1. Prove que p o conjunto os números reais R com operação * definida por x ∗ y = x3 + y 3 é um grupo abeliano. 3
2. Definição: Seja S um conjunto não vazio. Uma operação binária
∗ é uma função de S × S em S, ou seja, associa a cada par ordenado de S × S um único elemento de S. Se o conjunto S é finito, S = {a1 , a2 , . . . , an }, a operação binária ∗ pode ser definida através da tabela T da operação ∗, onde o elemento aij da tabela corresponde a ai ∗ aj . Por exemplo, se S = {a, b, c} e a ∗ a = b, a ∗ b = c, a ∗ c = b, b ∗ a = a, b ∗ b = c, b ∗ c = b, c ∗ a = c, c ∗ b = b, c ∗ c = a, a tabela T da operação binária ∗ é: ∗ a b c a b c b b a c b c c b a Quando G é um grupo finito com operação ∗, não existe regra prática para determinar se a propriedade associativa é ou não válida, sendo necessário calcular todos os 2n3 compostos (ai ∗ aj ) ∗ ak e ai ∗ (aj ∗ ak ) e verificar se são iguais. Contudo, a verificação da propriedade comutativa é feita facilmente, pois ∗ é comutativa se, e somente se, a tabela T da operação ∗ é simétrica em relação a sua diagonal principal. a) Prove que se T é uma tabela da operação ∗ de um grupo G, então cada elemento de G aparece uma única vez em cada linha e em cada coluna de T . b) Prove que todo grupo G de ordem 2 (grupo com 2 elementos) é abeliano. ( f1 : R − {0} → R f2 : R − {0} → R 3. Considere as funções , 1 , f1 (x) = x f2 (x) = ( x f3 : R − {0} → R f4 : R − {0} → R , 1 . f3 (x) = −x f4 (x) = − x Prove que G = {f1 , f2 , f3 , f4 } com operação ◦ (composição de funções) é um grupo abeliano. Obs: você pode assumir a associatividade da composição de funções, ou seja, se f : X → Y, g : Y → Z, h : Z → W são funções, então (f ◦ g) ◦ h = f ◦ (g ◦ h). Sugestão: construa a tabela da operação ◦ . · ¸ · ¸ 2 1 0 i 0 4. Sejam i a unidade imaginária, i = −1, e I = ,J = , · ¸ · ¸ 0 1 0 −i 0 1 0 i K= ,L = . −1 0 i 0 Se em Q = {I, −I, J, −J, K, −K, L, −L} definimos como operação o produto usual de matrizes, obtemos um grupo chamado Quatérnios que tem importantes aplicações em Matemática. a) Construa a tabela T da operação dos Quatérnios. b) Determine os elementos inversos de I, J, K, L.
5. Seja G um grupo com operação ∗ e denote o elemento inverso de x ∈ G
por x0 . Se x = x0 , ∀x ∈ G, prove que G é abeliano. Sugestão: Se x, y ∈ G, note que (x∗y)0 = y 0 ∗x0 e considere x∗y = (x∗y)0 .
6. Seja G um grupo com operação ∗ e defina indutivamente x2 = x∗x, x3 =
x ∗ x2 = x2 ∗ x, . . . , xn = x ∗ xn−1 = xn−1 ∗ x, n ≥ 4. Se (x ∗ y)2 = x2 ∗ y 2 , ∀x, y ∈ G, prove que G é abeliano.
7. Considere o grupo Z∗18 = {a ∈ Z18 | mdc(a, 18) = 1} (veja a definição
na página 160 da aula 12). a) Determine Z∗18 . b) Resolva em Z∗18 a equação x3 = 1.
8. Definição: Se um grupo G é finito, ou seja, se G = {a1 , a2 , . . . , an },
diremos que G tem ordem n e escreveremos o(G) = n. Caso contrário, isto é, se G é um conjunto infinito, diremos que G tem ordem infinita.
a) Seja G um grupo com operação ∗ e denote o elemento inverso de
x ∈ G por x0 . Defina em G a relação R por: xRy ⇔ x = y ou y = x0 . Prove que R é relação de equivalência. b) Se G é um grupo de ordem par e e é o elemento neutro de G, prove que existe x ∈ G − {e} tal que x2 = e. Sugestão: Primeiro verifique que x2 = e ⇔ x = x0 . Em seguida, determine as classes de equivalência da relação R e recorde que as classes de equivalência são conjuntos disjuntos (interseção vazia) cuja união é o conjunto G.