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- Em relação aos designs dos implantes, embora a placa angulada de 95° não forneça o
ângulo distal femoral medial de 99°, esse designs permite despresível sobrearqueamento
da palca para criar compressão no cortex medial oposto. Como a placa é inserida paralelo
a linha articular, a diáfise femoral é reduzida para a placa, que e pré-carregada para
comprimir a cortical oposta. O parafuso de compressão condilar de 95°, entretanto, é
extremamente rígido e pode criar uma leve deformidade em varo se inserido
inapropriadamente.
- Nos casos de ossos osteopênicos, uma segunda placa medial pode ser usada para
fixação.
- Koval comparou a haste anterógrada, haste retrograda curta, DCS. Ele demonstrou
que a haste anterógrada é a de menor estabilidade, e recomendou o uso de DCS
quando máxima rigidez é necessária.
- A necessidade de dupla placa para cominuição medial foi eliminada com o advento
da placa bloqueada. 4 parafusos bloqueados distais tem sido mostrado ser
equivalente em fixação ao padrão de placa de 95°. Deve-se realizar a fixação distal e
proximal provisória da placa para evitar revisões de parafusos. Se a placa fixada
distalmente primeiro, uma pequena quantia de angulação anterior e posterior irá
transladar e corresponder a uma má combinação progressiva proximalmente. Deve-se
colocar primeiro um parafuso distal sem "pega" na placa, então realiza-se tração e
colocação de um parafuso proximal; então o parafuso distal é apertado.
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FRATURAS DA PATELA
CAP 67
- A vasto medial consiste em duas partes, uma porção mais proximal, o vasto medial
longo, que se insere na patela com ângulo de 15° a 18°. A porção mais distal, o vasto
medial oblíquo, insere-se na patela com ângulo entre 50° a 55°. A orientação oblíqua
dessas fibras e seu curto tendão de inserção contribui para sua importante função
dinâmica de estabilizar a patela durante sua excursão.
- O vasto lateral se insere na patela mais proximalmente que o vasto medial, com um
ângulo mais vertical de aproximadamente 30°.
- A patela, com sua espessura, desloca o tendão para longe do centro de rotação do
joelho, dessa forma aumentando o braço de momento, que aumenta a força de
extensão do joelho em mais de 50% dependendo do ângulo. Numerosos estudos
demonstram que a patelectomia diminui mais que 50% a força em isocinético.
- Durante a extensão inicial para a posição de flexão total, a patela serve como elo
mecânico entre o quadríceps e o tendão patelar. Esse elo permite ao torque quadricipital
ser transferido para a tíbia. Em 135° a patela engata no sulco entalhe intercondilar.
Nesse ângulo, a patela contacta a superfície do fêmur e o tendão quadricipital também.
Com a progressão da extensão, a área de contacto do tendão do quadríceps no fêmur
diminui progressivamente até 45°, onde a patela é a única porção do mecanismo extensor
que contacta o fêmur. É durante a extensão final que o momento do braço da patela
aumenta, e isso é importante porque requer mais do que o dobro de torque para
estender o joelho nos últimos 15°.
- As partes moles retinaculares devem ser avaliados antes da opção cirúrgica a ser
escolhida.
- Estudo de Scilaris mostrou menos deslocamento com carga cíclica com o uso de
fios de metal de 01 mm do que com monofilamentar 01 mm.
- Para minimizar o risco de irritação, fios n° 5 de poliéster foram colocados no lugar dos
de metal. As suturas sozinhas, sem os fios de Kirschner, são mais propensas a falha e
requerem imobilizações com gesso. Suturas não absorvíveis devem ser usadas em
cerclagem para fraturas por avulsão vistas mais comumentes na população
pediátrica.
- Parafusos canulados colocados para banda de tensão pelos parafusos, tem sido
relatado com bons resultados. Utiliza-se parafusos de 3,5 mm canulados como
substitutos de fios de Kirschner. Cuidado deve ser tomado para evitar protusão da linha
do parafuso além da cortical distal, que pode evoluir com falência precoce do fio.
- Fixação interna com parafuso 3,5 mm ou 4,5 mm podem ser usados para fratura patelar .
Em pacientes com osso bom e traço transverso simples, dois parafusos paralelos pode ser
tudo que se necessita. Patela com cominuição central deve ser não receptivo para essa
fixação, devendo-se retirar os fragmentos cominuídos e então colocar os parafusos.
- A fratura patelar após a PTJ tem incidência descrita de 0,33% a 6,3%. Aumento de
peso e elevada atividade estão associados a fratura patelar. Componentes patelares de
botões únicos centrais estão relacionados a fraturas, especialmente se a cortical
anterior for perfurada. Alguns autores acham que a não cimentação aumenta a chance
de fratura, e outros acham que a necrose térmica que pode ocorrer com a polimerização
do cimento pode ser prejudicial.
- Necrose avascular da patela tem sido relatada após a ligadura da artéria súpero-lateral
especialmente associada a artrotomia medial.
- Figgie relata que o fator mais propício para a fratura patelar após a PTJ é o
alinhamento.
- Se o reparo cirúrgico da fratura patelar não é possível e os restos não são praticáveis,
pateloplastia (patelectomia parcial sem ressuperficialização) é mais preferível do que
patelectomia total para manter o mecanismo extensor mais estável e funcional.
FRATURA DE PLANALTO TIBIAL
CAP 66
- O tratamento não cirúrgico das fraturas de planalto tibial não está totalmente
estabelecido do ponto de vista consensual. Aceita-se degraus articulares menores que
3 mm ou abertura condilar de 5 mm. A função se deteriora em desvios em varo,
enquanto desvios em valgo se aceita até maior que 5º. O tratamento conservador
também apresenta pior resultado se a fratura de platô encontra-se associada a
instabilidade em varo ou valgo em extensão completa. A idade por si só não contra-
indica o procedimento cirúrgico. O objetivo do tratamento é obter uma mobilidade
de extensão completa a flexão de 120º. É de conhecimento que rigidez articular em
tratamento conservador de fratura de planalto tibial é conseqüência de imobilização por
períodos maiores de 6 semanas. I 1137.
- Schatzker II: Essas fraturas apresentam mais instabilidade de que fraturas em split. A
artroscopia para esses procedimentos são indicadas quando o afundamento é
central no planalto lateral, quando a cortical estiver lesada, pode–se não conseguir a
realização desse procedimento. Pode–se usar um guia de LCA para atingir com
precisão o local da depressão e com isso um melhor lugar para colocação de enxerto
ósseo ou sintético. Atualmente pode–se usar cimento bio-absorvível injetado no túnel.
Após a correção da depressão articular, pode–se realizar colocação de parafusos
canulados 3,5 mm (múltiplos). Um distrator articular pode ser usado para diminuir a
pressão lateral durante o levantamento subcondral. Flexão do joelho leva o fêmur a
realizar um rollback posterior e pode ajudar no levantamento das depressões
anteriores do planalto lateral. Placas fixas podem ser usadas em ossos osteoporóticos.
I 1137–1139.
- Schatzker III: São depressões puras. Comum em pacientes idosos, com osteoporose e
em atletas jovens. Instabilidade em valgo maior que 5º a 8º em pacientes sem
indícios de artrose é uma indicação de cirurgia. Pode–se usar um guia de LCA. I
1139.
- Shatzker V e VI: Geralmente pela energia devem ser tratadas com fixador externo
temporariamente ou fasciotomia se necessário. Fixação interna deve ser feita após a
melhora de condições de pele e pode demorar até 7 a 10 dias. Pode-se realizar via
única mediana e artrotomia sub-meniscal com separação do ligamento
intermeniscal para visualizar ambos os côndilos do planalto. Placas devem ser
colocadas lateralmente e em princípio, bilateralmente, pois o côndilo medial do
planalto suporta mais carga e deve ser estabelecido com placa. Deve-se colocar a
placa medial sobre o LCM e pata anserina para evitar o “sanduíche em osso morto“.
Em pacientes sem condições de pele para a osteossíntese interna, pode–se realizar
fixação híbrida com fixador externo e parafusos percutâneo. Lembrando que os fios
do fixador externo devem entrar a 15 mm da cabeça da fíbula para evitar infecção
articular. I 1142–1144.
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LUXAÇÃO DE JOELHO
- A maioria dos pacientes com luxação do joelho apresentam lesões associadas que
representam maior risco de vida, o que leva a muitas vezes não ser feito o diagnóstico
inicialmente. A maior parte dos autores concordam que para que ocorra a luxação
do joelho, você precisa lesar pelo menos três dos quatro estabilizadores primários do
joelho: LCM, LCL, LCA, LCP. As luxações são classificadas em : anteriores,
posteriores, mediais, laterais, combinadas , além de poderem ser classificadas em
abertas, fechadas, redutíveis e irredutíveis. As luxações irredutíveis são geralmente as
póstero-laterais, pois o côndilo femoral medial pode funcionar como um buttonholding
na cápsula. Pode também ocorrer luxações com redução espontânea recebendo o nome
de luxação oculta. T 261 –263 .
- Sobre lesões nervosas, a paralisia do nervo fibular gira em torno de 9% até 49. A
recuperação deste nervo após a lesão, também é variável em torno de 13% a 80%. Em
relação a exploração cirúrgica, as lesões mais comuns são distensão e lesão para a
qual o tratamento cirúrgico não está indicado. Poucos pacientes se beneficiam com a
neurólise.
O JOELHO DESLOCADO
CAP 49
- "O tratamento não operatório é a escolha tradicional, porque bons resultados tem sido
relatados com imobilização em brace". Essa crença foi mudada, a história tem
mostrado que o tratamento não operatório resulta em resultados ruins.
- A tendência é tratar com reconstruções precoces ou reparar, podendo ser com alo
ou autoenxerto e reabilitação agressiva. Essa reparação precoce é realizada para obter
maior estabilidade e minimizar a perda de ADM. O tempo de se realizar a cirurgia é
controverso, assim como a técnica e o reparo versus reconstrução.
- Em caso de lesão vascular, um fixador externo deve ser usado para estabilizar o
enxerto vascular. A incisão deve ser discutida com o cirurgião vascular para possíveis
intervencções futuras.
- A maioria desses casos acontece por acidentes veiculares, na série de Shelbourne, 35%
ocorrem em football (NFL), wrestling (15%) e corrida 10%. Ele também notou que
traumas de baixa energia estão associados a menores taxas de lesões vasculares 4,6%.
- Green e Allen mostraram que 86% dos pacientes tratados após 8 horas do tempo
da lesão requerem amputação. Esse índice foi comparado com os casos reparados
dentro de 8 horas.
- A artèria poplítea atravessa o espacço poplíteo e é travada no fêmur proximal no hiato
dos adutores e distalmente pelo arco fibroso cobrindo o solear.
- Para um membro ser considerado vascularizado competente, o pulso pedioso deve ser
normal a palpação apos a redução. Um pulso normal não exclui a lesão vascular,
porém um pé aquecido com boa capilaridade de enchimento com pulso anormal requer
intervenção imediata. O enchimento capilar é um indicador pobre de viabilidade
vascular porque significativamente menos fluxo sanguíneo é necessário para sustentar
a pele do que o músculo. A falta de pulso normal após a redução não deve ser atribuida
ao espasmo vasular.
- As lesões vasculares geralmente são por tração com lesão da íntima ou ruptura
completa. Kennedy relatou que a luxação anterior é mais associada com lesão de íntima
porque o vaso é estirado sobre o fêmur distal. Ele mostrou que a lesão arterial ocorre
com 50° de hiperextensão. O déficit vascular nesses casos, podem ser agudos ou lentos,
dependendo da velocidade de formação do coágulo. A luxação posterior parece ser
mais associada a lesão completa arterial. A lesão vascular pode ocorrer em todos os
tipos de deslocamento. A repetição do exame vascular é necessário pelo menos uma
vez em 24 hs de lesão.
- Lembrar que a cicatrização do LCM por avulsão tibial é mais demorada que a femoral.
- Embora não exista consenso do exato método de tratamento para essas lesões,
estudos mais recentes enfatizam estabilização operatória cedo.
- Em relação ao reparo vascular, a técnica mais usada é a ressecção da área lesada com
ponte de safena, mais fasciotomia de 4 compartimentos. O reparo ligamentar definitivo
pode ser feito 10 a 14 dias após o reparo vascular, mas isso é controverso.
- Essas lesões são excelentes indicações para aloenxerto, é que se acredita que esse
enxerto diminua a dor e a rigidez no pós-operatório.
- O autor prefere começar pelo LCP. Quando se reconstroi os dois cruzados ao mesmo
tempo, deve-se ter cuidado para não coalescer os túneis. Durante o procedimento, deve-
se identificar o ramo infra-patelar do nervo safeno a aproximadamente 01 cm
superior a linha articular, devendo ser protegido durante o procedimento.
- O LCM deve ser reparado somente na lesão grau 3 que se abre em extensão em
valgo. Dentro de 3 semanas, ele pode ser reparado no mesmo tempo da reconstrução do
LCA.
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- Em pacientes idosos, a reposição do fêmur distal com próteses para "tumor", são
geralmente necessárias pelas perdas ósseas.
- Pacientes com história de dor antes da fratura e componentes soltos devem ser
investigados para infecção com leucograma, PCR, VHS, punsão.
- A apresentação mais comum que o cirurgião vai encontrar é uma fratura supra-
condiliana de fêmur com o componente bem fixado em paciente idoso. Fraturas com
deslocamento mínimo, fraturas estáveis e impactadas são candidatas ao tratamento
conservador, com longos braces incorporando ou não o quadril para evitar a rotação.
- O desafio para a fixação com hastes e consolidação incluem a fixação distal marginal
por parafuso de travamento para cominuição e osteopenia dos fragmentos distais.
Adicinalmente, as hastes não são viáveis para implantes PS. O autor reserva essa
síntese para pacientes com componentes CR com osso suficiente distal que possa ser
colocado no mínimo 2 parafusos de bloqueio. Testes recentes demonstram que na
presença de cominuição medial, a haste retrógrada intra-medular, pode ser
mecanicamente mais estável que as placas laterais de travamento. Ocasionalmente,
hastes anterógradas podem ser usadas para fraturas peri-protéticas distais se um
fragmento distal longo está presente.
- FELIX desenvolveu uma classificação para as fraturas peri-protéticas da tíbia que são
divididas em 4 tipos baseado na localização e do status da fixação do implante. TIPO A -
fratura ao redor do implante que e radiograficamente bem fixado ; TIPO B - fraturas com
componentes frouxos; TIPO C intra-operatoriamente; fraturas TIPO I - ocorrem no
planalto tibial; TIPO II - são fraturas adjacentes a haste dos componentes; TIPO III -
ocorrem distais a hastes das próteses; TIPO IV - envolvem o TAT. As fraturas tipo I
são as mais comuns, seguidas pelo tipo II. Fraturas mais proximais cursam geralmente
com soltura do implante, e são manejadas com sucesso com cirurgia de revisão,
tipicamente envolvendo hastes passando pelo osso deficiente. Fraturas ao redor de
implantes estáveis são manejadas com sucesso pelos princípios do tratamento padrão para
fraturas de planalto. O uso de fixador externo é desencorajado pelo risco de infecção.
- As revisões, são cada vez menos realizadas, devido ao avanço das técnicas de fixação
interna, ficando praticamente restritas as solturas dos componentes, fraturas sem
componentes ósseos adequados ou pseudo-artroses que requerem as próteses chamadas
"tumor prothesis".
- Estudos demonstram que o mal alinhamento em varo, pode ser um potencial fator de
risco para fratura peri-protética da tíbia.
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- Numerosos procedimentos tem sido descrito para corrigir esses sintomas, incluindo
artrodese, ressecção da cabeça da fíbula, e reconstrução ligamentar.
- Embora artrodese seja útil para aliviar sintomas, o procedimento restringe a rotação
da fíbula, transferindo a força rotacional para o tornozelo. Essa trasnferência
predispõe a um aumento da dor no tornozelo e instabilidade. A artrodese não é
recomendada para crianças e atletas devido a constricção na rotação da fíbula. Para
permitir rotação da fíbula ao nível do tornozelo, alguns autores recomendam a
ressecção de 1,5 cm de fíbula na junção do terço proximal e médio, talvez reduzindo
o estresse na junta do tornozelo.
- Ogden propôs a ressecção da cabeça da fíbula como uma alterantiva a artrodese, que ele
acredita sobre-constrictar a rotação fibular. Esse procedimento pode estar indicado
quando sintomas do nervo fibular ou paralisia associada com subluxação tibiofibular
proximal ou deslocamento estão presentes. Esse procedimento envolve a ressecção da
cabeça e colo da fíbula, enquanto se preserva o estilóide da fíbula e a inserção do
LCL que é seguro pela tíbia subjacente. Embora esse procedimento traga alívio,
especialmente em juntas degeneradas, ela é associada com dor crônica no tornozelo e
instabilidade do joelho. A ressecção da cabeça da fíbula é contra-indicada em atletas
devido ao risco de instabilidade póstero-lateral e em crianças devido ao risco de lesão
fisária.
- Para pacientes com instabilidade crônica com sintomas recorrentes, a reconstrução das
estruturas ligamentares tem se mostrado promissora em estudos limitados.
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