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AR

◼ O que é o IPCC e para que ele foi criado?


◼ Qual a posição do Brasil e do Estado do RJ na questão das mudanças
climaticas?
◼ Como são definidos os poluentes indicadores da qualidade do ar?
◼ O que são poluentes primários? E poluentes secundários?
◼ Como ocorre a dispersão horizontal dos poluentes na atmosfera ? E a
dispersão vertical?
◼ O que inversão térmica?
◼ O que são os padrões primários de qualidade do ar? E padroes
secundários?
◼ Como o monitoramento da qualidade do ar é utilizado na gestão deste
recurso pelo orgão ambiental?
◼ Cite mais 3 objetivos de se fazer o monitoramento da qualidade o ar.
Introdução à Engenharia Ambiental 2
Introdução

◼ IPCC (Intergovernmental Panel on Climate Change) foi


criado em 1988 pela World Meteorological Organization
(WMO) e pela United Nations Environment Program
(UNEP) para:
1. Analisar as informações científicas disponíveis
relacionadas a mudanças climáticas;
2. Analisar os impactos ambientais e sócio-econômicos
das mudanças climáticas;
3. Formular estratégias de reação apropriadas.

* Profa. Ana Cristina 3


Introdução

◼ O IPCC forneceu documentação técnica que gerou a


United Nations Framework Convention on Climate
Change (UNFCCC), que foi assinada por 150 nações na
UN Conference on Environment and Development no Rio
de Janeiro em 1992.

* Profa. Ana Cristina 4


Introdução
◼ A mudança climática deverá ser um dos maiores desafios que a

humanidade irá enfrentar nos próximos anos. A maior

ocorrência de eventos climáticos extremos nos remete ao fato

de que populações já estão sentindo os impactos da mudança

do clima. As previsões dos cientistas do Painel

Intergovernamental de Mudanças Climáticas são de

intensificação de furacões e tempestades, ondas de calor,

inverno rigoroso, secas e inundações.

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Introdução

◼ O Quarto Relatório do Painel Intergovernamental sobre


Mudanças Climáticas (IPCC, sigla em inglês) da ONU,
destaca que é inequívoco que o planeta vem
aquecendo, e revela que a mudança global do clima
está ocorrendo por conta das atividades humanas e que
há um alto grau de certeza de que as mudanças
regionais recentes na temperatura tenham tido impactos
discerníveis em muitos sistemas físicos e biológicos.

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Introdução
◼ O relatório projeta que o planeta continuará a aquecer em

média 0,2º C nas próximas duas ou três décadas, podendo

independer do cenário de emissões de gases de efeito estufa

neste mesmo período. A temperatura média global poderá subir

de 2º C até 4º C, no cenário mais pessimista, com maior

probabilidade de 3,5º C, até o final do século XXI. As previsões

para o aumento do nível médio do mar é entre 28 e 59 cm, com

risco de elevar mais de 1 m, se o degelo se acelerar.

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Introdução
◼ O desafio do combate às mudanças climáticas é de tal magnitude
e complexidade que a solução só pode ser encontrada através do
comprometimento efetivo de todos os países.
◼ Os países desenvolvidos devem assumir a maior parcela de
responsabilidade, devido às suas emissões históricas de gases de
efeito estufa (GEE).
◼ No entanto, a ação exclusivamente por partes dos países
desenvolvidos não será suficiente para lidar com a dimensão do
problema, se não for seguido pelos esforços dos países em
desenvolvimento que hoje respondem por uma parcela
significativa das emissões de gases de efeito estufa global, como
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no caso da Índia, da China e do Brasil.
Introdução
◼ Com base nessa perspectiva, embora o Brasil não tenha uma

meta de redução obrigatória das emissões de GEE, esforços

têm sido feitos para se estabelecer um padrão de

desenvolvimento sustentável, incluindo as ações de mitigação

setoriais com o objetivo de promover um desvio na trajetória de

emissões, se distanciando cada vez mais do modelo tradicional

de desenvolvimento global, e indo em direção a um modelo

menos carbono intensivo.

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Introdução

◼ Como parte da Convenção, o Brasil deve elaborar


periodicamente a sua Comunicação Nacional e
apresentar o inventário de emissões de gases de efeito
estufa. O Brasil apresentou em 2004 seu primeiro
inventário para o período 1990-1994. O segundo
inventário brasileiro apresenta dados de 2000 a 2005.

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Introdução
◼ O Brasil também aprovou em dezembro de 2009, a Lei nº
12.187/2009, que institui a Política Nacional sobre Mudança
do Clima – PNMC e estabelece os princípios, os objetivos,
as diretrizes e os instrumentos da Política.
◼ A Lei 12.114, de 9 de dezembro de 2009 criou o Fundo
Nacional sobre Mudança do Clima, instrumento da política,
para assegurar recursos de apoio a projetos ou estudos que
visem à mitigação e à adaptação da mudança do clima. O
Decreto de regulamentação do Fundo Nacional sobre
Mudança do Clima foi assinado no mês de outubro de 2010
e seu orçamento inicial é de R$ 226 milhões.

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Introdução
◼ O estado do Rio de Janeiro elaborou o seu primeiro
inventário de emissões de gases de efeito estufa para o
ano de 2005 para os setores de Energia, Processos
Industriais e Uso de Produtos, Agricultura, Floresta e
Outros Usos do Solo e Resíduos, divulgado em 2007. A
elaboração de inventários de gases de efeito estufa é o
primeiro passo para se conhecer o perfil de emissões e
então, se identificar oportunidades de redução, com a
elaboração e implementação de políticas públicas que
permitam o gerenciamento das emissões de GEE, além
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Introdução
A Política Estadual sobre Mudança do Clima tem por objetivo
assegurar a contribuição do Estado do Rio de Janeiro no
cumprimento do propósito da Convenção- Quadro das Nações
Unidas que é o de alcançar a estabilização das concentrações de
gases de efeito estufa na atmosfera em um nível que impeça:
✔uma interferência antrópica perigosa no sistema climático, em
prazo suficiente a permitir aos ecossistemas uma adaptação
natural à mudança do clima,
✔ a assegurar que a produção de alimentos não seja ameaçada e
✔ a permitir que o desenvolvimento econômico prossiga de maneira
sustentável. Introdução à Engenharia Ambiental 13
Introdução
◼ A Política Estadual sobre Mudança do Clima norteará a
elaboração do Plano Estadual sobre Mudança do Clima,
bem como a implementação de planos, programas,
políticas e a definição de metas e ações restritivas,
voluntárias ou de incentivo positivo, com a finalidade de
prevenir a mudança do clima, com ações de mitigação
das emissões de gases de efeito estufa, além de
promover estratégias de adaptação.

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◼ https://www.youtube.com/watch?v=dWQUC
wf-BMc
◼ https://www.youtube.com/watch?v=lomRYea
Oh1Y
◼ https://www.youtube.com/watch?v=B7DrCMj
_6IE

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O Meio Atmosférico

◼ POLUENTES ATMOSFÉRICOS
"Entende-se como poluente atmosférico qualquer forma
de matéria ou energia com intensidade e quantidade,
concentração, tempo ou características em desacordo
com os níveis estabelecidos, e que tornem ou possam
tornar o ar: impróprio, nocivo ou ofensivo à saúde;
inconveniente ao bem-estar público; danoso aos
materiais, à fauna e flora; prejudicial à segurança, ao
uso e gozo da propriedade e as atividades normais da
comunidade". (Resolução Conama nº 03/90).

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Poluentes atmosféricos
fonte:www.inea.rj.gov.br

◼ A determinação sistemática da qualidade do ar restringe-se a um grupo de

poluentes universalmente consagrados como indicadores da qualidade do

ar, devido a sua maior freqüência de ocorrência e pelos efeitos adversos

que causam ao meio ambiente. São eles: dióxido de enxofre (SO2),

partículas totais em suspensão (PTS), partículas inaláveis (PM10),

monóxido de carbono (CO), oxidantes fotoquímicos expressos como

ozônio (O3), hidrocarbonetos totais (HC) e dióxido de nitrogênio (NO2).

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Poluentes atmosféricos

◼ Podemos classificar os poluentes de acordo com sua


origem em duas categorias:
Primários: aqueles emitidos diretamente pelas fontes de
emissão.
Secundários: São aqueles formados na atmosfera
como produtos de alguma reação. Um poluente que
está presente na atmosfera reage com algum outro
material, que pode ser um componente natural da
atmosfera ou outro poluente. A reação pode ser
fotoquímica ou não.

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poluentes primários

◼ material particulado (fumaças, poeiras,


névoas)
◼ monóxido de carbono (CO)
◼ dióxido de carbono (CO2)
◼ óxidos de nitrogênio (NO e NO2)
◼ compostos de enxofre (SO2 e H2S)
◼ hidrocarbonetos
◼ clorofluorcarbonetos

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poluentes secundários

◼ oxidantes fotoquímicos - resultantes da reação


dos hidrocarbonetos e os óxidos de nitrogênio,
na presença de luz solar
▪ ozônio (O3)
▪ peroxiacetilnitrato (PAN)
▪ peróxido de hidrogênio (H2O2)
▪ aldeídos

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Poluentes atmosféricos
◼ Podemos classificar também, de acordo com o seu
estado como:

Gasosos: comportam-se como o ar, uma vez


difundidos, não tendem mais a se depositar.

Partículas: Considerando que este parâmetro não é


um composto químico definido, surge a necessidade
de defini-lo.

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Poluentes atmosféricos

◼ São considerados poluentes particulados: as


névoas de compostos inorgânicos e orgânicos
sólidos, com diâmetro aerodinâmico
equivalente inferior a 100µm, e que
permaneçam em suspensão, por um período
mais longo quanto menores forem às
partículas.

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INTERAÇÃO ENTRE QUALIDADE DE AR E
MECANISMOS METEOROLÓGICOS

◼ A atmosfera pode ser considerada o local onde


ocorrem, permanentemente, reações químicas. Ela
absorve uma grande variedade de sólidos, gases e
líquidos, provenientes:

▪ de fontes estacionárias (industriais e


não-industriais);
▪ de fontes móveis (transportes aéreos, marítimos e
terrestres, em especial os veículos automotores) e
▪ de fontes naturais (mar, poeiras cósmicas, arraste
eólico, etc.).

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INTERAÇÃO ENTRE QUALIDADE DE AR E
MECANISMOS METEOROLÓGICOS fonte:www.inea.rj.gov.br

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INTERAÇÃO ENTRE QUALIDADE DE AR E
MECANISMOS METEOROLÓGICOS fonte:www.inea.rj.gov.br

◼ as atividades desenvolvidas em indústrias,


termoelétricas, construção civil e pelo tráfego de
veículos geram emissão de partículas e/ou
gases que podem alterar significativamente a
qualidade do ar de uma localidade.

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INTERAÇÃO ENTRE QUALIDADE DE AR E
MECANISMOS METEOROLÓGICOS

Essas emissões podem se dispersar, reagir entre


si, ou com outras substâncias já presentes na
própria atmosfera. Estas substâncias ou o
produto de suas reações finalmente encontram
seu destino num sorvedouro, como o oceano, ou
alcançam um receptor (ser humano, outros
animais, plantas, materiais).

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INTERAÇÃO ENTRE QUALIDADE DE AR E
MECANISMOS METEOROLÓGICOS fonte:www.inea.rj.gov.br

A concentração real dos poluentes no ar depende tanto


dos mecanismos de dispersão como de sua produção e
remoção. Normalmente a própria atmosfera dispersa o
poluente, misturando-o eficientemente num grande
volume de ar, o que contribui para que a poluição fique
em níveis aceitáveis. As velocidades de dispersão variam
com a topografia local e as condições atmosféricas
locais.

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INTERAÇÃO ENTRE QUALIDADE DE AR E
MECANISMOS METEOROLÓGICOS

◼ É a interação entre as fontes de emissão de poluentes


atmosféricos e as condições meteorológicas que define a
qualidade do ar.
◼ As condições meteorológicas determinam uma maior ou
menor diluição dos poluentes, mesmo que as emissões não
variem. Por esse motivo é que a qualidade do ar é pior
durante o inverno, quando as condições meteorológicas são
mais desfavoráveis à dispersão de poluentes.

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dispersão dos poluentes
◼ o ar move-se no sentido horizontal, na direção dos ventos, e vertical,

em função dos deslocamentos das camadas atmosféricas

◼ quanto maior a velocidade do vento, mais elevada será a sua

capacidade de diluir e dispersar os poluentes

◼ a direção do vento indica as áreas que serão alcançadas pelos

poluentes emitidos em uma fonte ⇒ é possível determinar-se a direção

predominante dos ventos de um local, devendo-se considerar esse

dado quando da localização de fontes poluidoras do ar

Introdução à Engenharia Ambiental 29


dispersão dos poluentes
◼ em condições normais, a
temperatura do ar decresce
com a altura, ficando as
camadas mais frias sobre as
camadas mais quentes
◼ ocorre uma renovação
natural, com o ar mais
quente (mais leve) subindo e
o ar mais frio (mais pesado
descendo)

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dispersão dos poluentes
◼ fenômenos metereológicos
que dependem da
velocidade do vento, da
turbulência atmosférica, da
insolação, do gradiente de
temperatura e da
precipitação, fazem com
que a temperatura aumente
em vez de diminuir com a
altitude

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dispersão dos poluentes
◼ nessas situações, o
movimento do ar para cima
é dificultado, minimizando a
dispersão vertical dos
poluentes, que tendem a se
concentrar na superfície
◼ esse fenômeno é conhecido
como inversão térmica

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dispersão dos poluentes
◼ a topografia influencia no
deslocamento de massas de
ar
◼ a existência de uma
elevação dificulta o
movimento horizontal do
vento, contribuindo para
que a camada de ar frio fique
sob a camada de ar quente

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dispersão dos poluentes
◼ em vales, em determinados
períodos do dia, e a depender
das condições metereológicas,
o calor proveniente da
superfície aquecida, nas áreas
mais elevadas, favorece à
formação de uma camada de
ar quente sobre o ar frio

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Padrões de Qualidade do Ar
◼ De uma forma geral, foi estabelecido um grupo de
poluentes que servem como indicadores da qualidade
do ar. Esses poluentes são: dióxido de enxofre,
material particulado em suspensão, monóxido de
carbono, oxidantes fotoquímicos expressos como
ozônio e óxidos de nitrogênio. A razão da escolha

desses parâmetros como indicadores de qualidade do


ar estão ligadas à sua maior frequência de ocorrência
e aos efeitos adversos
Introdução à Engenharia Ambiental que causam ao meio 36
Padrões de Qualidade do Ar
◼ Um dos componentes do diagnóstico da qualidade
do ar é a comparação das concentrações medidas
com os padrões estabelecidos.
◼ Padrão de qualidade do ar, por definição, são limites
máximos de concentração de um componente
atmosférico que, baseado em estudos científicos,
possam produzir efeitos que não interfiram na saúde
da população.

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Padrões de Qualidade do Ar
Padrões nacionais de qualidade do ar fixados na Resolução
CONAMA n. 03 de 28/06/90

Introdução à Engenharia Ambiental 38


Padrões de Qualidade do Ar
◼ São padrões primários de qualidade do ar as concentrações de
poluentes que, ultrapassadas, aumentam o risco de efeitos
adversos à saúde da população. Podem ser entendidos como
níveis máximos toleráveis de concentração de poluentes
atmosféricos, constituindo-se em metas de curto e médio
prazo.

◼ São padrões secundários de qualidade do ar as concentrações


de poluentes atmosféricos abaixo das quais se prevê o mínimo
efeito adverso sobre o bem estar da população, assim como o
mínimo dano à fauna e à flora, aos materiais e ao meio
ambiente em geral. Podem ser entendidos como níveis
Introdução à Engenharia Ambiental 39
Padrões de Qualidade do Ar
◼ Os níveis de concentração correspondentes às
qualificações boa e regular enquadram-se nos
limites fixados como Padrões de Qualidade do Ar
estabelecidos pela Resolução CONAMA nº03/90.

◼ Para efeito de divulgação, é utilizado o índice mais


elevado dos poluentes medidos em cada estação.

Portanto, a qualidade do ar em uma estação é


determinada, diariamente, pelo pior caso entre os
poluentes que forem
Introdução monitorados.
à Engenharia Ambiental 40
Índice se Qualidade do Ar
Fonte: INEA

Introdução à Engenharia Ambiental 41


◼ Para a gestão da poluição do ar é fundamental não só a
definição das áreas mais impactadas, como também a
identificação, qualificação e quantificação das fontes
emissoras de poluentes atmosféricos.
◼ O inventário de fontes de emissão de poluição atmosférica
constitui um dos instrumentos de planejamento dos mais
úteis para um órgão ambiental, uma vez que define
qualitativa e quantitativamente as atividades poluidoras do
ar e fornece informações sobre as características das
fontes, definindo localização, magnitude, freqüência,
Introdução à Engenharia Ambiental 42
MONITORAMENTO DA QUALIDADE DO AR

◼ O monitoramento da qualidade do ar é realizado


para determinar o nível de concentração dos
poluentes presentes na atmosfera. Seus resultados
não só permitem um acompanhamento sistemático
da qualidade do ar na área monitorada, como
também constituem elementos básicos para
elaboração de diagnósticos da qualidade do ar,
subsidiando ações governamentais para o controle
das emissões.
Introdução à Engenharia Ambiental 43
Objetivos do Monitoramento da
Qualidade do Ar

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MONITORAMENTO DA QUALIDADE DO AR

◼ As estações de amostragem que compõem a rede de


monitoramento da qualidade do ar estão localizadas nas
regiões Metropolitana, do Médio Paraíba e Norte
Fluminense, sendo os resultados divulgados,
diariamente, por meio do Boletim de Qualidade do Ar e,
anualmente, pelo Relatório Anual da Qualidade do Ar.

Introdução à Engenharia Ambiental 45


MONITORAMENTO DA QUALIDADE DO AR

Introdução à Engenharia Ambiental 46


A atmosfera da Terra
A atmosfera da Terra
◼ A atmosfera da Terra é composta principalmente
por nitrogênio e oxigênio e de outros gases e
partículas que existem em menor concentração,
como CO2, N2O, CH4 e O3, e outra categoria de
gases produzidos pelo homem, chamados
halocarbonos que incluem os CFCs, HCFCs
(hidroclorofluorcarbono), HFCs(hidrofluorcarbono).

* Profa. Ana Cristina 48


A atmosfera da Terra

◼ O Efeito Estufa e a Redução da Camada de


Ozônio são fenômenos que estão relacionados
a mudanças de concentração destes gases
traço.

* Profa. Ana Cristina 49


o ar
◼ troposfera - camada da atmosfera que fica em
contato com a superfície da terra
◼ cerca de 12 km de espessura
◼ composição básica: nitrogênio (78,11%),
oxigênio (20,95%), argônio (0,93%) e dióxido
de carbono (0,03%)
◼ constituintes secundários: hidrogênio, metano,
óxido nitroso e gases nobres (neônio, hélio e
criptônio)

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A atmosfera da Terra
Efeito Estufa
◼ O Efeito Estufa é a forma que a Terra tem para manter
sua temperatura constante.

◼ A atmosfera é altamente transparente à luz solar, porém


cerca de 35% da radiação que recebemos vai ser
refletida de novo para o espaço, ficando os outros 65%
retidos na Terra.
▪ Isto deve-se principalmente ao efeito sobre os raios
infravermelhos de gases como o Dióxido de Carbono,
Metano, Óxidos de Azoto e Ozônio presentes na atmosfera
(totalizando menos de 1% desta), que vão reter esta
radiação na Terra, permitindo-nos assistir ao efeito calorífico
dos mesmos.
▪ .
* Profa. Ana Cristina 51
A atmosfera da Terra
Efeito Estufa

◼ Nos últimos anos, a concentração de dióxido de carbono na


atmosfera tem aumentado cerca de 0,4% anualmente; este
aumento se deve à utilização de petróleo, gás e carvão e à
destruição das florestas.
◼ A concentração de outros gases que contribuem para o
Efeito de Estufa, também aumentaram rapidamente. O
efeito conjunto de tais substâncias pode vir a causar um
aumento da temperatura global (Aquecimento Global)
estimado entre 2 e 6 ºC nos próximos 100 anos.
* Profa. Ana Cristina 52
A atmosfera da Terra
Efeito Estufa

* Profa. Ana Cristina 53


O efeito estufa

◼ A energia irradiada pela superfície da Terra tenta passar


através da atmosfera e interage com vários gases e
aerosóis no ar. Estes constituintes atmosféricos podem
deixar esta energia irradiada passar para o espaço,
refleti-las de volta para a superfície da Terra ou
absorvê-las.

* Profa. Ana Cristina 54


Espectro de absorção dos gases constituintes da
atmosfera
gases efeito estufa

grau de
importância

Janela radioativa ( entre 7 e


* 12µm) Profa. Ana Cristina 55
O efeito estufa
◼ Observa-se entre 7μm e 12 μm uma “janela
atmosférica”. As radiações com este comprimento de
onda passam facilmente pela atmosfera, com
exceção de uma importante banda de absorção de
9,5 μm e 10,6 μm associada com o ozônio.

◼ Os gases que absorvem comprimentos de onda


maiores do que 4 μm são chamados gases de efeito
estufa (GEE).

* Profa. Ana Cristina 56


Forças radioativas da mudança climática

◼ As fontes antropogênicas de gases e aerosóis estão


afetando o efeito estufa, nos levando a uma incerteza
em relação ao clima global.

* Profa. Ana Cristina 57


Mudanças climáticas

◼ Inicialmente, na tropopausa, a energia irradiada e a


energia absorvida estão equilibradas:
Qabs = Qrad (a)
◼ Quando o sistema é perturbado por uma força radiativa
ΔF (W/m2), um novo equilíbrio eventualmente é
estabelecido:
Qabs + ΔQabs + ΔF = Qrad + ΔQrad (b)

* Ana Cristina Carvalho 58


Mudanças climáticas

◼ Subtraindo (a) de (b):


ΔF = ΔQrad - ΔQabs

* Ana Cristina Carvalho 59


Mudanças climáticas

◼ Determinar a força radiativa, ΔF, associada a


mudanças nas concentrações dos gases de efeito
estufa, de aerosóis, mudanças no albedo e
mudanças na constante solar têm sido um grande
desafio para a ciência

* Ana Cristina Carvalho 60


Mudanças climáticas
Parâmetro de sensitividade climática, λ

◼ A questão chave é determinar a variação da


temperatura na superfície (ΔTs) relacionada com uma
dada variação de ΔF.

◼ O parâmetro que relaciona ΔTs e ΔF é o parâmetro de


sensitividade climática, λ:
ΔTs = λ ΔF

* Ana Cristina Carvalho 61


Mudanças climáticas
Parâmetro de sensitividade climática, λ

◼ Têm-se procurado determinar valores para o parâmetro


λ. Uma hipótese baseia-se nos dados de irradiação
obtidos por satélites. Correlacionando-se as
temperaturas mensais da superfície com as emissões
infravermelhas do topo da atmosfera, observou-se uma
relação linear entre os dois.

* Ana Cristina Carvalho 62


Forças radiativas devido aos GEE

* Ana Cristina Carvalho 63


Forças radiativas devido aos GEE

◼ Os principais GEE são:


▪ Dióxido de carbono - CO2
▪ Metano - CH4
▪ Oxido nitroso - N2O
▪ Halocarbonos

*
Ana Cristina Carvalho 64

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