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A ADMINISTRAÇÃO E O
COMPORTAMENTO HUMANO
NAS ORGANIZAÇÕES
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MAIA, Anneliese

SST A administração e o comportamento humano nas


organizações / Anneliese Maia

Ano: 2020

nº de p. 10

Copyright © 2020. Delinea Tecnologia Educacional. Todos os direitos reservados.


A ADMINISTRAÇÃO E O
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COMPORTAMENTO HUMANO
NAS ORGANIZAÇÕES

APRESENTAÇÃO
Neste momento vamos entender os conceitos do comportamento humano aliado às
teorias da administração, no sentido de poder conhecer suas diferenças e aplicações.
A partir disso, podemos relacionar os objetivos pessoais com as necessidades das
dinâmicas empresariais e suas importâncias na busca por resultados organizacionais.

Para isso, é importante conhecer as teorias da administração, suas formas de


aplicação em cada tipo de negócio e seus impactos no comportamento humano. E
além disso, o contrário, de como as pessoas contribuem no processo de gestão de uma
empresa, levando em consideração as interações, a sinergia, as emoções e, claro, o
comportamento humano.

COMPETÊNCIAS
A prática da administração objetiva o alcance de resultados organizacionais por meio
das pessoas. Para tanto, buscam-se conhecimentos, habilidades, mas, especialmente,
atitudes que conduzam o colaborador à ação efetiva. É importante, portanto, alinhar o
trabalho desenvolvido na organização, para que caminhem sempre na mesma direção.

O conceito de competência na visão de diversos autores está associado ao tripé


denominado CHA (Conhecimento, Habilidade e Atitude), que visa a lidar com a alta
competitividade do mercado organizacional de forma a investir no potencial dos seus
colaboradores a partir de seu desenvolvimento, seja por treinamento ou outros meios.
(BITENCOURT, 2011).
CHA – Conhecimento, Habilidade e Atitude

Fonte: Plataforma Deduca (2017)

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Há muitas traduções para o termo competência. Para Fleury e Fleury (2000 apud
BITENCOURT, 2011, p. 181), competência é definida como “[...] um saber agir
responsável e reconhecido, que implica mobilizar, integrar, transferir conhecimentos,
recursos, habilidades que agreguem valor econômico à organização e valor social
ao indivíduo”.

Ao reconhecermos os atributos da palavra competência, podemos agora identificar


que a atitude consiste na principal variável relacionada ao comportamento humano.

COMPORTAMENTO HUMANO
O comportamento humano corresponde à capacidade de uma pessoa se relacionar
e interagir com as outras pessoas e organizações. O campo do comportamento
organizacional, por sua vez, vai estudar como as pessoas desempenham suas
atividades organizacionais e como se relacionam entre si (JOHANN, 2013).

Para administrar uma organização, começa-se por desenvolver a sua missão, visão
e valores. Esses elementos iniciais irão moldar o corpo organizacional, ou seja, qual
o posicionamento da organização, aonde ela deseja chegar e de que forma os seus
componentes irão atuar para alçarem à efetividade a que se propõem.

Estrutura organizacional

Fonte: Plataforma Deduca (2017).

Algumas teorias organizacionais auxiliam no entendimento da estrutura


e funcionamento das organizações de maneira que permitem entender as
características das organizações, as relações entre as pessoas nesse contexto e
também a interação das pessoas com as suas tecnologias.

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Saiba mais
São as teorias que descrevem como as organizações trabalham e
prescrevem como elas deveriam trabalhar (SPECTOR, 2006).

O estudo da parte teórica da administração auxilia no entendimento de que as


pessoas são completamente adaptáveis ao ambiente organizacional e irão se
comportar conforme o meio lhes proporcione abertura para expressar mais ou
menos os seus conhecimentos, habilidades e atitudes.

Saiba mais
Você sabia que a organização é influenciada pelas forças e
fraquezas internas do seu ambiente organizacional e pelas
oportunidades e ameaças do ambiente externo? Se desejar saber
sobre esse assunto, pesquise sobre a Análise de Swot e entenda
como o ambiente interfere sobre a dinâmica organizacional.

O comportamento humano é influenciado por uma série de aspectos, tais como pelos
grupos sociais em que conviveu no passado ou que convive ainda hoje, pelas crenças
individuais que limitam a sua visão de mundo, como pelos seus condicionamentos
estabelecidos ao longo da vida, dentre outros aspectos também relacionados com a
sua emotividade e com o contexto no qual o indivíduo está inserido.

Ao reconhecer que o profissional é influenciado por diversos meios e que carrega


esse comportamento para a organização, a forma de administrá-los torna-se mais
palpável, pois se passa a lidar com o ser humano como um ser único e precioso,
que merece atenção às suas particularidades, uma vez que, de fato, poderá gerar
riqueza e resultados à organização.

TEORIAS ADMINISTRATIVAS
Estudar a teoria é um grande passo para conquistar a efetividade organizacional.
Muitos estudiosos e pesquisadores buscaram por meio da teoria, desenvolver a
maneira ideal de atuar na prática. Conquanto na vida real a teoria não se mostre

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tão factual, os principais causadores dessa incoerência, entre teoria e prática,


sejam as pessoas.

As teorias administrativas buscaram construir modelos ideais de produtividade


e sucesso. A importância de estudarmos essas teorias contribuirá para fundar
um raciocínio linear sobre como as organizações foram se transformando e
evoluindo, especialmente no que tange ao seu relacionamento com as pessoas
que nela trabalham.

Conforme Johann (2013), a administração abrigou diversos estudos relacionados


ao comportamento e o incorporou em sua teoria e nos fundamentos relacionados à
gestão de pessoas.

Dessa forma, percebe-se uma relação íntima entre o comportamento humano


e a administração, uma vez que as empresas só existem pelas pessoas. Os
trabalhadores tradicionais permanecem cerca de oito horas por dia dentro de
uma empresa, um pouco mais ou um pouco menos, dependendo de cada tipo
de trabalho.

Para compreender as organizações, vamos abordar, neste estudo, quatro enfoques,


conforme apresenta Spector (2006), que são burocracia, teoria X e Y, teoria dos
sistemas abertos e a teoria dos sistemas sociotécnicos.

Vamos conhecer sobre cada um desses enfoques administrativos na sequência.

Burocracia: Conforme Spector (2006), a burocracia surgiu com o objetivo de


organizar os procedimentos administrativos por meio de divisão do trabalho, da
delegação de autoridades, do aumento do controle sobre todas as funções. Com
a divisão do trabalho, os colaboradores tiveram as suas atividades reduzidas e
puderam se especializar nas funções que lhes eram atribuídas. A delegação de
autoridades concedeu diferentes escalas evolutivas para a organização, algumas
pessoas serão submetidas a outras hierarquicamente, a exemplo da utilização
dos organogramas. O aumento de controle está relacionado à quantidade de
pessoas que estão sob o comando de um supervisor. A intensidade do controle
depende do nível de domínio das funções dos supervisionados, bem como
do estilo diretivo do supervisor, que poderá ser mais ou menos participativo.
Percebe-se que, por meio da burocracia, o comportamento dos indivíduos
encontra-se bastante limitado e restrito a rígidos padrões de atuação na
organização, basicamente respondendo às ordens de um supervisor e sem
flexibilidade para atuar de acordo com a sua individualidade.

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Teoria X e Y: De acordo com Spector (2006), essa teoria tem como premissa
básica que as atitudes e crenças dos superiores hierárquicos influenciam
diretamente o comportamento dos seus colaboradores. A teoria X é diferente
da teoria Y: enquanto a primeira declara que, se o gestor não tiver uma postura
rígida sobre o colaborador, este, não irá produzir, a segunda afirma que o
gestor é que deve fornecer condições propícias ao desenvolvimento de um
bom trabalho pelos supervisionados. Certamente, em cada um dos casos, a
reação dos colaboradores será diferente, mas, nessa teoria, sempre levando em
consideração que a atitude dos gestores é que desencadeará o comportamento
resposta dos colaboradores. McGregor, autor da teoria, diz que há um progresso,
lento, da teoria X, em direção à Y.

Teoria dos sistemas abertos: todas as organizações atuam por meio de


sistemas abertos, ou seja, ocorre uma constante troca do ambiente interno da
organização, com o ambiente externo a ela. A partir dessa teoria, deu-se início
a uma interação maior entre os componentes da organização. Há provimento
de energia e de bens e serviços do lado externo (clientes, fornecedores, investi-
dores) para o interno da organização (funcionários, maquinários, tecnologia), se
dá também o movimento inverso, promovendo a sua sobrevivência no mercado
competitivo (SPECTOR, 2006).A importância dessa ampla rede de trocas impacta
sobre o comportamento humano abrindo o horizonte de possibilidades de
atuação, ou seja, maior possibilidade de negociação, de criação, produção, já
que o profissional reconhece as particularidades de cada sistema, agrega o que
interessa para o seu lado e aprimora as carências identificadas.

Sistemas abertos

Fonte: Plataforma Deduca (2017).

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A teoria dos sistemas sociotécnicos: ainda segundo Spector (2006), trata-se da


relação das pessoas com a tecnologia. Essa interação está cada dia mais alta,
mas também mais distantes, já que as modernas tecnologias têm afastado os
homens do seu relacionamento interpessoal, que passam a utilizar muito mais
computadores e outras ferramentas de apoio ao trabalho, porém individual
e independentemente. Apesar da menor interatividade, ainda se percebem
efeitos positivos nessa teoria quanto à produtividade, custos e atitude do
colaborador. O comportamento humano neste momento é caracterizado por
maior autossuficiência, no qual se estabelece a confiança sobre os seus próprios
potenciais e uma atitude mais assertiva diante os imprevistos.

Com o estudo das teorias, entende-se que o comportamento humano é adaptável


às mais diversas situações, pois as empresas passaram por diferentes épocas em
que a administração influente, ora era mais flexível, ora era mais autoritária e, em
todas as fases, os profissionais deram resultados.

Assim como as pessoas mudam os seu hábitos e comportamentos, a maneira de


administrá-las deve seguir o mesmo caminho. As teorias administrativas buscam
atualizar a área de gestão de pessoas continuamente, proporcionando melhores
condições de trabalho aos indivíduos, bem como auxiliando as organizações a lidar
com o universo imprevisível dos seus colaboradores.

A partir do momento em que o gestor sente confiança no trabalho do profissional,


este sente-se mais seguro para atuar mesmo que venha a errar. Contudo, quando
sob extrema vigília e falta de autonomia, o colaborador fica engessado nas suas
decisões e comportamentos, podendo levá-lo a um comportamento de estresse,
ansiedade e reatividade.

Conforme Bitencourt (2011), a mudança de comportamento é fundamental para


que os objetivos sejam alcançados. Para isso, programas de aprendizagem e
desenvolvimento de pessoas devem ser implementados, de forma que envolva
todos os aspectos da organização, tais como espírito empreendedor, orientação
para o mercado, liderança, dentre outros.

Dessa forma, percebe-se uma interdependência entre organização e colaborador


que, de ambos os lados, almejam alcançar os seus objetivos particulares, um
mediante o outro.

As pessoas são diferentes umas das outras, tanto na sua forma de pensar como
em comportamento. Quanto mais pessoas trabalham em uma organização, mais
complexa será a sua administração (REGATO, 2014).

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Fechamento
Vimos a importância das teorias da administração para o bom desempenho de uma
empresa, bem como suas influências no comportamento humano e das equipes
para a execução do trabalho; O comportamento humano é influenciado por uma
série de aspectos, tais como pelos grupos sociais em que conviveu no passado
ou que convive ainda hoje, pelas crenças individuais que limitam a sua visão de
mundo, como pelos seus condicionamentos estabelecidos ao longo da vida, dentre
outros aspectos também relacionados com a sua emotividade e com o contexto no
qual o indivíduo está inserido.

Ao reconhecer que o profissional é influenciado por diversos meios e que carrega


esse comportamento para a organização, a forma de administrá-los torna-se mais
palpável, pois se passa a lidar com o ser humano como um ser único e precioso,
que merece atenção às suas particularidades, uma vez que, de fato, poderá gerar
riqueza e resultados à organização.

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Referências
BITENCOURT, C. Gestão contemporânea de pessoas: novas práticas, conceitos
tradicionais. Porto Alegre: Bookman, 2011.

JOHANN, S. L. Comportamento organizacional: teoria e prática. São Paulo: Saraiva, 2013.

REGATO, V. C. Psicologia nas organizações. Rio de Janeiro: LTC, 2014.

SPECTOR, P. E. Psicologia nas organizações. São Paulo: Saraiva, 2006.

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