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VEGETAÇÃO
TMK ENGENHARIA
SÃO VICENTE/SP
JUNHO/2021
SUMÁRIO
1. APRESENTAÇÃO................................................................................................................... 3
2. LOCALIZAÇÃO E ACESSO........................................................................................................ 3
8. ANEXOS ........................................................................................................................... 11
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1. APRESENTAÇÃO
O presente documento visa apresentar a caracterização da vegetação na área onde está
inserida a Marina Aquarium, localizada no município de São Vicente/SP.
A elaboração deste relatório tem por objetivo principal o pleito para supressão de
vegetação isolada na propriedade acima referida junto Prefeitura de São Vicente, com a
finalidade de proporcionar a recuperação de estrutura de alvenaria danificada pelas raízes
dos indivíduos isolados.
2. L OCALIZAÇÃO E ACESSO
A área pertencente à Marina Aquarium, situa-se em Zona Urbana do município de São
Vicente/SP, sob o logradouro Avenida Tupiniquins, nº 1.128 – Bairro Japuí e coordenadas
UTM 7346808.943 m S e 358052.617 m E (Zona 23 S – Sirgas 2000) (Figura 2-1).
Figura 2-1: Macrolocalização da área de estudo (amarelo) em relação ao município de São Vicente/SP. Fonte:
Bing Satellite (2020).
A área é composta por um polígono com área aproximada de 2,4 ha (24.000 m²),
localizado próximo a desembocadura da Baía de São Vicente, num braço de rio do complexo
estuarino local denominado Mar Pequeno. Um dos acessos é realizado a partir da Ponte
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Pênsil sentido Praia Grande/SP, seguindo na Av. Tupiniquins até o número 1.128, lado direito
(Figura2-2).
Figura 2-2: Polígono amarelo de delimitação da área do empreendimento em estudo. Fonte: Bing Satellite
(2020).
3. CARACTERIZAÇÃO AMBIENTAL
3.1. M É TODOS
A caracterização da vegetação objeto de supressão foi efetuada através de visita técnica
realizada na propriedade no dia 07/06/2021, com o objetivo de cadastrar as espécies do local.
A área foi percorrida por caminhada, com a finalidade de identificar as espécies até o
menor nível taxonômico possível através da análise das estruturas vegetais dos indivíduos,
como folhas, folíolos, nervação e formas, partes constituintes das folhas, filotaxia,
características dos troncos e estipes e, quando existentes, flores, frutos, sementes. O critério
de inclusão no cadastramento foi a medida do Diâmetro a Altura do Peito (DAP) dos
indivíduos arbóreos ser igual ou maior a 5 cm (DAP ≥ 5), correspondente acerca de 15,7 cm
de Circunferência a Altura do Peito (CAP); no caso de um dos ramos de um indivíduo possuir o
critério adotado, todos os demais equivalentes foram mensurados. Conjuntamente foi
efetuado o registro fotográfico, o georreferenciamento e a biometria de cada indivíduo
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arbóreo, com a tomada das medidas de CAP a 1,30 m de altura do solo e altura (estimada),
para posterior cálculo exato do DAP, área basal e volume. Para tanto, como ferramentas de
campo foram utilizados: fita métrica flexível de 3 m, régua rígida de 2 m, aparelho GPS
Garmin 64S e câmera fotográfica Sony HX100V.
As fórmulas utilizadas para a biometria foram:
▪ Diâmetro a Altura do Peito (cm): DAP = CAP/π (pi);
▪ Área Basal (m²): AB = π * (DAP)²/40.000; e
▪ Volume (m³): V = AB * altura estimada * fator de forma (0,5)
Para identificação das espécies presentes na área, foi utilizado como referência Lorenzi
(2003).
Durante o levantamento das árvores, foram coletados os seguintes dados:
▪ Nome científico e comum;
▪ Circunferência a Altura do Peito (CAP) de todos os indivíduos arbóreos. Para
árvores que bifurcam abaixo de 1,30 m de altura, são medidos todos os ramos
dentro do critério de inclusão estabelecido;
▪ Diâmetro a Altura do Peito (DAP) de todos os indivíduos arbóreos;
▪ Soma do DAP quadrático, quando aplicável;
▪ Altura total do tronco principal e de todas as bifurcações dentro do limite de DAP
considerado;
▪ Estado fitossanitário;
▪ Manejo pretendido;
▪ Coordenada UTM da localização do indivíduo;
▪ Observações;
▪ Registro fotográfico.
Para a avaliação da presença de espécies ameaçadas de extinção, quando aplicável, é
consultada a Lista Nacional Oficial de Espécies da Flora Brasileira Ameaçadas de Extinção,
publicada pela Portaria nº 443/2014, e a Resolução SMA nº 57/2016, que publica a segunda
revisão da lista oficial das espécies da flora ameaçadas de extinção no Estado de São Paulo.
As Áreas de Preservação Permanente (APP) foram previamente averiguadas virtualmente
através do portal DataGEO (http://datageo.ambiente.sp.gov.br) para análise dos mapas do
Instituto Geográfico e Cartográfico do Estado de São Paulo (IGC-SP) e, consequentemente,
procuradas em campo, a fim de serem caracterizadas e evidenciadas.
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da área de estudo refere-se a Floresta Ombrófila Densa (FOD), conforme o levantamento da
vegetação realizado pelo Instituto Florestal, através do Projeto Radam Brasil (Figura 3.2-1).
Percebe-se também que, em razão da proximidade da área com a massa d’água estuarina,
outra fitofisionomia fronteiriça é percebida, representada pela Vegetação com Influência
Fluviomarinha, comumente denominada manguezal.
Figura 3.2-1: Macrolocalização da área de estudo, inserida na fitofisionomia Floresta Ombrófila Densa (Mata
Atlântica). Fonte: Plataforma DataGEO (disponível em: http://datageo.ambiente.sp.gov.br/app/?ctx=DATAGEO#).
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Figura 3.2-2: Geolocalização dos indivíduos arbóreos isolados pleiteados para supressão na área do
empreendimento. Fonte: Bing Satellite (2020).
Por não haver nenhum indivíduo nativo, não foram identificados exemplares ameaçados
de extinção para o estado de São Paulo, de acordo com a Resolução SMA n° 57/2016, nem na
lista federal, conforme a Portaria MMA nº 443/2014.
Todos os indivíduos se enquadraram no critério de inclusão e foram devidamente
cadastrados (Tabela 3.2-1), sendo que o total do volume estimado de madeira a ser suprimida
é considerado baixo (1,21 m³), bem como a área basal somada de todos os indivíduos (0,26
m²).
Tabela 3.2-1: Indivíduos arbóreos isolados cadastrados que serão suprimidos para a implantação do
empreendimento.
Altura DAP Georeferenc iamento dos
Nome CAP DAP Área basal Volume Estado Manejo Grau de
GP S Espéc ie O rigem total quadrátic o indivíduos (Sirgas 2 0 0 0 , UTM O bservaç ões
c omum (c m) (c m) (m²) (m³) fitossanitário pretendido ameaç a
(m) (c m) 2 3 S)
Terminalia chapéu-
028 exótica 9,0 104 33,0 NA 0,0855 0,3849 bom corte NA 7346942,93 358006,91 -
catappa de-sol
coco-da-
029 Cocos nucifera exótica 7,0 85 27,0 NA 0,0573 0,2004 bom corte NA 7346940,79 358009,71 -
bahia
Terminalia chapéu-
030 exótica 11,0 119 38,0 NA 0,1134 0,6238 bom corte NA 7346938,4 358011,43 -
catappa de-sol
NA = Não Aplicável.
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3.2.1. R ELATÓRIO FOTOGRÁFICO
Figura 3.2.1-1: Vista do indivíduo 028 (Tabela 3.2-1). Figura 3.2.1-2: Vista do indivíduo 029 (Tabela 3.2-1).
Figura 3.2.1-3: Vista do indivíduo 030 (Tabela 3.2-1). Figura 3.2.1-4: Vista dos indivíduos 028, 029 e 030
(respectivamente da esquerda para direita) (Tabela 3.2-
1).
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4. F I NALIDADE DA SOLICITAÇÃO DE AU TORIZAÇÃO
A finalidade deste relatório técnico é subsidiar a análise do órgão ambiental municipal
quanto à solicitação para supressão de 03 (três) indivíduos arbóreos nativos e exóticos
isolados em zona urbana do município de São Vicente /SP por motivo de segurança estrutural
e patrimonial.
5. COMPENSAÇÃO AMBIENTAL
Quanto a necessidade de ser realizado o cálculo compensatório prévio para indivíduos
arbóreos exóticos isolados, foi constatado que a municipalidade não dispõe de legislação
específica para a compensação desses exemplares. Dessa forma, entende-se que que essa
condicionante poderá ser exigida ao interessado após a análise desta solicitação pelo órgão
licenciador (Secretaria de Meio Ambiente de São Vicente/SP).
6. CONSIDERAÇÕES F INAIS
A área de estudo está localizada em zona urbana do município de São Vicente,
caracterizada pela existência de algumas marinas de embarcações junto à margem do curso
d’água que desemboca na Baía de São Vicente. A região conta também com adensamento
populacional expressivo, com comércio bem desenvolvido e via de acesso intermunicipal
(Santos - São Vicente – Praia Grande) consideravelmente utilizada diariamente.
A intervenção pretendida não exercerá nenhuma influência negativa direta ou indireta
sobre APPs e Unidades de Conservação (UC - Lei Federal nº 9.985/2000) de qualquer esfera
pública ou particular. A UC mais próxima é o Parque Estadual Xixová-Japuí, porém a área de
estudo situa-se integralmente fora do domínio direto dessa área de proteção ambiental.
Contudo, é solicitada autorização para supressão de 03 (três) indivíduos arbóreos isolados
de origem exótica, nos quais não se aplica a classificação de espécies ameaçadas, segundo a
lista oficial estadual e federal (Resolução SMA n° 57/2016 e a Portaria MMA nº 443/2014).
A compensação ambiental pela supressão dos exemplares cadastrados não foi
estabelecida neste documento, em virtude da inexistência de ato normativo por parte da
Prefeitura de São Vicente para tal finalidade. Portanto, é esperado que a municipalidade
estabeleça posteriormente tal disposição, mediante a análise da solicitação de supressão.
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7. REF ERÊNCIAS BI BLIOGRÁFICAS
BRASIL. LEI FEDERAL Nº 9.985, DE 18 DE JULHO DE 2000 - Regulamenta o art. 225, § 1º,
incisos I, II, III e Vll da Constituição Federal, institui o Sistema Nacional de Unidades de
Conservação da Natureza e dá outras providências;
SÃO PAULO. RESOLUÇÃO SMA Nº 57, DE 05 DE JUNHO DE 2016 - Publica a segunda revisão da
lista oficial das espécies da flora ameaçadas de extinção no Estado de São Paulo.
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