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Aula 08

Contabilidade p/ PC-DF (Agente) Com


Videoaulas- Pós-Edital (Profs. Júlio C.,
Luciano R. e Silvio S.)

Autores:
Luciano Rosa, Júlio Cardozo
Aula 08

18 de Julho de 2020

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Luciano Rosa, Júlio Cardozo
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Sumário

1. Ativo Não Circulante..................................................................................................................... 3

1.1 - Ativo Não Circulante – Realizável A Longo Prazo ............................................................................................ 3

1.2 - Ativo Não Circulante – Investimentos ................................................................................................................... 5

- Método De Custo ........................................................................................................................................................ 7

- Método Da Equivalência Patrimonial ................................................................................................................... 12

- Conceito de controle ............................................................................................................................................... 20

- Conceito de Coligação ........................................................................................................................................... 23


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1.3 - Indo Além - Propriedade Para Investimento ................................................................................................... 29

1.4 - Ativo Não Circulante Imobilizado ...................................................................................................................... 31

1.5 - Ativo Não Circulante - Intangível....................................................................................................................... 33

2. Considerações Finais .................................................................................................................................................. 35

3. Questões Comentadas ............................................................................................................................................... 36

4. Lista de Questões........................................................................................................................................................ 46

5. Gabarito ...................................................................................................................................................................... 50

6. Resumo .......................................................................................................................................................................... 51

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APRESENTAÇÃO
Olá, pessoal! Tudo bem?

Sejam bem-vindos a mais uma aula do nosso curso de Contabilidade.

É com uma grande alegria que estamos aqui para ministrar mais um pouquinho desta disciplina
que, no começo pode parecer difícil, mas depois passa a ser muito boa de se estudar!
Contabilidade é muito bom!

Hoje, comentaremos um subgrupo do Ativo, chamado de Ativo Não Circulante. Será uma aula
bastante interessante, onde estudaremos diversos artigos da Lei 6404/76 e de alguns
Pronunciamentos Contábeis. Vamos lá?

Quaisquer dúvidas, estamos à disposição!

Um abraço.

Luciano Rosa/ Silvio Sande/ Julio Cardozo

Dicas diárias de Contabilidade no Instagram: @contabilidadeconcurso @prof.silviosande e


@profjuliocardozo

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1. ATIVO NÃO CIRCULANTE


O ativo não circulante é composto por:

1 – ativo não circulante realizável a longo prazo;

2 – investimentos;

3 – imobilizado;

4 – intangível.

Esquematizemos:

RLP

Investimentos
Ativo não
circulante
Imobilizado

Intangível

1.1 - Ativo Não Circulante – Realizável A Longo Prazo

Segundo a Lei das Sociedades por Ações (6.404/76), o ativo não circulante realizável a longo prazo
é composto por:

Art. 179. II - No ativo realizável a longo prazo: os direitos realizáveis após o término
do exercício seguinte, assim como os derivados de vendas, adiantamentos ou
empréstimos a sociedades coligadas ou controladas (artigo 243), diretores,
acionistas ou participantes no lucro da companhia, que não constituírem negócios
usuais na exploração do objeto da companhia;

 Direitos realizáveis após o término do exercício seguinte

O balanço é elaborado ao término do exercício social, vamos supor, 31.12.20x0. O exercício social
seguinte é 20x1. Os direitos a receber em 20x2 e exercícios posteriores são classificados no ANC
– RLP. Esses direitos também podem ser reais (animais em criação ou bens que exijam longo
período de produção) ou pessoais (duplicatas a receber).

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 Direitos realizáveis decorrentes de operações com pessoas ligadas à entidade

Nesse ponto, deve-se ficar atento para que os três requisitos sejam atendidos, a espécie do
direito, a operação ser não usual e pessoa ligada (devedor). Se essas condições não forem
atendidas, seguimos a regra geral.

Esquematizemos:

Ativo não circulante - Realizável a Longo Prazo


Direito realizáveis após o término do exercício social subsequente
Venda Coligadas/Controladas
Direito derivado de Adiantamento Diretores, administradores, sócios Não usual
Empréstimo Acionistas ou participantes do lucro

Por exemplo: Uma rede de supermercados realiza venda de produtos de seu estoque para
determinado diretor, para que este possa realizar sua festa de aniversário de 50 anos. O
pagamento por parte do diretor à companhia se dará dentro de 10 meses. Qual a classificação?

Neste caso, será ativo circulante, já que se trata de venda de negócio usual, ou seja, os próprios
produtos da rede de supermercados.

Se for usual, você deve analisar como se fosse uma operação normal feita pela entidade e
classificar conforme o prazo.

Esquematizemos:

Circulante
Segue
É negócio usual da a
empresa regra
geral!
Venda de Não Circulante
Mercadoria para
diretor
Não Circulante
Não é negócio
(independente do
usual da empresa
prazo)

Agora, imaginem que os ganhos recebidos por este diretor não tenham sido suficientes para quitar
as demais dívidas decorrentes deste aniversário. A companhia, então, oferece um empréstimo,
para pagamento também em 10 meses, a fim de que essas obrigações sejam quitadas com os
terceiros respectivos. Qual a classificação deste direito a receber?

Neste caso, temos empréstimo a diretor, em negócio não usual. Logo, mesmo que o prazo de
recebimento seja 10 meses, estamos diante de um ativo não circulante – realizável a longo prazo.

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1.2 - Ativo Não Circulante – Investimentos

Art. 179. As contas serão classificadas do seguinte modo:

III - em investimentos: as participações permanentes em outras sociedades e os


direitos de qualquer natureza, não classificáveis no ativo circulante, e que não se
destinem à manutenção da atividade da companhia ou da empresa;

Esquematizemos:

Participações
permanentes
Não classificáveis no
ANC-Investimentos
AC

Direitos
Não se destinem à
manutenção das
atividades

 Participações permanentes

Portanto, neste subgrupo classificam-se as participações permanentes em outras sociedades, isto


é, aqueles investimentos em sociedades cujo caráter não seja o especulativo. Os benefícios
esperados são pela permanência desses investimentos na empresa, como um projeto de expansão
de negócios. Querem um caso da vida real?

Petrobras adquire participação de 50% em bloco


exploratório na Namíbia
Esse é um exemplo real de um investimento permanente, pois a Petrobras não está comprando
uma participação acionária nesse bloco aguardando a valorização das ações e depois se desfazer
delas. A intenção é obter benefícios pela sinergia dos ativos das duas empresas! Legal, não é
mesmo?

 Direitos de qualquer natureza, não classificáveis no ativo circulante

Além disso, os direitos classificáveis nesse grupo são aqueles que não se encaixam no ativo
circulante e nem no realizável em longo prazo, e sempre com essa característica de permanência.

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 Não se destinem à manutenção da atividade;

Ou seja, ativos que a empresa já decidiu qual será a destinação deles, NÃO podem ser
considerados como investimentos. Por exemplo, um terreno adquirido para a construção da sua
sede administrativa não é representa um Investimento, mas um Ativo Imobilizado.

Pela Lei 6.404, esses investimentos podem ser avaliados por dois métodos (a serem estudados
adiante): o método de custo e o método da equivalência patrimonial (MEP).

Pelas normas internacionais (CPCs), esses investimentos podem ser avaliados pelo MEP, pelo custo
ou pelo valor justo! Não se preocupe agora.

Vamos explicar um pouco melhor essa distinção.

Investimentos com fins meramente especulativos são aqueles que não representam, por exemplo,
uma proposta de expansão da atuação da empresa. Imagine, por exemplo, que a empresa
Petrobrás faça aquisição de participação em outras empresas que explorem gás na África. A ideia
aqui é aumentar a sua atuação, ampliar seus negócios. Aproveitar a sinergia dos ativos! Portanto,
comprando ações dessas empresas, a classificação será ativo não circulante investimentos.

Agora, imagine que a mesma empresa tenha uma sobra de caixa e faça a aquisição de alguns
títulos de uma empresa na área de informática que acaba de abrir o seu capital, cujo vencimento
é de 6 meses. A ideia aqui é apenas auferir rendimentos com a valorização e não expandir sua
atuação. Havendo uma boa oportunidade, a empresa venderá os títulos. Apesar de ser um
investimento em sentido amplo, não são classificados no Ativo Não Circulante – Investimentos,
podem representar Ativos Circulantes ou Realizáveis em Longo Prazo.

Ainda, são classificáveis como Ativo não Circulante - Investimentos os direitos que não sejam
classificáveis em outros grupos. Os exemplos clássicos a serem levados para a prova são: obras de
arte, casas e edificações mantidas para aluguel e terrenos.

(Analista/FUNPRESP/2016) Os investimentos avaliados pelo método de equivalência


patrimonial devem figurar no ativo circulante do balanço patrimonial, em razão da alta liquidez
que possuem.
Comentários:
O item está incorreto! Os investimentos avaliados pelo MEP são classificados no ativo não
circulante – investimentos.

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Segundo a Lei 6.404/76, há duas formas de avaliar os investimentos permanentes: pelo método
de custo ou pelo método da equivalência patrimonial.

Os investimentos em coligadas e controladas, sociedade do mesmo grupo e sob


controle comum são avaliados pelo método da equivalência patrimonial.

Os outros investimentos, que não sejam em coligadas e controladas, serão


avaliados pelo método de Custo. Vejam que este critério é residual.

Vamos esquematizar?

Coligadas

Controladas
MEP
Investimentos

Sociedades sob
controle comum

Mesmo grupo

Custo Outros

Valor Justo

No momento oportuno falaremos o que são empresas coligadas, controladas ou sociedades sob
controle comum.

- Método De Custo

Conforme a Lei 6404/76:

Critérios de avaliação do ativo

Art. 183. No balanço, os elementos do ativo serão avaliados segundo os seguintes


critérios:

III - os investimentos em participação no capital social de outras sociedades,


ressalvado o disposto nos artigos 248 a 250, pelo custo de aquisição, deduzido de
provisão para perdas prováveis na realização do seu valor, quando essa perda
estiver comprovada como permanente, e que não será modificado em razão do
recebimento, sem custo para a companhia, de ações ou quotas bonificadas;

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IV - os demais investimentos, pelo custo de aquisição, deduzido de provisão para


atender às perdas prováveis na realização do seu valor, ou para redução do custo
de aquisição ao valor de mercado, quando este for inferior;

Os artigos 248 a 250 referem-se aos investimentos em coligadas e controladas, que estudaremos
a seguir.

Os investimentos do método de custo são avaliados pelo custo de aquisição, deduzido de provisão
para perdas prováveis, se esta perda for comprovada como permanente. Por exemplo: foram
adquiridos títulos, ativos financeiros, da empresa ACME S/A pelo custo de R$ 50.000, mas
verificou-se que há uma perda considerada permanente de 10%, assim sendo, a empresa ACME
S/A deve evidenciar essa ajuste:

Avaliação dos investimentos pelo método de custo

Custo de aquisição R$ 50.000

(-) Ajuste para perdas prováveis (R$ 5.000)

Tecnicamente, o nome provisão utilizado no artigo 183, III, está incorreto, já que provisões são
sempre passivos de prazo ou valores incertos, mas ainda temos que conviver com contas de
provisão que ajustam, retificam, contas de ativos.

Portanto, se cair em prova, aceite normalmente.

Esquematizemos:

AvaliIação Custo de aquisição


Investimentos
avaliados pelo custo
(-) Ajuste perdas Se a perda for
prováveis permanente

Como todos nós quando investimos em algo esperamos algum retorno, o retorno do capital
aplicado em empresas geralmente é chamado de dividendos, que é a remuneração, a participação
do acionista no lucro.

Os dividendos distribuídos no método de custo são contabilizados como receita, quando da


distribuição FORMAL DE LUCROS. Não importa quando o lucro foi gerado, mas quando houve a
formalização da distribuição.

Vejam. Esse aspecto é relevante! No dividendo avaliado pelo custo, a empresa em que investimos
fala “sua parte nos dividendos é X”, então nós reconheceremos este montante como receita de
dividendos.

De vez em quando, algumas provas misturam alguns aspectos da legislação tributária com
aspectos contábeis e precisamos nos precaver.

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Por uma determinação da legislação tributária, se os dividendos distribuídos no prazo de até 6


meses após a aquisição do investimento são considerados como uma recuperação de parte do
investimento. Não afetam o resultado, isto é, não representam receitas. A justificativa para esse
procedimento é que o valor da compra já incluía o lucro, que seria posteriormente distribuído.

Confira o Regulamento do Imposto de Renda:

Art. 416. Os lucros ou os dividendos recebidos pela pessoa jurídica, em


decorrência de participação societária avaliada pelo custo de aquisição, adquirida
até seis meses antes da data da sua percepção, serão registrados pelo contribuinte
como diminuição do valor do custo e não influenciarão as contas de resultado (
DECRETO Nº 9.580, DE 22 DE NOVEMBRO DE 2018

Já apareceu em provas também a seguinte expressão “a distribuição de dividendos já foi


determinada no momento da aquisição do investimento”.

Isso também é um indicativo que devemos contabilizar a distribuição de dividendos não como
receita, mas com redução do investimento.

Já iremos fazer a contabilização e tudo ficará mais claro.

Esquematizemos:

Avaliação:
Se a perda for
Custo de aquisição
permanente
- Perdas prováveis

Inv. Custo
Receita

Dividendos
6 meses (ou acordados
no momento da
aquisição):
Redução do custo

Os lançamentos são os seguintes.

 Aquisição de investimento avaliado pelo método de custo, pelo valor de R$ 1.000,00.

Lançamento na aquisição:

D – Investimentos avaliados pelo método de custo (Investimentos) 1.000,00


C – Caixa (Ativo Circulante) 1.000,00

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Razonetes:

Inv - Custo Caixa


1000 1000

 Dividendos declarados, no valor de R$ 100,00, dentro de 6 meses ou acordados no momento


da distribuição:

D – Dividendos a receber (Ativo circulante) 100,00


C – Investimentos avaliados pelo método de custo (Investimentos) 100,00

Razonetes:

Dividendos a rec. Inv - Custo


100 1000 100

Vejam que nesta hipótese houve uma redução do valor do investimento. Você registrou um direito
a receber no ativo (dividendos a receber) e reduziu o valor do investimento no ativo não circulante
- investimentos.

É como, se quando você já tivesse comprado a ação, tivesse pago o valor cheio, que já estava com
dividendos. Não há registro em qualquer conta de resultado, de receita.

 Dividendos declarados, no valor de R$ 200,00, após 6 meses ou sem acordo inicial:

D – Dividendos a receber (Ativo circulante) 200,00


C – Receita de dividendos (Outras receitas operacionais – Resultado) 200,00

Razonetes:

Dividendos a rec. Receita de divid.


200 200

Notem a diferença. Aqui, da mesma maneira, nós registramos um valor a receber no ativo
(dividendos a receber). Todavia, a contrapartida foi a chamada receita de dividendos, em outras
receitas operacionais.

Perda, no valor de R$ 300,00, considerada como permanente:

D – Despesa com perda em investimentos (Resultado) 300,00


C – Ajuste para perdas permanentes – Invest. Custos (Ret. Ativo) 300,00

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Razonetes:

Desp - Perd. Inv. Ajuste Perda Perm.


300 300

Perceba que aqui haverá uma redução do investimento. Contudo, essa redução não é feita
diretamente na conta investimentos, mas em uma conta retificadora, que podemos chamar de
ajuste para perdas permanentes ou provisão para perdas permanentes.

Vejamos uma questão abordada em 2013, para o concurso de Agente Fiscal de Rendas do
ICMS/SP:

(Agente Fiscal de Rendas/ICMS/SP /2013) A Cia. Futurista adquiriu 3% das ações da Cia. Atual,
em 20/02/2013, por R$ 4.560,00. As sociedades não são do mesmo grupo nem estão sob
controle comum. O investimento adquirido não caracteriza controle nem influência
significativa sobre a investida, mas a Cia. Futurista possui a intenção de permanecer com este
investimento por vários exercícios, ou seja, não há intenção de venda. Neste caso, o
investimento, classificado no ativo não circulante da Cia. Futurista, será avaliado pelo
A) custo corrente corrigido.
B) método da equivalência patrimonial.
C) método de custo.
D) método da conciliação.
E) método de crédito unitário projetado.
Comentários:
Como resolver essa questão?
Vamos lá! Inicialmente, você deve verificar se o investimento tem caráter especulativo ou
permanente. E a questão deu a dica... “a Cia. Futurista possui a intenção de permanecer com este
investimento por vários exercícios, ou seja, não há intenção de venda”.
Portanto, classifica-se no ativo não circulante investimentos. A partir daí, já sabemos que ou será
método de custo ou método da equivalência patrimonial.
Inicialmente, você deverá checar se se trata de equivalência (MEP). Caso não se enquadre, será
avaliado pelo custo. O método de custo é residual.
Pois bem, para ser MEP deve ser controlada (maioria das ações com direito a voto ou poder de
eleger maioria dos administradores), coligada (quando há influência significativa), sociedades do
mesmo grupo ou sob controle comum.
E vamos ver o que a questão disse? “A Cia. Futurista adquiriu 3% das ações da Cia. Atual, em
20/02/2013, por R$ 4.560,00. As sociedades não são do mesmo grupo nem estão sob controle
comum. O investimento adquirido não caracteriza controle nem influência significativa sobre a
investida”.
Veja, nesta hipótese, portanto, resta claro que será avaliado pelo custo, já que todas as outras
hipóteses foram descartadas.

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Como a questão menciona que o investimento adquirido não caracteriza controle nem influência
significativa sobre a investida, mas há intenção de permanecer com o investimento, deverá ser
avaliado pelo método de custo.
O gabarito é letra c.

- Método Da Equivalência Patrimonial

A Lei 6.404/76 estabelece o seguinte:

Avaliação do Investimento em Coligadas e Controladas

Art. 248. No balanço patrimonial da companhia, os investimentos em coligadas


ou em controladas e em outras sociedades que façam parte de um mesmo grupo
ou estejam sob controle comum serão avaliados pelo método da equivalência
patrimonial, de acordo com as seguintes normas: (Redação dada pela Lei nº
11.941, de 2009)

O Método da Equivalência Patrimonial (MEP) consiste em reconhecer o resultado auferido pela


investida na medida em que ocorre, e não apenas quando há distribuição de dividendos. Por essa
metodologia, QUALQUER ALTERAÇÃO no Patrimônio Líquido da Investida é reconhecida pela
Investidora, no resultado do exercício ou diretamente no Patrimônio Líquido, o que chamamos de
Outros Resultados Abrangentes.

Gravem isso: alterou o PL da investida vai gerar alteração na investidora também!

Vejam a definição desse método prevista no CPC 18:

Método da equivalência patrimonial é o método de contabilização por meio do


qual o investimento é inicialmente reconhecido pelo custo e, a partir daí, é
ajustado para refletir a alteração pós-aquisição na participação do investidor sobre
os ativos líquidos da investida.

Para isso, multiplicamos o percentual de participação da investidora pelo PL da investida, e


comparamos com o valor do investimento da investidora.

Como calcular o ganho ou a perda com equivalência patrimonial?

Percentual
Ganho ou
de
Resultado da Perda
participação
Investida Equivalência
da
Patrimonial
investidora

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Vejamos a contabilização, completa, do MEP.

Exemplo: a Cia ABC foi constituída em 31.12.X1, com capital social de R$ 100.000, sendo que a
empresa KLS adquiriu 90% do capital da Cia ABC. Trata-se de uma controlada. Portanto esse
investimento da empresa KLS será avaliado pelo MEP.

A CIA ABC apresentou os seguintes resultados:

- 31.12.X2 – prejuízo de 40.000 (lançado integralmente em Prejuízos acumulados)

- 31.12.X3 – lucro de 10.000 (usado para abater parte dos prejuízos acumulados)

- 31.12.X4 – lucro de 50.000, sem distribuição de dividendos. (usado para abater o restante dos
prejuízos e para constituição de reservas)

- 31.12.X5 – lucro de 30.000, com distribuição de dividendos no valor de $20.000 e constituição


de reservas no valor restante.

Na empresa KLS, a contabilização, nos diversos anos, seria a seguinte:

 Pela aquisição, em 31.12.X1:

D – Investimento avaliado pelo MEP – CIA ABC 90.000


C – Caixa/bancos 90.000

Razonetes:

Investimento Caixa
90000 90000

Como a Cia ABC acabou de ser constituída, seu balanço patrimonial tem a seguinte configuração:

Balanço Patrimonial ABC (Investida)


Ativo R$ 100.000,00 PL R$ 100.000,00
Total do Ativo R$ 100.000,00 Total do PL R$ 100.000,00

A empresa KLS possui 90% do Capital Social da Cia ABC. Desse modo, o valor do seu investimento
é de:

Balanço Patrimonial ABC (Investida)


Ativo R$ 100.000,00 PL R$ 100.000,00
Total do Ativo R$ 100.000,00 Total do PL R$ 100.000,00

90% x PL Investida R$ 90.000,00


Valor do investimento da KLS

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 Em 31.12.X2 a Cia ABC apurou prejuízos de R$ 40.000.

Seu Balanço Patrimonial é o seguinte:

Balanço Patrimonial ABC (Investida)


PL
Ativo R$ 60.000,00 Capital Social R$ 100.000,00
(-) Prejuízos Acumulados -R$ 40.000,00
Total do Ativo R$ 60.000,00 Total do PL R$ 60.000,00

90% x PL Investida R$ 54.000,00


Valor do investimento da KLS

Valor da participação da Empresa KLS: R$ 60.000 x 90% = R$ 54.000


==e9abe==

Observação: para simplificar, vamos considerar que o Passivo é igual a zero. Como
para o MEP o que interessa é o valor do PL, tal simplificação não fará diferença.

Vamos comparar esse valor com o valor do investimento registrado no ativo da empresa KLS:

Valor registrado em 31.12.X1 R$ 90.000,00


Valor calculado pelo MEP em 31.12.X2 R$ 54.000,00
Resultado do MEP R$ 36.000,00
Prejuízo

Há prejuízo na participação societária, já que o valor do PL da investida diminuiu. O que acontece


no PL da investida, reflete na investidora. Como dissemos, quando compramos uma participação
avaliada pelo MEP, compramos uma fatia da empresa investida.

Contabilização na empresa KLS:

D – Perdas com MEP (resultado) 36.000


C - Investimento avaliado pelo MEP – CIA ABC 36.000

Razonetes:

Investimento Perda com MEP


90000 36000 36000
54000

Com a contabilização acima, o investimento fica registrado, na empresa KLS, pelo valor de R$
54.000, que corresponde a 90% do PL da CIA ABC.

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Forma de cálculo mais rápida MEP:

Como o resultado da Cia ABC foi um prejuízo de R$ 40.000, o resultado do MEP


para a empresa KLS poderia ser calculado diretamente sobre este resultado:

Prejuízo Cia ABC R$ 40.000 x participação da KLS 90% = R$ 36.000

 31.12.X3 – Lucro de 10.000 (usado para abater parte dos prejuízos acumulados).

Contabilização na Cia ABC:

D – Resultado do Exercício 10.000


C – Prejuízos acumulados(PL) 10.000

Razonetes:

Apuração do resultado Prejuízos acumulados


10000 10000 40000 10000
Lucro Saldo inicial

O Balanço Patrimonial da Cia ABC fica assim:

Balanço Patrimonial ABC (Investida)


PL
Ativo R$ 70.000,00 Capital Social R$ 100.000,00
(-) Prejuízos Acumulados -R$ 30.000,00
Total do Ativo R$ 70.000,00 Total do PL R$ 70.000,00

90% x PL Investida R$ 63.000,00


Valor do investimento da KLS

Valor da participação da Empresa KLS: R$ 70.000 x 90% = R$ 63.000

Vamos comparar esse valor com o valor do investimento registrado no ativo da empresa KLS:

Valor registrado em 31.12.X2 R$ 54.000,00


Valor calculado pelo MEP em 31.12.X3 R$ 63.000,00
Resultado do MEP R$ 9.000,00
Lucro

Contabilização na empresa KLS:

D – Investimento avaliado pelo MEP – CIA ABC 9.000


C – Ganho com Equivalência Patrimonial - CIA ABC 9.000

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Razonetes:

Investimento Ganho com MEP


90000 36000 9000
9000
63000

Forma de cálculo mais rápida MEP:

Lucro Cia ABC 10.000

x Participação da KLS 90%

Resultado do MEP 9.000

Chamamos a atenção para o fato de que o MEP reflete, na investidora, o que está ocorrendo com
o resultado da investida. Assim, quando a investida apura prejuízo ou lucro, isso se reflete no
resultado da investira, independentemente da distribuição dos dividendos. O reconhecimento não
é apenas quando ocorre a distribuição formal do lucro, anotem isso!

 31.12.X4 – Lucro de R$ 50.000, sem distribuição de dividendos. (Usado para abater o restante
dos prejuízos e para constituição de reservas).

Contabilização na Cia ABC:

D – Resultado do Exercício 50.000


C – Prejuízos acumulados (PL) 30.000
C – Reservas de Lucro (PL) 20.000

Razonetes:

Apuração do resultado Prejuízos acumulados


10000 10000 40000 10000
30000 50000 30000
20000
0 0

Reservas de lucro
20000

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O Balanço Patrimonial da Cia ABC fica assim:

Balanço Patrimonial ABC (Investida)


PL
Ativo R$ 120.000,00 Capital Social R$ 100.000,00
Reserva de lucros R$ 20.000,00
Total do Ativo R$ 120.000,00 Total do PL R$ 120.000,00

90% x PL Investida R$ 108.000,00


Valor do investimento da KLS

Valor da participação da Empresa KLS: R$ 120.000 x 90% = R$ 108.000

Vamos comparar esse valor com o valor do investimento registrado no ativo da empresa KLS:

Valor registrado em 31.12.X3 R$ 63.000,00


Valor calculado pelo MEP em 31.12.X4 R$ 108.000,00
Resultado do MEP R$ 45.000,00
Lucro

Contabilização na empresa KLS:

D – Investimento avaliado pelo MEP – CIA ABC 45.000


C – Resultado da Equivalência Patrimonial - CIA ABC 45.000

Razonetes:

Investimento Ganho com MEP


90000 36000 45000
9000
45000
108000

Forma de cálculo mais rápida MEP:

Lucro Cia ABC 50.000

x Participação da KLS 90%

Resultado do MEP 45.000

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 31.12.X5 – Lucro de 30.000, com distribuição de dividendos no valor de R$ 20.000 e constituição


de reservas no valor restante.

Contabilização na Cia ABC:

D – Resultado do Exercício 30.000


C – Lucros Acumulados (PL) 30.000

Razonetes:

Result. Exercício Lucros acumulados


30000 30000 30000
Lucro

Neste caso, precisamos considerar o PL da Cia ABC antes da distribuição dos dividendos, para a
correta apuração do resultado da Equivalência Patrimonial.

Balanço Patrimonial da Cia ABC fica assim:

Balanço Patrimonial ABC (Investida)


PL
Capital Social R$ 100.000,00
Ativo R$ 150.000,00
Reserva de lucros R$ 20.000,00
Lucros acumulados R$ 30.000,00
Total do Ativo R$ 150.000,00 Total do PL R$ 150.000,00

90% x PL Investida R$ 135.000,00


Valor do investimento da KLS

Vamos comparar esse valor com o valor do investimento registrado no ativo da empresa KLS:

Valor registrado em 31.12.X4 R$ 108.000,00


Valor calculado pelo MEP em 31.12.X5 R$ 135.000,00
Resultado do MEP R$ 27.000,00
Lucro

Contabilização na empresa KLS:

D – Investimento avaliado pelo MEP – CIA ABC 27.000


C – Ganho com Equivalência Patrimonial - CIA ABC 27.000

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Razonetes:

Investimento Ganho com MEP


90000 36000 27000
9000
45000
27000
135000

Quando apuramos o resultado do exercício na investida, lançamos para a conta lucros acumulados.
Ela não pode possuir saldo final, mas continua a existir para receber os valores da demonstração
do resultado de modo transitório. Só poderá existir no balanço a conta prejuízo acumulado.

A partir da conta Lucros Acumulados, é feita a destinação dos lucros, vejam:

Compensação de
Destinação do Lucro

Prejuízos

Aumento de
Capital Social

Reservas de Lucros

Dividendos

O enunciado disse que dos lucros acumulados seria R$ 20.000,00 para dividendos e R$ 10.000,00
para reservas de lucros.

Então, agora, vamos zerar a conta lucros acumulados.

Contabilização na Cia ABC:

D – Lucros Acumulados (PL) 30.000


C – Reservas de Lucro (PL) 10.000
C – Dividendos a Pagar (Passivo) 20.000

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Razonetes:

Lucros acumulados Reserva de lucros Div. a pagar


10000 30000 20000 20000
20000 10000

O Balanço Patrimonial da Cia ABC fica assim:

Balanço Patrimonial ABC (Investida)


Passivo
Dividendos a pagar R$ 20.000,00
Total do Passivo R$ 20.000,00
Ativo R$ 150.000,00 PL
Capital Social R$ 100.000,00
Reserva de lucros R$ 30.000,00
Total do PL R$ 130.000,00
Total do Ativo R$ 150.000,00 Total do Passivo + PL R$ 150.000,00

90% x PL Investida R$ 117.000,00


Valor do investimento da KLS

- Conceito de controle

Sabemos que existem empresas que aparentemente são independentes, mas fazem parte de um
mesmo grupo econômico. Todos os dias vemos notícias de empresas que adquirem outras, não é
mesmo?

Para avançarmos no nosso estudo, precisamos saber o que são empresas controladas e coligadas,
para isso, iremos recorrer ao Pronunciamento CPC 18 - Investimento em Coligada e em
Controlada:

2. Os termos a seguir são utilizados no presente Pronunciamento com os seguintes


significados:

Controle é o poder de governar as políticas financeiras e operacionais da entidade


de forma a obter benefícios de suas atividades.

A Lei 6404/76 (Lei das SA) apresenta as seguintes definições:

Art. 243 § 2º: Considera-se controlada a sociedade na qual a controladora,


diretamente ou através de outras controladas, é titular de direitos de sócio que
lhe assegurem, de modo permanente, preponderância nas deliberações sociais e
o poder de eleger a maioria dos administradores.

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Esquematizando:

Preponderência nas
deliberações sociais
De modo
Controle permanente
Poder de eleger a
maioria dos
administradores

E como se dá a preponderância nas deliberações sociais? Temos de saber um pouco de direito


empresarial aqui! Você tem de saber que as ações de uma sociedade anônima podem ser
ordinárias ou preferenciais.

As ordinárias são as que dão direito a voto, enquanto as preferenciais, na maioria das vezes dão
privilégios a seus detentores, como dividendo maior ou prioridade para reembolso do capital, mas
são frustradas do direito a voto.

Vamos esquematizar?

Ações ordinárias Ações preferenciais


•Ações "comuns" •Em regra não dão direito a voto
•Em regra dão direito a voto •Possuem maior dividendo ou
prioridade para reembolsar o capital

Atenção! O número máximo de ações preferenciais sem direito a voto é de 50%


do total!

Querem entender como funciona na prática? Tem uma questão bem interessante.

(Agente Fiscal de Rendas/ICMS SP/2009) A Cia. Eclipse Supermercados, dando continuidade


à sua estratégia de expansão, no início de 2008, participa da constituição da Cia. de Varejo
Luna, cujo capital social totalmente subscrito e integralizado, na ocasião, será formado por um
total de 2.000.000 de ações, distribuídas de acordo com limites legais, em ações ordinárias e
preferenciais, todas com valor nominal unitário de R$ 30,00. É política da empresa manter o
controle direto de todas as suas investidas, desembolsando sempre o valor mínimo necessário.
Neste caso, de acordo com a legislação societária, para manter o controle da Cia. de Varejo
Luna, no mínimo, a empresa deverá integralizar o capital social da investida no valor de
(A) R$ 66.000.000,00
(B) R$ 60.000.000,00
(C) R$ 30.000.030,00
(D) R$ 20.000.300,00

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(E) R$ 15.000.030,00
Comentários:
As sociedades anônimas possuem dois tipos de ações:
1) ordinárias: dão direito a voto;
2) preferenciais: não dão direito a voto, mas têm preferências na distribuição de dividendos.
O voto é utilizado nas tomadas de decisões sociais, na Assembleia Geral (AG), órgão máximo
deliberativo de uma SA.
Para haver preponderância nas deliberações sociais através da AG faz-se necessária a propriedade
de mais de 50% das ações que dão direito a voto, isto é, 50% das ações mais 1 ação, o que
caracteriza, também, o controle.
Ademais, devemos notar que a questão diz que o capital social é distribuído de acordo com os
limites legais. A lei das SA´s, artigo 15, §2º, estabelece que no máximo 50% do total das ações
emitidas poderá ser preferencial (ou seja, que não dão direito a voto).
Enfim, extraímos as seguintes conclusões da questão:
1) A empresa Eclipse quer o controle direto na Cia Luna, desembolsando o mínimo.
2) O controle é caracterizado pela preponderância nas deliberações sociais (nas SA pela
Assembleia Geral).
3) Votam na Assembleia Geral apenas as ações ordinárias (as preferenciais não).
4) A Cia. Eclipse deve, portanto, possuir 50% + 1 ação ordinária da Cia. Luna como mínimo.
5) Como são 2.000.000 ações distribuídas de acordo com o limite legal, podemos inferir que
1.000.000 serão ordinárias e 1.000.000 serão preferenciais (LSA, art. 15, §2º).
6) O controle será exercido por 500.001 ações ordinárias (50% + 1 ação), o que equivale a
15.000.030,00 (500.001 x R$ 30).
O gabarito é, portanto, letra e.

Atenção! O conceito de controle da lei 6.404 está plenamente de acordo com o


conceito de controlada do pronunciamento do CPC.

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- Conceito de Coligação

Lei 6.404/76:

Art. 243 § 1º: São coligadas as sociedades nas quais a investidora tenha influência
significativa.

§ 4º Considera-se que há influência significativa quando a investidora detém ou


exerce o poder de participar nas decisões das políticas financeira ou operacional
da investida, sem controlá-la.

§5º É presumida influência significativa quando a investidora for titular de 20%


(vinte por cento) ou mais do capital votante da investida, sem controlá-la.

Esquematizemos:

Políticas financeiras
Coligadas

Detém poder de
participar nas decisões
Operacional

Influência Significativa

> 20% capital votante

Presumida
Aceita prova em
contrário

Para definir se uma empresa é ou não coligada precisamos verificar a existência da influência
significativa. Esta será a palavra chave!

Esquematizando:

Sim Coligada MEP

Infl.
Significativa Custo

Não Invest. Perm.

Valor Justo

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A influência significativa existe quando a investidora detém ou exerce o poder de participar nas
decisões das políticas financeira ou operacional da investida, sem controlá-la. Ela é presumida
quando se possui 20% do capital votante (ações ordinárias). Essa presunção, entretanto, admite
prova em contrário! Uma empresa pode ter mais de 20% e não ter influência significativa e ter
menos de 20% e ter influência significativa.

Nos termos do CPC 18:

Influência significativa

6. Se o investidor mantém direta ou indiretamente (por exemplo, por meio de


controladas), vinte por cento ou mais do poder de voto da investida, presume-se
que ele tenha influência significativa, a menos que possa ser claramente
demonstrado o contrário. Por outro lado, se o investidor detém, direta ou
indiretamente (por meio de controladas, por exemplo), menos de vinte por cento
do poder de voto da investida, presume-se que ele não tenha influência
significativa, a menos que essa influência possa ser claramente demonstrada. A
propriedade substancial ou majoritária da investida por outro investidor não
necessariamente impede que o investidor minoritário tenha influência significativa.

7. A existência de influência significativa por investidor geralmente é evidenciada


por um ou mais das seguintes formas:

(a) representação no conselho de administração ou na diretoria da investida;

(b) participação nos processos de elaboração de políticas, inclusive em decisões


sobre dividendos e outras distribuições;

(c) operações materiais entre o investidor e a investida;

(d) intercâmbio de diretores ou gerentes; ou

(e) fornecimento de informação técnica essencial.

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- Aquisição de investimento em coligadas ou controladas – contabilização – com mais valia


e goodwill.

Quando nós adquirimos uma participação societária, quando compramos a parte de uma empresa
e nos tornamos sócios, não necessariamente compramos pelo valor registrado na contabilidade.
Podemos pagar um valor a mais ou menos do que o valor contábil ou até mesmo o valor de
mercado.

Seja pela expectativa de lucratividade futura, seja por que esta empresa não vale mais como
antigamente.

O ágio (valor pago a maior) na aquisição de investimentos em coligadas e controladas deve ser
classificado em duas parcelas:

1) Mais Valia dos ativos líquidos e

2) Goodwill

Esquematizemos:

Mais valia
Ágio
Investimentos
Goodwill

Na aquisição, os ativos e passivos da adquirida devem ser avaliados pelo valor justo que é o preço
que seria recebido pela venda de um ativo ou pago pela transferência de um passivo em uma
transação não forçada.

A diferença entre o valor justo e o valor contábil dos ativos líquidos (patrimônio líquido) é a Mais
Valia.

E a diferença entre o valor pago e o valor justo é o goodwill (também chamado de “ágio por
expectativa de rentabilidade futura”). Difícil?

Esquematizemos:

Valor Valor Mais


Justo Contábil Valia

Já...

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Valor Valor
Goodwill
Pago Justo

Um exemplo: A Cia KZ adquiriu 100% da Empresa XYZ por R$ 100.000. O valor justo do ativo
líquido da XYZ é de R$ 80.000 e o valor contábil é de R$ 70.000.

Cálculos:

Mais Valia = Valor justo dos ativos líquidos (-) valor contábil

Mais Valia: R$ 80.000 – R$ 70.000 = R$ 10.000,00

Goodwill = Valor pago (-) Valor justo dos ativos líquidos

Goodwill = R$ 100.000 - R$ 80.000 = R$ 20.000,00

Antes de apresentarmos o tratamento contábil para o goodwill e a mais-valia, precisamos falar


sobre demonstrações contábeis individuais e consolidadas. Professores, o que é balanço
patrimonial individual e o que é balanço patrimonial consolidado.

Vamos explicar esse conceito de forma prática.

Imaginem Empresa Petrobrás S. A que é a controladora de diversas empresas,


como por exemplo, Transpetro, Liquigás, Gaspetro.

Existe a demonstração individual da empresa Petrobrás S.A e existe e uma


demonstração consolidada, que é aquela que considera todas as empresas como
se fosse um único grupo.

A Petrobrás S. A prepara sua demonstração individual, na qual ela apresenta as


participações que ela tem nas controladas e coligadas, e em determinados
períodos, ela elabora as demonstrações consolidadas, que possui diferenças
significativas.

Nas demonstrações individuais da controladora/investidora, a Mais Valia e o Goodwill ficam


classificados em Investimentos, controlados em subcontas:

D – Investimento controlada XYZ – Valor patrimonial 70.000

D – Investimento controlada XYZ – Mais Valia do ativo líquido 10.000

D – Investimento controlada XYZ – Goodwill 20.000

C – Caixa/bancos 100.000

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Observação: no balanço, pode aparecer apenas o valor do investimento, sem as


subcontas:

D - Investimento controlada XYZ 100.000

C – Caixa/bancos 100.000

Fique Atento! No balanço consolidado, a mais valia será eliminada contra os ativos e passivos que
lhe deram origem. E o goodwill será transferido para o grupo Ativo Intangível, em conta específica.
Esse tema é mais aprofundado, mas vamos entendê-lo aos poucos.

O que significa: mais valia será eliminada contra os ativos e passivos que lhe deram origem?

Imagine que a empresa Alfa possua investimentos em Beta, avaliados pelo Método
da Equivalência Patrimonial. A mais-valia, por exemplo, originou-se do Ativo
Imobilizado da companhia B, ou seja, o valor pago a mais é decorrência de uma
valorização desse grupo no mercado.

No balanço individual o grupo de Alfa investimento ficará evidenciado da seguinte


maneira:

D – Investimentos (ANC)

Valor Patrimonial

Mais-valia

Goodwill

Ao elaborarmos o Balanço Patrimonial consolidado, a mais-valia será agregada ao


Imobilizado Consolidado do grupo, visto que foi a origem de desse valor pago a
mais. Por fim, o goodwill vai para o Intangível Consolidado

Esquematizando:

Ativos e Passivos
Mais Valia
de Origem
Consolidação dos
Investimentos

Goodwill Ativo Intangível

A Mais Valia será realizada, consumida, conforme a realização do ativo e passivo que a originaram.
No exemplo que apresentamos anteriormente, conforme o Imobilizado for consumido,
depreciado, a mais valia será realizada.

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E o Goodwill não é consumido, amortizado, (não é realizado), apenas devemos analisar se há


expectativa de benefícios econômicos esperados, através de uma metodologia chamada teste de
recuperabilidade.

Fique claro que amortizar um ativo não tem relação nenhuma com empréstimos
ou matemática financeira. Mas está relacionado com a redução periódica do valor
de alguns ativos. Não confundam, ok?

E se a gente pagar um valor menor do que o valor justo? Conseguir uma boa negociação na hora
da compra?

Se o valor pago pelo investimento for menor que o valor justo, surge a compra vantajosa que deve
ser reconhecida IMEDIATAMENTE no Resultado do Período como uma receita.

Na compra vantajosa, você paga pelo investimento menos do que o seu valor de mercado.

Exemplo: A Cia KZ adquiriu 100% da Empresa XYZ por R$ 78.000. O valor justo do ativo líquido
da XYZ é de R$ 80.000 e o valor contábil é de R$ 70.000.

Cálculos:

Mais Valia= Valor justo dos ativos líquidos (-) valor contábil

Mais Valia: R$ 80.000 – R$ 70.000 = R$ 10.000

Goodwill = Valor pago (-) Valor justo dos ativos líquidos

Goodwill: R$ 78.000 - R$ 80.000 = - R$ 2.000.

(Goodwill Negativo = Compra Vantajosa).

Contabilização na Controladora Cia KLR:

D – Investimento controlada XYZ – Valor patrimonial 70.000


D – Investimento controlada XYZ – Mais Valia do ativo líquido 10.000
C – Compra Vantajosa – Controlada XYZ (resultado). 2.000
C – Caixa/bancos 78.000

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1.3 - Indo Além - Propriedade Para Investimento

Dentro do subgrupo investimentos, é interessante que conheçamos, ainda, um novo tema, que
vem frequentemente sendo abordado em provas. Trata-se da propriedade para investimento.

O primeiro aspecto a se salientar é que o tema veio previsto no Pronunciamento Técnico n. 28 do


Comitê de Pronunciamentos Contábeis. A lei 6.404/76 nada diz a respeito.

Mas, professores, o que é a propriedade para investimento?

Propriedade para investimento é a propriedade (terreno ou edifício – ou parte de


edifício – ou ambos) mantida (pelo proprietário ou pelo arrendatário em
arrendamento financeiro) para auferir aluguel ou para valorização do capital ou
para ambas, e não para:

(a) uso na produção ou fornecimento de bens ou serviços ou para finalidades


administrativas; ou

(b) venda no curso ordinário do negócio.

Portanto, este é um dos pontos mais importantes para nossa prova, saber definir uma propriedade
para investimento.

Então, vamos esquematizar?

Aluguel

Terreno
Propriedade para
Valorização
investimento
Edifício

Ambos

O CPC a define como aquela que é mantida para auferir aluguel ou para valorização (ou ambas),
contanto que não sejam utilizadas para finalidades administrativas e nem sejam vendidas como
curso ordinário, isto é, no funcionamento normal, do negócio.

Propriedade para investimento:

- Aluguel

- Valorização de capital

- Ambas

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(Analista/Contabilidade/TRF 1/2011) Denomina-se propriedade para investimento


a) o bem destinado à venda no decurso ordinário das atividades, ou em vias de construção ou
desenvolvimento para tal venda.
b) a propriedade adquirida exclusivamente com vista à alienação subsequente, no futuro próximo,
ou para desenvolvimento e revenda.
c) o bem em construção ou desenvolvimento por conta de terceiros.
d) a propriedade que é arrendada a outra entidade sob arrendamento financeiro.
e) o bem mantido para valorização de capital a longo prazo e não para venda a curto prazo no
curso ordinário dos negócios.
Comentários:
A propriedade para investimento é mantida para aluguel, valorização ou ambos e não para venda.
Se fosse destinado à venda, tratar-se-ia de um ativo circulante. O gabarito é, portanto, letra e.
(Analista Contábil/CRO/2015) As propriedades para investimento são mantidas pelo
proprietário ou arrendatário para obtenção de rendas ou para valorização do capital ou para
ambas, e por isso serão classificadas
a) no ativo permanente.
b) no grupo de investimentos, dentro do realizável a longo prazo.
c) no subgrupo do imobilizado, dentro do ativo não circulante.
d) no subgrupo investimentos, dentro do ativo não circulante.
e) no subgrupo investimentos, dentro do ativo circulante.
Comentários:
A propriedade para investimento é classificada no ativo não circulante investimentos. O gabarito
é, portanto, letra d.

Outro aspecto que merece destaque é o fato de que a propriedade para investimento não
necessita ser juridicamente da entidade que está publicando as demonstrações contábeis. O que
é mais importante é o controle sobre a propriedade, como no caso de contratos de arrendamento.

Arrendamento é o contrato, ou parte do contrato, que transfere o direito de usar


um ativo (ativo subjacente) por um período de tempo em troca de contraprestação

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1.4 - Ativo Não Circulante Imobilizado

Art. 179. As contas serão classificadas do seguinte modo:

IV – no ativo imobilizado: os direitos que tenham por objeto bens corpóreos


destinados à manutenção das atividades da companhia ou da empresa ou
exercidos com essa finalidade, inclusive os decorrentes de operações que
transfiram à companhia os benefícios, riscos e controle desses bens; (Redação
dada pela Lei nº 11.638,de 2007)

Esquematizemos:

Segundo o CPC 27:

Ativo imobilizado é o item tangível que:

(a) é mantido para uso na produção ou fornecimento de mercadorias ou serviços,


para aluguel a outros, ou para fins administrativos; e

(b) se espera utilizar por mais de um período.

Então, vamos esquematizar?

Mercadorias
Mantido para uso na
produção ou
fornecimento
Prestação de serviços
Mantido para aluguel a
Item tangível outros (quando aluguel
não é o fim)
Ativo Imobilizado
Mantido para fins
administrativos

Espera-se utilizar por


mais de 1 período

Correspondem aos direitos que tenham por objeto bens corpóreos destinados à manutenção das
atividades da entidade ou exercidos com essa finalidade, inclusive os decorrentes de operações
que transfiram a ela os benefícios, os riscos e o controle desses bens.

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Assim, classificam-se no imobilizado direitos que tenham por objeto bens corpóreos destinados à
manutenção das atividades da companhia como, por exemplo, os terrenos, edificações, máquinas
e equipamentos, móveis e utensílios, veículos. Os bens incorpóreos passam a ficar no intangível.

Esquematizemos:

Classificação dos direitos de bens corpóreos destinados à


Regra manutenção das atividades da empresa

Sobre o trecho destacado da questão; “Os direitos que tenham por objeto bens corpóreos
destinados à manutenção das atividades da companhia ou da empresa, ou exercidos com essa
finalidade, inclusive os decorrentes de operações que transfiram à companhia os benefícios, riscos
e controle desses bens, devem ser classificados no grupo de contas (...)”

Trata-se esta última parte de bens que não são de propriedade da empresa juridicamente, como
os bens objetos de arrendamento (leasing).

O leasing, basicamente, pode ser de dois tipos: operacional e financeiro.

Com a revisão 2 do CPC 06 – vigente a partir de 2019 – houve mudança na contabilização do


arrendamento operacional.

Os arrendamentos continuam sendo divididos em arrendamentos financeiros e operacionais. Mas,


para o arrendatário, mudou drasticamente a contabilização do arrendamento operacional.

Arrendatário é a entidade que obtém o direito de usar o ativo subjacente por um


período de tempo em troca de contraprestação.

Arrendador é a entidade que fornece o direito de usar o ativo subjacente por um


período de tempo em troca de contraprestação.

Agora, no arrendamento operacional, o arrendatário reconhece (contabiliza) o ativo, e passa a ter


despesa de depreciação e despesa financeira.

Essa alteração foi motivada pelo fato de que, na contabilização anterior do arrendamento
operacional, a empresa não reconhecia (não contabilizava) um ativo e um passivo que de fato
existiam. Há o direito de usar o ativo (que deve ser registrado no Ativo) e uma obrigação de pagar
as prestações do contrato (um Passivo).

Além disso, as duas formas de contabilização do arrendamento (financeiro e operacional)


possibilitavam manipulações nas demonstrações financeiras e dificultavam a comparabilidade.

Assim, com as alterações, o arrendamento operacional, no arrendatário, passa a ser contabilizado


como os arrendamentos financeiros.

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1.5 - Ativo Não Circulante - Intangível

Podemos dizer, de maneira resumida, que os intangíveis são aqueles ativos que não têm existência
física.

Como exemplos de intangíveis, temos: direitos de exploração de serviços públicos mediante


concessão ou permissão do Poder Público, marcas e patentes, fundo de comércio adquirido.

Conforme a lei 6.404:

Art. 179. As contas serão classificadas do seguinte modo:

VI – no intangível: os direitos que tenham por objeto bens incorpóreos destinados


à manutenção da companhia ou exercidos com essa finalidade, inclusive o fundo
de comércio adquirido. (Incluído pela Lei nº 11.638, de 2007)

Esquematizemos:

Direitos que tenham


por objeto bem
incorpóreo

Ativo intangível - Destinado à


Ou exercido com
manutenção da
Lei 6404 companhia
essa finalidade

Inclusive o fundo de
comércio adquirido

Isto é muito importante para concursos: classificam-se no intangível os direitos que tenham por
objeto bens incorpóreos destinados à manutenção da companhia ou exercidos com essa
finalidade, inclusive o fundo de comércio adquirido.

Observação: o que é o fundo de comércio adquirido? Essa expressão é sinônima


para goodwill, que é o valor que se paga mais por um ativo ou conjunto de ativos
em virtude da expectativa de rentabilidade/ganhos futuros.

O subgrupo intangível ganhou existência com a vigência da Lei 11.638/07, que separou os direitos
corpóreos no imobilizado e os incorpóreos no intangível. Antes, classificaríamos tudo no
imobilizado.

O CPC 04 nos apresenta conceito de ativo intangível veio trazido pela norma, como se segue:

Conceito: Ativo intangível é um ativo não monetário identificável sem substância física.

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Ativos monetários são aqueles que representam dinheiro ou serão recebidos em dinheiro. Por sua
vez, ativos não monetários são os outros, que não serão recebidos em dinheiro. Por isso dizer que
o ativo intangível é não monetário. Obviamente, todos os itens patrimoniais são avaliados em
termos monetários, não é mesmo? Mas precisamos fazer essa distinção.

Identificável é um item que pode ser identificado, separado da entidade e vendido. Um software,
por exemplo, pode ser unitariamente identificado. Por exemplo: um software antí-virus.

Sem substância física é um ativo incorpóreo.

Exemplos de itens que PODEM SER ENQUADRADOS nessas categorias são: softwares, patentes,
direitos autorais, direitos sobre filmes cinematográficos, listas de clientes, direitos sobre hipotecas,
licenças de pesca, quotas de importação, franquias, relacionamentos com clientes ou
fornecedores, fidelidade de clientes, participação no mercado e direitos de comercialização.

Segundo o CPC, três são as condições para que os itens acima sejam considerados ativos
intangíveis, a saber:

Não monetário sem


substância física

Identificável

Ativo intangível

Controlável

Geração de
benefícios futuros

Nem todos os itens descritos no item anterior (softwares, patentes) se enquadram na definição de
ativo intangível, ou seja, são identificáveis, controláveis e geradores de benefícios econômicos
futuros. Caso um item não atenda à definição de ativo intangível, o gasto incorrido na sua
aquisição ou geração interna deve ser reconhecido como despesa quando incorrido.

No entanto, se o item for adquirido externamente, chamado tecnicamente de combinação de


negócios, passa a fazer parte do ágio derivado da expectativa de rentabilidade futura (goodwill)
reconhecido na data da aquisição.

Observação: não se preocupe agora com esses termos, siga em frente.

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O ágio por expectativa de rentabilidade futura é o excesso de preço pago pela compra de um
empreendimento ou patrimônio sobre o valor de mercado de seus ativos líquidos. Vejamos um
exemplo. Suponha que uma empresa seja avaliada pelo valor de mercado em $ 100.000. Porém,
um comprador, interessado no negócio, examinando a situação da empresa resolve pagar $
120.000. Nesta situação temos um goodwill de $ 20.000.

A doutrina contábil chama o goodwill de “Intangível dos Intangíveis! Sabe aquela sopa de legumes
que você mistura vários ingredientes, passa em um processador, e gera um sabor único? Você
consegue saber o que tem ali, mas não consegue mais separar os ingredientes individualmente.

O goodwill seria essa sopa, rsrs. Não podemos identificar individualmente os itens que compõem
este ágio. Pode ser o bom nome da empresa, seu corpo técnico, ponto comercial, capital
intelectual, marca, tecnologia, lealdade dos clientes.

O ágio, neste caso, pode ser considerado como o somatório de vários itens não identificáveis.

2. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Chegamos ao final de mais uma aula! Ufa! Aula trabalhosa e complexa, mas que extremamente
importante.

Quaisquer dúvidas, sugestões ou críticas entrem em contato conosco. Estamos disponíveis no


fórum de dúvidas.

Agradecemos a confiança e aguardamos você na próxima aula. Até lá!

Luciano Rosa/ Silvio Sande/ Julio Cardozo

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3. QUESTÕES COMENTADAS

Considerando as normas aplicáveis ao registro mensuração e evidenciação de investimento em


coligada, em controlada e em empreendimento controlado em conjunto, julgue o item a seguir.
1. (CEBRASPE/TJ-PA/Analista Judiciário - Ciências Contábeis/2020.Adaptada) Caso um
investimento em coligada torne-se investimento em controlada, a entidade deve substituir
o método da equivalência patrimonial pelo método de custo e proceder à remensuração
do interesse retido.

Comentários:

Vimos que os investimentos tanto em coligadas quanto em controladas, são avaliados pelo
método da equivalência patrimonial. É importante ressaltar que o pronunciamento contábil n° 18
trouxe algumas exceções, mesmo assim o item está errado devido a expressão “DEVE”.

Com relação à propriedade para investimento, julgue os itens que se seguem.


2. (CEBRASPE/TJ AM/Analista Judiciário – Contabilidade/2019) O reconhecimento contábil
de uma propriedade adquirida para investimento é feito pelo seu custo, que compreende
o preço de aquisição acrescido de outros dispêndios atribuíveis diretamente à transação.

Comentários:

Correto, conforme o CPC 28:

20. A propriedade para investimento deve ser inicialmente mensurada pelo seu
custo. Os custos de transação devem ser incluídos na mensuração inicial.

3. (CEBRASPE/TJ AM/Analista Judiciário – Contabilidade/2019) Um edifício de propriedade


de uma empresa industrial que o mantém com o objetivo único de auferir aluguel não se
enquadra no conceito de propriedade para investimento.

Comentários:

Errado, trata-se de uma propriedade para investimento, visto que é um edifício que a entidade
mantém com o objetivo único de auferir renda.

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Acerca da contabilização de investimentos em coligadas e controladas, julgue os itens seguintes.


4. (CEBRASPE/TJ AM/Analista Judiciário – Contabilidade/2019) Ao adquirir um investimento
avaliado pelo método da equivalência patrimonial, a entidade adquirente deve incluir o
goodwill no valor contábil do investimento e amortizar o referido goodwill em prazo não
superior a dez anos.

Comentários:

Errado, o Goodwill não pode ser amortizado, pois não há base sistemática para amortização. Nesse
caso aplicamos apenas uma metodologia de avaliação chamada de teste de recuperabilidade.

5. (CEBRASPE/TJ .AM/Analista .Judiciário .–.Contabilidade/2019) Na aquisição de um


investimento avaliado pelo método da equivalência patrimonial, o goodwill representa o
ágio fundamentado na expectativa de rentabilidade futura do investimento adquirido.

Comentários:

Item correto, já que apresentou a definição exata de Goodwill (expectativa de rentabilidade futura)

Acerca da contabilidade avançada, julgue o item seguinte.


6. (CESPE/PF/Perito .Criminal .Federal/Área .1/2018) Se o valor pago pela aquisição de
investimentos relevantes de determinada empresa diferir do valor patrimonial contábil, o
resultado da equivalência patrimonial nos períodos subsequentes deverá excluir o ágio ou
deságio que houver incidido na aquisição

Comentários:

Correto. Na aquisição de investimentos, podemos ter o reconhecimento do Goodwill e Mais-Valia,


caso o valor pago na aquisição seja distinto do valor patrimonial. Posteriormente, a contabilização
de ganhos ou perdas com MEP NÃO AFETA O GOODWILL, NEM A MAIS VALIA, apenas o valor
patrimonial dos Investimentos.

Vamos imaginar que no exercício seguinte a empresa contabilize um ganho com MEP:

D - Investimento – Valor Patrimonial (ANC)


C- Ganho MEP (Resultado)

Por isso está correto que o resultado do MEP deve excluir o Ágio ou Deságio na operação.

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Para a melhoria na qualidade do atendimento ao público, certa unidade policial adquiriu 8


computadores e 3 impressoras, que foram postos em uso na mesma data de compra, nas seguintes
condições:
 preço de cada computador: R$ 3.500;
 preço de cada impressora: R$ 600;
 tempo de vida útil estimada: 5 anos para ambos os equipamentos;
 data da compra 1.°/7/20x0.
A respeito dessa situação hipotética, julgue o item subsequente.
7. (CESPE/PF/Perito .Criminal .Federal/Área .1/2018) Ao realizar-se a contabilização dos bens
adquiridos, eles deverão ser classificados no patrimônio da unidade como imobilizados do
grupo de ativos não circulantes.

Comentários:

No caso concreto, os bens foram adquiridos para uso e a entidade espera utilizá-los por 5 anos.
Logo, atendem as seguintes exigências:

Ativo imobilizado é o item tangível que:

(a) é MANTIDO PARA USO na produção ou fornecimento de mercadorias ou


serviços, para aluguel a outros, ou para fins administrativos; e

(b) se ESPERA UTILIZAR por MAIS DE UM PERÍODO.

O gabarito é correto.

Julgue o item a seguir, referente a balanço patrimonial.


8. (CEBRASPE/FUB/Técnico - Contabilidade/2018) As contas representativas de direitos
autorais e da correspondente amortização acumulada devem figurar no ativo não
circulante, no subgrupo intangível.

Comentários:

Em síntese, os intangíveis são aqueles ativos que não têm existência física. Por exemplo, temos os
DIREITOS AUTORAIS. Esses direitos classificados no Intangível são avaliados pelo custo de
aquisição, DEDUZIDO DA AMORTIZAÇÃO ACUMULADA.

O gabarito é correto.

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Julgue o item a seguir, referente a balanço patrimonial.


9. (CEBRASPE/FUB/Técnico Contabilidade/2018) Os valores correspondentes a participações
permanentes no capital de outras sociedades e avaliados pelos métodos do custo, da
equivalência patrimonial ou do valor justo devem compor o subgrupo investimentos do
ativo não circulante.

Comentários:

Com base na lei 6.404/76, compõem o subgrupo investimentos do ativo não circulante: as
PARTICIPAÇÕES PERMANENTES EM OUTRAS SOCIEDADES e os direitos de qualquer natureza,
não classificáveis no ativo circulante, e que não se destinem à manutenção da atividade da
companhia ou da empresa;

Pelas normas internacionais (CPCs), esses investimentos podem SER AVALIADOS PELO MEP,
PELO CUSTO OU PELO VALOR JUSTO! O gabarito é correto.

10. (CESPE/TCE-PA/ ACE /Ciências Atuariais /2016) As participações de caráter permanente


em outras sociedades compõem o balanço patrimonial e são classificadas em
investimentos, no ativo não circulante.

Comentários:

Questão recorrente do CESPE, vimos que neste subgrupo classificam-se as participações


permanentes em outras sociedades, isto é, aqueles investimentos em sociedades cujo caráter não
seja o especulativo. O gabarito é correto.

Com relação ao reconhecimento e à mensuração de itens patrimoniais e de resultado, julgue o


item subsecutivo.
11. (CESPE/DPU/Contabilidade/2016/ADAPTADA) Um imóvel arrendado poderá ser
reconhecido como ativo contábil pela empresa arrendatária caso a entidade tenha o direito
de usar o ativo por um período de tempo em troca de contraprestação.

Comentários:

A partir de 2019, os arrendatários devem contabilizar no ativo todos os contratos de arrendamento


que transfiram o direito de usar um ativo por um período de tempo em troca de contraprestação
(com a exceção dos contratos de curto prazo ou de pequeno valor, que podem ou não ser
contabilizados no ativo). O gabarito é correto.

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Julgue o item a seguir, relativos aos procedimentos contábeis e à forma correta de registro das
transações.
12. (CESPE/FUNPRESP-EXE/Contabilidade/2016/ADAPTADA) Ao adquirir um arrendamento
de um veículo, uma entidade não deverá registrar o lançamento a débito desse ativo no
imobilizado, haja vista ela não ter a propriedade do bem.

Comentários:

O arrendamento é o contrato, ou parte do contrato, que transfere o direito de usar um ativo (ativo
subjacente) por um período de tempo em troca de contraprestação.

Atualmente, para o arrendatário, todos os contratos de arrendamento devem ser contabilizados


no ativo, com exceção dos contratos de curto prazo ou de bens de pequeno valor, que podem ou
não ser contabilizados.

Portanto, a questão está errada, pois o veículo deve ser contabilizado no ativo desde o início do
contrato.

Em cada item a seguir é apresentada uma situação hipotética seguida de uma assertiva a ser
julgada a respeito de lançamentos contábeis.
O departamento de contabilidade de uma empresa fez o lançamento na conta sistemas de
aplicativos software, a débito, e na conta bancos, a crédito. O custo do aplicativo foi mensurado
com segurança para que a empresa pudesse usufruídos benefícios econômicos desse software.
13. (CESPE/FUNPRESP-EXE/Contabilidade/2016) Nessa situação, o lançamento realizado
representa o registro da aquisição de um aplicativo, com pagamento à vista, sendo esse
ativo contabilizado como integrante do grupo do ativo não circulante— intangível.

Comentários:

Consoante o CPC 04, o reconhecimento de um item como ativo intangível exige que a entidade
demonstre que ele atende: a definição de ativo intangível (ativo não monetário identificável sem
substância física) e os critérios de reconhecimento (benefícios econômicos futuros esperados e o
custo possa ser mensurado com confiabilidade)

A questão afirma que o custo do aplicativo foi MENSURADO COM SEGURANÇA para que a
empresa pudesse usufruí dos BENEFÍCIOS ECONÔMICOS desse SOFTWARE, portanto, a
empresa contabilizou o software corretamente em seu ativo. O gabarito é correto

14. (CESPE/FUNPRESP-EXE/Contabilidade/2016) Os investimentos avaliados pelo método de


equivalência patrimonial devem figurar no ativo circulante do balanço patrimonial, em
razão da alta liquidez que possuem.

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Comentários:

A questão erra ao afirmar que os investimentos avaliados pelo MEP devem figurar no ativo
circulante; o correto é no ativo não circulante. Esse tipo de investimento, além disso, não possui
alta liquidez.

15. (CESPE/MPOG/Contador/2015) No balanço patrimonial de uma empresa, as participações


permanentes em outras sociedades e os direitos de qualquer natureza — não classificáveis
no ativo circulante e que não se destinem à manutenção da atividade da empresa —
deverão ser classificados no ativo realizável a longo prazo, ou no ativo imobilizado,
conforme natureza de tais participações e direitos.

Comentários:

O quesito erra ao efetuar a classificação como Ativo Realizável em Longo Prazo ou até mesmo no
Imobilizado. O correto é classificar como Ativo Não Circulante – Investimentos.

De acordo com a LSA:

Art. 179. II - No ativo realizável a longo prazo: os direitos realizáveis após o término
do exercício seguinte, assim como os derivados de vendas, adiantamentos ou
empréstimos a sociedades coligadas ou controladas (artigo 243), diretores,
acionistas ou participantes no lucro da companhia, que não constituírem negócios
usuais na exploração do objeto da companhia;

16. (CESPE/Auditor/CGE/PI/2015) Os adiantamentos concedidos a sociedades controladas e


não ligados à exploração do objeto social da empresa controladora devem ser registrados
no ativo não circulante da controladora.

Comentários:

O item está correto. Dissemos que segundo a Lei das Sociedades por Ações (6.404/76), o ativo
não circulante realizável a longo prazo é composto por:

a) direitos realizáveis após o término do exercício seguinte;

b) direitos realizáveis derivados de vendas, adiantamentos ou empréstimos a sociedades coligadas


ou controladas, diretores (administradores em geral), acionistas (ou sócios), ou participantes no
lucro da companhia, que não constituírem negócios usuais na exploração do objeto (atividade) da
companhia.

Acerca de demonstrações contábeis e seus componentes, julgue o próximo item.


17. (CESPE/Contabilidade/Contador/SUFRAMA/2014) Integram o ativo não circulante os
grupos: realizável a longo prazo, permanente e diferido.

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Comentários:

O Ativo Não Circulante é formado pelos seguintes grupos: realizável a longo prazo, Investimentos,
Imobilizado e Intangível. Portanto, o gabarito é errado.

18. (CESPE/Contador/TRE/RJ/2012) Os direitos vinculados a um imóvel de propriedade de


determinada empresa devem ser classificados no ativo circulante do balanço patrimonial,
se forem realizáveis no decurso do exercício seguinte. Se seu vencimento ocorrer após o
término do exercício seguinte, devem ser classificados no ativo realizável a longo prazo.

Comentários:

Os direitos vinculados a um imóvel de propriedade da empresa podem ser classificados, na


verdade, como ativo imobilizado, se a empresa já tiver definido uma destinação para eles, ou como
propriedade para investimento, se o objetivo for auferir renda ou valorização. Assim, o item erra
ao classificar como Ativo Circulante e Ativo Realizável a Longo Prazo.

Julgue o seguinte item, relativo aos aspectos inerentes ao grupo contábil do ativo e às suas
respectivas contas.
19. (CESPE/SUFRAMA/Contador/2014) Suponha que uma empresa adquira máquinas com a
finalidade de ampliar sua capacidade produtiva e que seu único cliente seja uma coligada.
Nesse caso, para a contabilização do gasto, a empresa deverá reconhecer o item do grupo
investimento pelo método do custo ou pela equivalência patrimonial, a depender da
relevância.

Comentários :

A questão tem a seguinte pegadinha:

Está correto afirmar que os itens do grupo Investimento devem ser reconhecidos (contabilizados)
pelo método do custo ou pela equivalência patrimonial, a depender da relevância.

Mas o gasto com a compra de máquinas fica contabilizado no Ativo Imobilizado, independente da
empresa ter apenas uma coligada como cliente ou ter vários clientes.

A ligação entre os dois enunciados (“Nesse caso, para a contabilização do gasto...”) torna a
questão errada, já que as máquinas ficam no Imobilizado e não em Investimento.

O gabarito é errado.

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Com relação à contabilização dos itens patrimoniais e de resultado, bem como aos seus efeitos,
julgue o item que se segue.
20. (CESPE/TC-DF/ACE/2014) Os investimentos mantidos por uma entidade em suas coligadas
ou controladas e em outras entidades devem ser avaliados pelo método da equivalência
patrimonial, com impactos no balanço patrimonial e na demonstração de resultado do
exercício.

Comentários:

Segundo a Lei 6404/76:

Art. 248. No balanço patrimonial da companhia, os investimentos em coligadas


ou em controladas e em outras sociedades que façam parte de um mesmo grupo
ou estejam sob controle comum serão avaliados pelo método da equivalência
patrimonial, de acordo com as seguintes normas: (Redação dada pela Lei nº
11.941, de 2009)

Assim, devem ser avaliados pelo método da equivalência patrimonial:

- Controladas
- Coligadas
- Sociedades do mesmo grupo
- Sociedades sob o controle comum

Os investimentos que não atendam esses requisitos são avaliados pelo método de custo.

A questão erra ao mencionar “coligadas ou controladas e em outras entidades...”

Não são todas as outras entidades que são avaliadas pelo método da equivalência patrimonial,
mas apenas as sociedades do mesmo grupo e as que estejam sob controle comum.

O gabarito é errado.

21. (CESPE/Contador/Ministério da Saúde/2013) Com as alterações legais e a publicação dos


pronunciamentos do CPC, houve a substituição do critério de investimento relevante para
a avaliação da influência significativa, com vistas à avaliação da participação de uma
empresa em outra.

Comentários

O item está correto. Os investimentos permanentes, antes das alterações da Lei das Sociedades
por Ações, eram avaliados conforme a relevância. Hoje, conforme dissemos na aula, deve ser
levada em conta a influência significativa.

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22. (CESPE/Contador/Eletrobrás/2013) Os investimentos de longo prazo mantidos para fins


de negociação devem ser classificados no ativo não circulante.

Comentários

O item está errado. Neste caso, deve prevalecer a primazia da essência sobre a forma. Embora os
investimentos sejam de longo prazo, serão colocados à negociação, classificando-se, pois, no ativo
circulante.

23. (CESPE/Analista/Contabilidade/TRE/RJ/2012) Os investimentos em coligadas sobre cuja


administração determinada empresa tenha influência significativa somente devem ser
obrigatoriamente avaliados pelo método da equivalência patrimonial quando a empresa
controladora participar com pelo menos 20% do capital votante da controlada.

Comentários

Os investimentos em coligadas ou em controladas e em outras sociedades que façam parte de um


mesmo grupo ou estejam sob controle comum serão avaliados pelo método da equivalência
patrimonial.

Art. 243. [...]

§ 1º. São coligadas as sociedades nas quais a investidora tenha influência


significativa.

§ 4º Considera-se que há influência significativa quando a investidora detém ou


exerce o poder de participar nas decisões das políticas financeira ou operacional
da investida, sem controlá-la.

§5º É presumida influência significativa quando a investidora for titular de 20%


(vinte por cento) ou mais do capital votante da investida, sem controlá-la.

Para definir se uma empresa é ou não coligada precisamos verificar a existência da “influência
significativa”.

Há influência significativa: trata-se de coligada e deve ser usado o método da equivalência


patrimonial. Não há influência significativa e se trata de investimento permanente: deve ser
avaliado pelo método de custo.

A influência significativa não depende apenas de percentual do capital. Segundo o artigo 243, §4º
da LSA: Considera-se que há influência significativa quando a investidora detém ou exerce o poder
de participar nas decisões das políticas financeira ou operacional da investida, sem controlá-la.

Vejam, ainda, que a questão tentou confundir o conceito de controle e coligação, operações que
são distintas conforme a Lei 6.404/76. O gabarito é errado.

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24. (CESPE/Analista/Contabilidade/TJ/RO/2012) Uma companhia adquiriu 80% das ações


ordinárias de certa empresa, desembolsando, nesse investimento, uma quantia equivalente
ao patrimônio líquido registrado na contabilidade da investida, composto apenas pela
conta capital social. Após o referido investimento e por ocasião da elaboração das
demonstrações contábeis, a empresa investida apurou lucro líquido de R$ 2.000,00 e sua
diretoria propôs a distribuição de dividendos no valor total de R$ 1.000,00, ainda pendente
de deliberação pela assembleia geral. Considerando que o capital social da investida é de
R$ 3.000,00, o lançamento contábil correto do reconhecimento da equivalência patrimonial
na investidora é o seguinte:
Investimentos em coligadas e controladas
a Receita de equivalência patrimonial R$ 1.600,00

Comentários:

Vamos lá! O lançamento por conta da aquisição é o seguinte:

D – Investimento em coligadas e controladas(ativo) R$ 2.400,00 (80% X 3.000)


C – Caixa (ativo) R$ 2.400,00

Quando do fechamento do exercício e transferência do lucro para o PL na investida, devemos


reconhecer esta variação também na investidora, já que o valor de seu investimento também
aumentará.

Como o lucro foi de R$ 2.000,00, o aumento da conta investimentos será de R$ 1.600,00 (80%).

D – Investimentos em coligadas e controladas R$ 1.600,00 (80% X 2.000)


C – Receita de equivalência patrimonial R$ 1.600,00

Por fim, posteriormente, na distribuição do dividendo, faremos:

D – Dividendos a receber (ativo) R$ 800,00 (80% X 1.000)


C – Investimentos em coligadas e controladas R$ 800,00

O gabarito é correto.

25. (CESPE/Contador/FUB/2011) O método do custo foi abolido como forma de avaliação de


investimentos societários.

Comentários:

Dissemos que os investimentos permanentes PODEM SER avaliados tanto pelo método de custo,
como pelo método de equivalência patrimonial. O gabarito é errado.

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4. LISTA DE QUESTÕES

Considerando as normas aplicáveis ao registro mensuração e evidenciação de investimento em


coligada, em controlada e em empreendimento controlado em conjunto, julgue o item a seguir.
1. (CEBRASPE/TJ-PA/Analista Judiciário - Ciências Contábeis/2020.Adaptada) Caso um
investimento em coligada torne-se investimento em controlada, a entidade deve substituir
o método da equivalência patrimonial pelo método de custo e proceder à remensuração
do interesse retido.

Com relação à propriedade para investimento, julgue os itens que se seguem.


2. (CEBRASPE/TJ AM/Analista Judiciário – Contabilidade/2019) O reconhecimento contábil
de uma propriedade adquirida para investimento é feito pelo seu custo, que compreende
o preço de aquisição acrescido de outros dispêndios atribuíveis diretamente à transação.
3. (CEBRASPE/TJ AM/Analista Judiciário – Contabilidade/2019) Um edifício de propriedade
de uma empresa industrial que o mantém com o objetivo único de auferir aluguel não se
enquadra no conceito de propriedade para investimento.

Acerca da contabilização de investimentos em coligadas e controladas, julgue os itens seguintes.


4. (CEBRASPE/TJ AM/Analista Judiciário – Contabilidade/2019) Ao adquirir um investimento
avaliado pelo método da equivalência patrimonial, a entidade adquirente deve incluir o
goodwill no valor contábil do investimento e amortizar o referido goodwill em prazo não
superior a dez anos.
5. (CEBRASPE/TJ .AM/Analista .Judiciário .–.Contabilidade/2019) Na aquisição de um
investimento avaliado pelo método da equivalência patrimonial, o goodwill representa o
ágio fundamentado na expectativa de rentabilidade futura do investimento adquirido.

Acerca da contabilidade avançada, julgue o item seguinte.


6. (CESPE/PF/Perito .Criminal .Federal/Área .1/2018) Se o valor pago pela aquisição de
investimentos relevantes de determinada empresa diferir do valor patrimonial contábil, o
resultado da equivalência patrimonial nos períodos subsequentes deverá excluir o ágio ou
deságio que houver incidido na aquisição

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Para a melhoria na qualidade do atendimento ao público, certa unidade policial adquiriu 8


computadores e 3 impressoras, que foram postos em uso na mesma data de compra, nas seguintes
condições:
 preço de cada computador: R$ 3.500;
 preço de cada impressora: R$ 600;
 tempo de vida útil estimada: 5 anos para ambos os equipamentos;
 data da compra 1.°/7/20x0.
A respeito dessa situação hipotética, julgue o item subsequente.
7. (CESPE/PF/Perito .Criminal .Federal/Área .1/2018) Ao realizar-se a contabilização dos bens
adquiridos, eles deverão ser classificados no patrimônio da unidade como imobilizados do
grupo de ativos não circulantes.

Julgue o item a seguir, referente a balanço patrimonial.


8. (CEBRASPE/FUB/Técnico - Contabilidade/2018) As contas representativas de direitos
autorais e da correspondente amortização acumulada devem figurar no ativo não
circulante, no subgrupo intangível.

Julgue o item a seguir, referente a balanço patrimonial.


9. (CEBRASPE/FUB/Técnico Contabilidade/2018) Os valores correspondentes a participações
permanentes no capital de outras sociedades e avaliados pelos métodos do custo, da
equivalência patrimonial ou do valor justo devem compor o subgrupo investimentos do
ativo não circulante.
10. (CESPE/TCE-PA/ACE/Ciências Atuariais /2016) As participações de caráter permanente
em outras sociedades compõem o balanço patrimonial e são classificadas em
investimentos, no ativo não circulante.

Com relação ao reconhecimento e à mensuração de itens patrimoniais e de resultado, julgue o


item subsecutivo.
11. (CESPE/DPU/Contabilidade/2016/ADAPTADA) Um imóvel arrendado poderá ser
reconhecido como ativo contábil pela empresa arrendatária caso a entidade tenha o direito
de usar o ativo por um período de tempo em troca de contraprestação.

Julgue o item a seguir, relativos aos procedimentos contábeis e à forma correta de registro das
transações.

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12. (CESPE/FUNPRESP-EXE/Contabilidade/2016/ADAPTADA)Ao adquirir um arrendamento


de um veículo, uma entidade não deverá registrar o lançamento a débito desse ativo no
imobilizado, haja vista ela não ter a propriedade do bem.

Em cada item a seguir é apresentada uma situação hipotética seguida de uma assertiva a ser
julgada a respeito de lançamentos contábeis.
O departamento de contabilidade de uma empresa fez o lançamento na conta sistemas de
aplicativos software, a débito, e na conta bancos, a crédito. O custo do aplicativo foi mensurado
com segurança para que a empresa pudesse usufruídos benefícios econômicos desse software.
13. (CESPE/FUNPRESP-EXE/Contabilidade/2016) Nessa situação, o lançamento realizado
representa o registro da aquisição de um aplicativo, com pagamento à vista, sendo esse
ativo contabilizado como integrante do grupo do ativo não circulante— intangível.
14. (CESPE/FUNPRESP-EXE/Contabilidade/2016) Os investimentos avaliados pelo método de
equivalência patrimonial devem figurar no ativo circulante do balanço patrimonial, em
razão da alta liquidez que possuem.
15. (CESPE/MPOG/Contador/2015) No balanço patrimonial de uma empresa, as participações
permanentes em outras sociedades e os direitos de qualquer natureza — não classificáveis
no ativo circulante e que não se destinem à manutenção da atividade da empresa —
deverão ser classificados no ativo realizável a longo prazo, ou no ativo imobilizado,
conforme natureza de tais participações e direitos.
16. (CESPE/Auditor/CGE/PI/2015) Os adiantamentos concedidos a sociedades controladas e
não ligados à exploração do objeto social da empresa controladora devem ser registrados
no ativo não circulante da controladora.

Acerca de demonstrações contábeis e seus componentes, julgue o próximo item.


17. (CESPE/Contabilidade/Contador/SUFRAMA/2014) Integram o ativo não circulante os
grupos: realizável a longo prazo, permanente e diferido.
18. (CESPE/Contador/TRE/RJ/2012) Os direitos vinculados a um imóvel de propriedade de
determinada empresa devem ser classificados no ativo circulante do balanço patrimonial,
se forem realizáveis no decurso do exercício seguinte. Se seu vencimento ocorrer após o
término do exercício seguinte, devem ser classificados no ativo realizável a longo prazo.

Julgue o seguinte item, relativo aos aspectos inerentes ao grupo contábil do ativo e às suas
respectivas contas.

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19. (CESPE/SUFRAMA/Contador/2014) Suponha que uma empresa adquira máquinas com a


finalidade de ampliar sua capacidade produtiva e que seu único cliente seja uma coligada.
Nesse caso, para a contabilização do gasto, a empresa deverá reconhecer o item do grupo
investimento pelo método do custo ou pela equivalência patrimonial, a depender da
relevância.

Com relação à contabilização dos itens patrimoniais e de resultado, bem como aos seus efeitos,
julgue o item que se segue.
20. (CESPE/TC-DF/ACE/2014) Os investimentos mantidos por uma entidade em suas coligadas
ou controladas e em outras entidades devem ser avaliados pelo método da equivalência
patrimonial, com impactos no balanço patrimonial e na demonstração de resultado do
exercício.
21. (CESPE/Contador/Ministério da Saúde/2013) Com as alterações legais e a publicação dos
pronunciamentos do CPC, houve a substituição do critério de investimento relevante para
a avaliação da influência significativa, com vistas à avaliação da participação de uma
empresa em outra.
22. (CESPE/Contador/Eletrobrás/2013) Os investimentos de longo prazo mantidos para fins de
negociação devem ser classificados no ativo não circulante.
23. (CESPE/Analista/Contabilidade/TRE/RJ/2012) Os investimentos em coligadas sobre cuja
administração determinada empresa tenha influência significativa somente devem ser
obrigatoriamente avaliados pelo método da equivalência patrimonial quando a empresa
controladora participar com pelo menos 20% do capital votante da controlada.
24. (CESPE/Analista/Contabilidade/TJ/RO/2012) Uma companhia adquiriu 80% das ações
ordinárias de certa empresa, desembolsando, nesse investimento, uma quantia equivalente
ao patrimônio líquido registrado na contabilidade da investida, composto apenas pela
conta capital social. Após o referido investimento e por ocasião da elaboração das
demonstrações contábeis, a empresa investida apurou lucro líquido de R$ 2.000,00 e sua
diretoria propôs a distribuição de dividendos no valor total de R$ 1.000,00, ainda pendente
de deliberação pela assembleia geral. Considerando que o capital social da investida é de
R$ 3.000,00, o lançamento contábil correto do reconhecimento da equivalência patrimonial
na investidora é o seguinte:
Investimentos em coligadas e controladas
a Receita de equivalência patrimonial R$ 1.600,00
25. (CESPE/Contador/FUB/2011) O método do custo foi abolido como forma de avaliação de
investimentos societários.

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5. GABARITO

1. ERRADO 14. ERRADO


2. CERTO 15. ERRADO
3. ERRADO 16. CERTO
4. ERRADO 17. ERRADO
5. CERTO 18. ERRADO
6. CERTO 19. ERRADO
7. CERTO 20. ERRADO
8. CERTO 21. CERTO
9. CERTO 22. ERRADO
10. CERTO 23. ERRADO
11. CERTO 24. CERTO
12. ERRADO 25. ERRADO
13. CERTO

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6.RESUMO

1 - O ativo não circulante é composto por:

– Ativo não circulante realizável a longo prazo;

– Investimentos;

– Imobilizado;

– Intangível.

2 - Importante para o ANC – RLP:

Ativo não circulante - Realizável a Longo Prazo


Direito realizáveis após o término do exercício social subsequente
Venda Coligadas/Controladas
Direito derivado de Adiantamento Diretores, administradores, sócios Não usual
Empréstimo Acionistas ou participantes do lucro

3 - Ativo não circulante – Investimentos: classificam-se as participações permanentes em


outras sociedades, isto é, aqueles investimentos em sociedades cujo caráter não seja o
especulativo. Esses investimentos podem ser avaliados por dois métodos: o método de custo
e o método da equivalência patrimonial.

4 - Os investimentos em coligadas e controladas, sociedade do mesmo grupo e sob controle


comum são avaliados pelo método da equivalência patrimonial.

Os outros investimentos, que não sejam em coligadas e controladas, serão avaliados pelo
método de Custo. Vejam que este critério é residual.

5 - Os investimentos do método de custo são avaliados pelo custo de aquisição, deduzido


de provisão para perdas prováveis, se esta perda for comprovada como permanente.

Avaliação dos investimentos pelo método de custo


Custo de aquisição
(-) Ajuste para perdas prováveis

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6 - Os dividendos distribuídos no método de custo são contabilizados como receita, quando


da distribuição.

Entretanto, os dividendos distribuídos no prazo de até 6 meses após a aquisição do


investimento são considerados como uma recuperação de parte do investimento. A
justificativa para esse procedimento é que o valor da compra já incluía o lucro, que seria
posteriormente distribuído.

7 - Considera-se controlada a sociedade na qual a controladora, diretamente ou através de


outras controladas, é titular de direitos de sócio que lhe assegurem, de modo permanente,
preponderância nas deliberações sociais e o poder de eleger a maioria dos administradores.

8 – As ações ordinárias são as que dão direito a voto. As preferenciais recebem dividendos
maiores ou com alguma preferência, em regra. O número máximo de ações preferenciais
sem direito a voto é de 50% do total!

9 - São coligadas as sociedades nas quais a investidora tenha influência significativa.

10 - Considera-se que há influência significativa quando a investidora detém ou exerce o


poder de participar nas decisões das políticas financeira ou operacional da investida, sem
controlá-la.

11 - É presumida influência significativa quando a investidora for titular de 20% (vinte por
cento) ou mais do capital votante da investida, sem controlá-la.

12 - O Método da Equivalência Patrimonial (MEP) consiste em reconhecer o resultado


auferido pela investida na medida em que ocorre, e não apenas quando há distribuição de
dividendos.

Para isso, multiplicamos o percentual de participação da investidora pelo PL da investida, e


comparamos com o valor do investimento da investidora.

Como calcular o Método da Equivalência Patrimonial?

Patrimônio líquido da investida x Percentual de participação da investidora

13 - Quando apuramos o resultado do exercício na investida, jogamos para a conta lucros


acumulados. Ela não pode possuir saldo final, mas continua a existir para receber os valores
da demonstração do resultado de modo transitório. Só poderá existir no balanço a conta
prejuízo acumulado.

A partir da conta Lucros Acumulados, é feita a destinação dos lucros. Todo o lucro apurado
deve ser atribuído como reservas de lucro ou como dividendos.

14 - Quando a investida os seus dividendos, ela diminui o PL (conta lucros acumulados) e


aumenta o passivo (dividendos a pagar). A investidora vai ter o seu investimento diminuído
quando a investida declara os dividendos, pois o PL diminui.

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Ao mesmo tempo, a investidora vai ter um direito a receber. Que direito é esse? Como sócio,
ela terá direito a receber dividendos. De quanto? De acordo com a sua fração do capital
social.

15 - Contabilização – MEP:

Pelo MEP:

D – Investimento – MEP
C – Resultado com Equivalência Patrimonial

Contabilização dos dividendos:

D – Dividendos a Receber
C - Investimento – MEP

16 - A diferença entre o valor justo e o valor contábil dos ativos líquidos é a Mais Valia
(antigamente chamada de “ágio por diferença de valor de mercado dos ativos”).

17 – E a diferença entre o valor pago e o valor justo é o goodwill (também chamado de “ágio
por expectativa de rentabilidade futura”)

18 - Nas demonstrações individuais da controladora/investidora, a Mais Valia e o Goodwill


ficam classificados em Investimento, controlados em subcontas.

19 - No balanço consolidado, a mais valia será eliminada contra os ativos e passivos que lhe
deram origem.

E o goodwill será transferido para o Intangível, em conta específica.

20 - Se o valor pago for menor que o valor justo, surge a compra vantajosa, que era chamada
de “Deságio”. A Compra Vantajosa deve ser reconhecida (contabilizada) no Resultado do
Período.

21- Propriedade para investimento é a propriedade (terreno ou edifício – ou parte de edifício


– ou ambos) mantida (pelo proprietário ou pelo arrendatário em arrendamento financeiro)
para auferir aluguel ou para valorização do capital ou para ambas, e não para:

(a) uso na produção ou fornecimento de bens ou serviços ou para finalidades administrativas;


ou

(b)venda no curso ordinário do negócio.

22 - Ativo não circulante – Imobilizado: Classificam-se no imobilizado direitos que tenham


por objeto bens corpóreos destinados à manutenção das atividades da companhia, inclusive
os decorrentes de operações que transfiram a ela os benefícios, os riscos e o controle desses
bens. Exemplo: os terrenos, edificações, máquinas e equipamentos, móveis e utensílios,
veículos, e outros. As operações que “ transferem os benefícios, os riscos e o controle desses
bens” é o arrendamento.

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23 - A amortização refere-se geralmente aos itens classificados no Intangível. Mas pode


ocorrer também com itens do Imobilizado, como no caso de Benfeitoria em Propriedades de
Terceiros, que pode ser depreciada ou amortizada.

24 - No CPC 27, consta a seguinte definição:

Mercadorias
Mantido para uso na
produção ou
fornecimento
Prestação de serviços
Mantido para aluguel a
Item tangível outros (quando aluguel
não é o fim)
Ativo Imobilizado
Mantido para fins
administrativos

Espera-se utilizar por


mais de 1 período

25 - O que são ativos intangíveis? A resposta é simples. Podemos dizer, em linguajar simples,
que os intangíveis são aqueles ativos que não têm existência física.

Como exemplos de intangíveis, temos: direitos de exploração de serviços públicos mediante


concessão ou permissão do Poder Público, marcas e patentes, fundo de comércio adquirido.

Direitos que
tenham por objeto
bem incorpóreo

Ativo intangível - Destinado à


Ou exercido com
manutenção da
Lei 6404 essa finalidade
companhia

Inclusive o fundo
de comércio
adquirido

26 - Os direitos classificados no Intangível são avaliados pelo custo de aquisição, deduzido


da amortização acumulada, e devem ser submetidos ao teste de recuperabilidade.

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