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As doenças que cursam com sintomatologia nervosa sempre foram de grande prevalência
em rebanhos de bovinos de corte criados, tanto intensiva como extensivamente . Durante
décadas, quando ocorriam surtos de tais doenças, a principal preocupação era a de serealizar
um diagnóstico da raiva, tendo em vista a implementação imediata de medidas de controle
baseadas, principalmente em vacinação preventiva do rebanho, complementada com o
controle de vetores. Posteriormente a poliencefalomalácia, as meningoencefalites bacterianas
causadas por microrganismos do gênero Î , as encefalites inespecíficas, a
encefalite por Herpesvírus Bovino tipo 5 e o botulismo também adquiram importância como
fontes de prejuízo para pecuária bovina, não só para o Mato Grosso do Sul, como também
para todo Centro-Oeste e o restante do País.
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risco para BSE, conforme estabeleceu a própria União Européia, correspondendo a um risco
desprezível de contaminação do rebanho bovino brasileiro. Para isso foi criada a Instrução
Normativa (IN) nº18 da Secretaria de Defesa Agropecuária (SDA) de 15/02/2002, a qual
determina que amostra do O
, sejam submetidos à
histopatologia, como parte de busca passiva para Encefalopatias Transmissíveis (EET¶s), entre
as quais situa-se a BSE.
O SNC dos animais com todas, ou algumas das características anteriores, que tenham
morrido ou sidos sacrificados em estado terminal, deve ser submetido a exame específico para
diagnostico de raiva. Os casos negativos devem ser encaminhados a histopatologia para
diagnostico diferencial de Encefalopatia Espongiforme Bovina.
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é uma proteína designada PrP produzida pela célula nervosa central, que
pode se converter em uma forma normal, denominada
(PrPSc), que pode se
converter em uma forma anormal encontrada em neurônios de ovinos cometidos de Scrapie. A
conversão da proteína normal em anormal se da devido a alteração conformacional na
molécula protéica, diminuindo a quantidade das Į-hélices com aumento do pregueamentos ȕ,
fazendo com que ela se dobre de forma anormal. Isto a transforma em uma proteína de 23-30
kD com propriedades químicas e físicas consideravelmente modificadas. Um exemplo destas
modificações é a acentuada diminuição da susceptibilidade da PrPSc à ação das proteases,
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quando comparada à PrP .
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O PrP , ao ser ingerido pelo animal, ou o homem, é absorvido no tubo digestivo, passa
para a corrente circulatória e, uma vez no SNC, penetra nas células nervosas tornando-se
molde para novas PrP¶s que estão sendo sintetizadas, transferindo-lhes o padrão de
dobramento anárquico. Isto cria um mecanismo de auto-replicação utilizando-se a maquinaria
genética normal da célula. Esse patógeno é o único conhecido até o momento, que não possui
ácido nucléico (DNA ou RNA) e acumula na célula nervosa afetando o seu funcionamento,
desencadeando uma vacuolização e morte celular.
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Entre as enfermidades causadas pela presença de PrP , destacam-se, a Doença de
Creutzfeldt-Jakob (CJD), tanto a forma esporádica quanto a familiar, que afetam os seres
humanos; o Scrapie ou paraplegia enzoótica das ovelhas, que afeta ovinos e caprinos e a
Encefalite Espongiforme Bovina (BSE), também denominada ³Doença da Vaca Louca´, que
afeta bovinos domésticos.
O Prion responsável por esta ultima doença pode ser transmitido aos seres humanos,
desencadeando um processo neurodegenerativo, considerado uma variante da Doença de
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Creutzfeldt-Jakob (vCJD). A epidemiologia, as manifestações clínicas e o perfil patológico vCJD
diferem do normalmente observado nas formas esporádica e familiar da CJD.
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Utilizando-se uma tesoura, realizar dois cortes profundos oblíquos, no extremo rostral
do tronco encefálico até atingir os ventrículos laterais,separando o tronco, dos dois hemisférios
cerebrais.
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As amostras destinadas à histopatologia deverão ser remetidos frascos de boca larga
contendo formol a 10%, em temperatura ambiente.
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Por esse motivo, tem sido constante a busca de testes laboratoriais de maior precisão.
Atualmente pode-se confirmar presença de PrPSc através de imunodiagnósticos utilizando-se
anticorpo monoclonal, em fragmento de tecido nervoso previamente processados para
histopatologia. Isto é possível porque esta técnica é capaz de separar o
normal do
anormal.
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A Microscopia Eletrônica de material preparado de tecido cerebral homogeneizado,
proveniente de bovinos afetados de BSE, revelou a presença de fibrilas semelhantes às
Fibrilas Associadas ao Scrapie (SAF) encontradas no SNC de ovinos e caprinos com Scrapie e
de humanos com CDJ.
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Inicialmente as provas imunodiagnóticas para detecção de PrP em tecido nervoso,
proveniente de animais afetados de doença priônicas e incluído em parafina, apresentavam
limitações. Isto porque a fixação pela formalina, produz ligações cruzadas entre a substância
química e as proteínas teciduais , entre as quais estão os antígenos. Tais ligações modificam
as estruturas protéicas terciárias e quaternárias, com preservação das primárias e secundárias.
A preservação destas últimas estruturas garante a capacidade antigênica, mas o
reconhecimento dos antígenos pelos anticorpos é impedido, devido às modificações das
estruturas protéicas terciárias e quaternárias. Com a descoberta de que, submetendo-se os
tecidos fixados à digestão enzimática pela proteinase K, ao tratamento com ácido fórmico ou
com diferentes fontes de calor úmido, a exemplo da autoclave, tal problema foi contornado,
uma vez que o epítopo, isto é, o determinante antigênico, poderia ser desmascarado e exposto
às reações, aumentando imunorreatividade. Com isso a imunohistoquímica tornou-se uma
importante ferramenta na elucidação de diagnósticos histopatológicos inconclusivos.
Por outro lado , a habilidade deste teste em detectar baixas concentrações de PrPSc, o
torna eficiente na validação de exames histopatológicos com lesões incipientes e abre
perspectiva de diagnóstico precoce, antes mesmo que os animais afetados devolvam sinais
clínicos. Além disso, a imunohistoquímica pode ser aplicada em tecidos autolizados ou com
artefatos de processamento, dando ainda resultados satisfatórios na avaliação da presença de
PrPSc.
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Os Materiais que representam risco da Encefalopatia Espongiforme Bovina, são:
Cérebro, Olhos; Medula Espinhal e Dura Mater; Amidalas, parte distal do ileo.
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Para remoção do Material de Risco Específico (MRE), são utilizadas facas de cabo
branco/azul com uma faixa vermelha, garantindo assim que estes materiais serão utilizados
somente neste procedimento, para que não ocorra contaminação cruzada.
Os funcionários que tem contato e/ou manipulam o Material de Risco Específico (MRE)
tomam cuidados de higiene pessoal. Esses funcionários são proibidos de manipular outros
materiais.
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Todo Material de Risco Específico (MRE) é recebido em uma bandeja verde identificada
com ´MRE´ localizada ao lado de cada operador que manipula esses materiais, facilitando
assim a segregação do mesmo.
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O Material de Risco Específico (MRE) é recolhido cuidadosamente em saco plástico
transparente identificado com a etiqueta ³Material de Risco de BSE´ durantes as atividades do
setor.
Todo Material de Risco Específico (MRE) é destinado ao local reservado à cremação.
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As amídalas são removidas pelo SIF, e, do mesmo modo, são identificadas e segregadas até
a cremação de todo material.As amídalas são retiradas por um colaborador com auxilio de um
gancho e faca sendo depositada em bandejas verdes devidamente identificadas para devido
fins. No momento que antecipa cada procedimento de retirada das amídalas as facas, aço e o
gancho são lavados e esterilizados. Este material é enviado para pesagem e incineração.
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O cérebro e os olhos são retirados cuidadosamente pelos funcionários, que são treinados
pelo Chefe do Departamento a realizar a operação. Na remoção do cérebro, também é retirado
o Gânglio Trigêmeo, que faz parte do Sistema Nervoso, sendo assim um Material de Risco
Específico (MRE).
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O funcionário responsável pela remoção da medula espinhal e dura mater é treinado pelo
Chefe do departamento para realização da operação.
A remoção da medula espinhal é realizada de forma cuidadosa fazendo com que todo o
Material de risco Específico (MRE) seja removido, conforme o Procedimento Operacional
Retirar Medula Espinhal e Dura Mater.
A operação é monitorada pelo Inspetor de Controle de Qualidade freqüentemente.
No caso em que se faz o aproveitamento da medula espinhal, faz -se a retirada e envio
para o setor de miúdos através de chutes para processamento e estocagem.
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A remoção da porção distal do íleo é realizada por um colaborador devidamente
treinado na área suja da triparia. O colaborados tem como base o gabarito de 70cm
para sua orienta ção durante a retirada da mesma. Depois de retirado o conteúdo fecal
a porção é depositada em badejas devidamente identificadas para tal fim. Este
material é enviado para pesagem e incineração.
Nos casos em que se faz o uso deste material para envoltórios naturais este material é
depositadas em caixas brancas e destinadas para o processamento. Ao termino da
abate todos os resíduos de MRE retidas nos ralos são recolhidos e destinados a
incineração.
Os procedimentos são monitorados pelo chefe de matança que promove ações
corretivas imediatas quando necessário. Todo material que por ventura cair no chão é
imediatamente recolhido e depositado em bandejas devidamente identificados para tal
fim, sendo enviadas a pesagem e incineração.
PESAGEM DO MATERIAL
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