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:iam obstruir o pr
.oDfrnde o passâdo com o presente e opera Moore e FineÌa afimram que a rea-
deacortlo com o processo primáÌio.la,ó+ lidade psíquicâ desjgna um mundo expe-
Segundo Etchegoyen,8 três áreâs pode rienciaÌ subjetivo totaÌ do individuo, in-
ràrn obstruìr o processo an?litico: o dcling cluindo pensaôentos, sentimenÌos e fân
úlr, â reação reÌapèuÌicâ negativâ (RTN) e tâsias, assim como percepções do rì1undo
a reveÌsão dâ perspeclivâ. Apesar das con- Ò{teÌno, independentemenle se elas refle
trovérsias sobrc o conceito e da sobrecarga tem ou nAo com exatidão esse mundo ex
de preconceitos e conotaçÕes ìdeológicas, o terno, tal como visto por outÌo observadoÌ.
rÈrmo achrs segue presente na Ìingtlâgen] Ássim de6nida, â reâlidade psíquica ésinô-
de todos os psicoterapeutas. Trâtâ se de nimo de reâÌidnde interna e realidade sub-
Jm coDceito básico da teorjâ psicaD alítìca e jctivâ. Esses ternìos, segundo os autores,
que deve ser mantido. Para tanto, o que "é expressam a importante visão psicanalítica
d€çessáÍio redelìni lo em termos metapsi- de que a experiéncia subjetiva é outro tipo
rológicos e nào snìplesmente de conduta", de realidade quc ocone paraÌeÌa ao mundo
positivo para o processo. Não havendo â te está foúemente ativê nos fenômenos que
tÌansformâção do negativo em positividadel estamos enfocando. ÀtuaÌìza-se no campo
não ocoffeda processo psicoterâpêutico.2o psicoteÌapêuiico, o que ainda não pode ser
lembradoou sentido, em um esforço maior
pâra evitàr â dorpsíquica, üüda como de Clara,27anos, sexobi
sintegrâção e loucura. critéíos para escohaa
plesença da mãe, tah-i
Reforço, novamente, que o a.tirTg e o
enachert são atos neuÌóticos e, como tâÌ,
do bares eÌn zonas dê!
precisam ocorrer e ser pâsslveis de anáìise.
que Íelátar sel súiF
Denüo ou fora do serÍirg, djzem Ìespeìto
de um psicoierapelrÍ4 il
relação com um homei.i
ao terâpeutâ e devem seÌ sentidos e enten €m bâes. ApÍ€cia de[d
didos dessa forma, sem necessariamente vem;segundo costuÍütt
e\,Ìicitar, de foÌmê ritualísÌicâ, que ,1u- Suassessõessãod
dem à dupÌa. Durante o Ìràtâmento, tüdo vista. Desaf iadoÍa, fallii
o que ocoÍc com a Ìeâlidade psíquica deve iodeslrLtivos e, mesmíríi
O actinge o e actutent serão, portan- ser abordado d€ maneira técnica, como in- terapeotâ sua íelação qa
to, inevitáveis cêda vez que a reúdade psí- t€gante do processo. t is âtaques sem oculq
0a ação teÍaDêutica. tâtc.
quicâ dê dupla o novo campo criado pela Com esse enfoque, o a.ttng e o enact-
iìteÌação - não for sufrcientemente vivida, r']e,rl colocados em cena pela dupÌ4 no acÍing cono no üd\
tratada e toleÍada poÌ eÌa, peÌo fato de evo- sao abordados peÌa técnica e, por vezesl
car situações conflitivas iÌÌconscienres dos âcionâdos peÌâ interpretação transferencial,
dois ou de cada um, reeditatlas por sensa- dependendo do momento pelo qual está vos, são posìtivos para
cam, pela jdentificacâo
çóes pré-vcrbais ainda não representadas passando o pacìente e/ou o psicoterâpeutâ.
pelâ psÌnvrâ. jetiva, â relação sadom,
Nesse ponto do desenvolvimento do obietos internatizados e
tema, impõe se uma pergunta: por serem peìa dupla. Su+reend<
interâçÕes inconscicntes, como ìbordá Ìâs e trequen.ia. recomendan
coÌocáias em pâÌavrâs, em especial nas psi tando para os riscos, o
coterapias? Por se tratar do pré verbal, e as Papcl do objero inten(
palarras serem, muiras vezes, insuÍicienÌes muitos momentos do
para eÌpressaÌ, como perceber e mosrràr? me mobìÌizado peìa pe
Umâ das rcspostâs possíveis seria, de pÌccÀ âtendéJâ ll
como exposto âté o momento, pela aniíìise um bebê, efctivamente r
do actirg e peÌas percepçóes do e ltctment. matcrna, eÌplicirando (
A ação evidencia a realidade psiquica, aqui- preocupâr-me, levando_
1o que a palavra ainda não conseguiu no-
mear. O ato, nindn pârâ não lembrar, en
cena para a dupla e dispara a percepção e A eficácìa técnica com essa paciente,
a paÌawa. Com base no fenômeno dacom a meu ver, estaria na dependência de tor-
pulsão à repetição, o paciente ou a dupla nar inteÌno o que é externo, ou sejâ, inserir rLusïR*
Ìepete ou age paÌa não sentir ou não lem- no sdtting e na relação com o terapeuta, nâ EspoÍÌisia compúlsivo, sed
bÌâr. ÌnsuÊci€nÌ€ por vezes. VoÌtã sempie, transferênciâ e na contratrãnsferênciâ. sua uso de dÍogâs, iefl dÌstúda
perigo de acidentaFsej
sob a mesma ou outrà feição. dor psíquica, pouco faÌada e muito atuada. âpd
É sempre bom ter em mente que a Mesmo com riscos, os d.,iflgr, reileràdâ-
questão da atemporalidade do ìnconscien- mente analisados e aparentemente negati
Psic0ieÍapiâ deorientâEão analítca 345
ciço da identilìcação projetiva como mecã- mareira taÌ que o paciente possa suportá- 2. Há píesença mâc4a dos
age ou fala de modo âprovocar no anaìista mesma sessão, dependendo do inteÌjogo 7 Ìa comunicaqão evidenc
taìs afetos via identìficação pÌojetiva. das identiÍìcaçÕes projetivas e introjeti- express vo e efetivo dã aq
do paciente e, a Partir
?s interpÌetações de uma
l. Acfìnge enactnent'repÍoduzem sensaqões e sentimentos píé verbais.
paciente Possa suPortá_
7. lap'e.eÍ,ara (àdos ne^al r'Ìì0s d" der Lãçao orojetiva.
3. 0 par enlp age cor d5 opss0a. oLp o 0de a n 00r noto de dtiÌrdps dnode".,rivas. dÍigida( a0 Èo
!r0ie/íp\0Licoê'oÍoola na)ptou0cardoeflo(oêscoÍr,ponoene<$,lddspê0tenpÊula,üt
e pÍópria a câdâ Paciente conrrat0enÌ ca0a0 pr0teïl/à.
dstória da dupla esPecífrca 4. IalsiiuaçãoiÍansÍeÍencial-conÍatrânsÍeÍenciâ1, geiada pelos d0is insconscientes,
o doterâpeuta e o
em particular. do paciente, gera o fenômenodo eráôfnert
r @Ínunicà\ão Pre verbal 5- Aformulação dâs peÍcepções deverá s€rem linguagem slmplese pÍópÍia
a cada DacienÌe e de âc0Íd0
de destaque no Processo _ com a hisÌórra dâ dupla específca em üm pÍocesso teÍapêúico em p;Íticolâr
em seü dinâmismo 6. [ssas peÍcepções expÍessam, em seu dinamismo Inconsciente, as íaniasias qu€ se modifcam â cada
ias que se modiÂcarn sessãoe que podem vaÍarem uma mesma sessão, dependendo d0 inteÍlogo;as
tdentificações pÍole
tivas e lnÌÍojeiivas vigentes.
podem variâr em uma
dependendo do interjogo
7. Ial corirn caq;o evidencta â essênclâ do que não é dito e que, no mais das ve4s, é o conteúdo ma s
elprcssivoe eíeìivo da açãoteÍapêuUca edas psicoterâpias inspÍadas na pslcanálise.
projetivas e inÌrojeti -8. Nos quadros mais gÍaves, c0m intensas Íixaqões oÍais e anais
e Íuncionament0 limílÍoíe, a pulsão se
comunicação eüdenciâ a llga a Íepresentações de obieto de escassa eíicácia simbótica.
é dito e qoe, no m.is 9. Â deÍusão instintLlalquese maniÍesta pelotemoÍ de anjqu
lament0 que ameaça oego, sob 0 peso dos
xnteúdo mâis expressivo e maus objetos inlÍojetados, conduz a0 ácfrg e cotoca a Íea|dade psíquica
emcena]ou se;a, o e,raJ
pêutica e das psicotera-
10. ConstruÍmos, como ìerapeutas, o ,,não construído", decoÍendo daía
tmpoÍtânctâ da comprcensão da
mâis graves, com inten- realidade psíquica colocâdâ "em cena,'pela dupla.
e anais e funcionamento
348 EzÍik,Âsuiar& Schesìatsky (oÍss )