós", levados no decorrer da segunda guerra mundial para a restauração
dos seringais e produção intensiva de borracha necessária à indústria bélica americana,
não constituíram um peso ponderável. Ao invés da mortalidade que teria ocorrido e de
que tanto se falou naquela época, o que houve foi um regresso dos imigrantes que não se
integraram no novo meio. Muitos, depois de encerrada a "batalha", instalaram-se em
Manaus, que cresceu na área suburbana e no comércio de rua.
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Apostila Concurso Polícia Militar do Amazonas 2011
que é cortado por rios (os mais importantes são o Solimões, o Amazonas, o Juruá, o
Purus, Negro e Japurá).
Com uma população de 3.521.939 habitantes, de acordo com projeções para 2006 -
metade dela concentrada na capital, Manaus -, o Amazonas tem hoje uma economia
baseada, principalmente, nas atividades de extrativismo, mineração, pesca e indústria.
Esta última, responde sozinha por 56,9% do Produto Interno Bruto amazonense e está
basicamente restrita à capital, onde está instalado o coração da Zona Franca de Manaus:
um pólo industrial com quase 500 empresas.
O Estado é formado por 62 municípios, a maior parte deles fica às margens dos rios que
cortam a região. Esses mesmos rios funcionam como verdadeiras “estradas” para a
população do interior, uma vez que o Amazonas dispões de poucas rodovias estaduais e
das três federais que passam pelo Estado- BR-319, BR-230 (Transamazônica) e BR-174 –,
apenas esta última encontra-se em boas condições de tráfego. Não há ferrovias no
Amazonas e além do transporte fluvial (que internamente é predominante) a outra opção
é o transporte aéreo.
Manaus sofreu grandes transformações nas duas últimas décadas. Obras de infra-
estrutura conferiram feições modernas à cidade que ganhou viadutos, passagens de
nível, grandes avenidas e passou a experimentar os efeitos negativos de um forte
crescimento populacional desordenado. Grandes bairros se formaram e continuam se
formando na periferia da cidade, mas a maioria deles a partir de enormes áreas de
invasão, um problema que impõe constante desafio às administrações municipal e
estadual.
Se de um lado a capital ostenta, hoje, a condição de cidade com o 4º maior PIB do País -
segundo dados do IBGE -, de outro a esmagadora maioria das cidades do interior continua
estagnada do ponto de vista econômico e de seus indicadores sociais. As características
geográficas do Estado – sobretudo suas dimensões territoriais – e a ausência de políticas
consistentes de desenvolvimento voltadas para o interior, continuam a submeter suas
populações ao verdadeiro isolamento.
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Apostila Concurso Polícia Militar do Amazonas 2011
Petrolífera de Urucu. , de onde a Petrobrás extrai petróleo alta qualidade, sendo o mais
leve dentre os óleos processados nas refinarias do país. Essas características resultam em
seu aproveitamento especialmente para a produção de gasolina, nafta petroquímica,
óleo diesel e GLP (gás de cozinha). A produção média de petróleo em Urucu é de 56,5
mil barris por dia, enquanto a de gás natural é de 9,7 milhões de metros cúbicos por dia.
Esse volume faz do Amazonas o segundo produtor terrestre de petróleo e o terceiro
produtor nacional de gás natural, e do município de Coari o maior produtor terrestre. A
produção de Urucu abastece os estados do Pará, Amazonas, Rondônia, Maranhão,
Tocantins, Acre, Amapá e parte do Nordeste.
A Refinaria Isaac Sabbá, em Manaus, tem capacidade para produzir 46 mil barris/dia. A
unidade tem entre seus principais produtos o GLP (gás de cozinha), nafta petroquímica,
gasolina, querosene de aviação, óleo diesel, óleos combustíveis, óleo leve para turbina
elétrica, óleo para geração de energia, asfalto.
TURISMO/CULTURA
Belezas Naturais:
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Apostila Concurso Polícia Militar do Amazonas 2011
rios.
Situado no rio Negro, o arquipélago de Anavilhanas, formado por 400 ilhas que abrigam
complexo ecossistema da Amazônia, é outra atração belíssima. A região está protegida
por legislação federal que criou a Estação Ecológica de Anavilhanas, com área de 350 mil
hectares. No período das cheias do rio Negro, metade das ilhas fica submersa e os
animais têm que se refugiar nas partes mais elevadas. Quando as águas começam a
baixar, as ilhas deixam à mostra praias e canais que entrecortam toda a região como
uma rede, num percurso de aproximadamente 90 quilômetros. A região de Anavilhanas
encontra-se próxima ao Parque Nacional de Jaú, a maior reserva florestal da América do
Sul, com 2,27 milhões de hectares, também banhada pelo rio.
Manifestações Culturais:
Em meio às construções modernas que cada vez mais tomam conta da cidade, Manaus
exibe verdadeiras jóias arquitetônicas construídas entre o fim do Século XIX e início do
Século XX. O Teatro Amazonas é o símbolo maior desse patrimônio arquitetônico. Sua
história tem início em 1881, quando o deputado A. J. Fernandes Júnior apresentou o
projeto para a construção de um teatro em alvenaria, na cidade. A proposta foi aprovada
pela Assembléia Provincial do Amazonas e começaram as discussões a respeito da
construção do prédio. Manaus, que vivia o auge do Ciclo da Borracha, era uma das mais
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Apostila Concurso Polícia Militar do Amazonas 2011
O Mercado Municipal Adolpho Lisboa, construído de frente para o Rio Negro, no período
áureo da borracha, também merece destaque. Em estilo art noveau, foi oficialmente
inaugurado em 1882 e é considerado uma réplica do extinto mercado Les Halles, de
Paris. Em 1906, o mercado foi arrendado para a empresa inglesa Manáos Markets. O
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contrato foi rescindido em 1934 e o mercado voltou à administração municipal. Até hoje,
o funciona como um centro de comercialização de produtos regionais.
A FLORESTA AMAZÔNICA
A Floresta Amazônica – a maior e mais rica floresta tropical do planeta - tem uma
extensão de 5,5 milhões de km² e distribui-se mais ou menos da seguinte forma, dentro e
fora do território nacional: 60% no Brasil, e o restante (40%) pela Bolívia, Colômbia,
Equador, Guiana, Guiana Francesa, Peru, Suriname e Venezuela. Os 60% correspondentes
ao Brasil constituem a chamada Amazônia Legal, abrangendo os Estados do Amazonas,
Amapá, Mato Grosso, oeste do Maranhão, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins.
Apresenta-se como um ecossistema extremamente complexo e delicado. Todos os
elementos (clima, solo, fauna e flora) estão tão estreitamente relacionados que não se
pode considerar nenhum deles como principal. Nela estão fixadas mais de uma centena
de trilhões de toneladas de carbono. Sua massa vegetal libera algo em torno de sete
trilhões de toneladas de água anualmente para a atmosfera, via evapotranspiração, e
seus rios descarregam cerca de 20% de toda a água doce que é despejada nos oceanos
pelos rios existentes no globo terrestre. Além de sua reconhecida riqueza natural, a
Amazônia abriga expressivo conjunto de povos indígenas e populações tradicionais que
incluem seringueiros, castanheiros, ribeirinhos, babaçueiras, entre outros, que lhe
conferem destaque em termos de diversidade cultural. É um verdadeiro patrimônio
sócio-ambiental brasileiro.
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Prova UEA 2002
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3 - Testes prevalece, nem dentro nem fora do campo, o peso sufocante dos
PORTUGUÊS Estados Unidos. Desenha-se nesta época a utopia de um mundo
realmente multipolar.
Copa do mundo: prós e contras 1 (Roberto Pompeu de Toledo. Veja, 15-05-2002)
Prepare-se, leitor, para o sofrimento: vem aí a Copa do Mundo.
Buzinaços lhe explodirão nos ouvidos. Bandos bêbados de camisa Assinale o enunciado NÃO explicitado no desenvolvimento do
amarela varrerão as ruas como furacões. Será impossível esquivar- texto.
5 -se do aluvião de bandeiras. Elas serão tão desabusadamente (A) O autor antevê uma temporada horrível durante os jogos da
sacudidas que passarão raspando nos narizes vizinhos, ou terão Copa do Mundo.
seus mastros, empunhados por mãos imperitas, aplicados sobre (B) O autor prevê uma temporada deliciosa durante os jogos da
inocentes cabeças. É época de reviver, ainda que de forma Copa do Mundo.
atabalhoada e não-programada, a antiga tradição dos corsos (C) O autor censura o procedimento de religiosos durante os jogos
10 carnavalescos. Os carros, rodando devagar, carregarão turmas da Copa do Mundo.
que, penduradas nas janelas, de onde soltam gritos apoteóticos, a (D) O autor ironiza a exposição, na mídia, das estrelas da Copa do
cada 100 metros se precipitarão para o meio da pista, onde Mundo.
dançarão e confraternizarão com as turmas de outros carros, sem (E) O autor tece considerações críticas sobre a relação da Copa do
atenção para quem, atrás, indefeso, quer apenas ir para casa. Mundo com a situação mundial.
Diante do poder esmagador da corrente-Brasil, eletrizada do
15
Oiapoque ao Chuí, extensa como o Planalto Central, indomável
como as Cataratas do Iguaçu, caudalosa como o Amazonas,
selvagem como o Pantanal, os mais delicados poderão até ser 2
sacudidos pela tentação de torcer contra mas ai deles. (...) Assinale a alternativa em que os termos traduzem uma oposição
O melhor a fazer, em Copa do Mundo, para um espírito de sentido no texto.
20 sensato, é retiro espiritual. Mas onde? Se for num estabelecimento (A) Copa do Mundo x maratona
religioso, o padre também estará tomado da febre. Não espanta (B) Cuba nas Olimpíadas x nações mais fortes
se, ao rezar a missa, tenha, oculto nas dobras da sobrepeliz, o (C) corrente-Brasil x tomado de febre
walkman, que, conectado ao ouvido, o protegerá da irremediável (D) corsos carnavalescos x turmas de outros carros
desgraça de perder algum lance. As freirinhas gritarão “Vai, (E) TV, rádio x prazeres
Ronaldo”, “Passa, Rivaldo”, com a desenvoltura de contumazes
25 freqüentadoras das gerais. Se o retiro for numa reserva indígena
do Xingu, será ocasião de, em vez de buzinas, ouvir tambores. As
danças se prolongarão horas a fio, e talvez até lanças sejam 3
disparadas a esmo, e projéteis soprados de perigosas zarabatanas, Assinale a alternativa em que se explicita ERRADAMENTE a
a título de comemoração. relação de sentido entre os parágrafos do texto.
30 O leitor duvida de que vá sofrer? Na verdade, já está sofrendo. (A) O segundo parágrafo acrescenta outras situações às
Copa do Mundo é tempo de os craques estrelarem anúncios. Nos explicitadas no primeiro.
outdoors, na TV, no rádio ... eles já estão em toda parte, e (B) O terceiro parágrafo atenua o que foi manifestado
vendendo de tudo insinuantes, insistentes. Até o técnico, anteriormente no texto.
travestido em ator de raquíticas qualidades, tira a sua lasquinha. (C) O quarto parágrafo introduz uma nova ordem de considerações
Para eles, os astros do momento, é tempo de faturar e eles se ao texto.
35 jogam à oportunidade com volúpia de sátiro em dia de bacanal. (D) O quinto parágrafo dá continuidade ao que se afirma no
Depois, há a verborragia patrioteira dos locutores da televisão anterior.
quem agüenta? E pairando sobre tudo, avassaladora, a mais (E) O sexto parágrafo marca uma oposição ao que é dito no
tenebrosa característica da temporada a unanimidade. Ela vem anterior.
com a força dos fenômenos naturais, de combinação com a
40 arrogância das ditaduras. Ai de quem se opuser, ai de quem não
gostar, ai de quem não quiser festejar.
Já se sofreu o suficiente? Então vamos aos prazeres, para 4
compensar. O primeiro prazer que oferece uma Copa do Mundo é
o futebol, em si. É época dos jogos que ficarão para a história e A linguagem figurada NÃO se faz presente em:
dos lances que se perpetuarão na memória, para o bem e para o (A) “Bandos bêbados de camisa amarela varrerão as ruas...”
mal. (...) (L.2-3)
45 (B) “Diante do poder esmagador da corrente-Brasil, eletrizada do
Mas há também, numa Copa do Mundo, prazeres de outro tipo,
que dizem respeito à utopia de uma ordem mundial menos injusta. Oiapoque ao Chuí...” (L.14-15)
O campo de futebol é um espaço onde a humilhada Argentina se (C) “...o padre também estará tomado da febre.” (L.21)
eleva à categoria de potência. Onde o Brasil, PIB per capita de (D) “As freirinhas gritarão “Vai, Ronaldo”, “Passa, Rivaldo...”
3 600 dólares, encara, de superior para inferior, a Alemanha, PIB (L.24-25)
50 per capita de 25 000 dólares. Sobretudo, para ilustrar o prodígio de (E) “No futebol, a República dos Camarões é alguém.” (L.59)
relações equilibradas entre as nações e os continentes
proporcionado pela bola, o futebol é um campo onde a África, terra
dos recordes de miséria e da culminância dos barbarismos, das 5
epidemias e das guerras civis, tem um presente risonho e um
futuro promissor. No futebol, a República dos Camarões é alguém. Assinale a alternativa em que o lhe tem o mesmo valor do que em
55
Em Olimpíadas não é assim. Pode ocorrer, numa certa “Buzinaços lhe explodirão nos ouvidos”.
modalidade, como a maratona, que a Etiópia ou o Quênia ganhem (A) Tudo lhe era indiferente.
destaque. Também podem ocorrer fenômenos isolados, como um (B) Não lhe tenho medo.
João do Pulo ou um Joaquim Cruz, a favorecer o Brasil. Pode (C) Beijei-lhe carinhosamente a testa.
ocorrer ainda que um país menor, como Cuba, venha a superar-se. (D) Pareceu-lhe mudado.
60 Mas, no geral, impõe-se a lógica da potência. Ganham as nações (E) Dirigiu-lhe palavras de estímulo.
mais fortes. Confirma-se a supremacia dos grandes do mundo e,
entre todos, a supremacia dos Estados Unidos. A Copa do Mundo,
em sua capacidade ilógica de nivelar as nações privilegiadas com
as deserdadas, chega onde a ONU não conseguiu chegar. De
6
quebra, é talvez o único acontecimento planetário em que não Assinale a alternativa em que a substituição do ainda que por outra
65
conjunção modificará a significação do enunciado “É época de
reviver, ainda que de forma atabalhoada e não programada”.
(A) desde que(B) embora
(C) se bem que(D) mesmo que
(E) posto que
70
2
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7 Apostila Concurso Polícia Militar do Amazonas 2011
Afinal fora encontrar para Marina um emprego de cem mil-réis
Na substituição da forma verbal de “Ai de que se opuser”, numa loja de fazendas. E ali estava espiando o quintal com o rabo
comete-se ERRO, em relação à norma culta, em: 50 do olho. (Graciliano Ramos. Angústia.)
(A) Ai de quem se contradisser.
(B) Ai de quem não refizer o trabalho. 9
(C) Ai de quem não requerer o atestado.
Com apoio no trecho apresentado acima, percebe-se que, no
(D) Ai de quem não antever as dificuldades da maratona.
romance Angústia, de Graciliano Ramos, o “herói”, personagem-
(E) Ai de quem retiver o andamento do processo.
-narrador:
(A) submete-se, cegamente, às leis da Natureza.
8 (B) possui um grau mínimo de complexidade psicológica.
Assinale a alternativa em que a concordância verbal DESTOA da (C) recusa, impotente, a miséria moral de seu mundo.
norma culta.
(A) Um país menor ou uma nação forte podem ganhar a Copa do (D) idealiza a figura feminina, objeto de seu amor.
Mundo.
(B) Devem ocorrer surpresas na Copa do Mundo. (E) desempenha, na sociedade, um papel relevante.
(C) Olimpíadas é uma competição mundial.
(D) Merecerão um destaque maior na TV os resultados 10
surpreendentes da Copa do Mundo. A característica incompatível com o “herói” do romance, de acordo
(E) Três semanas sempre são alguma coisa para treinar um time. com a passagem transcrita, é:
(A) dissimulação (B) persistência
(C) indignação (D) bravura
LITERATURA
(E) senso de observação
Texto 1
Deitei-me na espreguiçadeira, acendi um cigarro, abri o livro e
11
comecei a ler maquinalmente. De quando em quanto bocejava, A adoção do discurso indireto livre é prática bastante comum entre
suspendia a leitura incompreensível. os prosadores do Modernismo. Exemplo deste tipo de discurso
O jardim, que a antiga inquilina vinha regar todas as manhãs, lemos, no texto dado, em:
estava sujo, maltratado, coberto de garranchos e folhas secas.
5 Soltei o livro e fechei os olhos, aborrecido. Mas os olhos não (A) “A princípio ainda tratara dos canteiros.” (L.16)
ficaram bem fechados: através das pálpebras meio cerradas
distinguiam-se as coisas que estavam perto do chão, dez ou quinze (B) “Tudo fácil, às ordens, perfeitamente.” (L.24-25)
metros em redor – o tronco do mamoeiro, o monte de lixo, as
(C) “ Doutor, tenho uma vizinha que faz pena, moça prendada.”
florinhas desbotadas. D. Adélia, no banheiro, lavava roupa, e a
água espumosa corria de lá, vinha estagnar-se numa poça junto à (L.29)
10
cerca. (D) “ Está bem. Vamos ver.” (L.33)
Se aquela tonta prestasse, estaria ajudando a mãe,
ensaboando panos.Preguiça.Estava era lendo besteiras, (E) “E ali estava espiando o quintal com o rabo do olho.” (L.49-50)
arrancando cabelos das sobrancelhas com a pinça ou raspando os
sovacos. A princípio ainda tratara dos canteiros. Habituara-se 12
15 depois a levar para ali um romance, que não abria. Conversava. E
eu me zangava com as conversas dela, que, como já disse, eram No texto, vemos que o personagem-narrador se expressa em
malucas. Zangava-me de verdade. Mas estava ali com os olhos língua culta mas corrente. Ele se vale, por exemplo, de uma
meio fechados, espiando os canteiros e esperando que a metáfora de uso corrente em:
mulherinha chegasse.
Fazia uma semana que eu andava cavando uma colocação (A) “abri o livro e comecei a ler maquinalmente”
20 para ela. Arranjar emprego, como não ignoram, é dificuldade. As (B) “através das pálpebras meio cerradas distinguiam-se as coisas
pessoas a que a gente se dirige sorriem. Tudo fácil, às ordens, que estavam perto do chão”
perfeitamente. Escutam as choradeiras com paciência e escrevem
cartões a outras pessoas. Estas escrevem outros cartões, e assim (C) “a água espumosa corria de lá, vinha estagnar-se numa poça
por diante. Cada um se desaperta. Eu falara ao diretor da minha junto à cerca”
25 repartição.
Doutor, tenho uma vizinha que faz pena, moça prendada. (D) “eu me zangava com as conversas dela, que, como já disse,
Mata-se para ajudar a família, mas, como sabe, trabalho de mulher eram malucas”
em casa não rende. Se o senhor pudesse, com a sua influência...
O diretor respondera distraído: (E) “eu andava cavando uma colocação para ela”
Está bem. Vamos ver.
Texto 2
30 Noutras repartições, a mesma história com pequenas
variantes: IRENE NO CÉU
Moça decente, instruída, matando-se para auxiliar a família.
Um modelo. A mãe doente...
Enfim uma cambada de mentiras inúteis. Nos bancos: a não escri
Moça digna, alguns conhecimentos de escrituração Irene boa
35 mercantil e de aritmética.
Nos armazéns: Irene sempre de bom humor.
Muito preparo, muita leitura, excelente calculista. Podia
encarregar-se da correspondência.
Nas redações: Imagino Irene entrando no céu:
Ó fulano, você não me arranja aí na expedição qualquer 5 Licença, meu branco!
40 coisa para uma moça que eu conheço? Um osso, uma sinecura
que justifique dois ou três vales por mês. E São Pedro bonachão:
Entra, Irene. Você não precisa pedir licença.
45
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Texto 3 Apostila Concurso Polícia Militar do Amazonas 2011
Piedosa: o olhar nunca baixou à terra. MATEMÁTICA
Fitava o céu, porque era pura e santa... 17
Tinha o orgulho fidalgo de uma Infanta
Que entre escudeiros e lacaios erra. Qual é o simétrico do ponto (3, 4) em relação à bissetriz dos
quadrantes ímpares?
(A) (−4, 3)(B) (−3, 4)
(C) (3, 4)(D) (4, 3)
5 Deusa nenhuma, por mais alto, encerra (E) (4, 3)
Em si, talvez, misericórdia tanta:
Ainda hoje na minha Alma se alevanta
Como uma cruz no cimo de uma serra. 18
P(x) é um polinômio de grau 2 tal que P(0) = 2, P(1) = 4 e P(2) = 8.
Quanto vale P(−1)?
Foi-lhe a vida um eterno mês-de-maio, (A) 4(B) 2
10 Cheio de rezas brancas a Maria, (C) 1(D) 0
Que ela vivera como num desmaio. (E) 2
10
15 (C) 1 D) 10
Encontram-se relacionadas e exemplificadas abaixo algumas das
características do Simbolismo no Brasil. A característica presente 3 10
no soneto de Alphonsus de Guimaraens, transcrito acima, é: (E) 10
(A) a recorrência à aliteração – como em “Vozes veladas,
veludosas vozes”. 22
(B) a prática da sinestesia – como em “harmonias da Cor e do Quantos termos há na progressão aritmética (130, 136,..., 430)?
(A) 49(B) 50
Perfume”.
(C) 51(D) 52
(C) a insistência num cromatismo centrado no branco – como em (E) 53
“Ó Formas alvas, brancas. Formas claras”.
(D) o uso de neologismos – como em “Musselinosas como brumas 23
diurnas”.
Uma partícula se movimenta sobre o eixo das abscissas de modo
(E) o gosto pelo ambiente inefável, indefinível – como em “Pelas que sua posição no instante t é x(t) = t3. Qual é sua velocidade no
regiões tenuíssimas da bruma”. instante t=2?
(A) 12(B) 8
16 (C) 6(D) 4
(E) 2
Entre as figuras femininas cantadas nos versos de Bandeira e de
Alphonsus de Guimaraens, é inaceitável a seguinte oposição:
(A) mulher terrena, de carne e osso / mulher divinizada 24
(B) tipo popular / tipo de nobreza Qual é o número de vértices de uma pirâmide com 30 arestas?
(A) 15(B) 16
(C) mulher de raça negra / mulher de raça branca (C) 20(D) 30
(D) figura humilde / figura altiva (E) 31
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GEOGRAFIA Apostila Concurso Polícia Militar
44 do Amazonas 2011
41 Observe os dados da tabela:
Balança comercial da Zona Franca de Manaus
Nas últimas décadas do século XX, assistimos à reorganização do (em milhões de dólares)
espaço produtivo de numerosos países industrializados.
A esse respeito, analise as afirmativas a seguir: Mercado externo Mercado internoTotal
I. nos Estados Unidos, as mudanças tecnológicas produziram a 376,16.782,17.158,2Exportações
decadência do Manufacturing Belt, berço do fordismo, e o 2.140,51.739,63.880,1Importações
dinamismo econômico dos novos centros do Sun Belt, onde 1.764,45.042,53.278,1Saldo
predomina o regime de acumulação flexível;
II. no Japão, os novos investimentos industriais são realizados
fora do país, em especial nos novos países industrializados Os dados apresentam a característica definidora do enclave
(NPIs) e na China, ou nos novos centros de alta tecnologia industrial instalado em Manaus, em 1967, sob a supervisão da
localizados fora da região industrial tradicional; SUFRAMA (Superintendência da Zona Franca de Manaus).
III. no espaço industrial da China, destacam-se as Zonas Assinale a alternativa que apresenta corretamente esta
Econômicas Especiais, que funcionam como enclaves característica.
econômicos dinamizados por investimentos estrangeiros. (A) A isenção de impostos sobre a importação de máquinas,
alhou, e matérias primas e componentes, e sobre a exportação de
(A) se apenas a afirmativa I estiver correta. mercadorias atraiu numerosas empresas nacionais e
(B) se apenas a afirmativa III estiver correta. transnacionais.
(C) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas. (B) O baixo custo da mão-de-obra local estimulou o investimento
(D) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas. dos capitais regionais nas atividades industriais cuja produção
(E) se todas as afirmativas estiverem corretas. destina-se aos mercados externos.
(C) A abertura da economia brasileira, nos anos 90, com a redução
das tarifas de importação, aumentou a capacidade produtiva
das empresas instaladas em Manaus.
(D) As indústrias instaladas em Manaus utilizavam as matérias
primas e os bens intermediários produzidos na região
42 amazônica, integrando o enclave industrial à economia
regional.
45
Taxa de analfabetismo por rendimento
O desenho apresenta o perfil do relevo, a drenagem e a vegetação mensal familiar per capita
de um vale amazônico. A partir do desenho, podemos afirmar que
a várzea corresponde:
(A) aos sedimentos terciários cujos solos são renovados pelas
cheias dos rios.
(B) aos terrenos de aluviões recentes, periodicamente inundados
pelas cheias dos rios.
(C) aos terrenos de formação antiga que foram submetidos a
intensa lixiviação.
(D) ao baixo platô amazônico, que é constantemente inundado
pelas cheias dos rios.
(E) aos terrenos do escudo cristalino que foram submetidos à
intensa ação da erosão.
43
A expressão Terceira Revolução Industrial é usada para descrever
os avanços ocorridos nas últimas décadas do século XX e que
provocaram grandes mudanças na economia mundial. O gráfico permite concluir que:
Entre essas mudanças incluem-se algumas das citadas a seguir: (A) a relação entre renda per capita e taxa de analfabetismo
altera-se à medida que aumenta a faixa de idade.
I. as crescentes barreiras comerciais que dificultam a circulação (B) o número de analfabetos aumenta à medida que se eleva o
de mercadorias e capitais; rendimento familiar per capita.
II. a concentração do capital devido às fusões das grandes (C) uma estreita relação se estabelece entre renda per capita e
empresas; taxa de analfabetismo.
(D) a taxa de analfabetismo entre os que ganham até ¼ do salário
III. o poder de intervenção na economia, que se desloca do setor mínimo se mantém constante nas diferentes faixas de idade.
privado para a esfera do Estado; (E) a taxa de analfabetismo aumenta na faixa de idade que vai dos
15 aos 19 anos.
IV. a utilização do conhecimento científico como matéria prima
essencial;
V. o aumento do desemprego, como conseqüência da automação
do setor produtivo. 46
A concentração espacial de instituições de ensino e pesquisa e de
São elas:
empresas envolvidas na criação e aplicação das tecnologias de
(A) apenas I, II e III (B) apenas I, III e V ponta vai promover um novo ordenamento econômico e territorial.
O texto refere-se ao espaço de:
(C) apenas II, IV e V (D) apenas I, II, IV e V
(A) uma megacidade.
(E) I, II, III, IV e V (B) uma cidade de economia flexível.
(C) um centro industrial fordista.
(D) um pólo tecnológico pós-fordista.
(E) um ponto de ebulição industrial.
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47 Apostila Concurso Polícia Militar do Amazonas 2011
O mapa a seguir mostra os três complexos regionais que foram se HISTÓRIA
formando à medida que se processava a integração do espaço 49
brasileiro, a partir da segunda metade do século XX.
Entre os séculos VIII e VI a.C. junto com um sistema monetário e
uma nova economia financeira, o aumento da população e do
comércio surgiu, de fora da nobreza tradicional, um estrato de
proprietários agrários cuja nova riqueza não correspondia a
nenhum poder equivalente na cidade. Ao mesmo tempo, a quebra
da economia arcaica provocou tensões sociais agudas entre a
classe mais pobre. A pressão combinada do descontentamento
rural da base e das fortunas recentes da cúpula forçaram a ruptura
do domínio aristocrático nas cidades.
O mapa representa uma das soluções para o escoamento da (D) A participação francesa e espanhola na guerra de
produção agrícola de Mato Grosso. Ela não é o único meio para independência deveu-se apenas a um desejo de vingança pela
fazer a produção chegar aos mercados internacionais, mas é derrota na Guerra dos Sete Anos – tão expressiva que abalou
certamente: o absolutismo em ambos os países –, que ofendera fortemente
(A) a alternativa economicamente mais eficiente. o orgulho nacional.
(B) a solução que exige maior investimento inicial.
(C) o meio mais rápido de deslocar a produção regional.
(D) a opção que promove o maior impacto ambiental. (E) O objetivo franco-espanhol no apoio aos Estados Unidos na
(E) a forma menos indicada de escoar a produção. guerra de independência foi devido à concorrência entre países
que realizavam as suas revoluções industriais .
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51 Apostila Concurso Polícia Militar
53 do Amazonas 2011
PARTE DOS PRINCIPAIS PAÍSES INDUSTRIALIZADOS
NA PRODUÇÃO INDUSTRIAL MUNDIAL* “Examinando-se o movimento no que ele expressa como explosão
Grã- Alemanha Rússia Estados Resto do
de multidões mestiças e indígenas da Província, contra a vida e a
-Bretanha França
(RFA) (URSS)
Unidos Japão mundo propriedade dos que desfrutavam de poder político, econômico e
1870 32 10 13 4 23 - 18
projeção social, compreende-se que a Cabanagem não pode ser
inscrita na história nacional como um episódio a mais de aspiração
1881-1885 27 9 14 3 29 - 18
meramente política.”
1896-1900 20 7 17 5 30 1 20
1936-1938 9 5 11 (19) 32 4 20
(A) A participação intensa das massas de origem indígena na
4
Cabanagem do Pará deveu-se à inexistência de agricultura de
1963 5 (6) (19) 32 4 30
exportação na região e à ausência completa de negros.
*Em porcentagem
(Fonte: W. W. Rostow)
(B) A Cabanagem era um risco maior para os imperialismos do que
De acordo com a tabela, são corretas duas das afirmativas a para a unidade política pretendida pelo Império brasileiro, como
seguir, a respeito da participação, às vésperas da Primeira Grande atestam as seguidas intervenções americanas e britânicas no
Guerra, das potências capitalistas no comércio mundial: Grão-Pará.
I. a Grã-Bretanha e a França apresentaram um declínio relativo (C) A Cabanagem não pode ser inscrita na história nacional como
de sua participação no comércio mundial; um episódio político, pois, por se tratar de uma sublevação
generalizada no Pará, foi um fato militar e, no máximo, social.
II. os Estados Unidos, a Alemanha e o Japão apresentaram, entre
1896 e 1913, crescimento de sua participação no comércio (D) A Cabanagem começou como um conflito entre setores
mundial; oligárquicos do Pará durante a Regência, mas, pelas condições
socioeconômicas da região Norte e devido à participação
III. ao contrário do declínio relativo britânico, houve um grande popular intensa, converteu-se em autêntica rebelião social.
aumento da participação americana no comércio mundial, de
1870 até as vésperas da Primeira Guerra Mundial;
(E) O desfecho da Cabanagem, com perseguição feroz e
massacre dos cabanos, deveu-se mais à excitação e ao ódio
IV. apesar do declínio relativo de sua participação no comércio
dos mercenários estrangeiros do que ao ódio de classe das
mundial, a economia britânica manteve uma proporção maior
elites brasileiras contra os pobres e não-brancos derrotados.
do que o resto do mundo, entre 1870 e 1913.
São elas: 54
(A) I e II (B) I e III “Cinco milhões e meio de desempregados em 1933, dois milhões
(C) I e IV (D) II e III em 1935, menos de um em 1937, algumas dezenas de milhares
entre 1933 e 1939. A produção mais que dobrou entre 1933 e
(E) II e IV 1939. Política de grandes obras – auto-estradas, ferrovias,
aeroportos... Tudo realizado no âmbito de uma política rigorosa de
52 controle de preços, de crédito... (pelo Estado)”
Entre as transformações radicais pelas quais passa o mundo nas
últimas décadas, destaca-se a mudança ocorrida na divisão (M. Béaud)
tradicional do trabalho entre os países dominantes industrializados
e os dependentes, exportadores de produtos primários. Grandes Assinale a alternativa que corretamente aborda o desenvolvimento
empresas transferiram parte de seus parques produtivos para econômico alemão na década que antecede a 2ª Guerra Mundial.
países que se chamavam de “periféricos”, abrindo condições para
novos movimentos industrializantes. A globalização da economia e (A) O dirigismo econômico, apoiado em poderosos complexos
as mudanças tecnológicas são parte desse processo. industriais e bancários, também obrigou os poderosos grupos
Assinale a alternativa ERRADA, a respeito da nova configuração estrangeiros, como General Motors, Ford, Shell e Unilever, a
da economia mundial. reinvestir seus lucros no fortalecimento da economia alemã.
(B) Oimpulsoeconômicoalemãonazistaapoiou-se
(A) A tradicional divisão do trabalho entre países dominantes exclusivamente em poderosos conjuntos industriais e
industrializados e agrários dependentes vem sendo superada financeiros do capitalismo alemão, porque o Estado combatia o
pela divisão do processo produtivo em fases de produção, capitalismo internacional e expulsou as empresas estrangeiras
divididas, às vezes, por vários países. na década de 1930.
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55 56
“O modo de produção feudal ... foi regido pela terra e por uma Após os resultados de 1974, os pleitos eleitorais passaram a ser
economia natural. O produtor imediato ... estava unido ao meio de um risco para o governo, que passou a temer uma vitória das
produção por uma específica relação social. A fórmula literal desse oposições nas eleições municipais de 1976.
relacionamento era proporcionada pela definição legal da servidão Assinale a alternativa que menciona as medidas do governo Geisel
– gleba adscripti ou ligados à terra: juridicamente, os servos tinham para manter a “distensão lenta, segura e gradual” sob o seu
mobilidade restrita.” controle, restringindo as possibilidades de vitória eleitoral da
Assinale a alternativa que corretamente define a situação do oposição.
camponês servo da gleba no feudalismo. (A) A imposição do Ato Institucional nº 5 fechava os canais legais
(A) A máxima feudal “não há terra sem senhor” evidencia não de expressão da oposição, reduzindo-lhe as alternativas de
haver, no sistema feudal, outro tipo de trabalhadores além do atuação política
servo da gleba. (B) A Lei Falcão restringia a propaganda eleitoral à exibição dos
(B) Apesar de adscrito à terra, o servo era propriedade do senhor, nomes, números, currículos e, no caso da televisão, as
como descendente dos antigos escravos romanos. fotografias dos candidatos, e o “Pacote de Abril” estendeu
(C) O camponês – o servo – estava sujeito à jurisdição do seu essas restrições às eleições legislativas em todos os níveis.
senhor, numa relação de exploração econômica e autoridade (C) A Emenda nº 11 à Constituição Federal criou as “salvaguardas”
política. constitucionais, pelas quais o Executivo poderia decretar
(D) O trabalho compulsório dos servos medievais era extraído pela medidas de emergência ou estado de emergência.
força, representada pelo caráter militar da classe senhorial. (D) O Ato Institucional nº 2 determinou que as eleições para
(E) A sujeição dos camponeses ao trabalho servil, na Europa presidente e vice-presidente da República seriam indiretas,
medieval, era jurídica e baseada no costume, não feitas pela maioria absoluta do Congresso Nacional.
caracterizando, portanto, o trabalho compulsório. (E) Foram extintos pelo AI-2 os partidos políticos existentes, dando
o monopólio da competição aos dois movimentos criados pelo
próprio regime: a Arena e o MDB.
Geografia
41-E 42-B 43-C 44-A
47-E 48-A
Historia
49-A 50-C 51-B 52-E
55-C 56-B
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Apostila Concurso Polícia Militar do Amazonas 2011
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