Você está na página 1de 6

Referências artísticas:

Self deceit, Francesca Woodman.

Force of Nature, Hannah Wilke


Memórias da resistência, Rose Klabin

Nude, Lucien Clergue


Ana Mendiata

Orly Faya
Radici ,Regina José Galindo

“O sentido se sente com o corpo, como o olho se molha quando chora.

O sentido é quente como o corpo, como o olho que brilha quando gosta.

O sentido se pensa com o corpo, que pressente esse sentir que não mente.

(como se diz o que nunca se diz? o que se desdiz? como se diz o que se diz a esmo? como se
diz mesmo?)

O sentido se dobra como o corpo que sente outro corpo rente ao corpo, se veste com o corpo
que desveste os véus de seus segredos e seus medos.

Vai-se lendo bem lento, em silêncio, quando quase do avesso me convenço.

(como se diz o que nunca se diz? como se quis o que nunca se fez? como se faz o que nunca se
quis? como se diz o que está por um triz?)

O silêncio vai-se lendo em silêncio, quando quase do avesso me convenço.

Vai-se lendo sentido no silêncio, vai-se vendo, do avesso me convenço.

O silêncio vai dizendo ao silêncio: assim se diz o que se diz mesmo.

Assim que diz o que se quer — desejo”

Poema de Josely Vianna Baptista


Wildewalls, Nunzio Paci

Você também pode gostar