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LUZIA DE LIMA VILAS BOAS KOLAROVICZ

COMPONENTES DE UMA PRUMADA DE UM PRÉDIO

LONDRINA
2010
LUZIA DE LIMA VILAS BOAS KOLAROVICZ

COMPONENTES DE UMA PRUMADA DE UM PRÉDIO

Trabalho do Curso Graduação em Engenharia


Elétrica, da Faculdade Pitágoras, sob a orientação da
Profª. Rosângela Barros Tonon.

LONDRINA
2010
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO...........................................................................................................3
2 Componentes prumadas.........................................................................................4
3 Conclusão...............................................................................................................26
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1 INTRODUÇÃO

Com a evolução das tecnologias de rede cresceu a necessidade de


padronização. Muitas organizações desenvolveram seus próprios padrões de fiação,
cabos e conectores para garantir que componentes de diversos fabricantes
pudessem trabalhar no mesmo sistema de cabeamento predial.

Com o tempo, no entanto, um padrão acabou dominando no mercado de


cabos e rede.

um sistema de cabeamento predial totalmente funcional é o resultado de


múltiplos subsistemas trabalhando integrados formando uma rede completa.
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2 COMPONENTES PRUMADAS

O backbone compreende todos os cabos entre os centros de


telecomunicações, salas de equipamentos e as instalações de entrada, incluindo
terminações mecânicas de cabo, cross-connect (conexões de manobra)
intermediário e principal. O backbone se estende entre centros de
telecomunicações, salas de equipamentos e instalações de entrada de um mesmo
andar, de um andar para outro ou mesmo entre edifícios.

As prumadas formam a parte do backbone entre os andares e são usados


para distribuir cabos verticalmente em um edifício. É comum usar poços de elevador
e escadas. Costuma-se usar cabos de 25 pares para este propósito.

O cabeamento horizontal abrange todos os cabos que vão desde as tomadas


da área de trabalho até os centros de telecomunicações. As tomadas, cabos e
cross-connects dos centros são todos partes do cabeamento horizontal, que leva
esse nome porque os cabos são normalmente lançados horizontalmente ao longo de
forros e pisos.

A área de trabalho inclui todos os componentes de cabo entre a tomada do


cabeamento horizontal (ou tomada de rede) e os equipamentos do usuário, tais
como telefones, terminais, computadores, modems, etc. Os componentes da área de
trabalho podem incluir conectores, cabos, adaptadores, terminadores e mais.
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O centro de telecomunicações (ou de cabeamento ) é uma sala ou


compartimento que abriga os quadros de distribuição, cross-connects e outros
equipamentos necessários para conectar o cabeamento horizontal ao backbone.
Cada edifício deve ter pelo menos um centro de cabeamento.

A sala de equipamentos abriga sistemas de telecomunicações do edifício tais


como PABX, servidores e terminações mecânicas do sistema de cabos de
telecomunicações. Considerada diferente do centro de cabeamento por causa da
complexidade dos componentes que contém, a sala de equipamentos pode, no
entanto, ocupar o lugar do centro de cabeamento de um edifício ou ser uma
entidade separada.

A administração de cabeamento, ao contrário dos outros cinco componentes,


não é um lugar. É um processo que inclui todos os aspectos do cabeamento predial
que envolvam documentação, gerenciamento e testes, bem como plantas
arquitetônicas do sitema.

Disposição típica das conexões de backbone em um edifício: MC-Main Cross-


Connect (Sala de Computador Principal) / IC-Conexão Intermediária (Intermediate
Connect) / HC-Conexão Horizontal (Cross-Connect).

Os projetos de tubulação telefônica têm por finalidade posicionar, dimensionar


e determinar o trajeto no interior da edificação, das tubulações de entrada, das
tubulações primárias e das secundárias.

Elementos do Sistema: Caixas de Saída; Caixas de Distribuição e Passagem;


T ubulação Secundária e Primária; Poço de Elevação; Distribuidor Geral; Prumada;
Fiação, Tomadas e Acessórios.
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Tubulação em edifício com prumada convencional:


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Tubulação em edifício com poço de elevação:

O critério básico do dimensionamento é a determinação do número de pontos


telefônicos previstos, acumulados em cada parte da edificação.

O número de Caixas de Saída pode ser superior ao de pontos telefônicos,


prevendo as possíveis extensões ou serviços especiais. Caixa de saída utilizada
como passagem:
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Caixa de saída com tomada padrão:

Caixa de saída com tomada RJ-11 e terminal RJ-11:


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Caixas de Distribuição:

As caixas devem ser confeccionadas utilizando aço ou alumínio, providas de


uma ou duas portas com dobradiças, ferragens e barra de aterramento. As de aço
são adequadas para ambientes secos e internos; as de alumínio, para uso interno
ou externo, em ambientes úmidos, sujeitos à intempéries, em zonas industriais ou na
orla marítima. As caixas são de 3 tipos: Caixa de Distribuição Geral; Caixa de
Distribuição e Caixa de Passagem.

Caixa de Distribuição Geral: Instalar blocos terminais, fios e cabos telefônicos

da rede externa e da rede interna da edificação.

Caixa de Passagem: Passagem de fios e cabos telefônicos. As caixas devem


ser localizadas conforme segue:

a) Em áreas comuns;

b) Preferencialment e em áreas internas e cober tas;

c) Em "hall" de serviços, se houver ;

d) Locais devidament e iluminados.

As caixas não devem ser localizadas:

a) Em "hall" social;

b) Em áreas que dificultam o acesso às mesmas;

c) No inter ior de salão de festas; As caixas de distribuição geral, de


distribuição e de passagem devem ser instaladas a uma altura de 130 a 150 cm do
piso acabado, ao centro das mesmas e devidamente niveladas. Em frente a cada
caixa deve haver um espaço suficiente para abrir sua porta num ângulo mínimo de
90°.

As tubulações primária e secundária, compostas por eletrodutos, destinam-se


a:

a) Instalar fios e cabos telefônicos;


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b) Interligar caixas de saída entre si;

c) Interligar caixas de saída com caixas de distribuição,

caixas de distribuição geral e salas de D.G.;

d) Interligar caixas de distribuição com sistemas de canaletas de piso.

O eletroduto rígido metálico galvanizado é utilizado em instalações externas,


expostos ao tempo ou em instalações internas, embutidas ou aparentes.

O eletroduto de PVC rígido é utilizado em instalações internas e externas


embutidas ou aparentes.

Não devem ser utilizados eletrodutos corrugados e mangueiras, em nenhuma


parte da tubulação telefônica da edificação. Em prédios não residenciais, com várias
salas independentes, a tubulação secundária deve ser específica para cada uma
delas e interligadas diretamente da caixa de distribuição ou de passagem do
respectivo andar.

O diâmetro interno mínimo da tubulação secundária e primária deve ser


determinado em função do número de pontos telefônicos acumulados.

O eletroduto deve ser cortado perpendicularmente ao seu eixo, feita nova


rosca na extremidade a ser aproveitada e retiradas todas as rebarbas deixadas na
operação de corte e confecção da rosca.

As emendas dos eletrodutos devem ser feitas com luvas, atarrachadas em


ambas as extremidades a serem ligadas, as quais devem ser introduzidas na luva
até se tocarem, assegurando a continuidade da superfície interna.

Os eletrodutos não devem ser curvados. Quando necessário utilizar curvas


pré-fabricadas, as quais devem ser de padrão comercial e de acordo com o
eletroduto empregado.

Entre duas caixas podem ser utilizadas, no máximo, duas curvas de 90º,
sendo de 2 met ros a distância mínima entre as duas curvas.

Não devem ser empregadas curvas deflexas maiores que 90º ou reversas
(curvas em planos diferentes).
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Posição dos eletrodutos nas caixas:

Posição dos eletrodutos nas caixas:


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O poço de elevação substitui o sistema de prumada convencional (tubulação


e caixas) nas edificações em que o número de pontos telefônicos acumulados na
prumada for superior a 300.

Nas edificações comerciais recomenda-se a utilização de poço de elevação,


independentemente do número de pontos telefônicos.
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O poço de elevação deve ser constituído por uma série de cubículos


alinhados e dispostos verticalmente, com a altura de cada um deles correspondendo
àaltura do andar.

A continuidade do poço de elevação deve ser estabelecida através das duas


aberturas quadradas nas lajes, feitas junto ao fundo e nas paredes laterais do
cubículo.

Entre as aberturas quadradas deve ser instalado um leito tipo escada,


interligando o distribuidor geral até o último cubículo.

Os cubículos devem possuir por ta de madeira ou metálica com soleira


reforçada, abrir para o lado de fora, estar provida de fechadura e aberturas para
ventilação.

Na parede do fundo de cada cubículo deve ter afixada uma prancha de


madeira compensada.

As dimensões do cubículo, abertura da laje, porta do cubículo, soleira da


porta e prancha de madeira são definidas na Norma NBR. A sala do DG é uma área
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de uso exclusivo da Concessionária, construída em alvenaria, de altura igual à do


andar onde está localizada, tendo porta de madeira ou metálica, vitrô do tipo
basculante e iluminação interna.

Numa das paredes internas deve ser instalada uma prancha de madeira
destinada à fixação de blocos terminais, fios e cabos telefônicos da rede interna e
externa da edificação.

A sala do DG subst itui a caixa de dist r ibuição geral nas edificações em que
o número de pontos telefônicos acumulados é superior a 280, exigindo a instalação
e terminação de cabos telefônicos de grande capacidade.

A sala do DG substitui em alguns casos a caixa de distribuição geral n.º 7


(150 x 150 x 15 cm). A sala do DG é determinada observando-se os seguintes
critérios:

a) O número de pontos telefônicos acumulados determina a capacidade dos


cabos telefônicos que devem ser utilizados;

b) As características construtivas da área disponível na edificação;

c) O posicionamento da tubulação de entrada primária e secundária do andar;

d) A localização e posição da sala em relação àprumada telefônica ou poço


de elevação;

e) A sala deve ter uma largura mínima de 2 m, o que permite um espaço livre
interno para circulação de pelo menos uma pessoa. Localizada preferencialmente no
pavimento térreo, ou em subsolos que não estejam sujeitos a inundações e bem
ventilados; ou no primeiro andar, de acordo com as características da edificação.

O acesso deve ser através das áreas de uso comum da edificação e, sempre
que possível, a sala deve ser posicionada imediatamente abaixo do poço de
elevação ou da prumada telefônica convencional.
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A prumada telefônica de um prédio corresponde a um conjunto de meios


físicos, dispostos verticalmente e destinados à instalação de blocos e cabos
telefônicos.

As prumadas, de acordo com as características, finalidade do prédio e o


número de pontos telefônicos acumulados, podem ser do tipo: convencional, poço
de elevação ou dir igida.

A prumada telefônica deve localizar-se em áreas comuns do prédio e que


apresentam maior continuidade vertical, do último andar até o andar térreo, onde
geralmente está situada a caixa de distribuição geral ou sala do DG. A prumada
convencional, constituída de caixas e tubulações interligadas entre si, é usada em
prédios comerciais, residenciais e industriais com três ou mais andares, onde o
número de pontos telefônicos acumulados for igual ou infer ior a 280.
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Prumada com Poço de Elevação: É um tipo de prumada constituída de


cubículos e aberturas nas lajes alinhados verticalmente, usada em prédios
comerciais, onde o número de pontos telefônicos acumulados for super ior a 280.
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A prumada dir igida é constituída de caixas e tubulações convencionais


interligadas entre si através dos andares.

Para prédios comerciais, deve ser utilizada caixa de distribuição ou passagem


em todos os andares.

Para prédios residenciais, deve ser utilizada caixa de distribuição ou


passagem para cada três andares.

Neste tipo de prumada, a rede telefônica é constituída de vários cabos


telefônicos instalados numa única tubulação, diretamente da caixa de distribuição
geral do prédio até as caixas de distribuição em andares pré-determinados.

Cada caixa de distribuição deve atender de 1 a 3 andares sendo que a


contagem dos andares, para efeito de posicionamento das caixas e definição dos
andares atendidos em cada caixa, deve ser feita de cima para baixo. O andar térreo
pode ser atendido pela caixa de distribuição geral do prédio.
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O ater ramento tem a finalidade de proteger os usuários e operadores, bem


como a rede telefônica, de correntes provenientes de descargas elétricas e
atmosféricas. Os cr itérios a serem adotados para a proteção elétrica e aterramento
da edificação devem ser os descritos na NBR 5410 - Instalações elétricas de baixa
tensão.

Todas as caixas de distribuição dos andares devem ser interligadas, até a


caixa de distribuição geral ou sala de DG do prédio através de um condutor de
interligação. Este condutor de inter ligação deve estar devidamente tubulado,
através de um eletroduto com diâmetro interno de 13 mm.
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A instalação dos fios telefônicos deve ser feita em todos os lances de


tubulação secundária, da caixa de distribuição do andar até a primeira caixa de
saída da edificação.
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Da caixa de distribuição do andar até a primeira tomada, pode ser utilizado o


fio telefônico FI -60-R, com os dois condutores de 0,60 mm de diâmetro, trançados,
estanhados e com isolamento reforçado de PVC na cor cinza, ou cabo CCI 2 pares.

Os fios devem ser contínuos e sem emenda nos lances de tubulação. A partir
da primeira caixa de saída, deve ser utilizado o cabo CCI de dois pares, codificado
por cores.

Nas caixas de saída deve ser deixada uma sobra de 40 cm de cabo. Os fios
devem ser conectados em todas as tomadas instaladas, de forma que possibilite a
ligação dos aparelhos telefônicos sem a necessidade de remoção dos espelhos, de
acordo com o esquema apresentado na figura.

Ao conectar os fios nos bornes da primeira tomada, o condutor deve dar uma
volta no parafuso, no sentido do aperto (ver figura 1).

Conectar no borne L1 da tomada o condutor cujo isolamento possui uma


saliência indicando a polaridade.

Cabe ao construtor indicar os pares dos fios correspondentes a cada


apartamento nas caixas de distribuição dos andares.

O projeto de rede secundár ia em edifícios residenciais consiste em prever


fios FI -60 R para interligação de cada apartamento à caixa de distribuição.

A quantidade de fios FI 60-R para alimentação de cada apartamento deve ser


igual ao número de pontos telefônicos previstos para aquele apartamento.

Os cabos CCI -2P previstos para um apartamento devem interligar as caixas


de saída desse apartamento de forma seqüencial e devem estar ligados nas
tomadas em todas as caixas. Cada um dos pares de fios do cabo CCI -2P deve ter
uma identificação (numeração ou contagem) específica.

Toda caixa que atende até 5 pontos telefônicos é considerada parte da rede
secundária. O projeto da rede pr imár ia de um prédio deve ser desenvolvido passo
a passo, independentemente do tipo de prumada prevista (poço de elevação ou
tubulação convencional).
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Como primeira parte deste trabalho deve-se definir a configuração da rede


primária, que pode ter basicamente dois tipos de configuração:

a) Prumada Direcionada - Um cabo partindo do distribuidor geral para atender


exclusivamente a um pavimento ou salas individualmente

b) Prumada Semidirecionada - Um cabo partindo do distribuidor geral para


atender a três pavimentos. O cabo deve atender o próprio andar, um andar acima, e
outro abaixo. Após definir o tipo de configuração que a rede terá, o próximo passo
do desenvolvimento do projeto da rede primária é a definição da quant idade de
pares terminados em cada caixa de distribuição.

De posse da quantidade de pontos que cada caixa de distribuição deve


atender e/ou que está nela acumulada (dado obtido no projeto de tubulação), obtém-
se a quantidade de pares que devem alimentar aquela caixa e também a quantidade
de pares que devem ser nela distribuídos. Para isto basta dividir estes dois valores
(pontos acumulados na caixa e pontos atendidos pela caixa) por 0,8. Em projeto
deve ser indicado através de contagem A B C D onde:

A - Quantidade de pontos atendidos pela caixa;

B - Quantidade de pares previstos a serem distribuídos na caixa;

C - Quantidade de pontos acumulados na caixa;

D - Quantidade de pares para alimentar a caixa. Os valores calculados e


mostrados anteriormente são teóricos e representam a quantidade ideal de pares a
serem distribuídos em cada caixa e a quantidade ideal de pares que devem
alimentar também aquela caixa. Os cabos existentes são fabricados com
capacidades padronizadas.

De posse dos valores calculados, define-se a capacidade mínima do cabo a


ser utilizado em cada trecho da rede primária.

O cabo interno deve ter capacidade igual ou imediatamente superior ao valor


determinado como quantidade ideal de pares para alimentar a caixa. O projeto da
rede secundár ia consiste em prever um cabo CCI -2 pares para cada caixa de
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saída, independentemente da quantidade de pontos necessários para atender a


área.

A previsão da quantidade de pontos deve ser utilizada para dimensionar os


cabos da rede primária.

Com o objetivo de organizar estes cabos dentro da caixa de distribuição, eles


devem ser terminados também em blocos internos.

A seqüência para elaboração de um projeto da rede pr imária para edifícios


comerciais é semelhante à adotada para edifícios residenciais, excetuando-se
alguns itens que sofrem alterações.
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3 CONCLUSÃO

Tendo em vista, o grande pólo empresarial da região, e a necessidade cada


vez mais presente do ser humano de viver com as tecnologias na area de
telecomunicação dentro de sua própria casa ou apartamento ou local de trabalho, se
faz necessárias cada vez mais pessoas especializadas, que possam atender essa
demanda.

Com este trabalho, é facilmente entendido como é feito uma prumada em


prédio, e seus componentes, entendendo consequentemente seu funcionamento,
sendo este um conhecimento essencial para um engenheiro eletricista na area de
teleconunicações, realizando seu trabalho de maneira correta, ordeira e de acordo
com as normas vigentes no país, bem como tambem normas internacionais.

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