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POLÍTICA INTERNACIONAL

Estados Unidos - Política Externa


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ESTADOS UNIDOS - POLÍTICA EXTERNA

EDITAL PONTO 6. ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA

Parte I - Política externa

1. ORIENTE MÉDIO E TERRORISMO FUNDAMENTALISTA ISLÂMICO

Governo Bush:

• Atentado ao World Trade Center


– Foco da agenda de segurança

Os atentados ao World Trade Center criaram uma dinâmica no foco securitário da política
externa norte-americana no terrorismo. Tratava-se de uma política muito intervencionista que
levou à derrubada de governos e aumento do número de guerras.

Governo Obama:

• Início do primeiro mandato: tentativa de rebalanceamento. No governo Obama há uma


tentativa de reduzir a importância do terrorismo.
– Retirada de tropas do Iraque e Afeganistão (parcial)
– A revolução energética ocorre nos EUA, principalmente com produção de gás de
xisto, o que deu alguma autonomia em relação àqueles interesses tradicionalmente
estratégicos no Oriente Médio (importação de petróleo).

• Fins do primeiro mandato


– Crises no Oriente Médio e Norte da África (Primavera Árabe)
5m
– Região exigiu – e recebeu – atenção norte-americana. Surgimento do Estado Islâmico.

• Síria: engajamento menos energético. Houve um engajamento menos estratégico,


porque não foi o intervencionismo tradicional que os Estados Unidos demonstraram
na era Bush.
– Treinamento e apoio a grupos oposicionistas
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– Críticas Arábia Saudita: os sauditas são sunitas, e esses eram excluídos do governo
de maioria de orientação xiitas na Síria. Por isso, a Arábia Saudita tinha um interesse
na queda dos alauítas do Assad, que dominam a Síria a tanto tempo. A Arábia Sau-
dita queria uma intervenção mais energética dos EUA e não conseguiu.
– Era a vez da Arábia Saudita receber um assento rotativo no Conselho de Segurança
das Nações Unidas e ela recusou como forma de protesto.

• O governo Obama havia traçado como “linha vermelha” na guerra na Síria o uso de
armas químicas. Apesar do uso comprovado de armas químicas pelo regime sírio,
Obama preferiu uma solução diplomática para a crise química na Síria.
• Irã: Joint Comprehensive Plan of Action – JCPOA. houve a tentativa de um engaja-
mento mais construtivo com o Irã durante o governo Obama. Tratava-se de um prag-
matismo, ao reduzir a carga de sanções, o sentimento negativo que tinha nessa rela-
ção, ao mesmo tempo, resguardando os interesses securitários norte-americanos,
pois o Irã, como uma potência nuclear, é uma ameaça aos interesses daquele país.
10m
Os EUA, integrando o P5+1, cinco membros com assento permanente no Conselho de
Segurança, mais a União Europeia. A Alemanha também participou desse engajamento
e fez o acordo JCPOA, que traz uma nova dinâmica na região. O Irã iria diminuir a sua
quantidade de enriquecimento, quantidade, volume, desabilitar algumas de suas usinas
em troca de algum relaxamento das sanções internacionais que existiam sobre eles.
– Críticas Israel. Assim como a Arábia Saudita, tradicional aliado norte-americano, criticou
a forma pela qual o governo Obama atuou na Síria, Israel criticou essa ação feita no Irã.
– Apesar de manter uma atuação em prol de “regime change”, os EUA não adotam
medidas concretas contra líderes que permanecem no poder

Governo Trump:

• Continuidade: tendência menos intervencionista. O governo Obama queria fazer o


rebalanceamento da política externa, e foi impedido pelos fatos. Isso não fez com que
o terrorismo e o Oriente Médio fossem considerados, em termos de defesa e segu-
rança, o principal foco de interesse norte-americano.
– Redução da presença militar americana na Síria e no Afeganistão
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• Síria
– Ofensiva exitosa contra o Estado Islâmico (2017)
– Retirada de tropas do nordeste da Síria (2019). As tropas que estavam lá eram um
número pequeno, de apoio e treinamento. Eles tinham um principal aliado na região,
os curdos. Assim que eles deixam a região, os curdos ficarão à mercê dos turcos,
que diminuíram sua autonomia.
15m
– Curdos: assassinato de Abu Bakr al-Baghdadi (2019), líder do Estado Islâmico.

• Afeganistão (Taliban)
– Agreement for Bringing Peace to Afghanistan (2020): as tropas dos EUA e da OTAN
seriam retiradas do Afeganistão em troca de o Talibã evitar que a Al Qaeda atuasse
nas áreas sob seu controle e iniciaria um diálogo mais forte com o governo afegão.
O objetivo geral era reduzir o engajamento americano nesses conflitos regionais.
– Retirada de tropas x controle al-Qaeda / diálogo político

• Rupturas: reaproximação de aliados históricos. Se o governo Obama via o Irã como


uma oportunidade e Israel como um desafio, o governo Trump fez uma reversão dessa
perspectiva.
• Israel
• Processo de Paz: havia a perspectiva, por muito tempo, de que a estabilidade, segu-
rança e paz na região dependia previamente de um acordo entre Palestina e Israel.
Trump muda isso.
– Mediação dos acordos com Emirados Árabes Unidos, Bahrein, Marrocos e Sudão.
Antigamente, Egito e Jordânia eram os únicos países da região que tinham relações
diplomáticas com Israel. Para que essa mudança acontecesse, o governo Trump
reconheceu a soberania do Marrocos sobre o Saara ocidental e excluiu o Sudão da
lista de países que abrigavam o terrorismo.
– Expansão dos assentamentos: silêncio.
– Plano de Paz no Oriente Médio (2020)

• Simbolismo político
– Mudança da embaixada de Tel Aviv para Jerusalém;
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– Reconhecimento soberania se Israel sobre as colinas de Golã: tratava-se de um ter-


ritório Sírio invadido na Guerra dos Seis Dias, está além da linha verde que definia
a fronteira pacificada em termos internacionais, e havia, inclusive, uma resolução do
Conselho de Segurança das Nações Unidas que estabelecia que Golã era da Síria;
– Fechamento escritório de representação palestino em Washington;
– Suspensão do financiamento de projetos humanitários nos territórios ocupados;
– Retirada do Conselho de Direitos Humanos da ONU. A justificativa é que o Conselho
de Direitos Humanos teria um preconceito histórico contra Israel, e que não há um filtro
de quem se senta lá. China e Venezuela não compõem o Conselho por causa das crí-
ticas que os EUA fazem à violação de direitos humanos nos seus próprios territórios.
20m

• Irã
– Retirada do Acordo Nuclear
– Imposição de novas sanções: a guarda revolucionária iraniana foi designada como
uma entidade terrorista. Por causa do acordo, havia uma exceção de que determina-
dos países poderiam adquirir certos volumes de petróleo iraniano. O governo Trump
reverteu essa autorização, de modo que a empresa e o país que compram esse
petróleo podem sofrer sanções.
– Assassinato do general iraniano Qasem Soleimani. Ele compôs a guarda revolucioná-
ria. Houve um atentado à embaixada dos EUA no Iraque e a morte do Soleimani ocorre
em um bombardeio feito pelas forças norte-americanas em um aeroporto iraquiano.

• Arábia Saudita
– Veto a propostas do Congresso contrárias aos interesses sauditas: logo que o Trump
assume a presidência, havia propostas do Congresso norte-americano que iriam
contra interesses da Arábia Saudita no Iêmen. A Arábia Saudita apoiava as forças
pró-governo sunitas no Iêmen. As propostas eram no sentido de que os EUA não
poderiam mais intervir de alguma maneira no conflito do Iêmen, e nem enviar armas
para a Arábia Saudita.
– Envio de tropas, jatos e compartilhamento de tecnologia balística. Isso acontece na
esteira de ataques à amazona produtiva de petróleo na Arábia Saudita atribuída a
forças iranianas.
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Governo Biden:

“We’re also stepping up our diplomacy to end the war in Yemen, a war which has created huma-
nitarian and strategic catastrophe. I’ve asked my Middle East team to ensure our support for the
United Nations led initiative to impose a cease fire, open humanitarian challenges and restore
long dormant peace talks”.
“At the same time, Saudi Arabia faces missile attacks, UAV strikes, and other threats from Ira-
nian supplied forces in multiple countries. We’re going to continue to support and help Saudi Ara-
bia defend its sovereignty, and it’s territorial integrity and its people”. (Joe Biden, “America is Back”)

Os EUA não se afastaram da Arábia Saudita durante o governo Obama. Houve atritos, o
que é normal. Talvez se esteja chegando a um meio termo.

• Retomada da ajuda financeira à Palestina e a U.N. Relief and Works Agency


25m
• Volta ao Acordo Nuclear? O governo Biden manifestou interesse em sentar-se nova-
mente à mesa com o governo iraniano. É improvável que o acordo seja renegociado
nas mesmas bases das negociadas pelo Obama. Os EUA podem querer maiores res-
trições à capacidade iraniana de enriquecer o material nuclear, as restrições podem
durar mais tempo etc.

2. CHINA E INDO–PACÍFICO

Anos 2000:
• Ascensão chinesa;
• Sul e sudeste asiático são regiões globalmente importantes;
• Potências nucleares (Índia, Rússia, China, Paquistão e Coreia do Norte “Rob State”);
• 50% do PIB mundial até 2050;
• Maior parte dos principais parceiros comerciais dos EUA.

Governo Obama:

• “Asia-Pacific Pivot”

The “strategic pivot” or rebalancing, launched in 2010, is premised on the recognition that the lion’s
share of the political and economic history of the 21st century will be written in the Asia-Pa-
cific region.
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• Visitas presidenciais ao Sul-Sudeste da Ásia;


• Acordos comerciais, de cooperação e transferência de tecnologia, militares;
• Compromisso claro com o engajamento militar na região (desde a 2ª Guerra Mundial);
• Conflitos territoriais da China com Japão, Coreia do Sul, Malásia e Filipinas: há uma
tendência da China em querer resolvê-los unilateralmente;
30m
• Parceria Transpacífica (TPP) (2015);
– 12 países (sem a China);
– 40% do PIB Mundial;
– “Rule making” vs “Rule taking”: a influência econômica da China é muito grande na
região, entretanto, ela possui o socialismo de mercado, mais dirigista e nacionalista.
Os EUA entram no TPP com esse projeto, calcados no livre comércio, controle de
atuação de empresas estatais, regras trabalhistas e ambientais, com o objetivo de
mudar a forma como as relações econômicas na região estavam sendo conduzidas.

• “Espinha dorsal econômica” da “virada” diplomática do presidente Barack Obama


para a Ásia.

�Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula
preparada e ministrada pelo professor Diego Fernandes Alfieri.
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo
ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclu-
siva deste material.
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