Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Galatas 5:22
“Lembra-te, SENHOR, peço-te, de que andei diante de ti com fidelidade, com inteireza de
coração, e fiz o que era reto aos teus olhos; e chorou muitíssimo” II Reis 20.3
Introdução:
A palavra original para fidelidade no grego bíblico é pistis 1, que pode ser traduzido por
crer e tem o sentido de acreditar fielmente, ou seja, além de ter fé, também ser alguém
confiável.
A fidelidade é uma característica Divina (Deuteronômio 32.4), que só pode ser recebida
como fruto do Espírito Santo na vida cristã (Gálatas 5.22).
O rei Ezequias passou por muitas lutas em seu reinado, mas foi fiel a Deus e a tudo o que
devia fazer de forma correta. Por isso, quando adoeceu orou a Deus pedindo que se
lembrasse de sua fidelidade em tudo por ter um coração íntegro, ou seja, inteiro (Isaías
38.1-8).
Vamos refletir sobre dois tipos de fidelidade e aprender com dois exemplos bíblicos:
Os bons exemplos das pessoas devem servir para nos ensinar a ser fiéis, mas a nossa
motivação ao fazer algo deve ser diretamente para Deus e não para as pessoas. Ananias
e Safira não eram obrigados a entregar o dinheiro inteiro do terreno, mas não podiam
mentir contra Deus (Atos 5.4 e 7).
b) Motivação errada
Atos 5.2 “mas, em acordo com sua mulher, reteve parte do preço e, levando o restante,
depositou-o aos pés dos apóstolos”.
A verdadeira fidelidade não está no que as pessoas dizem e sim no que a Palavra de
Deus diz. Ananias e Safira queriam ser destacados entre as pessoas e não ajudar
realmente quem precisava, por isto desagradaram a Deus.
c) Busca de reconhecimento
Atos 5.8 “Então, Pedro, dirigindo-se a ela, perguntou-lhe: Dize-me, vendestes por tanto
aquela terra? Ela respondeu: Sim, por tanto’.
Quem é fiel não precisa se mostrar ou receber reconhecimento das pessoas. Este foi um
erro de Ananias e Safira, condicionando sua fidelidade ao fato de receberem
reconhecimento no meio da Igreja.
Tome cuidado com esta aparente fidelidade que é condicionada. Não olhe o que as
pessoas fazem ou dizem, pense bem qual é a sua real motivação, se está certa e não
espere reconhecimento, pois Deus sabe quem você é.
Ester foi um exemplo de fidelidade incondicional. Embora ela tenha hesitado por um
tempo, talvez ainda não estivesse entendendo o propósito de Deus para sua vida. Mas
assim que foi alertada, logo se posicionou sendo fiel incondicionalmente ao Senhor.
Características da fidelidade incondicional:
Ester 4.13 “...Não imagines que, por estares na casa do rei, só tu escaparás entre todos
os judeus”.
Ester foi avisada por seu primo Mordecai, de que Deus estava vendo tudo o que o povo
passava na rua e o que ela vivia no palácio. Seja fiel não pelo que os outros estão vendo
ou pelo que você mesmo vê, mas pela fé sabendo que Deus vê tudo.
Ester escolheu ser fiel quando entendeu que Deus tinha um propósito para sua vida.
Percebeu que se tornou rainha para ser usada por Deus para defender seu povo. Quando
vivemos pela fé no propósito de Deus para nossas vidas, aprendemos a ser fiéis
incondicionalmente. Não pense no que fizeram ou disseram de você, foque somente no
propósito do Senhor para sua vida.
Ester 4.17 “Vai, ajunta a todos os judeus que se acharem em Susã, e jejuai por mim, e
não comais, nem bebais por três dias, nem de noite nem de dia; eu e as minhas servas
também jejuaremos. Depois, irei ter com o rei, ainda que é contra a lei; se perecer,
pereci”.
No momento em que Ester viu sua impotência diante da situação, logo se colocou na
dependência do Senhor, buscando um milagre. Por isso ela chamou o povo para orar e
jejuar e aceitou plenamente a vontade do Senhor para sua vida, não importando se
pereceria, pois confiava no poder de Deus.
CONCLUSÃO
A fidelidade é algo muito pessoal. Uma decisão que precisamos tomar é a de sermos fiéis
incondicionalmente. Só você sabe se realmente é fiel. Além disso, a fidelidade se mostra
nas pequenas coisas, pois “quem é fiel no pouco também é fiel no muito; e quem é injusto
no pouco também é injusto no muito” Lucas 16.10. Por isso, a fidelidade envolve todas as
áreas de nossas vidas, tanto no relacionamento com o próximo, com Deus e consigo
mesmo.