Você está na página 1de 36

Lisboa, 28 de Novembro 2012

Contas Trimestrais da Macaronésia

1
Lisboa, 28 de Novembro de 2012

1.Enquadramento

2.Objectivos

3.Aspectos Metodológicos

4.Alguns Resultados Preliminares

5.Considerações Finais

2
1.Enquadramento
2.Objectivos
3.Aspectos Metodológicos
4.Alguns Resultados Preliminares
5.Considerações Finais

1.Enquadramento

Projecto realizado em parceria pelo ISTAC, DREM e SREA


e co-financiado pela Comissão Europeia, no âmbito do
Programa de Cooperação Transnacional Madeira -
Açores - Canárias (PCT-MAC)2007/2013.

3
1.Enquadramento
2.Objectivos
3.Aspectos Metodológicos
4.Alguns Resultados Preliminares
5.Considerações Finais

2.Objectivos

→ Colmatar uma lacuna existente nas estatísticas regionais;

→ Trimestralizar os principais agregados macroeconómicos


das Contas Regionais Anuais (PIB, VAB e Impostos Líquidos
sobre Produtos), calculados pelo INE;

→ Antecipar estimativas desses agregados anuais cerca de


18 meses, em relação aos valores calculados pelas CER
(INE).

4
1.Enquadramento
2.Objectivos
3.Aspectos Metodológicos
4.Alguns Resultados Preliminares
5.Considerações Finais

3.Aspectos Metodológicos

3.1 Base Metodológica

3.2 Elementos fundamentais

3.3 Principais etapas

5
1.Enquadramento
2.Objectivos
3.Aspectos Metodológicos
4.Alguns Resultados Preliminares
5.Considerações Finais

3.1 Base Metodológica

→ Sistema Europeu de Contas 1995 (SEC 95)

→ Manual de Contas Trimestrais (EUROSTAT 1999)

→ Contabilidade Regional Trimestral da Cantábria (ICANE)

→ Contabilidade Nacional Trimestral (INE)

6
1.Enquadramento
2.Objectivos
3.Aspectos Metodológicos
4.Alguns Resultados Preliminares
5.Considerações Finais

O Sistema Europeu de Contas de 1995 (SEC 95) distingue entre


métodos directos e métodos indirectos de trimestralização das
Contas Anuais.

O CONTRIMAC recorre a Métodos indirectos.

Estes métodos baseiam-se na desagregação de dados anuais com


a ajuda de técnicas matemáticas e estatísticas e de indicadores
infra-anuais de referência. A escolha entre os diversos métodos
indirectos tem a ver com a minimização do erro de previsão para
o valor do ano.

7
1.Enquadramento
2.Objectivos
3.Aspectos Metodológicos
4.Alguns Resultados Preliminares
5.Considerações Finais

Ideia Básica

“ se, para cada agregado das Contas Anuais, se dispõe de


uma ou mais séries estatísticas (indicadores) de
periodicidade trimestral ou inferior, com uma evolução
similar à do correspondente agregado, é possível estimar,
econometricamente, uma relação entre as séries anuais dos
agregados e os seus indicadores, que permite obter valores
trimestrais desses agregados”

8
1.Enquadramento
2.Objectivos
3.Aspectos Metodológicos
4.Alguns Resultados Preliminares
5.Considerações Finais

3.2 Elementos fundamentais

→ Dados
Valores Anuais do PIB, VAB e Impostos, das CER (INE)
Indicadores infra-anuais regionais
Deflatores para cada actividade

→ Métodos
Análise ARIMA uni-variante
Técnicas de extracção de sinais
Cálculo de Indicadores Sintéticos - Método de Granger e Newbold
Métodos de desagregação temporal – Método de Denton
Construção de Índices de Volume Encadeados – Annual Overlap Technique

9
1.Enquadramento
2.Objectivos
3.Aspectos Metodológicos
4.Alguns Resultados Preliminares
5.Considerações Finais

3.3 Principais Etapas

Selecção das Actividades e Indicadores

Tratamento das Séries Temporais

Cálculo dos Indicadores Sintéticos

Desagregação temporal/trimestralização

Cálculo dos Índices de Volume Encadeados

Validação – consistência e comparações

10
3.3.1 Actividades e Indicadores
3.3.2 Tratamento das séries temporais
3.3.3 Indicadores Sintéticos
3.3.4 Desagregação temporal
3.3.5 Índices de Volume Encadeados

Selecção das Actividades

Ramos da CNT (INE)

Harmonizar
com a DREM e o ISTAC

Indicadores infra-anuais Factores a ter


disponíveis em conta

Não detalhar demais


Não agregar demais

11
3.3.1 Actividades e Indicadores
3.3.2 Tratamento das séries temporais
3.3.3 Indicadores Sintéticos
3.3.4 Desagregação temporal
3.3.5 Índices de Volume Encadeados

Selecção dos Indicadores

Maior correlação com o VAB Frequência infra-anual


da actividade

Desfazamento temporal
Séries longas Critérios mínimo
(desde 1995, pelo menos)

Qualidade estatística Disponibilidade futura


da série

12
3.3.1 Actividades e Indicadores
3.3.2 Tratamento das séries temporais
3.3.3 Indicadores Sintéticos
3.3.4 Desagregação temporal
3.3.5 Índices de Volume Encadeados

Peso no VAB
Ramos de
Total (2010) Indicador(es) seleccionado(s) Periodicidade
Actividade
(%)

Leite entregue nas fábricas (1000l) Mensal

Agricultura e Pesca 9,40 Gado bovino abatido (Kg) Mensal

Pesca descarregada total s/ tunídeos (ton) Mensal

Produção de energia (MWh) Mensal


Indústrias
Produção de produtos lácteos (ton) Mensal
transformadoras e 9,36
Energia Consumo de energia na Industria Transformadora
Mensal
(MWh)

Nº de empregados na Construção Civil Trimestral


Construção 6,32
Venda de cimento total (ton) Mensal

Nº de dormidas na Hotelaria Tradicional e TER Mensal

Passageiros desembarcados por via aérea Mensal


Serviços 74,92
Depósitos efectuados (série deflaccionada) Trimestral

Nº de empregados no Sector Terciário Trimestral

13
3.3.1 Actividades e Indicadores
3.3.2 Tratamento das séries temporais
3.3.3 Indicadores Sintéticos
3.3.4 Desagregação temporal
3.3.5 Índices de Volume Encadeados

Peso no VAB
Total
Ramos de Actividade Indicador(es) seleccionado(s) Periodicidade
(2010)
(%)

Leite entregue nas fábricas (1000 l) Mensal


Agricultura e Pesca 9,40 Gado bovino abatido(kg) Mensal
Pesca descarregada total s/ tunídeos (ton) Mensal
Produção de energia(Mwh) Mensal
Indústrias
Produção de Produtos lácteos (ton) Mensal
transformadoras e 9,36
Energia Consumo de energia na Industria Transformadora
Mensal
(Mwh)
Nº de empregados na Construção Civil Trimestral
Construção 6,32
Venda de cimento total (ton) Mensal
Nº de dormidas na Hotelaria Tradicional e TER Mensal
Comércio, Alojamento,
Restauração e 24,95 Nº de Empregados no Comércio Trimestral
Transportes
Passageiros desembarcados por via aérea (nº) Mensal
Empréstimos concedidos (série deflaccionada)
Trimestral
Actividades financeiras (Milhões de euros)
12,22
e Imobiliárias Depósitos efectuados (série deflaccionada) (Milhões
Trimestral
de euros)
Salários na Ad. Pública (série deflaccionada) (euros) Mensal
Outros Serviços 37,76 14
Nº de Empregados na Ad. Pública + Educação +
Trimestral
Saúde
3.3.1 Actividades e Indicadores
3.3.2 Tratamento das séries temporais
3.3.3 Indicadores Sintéticos
3.3.4 Desagregação temporal
3.3.5 Índices de Volume Encadeados

Para além dos indicadores, foi selecionado um deflator para


cada actividade:

ICCNH – Índice de Custo da Construção Nova para Habitação

IPPA- Índice de Preços da Produção Agrícola

IPPI – Índice de Preços da Produção Industrial

IPC – Índice de Preços no Consumidor (Energia, Hotéis, cafés e

restaurantes, Transportes, Outros bens e serviços)

Todas as séries recolhidas (indicadores e deflatores) no âmbito do


CONTRIMAC, referem-se ao período de Janeiro/95 a Setembro/2012.

15
3.3.1 Actividades e Indicadores
3.3.2 Tratamento das séries temporais
3.3.3 Indicadores Sintéticos
3.3.4 Desagregação temporal
3.3.5 Índices de Volume Encadeados

Tratamento das séries temporais


Os procedimentos utilizados seguem as recomendações
contidas no Manual de Contas Trimestrais (EUROSTAT, 1999)

Programas utilizados : TRAMO-SEATS


TRAMO – Times Series Regression with Arima Noise,
Missing Observations and Outliers – programa de previsão (até
2 anos) a partir de modelos de regressão baseados em séries temporais
eventualmente contaminadas por valores atípicos (outliers) ou em falta
(missing values).

SEATS – Signal Extraction in ARIMA Time Series –


programa de estimação e decomposição da série nas componentes não
observadas (tendência-ciclo, sazonal e irregular), a partir de técnicas de
extracção de sinais aplicadas a modelos ARIMA.
Os dois programas utilizam-se em conjunto.

16
3.3.1 Actividades e Indicadores
3.3.2 Tratamento das séries temporais
3.3.3 Indicadores Sintéticos
3.3.4 Desagregação temporal
3.3.5 Índices de Volume Encadeados

Construção de Indicadores Sintéticos

Objectivo: Desagregação trimestral dos agregados anuais das CER


(VAB de cada actividade) e previsão de VAB anuais ainda não
calculados pelas CER.

Ferramenta de trabalho: ficheiro em Excel fornecido pelo ICANE e


adaptado ao CONTRIMAC por cada um dos parceiros.

Inputs: Indicadores simples e Deflatores, mensais ou trimestrais


(valores O, CT e AE, outputs do Tramo-Seats).

Métodos utilizados: Granger e Newbold ; Denton.

17
3.3.1 Actividades e Indicadores
3.3.2 Tratamento das séries temporais
3.3.3 Indicadores Sintéticos (IS)
3.3.4 Desagregação temporal
3.3.5 Índices de Volume Encadeados

Método de Granger e Newbold

Procedimento simples e flexível para a combinação de indicadores,


obtendo-se estimativas da evolução de um agregado a partir da
ponderação das estimativas individuais de cada um dos
indicadores que o caracterizam.

Obtenção dos ponderadores de agregação, para a construção dos


indicadores sintéticos anuais e trimestrais:

O peso de cada indicador no IS é inversamente proporcional ao erro


da sua regressão com o VAB da respectiva actividade.

Peso = 1/erro da regressão de cada indicador com o VAB/∑ 1/erros


de todos os indicadores

Ponderador = Peso do indicador/ ∑ pesos de todos os indicadores

18
3.3.1 Actividades e Indicadores
3.3.2 Tratamento das séries temporais
3.3.3 Indicadores Sintéticos
3.3.4 Desagregação temporal
3.3.5 Índices de Volume Encadeados

Desagregação temporal – trimestralização


MDT MDT
sem indicadores baseados em indicadores

Métodos de Métodos
ajustamento baseados em modelos

Denton (1971)

Método de Denton – duas etapas: primeira, estimativa das séries


trimestrais a partir dos indicadores e depois, recorrendo a um critério de
optimização, corrige-se esta estimativa preliminar até se conseguir que a
soma dos valores trimestrais coincida com o valor anual (ferramenta de
ajustamento iteractivo Solver do Excel).

19
3.3.1 Actividades e Indicadores
3.3.2 Tratamento das séries temporais
3.3.3 Indicadores Sintéticos
3.3.4 Desagregação temporal
3.3.5 Índices de Volume Encadeados

Outputs desta etapa:

 6 séries de VAB trimestrais, por actividade:

Série original

Série ciclo-tendência

Série corrigida da sazonalidade

Cada uma delas a preços correntes e constantes.

 Estimativa do VAB anual, para cada actividade, a partir do


indicador sintético

20
3.3.1 Actividades e Indicadores
3.3.2 Tratamento das séries temporais
3.3.3 Indicadores Sintéticos
3.3.4 Desagregação temporal
3.3.5 Índices de Volume Encadeados

Cálculo de Índices de Volume Encadeados

Pela Decisão da CE 98/715, as medidas de volume encadeadas


tornaram-se obrigatórias na transmissão de dados dos INE para o
EUROSTAT.

Evitar os problemas dos Índices de Laspeyres e de Paasche –


mudanças na estrutura de ponderadores do ano base ou do ano
actual.

Os índices de volume encadeados são construídos, em cadeia, por


variações entre o período base 0 e t, não havendo pois um ano base,
mas sim um ano referência a que se atribui o valor 100.

Annual Overlap Technique – utilizam-se como referência para as


estimativas trimestrais em volume, os valores médios dos quatro
trimestres do ano anterior.

21
3.3.1 Actividades e Indicadores
3.3.2 Tratamento das séries temporais
3.3.3 Indicadores Sintéticos
3.3.4 Desagregação temporal
3.3.5 Índices de Volume Encadeados

Otputs finais

Índices de Volume encadeados, trimestrais e anuais (ano de


referência 2006) de:

PIB pm na óptica da Produção e seus componentes (VAB e Impostos


líquidos sobre produtos)
Dados brutos
Dados corrigidos da sazonalidade
Dados tendência-ciclo
Taxas de variação inter-anual
Taxas de variação inter-trimestral

O mesmo a Preços Correntes.

Todos os valores são validados em termos de consistência temporal e


transversal.
22
1.Enquadramento
2.Objectivos
3.Aspectos Metodológicos
4.Alguns Resultados Preliminares
5.Considerações Finais

4. Alguns Resultados Preliminares

Gráficos comparativos RAA/País:

 Índices de volume encadeados trimestrais (2006=100)


Valores corrigidos da sazonalidade
Taxas de variação homóloga (%)

PIB pm
Agricultura e Pescas
Indústria e Energia
Construção
Serviços
Impostos Líquidos sobre os Produtos

 PIBpm anual a preços correntes – Taxas de variação anual (%)

23
1.Enquadramento
2.Objectivos
3.Aspectos Metodológicos
4.Alguns Resultados Preliminares
5.Considerações Finais

24
1.Enquadramento
2.Objectivos
3.Aspectos Metodológicos
4.Alguns Resultados Preliminares
5.Considerações Finais

25
1.Enquadramento
2.Objectivos
3.Aspectos Metodológicos
4.Alguns Resultados Preliminares
5.Considerações Finais

26
1.Enquadramento
2.Objectivos
3.Aspectos Metodológicos
4.Alguns Resultados Preliminares
5.Considerações Finais

27
1.Enquadramento
2.Objectivos
3.Aspectos Metodológicos
4.Alguns Resultados Preliminares
5.Considerações Finais

28
1.Enquadramento
2.Objectivos
3.Aspectos Metodológicos
4.Alguns Resultados Preliminares
5.Considerações Finais

29
1.Enquadramento
2.Objectivos
3.Aspectos Metodológicos
4.Alguns Resultados Preliminares
5.Considerações Finais

30
1.Enquadramento
2.Objectivos
3.Aspectos Metodológicos
4.Alguns Resultados Preliminares
5.Considerações Finais

31
1.Enquadramento
2.Objectivos
3.Aspectos Metodológicos
4.Alguns Resultados Preliminares
5.Considerações Finais

- Taxa de variação anual

32
1.Enquadramento
2.Objectivos
3.Aspectos Metodológicos
4.Alguns Resultados Preliminares
5.Considerações Finais

Pontos fortes

 Projecto pioneiro ao nível regional;

 Utilidade em termos de planeamento da economia regional;

 Integração num projecto mais vasto, incluindo a Madeira e as


Canárias;

 Complexidade metodológica – formação, motivação e desafio


para os técnicos envolvidos;

 Contribuição para um diálogo com o INE sobre o valor do PIB


anual regional.

33
1.Enquadramento
2.Objectivos
3.Aspectos Metodológicos
4.Alguns Resultados Preliminares
5.Considerações Finais

Fragilidades

 A utilização de métodos indirectos =>contas anuais de qualidade;

 Indicadores infra-anuais e deflatores: inexistência, falta de


disponibilidade, falta de qualidade estatística, atraso na
disponibilização, quebras de série, baixa correlação com o VAB da
actividade;

 Anualização do VAB a partir dos dados do 1º trimestre, no início


de cada ano.

34
1.Enquadramento
2.Objectivos
3.Aspectos Metodológicos
4.Alguns Resultados Preliminares
5.Considerações Finais

Desafios e perspectivas futuras

Trabalho, em conjunto com o INE, no sentido de melhorar as estimativas dos agregados


das Contas Regionais, nomeadamente os Impostos;

Trabalho ao nível da cobertura, qualidade e disponibilidade dos indicadores infra-anuais e


deflatores;

Utilização de nova metodologia para a trimestralização (Método de Chow Lin);

Trimestralização de outros agregados das Contas Regionais;

Mudança de base para 2011, acompanhando o INE;

Disponibilização do PIB trimestral e respectivos índices de volume encadeados numa base


sistemática em n+60 dias, a partir do 1ºtrimestre de 2013;

Sensibilização dos decisores regionais para a utilização desta ferramenta no planeamento


da economia regional.

35
Obrigada pela vossa atenção!

Isabel Cristina Monjardino


isabel.cristina@ine.pt

36

Você também pode gostar