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ATEC-SB
Faculdade de Tecnologia de São Bernardo do Campo

Curso Automação Industrial


Disciplina Eletricidade Aplicada a Automação Semestre 1o
Coordenador Prof. Gervásio Data
15/09/21
Professor Rômulo Oliveira Albuquerque Turno noite
Experiência 5 Gerador de Tensão Real
Aluno Acir Everton de Oliveira

Objetivos

1. Determinar experimentalmente a resistência interna e a FEM de uma pilha;

2. Levantar experimentalmente a curva característica de uma pilha;

3. Associar em serie pilhas;

4. Levantar experimentalmente a curva da potência em função da carga,


comprovando a MTP;

5. Verificar experimentalmente o comportamento de um gerador real em MTT.

Material Usado

Tinkercad

Introdução Teórica

Gerador elétrico

Gerador elétrico é um dispositivo que consegue converter diferentes formas de energia,


como energia mecânica, química e solar, em energia elétrica. O princípio de
funcionamento mais comum entre os geradores é a indução eletromagnética. Esse
processo ocorre quando um conjunto de espiras condutoras, dispostas no interior dos
geradores, são colocadas entre ímãs, de modo que a rotação dessas bobinas possa
produzir uma grande quantidade de corrente elétrica, usada para alimentar os mais
variados tipos de circuitos elétricos.

Geradores elétricos são feitos para produzir energia elétrica a partir de alguma outra fonte
de energia. No caso das pilhas, por exemplo, transformam a energia contida nas ligações
químicas em corrente elétrica, já os reatores usados nas usinas hidrelétricas ou
termoelétricas são usados dínamos, que funcionam de acordo com a lei de Faraday-Lenz.

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Os geradores elétricos podem ser classificados como geradores ideais ou
reais. Na prática, entretanto, nenhum gerador é ideal, ou seja, não existem geradores
100% eficientes, em todos eles, alguma parte da energia produzida será dissipada pela
ação das forças de atrito e pelo efeito Joule.

Geradores reais são aqueles que apresentam uma resistência interna não-nula, esses
dispositivos produzem uma diferença de potencial que é chamada
de força eletromotriz (FEM) – que não se trata de uma força, mas sim de
uma tensão elétrica, medida em volts, porém o nome foi mantido por razões históricas.
Quando ligados a circuitos elétricos, os geradores reais não conseguem estabelecer uma
diferença de potencial igual à sua FEM, a tensão produzida por eles é ligeiramente menor,
nesses casos, e é chamada de tensão útil ou utilizável.

A diferença entre a tensão que o gerador é capaz de produzir e a tensão que ele é capaz
de entregar é a energia que ele mesmo dissipa em forma de calor, vibrações e sons,
durante seu funcionamento. A medida dessa energia perdida é chamada de tensão
dissipada.

O símbolo usado para denotar os geradores ideais em circuitos elétricos é mostrado na


figura a seguir. Observe:

O símbolo usado para os geradores reais é mostrado a seguir, perceba que nesse tipo de
gerador há a indicação de uma resistência interna:

De acordo com o sentido convencional da corrente elétrica, os geradores que se


encontram ligados a circuitos elétricos devem ser percorridos do terminal de menor
potencial elétrico (sinal negativo) em direção ao terminal de maior potencial elétrico (sinal
positivo). Quando isso acontece, os portadores de carga da corrente elétrica estarão
ganhando energia enquanto atravessam o gerador.

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Balanço de energia no gerador – equação característica

A relação entre as tensões útil, total e dissipada é descrita pela equação característica
dos geradores. Trata-se de uma equação de 1º grau, em que a tensão é escrita em
função da corrente elétrica. Observe essa fórmula:

U – tensão útil (V)

ε – força eletromotriz (V)

ri – resistência interna do gerador (Ω)

i – corrente elétrica (A)

Curva característica dos geradores

A curva característica dos geradores é um gráfico que relaciona a tensão útil com a


corrente elétrica. Trata-se de uma reta descendente, como é mostrado a seguir:

Gráfico 1

icc – corrente de curto-circuito

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O gráfico mostra duas medidas particulares ε e icc. A força eletromotriz (ε) mede o
máximo potencial elétrico que o gerador é capaz de produzir. Esse valor, entretanto, só é
obtido quando o gerador está desconectado do circuito, de modo que
nenhuma energia seja dissipada pela passagem de corrente elétrica.

A corrente de curto-circuito, por sua vez, mede a máxima corrente elétrica que pode ser
produzida pelo gerador, para tanto, é necessário que os terminais do gerador sejam
diretamente conectados por um fio condutor. Esse tipo de ligação é conhecida
como curto-circuito, uma vez que a corrente elétrica não passa através dos elementos do
circuito elétrico.

A curva característica dos geradores é particularmente útil quando se deseja descobrir


qual é a resistência interna de um gerador, nesse caso, basta que a força eletromotriz (ε)
seja dividida pela corrente de curto-circuito, como mostrado na fórmula a seguir:

Potências no gerador

A potência de um gerador é a medida de quanta energia ele é capaz de converter em


energia elétrica a cada segundo. A grandeza potência é definida pela razão entre energia,
em joules, e tempo, em segundos, desse modo, é medida em joules por segundo,
também conhecida como watts (W).

Assim como ocorre no potencial elétrico, os geradores apresentam uma potência total,
uma potência útil e uma potência dissipada. Para obtê-las, basta multiplicarmos os dois
lados da equação característica dos geradores pela corrente elétrica i.

PT – potência total (W)

PU – potência útil (W)

PD – potência dissipada (W)

Rendimento do gerador

O rendimento do gerador é uma grandeza adimensional usada para determinar quão


eficiente um gerador é em fornecer energia elétrica. O rendimento é calculado pela
divisão entre a tensão útil e a força eletromotriz ou pela divisão entre a potência útil e a
potência total. Confira:

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η – rendimento do gerador

Depois de fazer a divisão entre as grandezas citadas, é possível multiplicar o resultado


obtido por 100, para expressar o rendimento do gerador na forma de porcentagem.

Procedimento Experimental

1 Gerador de tensão real

1.1. Monte o circuito da Figura 1a no TinkerCad Meça a tensão em vazio,


determinando a FEM da pilha. Anote.

1.2. Monte o circuito da Figura 1b. Meça a corrente de curto-circuito. Anote. Monte o
circuito da Figura 1a. Meça a tensão em vazio (E). Anote.

(a) (b)

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Figura 1 – ( a ) Medindo a tensão em vazio (FEM) de uma pilha ( b ) Medindo a corrente de curto-circuito
de uma pilha

E (1pilha) = 1,5 V ICC(1 pilha)= 3 A

Com os valores medidos de E e ICC, calcule a resistência interna de uma pilha. Anote.

Ri(1 pilha)= E/Icc= 0,5 Ω

1.3. Monte o circuito da Figura 2, e para cada valor de RL da tabela 1 meça a


corrente e a tensão na pilha. Com os valores de U e I obtenha o gráfico de UxI (curva
característica). A partir do gráfico obtenha a FEM, Icc e resistência interna. Use Excel
ou papel milimetrado.

Tabela 1 – Dados para obter a curva característica de 1 pilha

RL(Ω ¿ 0,1 0,25 0,5 0,75 2


U(V) 250 mV 500 mV 750 mV 900 mV 1,2 V
I(A) 2,50 A 2A 1,50 A 1,20 A 600 mA

Figura 2 - Circuito para obter a curva característica de uma pilha de 1,5 V.

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Gráfico 2 – Curva característica U x I

1.4. Para o circuito da Figura 3 meça a tensão nos terminais do gerador para RL=1,5
Ω e RL=1,5 kΩ. Justifique os valores (diferença) obtidos nos dois casos.

(a) (b)
Figura 3 - Pilha de 1,5 V com carga de ( a ) 1,5Ω ( b ) 1,5 kΩ

Justificativa:

1.5. Repita 1.1, 1.2 para 4 pilhas ligadas em serie, Figura 4.

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(a) (b)
Figura 4 - Associação serie de pilhas ( a ) Medindo a tensão em vazio (FEM) de 4 pilhas em serie ( b )
Medindo a corrente de curto-circuito de 4 pilhas em serie

E (4 pilhas) = 6 V ICC(4 pilhas)= 3 A

Com os valores medidos de E e ICC, calcule a resistência interna da associação de 4


pilhas (pilha equivalente). Anote.

Ri(4 pilhas)= E/ICC = 2 Ohms

1.6. Monte o circuito da Figura 5, e para cada valor de RL da tabela 1 meça a


corrente e a tensão na pilha. Com os valores de U e I obtenha o gráfico de UxI (curva
característica). A partir do gráfico obtenha a FEM, Icc e resistência interna. Use Excel
ou papel milimetrado

Tabela 2 – Dados para obter a curva característica de 4 pilha

RL(Ω ¿ 1 2 4 6 10
U(V) 2V 3V 4V 4.5 V 5
I(A) 2A 1.5 A 1000 mA 750 mA 500 mA

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Figura 5- Circuito para obter a curva característica de 4 pilhas de 1,5 V em série.

Gráfico 3 – Curva característica de U x I para 4 pilhas em série.

1.7. Monte o circuito da Figura 6 e para cada um dos valores de resistência de carga
(RL) da tabela 3, meça a corrente (I) e a tensão nos terminais do gerador (U). Com os
dados da tabela 3 obtenha o gráfico de P=f(RL). A partir do gráfico (ou tabela 3)

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obtenha o valor de RL para o qual a potência é máxima. Use Excel ou papel
milimetrado. Obs: *P=U.I

Tabela 3 – Dados para obter o gráfico de PxRL em uma associação serie de 4 pilhas de 1,5V

RL(Ω) I(A) U(V) P(W)*


0 3 0 0
0,5 2,4A 1,20 2,88W
V
1,0 2A 2V 4W
1,5 1,71A 2,57 4,39W
V
2,0 1,5A 3V 4,5W
2,5 1,33A 3,33 4,42W
V
3,0 1,2 A 3,6 V 4,32W
3,5 1,09A 3,82 4,16W
V
4,0 1A 4V 4W
4,5 923mA 4,15 3,82W
V
5,0 857mA 4,29 3,68W
V
6,0 750mA 4,50 3,37W
V
7,0 667mA 4,67 3,11W
V
8,0 600mA 4,8V 2,88W
9 545mA 4,91 2,67W
10 500mA 5V 2,5W
12 429mA 5,14 2,2W
V
15 353mA 5,29 1,86W
V
20 273mA 5,45 1,49W
V

Circuito para obter o gráfico de PxRL

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Figura 6 - Circuito para obter o gráfico de PxRL

Gráfico 4 - Potência em função da resistência de carga para 4 pilhas em serie .

1.8. Conclusões

1.9. Referencias

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