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Documentos de Apoio
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TRANSCRIÇÕES DE DOCUMENTOS DE APOIO

Unidade 1

Recurso vídeo: Publicidade (página 29)

EDP – Geração Zero

(João Manzarra)
Olá, eu sou o Luís, filho do João Manzarra. Não, o meu pai ainda não foi pai e eu ainda nem
sequer nasci, mas já faço parte da Geração Zero, que tem muitas voltas para dar ao Sol. Hoje o
mundo continua a rolar para o lado certo. E o verde que vocês abraçaram para sermos carbono
neutro deu um novo oxigénio ao Planeta. O que vocês plantaram, nós estamos agora a colher.
A vocês, que poupam no presente para poupar o nosso futuro… O meu obrigado!
Junta-te à Geração Zero e começa a poupar o Planeta.
Faz já download da APP EDP Zero.
Sabe mais em edp.pt
(Carolina Loureiro)
Olá, eu sou a Catarina, filha da Carolina Loureiro. A minha mãe não me conhece porque eu ainda
não nasci. Faço parte da Geração Zero, que vai poder viver num mundo cada vez mais azul porque
vocês nos mostraram o verde. O que vos fez mover pelo Planeta deu boleia à nossa geração. E se
hoje somos carbono neutro foi porque vocês se inspiraram na Natureza.
A vocês, que poupam no presente para poupar o nosso futuro… obrigada!
Junta-te à Geração Zero e começa a poupar o Planeta.
Faz já download da APP EDP Zero.
Sabe mais em edp.pt

Recurso vídeo: Publicidade (página 31)

Numa hora
Em Portugal, só numa hora, são vendidas um milhão e meio de embalagens com símbolo Ponto
Verde.
Só numa hora recuperamos papel suficiente para embalar a ponte sobre o Tejo e plástico que
dava para fazer sete mil e quinhentas t-shirts. Reciclamos metal suficiente para produzir
quatrocentas e cinquenta bicicletas e vidro para fazer uma garrafa com quatro andares de altura. Por
hora são recicladas tantas embalagens como o peso de doze elefantes. Impressionante, não é? Isto é
o que reciclamos numa hora com a sua ajuda. Obrigado por reciclar! Sociedade ponte Verde.

404 Projeto A Par e Passo – Português 7  Projetos e Outros Materiais  ASA


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Unidade 2.1

Recurso áudio: lenda (página 56)

A Lenda de Sigurd

Sigurd era filho de reis poderosos, descendentes de Odin, e um dos mais valentes heróis das
lendas nórdicas.
Quando os seus pais morreram, Sigurd era ainda menino, e herdou a famosa espada Balmug que,
apesar de partida, era invencível.
Sigurd foi, então, criado por Regin, um anão sábio, que o treinou para ser um valente guerreiro.
No entanto, o seu verdadeiro objetivo era levar Sigurd a roubar o tesouro dos Nibelungos.
Os Nibelungos eram anões que tinham acumulado um grande tesouro ao extraírem pedras
preciosas do centro da terra. A guardar esse tesouro tinham um dragão enorme que se chamava
Fafnir.
Sigurd conseguiu vencer o dragão e Regin pediu-lhe para assar o coração deste, pois queria comê-
lo para ficar com poderes mágicos. O jovem guerreiro assim o fez e, para confirmar se o coração
estava realmente assado, tocou nele com os dedos e depois lambeu-os. Sigurd adquiriu, assim, o
poder de compreender a linguagem das aves que o avisaram das intenções de Regin de matá-lo e
apoderar-se do tesouro.
Sigurd, revoltado, vence o seu mestre e, a pedido das aves, mergulha o seu corpo no sangue do
dragão para se tornar invencível. Apenas uma parte das suas costas não ficou em contacto com o
sangue do dragão porque uma folha estava colada a elas.
Depois de várias aventuras, Sigurd passou a ser conhecido, por todos, pela sua sabedoria, força e
valor.
Um dia, conheceu Gunnar, um guerreiro valente que se tinha apaixonado pela princesa Brunilde e
a quem tinha proposto casamento. Esta, no entanto, disse que só aceitaria casar com um cavaleiro
que conseguisse atravessar o círculo de fogo que existia em volta do seu castelo.
Gunnar já tinha tentado várias vezes, sem sucesso. Então, decidiu pedir ajuda a Sigurd. Este usou
os seus poderes, disfarçou-se de Gunnar e atravessou o círculo de fogo, montado no seu cavalo.
Brunilde aceitou finalmente casar com Gunnar, pois estava convencida de que este tinha sido o
cavaleiro que cruzara as chamas.
Porém, meses mais tarde, a princesa descobriu a verdade e, enfurecida, decidiu mandar matar
Sigurd.
Numa noite escura, enquanto o nobre cavaleiro Sigurd dormia, o assassino, contratado por
Brunilde, cravou uma espada nas costas do herói, no único lugar que não tinha sido banhado pelo
sangue do dragão.
E assim terminou a história do valente e generoso Sigurd que, apesar de ter, entretanto, acordado
e derrotado o seu assassino, não conseguiu evitar a sua morte.

Projeto A Par e Passo – Português 7  Projetos e Outros Materiais  ASA


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Documento Digital (PowerPoint): Texto para projetar (página 64)

Biografia de Sophia de Mello Breyner Andersen

Sophia de Mello Breyner Andresen nasceu a 6 de novembro de 1919, na cidade do Porto. Veio
para Lisboa em 1936 para realizar o curso de Filologia Clássica na Universidade de Lisboa.
Frequentou-o até 1939, mas nunca chegou a concluí-lo.

Em 1947 casou-se com o jornalista Francisco Sousa Tavares, político e advogado, com quem teve
cinco filhos. Terão sido os seus filhos que levaram Sophia à escrita de literatura infantil e juvenil.

Em 1975, após a Revolução de 25 de Abril, foi eleita para a Assembleia Constituinte.

Ao longo da sua vida, distinguiu-se como contista (Contos Exemplares), autora de livros infantis
(A Menina do Mar, O Cavaleiro da Dinamarca, A Floresta, O Rapaz de Bronze, A Fada Oriana, entre
outros) e como poetisa.

Em 1999, recebeu o prestigiado Prémio Camões.

Faleceu a 2 de julho de 2004, em Lisboa. Em 2014 foi transladada para o Panteão Nacional.

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Unidade 2.2

Recurso vídeo: documentário (página 94)

“Lucho” para os amigos

Lucho, como era conhecido, nasceu há 70 anos, em Ovalle, no Chile, mas cedo foi obrigado a
procurar refúgio. Membro ativo da Unidade Popular Chilena nos anos 1970, teve de abandonar o
país, após o golpe militar de Pinochet. Trabalhou no Brasil, Uruguai, Paraguai, Peru, viveu no
Equador, entre os índios, viajou no último expresso da Patagónia. Os confins do mundo foram a sua
casa, mas a moradia fixa era Espanha há vários anos. Dos tantos e sonantes títulos que escreveu, A
sombra do que fomos é o que melhor se ajusta aos tempos que vivemos e que ele nunca pôde
testemunhar.
Luis Sepúlveda era um dos mais admirados escritores da América latina e do mundo. Nas suas
obras expunha temas e valores que defendia, como é o caso da igualdade ou da generosidade. Há
certas frases, presentes nas suas obras, que ficaram particularmente conhecidas.
No livro A lâmpada de Aladino de 2008, lê-se “Há mulheres cuja companhia convida ao silêncio,
porque sabem partilhá-lo, e não há nada mais difícil nem mais generoso”. Um dos seus livros mais
conhecidos é O velho que lia romances de amor, publicado em 1989, conta a história de um homem
que decidiu começar a ler romances e, dessa forma, ocupar as suas noites solitárias numa zona
remota da Amazónia. Nesta obra destaca-se, por exemplo, esta passagem “Foi a descoberta mais
importante da sua vida. Sabia ler. Ele tinha o antídoto para o veneno da velhice. Sabia ler.” No livro
de ficção A sombra do que fomos, um romance que ganhou, aliás, o prémio Primavera Romance em
2009, lê-se esta frase “Nunca confie na memória. Porque a memória está do nosso lado: atenua o
atroz, suaviza o amargo, onde apenas havia sombras. A memória tende sempre para a ficção.” Em
2010, Luis Sepúlveda escreveu o livro Histórias daqui e dali, composto por 25 história sobre derrotas.
Numa delas deixa o seguinte conselho: «Às vezes acontecem coisas que não nos deixam dormir, que
nos atrapalham a qualquer momento e que nos impedem de participar em conversas de amigos.
Quando isso acontece, precisamos de nos sentar e pôr em ordem, não importa onde ou a que horas,
mas devemos colocar ordem.»
Luis Sepúlveda tinha prometido aos filhos escrever uma história sobre o mal que os humanos
fazem ao ambiente e à natureza e, em 1996, escreveu História de uma gaivota e do gato que a
ensinou a voar, que acabou por ser uma das obras, aliás, mais conhecida do chileno. Conta a história
de um gato que criou um filho de uma gaivota, apanhada por uma maré negra. Nesse livro, que nos
demonstra tanto da convivência e da amizade, lá está este desabafo: “E se tudo isto for um sonho, o
que importa? Gosto e quero continuar a sonhar com isso.”
Do lado sério da vida à vida levada sempre com um sorriso, Sepúlveda atravessou 70 anos da sua
vida com histórias que marcaram o imaginário de milhões de pessoas em todo o mundo e entre as
principais está, como já disse, a História de uma gaivota e do gato que a ensinou a voar. Nestes dias
em que nos pedem para deixarmos as ruas vazias, num apelo ao confinamento, recuperamos esta
fábula que valoriza, mais do que tudo, os princípios básicos da convivência humana. Fique bem! Boa
noite.

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Recurso áudio: música (página 127)

Trem-Bala

Cantada por  Ana Vilela e David Carreira


Não é sobre ter todas pessoas do mundo pra si
É sobre saber que em algum lugar alguém zela por ti
É sobre cantar e poder escutar mais do que a própria voz
É sobre dançar na chuva de vida que cai sobre nós

É saber se sentir infinito


Num universo tão vasto e bonito é saber sonhar
Então, fazer valer a pena cada verso
Daquele poema sobre acreditar

Não é sobre chegar no topo do mundo e saber que venceu


É sobre escalar e sentir que o caminho te fortaleceu
É sobre ser abrigo e também ter morada em outros corações
E assim ter amigos contigo em todas as situações

A gente não pode ter tudo


Qual seria a graça do mundo se fosse assim?
Por isso, eu prefiro sorrisos
E os presentes que a vida trouxe pra perto de mim

Não é sobre tudo que o seu dinheiro é capaz de comprar


E sim sobre cada momento sorriso a se compartilhar
Também não é sobre correr contra o tempo pra ter sempre mais
Porque quando menos se espera a vida já ficou pra trás

Segura teu filho no colo


Sorria e abrace teus pais enquanto estão aqui
Que a vida é trem-bala, parceiro
E a gente é só passageiro prestes a partir

Laiá, laiá, laiá, laiá, laiá


Laiá, laiá, laiá, laiá, laiá

Segura teu filho no colo


Sorria e abrace teus pais enquanto estão aqui
Que a vida é trem-bala, parceiro
E a gente é só passageiro prestes a partir

408 Projeto A Par e Passo – Português 7  Projetos e Outros Materiais  ASA


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Unidade 2.3

Recurso vídeo: entrevista (página 127)

A arte e o cinema de Gabriel Arantes

Gabriel Abrantes (GA) – Eu nem me sinto bem português nem bem americano. É um bocado de
tudo…
Entrevistadora (E) – É uma mistura …
GA – Exato.
E – … das duas culturas. E no ano passado, tivemos aqui um filme. Diamantino. É um filme sobre
um futebolista. Para quem não viu, esta história é baseada na história do Cristiano Ronaldo?
GA – Não. O filme é… até o nome é Diamantino… é outra ideia…
E – Mas temos um futebolista madeirense… o que aproxima um bocado as realidades.
GA – Nós queríamos pegar numa figura icónica portuguesa. Pensámos na figura do futebolista,
mas tanto poderia ser o Cristiano como outro jogador qualquer. E o que nós queríamos falar era
sobre questões que tinham a ver com cultura, com cultura nacional. Também um estatuto icónico de
uma personalidade que é conhecida pelo mundo inteiro. E futebolista, para um português, conhecido
no mundo inteiro faz muito sentido. Mas, acho que o Diamantino vai noutra direção. O Diamantino é
também sobre o fascismo, a adoção… É um filme que mistura imensas coisas e fala dessas coisas mas
pela via do futebol.
E – E através do futebol pretende também que as pessoas reflitam nessas várias questões?
GA – Sim. Como é que era o que o Salazar dizia, que era Fátima, fado e futebol. Então era uma
maneira de falar de Portugal. E falar de Portugal hoje em dia é também falar da Europa. O filme
também… o filme é um bocado brincalhão e fala também de assuntos sérios, como a crise dos
refugiados, mas num tom satírico. E também fala do Brexit por exemplo, mas o filme é
completamente fantástico em que se imagina um Portugal no futuro em que também está a passar
por um Brexit ou por um Pexit, poder-se-ia dizer. Por isso é um filme um bocado… é delirante e
fantástico. Por isso, pega em assuntos verdadeiros, mas depois…
E – Transforma-os…
GA – É… transforma-os.
E – Este filme foi premiado no Festival de Cannes. Recentemente, o Gabriel recebeu também um
apoio do ICA (Instituto do Cinema e do Audiovisual), muito importante, imagino, para continuar o seu
percurso na longa-metragem de ficção. O que é que podemos esperar? Virá um filme em nome
próprio?
GA – É eu tenho estado a colaborar com o Daniel, que é colaborador com quem eu tenho feito
alguns filmes. Ele está também neste filme a ajudar-me com o guião, mas o filme será só assinado
por mim, como realizador. E o filme vai ser a minha primeira tentativa como um filme de terror e
passa-se em Trás-os-Montes. E é um filme de terror, mas também, não sei… muito inspirado numa
nova onda de filme de terror, como Hereditário ou Vai seguir-te ou o Get out, do Jordan Peele. São
filmes de terror, mas que falam de assuntos sérios. Este filme fala muito de demência e esta
transição de idades e também a gestão de uma pessoa mais idosa por uma pessoa mais jovem e o
carinho que tem que se ter e as complexidades disso. Tudo isso dentro de um filme de terror.
E – E esses filmes mais negros… ontem tivemos o Parasitas, que foi notícia por causa da vitória
nos Óscares. Gostou do filme?

Projeto A Par e Passo – Português 7  Projetos e Outros Materiais  ASA


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GA – Eu adoro o Parasitas. Achei que é um filme mesmo incrível e o realizador é um dos meus
realizadores favoritos. Ele já tinha feito uns filmes na Coreia do Sul, que eu adorava. Depois, fez mais
uns dois nos Estados Unidos de que eu gostei menos e agora fiquei muito feliz de o ver voltar em
plena forma.
E – E com uma vitória em grande.
GA – Ele já tinha ganhado em Cannes e agora nos Óscares é incrível. A primeira vez que
aconteceu: um filme estrangeiro ganhar o melhor prémio.
E – Um filme não falado na língua inglesa.
GA – Exato.
E – Muito bem, Gabriel. Muito obrigada pela sua presença.

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Unidade 3

Recurso áudio: Informação (página 156)

Juntos contra o sal

Reduzir o consumo de sal permite conquistar anos de vida saudáveis

Morrem todos os dias cerca de 100 portugueses por doenças cérebro-cardiovasculares, sendo
que muitas dessas mortes poderiam ter sido evitadas pela alteração de comportamentos,
especialmente pela redução do consumo de sal.
A ingestão excessiva de sal é o comportamento alimentar inadequado que mais contribui para a
perda de anos de vida saudável. Os portugueses vivem mais tempo, mas mais doentes,
principalmente nos últimos anos de vida, do que a restante população da Europa.
Assim, a definição e a aplicação de estratégias com o objetivo de reduzir o consumo de sal por
parte da população portuguesa assumem importância decisiva no contexto da prevenção das
doenças cardiovasculares e outras doenças crónicas.
O Grupo de Alto Nível sobre Nutrição e Atividade Física, da Comissão Europeia, e a Organização
Mundial da Saúde sugerem um conjunto de categorias de alimentos que constituem os principais
veículos de sal na alimentação dos cidadãos e que devem ser regulados, nesse contexto,
nomeadamente:
 Cereais de pequeno-almoço
 Batatas fritas
 Snacks salgados
 Outros alimentos que constituam um padrão local de alimentação e que sejam um veículo
relevante de sal
De facto, o consumo de sal em demasia constitui um dos maiores riscos de saúde pública no
nosso país. A Organização Mundial da Saúde considera medidas mais efetivas, no sentido de reduzir
a carga de doença e a mortalidade precoce, as relacionadas com a promoção da alimentação
saudável. E, neste âmbito, a que teria um maior impacto efetivo seria a redução do consumo do sal,
solicitando que todos os países tomem ações concretas e imediatas neste âmbito.
Segundo os dados do último Inquérito Alimentar Nacional (2016-2017), cada cidadão consome,
em média, 3 g de sal em excesso por dia, totalizando um volume de cerca de 30 toneladas/dia que os
portugueses ingerem a mais do que deveriam.
Este quadro contribui para que Portugal tenha uma das mais elevadas prevalências de
hipertensão arterial na Europa (3 em cada 10 portugueses), sendo o principal fator de risco de
patologia cardiovascular, com relevo para os acidentes vasculares cerebrais (AVC), dos quais os
cidadãos portugueses são infelizmente líderes na Europa, provocando, pelas suas sequelas, uma
mortalidade elevada e um impacto grave na família e na sociedade.
In https://www.sns.gov.pt/noticias/2017/11/21/juntos-contra-o-sal/
[consultado em 25/1172017 – Texto com supressões]

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Unidade 4

Recurso áudio: música (página 193)

Tu és mais forte, Boss AC

Cantado por Boss AC

Oh, I think I did it again


Quem sabe não esquece
É como andar de bicicleta

Tu és mais forte e sei que no fim vais vencer


Sim, acredita num novo amanhecer
Não tenhas medo, sai à rua e abraça alguém
E vai correr bem, tu vais ver

Tu mereces muito mais


És forte, abanas mas não cais
Mesmo que sintas o mundo a ruir
Quando as nuvens passarem vais ver o sol a sorrir
A estrada não é perfeita
Apenas uma vida, aproveita
Só perdes se não tentares
E não desistas se falhares
O que não mata engorda
Torna o teu sonho real, acorda
Limpa as lágrimas e luta
Segue o teu caminho e escuta
A voz dentro de ti
As perguntas que procuras, dentro de ti
Acredita em ti que tu és
Mais forte e tens o mundo a teus pés

Tu és mais forte e sei que no fim vais vencer


Sim, acredita num novo amanhecer…

412 Projeto A Par e Passo – Português 7  Projetos e Outros Materiais  ASA


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Recurso áudio: Documento (página 199)

Tabela - Dados Biográficos de Francisco Lufinha

1938 Nasce, em Lisboa.


(09 de agosto) Fez a primeira viagem de barco com apenas 15 dias.
Começou a competir na classe bote Optimist.
1994
Ganhou várias competições regionais e nacionais.

1998 Representou Portugal nos Jogos Europeus, na Croácia.

2002 Começou a competir com kitesurf.

2005 Campeão nacional de kitesurf.

2006 Vice-campeão nacional de kitesurf.

Estabelece o recorde Mundial no percurso Porto-Lagos, a maior viagem de


2013
kitesurf sem paragens, na qual fez 564 km, em 28 horas e 53 minutos.
Liga o ponto mais a sul do território português, as ilhas selvagens ao Funchal,
2014
perfazendo 306 quilómetros, em 12 horas.

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Recurso vídeo: Publicidade (página 203)

Pó? Sabes o que é?

Pó? Sabes o que é?


São partículas inferiores a cinco micrómetros que é como quem diz…. muito pequeninas.
Todavia, quando unidas, são capazes de grandes feitos. Não te deixam ver… às vezes nem te
deixam pensar… E não estamos perante uma hipérbole. O pó compromete o vocabulário, dificulta a
originalidade do pensamento. Bloqueia a ironia. E entre muitas outras particularidades destas
partículas, impossibilita a graça de ter sentido de humor.
Tira essa camada de inércia de cima. Limpa o pó dos livros e regressa à leitura. Só tens de escolher
um!
Aaaaaaatchim!!!
Hum! Esse não conheço, mas enfim, temos de começar por algum lado!
Vai mais ao livro!
Plano Nacional de Leitura

414 Projeto A Par e Passo – Português 7  Projetos e Outros Materiais  ASA


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Recurso áudio: texto autobiográfico (Caderno de Atividades, p. 95)

Obrigado, Luis Sepúlveda, pelo porto de Hamburgo

Em 1999, o porto de Hamburgo ficava em Ferreira do Zêzere. Na cama do quarto de cima, na casa
de banho, na sala, a um canto do sofá, enquanto os adultos jogavam Bridge: o porto de Hamburgo
lavava o verão com águas que eu, com nove anos, imaginava escuras de crude, atacadas por um mal
desconhecido. E era tal a aflição de acudir àquela gaivota ferida, vinda do alto-mar, que eu dava
voltas à casa em busca de algo com que a salvar.
A Teresa, prima do meu pai e melhor amiga da minha mãe, dera-me o livro no dia anterior e eu
guardei-o como um achado, antes de ler a dedicatória: “Para um menino muito especial que bem
podia ensinar gaivotas a voar”. Como verdadeira criança, acreditei nesse encantamento: seria capaz
de criar uma gaivota ‒ e, para a Teresa, seria especial. Ainda não sabia que ser criança é ter fé em
tais dedicatórias.
Mas Zorbas ‒ o gato grande, preto e gordo ‒ tratava de resgatar o ovo por mim.
Enquanto este não eclodia, os meus pais levavam-me pelas margens do Zêzere em busca de
lagostins, cujos rastos de fuga eram uma caça aos gambozinos. A Joana tinha vinte e poucos anos,
nadava no Zêzere sem medo dos lagostins, e saía da água com tal beleza, com tais movimentos de
coisa bem escrita, que a julgava capaz de dissipar todo o crude do mundo.
Regressado a casa, ansioso, percebi que à beleza se responde com beleza. Chamei a Joana a um
canto da sala, anda daí que te quero ao pé de mim, e esperei que ela me olhasse nos olhos para lhe
dizer de surpresa, de mansinho e de coração: “Amo-te.” Acho que ela sorriu, talvez tenha afagado o
meu cabelo, falta-me a memória de um abraço; seja como for, ela sorriu e foi ter com a Teresa, que
me disse: “Por enquanto, quero a minha filha para mim, pode ser?”.
A partir daí, a Joana evitou-me de surpresa, de mansinho e de coração, a ver se eu acalmava, a ver
se encontrava beleza noutra pessoa, noutro sítio. A Teresa apontou-me o livro de Sepúlveda, num
gesto que dizia “continua a ler”, e eu passei as noites lendo enquanto ouvia as discussões do Bridge e
a voz ensonada da Joana.
Quanto mais acompanhava o zelo de Zorbas, mais o identificava com o zelo da Teresa e a
discrição da Joana, e quando os gatos votaram para falarem com os seres humanos, entendi quanto
custava quebrar um tabu. Incomodado com as tiradas macacas de Matias, temendo que Ditosa
quisesse continuar gato em vez de se tornar gaivota, não me achava merecedor da dedicatória da
Teresa, e estava visto que não merecera o amor da Joana.
Na última noite de leitura, as discussões dos adultos estavam em ponto de rebuçado e a voz da
Joana sonolenta e distante mais e mais. Na página final, a minha barriga caiu em vertigem
acompanhando Ditosa, acabada de empurrar da torre por Zorbas. Mas a gaivota evitou o chão e
voou sobre o porto de Hamburgo, por fim sabendo ser ave. Adormeci pouco depois, certo de que às
quedas se seguem os voos.
Hoje, no meu porto de Hamburgo, Sepúlveda ainda escreve, eu ainda digo à Joana “Amo-te”, e a
Teresa ainda é viva.
Afonso Reis Cabral, Público, 16 de abril de 2020
https://www.publico.pt/2020/04/16/culturaipsilon/opiniao/obrigado-luis-sepulveda-porto-hamburgo-1912597

Projeto A Par e Passo – Português 7  Projetos e Outros Materiais  ASA


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LIVRARIAS
Aveiro
LeYa em Aveiro
Centro Comercial Glicínias Plaza, Lj 68-70
Rua D. Manuel Barbuda e Vasconcelos
3810-498 Aveiro

Funchal
LeYa no Funchal
Rua do Hospital Velho, 44
Sta. Maria Maior
9060-129 Funchal

Lisboa
LeYa na Buchholz
Rua Duque de Palmela, 4
1200-098 Lisboa

Porto
LeYa na Latina
Rua de Santa Catarina, 2-10
4000-441 Porto

Viseu
LeYa na Pretexto
Rua Formosa, 83
3500-135 Viseu

Título

A Par e Passo
Dossiê do Professor De acordo com o Art.o 21.o da Lei
Português 7 Ilustração n.o 47/2006, de 28 de agosto, este
Sónia Oliveira exemplar destina-se ao órgão da
© 2021, ASA,
Autoras escola competente para a adoção
Créditos Fotográficos de manuais escolares.
uma editora do Grupo LeYa
Carla Marques
Ana Paula Neves © Dreamstime Internet
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Ricardo R. Santos Multitipo Livraria Online

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Apoio ao Professor

Telefones: 707 231 231 / 210 417 495


E-mail: apoio@leyaeducacao.com

ISBN Ano | Edição | Tiragem | Exemplares Depósito Legal


978-888-89-1487-9 2021 | 1.a Edição | 1.a Tir. | 0000 Ex. N.o 478 523/21

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