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Universidade do Zambeze
cesariojose@live.com
A utilização de tintas remonta ao período rupestre: O homem para representar as figuras rupestres
encontradas em várias cavernas, serviu-se inicialmente do carvão e giz e posteriormente de misturas
da terra coloridas que iam do amarelo acre ao vermelho (acres naturais) amassada com água.
No entanto a camada sólida assim obtida desagregava-se facilmente pela acção da humidade, facto
que levou o homem a empregar outros produtos naturais como gorduras animais, gomas, resinas
vegetais, cera das abelhas, etc., na confecção dessas pastas, com o objectivo de melhorar a fixação
delas às superfícies de aplicação.
Através dos tempos, os produtos utilizados (ligantes e pigmentos) no fabrico de tintas e vernizes
foram evoluindo principalmente para satisfazer as exigências artísticas do ser humano.
Para a expansão desta indústria contribuiu bastante o desenvolvimento dos polímeros que bastante
permitiu a preparação de substância particularmente adequados para a formação de películas assim
como o desenvolvimento da química dos pigmentos.
Com efeito antes da 1ª Guerra Mundial predominava ainda o uso dos óleos fervidos ou
estandardizados como ligantes, por vezes com resinas naturais simples ou modificadas; estes tipos de
ligantes designavam-se por Tintas de óleo ou Tintas óleo resinosas.
Na década de cinquenta apareceram as primeiras tintas cujas resinas sintéticas componentes (até aí
dissolvida em solventes orgânicas) se encontraram dispersos ou emulsionadas em água e são por isso
geralmente designados por “Tintas de dispersão” ou “Emulsão” ou ainda “Tintas plásticas”. Este
aparecimento teve grande interesse por questões económicas, de toxicidade, de segurança na
aplicação e de limpeza após aplicação do material.
Presentemente procura-se substituir o maior número possível de solventes orgânicos pela água,
mesmo em primários anticorrosivos, que se aplicam por electrodeposição.
10.2. Definição
A palavra “tinta” em sentido lato surge da abrangente gama de produtos utilizados para os mais
diversos fins, que vão desde a decoração e protecção de superfícies a impressão nas indústrias
gráficas e os simples actos de escrever.
Segundo a norma portuguesa (NP-41 TINTAS E VERNIZES) pode-se a partir das seguintes
definições compreender o seguinte:
TINTA - composição pigmentada liquida, pastosa ou sólida que, quando aplicada em camada fina
sobre uma superfície apropriada no estado em que é fornecida ou após fusão, diluição ou dispersão
em produtos voláteis, é conversível ao fim de certo tempo numa película sólida, corada e opaca.
Define Verniz como uma composição não pigmentada, líquida, pastosa ou sólida que, quando
aplicada em camada fina sobre uma superfície apropriada no estado em que é fornecida ou após
diluição, é convertível ao fim de certo tempo, numa película sólida, contínua, transparente ou
translúcida e mais ou menos dura
1. Facilidade de Aplicação
- Qualquer que seja o método de aplicação a utilizar, a tinta deverá estar na consistência correcta
para facilitar a aplicação.
- Cada tinta deverá ser ajustada de acordo com o método e condições de aplicação.
- Assim a aplicação à trincha requer uma dada viscosidade, aplicação á pistola viscosidade
diferente (consideravelmente mais baixa) e por mergulho outra diferente.
2. Rapidez de Secagem
- Uma tinta brilhante para aplicação à trincha em madeira não deverá secar muito depressa.
- Grandes áreas constituem normalmente um problema se a secagem é muito rápida pois será
difícil não fazer “costuras” (sobreposição das vergadas).
- Por outro lado a pintura deverá estar pronta a ser repintada no dia seguinte, se necessário.
- Qualquer que seja o tipo de tinta e método de aplicação é sempre necessária boa aderência ao
substrato para o sucesso de uma pintura.
- A preparação das superfícies e a escolha adequada dos sistemas de pintura constituem os
factores determinantes para uma boa aderência.
- Em qualquer caso terá de haver sempre uma boa malhagem do substrato (aderência mecânica)
ou uma reacção química entre a tinta e a superfície a pintar (aderência molecular).
Temos então que as TINTAS são misturas constituídas essencialmente por pigmentos, cargas,
veículos e aditivos e que quando são aplicadas em camada fina, formam películas sólidas quando
secas.
A formulação de uma tinta no que diz respeito aos seus componentes principais (resinas e
pigmentos) é largamente ditada pela aplicação a que se destina, isto é, pelas necessidades conjuntas
do substrato e das condições ambientais.
A formulação de uma tinta terá de ser conduzida tendo em consideração uma série de factores de que
dependerá fundamentalmente o comportamento das tintas, como são:
Suporte em que se aplica a tinta;
Modo de aplicação;
Condições de secagem;
Condições de exposição da tinta;
Pode compreender-se o papel que desempenham os principais constituintes através das definições
que se dão seguidamente, correspondendo às definições da norma portuguesas “NP-41-Tintas e
Vernizes”.
VEÍCULO - conjunto de veículo fixo e de veículo volátil ou apenas veículo fixo no caso de o
segundo não existir.
VEÍCULO FIXO (Ligante, aglutinante) - componente da tinta ou verniz responsável pela formação
da película sólida constituída por um ou vários dos seguintes produtos: óleo secativo, resinas
naturais, artificiais ou sintéticas, produtos betuminosos ou outros.
Exemplo: Resinas acrílicas, vinílicas, poliuretano, epoxídicas.
Na literatura, as palavras ligante, aglutinante, formador de película e por vezes resina surgem como
termos equivalentes a veículo fixo, pelo que vamos utilizar indiferentemente o termo veículo fixo.
O veículo fixo para além de ser o responsável pela aderência á base, resistência química, mecânica e
às condições climáticas, assim como de outras características do revestimento por pintura.
DILUENTE – Líquido volátil, parcial ou totalmente mis cível com o veículo, que se adiciona á tinta
ou ao verniz durante o processo de fabricação ou no momento de aplicação para obtenção das
características de aplicação requeridas.
Em geral, os aditivos são produtos líquidos, viscosos ou sólidos pulverulentos, solúveis nos veículos
destinados a melhorar e desenvolver as condições de aplicação de tintas e as propriedades de película
seca.
CARGA - substância inorgânica sob forma de película mais ou menos fina, de fraco poder de
cobertura, insolúvel no veículo, empregada como constituinte das tintas, com o fim de lhes conferir
determinadas propriedades. Exemplos: Carbonato de cálcio, amianto, sílica, barita.
As cargas praticamente não conferem opacidade às tintas e o seu poder corante é em geral muito
fraco. No entanto, utilizam-se na sua composição para dar “corpo” a tinta, por razões de ordem
económica (baixo custo em relação ao do pigmento) e também de ordem técnica.
TINTAS OLEOSAS
Nas tintas oleosas o aglutinante é constituído essencialmente por óleos orgânicos, geralmente
vegetais, com capacidade de secar ao ar. São os óleos secativo, entre os quais se contam os óleos
de linhaça, de soja, de cártamo, de madeira da China e o “ Tall-Oil” (subproduto da indústria da
celulose).
Hoje em dia, já não se usam praticamente os óleos vegetais sem um tratamento químico ou físico e,
de um modo geral, sem modificação com resinas naturais ou sintéticas.
As características a consideram num óleo é:
- Cor;
- Aspecto: (fluidez, odor, massa específica, índice de refracção, etc).
Um verniz pode ser corado, mas a cor, neste caso, é comunicada por corantes, que são solúveis no
verniz e não por pigmentos que são insolúveis, logo definir-se-á Verniz como:
Composição não pigmentada, liquida, pastosa ou sólida que, quando aplicada em camada fina sobre
uma superfície apropriada no estado em que se encontra após diluição converte-se numa película
sólida, continua, transparente ou translúcida e dura.
Baseando-se em natureza do veículo volátil, natureza do veículo fixo, fins a que se destinam as tintas
caracterizam-se em vários critérios.
Outras designações
Existem certos termos mais generalizados na indústria de construção civil, relacionados como o
aspecto de acabamento obtido e outros que surgem relacionados a finalidade com que são
utilizados as tintas, que convém referir, exemplos:
• Tinta de esmalte - acabamento que origina uma película de aspecto mais ou menos brilhante
e liso.
• Tintas plásticas - termo incorrecto para designar tintas de água com ligantes sintéticos que
dão normalmente um acabamento liso.
• Tintas texturadas - tinta em cuja formulação inclui produtos que permitem obter por
aplicação adequada uma película com superfície rugosa.
• Tintas em pó - tinta em solventes sob forma pulverulenta.
• Acabamento – tintas, verniz ou produtos similar apropriada para ser aplicado como camada
fina de um esquema de pintura.
• Acabamento do tipo ‘Karapas‟ - normalmente constituído por aplicação de uma massa
aquosa obtida com cargas minerais, ligantes sintéticos e aditivos.
• Pré-primário - tinta para ser aplicada directamente sobre um suporte metálico, assegura a
aderência das tintas subsequentes.
• Primário - igual a pré-primário protege e dá aderência das camadas subsequentes.
• Primário de espera - conforme o nome, é aplicado no local da manufactura da peca,
assegura a protecção temporária esperando da subsequente.
• Subcapa - tinta destinada a ser aplicada sobre um primário e apta a receber quer uma camada
intermédia, quer um acabamento.
• Selante - tinta verniz ou produto similar destinado a ser aplicada sobre uma base de aplicação
absorvente com a finalidade de diminuir a absorção em relação as subsequentes aplicações.
10.5. Pintura
Designa-se por “pintura” a aplicação de uma tinta, verniz ou produto similar sobre determinada base
de aplicação com o fim de a proteger, decorar ou de lhe conferir propriedades especiais.
A pintura tem como finalidade, proteger as superfícies das paredes, portas, tectos, pecas, etc.,
decorando-as, tornando o seu aspecto mais agradável. A pintura presta-se ainda a ornamentação das
superfícies das edificações alegrando a vista pela combinação das cores, pelas suas harmonias e
contrastes.
Tem ainda a pintura importância considerável sob ponto de vista de salubridade das habitações, visto
que torna as superfícies mais ou menos impermeáveis, permitem a limpeza, lavagem e desinfecção
nalguns casos.
A designação do sistema de pintura está estritamente relacionada com a natureza química das
várias tintas que o constituem e é independente do número de demãos das mesmas.
Torna-se muitas vezes necessário o ensaio prévio de um ou mais esquemas de pintura para decidir
sobre o mais aconselhável.
Os esquemas incluem vários produtos e podem ser mais ou menos complicados consoante o estado
da superfície a pintar.
Define o conjunto de tintas ou produtos similares a aplicar sobre o suporte segundo determinada
ordem, fixando a espessura ou o número de demãos sucessivas.
• Aspecto decorativo
• Boa resistência ao choque
• Boa resistência a intempéries (exterior).
Aplicação.
Entre os diversos processos de aplicação a que salientar os seguintes:
Aplicação manual (Trincha, rolo, espátula, talocha e pincel);
Aplicação por pulverização (Pistolas: pneumáticas ou convencionais, sem ar e electrostático);
Aplicação por máquinas de rolos;
Aplicação por banho fluidificado (tintas em pó);
Aplicação por cortinas.
Condições de aplicação
Ao aplicar um esquema da pintura deve-se ter sempre as condições que o fabricante indica na ficha
técnica do produto. (A norma portuguesa 32 84 indica os dados técnicos).
Por exemplo, se se trata de uma tinta de dois componentes a que respeitar:
1. As proporções da mistura dos dois componentes;
2. O tempo de vida útil indicado para a mistura que nunca deve ser ultrapassado.
No caso de uma aplicação a pistola a viscosidade é uma das características que se deve controlar.
Para alem das condições de aplicação a que ver as seguintes condições ambientais.
No ambiente:
Temperatura compreendida entre 5°C e 35°C (nem frio e nem sol forte).
A humidade relativa não deve exceder 85%.
Não haver correntes de ar nem poeiras no ar.
No Laboratório:
A temperatura do ar deve ser 23+ / - 2°C,
A humidade relativa de ar 50+ /- 5% e
Isento de correntes de ar e poeiras.
Aconselha-se:
Deve-se evitar pintar sobre superfícies húmidas
Para superfícies estucadas, rebocadas ou de betão, teores de humidade inferiores a 5%.
Para superfícies de madeira teores a volta de 15% no caso de peça exposta a intempérie e 10 a
12% para peças mantidas ao abrigo da intempérie.
As superfícies metálicas devem estar secas, limpas e a sua temperatura deve ser superior no
mínimo de 2% a temperatura do ponto de orvalho medido no local do trabalho.
1. Protecção do substrato: A pintura aplicada assume a função de uma camada de sacrifício, que
evita a degrada precoce do substrato sobre a qual é aplicada. Assim temos que em:
• Revestimentos de argamassa, protege contra esfarelamento e acção da humidade, reduz
absorção de água e inibe o desenvolvimento de fungos e bolores;
• Madeira, reduz absorção de água e protege contra acção das intempéries, da água e do fogo;
• Metais ferrosos; inibe a corrosão;
• Alvenaria aparente, reduz absorção de água
2. Decorativa ou estética: Da aparência final da superfície aonde for aplicada através de cores,
brilho, matizes e texturas. Altera significativamente o aspecto final da edificação
Superfícies de madeira
Para as superfícies de madeira consta a preparação da superfície por lixamento para combater as
nervuras, seguem-se geralmente o selamento, emassamento ou aparelhamento devendo sempre
ter em conta que a madeira contem um grande número de substâncias que alguns dos quais pode
interferir na secagem da tinta.
O lixamento faz-se manualmente ou de máquina de lixar eléctrica.
A preparação da superfície compreende um conjunto de operações que têm por objectivo obter uma
superfície homogénea, de rugosidade apta para receber a pintura. Um dos aspectos importantes
da preparação da superfície é o seu estado de limpeza.
Deve-se ao todo o caso procurar-se que a superfície esteja isenta de óleos, gorduras, pó ou outros
contaminantes, de modo a estabelecer um contacto directo do substrato com a tinta.
Os trabalhos preparatórios são bastantes controversos, pois existem diversos métodos de execução e
os produtos utilizados têm por vezes composições diferentes e dependem fundamentalmente do tipo
e condições da superfície a ser pintada, do tipo de tinta seleccionado sem esquecer os métodos e
condições de aplicação.
A preparação das superfícies a pintar (substratos) é fundamental para garantir a respectiva boa
aderência.
Esta preparação inclui um ou mais dos seguintes passos:
Quando se trata de repinturas de superfícies pintadas que não oferecem garantias, é necessário
proceder à remoção da tinta antiga que pode ser feita por raspagem, lixagem, queima ou com
utilização de decapantes.
a) Método físico
Limpeza:
Com ferramentas manuais (lixas, escovas, esmeril, raspadeiras e facas);
Com ferramentas mecânicas (escovas rotativas ou discos abrasivos rotativos, martelos
vibratórios e de aguilhas múltiplas para a remoção da ferrugem);
Por chama (consiste na passagem de urna chama oxiacetilénica sobre a superfície a ser
limpa, a diferença do coeficiente de dilatação entre o aço provoca a queda da camada de
cala mina);
Com jacto de água (consiste na utilização de um jacto de água de alta pressão para
remover contaminantes que não estejam muito aderentes. Permite a remoção de tintas
velhas não aderentes e gorduras);
Com jacto abrasivo ou por decapagem (baseia-se na projecção a alta velocidade de um
abrasivo contra a superfície, que remove os contaminantes e torna rugosa. Antes da
projecção de abrasivo, todas as camadas espessas de ferrugem deverão se removidas por
martelarem do mesmo modo, óleos, gorduras e sujidade visíveis deverão ser retiradas).
b) Método químico
Limpeza:
Com solventes
Com detergentes
Com produtos alcalinos
Com soluções ácidas.
Em superfície metálica após a utilização do decapante pode ser necessário utilizar produtos
químicos para a eliminação de ferrugem.
As tintas mais empregadas na construção civil, podemos dizer que são constituídas essencialmente
por tintas baseadas em resinas alquidicas, designadas geralmente por esmaltes sintéticos e pelas
tintas plásticas baseadas em emulsões vinílicas, acrílicas ou de estire no - butadieno.
Estas tintas plásticas generalizaram-se de tal modo que a pintura de paredes, tanto interiores como
exteriores, se realiza hoje quase só pelo uso destas tintas, pois apresentam inúmeras vantagens como:
Facilidade de aplicação,
Leve cheiro,
Grande aderência ao cimento e dum modo geral aos rebocos habituais,
Secagem rápida (3 a 4 horas),
Resistência a lavagem com água e detergente, etc.
Pintura de madeiras
Para caracterização de qualquer revestimento não se realizam todos os ensaios existentes, há uma
selecção tendo em vista os campos de aplicação e o objectivo pretendido para os produtos em estudo.
Estes ensaios podem ser realizados com diferentes propósitos como se mostra a seguir.
• Realização de ensaios de recepção de materiais
• Realização de ensaios de controlo de produção
• Verificação de qualidade da tinta (caracterização química e física)
• Caracterização do desempenho de durabilidade do revestimento por pintura
• Selecção entre vários revestimentos para dada utilização
• Ensaios de inspecção na obra
• Estudos de investigação.
Das qualidades das tintas segundo os ensaios realizados, qualquer tinta tem de possuir 10 qualidades
essenciais a citar:
1. Facilidade de aplicação
2. Constância: manter as suas características ao longo do tempo
3. Tolerância: capacidade de tolerar certas insuficiências
4. Compatibilidade: capacidade de repintura
5. Aspecto final
6. Características específicas
7. Facilidade de repintura
8. Economia
9. Capacidade de armazenagem
10. Experiência „in situ”.
Há várias causas que podem afectar a qualidade de um revestimento por pintura, como causas
possíveis de anomalias nos revestimentos por pintura pode mencionar as seguintes:
• Aplicação em substratos húmidos
• Inadequada e incorrecta preparação das superfícies
• Espessura seca inferior a recomendada
• Aplicação inadequada
• Uso de produto de má qualidade
• Incompatibilidade de produto
• Utilização de tinta inadequada.
Como tipo de defeitos mais frequentes e suas causas podem citar-se os seguintes:
DEFEITO CAUSAS
Fissura Produto mal formulado, revestimento duro e quebradiço
Empolamento Deficientes prepararão da base, insuficiente espessura, bases húmidas e
revestimentos impermeáveis.
Destacamento Falta de aderência, humidade, fluorescência, má preparação da base.
Pulverulência Acção da intempérie
Saponificação Dissolução do ligante
No caso duma superfície pintada degradada a sua preparação vai depender do tipo de defeito que
apresenta e da sua intensidade.
Assim antes de aplicar um novo esquema de pintura a sua preparação deverá ser feita de seguintes
modos:
1. Remoção total da tinta aplicada, por decapagem, raspagem ou por chama,
2. Escovagem da tinta,
3. Remoção parcial, apenas nas zonas com tinta degradada,
4. Lavagem com água fria ou quente, com ou sem detergentes (revestimentos pulverulentos, com
sujidade),
5. Raspagem (corrosão localizada).
10.7 Fabricação
Para se fabricar uma tinta é necessário trilhar pelas seguintes operações:
Pré-mistura – consiste essencialmente numa pré-dispersão dos pigmentos, isto é, num primeiro
envolvimento das partículas dos pigmentos pelo veículo da tinta.
Dispersão (moagem) – é a dispersão propriamente dita onde são aplicados diferentes tipos de
moinhos para homogeneizar a tinta.
Acabamento – consiste em adicionar alguns produtos componentes da tinta que não fazem parte da
dispersão tais como algumas resinas e óleos ou aditivos, homogeneizados em tanques de maior ou
menor capacidade que os da operação anterior.
Afinação – é a operação que garante a cor da tinta, ajustada de acordo com o respectivo cataloga ou
a um padrão requerido.
Quando a cor é obtida pela combinação de várias cores produz-se o defeito denominado
metamerismo – em que de diferentes ângulos de vista ou de luz se nota divergência de cores.
Filtração – procura-se separar partículas estranhas com que a tinta por ventura tivesse sido
contaminada durante as várias fases de fabrico, nomeadamente poeiras ou partículas de pele que se
tenham formado por indevida oxidação.
Controlo Laboratorial – consiste numa série de determinações, em que se procura verificar que não
há qualquer anomalia relativamente aos valores fixados na especificação do produto em causa (por
ex: massa volúmica, viscosidade, tempo de secagem, cor, opacidade, brilho, etc.).
No início da produção determina-se o grau de dispersão da tinta (graus Hegman) e a qualidade é
vista depois da filtração.