I- INTRODUÇÃO
O presente relatório visa descrever os acontecimentos observados durante uma
experiência sobre cromatografia em papel dentro dos objectivos pré-estabelecidos, porém não
deixaremos de abordar ou de dar algumas considerações sobre cromatografia de uma forma mais
ampla.
Na cromatografia, a mistura é adsorvida em uma fase fixa, e uma fase móvel "lava"
continuamente a mistura adsorvida. Pela escolha apropriada da fase fixa e da fase móvel, além de
outras variáveis, pode-se fazer com que os componentes da mistura sejam arrastados
ordenadamente. Aqueles que interagem pouco com a fase fixa são arrastados facilmente e
aqueles com maior interação ficam mais retidos.
II- OBJECTIVOS
Estudar a separação de compostos pela técnica de cromatografia;
Identificar compostos químicos pela técnica de cromatografia;
Permitir a separação dos constituintes de uma mistura.
Essa técnica permite ao aluno entrar em contato com vários conceitos envolvidos, desde a
extração de compostos de plantas com o auxílio de solventes até a cromatografia do extrato
obtido. Conceitos como solubilidade, polaridade, coeficiente de partição, adsorção e fator de
retenção (Rf) podem ser abordados durante a execução do experimento, que também proporciona
ao aluno o conhecimento de uma poderosa técnica de análise empregada cotidianamente em
laboratórios de pesquisa e em algumas indústrias, como a farmacêutica. (DEGANI, 1998)
Régua Amostra C
V- RESULTADOS E DISCUSSÕES
Fator de retenção
Apos a cromatografia verificou-se que o ponto que continha a substancia a ser descoberta,
separou-se, evidenciando os componentes da mistura.
A1 1.1 0.153
A2 5.2 0.722
B 5.2 0.722
C 1.2 0.166
Observau-se que uma amostra sofre partição e as outras não. A que sofre partição é
constituída pela mistura de dois pigmentos, que durante o contato com a fase móvel foram
separados, já as que não sofreram partição são constituídas por um único pigmento que não pode
ser separado (claro), sendo apenas deslocado ao longo da fase estacionária.
A partir dessa análise, foi possível identificar de forma total todos os pigmentos contidos
no cromatograma, seguir-se-á uma tabela de identificação dos pigmentos contidos no
cromatograma:
Pigmento Descrição
A1 Tartrazina
A2 Azul patenteado
B Azul patenteado
C Tartrazina
A velha teoria «semelhante dissolve semelhante», pode também aqui ser aplicada, a
polaridade das moléculas das substâncias é muito importante na cromatografia em papel. As
substâncias cujas moléculas são polares interagem mais intensamente com solventes polares. Já
as substâncias apolares têm mais afinidade com solventes apolares. Deste modo, variando a
polaridade do solvente, ou misturas de solventes, podem-se separar os componentes de uma
amostra (chang Raymond, química 11ª edição, cap 11 forças inrmoleculares, pag 467). Isso
permite explicar que a mistura inicial de tartrazina com o pigmento azul patenteado é uma
substancia polar e que a solução de cloreto de sódio 2molares também o é, dai que foi possível
romper as ligações intermoleculares estabelecidas pela mistura dos pigmentos. O eluente (fase
móvel) «arrastou» o pigmento azul por ter maior afinidade com este, enquanto que os pigmentos
de tartrazina, que por não terem sido muito movidos (apenas 1.1cm e 1.2cm) pela fase móvel,
evidenciam baixa afinidade com o eluente.
VI- CONCLUSÃO
Os valores ideais para o fator de retenção estão entre 0,4 e 0,6. O Rf é adimensional e
nunca pode ser igual a 1 (quando a amostra cromatografada e o eluente percorrem a mesma
distância). Analisando os valores obtidos na presente experiencia, verifica-se que os valores, não
estão no intervalo ideal, mais que também estão relativamente próximos dele e relativamente
distantes de 1.
VII- BIBLIOGRAFIA
1- COLLINS, C.H.; BRAGA, G.L. e BONATO, P.S. Introdução a métodos
cromatográficos. 5ª ed. Campinas: Editora da Unicamp, 1993.
3- CHAVES, M.H.; Análise de extratos de plantas por CCD: uma metodologia aplicada à
disciplina “Química Orgânica”, 2002.