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F I L O S O F Í A

F U N D A M E N T A L

POR

D O N J A I M E B A L M E S ,

f m u í T b b o .

T O M O I V .

C U A R T A E D I C I O N .

B A R C E L O N A .
I M P R E N T A D E L D I A R I O D E B A R C E L O N A ,
C A L L E N U E V A D E 6. FRANCISCO, N.* 17.
1 8 6 8 .
 L I B R O O C T A V O

l o 1 1 f i n i t o .

C A P Í T U L O I.

O j e a d a s o b r e el e s t a d o actual d e la filosofía.

1. E n las o b r a s d e filosofía t r a s c e n d e n t a l p u b l i c a d a s d e
a l g u n o s a ñ o s á esta p a r t e , s e e m p l e a n c o n m u c h a f r e c u e n
c i a las p a l a b r a s infinito, a b s o l u t o , i n d e t e r m i n a d o , i n c o n d i
c i o n a l , h a c i é n d o l a s r e p r e s e n t a r u n g r a n p a p e l e n la expli
c a c i o n d e los m a s r e c ó n d i t o s a r c a n o s q u e o f r e c e r s e p u e d a n
á la c o n s i d e r a c i o n del h o m b r e . C o n ellas se c o m b i n a n las
d e finito , relativo , d e t e r m i n a d o , c o n d i c i o n a l ; y d e esta
c o m b i n a c i o n s e p r e t e n d e q u e h a d e s u r g i r el r a y o d e luz
q u e disipe las tinieblas d e las r e g i o n e s filosóficas.
2. A p e s a r d e l m a l u s o q u e m u c h o s h a c e n d e s e m e j a n t e s
p a l a b r a s , p r e c i s o es c o n f e s a r , q u e es c o n s o l a d o r el h e c h o
i n d i c a d o p o r el m i s m o p r u r i t o d e e m p l e a r l a s . Este h e c h o es
u n e s f u e r z o d el espíritu h u m a n o p a r a l e v a n t a r s e d e l p o l v o
e n q u e le h u n d i e r a la i m p í a e s c u e l a del p a s a d o siglo.
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3. ¿ Q u é e r a el m u n d o á los ojos d e los falsos filósofos q u e
p r e c e d i e r o n á la r e v o l u c i o n f r a n c e s a ? u n c o n j u n t o d e m a t e
ria, sujeta á m o v i m i e n t o p o r s i m p l e s leyes m e c á n i c a s , c u y a
e x p l i c a c i o n e s t a b a d a d a p r o n u n c i a n d o : c i e g a n e c e s i d a d . ¿ Q u é
e r a el espíritu h u m a n o ? n a d a m a s q u e m a t e r i a . ¿ Q u é e r a el
p e n s a m i e n t o ? u n a m o d i f i c a c i o n d e la m a t e r i a . ¿ E n q u é se di
f e r e n c i a b a la m a t e r i a p e n s a n t e d e la n o p e n s a n t e t E n u n p o
c o m a s ó m e n o s d e sutileza , e n u n a d i s p o s i c i o n d e á t o m o s -
m a s ó m e n o s feliz. ¿ Q u é e r a la m o r a l ? u n a ilusion. ¿ Q u é e r a n
los s e n t i m i e n t o s ? u n f e n ó m e n o d e la m a t e r i a . ¿ C u á l e r a el
o r i g e n del h o m b r e ? el d e la m a t e r i a ; d e * u n f e n ó m e n o ofre
c i d o p o r u n a p o r c i o n d e m o l é c u l a s , q u e a h o r a se h a l l a n e n
u n a d i s p o s i c i o n y l u e g o e n otra m u y diferente. ¿ H a b l a b a i s
d e u n d e s t i n o m a s allá del s e p u l c r o ? S e os c o n t e s t a b a c o n
u n a d e s d e ñ o s a sonrisa. ¿ P r o n u n c i a b a i s la p a l a b r a religion?'
El d e s d e n a u m e n t a b a , se c o n v e r t í a e n d e s p r e c i o . ¿ R e c o r d a
bais la d i g n i d a d h u m a n a ? Sí , se o s o t o r g a b a esta d i g n i d a d ,
c o n tal q u e os c o n s i d e r a s e i s c o m o u n a g r a d u a c i o n m a s p e r
fecta , m a s n o d e distinta n a t u r a l e z a d e los d e m á s a n i m a l e s .
N o se os n e g a b a q u e v u e s t r a figura f u e s e m a s n o b l e y gala
n a q u e la del m o n o ; n o se os d i s p u t a b a la s u p e r i o r i d a d d e
la inteligencia ; p e r o debíais g u a r d a r o s d e p r e t e n d e r ni &
o r i g e n ni á d e s t i n o m a s e l e v a d o s . El c u r s o d e los siglos p o
día desarrollar y p e r f e c c i o n a r las f o r m a s del m o n o , é i g u a
larlas c o n las v u e s t r a s ; p o d i a desarrollar y p e r f e c c i o n a r s u
m a s a c e r e b r a l d e tal s u e r t e q u e d e los d e s c e n d i e n t e s d e e s e
m o n o q u e os divierte c o n s u s m o v i m i e n t o s e x t r a v a g a n t e s y
s u s actitudes ridiculas , n a c i e r a n h o m b r e s c o m o Platon, sai»
A g u s t í n , L e i b n i t z ó B o s s u e t .
4. C o n s e m e j a n t e s i s t e m a , inútil e r a p e n s a r e n ideas ; no-
h a b i a m a s q u e s e n s a c i o n e s : c u a n t o se agita e n la m e n t e del
h o m b r e , d e s d e el m a s i m b é c i l , h a s t a el g e n i o m a s p o d e r o s o ,
n o e r a m a s q u e u n a s e n s a c i o n t r a s f o r m a d a . L o s e l e m e n t o s
d e la h u m a n a inteligencia e r a n a b s o l u t a m e n t e los m i s m o s
d e q u e d i s p o n e el b r u t o ; p e n s a r n o e r a m a s q u e sentir m e
jor. T a l e r a el ú l t i m o t é r m i n o del análisis , tal el r e s u l t a d o
d e la m a s d e l i c a d a o b s e r v a c i o n , tal !a s o l u c i o n q u e &
p r o b l e m a s del e n t e n d i m i e n t o del h o m b r e e n c o n t r a r a la m a s
p r o f u n d a filosofía. P l a t o n , Aristóteles , s a n A g u s t i u , s a n t o
T o m á s , D e s c a r t e s , M a l e b r a n c h e , Le i bn i t z, n o e r á n m a s q u e
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s o ñ a d o r e s s u b l i m e s , c u y o g e n i o c o n t r a s t a b a c o n s u i g n o
r a n c i a d e la v e r d a d e r a n a t u r a l e z a d e las cosas. T o d o s ellos
n o s a b i a n n a d a e n m a t e r i a d e ideología y m e t a f í s i c a : estas
c i e n c i a s e r a n u n m u n d o d e s c o n o c i d o , h a s t a q u e v i n i e r o n h
d e s c u b r i r l e L o c k e y Condillac.
5. E s a e s c u e l a t a n f u n e s t a c o m o frivola, h a b i a e n v u e l t o el
espíritu e n la m a t e r i a , y le h a b i a a h o g a d o . L a m a r i p o s a n o
p o d í a d e s p l e g a r s u s leves alas , d e lindos y v a r i a d o s colores;
e r a p r e c i s o q u e se d e s p o j a s e d e ellas, y q u e se convirtiese e n
g u s a n o t o r p e é i n m u n d o , e n r e d a d o e n u n a e n v o l t u r a tan in
m u n d a y t o r p e c o m o él. E n e s t o c o n s i s t í a el p r o g r e s o . E l li
m i t e d e la p e r f e c c i o n i d e o l ó g i c a e r a n e g a r las ideas ; el d e
los estudios metafísicos, n e g a r los espíritus; el d e los m o r a
les, n e g a r la m o r a l ; el d e los sociales, n e g a r el p o d e r ; el d e
los políticos, e s t a b l e c e r la licencia ; el d e los religiosos, n e
g a r á Dios. A s i m a r c h a b a la r a z o n h u m a n a e n u n a d i r e c c i o n
r e t r ó g r a d a , c r e y e n d o a v a n z a r ; así p e n s a b a l e v a n t a r el edi
ficio d e s u s c o n o c i m i e n t o s , c u a n d o n o h a c i a m a s q u e d e m o
ler; así q u e r í a llegar á u n r e s u l t a d o científico, n e g a n d o c u a n
to e n c o n t r a b a al p a s o , y n e g á n d o s e p o r fin á sí m i s m a .
6. E n la a c t u a l i d a d , h a y u n a v e r d a d e r a r e a c c i ó n c o n t r a
filosofía tan d e g r a d a n t e ; basta abrir los escritos d e los filóso
fos d e este siglo p a r a c o n v e n c e r s e d e esta v e r d a d c o n s o l a d o r a .
E n t o d a s p art es se e n c u e n t r a la p a l a b r a i d e a , c o n t r a p u e s t a á
la d e s e n s a c i o n ; la d e espíritu, á la d e m a t e r i a ; la d e activi
d a d del p e n s a m i e n t o , á la d e m o v i m i e n t o c o r p ó r e o ; las d e
c a u s a , ó r d e n , libertad d e albedrío, m o r a l , infinidad. L a s ideas
q u e las a c o m p a ñ a n s o n á v e c e s inexactas, á v e c e s m o n s t r u o
sas ; p e r o e n el f o n d o se v e u n a f a n p o r salir del a b i s m o e n
q u e s u m i e r a al espíritu h u m a n o u n a filosofía atea y m a t e r i a
lista. A l g u n o s filósofos q u e h a n c o n t r i b u i d o á la r e a c e i o n n o
a d m i t e n u n D i o s inteligente y libre, distinto d el u n i v e r s o ; es
v e r d a d , y p o r esto h e d i c h o m a s a r r i b a q u e el p a n t e i s m o e r a
uft e n i s s a a t r at s s e i d t s e a m l lo a, d é q i p su o f e c r a a z l, a g e d su o n ; u a n s p e a v r t e o e c i e a s sl m m o p e r q on u c o e u s r s a e l aq a uv t i e e z r i á g s s ü m e o e n n d z g e a a ñl d o a e s r psc aeo n - á -

sí p r o p i o , p e r s u a d i é n d o s e q u e n o l o es.
7. El a t e i s m o d e los m o d e r n o s f ilósofos se a v i e n e c o n lo
infinito ; n o r e c h a z a esas g r a n d e s i d e a s q u e v a g a b a n p o r el
m u n d o a n t i g u o , c o m o re stos d e u n a tradicion p r i m i t i v a , y
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q u e l u e g o f u e r o n fijadas, a c l a r a d a s y e l e v a d a s p o r la s u p e r i o r
e n s e ñ a n z a del cristianismo. L a filosofía del siglo p a s a d o s e
h a b i a s e n t a d o e n las tinieblas y s o m b r a s d e la m u e r t e , y s e
d e c l a r a b a á si p r o p i a e n p o s e s i o n d e la luz y d e la vida. L a
filosofía actual está t o d a v í a e n la o s c u r i d a d , p e r o n o se c o n -
tenia c o n ella ; a n d a á tientas e n b u s c a d e u n a salida á las
r e g i o n e s d e la luz. D e a q u í e s o s e s f u e r z o s d e s e s p e r a d o s p o r
fijarse , n o e n la m a t e r i a s i n o e n el f o c o d e la inteligencia,
e n el y o , es d e c i r e n el espíritu ; d e a q u í es e c o n t i n u o e m
p l e o d e las palabras, a b s o l u t o , i n c o n d i c i o n a l , infinito ; p a
labras q u e si b i e n las m a s v e c e s solo la c o n d u c e n á u n a b
s u r d o , i n d i c a n sin e m b a r g o u n a a s p i r a c i o n s u b l i m e .
8. Estas o b s e r v a c i o n e s m a n i f i e s t a n , q u e n o c o n f u n d o la
filosofía actual c o n la del siglo p a s a d o ; q u e n o c o n s i d e r o el
p a n t e i s m o d e a h o r a , c o m o u n m a t e r i a l i s m o p u r o ; y q u e á
sp o e f s o a s r , n d o e l d a e t s e c i o s n m o o z c d o e q q u u n e e a n c u m s e o d i l a o d e o c s t u r i e n x a t r d a e v í a o l g c u o n n o s s e r f v i l a ó n -

u n a e s p e c i e d e h o r r o r h á c i a él , y p e r d i d o s e n el laberinto
d e s u s e s p e c u l a c i o n e s b u s c a n el hilo q u e los c o n d u z c a á las
p u e r t a s d e la v e r d a d .
9. E s t a justicia q u e les h a g o g u s t o s o á los m o d e r n o s filó
sofos, n o i m p e d i r á q u e c o m b a t a s u s p r e t e n s i o n e s á u n m é r i
to q u e n o tienen. Ellos se a p e l l i d a n los r e s t a u r a d o r e s d e la
espiritualidad del a l m a y d e la libertad h u m a n a ; y c u a n d o
h a b l a n d e Dios, p o c o falta si n o le e x i g e n u n tributo d e g r a
titud p o r h a b e r r e s t a u r a d o s u trono. A n t e s d e ostentar p r e
t e n s i o n e s tan o r g u l l o s a s , d e b i e r a n c o n s i d e r a r q u e distan
m u c h o t o d a v í a d e la v e r d a d c o n r e s p e c t o á D i o s y al h o m b r e ,
n o solo tal c o m o la h a e n s e ñ a d o e n t o d o s t i e m p o s el cristia
n i s m o , s i n o c o m o la h a n p r o f e s a d o los m a s ilustres filósofos
m o d e r n o s . Q u i e r e n apellidarse r e s t a u r a d o r e s , p e r o s u res
t a u r a c i o n es , c o n s o b r a d a f r e c u e n c i a , u n a n u e v a r e v o l u
c i o n , á v e c e s tan terrible c o m o la q u e tratan d e c o m b a t i r .
10. H a y otra c o n s i d e r a c i o n q u e d e b i e r a m o d e r a r l o s c u a n
d o se q u i e r e n d a r el aire d e i n v e n t o r e s , y es, q u e al h a b l a r
d e Dios, del espíritu h u m a n o , de l p e n s a m i e n t o , d e las ideas,
d e la libertad d e albedrío, n a d a b u e n o d i c e n q u e n o se halle
e n todas las o b r a s d e los filósofos q u e florecieron a n t e s del
siglo xviii, y a u n á p r i n c i p i o s d e él. A b r i d los libros d e texto
d e las escuelas, y e n ellos e n c o n t r a r e i s m u c h a s d e las c o s a s
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q u e a h o r a se os p r e s e n t a n c u a l d e s c u b r i m i e n t o s i m p o r t a n
tes. L o s g r a n d e s filósofos s e g l o r i a n d e s a b e r lo q u e a n t e s
a p r e n d í a n los niños. L a tradicion filosófica d e las s a n a s i d e a s
n o se i n t e r r u m p i ó d u r a n t e el siglo p a s a d o ; e n m u c h o s p u n
tos d e E u r o p a se c o n s e r v a b a n e s c u e l a s q u e las e n s e ñ a b a n
c o n e s c r u p u l o s a fidelidad. Y á m a s d e las e s c u e l a s h u m a n a s
h a b i a la del H o m b r e Dios, la Iglesia d e J e s u c r i s t o , q u e e n t r e
s u s d o g m a s s o b r e n a t u r a l e s c o n s e r v a b a t a m b i e n las v e r d a d e s
n a t u r a l e s , q u e e s f u e r z o s i n s e n s a t o s se e m p e ñ a b a n e n h a c e r
olvidar.
11. ¿ A q u é se r e d u c e n p u e s la i n v e n c i o n y la r e s t a u r a
c i o n ? I n v e n c i o n c o n r e s p e c t o á D i o s , al espíritu h u m a n o y
á la m o r a l , n o la h a y ; t o d o lo q u e se d i g a d e v e r d a d , e s t a b a
d i c h o ya. R e s t a u r a c i o n t a m p o c o la h a y p r o p i a m e n t e h a b l a n
d o ; n o se restaura lo q u e n o pereció. L a v e r d a d existia , y
c o n o c i d a y a c a t a d a p o r los siete m i l q u e n o h a b í a n d o b l a d o
la rodilla a n t e Baal; c u a n d o los trásfugas v u e l v e n y se a c e r
c a n al n ú m e r o e s c o g i d o , q u e n o d i g a n q u e r e s t a u r a n , d i g a n
q u e r e c o b r a n ; n o d a n , r e c i b e n ; n o i l u m i n a n al m u n d o , s o n
c i e g o s á q u i e n e s la b o n d a d d e la P r o v i d e n c i a les a b r e los
ojos a la luz.
C A P Í T U L O II.

Importancia v a n o m a l í a de las cuestiones sobre la idea de lo infinito.

12. El e x á m e n d e la i d e a d e lo infinito es u n objeto d e la
m a y o r i m p o r t a n c i a . A m a s d e q u e la e n c o n t r a m o s e n v a r i a s
ciencias, inclusas las e x a c t a s , e n c i e r r a u n o d e los p r i n c i p a
les c a r a c t e r e s e n q u e d i s t i n g u i m o s á D i o s d e las criaturas.
U n D i o s finito n o seria D i o s ; u n a criatura infinita n o seria
criatura.
E n la escala d e los seres finitos n o t a m o s u n a g r a d a c i o n ,
p o r la c u a l se e s l a b o n a n los u n o s c o n los otros : los m e n o s
perfectos, á m e d i d a q u e se p e r f e c c i o n a n , v a n a c e r c á n d o s e á
los perfectos; y salvos los limites d e la n a t u r a l e z a d e c a d a u n o ,
h a y p u n t o s d e c o m p a r a c i o n q u e n o s s i r v e n p a r a m e d i r las
distancias respectivas. E n t r e lo finito y lo infinito , n o h a y
c o m p a r a c i o n ; t o d a s las m e d i d a s s o n insuficientes, d e s a p a r e
c e n : p a s a m o s d e la g o t a i m p e r c e p t i b l e 4 la i n m e n s i d a d del
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o c é a n o ; del á t o m o q u e se e s c a p a á t o d a o b s e r v a c i o n , al pié
l a g o d e m a t e r i a d i f u n d i d a p o r los e s p a c i o s ; y p o r m u c h o q u e
esos tránsitos e x p r e s e n , s o n n a d a p a r a r e p r e s e n t a r la idea d e
lo infinito : estos o c é a n o s c o m p a r a d o s c o n la infinidad v e r
d a d e r a , se c o n v i e r t e n á s u v e z e n n u e v a s gotas i m p e r c e p t i
bles, y así r e c o r r e el espíritu u n a escala i n t e r m i n a b l e , e n
b u s c a d e a l g o q u e p u e d a c o r r e s p o n d e r á s u idea. El e x á m e n
d e la idea d e lo infinito, a u n q u e n o tuviese m a s objeto q u e
la c o n t e m p l a c i o n del g r a n d o r d e la m i s m a , d e b e r í a o c u p a r
u n p u e s t o p r e f e r e n t e e n los estudios filosóficos.
13. A l fijar la c o n s i d e r a c i o n e n las d i s p u t a s s o b r e la i d e a
d e lo infinito, relativas n o solo á la n a t u r a l e z a d e ella , s i n o
t a m b i e n á s u m i s m a existencia, é c h a s e d e v e r u n a e x t r a ñ a
a n o m a l í a . Si existe e n n u e s t r o e n t e n d i m i e n t o , p a r e c e q u e d e
b e r í a llenarlo t o d o ; y q u e h a d e ser i m p o s i b l e el dejar d e e x
p u e t r i a m n e n h t a a s rt a l a s . o N b o r e o b l a s t e a x n i t s e t e e n s c b i i a e n d e s a e b s i t d a o i q d u e e a l , o d s e f i s l ó u s e o r f t o e s d q i u s e -

s i e n d o ella u n tesoro infinito , los q u e le p o s e e n d u d a n d e s u

r e a l i d a d : á la m a n e r a d e los a n t i g u o s caballeros q u e h a l l á n
d o s e e n u n s o b e r b i o castillo a d o r n a d o c o n g r a n r i q u e z a y es
p l e n d o r , d u d a b a n d e si lo q u e e s t a b a n p r e s e n c i a n d o e r a real
m e n t e u n castillo ó u n a ilusion p r o d u c i d a p o r u n h e c h i c e r o -
14. L a s i m p l e d i s p u t a s o b r e si la i d ea d e lo infinito es
positiva ó n e g a t i v a , e q u i v a l e t a m b i e n á la c u e s t i o n d e s u
existencia. Si es n e g a t i v a , e x p r e s a u n a falta d e s er ; si es
positiva, significa u n a p l e n i t u d d el ser: ¿ p u e d e a c a s o e n t a
blarse d i s p u t a m a s vital p a r a u n a i d e a q u e la d e b u s c a r si
r e p r e s e n t a la falta ó la p l e n i t u d d e u n a c o s a ?
15. H é n o s a q u í p u e s c o n el h e c h o q u e h e m o s n o t a d o y a
e n las d i s c u s i o n e s anteriores: la r a z o n t o c a n d o á s u s c i m i e n
tos, y c o m o a m e n a z a d a d e e n c o n t r a r la m u e r t e e n t r e las rui
n a s d e los m a s altos edificios q u e e n c u e n t r a e n sí propia.

c a p í t u l o r a .

Si tenemos idea de lo iafiaUo.

16. ¿ T e n e m o s a l g u n a i d e a d e lo infinito? P a r e c e q u e sí;
d e lo c o n t r a r i o la p a l a b r a infinito n o significaría n a d a p a r a
 — 1! -
n o s o t r o s ; y al e m p l e a r l a , n o n o s e n t e n d e r í a m o s r e c i p r o c a
m e n t e , c o m o n o s e n t e n d e m o s .
n . S e a lo q u e f u e r e d e la n a t u r a l e z a y p e r f e c c i o n d e
n u e s t r a i d e a d e lo infinito, e s c i e r t o q u e e n v u e l v e a l g o fijo,
c o m u n á t o d a s las inteligencias. F á c i l m e n t e p o d e m o s o b s e r
v a r q u e esta i d e a la a p l i c a m o s á c o s a s d e ó r d e n e s m u y dife
r e n t e s ; y q u e la significacion e n c a d a c a s o es u n a m i s m a p a
r a t o d o s los h o m b r e s . H a s t a las dificultades q u e n o s a b r u m a n
al q u e r e r explicarla e n si y e n s u s a p l i c a c i o n e s , d i m a n a n d e
ella m i s m a ; y á todos n o s c o n f u n d e n i g u a l m e n t e , p o r q u e
t o d o s c o n c e b i m o s d e u n m i s m o m o d o lo q u e se e n t i e n d e p o r
infinito, t o m a d o e n g e n e r a l .
18. Infinito é indefinido e x p r e s a n c o s a s m u y diversas. In
finito significa c a r e n c i a d e límites; indefinido significa q u e
los límites se retiran c o n t i n u a m e n t e ; se p r e s c i n d e d e la
existencia d e los m i s m o s , y solo se d i c e q u e n o se los p u e
d e asignar.
19. T o d o c u a n t o existe es ó finito ó infinito, p u e s q u e 6
tiene límites ó n o los tiene: e n el p r i m e r c a s o , es finito; e n
el s e g u n d o , infinito: n o h a y m e d i o e n t r e el sí y el n ó .
20. P o r d o n d e se e c h a d e v e r q u e p r o p i a m e n t e h a b l a n d O r
n o h a y e n la r e a l i d a d n a d a indefinido: esta p a l a b r a e x p r e s a
u n a m a n e r a d e c o n c e b i r , ó m a s b i e n u n a v a g u e d a d e n el c o n
c e p t o , ó u n a i n d e c i s i o n e n el juicio. C u a n d o n o c o n o c e m o s
los límites d e u n a c o s a , y p o r otra parte n o n o s a t r e v e m o s á
a f i r m a r s u infinidad, la l l a m a m o s indefinida. A sí h a n d i c h o
q u e e r a indefinido el espacio, los q u e n o h a n visto m e d i o d e
señalarle u n límite , y c o n s i d e r a b a n q u e n o e r a c o n v e n i e n t e
apellidarle infinito. H a s t a e n el l e n g u a j e c o m u n se l l a m a in
definido lo q u e n o tiene s e ñ a l a d o s los límites : así se d i c e
« s e h a c o n c e d i d o tal ó c u a l c o s a p o r u n t i e m p o indefinido ,»
a u n q u e este, c o n ciertas c o n d i c i o n e s , h a y a d e s er l i m i t a d o
e n a l g u n a é p o c a q u e n o se d e t e r m i n a .
II. L a i d e a d e la infinidad n o consiste e n c o n c e b i r q u e
á u n a c a n t i d a d d a d a se le p u e d a s i e m p r e a ñ a d i r otra; ó q u e
á p r u e n s a m p e a r s f e q c u c e i o l n a s p e o s l i a b i p l u i e d da d a d h e a c u e n r a m s a e s r i i e n t d e e n s c a o : n c e e s p t o t o n s o c e o x n *

la q u e p r o c u r a m o s a c e r c a r n o s á la i d e a a b s o l u t a d e lo infi
nito. Q u e esta i d e a a b s o l u t a es algo distinto d e a q u e l l o s c o n
ceptos, se v e claro e n q u e la m i r a m o s c o m o u n tipo al c u a l
 - 12 -
r e f e r i m o s la série , y al q u e n o p o d e m o s igualarla p o r m a s
q u e la p r o l o n g u e m o s .
21. N o t e m o s el l e n g u a j e c o n q u e n a t u r a l m e n t e e x p r e s a
m o s lo q u e p a s a e n n u e s t r o interior al p e n s a r e n lo infinito.
¿ Q u é es u n a línea infinita?
U n a línea q u e n o tiene limites.
¿ S e r á d e u n m i l l o n , d e u n billon d e v a r a s ?
N o s e p u e d e e x p r e s a r s u l o n g i t u d c o n n i n g u n n ú m e r o ; se
r á s i e m p r e m a y o r .
A m e d i d a q u e p r o l o n g a m o s u n a línea finita, ¿ n o s a c e r c a
m o s á la infinita?
Cierto, e n c u a n t o acercarse significa p o n e r c a n t i d a d e s q u e
s e e n c u e n t r a n e n a q u e l l o á q u e n o s a c e r c a m o s ; p e r o n o q u e
esta d i f e r e n c i a p u e d a asignarse. N o h a y c o m p a r a c i o n e n t r e
lo finito y lo infinito ; y p o r c o n s i g u i e n t e , n o es d a b l e asig
n a r la diferencia.
S u m a n d o todas las lineas finitas , ¿ s e f o r m a r í a u n a infinita?
N o : p o r q u e e n esta a d i c i o n es c o n c e b i b l e la m u l t i p l i c a c i o n
d e c a d a u n o d e los s u m a n d o s ; y p o r tanto, u n a u m e n t o e n
lo infinito, lo q u e es a b s u r d o .
L a infinidad d e la línea , ¿consistirá e n q u e n o c o n o z c a m o s
s u s límites, ó n o p e n s e m o s e n ellos?
N o : s i n o e n q u e n o los tenga.
23. P o r este d i á l o g o , q u e está al a l c a n c e d e las inteligen
cias m a s c o m u n e s , y q u e n o e x p r e s a m a s d e lo q u e diria c u a l
q u i e r a p e r s o n a d e u n a c o m p r e n s i o n r e g u l a r , a u n q u e n o s e
h u b i e s e o c u p a d o n u n c a e n estudios filosóficos, se e c h a d o v e r
q u e la i d e a d e lo infinito se halla e n n u e s t r o e n t e n d i m i e n t o ,
c o m o u n tipo c o n s t a n t e , al cual n o p u e d e n llegar todas las
r e p r e s e n t a c i o n e s finitas. C o n o c e m o s las c o n d i c i o n e s q u e s e
h a n d e llenar, p e r o v e m o s la i m p o t e n c i a d e llenarlas: c u a n
d o se n o s q u i e r e p e r s u a d i r q u e esto se h a c o n s e g u i d o , refle
x i o n a m o s s o b r e la i d e a d e lo infinito, y d e c i m o s : « n o ; t o d a
v ía n o ; esto es c o n t r a d i c t o r i o c o n la infinidad; esto n o es in
finito , s i n o finito. » D i s t i n g u i m o s p e r f e c t a m e n t e , e n t r e la fal
ta d e la p e r c e p c i o n del límite , y s u n o e x i s t e n c i a : si se q u i e
r e q u e c o n f u n d a m o s estas d o s c o s a s , r e s p o n d e m o s : « n o ; n o
d e b e n c o n f u n d i r s e : h a y m u c h a d i f e r e n c i a e n t r e el n o c o n c e
bir u n objeto , y s u n o existencia : n o se trata d e q u e n o s o t r o s
c o n c i b a m o s ó n o el límite , s i n o d e q n e exista ó no. » P o r
 — la
m a s q u e se retire u n límite, o c u l t á n d o s e p o r decirlo así á
n u e s t r o s ojos, n o n o s e n g a ñ a m o s : existe ó n o : si existe, n o
está c u m p l i d a la c o n d i c i o n e n c e r r a d a e n el c o n c e p t o d e la
infinidad; el objeto n o e s infinito, s i n o finito: si n o existe,
h a y infinidad v e r d a d e r a ; la c o n d i c i o n está c u m p l i d a .
24. M i e n t r a s la i d e a d e lo infinito es c o n s i d e r a d a e n g e n e
ral, n o se p u e d e c o n f u n d i r n u n c a c o n la d e lo finito; h a y
e n t r e las d o s u n a línea divisoria , q u e n o n o s p e r m i t e e q u i
v o c a r n o s , p u e s q u e está lirada p o r el m i s m o principio d e
c o n t r a d i c c i ó n : s e trata d e d i s t i n g u i r e n t r e el si y el n ó : c o n
d e c i r finito, se a f i r m a el límite; c o n d e c i r infinito, se n i e g a :
n o c a b e n ideas m a s claras y precisas.

C A P Í T U L O I V .

El limite.

15. Infinito p a r e c e e x p r e s a r u n a n e g a c i o n , p u e s t o q u e
e q u i v a l e á n o finito. P e r o las n e g a c i o n e s n o s i e m p r e s o n
v e r d a d e r a m e n t e tales, a u n q u e así lo i n d i q u e n las p a l a b r a s :
p o r q u e , si a q u e l l o q u e se n i e g a es u n a n e g a c i o n , el resulta
d o es u n a afirmacion. P o r esto s u e l e d e c i r s e q u e d o s n e g a
c i o n e s a f i r m a n . Si a l g u n o d i c e : n o h a llovido; y otro c o n t e s
ta q u e n o es v e r d a d , n i e g a la n e g a c i o n d el otro , p u e s q u e
n e g a r la p r o p o s i c i o n : n o h a llovido, es lo m i s m o q u e d e c i r
h a llovido, esto es, a f i r m a r la lluvia. Así p a r a c o n o c e r si la
p a l a b r a infinito significa u n a v e r d a d e r a n e g a c i o n , es n e c e
sario s a b e r q u é se e n t i e n d e p o r la p a l a b r a finito.
26. Finito es lo q u e tiene límite. L í m i t e es el t é r m i n o m a s
allá del c u a l n o h a y n a d a del objeto limitado. L o s límites
d e u n a línea s o n los p u n t o s m a s allá d e los c u a l e s la línea n o
s e e x t i e n d e ; el límite d e u n n ú m e r o es el e x t r e m o m a s allá
del c u a l n o se e x t i e n d e el n ú m e r o ; el límite d e los c o n o c i
m i e n t o s d e u n h o m b r e es el p u n t o á d o n d e llegan , y d el
c u á l n o pas an. S i e n d o el limite, n e g a c i o n ; n e g a r el límite
es n e g a r la n e g a c i o n , y d e c o n s i g u i e n t e afirmar.
27. P o r estos e j e m p l o s se e c h a d e v e r q u e el límite t o m a
d o e n el s e n t i d o v u l g a r , e x p r e s a u n a i d e a a l g o distinta d el
Jimite definido p o r los m a t e m á t i c o s . E s t o s l l a m a n límite á to
 - H —
d a e x p r e s i o n finita , infinita ó n u l a , á la c u a l se p u e d e a c e r
c a r c o n t i n u a m e n t e u n a c a n t i d a d , sin q u e j a m á s p u e d a a l c a n
zarla. As í el valor-^-es el límite del d e c r e m e n t o d e u n q u e b r a
d o , c u y o n u m e r a d o r es variable-^-; p o r q u e s u p o n i e n d o q u e
x v a m e n g u a n d o c o n t i n u a m e n t e , el q u e b r a d o se a c e r c a r á á
la e x p r e s i o n — , sin q u e j a m á s p u e d a llegar á c o n f u n d i r s e c o n
«lia, m i e n t r a s la c a n t i d a d x n o se d e s v a n e z c a del todo. S i s u -
p o n e m o s — b -+ ¡ x — - d o n d e l a x v a y a d e c r e c i e n d o , l a e x p r e s i o n s e
a b-f-o b
a c e r c a r á c o n t i n u a m e n t e á esta otra = — , la cual se-
a a , .
r á el límite de l q u e b r a d o . S u p o n i e n d o la e x p r e s i o n y y q u e
x v a m e n g u a n d o , n o s a c e r c a r e m o s c o n t i n u a m e n t e á la e x
pn u r n e c s a i m o i n e - n t ^ r » a , s x v a n l o r s e i n c f io n i v t i o e r á t a q u e e n e o l , q l u o e b q r u a e d j o a m n á o s l l p e o g d a r á

verificarse , h a b i e n d o d e se r x u n a v e r d a d e r a c a nt i da d . C o n
e t s e t s o f s i n e i j t e o sm , p l i o n s f i s n e i t v o e s y p o n r u l q o u s é . l A o d s e m m a á t s e m s á e t i m c a o n i s f i a e d s m t i a t e t n a m l b í i m e i n -

c o m o e n estos c a s o s se t o m a la p a l a b r a limite , e n u n s e n t i d o
d i f e r e n t e del v u l g a r , q u e es t a m b i e n el filosófico.
18. L í m i t e p u e s , e x p r e s a u n a v e r d a d e r a n e g a c i o n ; y así
la p a l a b r a finito ó l i m i t a d o e n v u e l v e p o r n e c e s i d a d u n a n e
g a c i o n . N o se limita lo q u e n o es; p o r c o n s i g u i e n t e , lo finito
n o p u e d e ser u n a n e g a c i o n absoluta. Esta seria la n a d a , y la
n a d a n o se l l a m a finita. L u e g o e n la i d e a d e finito e n t r a n
d o s : 1." ser, 2.° n e g a c i o n d e otro ser. U n a línea d e u n pié
e n v u e l v e d o s cosas: el valor positivo d e u n pié, y la n e g a
c i o n d e t o d o s los otros v a l o r e s f u e r a d el d e u n pié. L u e
g o lo finito e n c u a n t o finito , e n v u e l v e u n a n e g a c i o n referida
á u n ser. Si p u d i é s e m o s e x p r e s a r e n abstracto esta i d e a u s a n
d o del t é r m i n o A n i d a d , así c o m o t e n e m o s el d e infinidad t
d i r í a m o s q u e la finidad e n si , n a d a e x p r e s a , s i n o la n e g a c i o n
d e ser referida á u n ser.
19. D e esto se infiere q u e la p a l a b r a infinito n o es n e g a t i
v a , p u e s q u e c o n ella se n i e g a u n a n e g a c i o n ; infinito es lo
n o finito, esto es, lo q u e n o tiene c a r e n c i a d e s er , y p o r
c o n s i g u i e n t e lo q u e p o s e e t o d o el ser.
30. T e n e m o s p u e s a l g u n a i d e a d e lo infinito, y esta n o e s
u n a p u r a n e g a c i o n ; sin e m b a r g o n o se c r e a q u e c o n esto h e -
 - l o
m o s l l e g a d o al ú l t i m o t e r m i n o del análisis d e la idea d e lo
infinito. M u c h o n o s falta q u e a n d a r , y d e s p u e s d e largas in
v e s t i g a c i o n e s es d u d o s o q u e o b t e n g a m o s u n r e s u l t a d o satis
factorio.
C A P Í T U L O V .

C o n s i d e r a c i o n e s s o b r e la aplicacion d e la idea d e lo infinito á la c a n t i d a d c o n t i n u a , j k la

discreta en cnanto se expresa en sdries.
31. U n a d e las p r o p i e d a d e s características d e la i d e a d e
lo infinito es s u a p l i c a c i o n á ó r d e n e s m u y diferentes. Esto d a
l u g a r á i m p o r t a n t e s c o n s i d e r a c i o n e s q u e c o n t r i b u y e n n o p o
c o á la a c l a r a c i o n d e d i c h a idea.
81. D e s d e el p u n t o e n q u e m e e n c u e n t r o , tiro u n a línea
e n la d i r e c c i o n de l nor t e, y es e v i d e n t e q u e p u e d o p r o l o n
g a r l a hasta lo infinito. D i c h a linea es m a y o r q u e otra c u a l
q u i e r a finita : n i n g u n a d e estas p u e d e s e r tan larga c o m o ella;
p o r q u e s i e n d o finita t e n d r á u n v a l o r d e t e r m i n a d o , p o r lo
c u a l si la s u p e r p o n g o á la infinita , solo llegará hasta u n cier
to p u n t o , y n o p a s a r á d e allí. P a r e c e p u e s q u e esta línea es
infinita e n t o d a la p r o p i e d a d d e la p a l a b r a ; p o r q u e n o h a
b i e n d o m e d i o e n t r e lo finito é infinito, y n o s i e n d o ella fini
ta p u e s q u e a c a b a m o s d e d e m o s t r a r q u e e s m a y o r q u e todas
las finitas, h a b r á d e s e r infinita.
L a d e m o s t r a c i o n a n t e r i o r p a r e c e q u e n a d a d e j a q u e d e s e a r ;
n o o b s t a n t e , h a y t a m b i e n e n c o n t r a d e la infinidad d e d i c h a
linea u n a r a z o n c o n c l u y e n t e . L o infinito c a r e c e d e límites,
y esta línea los tiene, p u e s q u e p a r t i e n d o del p u n t o d e s d e el
c u a l s e la tira h á c i a el n o r t e , n o se e x t i e n d e e n la d i r e c c i o n
d el s u d .
33. Esta línea es m a y o r q u e t o d a s las finitas ; p e r o es d a
ble e n c o n t r a r otra m a y o r q u e ella. Si la s u p o n e m o s p r o l o n
g a d a e n la d i r e c c i o n d el s u d , la q u e resulte d e ella m a s la
p r o l o n g a c i o n , s e r á m a s l a r g a ; y si e n la d i r e c c i o n d e l s u d
s e la p r o l o n g a h a s t a lo infinito , el r e s u l t a d o s e r á u n a línea
d o b l e d e la p r i m e r a .
34. C o n la p r o l o n g a c i o n d e u n a linea h a s t a lo infinito e n
las d o s d i r e c c i o n e s o p u e s t a s , p a r e c e q u e resulta u n a línea a b
s o l u t a m e n t e infinita. A. p r i m e r a v i s t a n o s e c o n c i b e q u e p u e
 - 1 6 -
d a h a b e r u a valor lineal m a y o r q u e el d e u n a recta p r o l o n
g a d a hasta lo infinito e n d i r e c c i o n e s o p u e s t a s ; sin e m b a r g o
n o es así; y c o n s i d e r a n d o q u e al lado d e esta recta se p u e d a
tirar otra, finita ó infinita , y q u e la s u m a d e las d o s f o r m a
rá u n valor lineal m a y o r q u e la p r i m e r a , t e n e m o s q u e esta
n o e r a infinita, p u e s t o q u e es d a b l e e n c o n t r a r otras m a y o r e s
q u e ella. Y c o m o p o r otra parte es e v i d e n t e q u e se p u e d e n
tirar infinitas lineas p r o l o n g a d a s h a s t a lo infinito , resulta
q u e n i n g u n a d e ellas f o r m a u n valor lineal infinito , p u e s t o
q u e n o es m a s q u e u n a parte d e la s u m a lineal q u e resulla
del c o n j u n t o d e las líneas q u e se p u e d e n tirar.
35. R e f l e x i o n a n d o s o b r e esta c o n t r a d i c c i o n q u e p a r e c e
e n c o n t r a r s e e n n u e s t r a s ideas , se d e s c u b r e q u e la i d e a d e
infinito es i n d e t e r m i n a d a , y p o r tanto s u s c e p t i b l e d e aplica
c i o n e s diferentes. A s í e n el c a s o q u e n o s o c u p a , n o p u e d e
d u d a r s e d e q u e la recta p r o l o n g a d a h a s t a lo infinito tiene al
g u n a infinidad, p u e s q u e es cierto q u e c a r e c e d e límite e n
s u s respectivas d ir ecc ione s .
36. Este e j e m p l o h a c e c o n j e t u r a r q u e la i d e a d e infinito
n o n o s r e p r e s e n t a n a d a a b s o l u t o ; p u e s q u e a u n e n los obje
tos q u e m a s claros se o f r e c e n á n u e s t r o espíritu , c u a l e s s o n
los d e la intuicion sensible , e n c o n t r a m o s b a j o u n a s p e c t o la
infinidad , q u e p o r otro v e m o s contrariada.
37. L o q u e h e m o s o b s e r v a d o e n los v a l o r e s lineales , s e
e x t i e n d e t a m b i e n a los n u m é r i c o s e x p r e s a d o s e n séries. E n
las m a t e m á t i c a s se h a b l a d e las séries infinitas; p e r o si b i e n
sl a e s r é e r f i l e e x a i , o n b a , n c o , h d a , y e n , i n g u n a q u e m e r e z c a e s t e n o m b r e . S e a

se la l l a m a r á infinita, si s u s t é r m i n o s c o n t i n u a n h a s t a lo in
finito. N o p u e d e n e g a r s e q u e h a y infinidad b a j o u n a s p e c t o i
p o r q u e falta el límite q u e p o n g a fin á la série e n u n sentido;
p e r o es e v i d e n t e q u e el n ú m e r o d e s u s t é r m i n o s n o s e r á ja
m á s infinito, p u e s q u e h a y otros m a y o r e s ; c u a l s er i a , p o r
e j e m p l o , si al c o n t i n u a r la série d e i z q u i e r d a á d e r e c h a la
c o n t i n u á s e m o s al m i s m o t i e m p o d e d e r e c h a á i z q u i e r d a e n
esta f o r m a . . . . , e , d , c , b | a , b , c , d , e , . . . •
e n c u y o c a s o es e v i d e n t e q u e el n ú m e r o d e los t é r m i n o s se
ria d u p l o del p r i m e r o .
L u e g o las séries l l a m a d a s infinitas n o lo s o n ni p u e d e n s er
lo , h a b l a n d o c o n rigor.
 - 1 7 -
38. P e r o lo c u r i o s o es q u e la infinidad n o se e n c u e n t r a
o n la série, ni a u n s u p o n i é n d o l a p r o l o n g a d a e n d i r e c c i o n e s
o p u e s t a s ; p o r q u e si á s u l a d o i m a g i n a m o s otra, es e v i d e n t e
q u e la s u m a d e los t é r m i n o s d e las d o s , s e r á m a y o r q u e la
d e u n a d e ellas; d e d o n d e resultará q u e n i n g u n a s e r á infini
ta. Y c o m o e s e v i d e n t e q u e s e a n c u a l e s f u e r e n las séries7
s i e m p r e se p u e d e n i m a g i n a r otras, resulta d e m o s t r a d o q u e
tn e o m áp t u i e c d o e s h t a o b m e a r n u l n a a p a s l é ar i b e r a i n s f é i r n i i e t ; a e s n t o e l e s s , e n p t o i r d o u n q a u e c o l n o t s i n m u a a

c i o n d e t é r m i n o s ; n o e x c l u y e n d o la posibilidad d e otras c o n
t i n u a c i o n e s , á m a s d e la s u p u e s t a infinita.
d e 3 n 9 . á l a L a d s e d s i u f p i e c r u f l i t c a i d e e . s S c u o p n o t n r i a e l n a d o i n u f i n n i p d l a a d n o l i i n n e f a i l n i , t s o e , e e x s t i e ev in •

d e n t e q u e se p u e d e n tirar infinitos p l a n o s distintos del pri

m e r o , y q u e le c o r t e n e n infinita v a r i e d a d d e á n g u l o s : la s u
m a d e estas superficies s e r á m a y o r q u e u n a c u a l q u i e r a d e
ellas. L u e g o la p r o l o n g a c i o n infinita d e u n p l a n o e n t o d a s di
r e c c i o n e s , n o c o n s t i t u y e u n a v e r d a d e r a superficie infinita.
40. U n sólido dilatado e n t o d a s d i r e c c i o n e s p a r e c e infini
to; p e r o si se reflexiona q u e e n la i d e a m a t e m á t i c a del sóli
d o n o e n t r a la d e i m p e n e t r a b i l i d a d , se v e r á q u e d e n t r o d e
u n sólido infinito, se p u e d e c o l o c a r otro c u y o v o l u m e n s u
m a d o c o n el del p r i m e r o , d a r á u n valor d u p l o d e este. S e a E
u n e s p a c i o p u r o y v a c í o , q u e i m a g i n a r e m o s infinito; s e a M
u n m u n d o d e igual e x t e n s i o n q u e se c o l o c a e n él, y le llena;
es e v i d e n t e q u e E + M , s e r á m a y o r q u e E. L u e g o a u n q u e s u
p o n g a m o s á E infinito igual á oo , t e n d r e m o s q u e s i e n d o M
t a m b i e n igual á oo , resultará E + M = o o + < » = 2 o o . Y c o m o
este v a l o r e x p r e s a el v o l u m e n , el p r i m e r o n o s e r á infinito ,
p o r q u e se p u e d e duplicar. Si se p r e s c i n d e d e la i m p e n e t r a
bilidad, la o p e r a c i o n p u e d e repetirse h a s t a lo infinito; l u e g o ,
el p r i m e r infinito, léjos d e m e r e c e r este n o m b r e , p a r e c e u n a
c a n t i d a d s u s c e p t i b l e d e i n c r e m e n t o s infinitos.

T. IV. 2
 C A P Í T U L O V I .

Origen de la v a g o e d a d j aparentes contradicciones en la aplicacion d e la idea de lo

infinito,
41. L a s dificultades q u e se o f r e c e n al aplicar la i d e a d e
la infinidad, p a r e c e n p r o b a r q u e d i c h a i d e a ó n o existe p a r a
n o s o t r o s , ó es m u y c o n f u s a ; p e r o estas m i s m a s dificultades
t a m b i e n i n d i c a n , p o r otra parte , q u e la p o s e e m o s , y m u y
perfecta. ¿ P o r q u é d e s c u b r i m o s q u e n o s o n infinitos los n ú
m e r o s q u e á p r i m e r a vista n o s lo p a r e c i a n ? ¿ p o r q u é n e g a
m o s la infinidad d e ciertas d i m e n s i o n e s , n o o b s t a n t e s u in
finita p r o l o n g a c i o n e n u n s e n t i d o ? p o r q u e e x a m i n a n d o b i e n
d i c h o s o b j e t o s , h a l l a m o s q u e n o c o r r e s p o n d e n al t i p o d e la-
infinidad. Si este tipo n o existiera e n n u e s t r o e n t e n d i m i e n t o *
¿ c ó m o seria posible q u e n o s s i r v i é s e m o s d e él? ¿ C ó m o p o
d r í a m o s c o m p a r a r l e los s e re s , si él n o s f u e s e d e s c o n o c i d o ?
¿ E s posible s a b e r c u á n d o u n a c o s a llega á u n e x t r e m o , si n o
t e n e m o s i d e a del e x t r e m o ? E s t o e q u i v a l d r í a á c o m p a r a r s i n
p u n t o d e c o m p a r a c i o n , es d e c i r , á ejercer u n a c t o c o n t r a
dictorio.
42. A p e s a r d e estas r a z o n e s q u e p a r e c e n c o n c l u y e n t e s en-
f a v o r d e la e x i s t e n c i a d e la i d e a d e lo infinito , si i n t e r r o g a
m o s n u e s t r o interior n o p o d e m o s n e g a r q u e e x p e r i m e n t a m o s
cierta v a g u e d a d , cierta c o n f u s i o n , q u e i n s p i r a v e h e m e n t e s
d u d a s s o b r e la r e a l i d a d d e esta idea. ¿ Q u é se le o fr e ce á n u e s
tro espíritu al p e n s a r e n lo infinito? la i m a g i n a c i o n a b a n d o
n a d a á sí m i s m a , e x t i e n d e el e s p a c i o , a g r a n d a las d i m e n
s i o n e s d e c u a n t o le o c u r r e , m u l t i p l i c a i n d e f i n i d a m e n t e Ios-
n ú m e r o s , p e r o sin o f r e c e r á la inteligencia n a d a c o n el c a
r á c t e r d e infinito. Si p r e s c i n d i m o s d e la i m a g i n a c i o n , y nos-
r e f e r i m o s al e n t e n d i m i e n t o p u r o , a u n q u e d e s c u b r i m o s e n él
n n tipo p a r a j u z g a r d e la infinidad ó n o infinidad d e los o b
jetos q u e se le p r e s e n t a n , al reflexionar s o b r e el tipo e n si,
p e r d e m o s la claridad q u e a n t e s n o s i l u m i n a b a , y hasta n o s
q u e d a m o s perplejos s o b r e la existencia del m i s m o .
43. ¿ N e g a r e m o s la e x i s t e n c i a d e d i c h a i d e a ? ¿ a b a n d o n a
r e m o s el intento d e e x p l i c a r l a ? c r e o q u e n o d e b e m o s h a c e r
n i u n o ni otro, q u e es p r e c i s o a d m i t i r l a , q u e u o es i m p o s i
 - 1 9 -
ble explicarla, y q u e h a s t a se p u e d e s e ñ a l a r la r a z o n d e la
o s c u r i d a d q u e e n ella e n c o n t r a m o s .
44. A n t e t o d o c o n v i e n e a d v e r t i r q u e u n a d e las c a u s a s d e
la c o n f u s i o n e n q u e a n d a n e n v u e l t a s las d i s c u s i o n e s s o b r e la
i d e a d e lo infinito, n a c e d e q u e n o se h a c e distincion e n t r e
el c o n o c i m i e n t o intuitivo y el abstracto (Lib. V , cap. XI). Si
s e h u b i e s e a t e n d i d o á esta distincion , se h u b i e r a n e v i t a d o
m u c h a s dificultades. C o n d e c i r q u e la i d e a d e lo infinito n o
es intuitiva s i n o abstracta, se p r e p a r a la s o l u c i o n á las p r i n
cipales o b j e c i o n e s q u e c o n t r a ella se dirigen.
45. L a i d e a d e infinidad n o es p a r a n o s o t r o s intuitiva : es
to es, n o o f r e c e á n u e s t r o e n t e n d i m i e n t o u n objeto infinito;
e s a intuicion n o p u e d e verificarse m i e n t r a s n o v e a m o s la
m i s m a e s e n c i a d e D i o s , c o m o s u c e d e r á e n la otra vida.
46. Si t u v i é s e m o s a h o r a la intuicion d e u n objeto infinito,
v e r í a m o s s u s p e r f e c c i o n e s infinitas, tales c o m o s o n , c o n s u s
p r o p i o s c a r a c t e r e s ; ó m a s b i e n , v e r í a m o s c o m o t o d a s las
p e r f e c c i o n e s , d i s p e r s a s e n los s e r e s l i m i t a d o s , se r e u n e n e n
u n a sola p e r f e c c i o n infinita. C u a n d o q u i s i é s e m o s referir la
i d e a d e lo infinito á objetos d e t e r m i n a d o s , p o r e j e m p l o á la
e x t e n s i o n , v e r í a m o s q u e estos objetos se hallan e n c o n t r a
d i c c i o n c o n la idea; n o n o s seria d a b l e m o d i f i c a r l a d e v a r i a s
m a n e r a s , aplicarla p r i m e r o e n u n s e n t i d o y l u e g o e n o t r o
m u y diferente: la i d e a ún i ca , s i m p l i c í s i m a , se referiría s i e m
p r e á u n objeto ú n i c o , s i m p l i c í s i m o ; y este n o i n d e t e r m i n a
d o , n o v a g o , c o m o a h o r a , s i n o c o n la d e t e r m i n a c i o n d e u n a
existencia n e c e s a r i a y d e u n a p e r f e c c i o n infinita. El ser in
finito n o s seria d a d o e n intuicion, c o m o se n o s d a n los h e
c h o s d e n u e s t r a p r o p i a c o n c i e n c i a : el c o n o c i m i e n t o q u e d e él
t e n d r í a m o s seria d e u n objeto e m i n e n t e m e n t e i n c o m u n i c a b l e ,
c o m o p r e d i c a d o , á c u a l q u i e r ó r d e n d e c o s a s finitas; y c u a n
d o se n o s p r e g u n t a s e si la i d e a d e esa infinidad es aplicable á
u n n ú m e r o ó á u n a e x t e n s i o n , v e r í a m o s u n a c o n t r a d i c c i o n
tan manifiesta c o m o si n o s p r o p u s i é r a m o s identificar u n a c
to d e n u e s t r a c o n c i e n c i a c o n los objetos e x t e r n o s .
47. L a i n d e t e r m i n a c i o n q u e n o s o f r e c e la i d e a d e infini
d a d , la facilidad q u e e x p e r i m e n t a m o s p a r a m o d i f i c a r l a d e
varias m a n e r a s y aplicarla á objetos d i v e r s o s , e n s e n t i d o s
m u y diferentes , n o s está i n d i c a n d o q u e n o es intuitiva , s i n o
abstracta é i n d e t e r m i n a d a ; q u e es u n o d e a q u e l l o s c o n c e p t o s
 — 2 0 —
g e n e r a l e s q u e n o s s i r v e n p a r a t e n e r a l g u n c o n o c i m i e n t o d e
las c o s a s c u y a intuicion se n o s h a c o n c e d i d o .
Esta o b s e r v a c i o n b a s t a p a r a s e ñ a l a r el o r i g e n d e la v a g u e
d a d q u e e x p e r i m e n t a m o s e n la i d e a d e lo infinito. C o m o los
c o n c e p t o s i n d e t e r m i n a d o s , p o r lo m i s m o q u e s o n i n d e t e r m i
n a d o s , n o se refieren á n i n g u n objeto e n p a r t i c u l a r , ni &
n i n g u n a p r o p i e d a d q u e p o r si sola s e a c o n c e b i d a c o m o reali
zable , n o e n c i e r r a n a q u e l l a s d e t e r m i n a c i o n e s q u e fijan d e
u n a m a n e r a a b s o l u t a n u e s t r o c o n o c i m i e n t o . L a m i s m a i n d e
t e r m i n a c i o n c o n q u e o f r e c e n a l g u n a p r o p i e d a d d e los seres,
d a m o t i v o á la d i v e r s i d a d d e las a p l i c a c i o n e s , s e g u n s o n di
v e r s a s las p r o p i e d a d e s particulares q u e se c o m b i n a n c o n la
general. Si se n o s d a u n t r i á n g u l o r e c t á n g u l o , c o n o c i e n d o l a
m e d i d a d e todas s u s líneas y d e s us á n g u l o s a g u d o s , la d e
t e r m i n a c i o n d e la i d e a evita la v a g u e d a d intelectual , y n o
p e r m i t e la a p l i c a c i o n á d i v e r s o s c a s o s d e lo q u e d e s u y o es
d e t e r m i n a d o y fijo; p e r o si s e n o s d a u n t r i á n g u l o r e c t á n g u l o
e n g e n e r a l , sin d e t e r m i n á r s e n o s el valor d e s u s líneas y d e
s us á n g u l o s a g u d o s , las a p l i c a c i o n e s p u e d e n ser infinitas. A
m e d i d a q u e la i d e a del t r i á n g u l o v a y a s i e n d c m a s g e n e r a l é
i n d e t e r m i n a d a , se a u m e n t a r á la v a r i e d a d d e s u s aplicaciones.
48. L a s ideas i n d e t e r m i n a d a s , p a r a r e p r e s e n t a r algo, n e
cesitan u n a p r o p i e d a d á la c u a l se a p l i q u e n , y q u e s e a c o m o
la c o n d i c i o n bajo la c u a l se realicen ó se p u e d a n realizar;
h a s t a q u e d i c h a a p l i c a c i o n se verifica , s o n f o r m a s intelec
tuales p u r a s , á las c u a l e s n o se p u e d e p e d i r la r e p r e s e n t a
c i o n d e n a d a d e t e r m i n a d o . Y n o q u i e r o d e c i r c o n esto q u e
d i c h a s ideas s e a n c o n c e p t o s v a c í o s , é inaplicables f u e r a de l
ó r d e n sensible , c o m o p r e t e n d e K a n t c u y a o p i n i o n llevo y a
i m p u g n a d a (Lib. V , cap. X I V , X V y X V I ) ; sino q u e c o n c e
d i é n d o l e s u n valor u niv er sal , les n i e g o el q u e p o r sí solos
t e n g a n u n valor r e p r e s e n t a t i v o d e a l g o realizable , sin m a s
p r o p i e d a d q u e lo q u e ellos e x p r e s a n . A t e n i é n d o n o s al m i s m o
e j e m p l o , p o d e m o s o b s e r v a r , q u e la i d e a p u r a d e t r i á n g u l o
es irrealizable ; p o r q u e t o d o triángulo real, c o n t e n d r á a l g o
m a s q u e lo c o n t e n i d o e n la idea; p u e s q u e s e r á r e c t á n g u l o ú
o b l i c u á n g u l o , etc., etc., d e t o d o lo cual p r e s c i n d e la i d e a
p u r a . Si las n o t a s e n c e r r a d a s e n el c o n c e p t o v a n s i e n d o m a s
i n d e t e r m i n a d a s , la i n d e t e r m i n a c i o n del objeto s e r á m a y o r ;
y p o r c o n s i g u i e n t e m a s v a g o s e r á lo q u e se o f r e z c a al e n t e n
 - 21 -
d i m i e n t o , y m a s n u m e r o s a s y v a r i a d a s las a p l i c a c i o n e s q u e
se p o d r á n h a c e r d e la idea. Así s u c e d e e n las d e ser, n o ser-
límite, y otras s e m e j a n t e s .

C A P Í T U L O V I I .

Explicacion f u n d a m e n t a l de la idea abstracta d o lo inGnito.

49. S u p u e s t o q u e n u e s t r a i d e a d e lo infinito n o es intui
tiva, s i n o abstracta, v e a m o s c ó m o se p u e d e e x p l i c a r s u v e r
d a d e r a naturaleza.
T e n e m o s i d e a del ser y d e s u o p u e s t o el n o ser: c o n s i d e
r a d a s e n si m i s m a s , s o n i d e a s g e n e r a l e s p u r a s , s u m a m e n t e
i n d e t e r m i n a d a s , aplicables á c u a n t o se s o m e t e á n u e s t r a e x
p e r i e n c i a .
D e t o d o ser l i m i t a d o p o d e m o s a f i r m a r y n e g a r a l g o : afir
m a r lo q u e es ; n e g a r lo q u e n o es : el límite c o m o tal , n o se
c o n c i b e s i n o c u a n d o se n i e g a u n a c o s a d e otra.
50. N u e s t r o ser n o s o f r e c e u n a ac t i vi d ad n u n c a a g o t a d a ,
p e e t r o o s ; s i e l e m m p u r n e d l o i m e i x t t a e d r a n o p o e r s l u a n f a c l o t an j ó u n l t a o r e d s e i s s t e e r n e c s i a q d u e l s o e s o n b o - s

o f r e c e c o n m u c h a v a r i e d a d d e limitaciones.
L u e g o la e x p e r i e n c i a tanto i n t e r n a c o m o e x t e r n a n o s d a
i d e a d e lo finito, esto es d e u n s e r , q u e e n v u e l v e a l g u n n o
ser: el b r u t o siente, m a s n o e n t i e n d e ; es sensitivo, h é a q u í
el ser ; n o es inteligente , h é a q u í el límite. El h o m b r e es s e n
sitivo é inteligente; el límite del b r u t o n o es el del h o m b r e .
E n t r e los seres inteligentes, el u n o e n t i e n d e m a s c o s a s q u e
el otro; el límite d e este n o es el límite d e a qu e l .
51. E n c o n t r a n d o limite e n la e x p e r i e n c i a i n t e r n a y e x t e r
n a , es e v i d e n t e q u e p o d e m o s f o r m a r n o s la i d e a g e n e r a l d e
limite, esto es, d e u n a n e g a c i o n a p l i c a d a á u n objeto.
32. L a m i s m a e x p e r i e n c i a n o s e n s e ñ a q u e los límites d e
u n a s c o s a s n o s o n los d e otras; q u e tal límite a p l i c a d o á u n
objeto d e b e ser n e g a d o d e otro ; c o m p a r a n d o los s e r e s e n t r e
sí, n o s h a l l a m o s f r e c u e n t e m e n t e e n el c a s o d e n e g a r ciertos
limites. C o m o n u e s t r o e n t e n d i m i e n t o tiene la f u e r z a d e g e n e
ralizar , es e v i d e n t e q u e la n e g a c i o n d e ciertos limites q u e
e n c o n t r a m o s aplicable á m u c h o s objetos, p o d e m o s c o n c e b i r
 - 2 2 -
la e n g e n e r a l , t e n i e n d o u n c o n c e p t o i n d e t e r m i n a d o e n q u e
se i n c l u y a n estas d o s ideas negacion y limite.
53. N o v e o q u e se p u e d a objetar n a d a á la posibilidad y
e x i s t e n c i a d e este c o n c e p t o : sin e m b a r g o , c o m o n e c e s i t o d e
este h e c h o p a r a e x p l i c a r la i d e a d e infinidad , v o y á r o b u s
tecerle c o n a l g u n a s o b s e r v a c i o n e s .
T e n e m o s a l g u n a i d e a d e la n e g a c i o n e n g e n e r a l ; este es u n
h e c h o p r i m i t i v o d e n u e s t r o espíritu; sin él n o s o n posibles
los juicios n e g a t i v o s , ni n o s seria d a d o c o n o c e r el pr i nc i pi o
d e c o n t r a d i c c i o n : es i m p o s i b l e q u e u n a c o s a sea y n o sea á
u n m i s m o t i e m p o : n o seo, h é a q u í la n e g a c i o n ; l u e g o es in
d u d a b l e q u e la c o n c e b i m o s . Este c o n c e p t o es g e n e r a l , p u e s
n o e n c i e r r a n i n g u n a d e t e r m i n a c i o n : se h a b l a del n o se r sin
referirse á n i n g u n objeto particular , ni s i q u i e r a á u n a e s p e
cie ó g é n e r o q u e c o n t e n g a a l g u n a d e t e r m i n a c i o n ; l u e g o el
c o n c e p t o d e la n e g a c i o n es g e n e r a l y a b s o l u t a m e n t e i n d e
t e r m i n a d o .
54. T e n e m o s i d e a del limite ; p o r q u e c o m o h e m o s visto
y a , es u n a n e g a c i o n a p l i c a d a á u n ser. T e n e m o s a d e m á s la
i d e a d e n e g a c i o n d e límite, p o r q u e así c o m o le c o n c e b i m o s
a p l i c a d o ó aplicable, p o d e m o s c o n c e b i r l e , y le c o n c e b i m o s
e n efecto , n o a p l i c a d o ó n o aplicable. A c a d a p a s o n e g a m o s
límites d e t e r m i n a d o s - , g e n e r a l i z a n d o esta i d e a , resulta la
n e g a c i o n g e n e r a l d e límite e n g e n e r a l .
55. C o n las o b s e r v a c i o n e s q u e p r e c e d e n p o d e m o s s e ñ a l a r
lo q u e se c o n t i e n e e n la i d e a d e lo infinito. E n m i juicio esta
i d e a es u n c o n c e p t o g e n e r a l q u e e n v u e l v e los d o s siguientes:
1.* s e r e n g e n e r a l ; 2." n e g a c i o n d e límite, t a m b i e n e n g e n e
ral. L a r e u n i o n d e estos d o s c o n c e p t o s c o n s t i t u y e la i d e a
abstracta d e lo infinito.
56. El c o n c e p t o d e límite g e n e r a l i z a d o y n e g a d o , n o s d a
a l g u n a i d e a d e la infinidad e n abstracto, p e r o n o i d e a d e
u n a c o s a infinita. S i n c o n o c e r i n t u i t i v a m e n t e u n objeto infi
nito, y solo a l c a n z a n d o á f o r m a r n o s i d e a m u y i m p e r f e c t a d e
él, p o d e m o s h a b l a r d e la infinidad , sin c a e r e n c o n t r a d i c
c i o n , d e t e r m i n a n d o los c a s o s e n q u e se halla a p l i c a d a á u n
ser, ó á u n ó r d e n d e se re s, real ó posible. Si b i e n se o b s e r
v a , el h o m b r e tiene m u c h a s ideas d e este g é n e r o v a g o , p e r o
q u e n o o b s t a n t e le s i r v e n p a r a c u a n t o necesita. H a g á m o s l o
sensible c o n a l g u n a s aplicaciones.
 - 1 3 -
57. S e le m u e s t r a n á u n i g n o r a n t e a l g u n o s s a b i o s , y s e le
a s e g u r a q u e u n o e n t r e ellos s a b e m a s q u e t o d o s los otros j u n
tos. El p o b r e i g n o r a n t e n o tiene n i n g u n a i d e a d e lo q u e s a b e
el q u e m a s ni el q u e m e n o s , ni de l g r a d o d e la c i e n c i a , ni
4 e la c i e n c i a m i s m a , p e r o tiene e n g e n e r a l las i d e a s d e g r a
d o , d e m a s y d e m e n o s , así c o m o la d e c o n o c i m i e n t o ; p u e s
h i e n , esto le basta p a r a h a b l a r sin c o n t r a d e c i r s e ni c o n
f u n d i r s e , d e la m a y o r c i e n c i a del u n o y d e la m e n o r c i e n c i a
d e los otros , y a u n p a r a r e s o l v e r c o n acierto las c u e s t i o n e s
•que se le o f r e z c a n s o b r e la c i e n c i a d e a q u e l l o s individuos, e n
c u a n t o se h a l l a n c o n t e n i d a s e n la i d e a g e n e r a l d e q u e la c i e n
cia d e u n o es m a y o r q u e la d e t o d o s los otros juntos.
O t r o e j e m p l o . U n d e p e n d i e n t e d e u n e s t a b l e c i m i e n t o d o n d e
se, h a l l e n r e u n i d o s los m a s b e l l o s p r o d u c t o s d e l a r t e , p u e d e ,
h a b l a r d e t o d o s ellos sin c o n f u n d i r s e ni c o n t r a d e c i r s e , a u n
c u a n d o s e a i n c a p a z d e c o n o c e r s u m é r i t o , é i g n o r e a b s o l u
t a m e n t e las c i r c u n s t a n c i a s q u e c o n s t i t u y e n la belleza d e los
objetos. L e b a s t a r á t e n e r i d e a d e p e r f e c c i o n ó belleza e n g e
neral , y v i n c u l a r c o n ciertos s i g n o s arbitrarios los g r a d o s
d e p e r f e c c i o n ó b e l l e z a d e los objetos, p a r a q u e p u e d a d e
s i g n a r l o s á los c o n c u r r e n t e s , y p o n d e r a r la m a y o r h a b i l i d a d
á e u n artista , la m e n o r felicidad d e otro , el a t i n a d o acierto
d e a q u e l , los d e s a c i e r t o s d e este , el m a y o r v a l o r d e las o b r a s
de l p r i m e r o , la i nfe rio r id a d d e las d e l s e g u n d o , y f o r m a r
otros p e n s a m i e n t o s p o r este t e n o r q u e á p r i m e r a vista p u d i e
r a n h a c e r n o s c r e e r q u e el d e p e n d i e n t e es u n artista c o n s u
m a d o , ó c u a n d o m e n o s u n a f i c i o n a d o d e g r a n d e inteligencia
y d e g u s t o exquisito.
58. Fácil seria m a n i f e s t a r c o n otros e j e m p l o s la f e c u n d i
d a d d e ciertas i d e a s g e n e r a l e s , y c o m o se p r e s t a n á i n n u m e
rables c o m b i n a c i o n e s , sin q u e p o r ellas c o n c i b a el e n t e n d i
m i e n t o n a d a d e t e r m i n a d o . H é a q u í p r e c i s a m e n t e lo q u e n o s
. s u c e d e c o n la i d e a d e lo infinito : e n v a n o n o s p r e g u n t a m o s
q u é es lo q u e c o r r e s p o n d e á ella e n n u e s t r o interior: el c o n
c e p t o d e s e r e n g e n e r a l y d e n e g a c i o n d e límite , n a d a n o s
p r e s e n t a n fijo, s i n o ciertas c o n d i c i o n e s abstractas á q u e v a
m o s s o m e t i e n d o los objetos, á m e d i d a q u e se o f r e c e n a n u e s
tra i nt ui ci on , ó q u e p o r lo m e n o s se n o s p r e s e n t a n c o n a l g u
n a s p r o p i e d a d e s q u e los c a r a c t e r i c e n , p e r m i t i é n d o n o s for
m a r u n a i d e a m e n o s v a g a d e la n e g a c i o n d e l límite.
 C A P Í T U L O V I I I .

S e c o m p r u e b a con aplicaciones a la extensioo , la defiuieion de la inGoidad.

59. H e m o s e x p l i c a d o la i d e a d e infinidad e n g e n e r a l , p o r
los c o n c e p t o s i n d e t e r m i n a d o s d e se r y n e g a c i o n d e límite.
P a r a c e r c i o r a r n o s d e q u e la e x p l i c a c i o n es f u n d a d a , y d e
q u e se h a n s e ñ a l a d o los c a r a c t e r e s constitutivos d el c o n c e p
to , v e a m o s si s u s a p l i c a c i o n e s á objetos d e t e r m i n a d o s c o r
r e s p o n d e n á lo q u e se h a establecido e n general.
Si la i d e a d e infinidad consiste e n lo q u e se h a d i c h o , s e
verificará q u e s e r á s u s c e p t i b l e d e aplicarse á t o d o s los objetos
d e la intuicion sensible ó del e n t e n d i m i e n t o p u r o , o b t e n i é n
d o s e los r e s u l t a d o s q u e d e b e n o b t e n e r s e , inclusas las a n o
m a l í a s q u e a n t e r i o r m e n t e se h a n h e c h o n o t a r (cap. V).
60. L a s a n o m a l í a s , ó m a s b i e n c o n t r a d i c c i o n e s , q u e p a
r e c e n e n c o n t r a r s e e n las a p l i c a c i o n e s d e la i d e a d e infinidad,
o f r e c i é n d o s e c o m o infinita u n a c o s a q u e l u e g o se d e s c u b r e no-
serlo , se o r i g i n a n d e q u e se aplica d i c h a i d e a bajo c o n d i
c i o n e s diferentes. E s t a v a r i e d a d n o seria posible , si la i d e a
r e p r e s e n t a s e a l g o d e t e r m i n a d o ; p e r o c o m o solo c o n t i e n e la
n e g a c i o n d e límite e n g e n e r a l , u n i d a á u n s e r t a m b i e n e n
g e n e r a l , resulta q u e esta n e g a c i o n la s o m e t e m o s e n c a d a
c a s o á c o n d i c i o n e s particulares, y asi s u c e d e q u e c u a n d o
p a s a m o s á otras c o n d i c i o n e s , la i d e a g e n e r a l n o p u e d e d a r
n o s el m i s m o resultado.
61. U n a línea tirada d e s d e el p u n t o e n q u e n o s e n c o n t r a
m o s e n d i r e c c i o n del n o r t e y p r o l o n g a d a h a s t a lo infinito,
n o s h a r e s u l t a d o infinita y n o infinita (cap. V). E s t a c o n t r a
d i c c i o n solo es a p a r e n t e ; e n la r e a l i d a d n o h a y m a s q u e el
d i f er e n te r e s u l t a d o á q u e d e b e c o n d u c i r la i d e a g e n e r a l p o r
la c o n d i c i o n bajo la q u e se le aplica.
C u a n d o c o n s i d e r a m o s u n a linea p r o l o n g a d a h a s t a lo infini
to e n la d i r e c c i o n del n o r t e , n o a p l i c a m o s la i d e a d e infinito
á u n v a l o r lineal e n a bs tr a c to , s i n o á u n a recta q u e parte d e
u n p u n t o y p r o l o n g a d a solo e n u n a d i r e c c i o n : el r e s u l t a d o es
d e l i c q i u o e n ; d e e lb e i n s f e i r n : i t s o e r a e f s i u r l m t a s l u a j n e e t g o a á c i l a o n m i d e s l m l a í m c i o t n e d i b c a i j o n u . n S a e c d o i n "
 - I S -
r á q u e n o h a y m e d i o e n t r e el sí y el n ó , y p o r c o n s i g n i e n t e
entre lo infinito y n o infinito; p e r o n o e s difícil soltar la difi
cultad o b s e r v a n d o q u e el sí y el n<5 p a r a s er contradictorios-
se h a n d e referir á u n a m i s m a c o s a , lo q u e n o s u c e d e c u a n
d o se h a n c a m b i a d o las c o n d i c i o n e s del objeto.
62. Si e n v e z d e s u p o n e r u n a p r o l o n g a c i o n sola, h u b i é s e
m o s t r a t a d o d e aplicar la n e g a c i o n d e limite á u n a r e c t a e n
g e n e r a l , es e v i d e n t e q u e d e b i é r a m o s h a b e r l a p r o l o n g a d o e n
los d o s s e n t i d o s o p u e s t o s ; e n t o n c e s n o s r e s u l t a b a u n n u e v a
infinito c o n a r r e g l o á la n u e v a c o n d i c i o n .
Y a h e m o s visto (cap. Y ) q u e ni a u n e n este c a s o t e n í a m o s -
u n v a l o r lineal infinito e n t o d o rigor; p u e s q u e esta r e c t a so
lo f o r m a b a parte d e la s u m a d e otras q u e se p o d i a n i m a g i n a r .
¿ Q u é d i r e m o s p u e s d e ella? ¿ s e r á infinita ó n o ? a m b a s c o s a s
se p u e d e n d e c i r h a c i e n d o la distincion d e b i d a . S e r á infinita,
esto e s , t e n d r e m o s la i d e a d e infinidad ó n e g a c i o n d e límite,
a p l i c a d a c o n t o d o rigor á u n a linea recta ¡ola; p e r o si e n v e z
d e tratar d e a n a recta sola se trata d e u n valor lineal, sin n i n
g u n a c o n d i c i o n , la línea s u p u e s t a n o s e r á infinita : la n e g a
c i o n d e limite n o está a p l i c a d a bajo a q u e l l a c o n d i c i o n ; el re
s u l t a d o p u e s s e r á diferente , de j ar á d e ser infinito.
63. C o n s i d e r a n d o d o s líneas solas se p u e d e h a c e r n o t a r
la m i s m a a n o m a l í a . S u p ó n g a s e u n a recta p r o l o n g a d a e n los
d o s s e n t i d o s h a s t a lo infinito , y d e s c r í b a s e á s u l a d o u n a
c u r v a q u e e n u n d u l a c i o n e s c o n t i n u a s se v a y a p r o l o n g a n d o
h a s t a lo infinito e n d i r e c c i o n paralela á la recta. S e r á n a m b a s -
infinitas s e g u n c o m o se las c o n s i d e r e . Si se a t i e n d e solo á s u
d i r e c c i o n , p r e s c i n d i e n d o del v a l o r lineal q u e e n c i e r r a n ,
a m b a s s o n infinitas; p e r o si se a t i e n d e á este, la c u r v a es
m a s l a r g a q u e la recta , p o r q u e es e v i d e n t e q u e t o m a n d o u n a
parte d e la c u r v a c o r r e s p o n d i e n t e á u n a p a r t e d e la recta y
e x t e n d i e n d o ó rectificando la d e la c u r v a , resultará m a y o r
q u e la d e la r ect a; y c o m o esto se p u e d e h a c e r e n t o d a la
p r o l o n g a c i o n d e las lineas, t e n d r e m o s q u e el v a l o r lineal d e
la c u r v a s e r á m a y o r q u e el d e la r e c t a e n p r o p o r c i o n á la ley
d e s u s u n d u l a c i o n e s .
64. P o r esta d o c t r i n a se e c h a d e v e r c o m o la i d e a d e infi
n i d a d p u e d e aplicarse bajo diferentes c o n d i c i o n e s , y p r o d u c i r
diferentes resultados, sin n i n g u n a c o n t r a d i c c i o n . L o q u e e s
infinito b a j o u n a s p e c t o , n o lo es bajo otro; y d e a q u í p r o c e
 - 2 6 -
d e lo q u e se l l a m a órdenes de infinitos, y q u e tanto figuran e n
las m a t e m á t i c a s ; p e r o repito q u e estas c o n t r a d i c c i o n e s n o
s o n s u s c e p t i b l e s d e e x p l i c a c i o n si se a t r i b u y e á la i d e a d e
infinito u n valor a b s o l u t o y n o se le c o n s i d e r a c o m o la r e
p r e s e n t a c i o n abstracta d e n e g a c i o n d e límite.
65. ¿ E s posible c o n c e b i r e n u n a linea recta ó c u r v a , u n a
l o n g i t u d i n f i n i t a a b s o l u t a m e n t e h a b l a n d o , ó s e a u n v a l o r li
n e a l al cual se a p l i q u e a b s o l u t a m e n t e la n e g a c i o n d e límite?
c r e o q u e n o ; p o r q u e s e a c u a l f u e r e la línea q u e c o n s i d e r e
m o s , s i e m p r e se p o d r á n tirar otras c u y o valor s u m a d o c o n
el d e la p r i m e r a , s e r á m a y o r q u e el d e esta sola. H é a q u í u n
c a s o e n q u e h a l l a m o s c o n t r a d i c c i o n e n t r e l a n e g a c i o n d e li
m i t e y la c o n d i c i o n á la c u a l se la q u i e r e s o m e t e r . S e e x i g e u n
v a l o r l i n e a l al c u a l s e a p l i q u e a b s o l u t a m e n t e la n e g a c i o n d e lí
m i t e ; y p o r otra parte se e x i g e q u e este v a l o r lineal se p r e
s e n t e e n u n a linea d e t e r m i n a d a , la c u a l p o r el h e c h o d e ser
d e t e r m i n a d a e x c l u y e la n e g a c i o n a b s o l u t a d e límite: se p o
n e n e n el p r o b l e m a d a t o s contradictorios , el r e s u l t a d o h a d e
s e r p u e s u n a c o n t r a d i c c i o n .
6 6 . ¿ Q u é d e b e r e m o s s u p o n e r p a r a c o n c e b i r u n v a l o r li
n e a l a b s o l u t a m e n t e infinito? b a s t a r á n o s u p o n e r n i n g u n a
c o n d i c i o n q u e e x c l u y a la n e g a c i o n a b s o l u t a d e límite. A q u í
es m e n e s t e r distinguir e n t r e el c o n c e p t o p u r o , y la i nt u i cio n
s e n s i b l e e n q u e se e x p r e s e . El c o n c e p t o d e u n v a l o r lineal
infinito existe , d e s d e el m o m e n t o q u e u n i m o s las d o s i d e a s
g e n e r a l e s : v a l o r lineal y n e g a c i o n d e límite. L a intuicion
s e n s i b l e e n q u e p u e d a r e p r e s e n t a r s e d i c h o c o n c e p t o n o es ta n
fácil e x c ogi ta rla , ni a u n e n general. P a r a llegar á ella e n al
g u n m o d o , es p r e c i s o q u e i m a g i n e m o s u n e s p a c i o sin n i n g u n
l í m i t e ; y q u e e n t o n c e s c o n s i d e r a n d o e n g e n e r a l t o d a s las lí
n e a s q u e e n él se p u e d e n tirar rectas ó c u r v a s , e n t o d a s di
r e c c i o n e s , y bajo todas las c o n d i c i o n e s posibles, t o m e m o s la
s u m a d e t o d o s estos v a l o r e s lineales: el r e s u l t a d o s e r á u n
v a l o r lineal a b s o l u t a m e n t e infinito, p o r q u e le h a b r e m o s apli
c a d o la n e g a c i o n d e límite sin n i n g u n a restriccion.
67. D e l m i s m o m o d o p o d r e m o s o b t e n e r u u v a l o r d e s u
perficie infinito; p o r q u e es e v i d e n t e q u e se le p u e d e aplicar
t o d o c u a n t o h e m o s d i c h o d e los valores lineales.
68. E s d e n o t a r q u e e n t o d o s estos c a s o s a p l i c a m o s la n e
g a c i o n d e límite á la e x t e n s i o n c o n s i d e r a d a ú n i c a m e n t e e n
 — 2 7 —
a l g u n a s d e s u s d i m e n s i o n e s . Si q u e r e m o s o b t e n e r u n a e x t e n
s i o n infinita a b s o l u t a , es n e c e s a r i o q u e n o p r e s c i n d a m o s d e
n i n g u n a d i m e n s i o n ; p o r m a n e r a q u e el infinito a b s o l u t o d e
este ó r d e n e s la e x t e n s i o n e n todas s u s d i m e n s i o n e s , n e g a n d o
a b s o l u t a m e n t e el limite. P e r o t a m b i e n es d e n o t a r q u e a u n
p a r a o b t e n e r u n valor d e líneas ó d e superficies, a b s o l u t a m e n
te infinito, n e c e s i t a m o s y a p r e s u p o n e r el valor d e e x t e n s i o n
a b s o l u t a m e n t e infinito; p u e s á esto e q u i v a l e el s u p o n e r el
e s p a c i o infinito e n q u e se p u e d e n tirar las lineas y las s u p e r
ficies e n t o d a s las d i r e c c i o n e s , y bajo todas las c o n d i c i o n e s
posibles.
C A P Í T U L O I X .

Cooeepto de un numero inGnito.

69. ¿ C o n c e b i m o s n o s o t r o s u n n ú m e r o infinito? P o r u n a
p a r t e p a r e c e q u e n o , p u e s q u e d u d a m o s d e s u posibilidad;
d u d a q u e n o existiría si t u v i é r a m o s s u idea. P o r otro l a d o
p a r e c e q u e sí , p u e s q u e c o n o c e m o s d e s d e l u e g o c u á n d o u n
n ú m e r o n o es infinito; lo q u e n o s u c e d e r í a si n o t u v i é s e m o s
idea d e n ú m e r o infinito.
L o q u e h e m o s d e m o s t r a d o c o n r e s p e c t o á la infinidad d e
las séries (cap. V ) , p a r e c e i n d i c a r q u e la i d e a del n ú m e r o
infinito es u n a ilusion , p u e s t o q u e n ú m e r o s q u e h a b í a m o s
c r e i d o infinitos , se n o s p r e s e n t a n l u e g o c o m o n o infinitos.
Y o c r e o q u e esta c u e s t i o n se p u e d e r e s o l v e r p o r los m i s m o s
p r i n c i p i o s q u e las del capítulo p r e c e d e n t e . N o v e o n i n g u n a
dificultad e n a d m i t i r la i d e a d e u n n ú m e r o infinito , ni q u e
d e ella resulte c o n t r a d i c c i o n d e n i n g u n a clase.
7 0 N ú m e r o es u n a c o l e c c i o n d e u n i d a d e s ; esta i d e a n o s
o t r o s la t e n e m o s e n t o d a s u g e n e r a l i d a d ; p a r a c o n c e b i r ei
n ú m e r o , n o n e c e s i t a m o s s a b e r ni d e q u é clase s o n ni c u á n
tas. L a i d e a d e n ú m e r o e n g e n e r a l p r e s c i n d e a b s o l u t a m e n t e
d e s e m e j a n t e s d e t e r m i n a c i o n e s . E s e v i d e n t e q u e s e a c u a l
f u e r e el n ú m e r o d e t e r m i n a d o q u e i m a g i n e m o s , s i e m p r e p o
d e m o s c o n c e b i r otro m a y o r ; a u n c u a n d o al n ú m e r o le p o d e
m o s s e ñ a l a r u n limite, este p o d e m o s retirarle i n d e f i n i d a
m e n t e , d e s u e r t e q u e el límite d e u n o n o s e a el límite d e otro.
U n i m o s p u e s á la i d e a d e n ú m e r o la i d e a d e límite y la d e n e -
 - 2 8 -
g a c i o n d e cierto límite ; l u e g o si a d e m á s u n i m o s á la i d e a d e
n ú m e r o e n g e n e r a l , la d e n e g a c i o n d e t o d o limite e n g e n e
ral, f o r m a r e m o s i d e a d e u n n ú m e r o infinito.
71. ¿ Q u é n o s r e p r e s e n t a r á esta i d e a ? N a d a d e t e r m i n a d o :
es u n c o n c e p t o e n t e r a m e n t e a b s t r a c t o , f o r m a d o d e d o s igual
m e n t e abstractos : n ú m e r o y n e g a c i o n d e límite. N o le C o r
r e s p o n d e n i n g u n objeto d e t e r m i n a d o ; es o b r a d e n u e s t r o e n
t e n d i m i e n t o referida á objetos e n g e n e r a l , sin d e t e r m i n a c i o n
d e n i n g u n a especie. A h o r a p o d r e m o s r e s o l v e r las dificultades
a r r i b a indicadas.
72. ¿ P o r q u é u n a série d e t é r m i n o s se n o s o f r e c e c o m o
infinita, y l u e g o b i e n e x a m i n a d a , v e m o s q u e n o r e u n e los
c a r a c t e r e s d e infinidad? P o r q u e e n el p r i m e r c a s o a p l i c a m o s
la n e g a c i o n d e límite bajo u n a c o n d i c i o n d e q u e n o s d e s e n
t e n d e m o s e n el s e g u n d o .
T o m e m o s u n a série
a , b , c, d , e <. .
E c se b e i v r i q d e u n e t s e e q n u i e e l g a a p t o o d e o m l o í s m i c t e o n á t i s n u u a p r r o h l a o s n t g a a l c o i i o n n f i : n i e t l o , n ú y m c e o r n o -

d e t é r m i n o s es infinito e n este s e n t i d o , p o r q u e la i d e a d e n e
g a c i o n d e limite está r e a l m e n t e a p l i c a d a á la série. C u a n d o
p r e g u n t a m o s si el n ú m e r o d e los t é r m i n o s es infinito a b s o l u t a
m e n t e , p r e s c i n d i m o s d e la c o n d i c i o n c o n q u e h a b í a m o s u n i
d o la n e g a c i o n d e límite : lo q u e e r a p u e s infinito e n u n c a s o ,
n o p u e d e serlo e n otro : n o h a y u n a v e r d a d e r a c o n t r a d i c c i o n !
p o r q u e el si y el n ó se refieren á s u p o s i c i o n e s diferentes.
73. T o m e m o s u n a linea y m i d á m o s l a p o r piés. P r o l o n g a n
d o esta línea se m u l t i p l i c a r á el n ú m e r o d e piés; y e n g e n e
ral p o d e m o s c o n c e b i r n e g a d o el límite á d i c h a m u l t i p l i c a c i o n .
E n t o n c e s el n ú m e r o d e piés resultará infinito. C o n s i d e r a n d o
l u e g o q u e el pié tiene d o c e p u l g a d a s , si e n v e z d e t o m a r p o r
u n i d a d el pié t o m a m o s la p u l g a d a , el r e s u l t a d o s e r á u n n ú
m e r o d o c e v e c e s m a y o r ; h é a q u í d o s n ú m e r o s infinitos: m a
y o r e s el u n o q u e el otro. ¿ H a y e n esto a l g u n a c o n t r a d i c c i ó n ?
n o p o r cierto: lo q u e h a y es u n a diferente c o m b i n a c i o n d e
ideas. E n el p r i m e r c a s o , la i d e a d o n e g a c i o n d e limite e s t a b a
s u n b o e l r d s i e n g a u d n a d o á , u i n n a t cr o n d d u i c c i i m o o n s ; u l n a a d i c v o i n s d i i o c n i d o e n dl a i f l e í r n e e n a t e ; n l p a i d é i s - :

ision d e la linea e n p u l g a d a s .
74. P e r o se n o s replicará tal v e z : estos n ú m e r o s c o n s i
 2 9
d e r a d o s e n sí m i s m o s , p r e s c i n d i e n d o d e q u e se refieran á
piés ó á p u l g a d a s , ¿ s o n i g u a l e s ó n o ? y e n a m b o s c a s o s ¿ s o n
infinitos ó n o ? L a o b j e c i o n se d e s v a n e c e h a c i e n d o n o t a r la
e q u i v o c a c i o n e n q u e se f u n d a . Si se p r e s c i n d e e n t e r a m e n t e
d e t o d a r e l a c i o n á d i v i s i o n e s d e t e r m i n a d a s , se c o n s i d e r a el
n ú m e r o e n g e n e r a l , e n c u y o s u p u e s t o n o h a y d o s c a s o s s i n o
u n o ; s o l o e n t o n c e s n o p u e d e h a b e r r e l a c i o n d e m a y o r y m e
n o r , p o r q u e solo se tiene el c o n c e p t o del n ú m e r o e n g e n e
ral c o m b i n a d o c o n la i d e a d e n e g a c i o n J e límite t a m b i e n e n
g e n e r a l : el r e s u l t a d o , p u e s , s e r á el n ú m e r o infinito e n t o d a
su a b s t r a c c i o n (70).
L a dificultad estriba e n u n a c o n t r a d i c c i o n , q u e á p r i m e r a
vista n o s e n o t a : se q u i e r e p r e s c i n d i r d e c o n d i c i o n e s p a r t i c u
lares, p a r a s a b e r si los n ú m e r o s e n sí s o n infinitos ó n o ; y
n o se q u i e r e p r e s c i n d i r d e ellas, p u e s solo a t e n d i e n d o á las
m i s m a s , tiene s e n t i d o la o b j e c i o n , q u e s i e m p r e s u p o n e la di
v i s i o n e n va ri as e s p e c i e s d e u n i d a d e s . C u a n d o se h a b l a p u e s
d e estos n ú m e r o s , y al m i s m o t i e m p o se p r e t e n d e c o n s i d e r a r
los e n si, se i n c u r r e e n u n a c o n t r a d i c c i o n , t o m á n d o l o s á u n
m i s m o t i e m p o c o n las c o n d i c i o n e s particulares y sin ellas.
75. I n f e r i r e m o s d e lo d i c h o q u e el c o n c e p t o d e n ú m e r o
infinito c o n s i d e r a d o e n s u m a y o r a b s t r a c c i o n , p r e s c i n d i e n d o
de la n a t u r a l e z a y r e l a c i o n e s d e las c o s a s n u m e r a d a s , n o es
c o n t r a d i c t o r i o , p u e s q u e n o e n c i e r r a m a s q u e las d o s i d e a s
d e n ú m e r o , ó s e a c o n j u n t o d e s e r e s , y a b s o l u t a n e g a c i o n d e
límite; p e r o esto n o es b a s t a n t e p a r a a f i r m a r q u e el n ú m e r o
infinito s e a realizable. El n ú m e r o infinito n o p u e d e s e r a c
tual sin q u e h a y a u n c o n j u n t o d e s e r e s infinito; y estos s e r e s
realizados , n o p u e d e n ser s e r e s abstractos , q u e n o e n c i e r r e n
n a d a m a s q u e ser , s i n o q u e h a n d e t e n e r s u s p r o p i e d a d e s
características, y h a n d e estar sujetos á las c o n d i c i o n e s q u e
estas les i m p o n g a n . C o m o e n el c o n c e p t o g e n e r a l se p r e s c i n
d e a b s o l u t a m e n t e d e d i c h a s c o n d i c i o n e s , n o p u e d e d e s c u
brirse , p o r el c o n c e p t o solo , la c o n t r a d i c c i o n q u e e n ellas
p u e d a h a b e r ; d e d o n d e resulta, q u e n o e n c e r r á n d o s e e n el
c o n c e p t o n i n g u n a c o n t r a d i c c i o n , se p u e d e t r o p e z a r c o n ella
tan p r o n t o c o m o se q u i e r a realizar lo q u e está c o n t e n i d o e n
el m i s m o . A s í p o d r á s u c e d e r q u e sin ser contradictorio el
c o n c e p t o g e n e r a l é i n d e t e r m i n a d o , lo s e a s u realizacion ; á
la m a n e r a q u e se c o n c i b e n p e r f e c t a m e n t e ciertas teorías m e
 — 3 0 —
c á n i c a s , q u e sin e m b a r g o n o p u e d e n r e d u c i r s e á la práctica,
p o r q u e n o lo c o n s i e n t e la m a t e r i a á q u e se d e b i e r a n aplicar.
L o s s e r e s finitos s o n , p o r decirlo así , la m a t e r i a e n q u e s e
h a n d e realizar los c o n c e p t o s m e t a f í s i c o s é i n d e t e r m i n a d o s :
la posibilidad d e estos n o p r u e b a d e u n a m a n e r a a b s o l u t a la
posibilidad d e aquellos. L a r e a l i d a d p u e d e traer c o n s i g o ta
les d e t e r m i n a c i o n e s q u e e n v u e l v a n u n a c o n t r a d i c c i o n q u e
e n el c o n c e p t o g e n e r a l se h a l l a b a e n e s t a d o latente , y q u e al
llegar á la r e a l i d a d se p o n e d e manifiesto.

C A P Í T U L O X .

Concepto de la extension infinita,

76. ¿ E s c o n c e b i b l e la e x t e n s i o n infinita? E s t e c o n c e p t o
i n c l u y e d o s ideas: la d e e x t e n s i o n y la d e n e g a c i o n a b s o l u t a
d e limite. L a d e e x t e n s i o n es á s u v e z u n c o n c e p t o g e n e r a l ,
r e f e r i d o á e sa intuicion , q u e , s e a lo q u e f u e r e e n sí y e n s u
objeto, r e p r e s e n t a la e x t e n s i o n ó el c o n j u n t o d e las tres di
m e n s i o n e s , c u y a f o r m a p u r a es el espacio. E s e v i d e n t e q u e
n o s o t r o s p o d e m o s r e u n i r e n u n c o n c e p t o estas d o s ideas: e x
t e n s i o n e n g e n e r a l , y n e g a c i o n d e límite ; y si á esto se l l a m a
i d e a d e u n a e x t e n s i o n infinita, es claro q u e p o s e e m o s d i c h a
idea. Salta á los ojos q u e e n este c o n c e p t o d e la e x t e n s i o n
infinita, se p r e s c i n d e d e t o d a s las c o n d i c i o n e s d e r eal id ad;
y q u e n o s a b e m o s t o d a v í a si e n la n a t u r a l e z a d e los s e r e s
e x t e n s o s se hallaría a l g o q u e se o p u s i e s e á la a b s o l u t a infi
n i d a d d e s u e x t e n s i o n ; y p o r c o n s i g u i e n t e i g n o r a m o s si h a y
a q u í a l g u n a c o n t r a d i c c i o n latente, q u e n o p o d e m o s c o n o c e r
p o r solo el c o n c e p t o general.
77. N ó t e s e b i e n q u e a q u í h a b l o d e la idea, y n o d e la re
p r e s e n t a c i o n sensible d e la e x t e n s i o n ; p o r q u e si b i e n t e n g o
p o r posible , a u n p a r a nosotros, el c o n c e p t o d e u n a e x t e n s i o n
infinita, n o p i e n s o lo m i s m o d e s u r e p r e s e n t a c i o n sensible.
E s t a p o d e m o s dilatarla i n d e f i n i d a m e n t e , m a s n o h a c e r l a in
finita.
A m a s d e q u e la c o n c i e n c i a n o s atestigua d i c h a imposibili
d a d , la r a z o n la d e m u e s t r a . E n efecto : las r e p r e s e n t a c i o n e s
s en s i bl es internas , n o s o n m a s q u e u n a r e p e t i c i o n d e las e x
 — 31 -
ternas; ó c u a n d o m e n o s e s t á n f o r m a d a s d e los e l e m e n t o s q u e
estas s u m i n i s t r a n . L a vista y el tacto s o n los d o s s e n t i d o s q u e
n o s p r o d u c e n r e p r e s e n t a c i o n d e e x t e n s i o n , y es e v i d e n t e
q u e a m b o s n e c e s i t a n u n límite: al tacto n o se le o f r e c e s i n o
lo i n m e d i a t o ; la vista n o v e , sin u n limite q u e le e n v i e los
r a y o s l u m i n o s o s . L a s r e p r e s e n t a c i o n e s sensibles internas,
s e a n las q u e f u e r e n , n o p u e d e n p e r d e r e se c a r á c t e r d e limi
t a c i o n : d i l a t a r á n el o b j e t o c u a n t o s e q u i e r a ; r e t i r a r á n el lí
m i t e , m a s n o le d e s t r u i r á n , s o p e n a d e destruirse á sí p r o
pias. L u e g o es i m p o s i b l e p a r a n o s o t r o s , y p a r a t o d o ser s e n
sible la i m a g i n a c i o n d e u n a e x t e n s i o n infinita.
78. C o n t r a la infinidad d e la e x t e n s i o n , e n c u a n t o n o s la
p o d e m o s r e p r e s e n t a r e n u n v o l ú m e n sin límites, h e p r o p u e s
to m a s a r r i b a (40) u n a dificultad f u n d a d a e n q u e c o m o la i d e a
d e i m p e n e t r a b i l i d a d n o e n t r a e n el c o n c e p t o d e sólido, d e n
tro d e u n infinito se p o d r á c o l o c a r otro , y así s u c e s i v a m e n
te; p o r m a n e r a q u e la p e n e l r a b i l i d a d d a o r i g e n á otra série
q u e t a m p o c o t e n d r á fin. P e r o esta dificultad q u e es c o n c l u -
y e n t e si se trata d el c o n c e p t o d e sólidos q u e e n c i e r r a a l g o
m a s q u e l a p u r a i d e a d e e x t e n s i o n , n o l o e s c u a n d o n o s li
m i t a m o s á esta idea; p o r q u e e n t o n c e s , la e x t e n s i o n i m p l i c a
n e c e s a r i a m e n t e el q u e u n a s partes estén fuera d e otras, p u e s
q u e sin este fuera, n o es posible c o n c e b i r l a . E s cierto q u e
d e n t r o d e u n a parte del e s p a c i o p u e d e situarse u n c u e r p o ; y
q u e d e s p o j a n d o á este d e la i m p e n e t r a b i l i d a d , p o d e m o s t o d a
v í a c o l o c a r otro e n el m i s m o l u g a r , y asi h a s t a lo infinito;
p e r o e n tal c a s o c o n c e b i m o s y a a l g o m a s q u e e x t e n s i o n p u r a ;
u n i m o s a l g o m a s , s i q u i e r a e n g e n e r a l é i n d e t e r m i n a d a m e n
te, á la i d e a d e c o s a s situadas; p u e s d e otro m o d o , n o dis
t i n g u i r í a m o s e n t r e el e s p a c i o , r e p r e s e n t a n t e d e la e x t e n s i o n
p u r a , y los sólidos q u e e n él se c o l o c a s e n ; y a u n estos m i s
m o s n o los d i s t i n g u i r í a m o s e n t r e sí, á n o r e c o n o c e r e n ellos
a l g u n a diferencia, s i q u i e r a e n g e n e r a l é i n d e t e r m i n a d a m e n t e .
79. P a r e c e p u e s m a s p r o b a b l e q u e la i d e a p u r a d e la e x
t e n s i o n infinita está e n la d e u n v o l ú m e n infinito; la cual n o
es otra q u e la del espacio. L o d e m á s q u e p u e d e i n t r o d u c i r s e
e n la i d e a es u n e l e m e n t o e x t r a ñ o á la m i s m a ; p u e s á la e x
t e n s i o n p u r a a ñ a d e a l g o q u e n o le p e r t e n e c e , c o m o s o n las
diferencias e n t r e los s e r e s e x t e n s o s , a u n q u e c o n c e b i d a s c o n
i n d e t e r m i n a c i o n .
 - 3 2 -

C A P Í T U L O X I .

S o b r e la posibilidad de la extension infinita.

80. ¿ Q u é p e n s a r e m o s d e la posibilidad d e esas infinida
d e s q u e n o s o t r o s c o n c e b i m o s ? e x a m i n é m o s l o .
¿ E s posible u n a e x t e n s i o n infinita? n o se d e s c u b r e n i n g u n a
r e p u g n a n c i a : la i d e a d e e x t e n s i o n y la d e n e g a c i o n d e l o d o
límite , n o se e x c l u y e n , p o r lo m e n o s s e g u n n u e s t r o m o d o d e
-concebir: m a s b i e n t e n e m o s dificultad e n c o n c e b i r el límite
a b s o l u t o d e la e x t e n s i o n q u e n o e n c o n c e b i r l a ilimitada: m a s
allá d e t o d o t é r m i n o i m a g i n a m o s e s p a c i o s sin fin.
81. C o n s i d e r a n d o la c u e s t i o n c o n r e s p e c t o á la o m n i p o
t e n c i a d i v i n a , t a m p o c o se d e s c u b r e n i n g u n a i m p o s i b i l i d a d
e n la e x i s t e n c i a d e u n a e x t e n s i o n sin limites. M a s allá d e to
d a e x t e n s i o n p u e d e D i o s criar otra e x t e n s i o n ; si s u p o n e m o s
q u e h a y a q u e r i d o aplicar s u f u er z a c r e a d o r a á t o d a la e x t e n
sion posible , h a b r á c r i a d o u n a e x t e n s i o n infinita.
82. O f r é c e s e a q u í u n a dificultad. Si D i o s h u b i e s e c r i a d o
u n a e x t e n s i o n infinita, n o p o d r í a criar otra e x t e n s i o n ; l u e g o
s u p o d e r estaría a g o t a d o , l u e g o n o seria infinito.
Esta dificultad n a c e d e q u e se e n t i e n d e e n u n s e n t i d o falso
el p o d e r infinito. C u a n d o se d i c e q u e D i o s lo p u e d e todo, n o
se q u i e r e significar q u e p u e d a h a c e r c o s a s contradictorias;
la o m n i p o t e n c i a n o es u n atributo a b s u r d o , c o m o lo seria s¡
s e refiriese á cosas a b s u r d a s . U n a e x t e n s i o n a b s o l u t a m e n t e
infinita es c o n t r a d i c t o r i a c o n otra e x t e n s i o n distinta ; p u e s
p o r lo m i s m o q u e es infinita a b s o l u t a m e n t e , c o n t i e n e t o d a s
las e x t e n s i o n e s posibles. Si la s u p o n e m o s existente, n o s e r á
posible otra distinta d e ella; al a f i r m a r q u e D i o s n o p o d r í a
p r o d u c i r otra, n o se limita s u o m n i p o t e n c i a , solo se d i c e
q u e n o p u e d e h a c e r u n a c o s a a b s u r d a .
83. A c l a r e m o s m a s la s o l u c i o n anterior. L a i n te l ig en cia
d e D i o s es infinita , y n o p u e d e e n t e n d e r m a s q u e lo q u e
a h o r a e n t i e n d e : t o d o p r o g r e s o s u p o n d r í a i m p e r f e c c i o n , p u e s
q u e e n v o l v e r í a m u d a n z a d e u n a inteligencia m e n o r á u n a
inteligencia m a y o r . A h o r a b i e n , si se dice : D i o s n o p u e d e
e n t e n d e r m a s d e lo q u e e n t i e n d e e n la a c t u a l i d a d , ¿ s e l i m i t a
 - 33 -
« u inteligencia? es cierto q u e n o , p u e s q u e n o p u e d e e n
t e n d e r m a s p o r q u e e n t i e n d e t o d o lo real y t o d o lo posible, y
o o es d a b l e c o n c e b i r sin c o n t r a d i c c i o n q u e p u e d a e n t e n d e r
m a s q u e lo q u e e n t i e n d e e n la a c t u a l i d a d ; esto n o limita la
inteligencia, a n t e s atirnia s u i n a n i d a d ; p o r q u e n o es s u s
ceptible d e p e r f e c c i o n p o r lo m i s m o q u e es inliniia. C o n es
te e j e m p l o se c o m p r e n d e el s e n t i d o d e la e x p r e s i o n no puede,
a p l i c a d a á Dios: lo q u e s e n i e g a , n o es u n a p e r f e c c i o n , s i n o
u n a b s u r d o : p o r c u y a r a z o n o b s e r v a m u y o p o r t u n a m e n t e
s a n t o T o m a s , q u e m a s b i e n se d e b i e r a d e c i r q u e la c o s a n o
p u e d e s e r h e c h a , q u e n o q u e D i o s n o p u e d e hacerla.

C A P Í T U L O X I I .

Solacio* d o f arias dificultadas contrx la posibilidad d o n o a c x t c a o k m iafioita

84. L a s d i s c u s i o n e s s o b r e la posibilidad d e u n a e x t e n
si on infinita d a t a n d e m u y a n t i g u o ; y n o p u e d e m e n o s d e ser
as í, s u p u e s t o q u e el g r a n d i o s o e s p e c t á c u l o del u n i v e r s o , y
lo s e s p a c i o s q u e i m a g i n a m o s m a s allá d e l o d o conlin. d e b e n
su scitar n a t u r a l m e n t e las c u e s t i o n e s q u e s i g u e n . ¿ Existe al
g u n limite d e t a m a ñ a i n m e n s i d a d ? ¿ P u e d e existir? ¿ E s p o
sible q u e n o e x i s t a ?
A l g u n o s filósofos o p i n a n e n c o n t r a d e la posibilidad d e u n a
e x t e n s i o n infinita, e x a m i n e m o s las r a z o n e s e n m e s e f u n d a n .
83. L a e x t e n s i o n es p r o p i e d a d d e u n a s u s t a n c i a finita, y
lo q u e p e r t e n e c e á u n a c o s a finita n o p u e d e se r infinito, p u e s
n o se c o n c i b e c ó m o la infinidad d e n i n g u n a clase p u e d e c a
b e r e n u n s er licito Este a r g u m e n t o n o es c o n c l u y e m e . E s
v e r d a d q u e la s u s t a n c i a e x t e n s a es finita, e n el s e n t i d o d e
q u e n o tiene la infinidad a b s o l u t a , cual se c o n c i b e e n el S e r
s u p r e m o ; m a s d e a q u í n o s e infiere q u e n o p u e d a s e r infi-
niia b a j o ciertos aspectos. C o n d e c i r q u e n i n g u n a s u s t a n c i a
finita p u e d e t e n e r n i n g u n a p r o p i e d a d infinita, p o r q u e las
p r o p i e d a d e s d i m a n a n d e la s u s t a n c i a , y d e lo finito n o p u e
d e salir lo infinito, t a m p o c o se c o n s o l i d a la r az o n. P a r a q u e
este a r g u m e n t o valiese seria m e n e s t e r p r o b a r q u e t o d a s las
p r o p i e d a d e s d e u n se r d i m a n a n d e s u s u s t a n c i a : las figuras
d e l o s c T u. e Ir V p . o s s o n p r o p i e d a d e s a c c i d e n t a l e s d e l o s m 3 i s m o s ,
 — 3 4 —
y sin e m b a r g o r a n c h a s d e ellas n o t i e n e n n i n g u n a r e l a c i o n
c o n la s u s t a n c i a , s o n m e r o s a c c i d e n t e s q u e a p a r e c e n ¿ d e s
a p a r e c e n , n o |Mjr la f u e r z a interior d e la s u s t a n c i a , s i n o p o r
la a c c i o n d e u n a c a n s a e x t e r n a . N o s o t r o s v e m o s la e x t e n s i o n
e n los c u e r p o s ; p e r o i>o c o n o c i e n d o la e s e n c i a d e la s u s t a n
cia c o r p ó r e a , n o p o d e m o s decir hasta q u é p u n t o están liga
d a s d i c h a p r o p i e d a d y la s u s t a n c i a . y si a q u e l l a d i m a n a d e
esta, ó es ú n i c a m e n t e u n a c o s a q u e se le h a d a d o y q u e s e
le p u e d e q u i t a r sin a l t e r a c i ó n e s e n c i a l (V. L i b . III, c a p . X I X ,
X X I . X X I V . X X V . X X V I , X X V I I , XXVIllj.
A d e m á s : al d e c i r q u e d e lo finito n o p u e d e salir lo infini
to, n o n e g a m o s q u e d e u n a s u s t a n c i a linita e n s u e s e n c i a ,
p u e d a salir cierta p r o p i e d a d infinita E n efecto: p o r lo m i s -
m o q u e e n tal e a s o a d m i t i r í a m o s la p r o p i e d a d infinita, p o
d r í a m o s a d m i t i r t a m b i e n l o d o lo q u e f u e s e n e c e s a i i o e n la
s u s t a n c i a p a r a q u e e n ella se r a d i c a s e d i c h a p r o p i e d a d , c o n
tal q u e se s a l v a s e el c a r á c t e r d e finito q u e d e b e s i e m p r e te
n e r t o d a criatura C u a n d o se n i e g a d e estas el q u e s e a n iufi-
nilas y q u e p u e d a n serlo , se h a b l a d e la infinidad esencial,
d e la q u e i m p l i c a n e c e s i d a d d e ser é i n d e p e n d e n c i a a b s o l u
ta bajo t o d o s respectos; m a s n o se trata d e u n a infinidad re
lativa, c u a l lo seria la d e e x t e n s i o n .
E m p e z a r p o r s o s t e n e r q u e la e x t e n s i o n infinita es i m p o s i
ble p o r q u e t o d a p r o p i e d a d d e la s u s t a n c i a finita es finita,
e q u i v a l e á s u p o n e r lo m i s i n o q u e se d i s p u t a ; p u e s p r e c i s a
m e n t e |a c u e s t i o n está e n si u n a d e estas p r o p i e d a d e s , la e x
tension, p u e d e s e r infinita. P a r a a f i r m a r q u e n i n g u n a lo p u e
d e s e r , es n e c e s a r i o p r o b a r q u e lo m i s m o se verifica d e la
e x t e n s i o n ; p u e s d e o t r o m o d o la p r o p o s i c i o n n e g a t i v a : « n i n
g u n a p r o p i e d a d d e la s u s t a n c i a finita es infinita,» n o p o d r í a
establecerse. P o r d o n d e se v e q u e el a r g u m e n t o q u e c o m b a t i
m o s , i m p l i c a e n a l g u n m o d o u n a peticion d e p ri n ci p io c u a n
d o se f u n d a e n u n a p r o p o s i c i o n g e n e r a l , d e l a q u e n o p o d e
m o s estar ciertos a n t e s d e t e n e r resuella la c u e s t i o n p r e s e n t e .
88. L a e x t e n s i o n infinita d e b i e r a se r la m a y o r d e todas, y
n o h a y n i n g u n a q u e p u e d a t e n e r este carácter. D a d a u n a
c u a l q u i e r a , D i o s p u e d e quitarle u n a cierta c a n t i d a d , p o r
e j e m p l o u n a vara; y e n este c a s o la e x t e n s i o n infinita se h a
b r á c o n v e r t i d o e n finita, p o r q u e s e r á m e n o r q u e la p r i m e r a ;
y c o m o la diferencia e n t r e las d o s s e r á d e solo u n a vara, re
 - 3 5 -
saltará q u e ni a u n la p r i m a r a h a b r á s i d o infinita ; p u e s e n t r e
lo finito y lo Mjfttiito.es i m p o s i b l e q u e n o h a y a m a s diferen
cia q u e d e u n a vara.
Esta dificultad m e r e c e u n a c o n t e s t a c i o n b i e n m e d i t a d a ;
p o r q u e á p r i m e r a vista p a r e c e tan c o n c l u y e n t e , q u e n o s e
c o n c i b e la posibilidad d e u n a s o l u c i o n satisfactoria
L a p r o p o s i c i o n d e q u e la diferencia e n t r e lo tiniloy lo in-
tinilo n o p u e d e s er finita . n o es d e t o d o p u n t o e x a c t a , y d a
l u g a r á d i v e r s a s c o n s i d e r a c i o n e s . A n t e t o d o es n e c e s a r i o a d
vertir q u e la d i f e r e n c i a e n t r e d o s c a n t i d a d e s positivas, fini
t a i s d o ó d e ¡ [ l ¡ f m i n i i n t a u s e , n n d o o . p u e D di f e e r s e n r c a i a b s e o s l u e t l a m e e x n c t e e s o i n q f i u n e i t a v a e n d e e l s u e n n a

c a n t i d a d a otra, y e to e n t r a ñ a p o r n e c e s i d a d a l g u n límite :
p u e s p o r lo m i s m o q u e se trata solo d e e x c e s o , se e n t i e n d a
q u e n o e n t r a e n la d i f e r e n c i a la c a n t i d a d e x c e d i d a . L l a m a n
d o D la diferencia, A la c a n t i d a d m a y o r , y a la m e n o r , d i g o
q u e D e n n i n g u n c a s o p u e d e se r infinita. P o r el s u p u e s t o te
n e m o s : D = \ a; l u e g o D + a = A ; l u e g o p a r a q u e llegue D al
f v i a n l i o t a r . d S e i A s , u e p s o n e c m e o s s a r A i o i n a f ñ i a n d i t i a r l l e i a c ; i e l n u d e o g o A = D n a oe ; p t u e n d d e r s e e m r o i s n :

D = A - a = < » — a; lo q u e n o s d a : D + a = o o . L u e g o p a r a q u e D
se n o s h a g a infinita necesita q u e le a ñ a d a m o s a; y n u n c a s e r á
D = a o . s i n o e n el c a s o d e a = o ; p e r o e n t o n c e s n o s e r á u n a
v e r d a d e r a diferencia, p u e s la e c u a c i o n D = A — a, se c o n v e r
tirá e n D = A — o = A ; y p o r tanto la d i f e r e n c i a n o s e r á real
s i n o figurada.
S e s i g u e d e lo d i c h o q u e n i n g u n a d i f e r e n c i a e n t r e canti
d a d e s positivas p u e d e se r infinita a b s o l u t a m e n t e ; y q u e si
e n a l g u n m o d o lo es, n o p u e d e serlo e n el s e n t i d o del m i
n u e n d o , y q u e e n tal c a s o el r e u n i r estas d o s i d e a s d e dife
r e n c t a é infinito, e s i n c u r r i r e n u n a c o n t r a d i c c i o n (1).
L a d i f e r e n c i a e n t r e u n a c a n t i d a d infinita y otra finita d a d a ,
n o p o d r á s e r otra finita d a d a , s i n o q u e s e r á infinita e n al
g u n sentido. S u p o n g a m o s u n a linea infinita, y otra finita d e
u a valor d a d o ; la d i f e r e n c i a e n t r e las d o s n o la p o d e m o s

tí) H a b l o d e diferencia entre cantidades positivas, p o r q u e e n n o

suponiéndolas tales, se p a n d e representar a l g e b r a i c a m e n t e u n a
diferencia Infi nita. S e a n estas d o s cantidades ( « — a ) y (—a). B u s
c a n d o la difer encia t e n e m o s D = ! <*> — a j — - ( — » ) = « — a + a = * > .
 - 3 6 —
e x p r e s a r e n u n valor lineal finito d a d o . P o r q u e s u p u e s t o q u e
l f ai n i l t í a n e a n e u s n a f i c n i u t a a l y q u d i a e d r a , d e p o s d u r s e d m i o r s e c s c u i p o o n n e es r y l a d e á s d l e a u l n i n o e a c u i a n l ^

q u i e r a d e s u s p u n t o s , e n c u y o c a s o llegara h a s t a u n cierto
p u n t o d e la infinita, p e r o esta c o n t i n u ira p r o l o n g a n d o s e h a s
ta lo infinito. Si s u p o n e m o s otra línea finita d a d a , e n la c u a l
p e n s a m o s r e p r e s e n t a r la diferencia, d e b e r e m o s s u p e r p o n e r
la á la infinita d e s d e el p u n t o e n q u e a c a b a la otra finita, y
es e v i d e n t e q u e se a c a b a r á e n otro p u n t o d e t e r m i n a d o p o r
la l o n g i t u d d e la m i s m a ; l u e g o n o a g o t a r á la d i f e r e n c i a e n
tre la línea infinita y la finita.
El m i s m o r e s u l t a d o se e n c u e n t r a c o n e x p r e s i o n e s alge-
bráicas Si A es u n valor finito d a d o , la d i f e r e n c i a e n t r e A
y oo n o p u e d e se r o t r o valor finito d a d o . P o r q u e e x p r e s a n d o
l a d i f e r e n c i a p o r D , t e n d r e m o s oe> - A = D . L u e g o D + A = » ;
l u e g o si a m b o s f u e s e n v a l o r e s finitos d a d o s , u n infinito re
sultaría d e d o s v a l o r e s finitos d a d o s , lo q u e e s i m p o s i b l e .
S e infiere d e esto q u e u n a diferencia p u e d e s e r infinita e n
(•ierto s e n t i d o , s e g u n la a c e p c i o n q u e d i é s e m o s á la pala
b r a infinidad. Si d e s d e el p u n t o e n q u e n o s h a l l a m o s s e tira
« n a línea e n la d i r e c c i o n del n o r t e hasta lo infinito, y l u e g o
s e la p r o l o n g a e n la d i r e c c i o n del s u d t a m b i e n h a s t a lo infi
nito, la d i f e r e n c i a e n t r e la s u m a d e las d o s y u n a d e ellas,
s e r á infinita e n u n solo s e n t i d o icap. V I H ) .
L o q u e h a l l a m o s e n valores lineales lo e n c o n t r a r e m o s t a m
b i e n e n e x p r e s i o n e s a l g e b r á i c a s : si t e n e m o s el v a l o r infinito
2 oo, y lo c o m p a r a m o s c o n oo , resultara 2 0 0 — 0 0 = 0 0 .
E n g e n e r a l t e n i e n d o u n valor infinito c u a l q u i e r a , p o d e m o s
s a c a r c o n r e s p e c t o á él u n a diferencia finita c u a l q u i e r a , c o n
tal q u e n o t o m e m o s p o r s u s t r a e n d o u n valor finiio d a d o S e a
•o el valor infinito, d i g o q u e p o d e m o s e n c o n t r a r l e u n a dife
r e n c i a finita. P o r q u e s i e n d o 00 u n valor infinito c o n t i e n e to
d o s los v a l o r e s finitos d e s u o r d e n ; l u e g o c o n t i e n e el valor
f A i = n i B i .o A S ; e ay c p u o a r l c f o u n e s r i e g u e i l e n v t a e l o p r u d e e d o B , f o t r e m n a g r o e q s ut a e e l c o u a q c u i e o n v : a » d — e

B á 00 e s A ; p u e s c o n solo a f n d i r A á B , m e resulta 00 . L a
e c u a c i o n o o - A = B . m e d a B + A = o o , y t a m b i é n 00 — B = A ;
y c o m o A es u n valor fi lito d a d o p o r el s u p u e s t o , y A e s la.
d i f e r e n c i a fi nita d a d a e n t r e 00 y B , resul ta q u e a t o d o v a l o r
infinito se le p u e d e e n c o n t r a r u n a d i f e r e n c i a finita. >
 - 3 7 -
I n f e r i r e m o s d e esto q u e el p o d e r s e a s i g n a r á u n a e x t e n
s ion infinita u n a d i f e r e n c i a finita n o p r u e b a n a d a c o n t r a s u
v e r d a d e r a infinidad L o infinito, p o r lo m i s m o q u e e s tal.
c o n t i e n e t o d o lo p e r t e n e c i e n t e al o r d e n e n q u e es infinito:
dl o o l m e a c n d o o m o u n u o n a c u d a i l f q e u r i e e n r c a i a d , e n ao q s u r e e l s l u o l s t a v r a á l o u r n e a s , d i y f e c r o e n n s c i i d a e r f i á n n i

ta M a s e s t o lejos d e p r o b a r la falta d e infinidad, c o n f i r m a s u

«xisteneia; p u e s i n d i c a q u e t o d o lo finito está c o n t e n i d o e n
lo infinito.
E n tal c a s o el s u s t r a e n d o s e r á infinito b a j o cierto aspecto;
p e r o n o lo s e r á e n el ó r d e n del m i n u e n d o , p o r fallarle la
eantidad q u e se h a quitado.
87. H a y e n c o n t r a d e la infinidad a b s o l u t a d e la e x t e n s i o n
otro a r g u m e n t o q u e m e p a r e c e m a s fuerte q u e n i n g u n o d e
los a n t e r i o r e s , y q u e n o sé p o r q u é n o h a b r á o c u r r i d o á los
q u e c o m b a t e n d i c h a po-ibilidad; h é l o aquí. S u p o n g a m o s
existente u n a e x t e n s i o n infinita D i o s p u e d e a n o n a d a r l a , y
d e s p u e s c r i a r otra n u e v a i g u a l m e n t e infinita. L a s u m a d e las
dos es m a y o r q u e u n a c u a l q u i e r a d e ellas; l u e g o n i n g u n a d e
J>ur si s e r á infinita. E s e v i d e n t e q u e e s t e a n i q u i l a m i e n t o s e
p u e d e s u p o n e r r e p e t i d o tantas v e c e s c o m o se q u i e r a ; d e
d o n d e r e s u l t a r á u n a série d e e x t e n s i o n e s infinitas. L o s tér
m i n o s d e esta série n o p u e d e n existir á u n m i s m o t i e m p o ,
p u e s q u e u n a e x t e n s i o n infinita actual e x c l u y e las otras; lue
go c o m o la s u m a d e las e x t e n s i o n e s es m a y o r q u e u n n ú m e r o
c u a l q u i e r a d e los s u m a n d o s , la e x t e n s i o n infinita a b s o l u t a
d e b e hallarse , n o e n los s u m a n d o s s i n o e n la s u m a ; l u e g o la
e x t e n s i o n infinita e n a c t o e s i n t r í n s e c a m e n t e i m p o s i b l e .
P a r a d e s v a n e c e r esta dificultad se d e b e distinguir e n t r e ¡a
e x t e n s i o n y la c o s a e x t e n s a : t o d a la c u e s t i o n gira s o b r e la
posibilidad intrínseca d e la infinidad d e la e x t e n s i o n , consi
d e r a d a e n si. p r e s c i n d i e n d o a b s o l u t a m e n t e del sujeto e n q u e
se halla. L a dificultad p r o p u e s t a h a c e desfilar á n u e s t r o s ojos
« n a série d e e x t e n s i o n e s infinitas q u e se s u c e d e n ; p e r o si
kien se rellexiona , la s u c e s i o n se verifica e n t r e los s e r e s e x
tensos, c u y o n ú m e r o se v a m u l t i p l i c a n d o ; p e r o n o e n la e x
tension m i s m a . L a i d e a p u r a d e la e x t e n s i o n infinita q u e t e n e
m o s p a r a u n c a s o , n o se a u m e n t a c o n las n u e v a s e x t e n s i o n e s
^ u e v i e n e n ; la e x t e n s i o n ¡ p a r e c e , d e s a p a r e c e , r e a p a r e c e y
v u e l v e á d e s a p a r e c e r , m a s c o n esto n o se a u m e n t a . L a s u c e
 _ 8 8 ~
s i o n n o s i ndi ca la posibilidad intrínseca d e s u a p a r i c i o n y d e s -
aparicion, s u c o n t i n g e n c i a eseicial, p o r lo q u e n o le r e p u g n a
el d e j a r d e existir c u a n d o existe , y el p a s a r d e n u e v o d e la n O
e x i s t e n c i a á la existencia. Rxamiiieiiios n u e s t r a s id ea s, y
e c h a r e m o s d e v e r q u e c o n c e b i d a la e x t e n s i o n infinita, n o la
p o d e m o s a g r a n d a r c o n n i n g u n a s u p o s i c i o n i m a g i n a b l e ; y q u e
t o d o c u a n t o h a c e m o s se r e d u c e á u n a s u c e s i o n d e p r o d u c c i o
n e s y a n i q u i l a m i e n t o s . L a i d e a d e la e x t e n s i o n infinita p a r e c e
u n h e c h o p r i m i t i v o d e n u e s t r o espíritu; e s a infinidad q u e
i m a g i n a m o s e n el espacio, n o es otra c o s a q u e el r e s u l t a d o d e
los e s f u e r z o s d e n u e s t r a i d e a p a r a e x p r e s a r s e e n u n a reali
d a d . H a b i e n d o s i d o c r i a d o s c o n intuicion s e n s i b l e , se n o s h a
d a d o la posibilidad d e dihitar e s a intuicion e n u n a escala infi
nita; p a r a esto n e c e s i t á b a m o s l a i d e a d e u n a e x t e n s i o n infinita.

C A P Í T U L O X I I I .

Sí e & ü t e la csteut-ion infiniu.

38. L a c u e s t i o n s o b r e la posibilidad d e u n a e x t e n s i o n In
finita es m u y diferente d e la d e s u existencia. A d m i t i e n d o l a
p r i m e r a se p u e d e n e ^ a r la s e g u n d a .
D e s c a r t e s sostiene q u e la e x t e n s i o n del m u n d o es indefini
d a ; p e r o esta p a l a b r a q u e p u e d e t e n e r u n s e n t i d o m u y r a z o
n a b l e si se refiere al a l c a n c e d e n u e s t r a inteligencia, c a r e c e
d e s i g n i f i c a d o c u a n d o s e la a p l i c a á las c o s a s . N o h a y i n c o n
v e n i e n t e e n d e c i r q u e la e x t e n s i o n del m u n d o e s indefini
d a , si s e e n t i e n d e q u e n o s o t r o s n o p o d e m o s a s i g n a r s u s lí
mites; p e r o e n la realidad los límites existirán ó n o existi
rán, i n d e p e n d i e n t e m e n t e d e la posibilidad d e a s i g n a r l o s n o s
otros: n o h a y m e d i o e n t r e el sí y el n o ; l u e g o n o h a y m e d i o
e n t r e la e x i s t e n c i a d<' los limites y s u n o e x i s t e n c i a Si e x i s
t e n , la e x t e n s i o n d e l m u n d o es finita, si n o e x i s t e n e s infi
nita; e n t o d o c a s o ta p a l a h r á indefinido n o e x p r e s a n a d a .
El a r g u m e n t o d e D e s c a r t e s , si p r u e b a algo, p r u e b a la v e r
d a d e r a infinidad d el m u n d o ; p u e s q u e si h e m o s d e retirar
i n d e f i n i d a m e n t e los límites d e este, p o r q u e i n d e f i n i d a m e n t e
tc e o n n s c i e o b n i ; m c o o s m s o i ep om r p r o e t r u a n p a a r e t x e t e s n a s b i e o nm o m s a sq a u t e t e á s t d a e s t é o r di ea d o et r c a e o * n -
 - 3 9 -
e e p t o s n o tiene n i n g u n límite, p o d e m o s t ra s la d ar d e s d e l ue
g o la ¡ l i m i t a c i o n al o b j e t o q u e c o r r e s p o n d e á los c o n c e p t o s ,
y a f i r m a r q u e la e x t e n s i o n del m u n d o es a b s o l u t a m e n t e inl
fin ila D e s g r a c i a d a m e n t e , el a r g u m e n t o d e D e s e a r l e s ( l a q u e a
p o r s u b a s e , p u e s consiste e n u n tránsito del o r d e n ideal ó
m a s b i e n i m a g i n a r i o , al real ; transito q u e u n a s a n a lógica
n o p u e d e p e r m i t i r ( V L i b III, c a p . V I H ) .
89. L e i h n i t z s o s t i e n e q u e si b i e n p a r e c e q u e D i o s p u e d e
h a c e r el u n i v e r s o m a t e r i a l finito e n e x t e n s i o n , n o o b s t a n t e
e s m a s c o n f o r m e á s u s a b i d u r í a el n o h a b e r l o h e c h o . « Y O
n o d i g o , c o m o s e m e i m p u t a a q u í , q u e D i o s n o p u e d a d a r lí
m i t e s á la e x t e n s i o n d e la m a t e r i a : m a s p a r e c e q u e n o lo
q u i e r e y q u e h a c o n s i d e r a d o m e j o r el n o d a r s e l o s » ( C a r t a s
entre Leihnitz y Cl.trke. R e s p u e s t a á la 4 * réplica d e C l a r k e ,
L a o p i n i o n d e Leibnitz se f u n d a e n s u s i s t e m a del o p
t i m i s m o , sujeto a m u c h a s dificultades d e q u e n o m e es posi
ble h a c e r m e c a r g o a q u í .
9 0 E m i t i e n d o i n g e n u a m e n t e m i o p i n i o n , diré q n e esta
es u n a c u e s t i o n irresoluble p o r principios p u r a m e n t e filosófi
cos; p u e s q u e n o h a l l a n d o e n las i d e a s n i n g u n a n e c e s i d a d in
trínseca e n p t o ni e n c o n t r a d e la existencia d e u n a e x t e n s i o n
infinita, d e b e m o s e s p e r a r la r e s o l u c i o n d e lo q u e n o s e n s e ñ e
la e x p e r i e n c i a , y esta es i m p o s i b l e t r a t a n d o s e d e u n a e x t e n
sion infinita; t o d o el t i e m p o q u e s e gasta e n r e s o l v e r d i c h a
cuestion, es c o m p l e t a m e n t e p e r d i d o . L o q u e p o d e m o s a s e g u
rar es q u e la e x t e n s i o n del m u n d o e x c e d e á t o d a p o n d e r a
cion; q u e c u a n t o m a s a d e l a n t a n las c i e n c i a s a s t r o n ó m i c a s ,
tanta m a y o r p r o f u n d i d a d se d e s c u b r e e n el o c é a n o del e s p a
z c i o o n . n ¿ o D o e n s d c e a p e a s z t á d l e a r r e i s bo l e v r e a r ? s , . e h m a e y j a s n i t q e u s i e c r u a e s a t l i g o u n n e a s . " L | a Y s q o u l é a s r a

b e m o s nosotros, p o b r e s g u s a n o s q u e n o s a r r a s t r a m o s u n m o -
m e n t o s o h r e e s e p e q u e ñ o m o n t o n d e p o l v o , q u e a p e l l i d a m o s
g l o b o d e la tierra!

C A P Í T U L O X I V .

S o b r e tu po.ibi idad de u n n ú m e r o infinito actual.

91. ¿ E s posible u n n ú m e r o infinito? L a u n i o n q u e n o s
o t r o s h a c e m o s d e la i d e a d e n ú m e r o c o n la d e n e g a c i o n a b
 — 4 0 -
soluta d e límite, ¿ e n t r a ñ a a l g u n a c o n t r a d i c c i o n q u e i m p i d a
la realizacion del c o n c e p t o ?
P o r g r a n d e q u e c o n c i b a m o s u n n ú m e r o , p o d e m o s c o n c e
birle s i e m p r e m a y o r ; lo q u e p a r e c e i n d i c a r q u e , s ea c u a l
f u e r e el n ú m e r o existente , n u n c a p o d r á se r a b s o l u t a m e n t e
infinito. E n efecto: s u p ó n g a s e r e a l i z a d o este n ú m e r o ; u n a in
teligencia p o d r á c o n o c e r l e , y f o r m a r este acto: m u l t i p l i q u e
s e el n ú m e r o e xis te nte p o r d o s , p o r tres ú otro c u a l q u i e r a ;
l u e g o n o i m p l i c a r á n i n g u n a c o n t r a d i c c i o n el q u e d i c h o n ú
m e r o se a u m e n t e , l u e g o n o s e r á infinito.
Esta dificultad, c o n c l u y e n t e á p r i m e r a vista, dista m u ' h c -
d e serlo, si s e la e x a m i n a c o n c u i d a d o El a c t o intelectual
d e q u e s e trata, seria i m p o s i b l e e n la s u p o s i c i o n d e la e x i s
tencia d e u n n ú m e r o infinito. Si la inteligencia n o c o n o c i e s e
la infinidad del n ú m e r o , p o d r í a h a c e r el a c t o d e la m u l t i
plicacion: p e r o incrrriria e n u n a c o n t r a d i c c i o n á c;iusa d e
s u i g n o r a n c i a : s i e n d o el n ú m e r o a b s o l u t a m e n t e infinito n o
p u e d e t e n e r a u m e n t o , s u m u l t i p l i c a c i o n es a b s u r d a : la in
teligencia q u e quisiese ejecutarla c o m b i n a r í a d o s ideas c u
y a r e p u g n a n c i a n o c o n o c i e r a , p e r o q u e n o d e j a r í a n p o r esto
d e s e r r e p u g n a n t e s C o n o c i d a p o r la i n t e l i g e nc i a la a b s o l u t a
infinidad del n ú m e r o existente , n o p o d r í a asociarle n u n c a
la i d e a d e m u l t i p l i c a c i o n , p o r q u e sabría q u e e x i s t e n y a to
d o s los p r o d u c t o s posibles.
92. El n ú m e r o a b s o l u t a m e n t e infinito, n o p u e d e e x p r e
sarse e n valores, ni a l g e b r á i c o s ni g e o m é t r i c o s ; c o n solo in
t e n t a r d i c h a e x p r e s i o n , s e le- l i m i t a e n a l g u n s e n t i d o , y p o r
tanto se d e s t r u y e s u infinidad absoluta. L a e x p r e s i ó n oo, si
r e p r e s e n t a s e u n n ú m e r o a b s o l u t a m e n t e infinito, n o seria s u s
ceptible d e n i n g u n a c o m b i n a c i o n q u e la p u d i e s e a u m e n t a r ;
p o r lo m i s m o q u e s e la s u p o n e m u l t i p l i c a b l e p o r otios n ú
m e r o s finitos ó infinitos, n o s e t o m a s u infinidad e n u n s e n
tido absoluto.
El q u e b r a d o — , e x p r e s i o n d e u n valor infinito, t a m p o c o
m e r e c e e n r i g o ro e s t e n o m b r e ; p o r q u e e s e v i d e n t e q u e s e a
a 2 a
c u a l f u e r e el valor d e — , s i e m p r e será m e n o r q u e — , y e n
g e n e r a l q u e n— a , r e p r e s 0 e n t a n d o n , u n v a l , o r m a y o r q u e ° , l a u n i

d a d .
 - 41 -
93. E n v a l o r e s g e o m é t r i c o s , t a m p o c o es posible r e p r e
s entar u n n ú m e r o infinito.
T o m - nios u n a linea d e u n pié. E s e v i d e n t e q u e si p r o l o n
g a m o s esta linea hasta lo infinito, e n d i r e c c i o n e s o p u e s t a s ,
e l n ú m e r o d e los piés s e r á e n a l g u n m o d o infiniio, p u e s q u e
s e s u p o n e q u e e l p i é s e r e p e t i r á ii f i n i t a s v e c e s : l a e x p r e s i o n
d el n ú m e r o d e los pies s e r á la d e u n v a l o r infinito. Aliora di
g o q u e este n u m e n i n o es infinito; p o r q u e h a y otros m a y o
r es q u e él. E n c a d a pié h a y d o c e p u l g a d a s ; l u e g o el n ú m e r o
d e p u l g a d a s c o n t e n i d a s e n la línea s e r á d o c e v e c e s m a y o r
q u e el n ú m e r o d e piés; l u e g o este n o es infinito. T a m p o c o lo
sd e i r v á i d e i l r s d e e e l n a s l p i n u e l a g s a , d a c s o , m o p o r e q s t u a e s e s n t a p s u n á t s o u s v y e z l o p s u e p du n e t n o s u e b n -

ol ías c a n t i d a d e s m e n o r e s ; > es e v i d e n t e q u e el n ú m e r o e x
p r e s i v o d e c a d a u n o d e los v a l o r e s m e n o r e s , será respecti-
T a m e n t e lanías v e c e s m a y o r , c u a n t a s e x p r e s a el n ú m e r o q u e
d e s i g n a la relacion del m e n o r al m a j o r H a b r á d o c e v e c e s
m a s p u l g a d a s q u e piés: d o c e v e c e s m a s lineas q u e p u l g a
d a s : d o c e v e c e s m a s p u n i o s q u e lineas; y asi s u c e s i v a m e n t e ,
sin q u e se p u e d a t e r m i n a r j a m á s esta p r o g r e s i o n á c a u s a d e
la infinita divisibilidad del valor lineal.
9 4 . L l e v a n d o h a s t a l o i n f i n i t o la d i v i s i b i l i d a d d e u n a lí
n e a infinita , p a r e c e q u e t e n e m o s u n n ú m e r o infinito e n los
e l e m e n t o s q u e la c o n s t i t u y e n ; sin e m b a r g o p o r p o c o q u e s e
r e f l e x i o n e , se d e s v a n e c e la ilusion. P o r q u e salta á los ojos,
q u e s e p u e d e n tirar infinitas líneas á m a s d e la s u p u e s t a , y
c o m o e n t o d a s ellas se p u e d e llevar la divisibilidad hasta lo
infinito, r e s u l t a q u e la s u m a d e los e l e m e n t o s q u e e n t r a n e n
todas ellas f o r m a r á u n n ú m e r o m a y o r q u e el d e u n a cual
q u i e r a d e las m i s m a s .
p a r 9 5 t . e s e S n i q v u a i l o s r i e é s r a d m e o s e x r t e np s r i e o s n e , n t d a e r b n e o r s í u a n m o n s ú s m u e p r o o n e i r n f u i n i t s o ó l d i e

d o infi nito e n tod as s u s d i m e n s i o n e s , y a d e m á s d i vi d ida s to

d a s s u s partes h asta lo in finit o P e r o ni a u n e n este c a s o
t e n d r í a m o s u n n ú m e r o in fin iio a b s o l u t a m e n t e h a b l a n d o , a u n
rq e u s e d t e u ev x i t é e r n a s m i o o s n . e l m a j o r q u e s e p u t d e r e p r e s e n t a r e n v a l e

D a d o q u e existiese u n a e x t e n s i o n infinita c o n u n a divisi

bilidad infinita, el n ú m e r o d e s u s partes n o seria a b s o l u t a
m e n t e infiniio ; p o r q u e f u e r a d e los s e r e s e x t e n s o s se p u e
 — -12 —
d e n c o n c e b i r oíros d e diferente e s p e c i e ; y e n t o n c e s c o n s i
d e r a n d o a a q u e l l o s y á estos ba j o la i d e a g e n e r a l d e s e r , s e
los p u e d e r e u n i r e n u n n u m e r o q u e resultara m a y o r q u e el
d e los seres c u y o c o n j u n t o f o r m a la e x t e n s i o n .
96. Finjase u n a e s p e c i e c u a l u u i e r a d e seres m u l t i p l i c a d a
hasta lo infinito : el r e s u l t a d o n o p u e d e s er u n n ú m e r o a b s o
l u t a m e n t e infinito. L a r a z o n es la m i s m a q u e la s e ñ a l a d a e n
el p á r r a f o anterior: 1 1 existencia d e los s e r e s d e u n a especie,
n o h a c e i m p o s i b l e la e x i - t e n c i a d e los s e r e s d e otra especie;
l u e g o fuera d e la s u p u e s t a infinidad del n ú m e r o e n u n a es
p e c i e d e t e r m i n a d a , h a y otros n ú m e r o s q u e r e u n i d o s c o n el
p r i m e r o , constituirán otro m a y o r q u e el p r e t e n d i d o infinito.
9T. P a r a la e x i s t e n c i a d e u n n ú m e r o a b s o l u t a m e n t e infi
nito se necesita: \.° la e x i s t e n c i a d e infinitas e s p e c i e s d e se
r e s ; 9. * l a e x i s t e n c i a d e i n f i n i t o s i n d i v i d u o s e n c a d a e s p e
cie. V e a m o s si estas c o n d i c i o n e s se p u e d e n realizar.
98. L a posibilidad intrínseca d e e s p e c i e s infinitas p a r e c e
i n d u d a b l e . L a escala d e los s e r e s está e n t r e d o s e x t r e m o s :
la n a d a y la p e r f e c c i o n infinita : el e s p a c i o q u e h a y e n t r e es
tos d o s e x t r e m o s es infinito; los s e r e s q u e e n él existan p u e
d e n estar distribuidos e n u n a g r a d a c i o n infinita
99. A d m i t i d a la p o s i b i l i d a d i n t r í n s e c a d e u n a g r a d a c i o n
infinita e n la e s c a l a d e los s e r e s , o c u r r e la c u e s t i o n d e si s u
posibilidad es n o solo ideal s i n o t a m b i é n real; esto es, si
p o d r í a s e r r e a l i z a d a D i o s es i n f i n i t a m e n t e p o d e r o s o ; si la g r a
d a c i o n infinita es i n t r í n s e c a m e n t e posible, Dios p u e d e reali
zarla, p o r q u e l o d o c u a n t o n o es i n t r í n s e c a m e n t e i m p o s i b l e
c s a e e c bo a m j o o s l e a d o e m b n í i ' p s o u t p e o n n c e i r a l d a i l v i b n e a r . t a P d o r d o e t r D a i o p s a , r t n e o , c s a u b p e o n d i u e d n a d e o n - •

q u e es libre d e q u e r e r criar t o d o lo q u e p u e d e criar Si p u e s

n o r e p u g n a la infinidad d e las e s p e c i e s d e los seres, d i s m i
n u i d o s e n u n a g r a d a c i o n infinita, estos p o d r í a n existir si D i o s
i o h u b i e s e q u e r i d o E n t o n c e s , n e g a n d o t o d o límite al n ú m e r o
d e las e s p e c i e s y al d e los i n d i v i d u o s d e c a d a especie, p a r e c e
q u e existiría el n ú m e r o infinito, p u e s q u e n o es d a b l e e x
c o g i t a r a l c o n j u n t o d e l o d o s l o s s e r e s n i n g u n a u m e n t o n i lí
m i t e . E n e s t e i>u p u e s t o , e x i s t i r í a n los s e r e s c r i a d o s m a s p e r
fectos posibles, y e n la esfera d e las c r i a t u r a s n o seria d a b l e
c o n c e b i r u n s er m a s perfecto. T o d o c u a n t o se p u d i e s e i m a g i
n a r existiría ya, d e s d e la n a d a hasta la p e r f e c c i o n infinita.
 - 4 8 -
100. S i n e m b a r g o , c o n v i e n e o b s e r v a r q u e el c o n j u n t o d e
seres c r i a d o s , f u e r a cual f u e s e s u p e r f e c c i ó n , estaría sujeto
n e c e s a r i a m e n t e á u n a c o n d i c i o n d e q u e solo se e x i m e el s er
infinito p o r e s e n e i a : la d e p e n d e n c i a d e o t r o ser. Esta c o n d i
cion e n v u e l v e la l i m i t a c i o n ; l u e g o t o d o s los s e r e s c r i a d o s
s e r á n finitos.
101 O c u r r e a q u í u n a cuestion. El c a r á c t e r d e finito q u e
se e n c u e n t r a e n t o d o s los s e r e s c r i a d o s , ¿ e n v u e l v e u n lími
te d e t e r m i n a d o del cual n o p u e d a n p a s a r ? Si este limite exis
te ¿ n o q u e d a l i m i t a d o t a m b i e n el n ú m e r o d e las e s p e c i e s
posibles 1 Y si estas e s p e c i e s n o s o n infinitas ¿ n o es u n a ilu
sion el n ú m e r o infinito?
A u n q u e la p o s i b i l i d a d i n t r í n s e c a d e la e s c a l a infinita d e
los s e r e s n o s p a r e z c a i n d u d a b l e (98), d e b e m o s g u a r d a r n o s d e
resolver c o n d e m a s i a d a ligereza la c u e s t i o n presente. A t e
n i é n d o n o s á los c o n c e p t o s i n d e t e r m i n a d o s , n o v e m o s n i n
g u n límite p os i b l e ; p e r o ¿ s u c e d e r í a lo m i s m o si p o s e y é s e
m o s u n c o n o c i m i e n t o intuitivo d e las e s p e c i e s ? ¿ p o d e m o s
a s e g u r a r q u e e n las p r o p i e d a d e s particulares d e los seres,
c o m b i n a d a s c o n la limitacion y d e p e n d e n c i a q u e les s o n
e s e n c i a l e s , n o d e s c u b r i r í a m o s u n t é r m i n o , del cual n o p u e
d e n p a s a r , p o r el constitutivo d e s u p r o p i a n a t u r a l e z a ?
¡ C u í n i m p o t e n t e es la filosofía p a r a r e s o l v e r s e m e j a n t e s
c u e s t i o n e s ! C o n t e n t é m o n o s c o n plantearlas.
102. S e a lo q u e f u e r e d e esta infinidad d e e s p e c i e s y d e
s u p e r f e c c i o n r e s p e c t i v a , c r e o q u e n o p u e d e existir u n n ú
m e r o a c t u a l m e n t e infinito.
E n t r e las e s p e c i e s d e los s e r e s se c o n t a r í a n las inteligencias
q u e e j e r c e n s u s actos c o n s u c e s i o n . Esto es e v i d e n t e , > a q u e
e n d i c h o n ú m e r o e n t r a r í a n los espíritus h u m a n o s d e los c u a
les n o p o d e m o s d u d a r q u e p i e n s a n y q u i e r e n d e u n a m a n e
ra sucesiva. L o s actos d e estas inteligencias s o n n u m e r a b l e s .
C o m o n o s lo atestigua la c o n c i e n c i a ; l u e g o n o existirá j a m á s
n n n ú m e r o infinito; p u e s q u e d i c h o s actos, p o r lo m i s m o
q o e s o n s u c e s i v o s , n o p u e d e n existir juntos.
103. Si s e r e s p o n d e q u e e n tal c a s o s e p o d r í a s u p o n e r
q u e l o d o s los espíritus i n c l u s o el nuestro, n o t i e n e n m a s q u e
u n s o l o neto d e inteligencia y v o l u n t a d , replicaré q u e esto, á
m a s d e hallarse e n c o n t r a d i c c i o n c o n la n a t u r a l e z a d e los
seres c r i a d o s , q u e p o r lo m i s m o q u e s o n finitos e s t á n sujetos
 _ u -
á m u d a n z a s , tiene el i n c o n v e n i e n t e d e q u e e l i m i n a d e u n
g o l p e m u c h a s e s p e c i e s d e s e r e s ; y asi, léjos d e s a l v a r la infi
n i d a d del n ú m e r o , la h a c e i m p o s i b l e . A d e m á s ¿ q u i é n p u e d e
n e g a r la posibilidad d e lo q u e e x i s t e ? y si a h o r a ex i s t e n , c o
m o n o s lo e n s e ñ a la e x p e r i e n c i a propia, s e r e s q u e t i e n e n s u s
actos s u c e s i v o s . ¿ p o r q u é n o h a b r í a n d e s e r posibles los m i s
m o s s e r e s e n el s u p u e s t o d e q u e la o m n i p o t e n c i a d i v i n a h u
biese ejercido e n t o d a s u p l e n i t u d s u infinita f u e r z a c r e a d o r a ?
1 0 4 Esta dificultad q u e f u n d a d a e n las n a t u r a l e z a s d e las
inteligencias finitas, p a r e c e q u e imposibilita la e x i s t e n c i a
d e u n n ú m e r o infinito, se r o b u s t e c e t o d a v í a m a s c o n s i d e r a n
d o la c u e s t i o n b aj o u n p u n t o d e vista m a s g e n e r a l .
P a r a q u e exisla u n n ú m e r o v e r d a d i r a m e n l e infinito, es
n e c e s a r i o q u e fuera d e lo existente n o p u e d a h a b e r n a d a n u
merable. L o q u e se n u m e r a n o s o n solo las s u s t a n c i a s , s i n o
t a m b i é n las m o d i f i c a c i o n e s . Esto y a lo h e d e m o s t r a d o c o n
r e s p e c t o a las inteligenc ias, y se verifica e n g e n e r a l d e to
d o s los s e r e s finitos. T o d o s e r finito es m u d a b l e , y s u s m u
d a n z a s se p u e d e n coniar. L a s m o d i f i c a c i o n e s traídas p o r las
m u d a n z a s n o p u e d e n existir juntas, p o r q u e a l g u n a s d e ellas
se e x c l u y e n r e c i p r o c a m e n t e ; l u e g o n o es posible j a m á s el
n ú m e r o actual infinito.
1 0 5 A p l i q u e m o s estas o b s e r v a c i o n e s al m u n d o sensible.
El m o v i m i e n t o es u n a m o d i f i c a c i o n á q u e están sujetos los
c u e r p o s . Esta m o d i f i c a c i o n es s u c e s i v a e s e n c i a l m e n t e . U n
m o v i m i e n t o c u y a s partes c o e x i s t i e s e n , es u n a b s u r d o L a
c o e x i s t e n c i a d e los diferentes e s t a d o s , resultantes d e m o v i
m i e n t o s d i v e r s o s , es t a m b i e n u n a b s u r d o : c o s a s c o n t r a d i c
torias n o p u e d e n existir j u n t a s ; y c o nt r ad i ct o ri a s s o n m u
c h a s d e estas situaciones, p u e s q u e la u n a e n v u e l v e p o r n e
c e s i d a d la n e g a c i o n d e las d e m á s . Si u n a linea q u e c a e s o
b r e otra, gira al r e d e d o r d e u n p u n t o , irá d e s c r i b i e n d o s u
c e s i v a m e n t e diferentes á n g u l o s . C u a n o f o r m e u n á n g u l o d e
1 5 g r a d o s , n o lo f o r m a r á d e 30, ni d e 40, ni d e 70, ni d e 80. es
tas c o s a s se e x c l u y e n r e c i p r o c a m e n t e . U n a p o r c i o n d e m a t e
ria f o r m a r á d i f e r e n t e s figuras s e g u n la d i s p o s i c i o n q u e s e d é á
las parles d e q u e se c o m p o n e . C u a n d o f o r m e n u n a esfera, n o
f o r m a r á n u n c u b o : estos d o s sólidos n o p u e d e n existir á u n
m i s m o t i e m p o f o r m a d o s d e u n a m i s m a p o r c i o n d e m a t e r i a .
106. Esta v a r i e d a d d e m o v i m i e n t o s y d e f o r m a s es n u -
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m e r a h l e . A c a d a p a s o m e d i m o s el m o v i m i e n t o , a p l i c á n d o l e
la idea d e n ú m e r o ; á c a d a p a s o c o m a m o s las figuras q u e h a
t e n i d o u n a p o r c i o n d e m a t e r i a , p o r e j e m p l o u n p e d a z o d e
c e r a al q u e se h a n d a d o s u c e s i v a m e n t e d i f e r e n t e s f o r m a s ; y
s ea c u a l fuere el n ú m e r o d e los s e r e s q u e se s u p o n g a n exis
tentes, c a d a u n o d e ellos s e r á s u s c e p t i b l e d e trasfot m a r i o
n e s q u e se p o d r á n c o n t a r : l u e g o se halla e n ia m i s m a n a t u
raleza d e las c o s a s u n a i m p o s i b i l i d a d intrínseca p a r a la exis
tencia d e u n n ú m e r o a c tu a l infinito.
107. M e inclino á c r e e r q u e estas r a z o n e s d e m u e s t r a n
p l e n a m e n t e la i m p o s i b i l i d a d del n ú m e r o actual infinito, y si
n o m e a t r e v o á d e c i r q u e estoy s e g u r o d e h a b e r d a d o u n a
d e m o s t r a c i o n c o m p l e t a , es p o r q u e la n a t u r a l e z a del objeto
of f u r n e d c e e d d e e t s a l u y s o u e t r a t n e t a e s l y d é t b a i n l g e r n a t v e e n s d i d m i i f i e c n u t l o t a d e s l , h o o f u m s b c r a e , y c q o u n e

s i e m p r e h a y m o t i v o s p a r a t e m e r q u e a u n e n los raciocinios
al p a r e c e r m a s claros, m a s b i e n t r a b a d o s , m a s « i n c l u y e n t e s ,
s e o c ulte a l g u n vicio q u e los h a g a c l a u d i c a r , y así t o m e m o s
p o r v e r d a d incontestable lo q u e es p u r a ilusion. S i n e m b a r
g o , n o p u e d o m e n o s d e o b s e r v a r q u e p a r a c o m b a t i r esta d e
m o s t r a c i o n , p a r e c e q u e s e r á p r e c i s o d e s e n t e n d e r s e d e n u e s
tras ideas p r i m o r d i a l e s ; e x c l u s i o n e n ' r e el s e r y el n o ser;
y la n e c e s i d a d d e s u c e s i o n , d e t i e m p o , p a r a q u e p u e d a n
realizarse c o s a s contradictorias.
t r a 1 d 0 i 8 c t o r Q i u a i s z n á o s e s n e t r m a e n o e b n j e e t l a r n á ú m q e u r e o l i a ns f m i n o i d t i o f , i c e a l c ic u o a n l e s s e c o r n e
fiere á solo lo posible : p e r o esto n o d e s t r u y e m i d e m o s t r a
c i o n , a n t e s b i e n la c o n f i r m a : p o r q u e c o m o el n ú m e r o a b s o
l u t a m e n t e infinito, i m p l i c a a b s o l u t a n e g a c i o n d e t o d o lími
te; p o r lo m i s m o que' al tratar d e realizar este c o n c e p t o , m e
hallo c o n c o s a s contradictorias, d i g o q u e la realizacion del
c o n c e p t o es contradictoria p o r q u e el c o n c e p t o g e n e r a l é in
d e t e r m i n a d o se e x t i e n d e m a s q u e t o d o n ú m e r o posible.
lOU. El o r i g e n d e esta m a y o r e x t e n s i o n s e halla e n q u e
el c o n c e p t o i n d e t e r m i n a d o p r e s c i n d e d e t o d a s las c o n d i c i o
n e s , inclusa la del t i e m p o ; y d e estas c o n d i c i o n e s n o p r e s
c i n d e ni p u e d e p r e s c i n d i r la r e a l i d a d D e a q u í d i m a n a el
conflicto e n t r e el c o n c e p t o y s u realizacion; y así se e x p l i
c a p o r q u é s i e n d o la r e a l i z a c i o n i m p o s i b l e , el c o n c e p t o n o
es co n t ra dic tor io .
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S u p o n g a m o s r e a l i z a d o u n n ú m e r o c o n t o d a s las e s p e c i e s
posibles, c o n to ios los i n d i v i d u o s posibles; n o s o t r o s |»odeinas
reflexionar s o b r e el c o n c e p ' o d e l n ú m e r o infinito, y d e c i r :
p a r a la v e r d a d e r a infinidad del n ú m e r o se necesita a b s o l u t a
c a r e n c i a d e t o d o limite; a h o r a bien, p e n s a n d o e n el c o n j u n
to ú e c o s a s q u e existen, le h a l l a m o s u n limite, p o r q u e c o n
c i b i e n d o a q u e l c o n j u n t o d e u n i d a d e s e n g e n e r a l , le p o d e
m o s a ñ a d i r otro n ú m e r o q u e e x p r e s e las n u e v a s m o d i f i c a
c i o n e s q u e p u e d a n s o b r e v e n i r . E n el instante A el c o n j u n t o
d e u n i d a d e s , p o r g r a n d e q u e s e a , te s u p o n d r e m o s e x p r e s a
d o p o r M E n el instante B h a b r á u n c o n j u n t o n u e v o d e u n i
d a d e s q u e p o li c i n o s e x p r e s a r p o r N . L u e g o t e n d r e m o s q u e
el r e s u l t a d o N + M será m a y o r q u e N ó q u e M solos; l u e g o ni
N ni M » o u iiilhiiius a b s o l u t a m e n t e . El c o n c e p t o i n d e t e r m i
n a d o p r e s c i n d e d e los instantes y se refiere á la sola s u m a ;
y d e a q u í es q u e a b a r c a c o s a s q u e n o p u e d e n existir juntas.

C A P Í T U L O X V .

Id tt del stt * b s o ' u U a e a t e ¡nitrito.

110. E n t r a m o s e n u n a c u e s t i o n s u m a m e n t e difícil. Si la
idea d e lo infinito e n g e n e r a l o f r e c e g r a v e s dificultades, n o
s o n m e n o r e s las q u e p r e s e n t a la i d e a del s e r a b s o l u t a m e n t e ,
infinito. H e m o s e n c o n t r a d o q u e h a y diferentes ó r d e n e s d e
infinitos, s i e n d o c a d a u n o d e ellos u n c o n c e p t o f o r m a d o p o r
la a s o c i a c i o n d e d o s ideas: la d e u n s e r particular, y la d e
n e g a c i o n d e limite. P e r o es fácil e c h a r d e v e r q u e n i n g u n o
d e las infinitos e x a m i n a d o s hasia a h o r a , lo es e n t o d o el ri
g o r d e la p a l a b r a ; todos s o n l i m i t a d o s bajo m u c h o s a s p e c
tos; n i n g u n o d e ellos p u e d e c o n f u n d i r s e c o n el se r infinita
m e n t e perfecto. L a i d e a d e este ser, a u n q u e s i e m p r e m u y
i n c o m p l e t a p a r a n o s o t r o s m i e n t r a s e s t a m o s e n esta vida, e s
susceptible d e m a s análisis del q u e e m p l e a n a l g u n o s a u t o
r e s q u e la u s a n s i n las a c l a r a c i o n e s d e b i d a s . L a s m u c h a s y
g r a v e s dificultades q u e t e n d r e m o s q u e s o l t a r e n este análisis,
i n d i c a n la n e c e s i d a d d e u n a m e d i t a c i o n p r o f u n d a , y la tras
c e n d e n c i a d e los e r r o r e s á q u e p u e d e d a r o r i g e n la m a l a in
 — 47 -
leligencia del v e r d a d e r o s e n i i d o d e la p a l a b r a intinito, apli
c a d a á Dios.
111. ¿ Q u é es u n s e r a b s o l u t a m e n t e infinito? A p r i m e r a
vista p a r e c e q u e se h a e x p l i c a d o t o d o c o n d e c i r q u e el s e r
a b s o l u t a m e n t e iulinito es el q u e n o tiene n i n g u n a n e g a c i o n
d e ser; p e r o esto es u n a n o c i o n g e n e r a l q u e deja inuclio q u e
d e s e a r E n efecto, el s er infinito n o tiene n i n g u n a n e g a c i o n
d e s e r ; esio es u n a v e r d a d i n c o n t e s t a b l e ; p e r o v e r d a d tal, y
tan s u p e r i o r á n u e s t r o a l c a n c e , q u e o f r e c e á n u e * t r o flaco
e n t e n d i m i e n t o u n a c o n t u s i o n a s o m b r o s a , tan p r o n t o c o m o
q u e r e m o s fijar c o n e x a c t i t u d s u v e r d a d e r o s e n t i d o .
112. Si el s e r a b s o l u t a m e n t e infinito n o tiene n i n g u n a n e
g a c i o n d e ser, p a r e c e q u e n a d a se p o d r á n e g a r d e éi; p o r el
c o n t r a r i o , t o d o se p o d r á a f i r m a r , p o r q u e s e r á todo; e n c u y o
c a s o el p a n t e í s m o s u r g e d e la i d e a d e infinidad. Si c o n res
g p a e t c i t v o a a vl e s r e d r a d i e n fr i a n , i t h o a s y e e p n u e e d l e a l e s g t u a n b a l e n c e e g r a c u i n o a n p d r e o p s o e s r i , c e i s o t n o n e s c ,

del p r e d i c a d o q u e se n i e g a e n la p r o p o s i c i o n .
N o se p u e d e d e c i r q u e c u . i n d o se a p l i c a n á D i o s las p r o -
p o i c ' o n e s n e g a t i v a s s e n i e g u e solo u n a n e g a c i o n , p o r q u e e n
realidad se n i e g a n d e D i o s c o s a s positivas. C u a n d o d i g o D i o s
n o es e x t e n s o , n i e g o d e el u n a r e a l i d a d q u e es la e x t e n s i o n .
C u a n d o d i g o D i o s n o es el u n i v e r s o , n i e g o d e él u n a realidad
q u e es el u niv er so. L u e g o las p r o p o s i c i o n e s n e g a t i v a s aplica
das á Dios, n o n i e g a n solas n e g a c i o n e s , s i n o realidades.
L a dificultad p a r e c e q u e n o se suelta d i c i e n d o q u e estas
r e a l i d a d e s n e g a d a s e n v u e l v e n i m p e r f e c c i o n y q u e p o r c o n
s i g u i e n t e r e p u g n a n á D i o s E s t o es m u c h a v e r d a d , p e r o a h o
ra t r a t a m o s d e e x p l i c a r la i d e a d e lo a b s o l u t a m e n t e infinito,
y la dilicultad milita c o n t r a el s u p u e s t o d e q u e la idea d e
a b s o l u t a m e n t e infinito se q u i e r e e x p l i c a r p o r la a b s o l u t a a u
s e n c i a d e n e g a c i o n d e ser. Si estps r e a l i d a d e s s o n algo,
c u a n d o s e las n i e g a d e D i o s , se n i e g a a l g u n ser; y c o m o la
p r o p o s i c i o n n o p u e d e s e r v e r d a d e r a si n o h a y e n D i o s la n e
g a c i o n d el ser n e g a d o , resulta q u e n o es e x a c t o el d e c i r
q u e el s er a b s o l u t a m e n t e infinito es el q u e n o tiene n i n g u a a
n e g a c i o n d e ser.
113. A d e m á s , u n s er d e esta n a t u r a l e z a p a r e c e q u e n o
p o d r i a t e n e r n i n g u n a p r o p i e d a d ; p o r q u e e n t r e las p r o p i e d a
d e s .positivas las u n a s s e e x c l u y e n á las otras: la inteligencia
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y la e x t e n s i o n s o n p r o p i e d a d e s positivas q u e s e e x c l u y e n
r e c í p r o c a m e n t e . L a libertad d e a l b e d r i o y la n e c e s i d a d , s o n
p r o p i e d a d e s q u e , c o n r e s p e c t o á u n a m i s m a cosa, se e x c l u
y e n t a m b i e n : l u e g o el s er infinito n o p u e d e t e n e r todas las
p r o p i e d a d e s , si n o q u e r e m o s c o n v e n i r l e e n u n c o n j u n t o d e
a b s u r d o s , á m a n e r a d e los panteistas.
lli. El s e r infinito c o n t e n d r á t o d o ser e n c u a n t a n o in
c l u y e i u p e r f e c c i o n : esto es m u c h a v e r d a d ; p e r o to lavia n o s
restan g r a n d e s dificultades. ¿ Q u é es perfeccio.i? ¿ q u é es i m
p e r f e c c i o n ? lié a q u í d o s c u e s t i o n e s n a d a fáciles d e r e s o l v e r ;
y sin e m b a r g o n o p o d e m o s a d e l a n t a r u n p a s o h a s t a q u e h a
y a m o s lijado el s e n t i d o d e estas palabras.
115. L a idea d e p e r f e c c i o n e n v u e l v e la d e ser; la n a d a
n o p u e d e s er perfecta : u n n o s e r p e r f e c t o es u n a c o n t r a d i c
c i o n manifiesta.
116. N o l o d o s e r es p e r f e c c i o n a b s o l u t a ; p u e s q u e h a y
m a n e r a s d e se r q u e e n v u e l v e n i m p e r f e c c i o n : lo q u e es p e r
feccion p a r a u n a c o s a , es i m p e r f e c c i o n p a r a oira.
117. E n l o s s e r e s finitos, la p e r f e c c i o n e s relativa: u n a
fabrica m u y perfecta seria u n t e m p l o m u y i m p e r f e c t o ; u n a
p i n t u r a m u y p r o p i a p a r a u n s a l o n d e lujo, p o d r í a s e r u n a
p r o f a n a c i o n si se la c o l o c a s e e n u n s a n t u a r i o L a p e r f e c c i o n
p a r e c e consistir e n s e r u n a p r o p i e d a d c o n d u c e n t e al fin d e
la cosa- Esta i d e a n o e s ap l ic a bl e al s e r infinito, el c u a l n o
t i e n e ni p u e d e t e n e r m a s fin q u e á sí p r o p i o : l u e g o la p e r
f e c c i o n e n lo a b s o l u t a m e n t e infinito , n o p u e d e se r relativa,
h a d e s e r a b s o l u t a .
118. Si la p e r f e c c i o n es ser, p a r e c e q u e la del s er infinito
h a d e consistir e n a l g u n a s p r o p i e d a d e s q u e s e h a d e n for
m a l m e n t e e n el m i s m o , las c u a l e s e n tal c a s o es m e n e s t e r
q u e n o i n c l u y a n i m p e r f e c c i o n . U n s e r a b s o l u t a m e n t e i n d e
t e r m i n a d o , esto es, sin n i n g u n a p r o p i e d a d , n o se c o n c i b e e n
q u é p o d r . consistir: ¿ q u é seria u n a cosa sin inteligencia, sin
v o l u n t a d , sin libertad? L a s p r o p o s i c i o n e s e n q u e s e a f i r m a n
d e D i o s estas p r o p i e d a d e s , s o n v e r d a d e r a s ; l u e g o las p r o p i e
d a d e s e x i s t e n r e a l m e n t e e n el sujeto del c u a l se a f i r m a n .
119. U n ser i n f i n i t a m e n t e p e r f e c t o h a d e t e n e r t o d o | w r -
f e c c i o n ; ¿ q u é es tedo e n este c a s o ? ¿ s e r á n to las las posibles?
¿ i e e n r e d e l s a s r o e n p u l g a n s a p n o c s i i a b ? l e s e ? h l a s b l q a u e d e n o l a r r e e p p u u g g n n a a n n c ¿ i a A q r u e cé í s p e r o r c e a -
 - 4 9 -
ó d e la r e p u g n a n c i a c o n u n t e r c e r o ; si d e la p r i m e r a , e s n e
cesario p r e s u p o n e r u n o d e los d o s e x t r e m o s p a r a q u e el otro
p u e d a r e p u g n a r ; e n tal c a s o , ¿ c u U es el preferible ? Si se
h a b l a d e la s e g u n d a ¿ q u ¿ s e r á este t e r c e r o al c u a l se refiere
)a r e p u g n a n c i a ? ¿ e n q u é s e f u n d a r á e s t a ?
Si se d i c e q u e p o r t o d a p e r f e c c i o n se e n t i e n d e t o d o lo q u e
n o s o t r o s p o d e m o s c o n c e b i r , p e r m a n e c e la m i s m a dificultad:
p o r q u e si se h a b l a d e la c o n c e p c i o n d e u n s e r finito, la c o n
c e p c i o n n o es infinita; si d e la d e u n s e r infinito, se c o m e t e
peticion d e principio: p u e s al tratar d e e x p l i c a r s u s p e r fec
c i o n e s se a p e l a á lo q u e él p u e d e c o n c e b i r .
P a r a resolver las dificultades q u e p r e c e d e n , es n e c e s a r i o
fijar las ideas.
120. N e g a r u n a c o s a d e otra p u e d e h a c e r s e d e d o s m a n e
ras: refiriéndose la n e g a c i o n á u n a p r o p i e d a d ó á u n indivi
d u o . Si d i g o q u e u n a superficie n o es u n t r i á n g u l o , p u e d o
referir el p r e d i c a d o ó á la e s p e c i e del triángulo e n g e n e r a l ,
ó á u n t r i á n g u l o individual: e n el p r i m e r c a s o n e g a r é q u e la
figura s e a t r i a n g u l a r ; e n el s e g u n d o n e g a r é q u e la figura s e a
otro t r i áng ul o d a d o . D i o s n o es e x t e n s o ; a q u í se n i e g a u n a
p r o p i e d a d : D i o s n o es el m u n d o ; a q u í se n i e g a u n i n d i v i d u o .
E s e v i d e n t e q u e p a r a atribuir á u n s e r la infinidad a b s o l u
ta, e s n e c e s a r i o q u e tanto c o n r e s p e c t o á p r o p i e d a d e s c o m o
á i n d i v i d u o s , n o se n i e g u e d e él n i n g u n se r p r o p i a m e n t e d i
c h o , c o n tal q u e la a f i r m a c i o n del p r e d i c a d o p u e d a h a c e r s e
sin faltar al p r i n c i p i o d e c o n t r a d i c c i o n . Esta e x c e p c i o n es
a b s o l u t a m e n t e i n d i s p e n s a b l e , si n o se q u i e r e q u e el se r in
finito se c o n v i e r t a e n el m a y o r d e los a b s u r d o s , c o m o s u c e
d e r í a si d e él p u d i e s e n a f i r m a r s e c o s a s conti a d i c i o n a s .
C o n esta a c l a r a c i o n c r e o q u e se p u e d e e x p l i c a r a l g u n tan
to la i d e a d e la infinidad a b s o l u t a , n o c o n s i d e r a d a e n a b s
tracto, s i n o a p l i c a d a á u n s e r r e a l m e n t e existente.

C A P Í T U L O X V I .

S t ' a f i r m a *fo D i o i t o d a la r e a l i d a d , c o n t e n i d a e n los c o n c e p t o s i n d e t e r m : o a d o s .

111. Y a h e m o s visto q u e n u e s t r o s c o n o c i m i e n t o s s o n d e
d o s clases: u n o s g e n e r a l e s é i n d e t e r m i n a d o s , otros intuitivos
i. ir. *
 - 5 0 —
(Lib. IV): r e c o r r a m o s t o d o s los objetos c o n o c i d o s p o r n o s
otros, i n d e t e r m i n a d a ó i n t u i t i v a m e n t e , y v e r e m o s q u e n i n
g u n o se n i e g a d e D i o s s i n o e n c u a n t o i m p l i c a n c o n t r a d i c c i o n .
122. L o s c o n c e p t o s g e n e r a l e s é i n d e t e r m i n a d o s s o n los d e
se r y n o ser, s u s t a n c i a y a c c i d e n t e , s i m p l e y c o m p u e s t o ,
c a u s a y efecto. T o d o lo q u e h a y d e real e n estos c o n c e p t o s
s e a f i r m a d e Dios.
- 123. S e r , ó c o s a r e a l m e n t e existente , se a f i r m a d e l s e r
infinito L o q u e n o es , n o tiene n i n g u n a p r o p i e d a d .
124. S u s t a n c i a 6 se r s u b s i s t e n t e p o r sí m i s m o , s e a f i r m a
t a m b i e n d e Dios.
P r e s c i n d o d e si las i d e a s d e e n t e y s u s t a n c i a se a p l i c a n
u n í v o c a m e n t e á D i o s y á las criaturas : esta es u n a c u e s t i o n
d e las e s cu ela s; p a r a m i objeto m e basta el q u e s e e n t i e n d a
q u e s e aplica al s er infinito la i d e a d e s e r e n c u a n t o o p u e s t a
á la del n o ser, y la d e s u s t a n c i a e n c u a n t o se o p o n e á la d e
a c c i d e n t e , ó b i e n e n c u a n t o significa u n a c o s a q u e e n c i e r r a
lo n e c e s a r i o p a r a subsistir p o r si m i s m a , sin n e c e s i d a d d e
estar i n h e r e n t e á otra.
125. L a i d e a d e a c c i d e n t e n o p u e d e aplicarse al s e r infini
to ; m a s p o r esto n o se n i e g a d e él n a d a positivo ; a n t e s s e
a f i r m a u n a p e r f e c c i o n , c u a l es el q u e n o tiene n e c e s i d a d d e
estar i n h e r e n t e á otro. E s t o es p e r f e c c i o n , es ser , es f u e r z a
d e ser; n e g a r l e p u e s la c a l i d a d d e a c c i d e n t e es r e m o v e r u n a
n e g a c i o n . A d e m á s , p o r lo m i s m o q u e se le a t r i b u y e el ser
s u s t a n c i a , se le n i e g a el se r a c c i d e n t e ; estas d o s i d e a s s o n
contradictorias, n o p u e d e n atribuirse á u n m i s m o t i e m p o &
u n m i s m o sujeto.
126. S e a f i r m a d e D i o s q u e es s i m p l e . C o n esto n o se n ie
g a n a d a ; y p a r a c o n v e n c e r n o s d e esta v e r d a d r e c o r d e m o s lo
q u e e s s i m p l e . L o s i m p l e e s lo u n o (Lib. V I , c a p . II y III) ; l o
c o m p u e s t o es u n c o n j u n t o d e se r es ; si las p a r t e s s o n reales,
c o m o d e b e n serlo p a r a q u e h a y a v e r d a d e r a c o m p o s i c i o n , el
r c i e e s r u t l a t a l d e o y d e e s u u n n i d a c d o . n j C u u n a t o n d d o e s e s e d r i e c s e r p e a u l e e s s q . u s e u b D o i r o d s i n e a s d so s i m á

ple , se v i e n e á significar q u e D i o s n o es u n c o n j u n t o d e se
res , s i n o u u ser; lo q u e n o e n v u e l v e n i n g u n a n e g a c i o n , a n
tes p o r el con tr ari o e n c i e r r a la a f i r m a c i o n d e u n a e x i s t e n c i a
n o d i v i d i d a e n varios seres.
127. L a idea d e c a u s a , es d ec i r, d e a c t i v i d a d q u e p r o d u c e
 — 51 —
e n otro u n tránsito d e n o s e r á s e r , ó d e s er d e u n a m a n e r a
á ser d e otra , se a t r i b u y e t a m b i e n á Dios. E s t o n o e n v u e l v e
n i n g u n a n e g a c i o n , s i n o u n a a f i r m a c i o n d e ser; p u e s t o q u e
la c a u s a es n o solo ser, s i n o u n s e r q u e a b u n d a d e p e r f e c
cion p a r a c o m u n i c a r l a á los otros.
128. L a i d e a d e efecto n o se p u e d e aplicar á D i o s ; p e r o
esto lejos d e ser u n a n e g a c i o n , es u n a a f i r m a c i o n . T o d o efec
to es u n a c o s a p r o d u c i d a , y q u e p o r c o n s i g u i e n t e h a p a s a d o
del n o s e r al s er : n e g a r p u e s la c a l i d a d d e efecto, es r e m o v e r
la n e g a c i o n del s e r , es a f i r m a r la p l e n i t u d del ser.
129. L o q u e se h a d i c h o d e las i d e a s d e c a u s a y efecto, se
p u e d e e x t e n d e r á las d e n e c e s a r i o y c o n t i n g e n t e L a p r o p o
sicion n e g a t i v a : D i o s n o es c o n t i n g e n t e ; es u n a a f i r m a c i o n ;
p o r q u e la c o n t i n g e n c i a e s la posibilidad d e n o ser. N e g a r
esta posibilidad , es a f i r m a r la n e c e s i d a d d e se r : lo q u e es
p e r f e c c i o n y p l e n i t u d d e p e r f e c c i o n .

C A P Í T U L O X V I I .

C ó m o se afirma de Dios todo lo n o contradictorio contenido en lal ideas intuitivas.

n e r 1 a 3 0 l . e s é T o i d n o d e l t o e r p mo s i i n t a i d v o s q , u e s e s a e f e i n r c m i a e r d r e a D e i n o s l : o s l c a o n r c e e s p e t ñ o a s q g u e e -

p r e c e d e lo deja f u e r a d e d u d a . V e a m o s a h o r a si se verifica lo
m i s m o e n c u a n t o á las ideas intuitivas. Estas, p o r lo q u e t o c a
á n u e s t r o e n t e n d i m i e n t o , se r e d u c e n á lo s i g u i e n t e : sensibi
lidad pasiva, sensibilidad activa, inteligencia, v o l u n t a d .
131. L a sensibilidad pasiva . ó s e a la f o r m a bajo la c u a l
se o f r e c e n á n u e s t r o s e n t i d o los objetos del m u n d o e x t e r n o ,
n o c o n v i e n e al ser infinito. Esta p r o p o s i c i o n n e g a t i v a , « e l
ser infinito n o es p a s i v a m e n t e s e n s i b l e , » es r i g u r o s a m e n t e
v e r d a d e r a . ¿ C o n esta p r o p o s i c i o n se n i e g a d e D i o s a l g o p o
sitivo ' e x a m i n é m o s l o . ¡
L a f o r m a d e l a s e n s i b i l i d a d p a s i v a e s l a e x t e n s i o n , e n ,l a
cual e n t r a n e c e s a r i a m e n t e la i d e a d e multiplicidad. L o e x
t e n s o es p o r n e c e s i d a d u n c o n j u n t o d e partes: n e g a r d e D i q s
la e x t e n s i o n es a f i r m a r s u s i m p l i c i d a d , es n e g a r q u e s e a u n
c o n j u n t o d e seres, es a f i r m a r la u n i d a d indivisa d o s u n a t u
raleza. - •
 - 5 8 —
1,82. P r e s c i n d i e n d o d e la e x t e n s i o n , n o h a y e n la sensibi
lidad p a s iv a d e los objetos n a d a m a s q u e la relacion d e c a u
sas q u e p r o d u c e n e n n o s o t r o s los efectos l l a m a d o s s e n s a c i o
nes. Esta c a u s a l i d a d se d e b e y p u e d e a f i r m a r d e Dios; p o r q u e
es cierto q u e la c a u s a infinita es c a p a z d e p r o d u c i r n o s todas
las s e n s a c i o n e s sin q u e n e c e s i t e n i n g u n i n t e r m e d i o .
133. L a p r o p o s i c i o n n e g a t i v a , «el se r infinito n o es m a
terial,» n o significa m a s e n el f o n d o q u e la otra: «el s e r in
finito n o es p a s i v a m e n t e s e n s i b l e . » L a í n t i m a n a t u r a l e z a d e
la m a t e r i a n o s es d e s c o n o c i d a ; lo q u e d e ella s a b e m o s es
q u e se o f r e c e e n intuicion á n u e s t r a sensibilidad c o m o u n
o'ijeto e s e n c i a l m e n t e m ú l t i p l o , bajo la f o r m a d e e x t e n s i o n .
C u a n d o n e g a m o s p u e s q u e D i o s s e a m a t e r i a l ó c o r p ó r e o , n e
g a m o s s u sensibilidad p a s i v a , ó b i e n s u m u l t i p l i c i d a d bajo
la f o r m a d e e x t e n s o . ,
134. L a s d e m á s p r o p i e d a d e s d e la m a t e r i a , c o m o m o v i l i
d a d , i m p e n e t r a b i l i d a d , divisibilidad y otras s e m e j a n t e s . se
refieren t o d a s á la e x t e n s i o n ó á a l g u n a i m p r e s i o n particular
c a u s a d a e n n u e s t r o s sentidos. L a s dificultades q u e p u d i e r a n
suscitarse q u e d a n p u e s d e s v a n e c i d a s c o n lo d i c h o e n los
p á r r a f o s anteriores.
L a inercia , ó s e a la i n d i f e r e n c i a p a r a el m o v i m i e n t o ó la
q u i e t u d , significa u n a p r o p i e d a d p u r a m e n t e n e g a t i v a : la in
c a p a c i d a d d e t o d a a c c i o n , la falta d e u n pr i nc i p io i n t e r n o
p r o d u c t i v o d e m u d a n z a s , la d i s p o s i c i o n p u r a m e n t e pa s i va a
recibir t o d a s las q u e se le q u i e r a n c o m u n i c a r
135. R e s u l t a p u e s d e m o s t r a d o q u e el n e g a r á Dios la s e n
sibilidad pas iv a ó la n a t u r a l e z a c o r p ó r e a , es la a f i r m a c i o n d e
s u n a t u r a l e z a indivisa, d e s u actividad p r o d u c t i v a , y d e la
i m p o s i b i l i d a d d e sufrir n i n g u n a e s p e c i e d e m u d a n z a .
136. L a sensibilidad aciiva ó s e a la facultad d e sentir,
tiene d o s c a r a c t e r e s q u e c o n v i e n e deslindar. E n la s e n s a c i o n
h a y d o s cosas: t " la a f e c c i o n c a u s a d a e n el s e r sensitivo p o r
el objeto s e n s i b l e ; 2.* la r e p r e s e n t a c i o n del s e r s e n s i b l e e n
lo interior del sensitivo L o p r i m e r o es p u r a m e n t e pasivo, y
s u p o n e la posibilidad d e s e r a f e c t a d o p o r u n objeto, y p o r
c o n s i g u i e n t e d e estar sujeto á m u d a n z a . Esto n o c o n v i e n e ni
p u e d e c o n v e n i r al s e r infinito; n e g a r l o es a f i r m a r la i n m u
tabilidad , esto os , la n e c e s i d a d d e p e r m a n e c e r s i e m p r e e n
u n m i s m o estado. L o s e g u n d o es u n a e s p e c i e d e c o n o c i m i e n t o
 - 5 3 —
d e u n ó r d e n inferior p o r el c u a l el se r sensitivo p e r c i b e á s u
m o d o el o b j e t o sensible. L a r e p r e s e n t a c i o n d e t o d o s los o b
jetos d e b e hallarse p o r n e c e s i d a d e n el s e r infinito; p o r c o n
s i g u i e n t e l o d o l o q u e se e n c u e n t r a d e i n t u i t i v a m e n t e p e r c e p
tivo e n las facultades sensitivas, d e b e bailarse e n la p e r
c e p c i o n de l s er infinito ; q u i e r o d e c i r , q u e t o d o c u a n t o la
sensibilidad n o s o f r e c e d e los objetos e x t e r n o s , t o d o c u a n t o
traslada a n u e s t r o interior d e lo q u e existe e n lo e x t e r w r i
t o d o se d e b e hallar e n la r e p r e s e n t a c i o n q u e tiene d e n t r o d e
si la i n t e l i g e n c i a infinita. ¿ B a j o q u é f o r m a s e p r e s e n t a n los
objetos á la i n t u i c i o n del s e r infinito? el h o m b r e lo i g n o r a ;
p e r o e s c i e n o q u e á esta intuicion se o f r e c e t o d o lo q u e se
e n c i e r r a de v e r d a d e n las r e p r e s e n t a c i o n e s sensitivas.
1 3 7 L a inteligencia ó s ea la p e r c e p c i o n d e los objetos,
p r e s c i n d i e n d o d e las f o r m a s d e la s e n s i b i l i d a d , e n c i e r r a a l g o
posiiivo q u e es la p e n e p c i o n d e los s e r e s y s u s relaciones;
p e r o e n n o s o t r o s está a c o m p a ñ a d a m u c h a s v e c e s d e u n a cir
c u n s t a n c i a n e g a t i v a , c u a l e s la falla d e o b j e t o s d e t e r m i n a d o s
á q u e se p u e d a referir el c o n c e p t o g e n e r a l . El ser infinito q u e
v e e n u n a sola intuicion t o d o c u a n t o existe y p u e d e existir,
e n c i e r r a t o d o lo q u e h a y d e positivo e n la inteligencia, y n o
a d o l e c e d e lo n e g a t i v o q u e es u n a i m p e r f e c c i o n .
1 3 8 E n c u a n t o á la v o u n t a d , es e v i d e n t e q u e se d e b e
a f i r m a r d e D i o s ; p o r q u e al se r infinito n o se le p u e d e n e g a r
e s a actividad i n t i m a , e s p o n t a n e a , q u e se l l a m a q u e r e r , y
q u e p o r s u n a t u r a l e z a n o i m p l . c a n i n g u n a i m p e r f e c c i o n .
139. L a v o l u n t a d d e Dios, a u n q u e u n a y s i m p l i c í s i m a , se
d i s t i n g u e e n n e c e s a r i a y libre, s e g u n los objetos á q u e se
reh'ere. E s t o d a o r i g e n á varias p r o p o s i c i o n e s n e g a t i v a s c u y o
s e n t i d o c o n v i e n e e x a m i n a r .
S e d i c e : D i o s n o p u e d e q u e r e r el m a l m o r a l ; esta p r o p o
sicion a u n q u e n e g a t i v a , l ó g i c a m e n t e c o n s i d e r a d a , e s e n el
f o n d o afirmativa D i o s n o p u e d e q u e r e r el m a l m o r a l , p o r
q u e s u v o l u n t a d e s t á i n v a r i a b l e m e n t e fija e n el b i e n , e n
a q u e l tipo s u b l i m e d e toda s a n t i d a d q u e c o n t e m p l a e n s u
e s e n c i a infinita. L a i m p o t e n c i a p a r a el m a l m o r a l es e n D i o s
u n a infinita p e r f e c c i o n d e s u s a n t i d a d infinita.
1 1 0 L a v o l u n t a d d i v i n a p u e d e referirse á objetos e x t e r i o
res, q u e s i e n d o hn ilo s se p r e s t e n á se r c o m b i n a d o s d e dife
r e n t e s m a n e r a s , y c u y a e x i s t e n c i a ó n o e x i s t e n c i a p u e d e n
 — 5 4 -
S e r c o n v e n i e n t e s ó n o c o n v e n i e n t e s s e g u n el fin q u e se p r e
p o n g a el a g e n t e q u e los d e b e p r o d u c i r y modificar. S o b r e es
tos objetos s e ejerce la v o l u n t a d libre d e Dios; y al d e c i r s e
q u e n o tiene n e c e s i d a d d e h a c e r esto ó a q u e l l o , n o se n i e g a
n a d a , a n t e s se a f i r m a u n a p e r f e c c i o n : esto es , la facultad d e
q u e r e r ó n o q u e r e r , ó q u e r e r d e este m o d o ó d e otro , o b j e
tos q u e p o r s u n a t u r a l e z a finita n o p u e d e n ligar la v o l u n t a d
infinita.
141. D e lo d i c h o resulta q u e t o d a la r e a l i d a d n o c o n t r a
dictoria q u e se halla e n las ideas g e n e r a l e s , y a s e a n i n d e
t e r m i n a d a s , y a intuitivas, se a f i r m a del s er a b s o l u t a m e n t e
infinito. E n c u a n t o á las r e a l i d a d e s i n d i v i d u a l e s (12(1) es e v i
d e n t e q u e n o se p u e d e n a f i r m a r del ser infinito las finitas sin
c a e r e n c o n t r a d i c c i o n . Esta p r o p o s i c i o n : «e l se r infinito es
el u n i v e r s o c o r p ó r e o . » e q u i v a l e á esta otra: « el s er infinito
es u n s e r e s e n c i a l m e n t e finito." L a m i s m a c o n t r a d i c c i o n se
hallará e n c u a l q u i e r a p r o p o s i c i o n d o n d e el sujeto s e a el ser
infinito, y el p r e d i c a d o u n a r e a l i d a d i n d i v i d u a l distinta del
s e r infinito. B a s t a n a q u í estas i n d i c a c i o n e s , q u e se c o m p r e n
d e r á n m a s á f o n d o al tratar d e la m u l t i t u d d e las sustancias,
c o n t r a el e r r o r d e los panteistas.

C A P Í T U L O x v m .

L a inteligencia j el ser absolutamente infinito.

142. N o se d e b e c o n c e b i r al s er infinito c o m o u n objeto
v a g o c u a l se o f r e c e e n la i d e a g e n e r a l d e ser, s i n o c o m o d o
t a d o d e v e r d a d e r a s p r o p i e d a d e s q u e , sin dejar d e ser reales,
s e identifican c o n s u e s e n c i a infinita. U n ser q u e n o s e a algo,
d el cual n o se p u e d a a f i r m a r a l g u n a p r o p i e d a d , es u n ser
m u e r t o , q u e n o s o t r o s n o c o n c e b i m o s s i n o bajo la i d e a g e n e
ral d e c o s a , y q u e hasta se n o s o f r e c e c o m o i m p o s i b l e d e
realizar. N o es asi c o m o h a c o n c e b i d o la h u m a n i d a d al ser
infinito: la i d e a d e a c t i v i d a d se h a u n i d o s u m p r e á la i d e a
d e Dios; y esta actividad n o g e n e r a l , s i n o d e u n a m a n e r a
fija: e n lo i n t e r i o r , a c t i v i d a d u e i n t e l i g e n c i a ; e n lo e x t e r i o r ,
a c ti v i da d p r o d u c t i v a d e los seres.
143. L a i d e a d e a c t i v i d a d e n g e n e r a l , n o e x c l u y e t o d a
 — ü j —
i m p e r f e c c i o n : la actividad p a r a el m a l es u n a actividad i m
perfecta; la a cti vi dad c o n q u e o b r a n r e c i p r o c a m e n t e u n o s
s o b r e otros los s e r e s sensibles, está sujeta á las c o n d i c i o n e s
d e m o v i m i e n t o , d e e x t e n s i o n , y p o r c o n s i g u i e n t e n o está
« x e n t a d e i m p e r f e c c i o n e s L a a c t i v i d a d i n t r í n s e c a m e n t e p u
r a , h e r m o s a , y q u e c o n s i d e r a d a e n sí n o e n v u e l v e n i n g u n a
i m p e r f e c c i o n , es la intelectual. Esta es u n a a c t i v i d a d i n o f e n
siva, q u e p o r sí sola n u n c a d a ñ a , u n a facultad i n m a c u l a d a
q u e p o r sí sola n u n c a s e m a n c i l l a .
144. E n t e n d e r el b i e n es b u e n o ; e n t e n d e r el m a l t a m b i e n
es b u e n o ; q u e r e r el b i e n es b u e n o ; q u e r e r el m a l es m a l o ;
h é a q u í u n a d i f e r e n c i a e n t r e el e n t e n d i m i e n t o y la v o l u n t a d :
esta p u e d e m a n c h a r s e p o r s u objeto , el e n t e n d i m i e n t o n u n
c a : el m o r a l i s t a c o n s i d e r a , e x a m i n a , analiza las m a y o r e s
i n i q u i d a d e s , estudia los p o r m e n o r e s d e la c o r r u p c i o n m a s d e
g r a d a n t e ; el político c o n o c e las p a s i o n e s , las .iiiserias, los
c r í m e n e s d e la s o c i e d a d ; el j u r i s c o n s u l t o c o n o c e la injusticia
bajo i o d o s s u s a s p e c t o s ; el naturalista, el m é d i c o fijan s n
c o n t e m p l a c i o n e n los objetos m a s d e f o r m e s y a s q u e r o s o s ; y
p o r e s o la i n l ligencia n o se m a n c i l l a . D i o s m i s m o c o n o c e to
d o lo m a l o q u e h a y y p u e d e h a b e r e n el o r d e n físico , c o m o
e n el m o r a l , y s u inteligencia p e r m a n e c e i n m a c u l a d a
145. D e l a libertad c o m o tal, a b u s a n los seres criados;
p o r q u e ella d e s u y o es p r i n c i p i o d e a c c i o n , y p u e d e dirigirse
a lo m a l o : e n c u a n t o á la i n t e l i g e n c i a p o r si sola, n o se a b u
s a d e ella ; d e s u y o es u n a c t o i n m a n e n t e ó intransitivo , e n
q u e se r e p r e s e n t a n objetos reales ó posibles ; el a b u s o n o c o
m i e n z a h a s t a q u e la v o l u n t a d libre c o m b i n a los actos d e la
inteligencia y los o r d e n a á u n a a c c i o n m a l a ; hasta q u e se
i n t r o d u c e e n las c o m b i n a c i o n e s intelectuales el acto d e la v o
l u n t a d n o h a y c o n o c i m i e n t o m a l o . U n c o n j u n t o d e estratage
m a s p a r a c o m e t e r el roas h o r r e n d o d e los c r í m e n e s , p o d r á
ser i n o c e n t e o bje to d e u n a c o n t e m p l a c i o n intelectual.
146. A d m i r a b l e c o s a es la inteligencia. C o n ella h a y re
laciones, h a y ó r d e n , h a y reglas, h a y ciencia, h a y arte ; sin
inteligencia n o h a y n a d a . C o n c e b i d si p o d e i s el m u n d o sin
q u e ella preexista, t o d o es u n c a o s ; i m a g i n a d el ó r d e n y a
existente y e x t i n g u i d la inteligencia , el u n i v e r s o es u n h e r
m o s o c u a d r o a n t e la h e l a d a p u p i l a d e u n difunto.
147. A m e d i d a q u e los s e r e s s e e l e v a n e n el ó r d e n d e la
 - í>6 -
inteligencia los c o n c e b i m o s m a s perfectos. Al salir d e la e s
fera d e lo insensible, y al e n t r a r e n el o r d e n d e l a r e p r e s e n
t a c i o n sensitiva, c o m i e n z a u n m u n d o n u e v o c u y o p r i m e r es
l a b o n es el a n i m a l q u e tiene limitadas s u s s e n s a c i o n e s a u n
r e d u c i d o n ú m e r o d e objetos, y c u \ a c i m a se halla e n la in
teligencia. L a m o r a l broia d e la m i s m a inteligencia , ó m e
jor, es u n a d e s u s l e y e s ; es la p r e s c r i p c i o n d e la c o n f o r m i d a d
c o n u n tipo i n f i n i t a m e n t e p e r f e c t o C o n la inteligencia, la
m o r a l se e x p l i c a ; sin ella, la m o r a l es u n a b s u r d o . L a inte
ligencia tiene s u s leyes, s u s d e b e r e s , p e r o q u e b r o t a n d e s u
p r o p i o s e n o , c o m o el sol se a l u m b r a á sf m i s m o c o n s u p r o
p i a luz L a libertad se e x p l i c a c o n la inteligencia, sin esta la
libertad es u n a b s u r d o . S i n inteligencia la c a u s a l i d a d se n o s
of r e ce c o m o u n a f u e r z a o b r a n d o sin objeto ni d i r e c c i o n , sin
r a z o n suficiente, es d e c i r el m a y o r d e los a b s u r d o s C u a n d o
a l g u n o s t e ó l o g o s h a n d i c h o q u e el atributo constitutivo d e la
e s e n c i a d e D i o s e ra la inteligencia , h a n e m i t i d o u n a i d e a q u e
e n c i e r r a u n s e n t i d o filosófico a d m i r a b l e m e n t e p r o f u n d o .
148. C o n el a c t o intelectual el ser n o sale d e sí m i s m o : el
e n t e n d e r es u n a a c c i o n i n m a n e n t e , q u e p u e d e dilatarse
h a s t a lo infiniio, y ser ejercida c o n u n a i n t e n s i d a d infinita,
sin q u e el se r inteligente se a p a r i e d e s u interior; c u a n d o
m a s p r o f u n d o s e a s u e n t e n d e r , m a s p r o f u n d a s e r á s u c o n
c e n t r a c i o n e n el a b i s m o d e s u c o n c i e n c i a . L a inteligencia es
e s e n c i a l m e n t e aciiva; ella m i s m a es actividad. V e d lo q u e
s u c e d e e n el h o m b r e : p i e n s a , y la v o l u n t a d se dispierta, y
q u i e r e ; p i e n s a , y s u c u e r p o se m u e v e ; p i e n s a , y s u s f u e r z a s
se m u l t i p l i c a n , y t o d o c u a n t o tiene se halla á las ó r d e n e s del
p e n s a m i e n t o . F i g u r é m o n o s u n a inteligencia infinita e n e x
t e n s i o n y e n i n t e n s i d a d ; u n a inteligencia e n q u e n o h;iya al
ternativas d e a c c i o n y d e d e s c a n s o , d e e n e r g í a y d e abati
m i e n t o ; u n a inteligencia inflniia q u e se c o n o z c a i n f i n i t a m e n t e
á si m i s m a , q u e c o n o z c a infinitos objetos reales ó posibles,
y c o n u n c o n o c i m i e n t o i n f i n i t a m e n t e perfecto ; u n a inteligen
cia o r i g e n d e toda v e r d a d , sin m e z c l a d e e r r o r ; m a n a n t i a l
d e t o d a luz, sin m e z c l a d e s o m b r a ; y n o s f o r m a r e m o s a l g u n a
i d e a del se r a b s o l u t a m e n t e infinito. C o n e s a inteligencia in
finita c o n c i b o la v o l u n t a d , y v o l u n t a d infinitamente perfecta,
c o n c i b o la c r e a c i o n , a c t o p u r í s i m o d e v o l u n t a d f e c u n d a n d o
la n a d a , l l a m a n d o á la existencia los tipos q u e p r e e x i s t e n
 - 5 7 -
e n la i nt el ig enc ia infinita; c o n c i b o la s a n t i d a d infinita, c o n
c i b o t o d a s las p e r f e c c i o n e s identificadas e n a q u e l o c é a n o d e
luz. S i n inteligencia n o c o n c i b o n a d a ; t o d o se m e p r e s e n t a
c i e g o ; si se m e h a b l a d e u n ser a b s o l u t o q u e se halla e n el
O r i g e n d e t o d a s las cosas, m e p a r e c e v e r el c a o s a n t i g u o , q u e
e n v a n o intento esclarecer. L a s ideas d e ente, d e susiancia,
d e n e c e s i d a d d i v a g a n p o r m i e n t e n d i m i e n t o ; p e r o t o d o e n la
m a y o r c o n f u s i o n : lo infinito n o es p a r a m i u n f o c o d e luz,,
e s u n a b i s m o t e n e b r o s o ; i g n o r o si e s t o y s u m e r g i d o e n u n a
realidad infinita , o si m e p i e r d o e n los e s p a c i o s i m a g i n a r i o s
d e u n c o n c e p t o vacio.

C A P Í T U L O X I X .

R e s u m i e n d o la d o c t r i n a d e los capítulos anteriores, dire

m o s lo siguiente.
1 4 9 El e x a m e n d e la idea d e lo infinito es d e la m a y o r
i m p o r t a n c i a ; p u e s t o q u e v a i n s e p a r a b l e m e n t e u n i d a c o n la
idea d e Dios.
150. T e n e m o s . i d e a d e lo infinito; p e r o las d i s p u t a s q u e
h a y s o b r e s u n a ' u r a l e z a y a u n s o b r e s u existencia , i n d i c a n
la o s c u r i d a d d e la m i s m a .
151. Finito es lo q u e tiene limites.
153. Infinito n o es lo m i s m o q u e indefinido: lo infinito e s
l o q u e c a r e c e d e limites; in-finito: lo i n d e f i n i d o es a q u e l l o
c u y o s limites n o están s e ñ a l a d o s ; in-drfinido.
1 53. L a diferencia entre lo infinito y lo finito se f u n d a e n
el p r i n c i p i o d e c o n t r a d i c c i o n : lo finito a f i r m a los límites, lo
infinito los n i e g a ; n o h a y m e d i o e n t r e el si y el n ó .
154. L i m i t e es la n e g a c i o n d e u n s e r ó d e a l g o real, apli
c a d a á u n s e r ; el limite d e u n a línea es el p u n t o m a s allá
del cual n o se p r o l o n g a ; el límite d e u n a f ue r za es el p u n t o
m a s allá del cual n o se e x t i e n d e .
155. L a i d e a d e lo infinito, n e g a n d o el límite, n i e g a u n a
n e g a c i o n , l u e g o es u n a idea afirmativa; asi c o m o la i d e a d e
lo finito es n e g a t i v a , p o r q u e a f i r m a u n a n e g a c i o n .
 - 5 8 -
136. L a i d e a d e lo infinito se aplica á m u c h o s ó r d e n e s d e
s er e s , y p r e s e n t a s i n g u l a r e s a n o m a l í a s q u e p a r e c e n c o n t r a
d i c c i o n e s U n a línea p r o l o n g a d a hasta lo infinito e n u n a s o
la d i r e c c i o n , p a r e c e infinita, p o r q u e es m a y o r q u e t o d a s
las finitas; y n o es infinita, p o r q u e tiene límite e n el p u n t o
d e d o n d e parte. U n a c o s a s e m e j a n t e se verifica e n las s u p e r
ficies y e n los v o l ú m e n e s . P a r a e x p l i c a r estas a n o m a l í a s d e -
- b e m o s a t e n e r n o s a lo siguiente.
157. L a i d e a d e lo infinito n o es intuitiva. N o t e n e m o s in
tuicion d e n i n g u n objeto infinito c o n infinidad a b s o l u t a ni
a u n relativa.
158. L a i d e a d e lo infinito es i n d e t e r m i n a d a , es u n c o n
c e p t o f o r m a d o d e la u n i o n d e d o s ideas i n d e t e r m i n a d a s : ser,
y n e g a c i o n d e límite ; t o d o e n la m a y o r g e n e r a l i d a d .
159. El c o n c e p t o i n d e t e r m i n a d o d e lo infinito n o n o s h a
c e c o n o c e r n i n g u n a c o s a infinita.
160. L a s a n o m a l í a s y a p a r e n t e s c o n t r a d i c c i o n e s q u e h a
l l a m o s e n la a p l i c a c i o n d e la i d e a d e lo infinito, se d e s v a n e
c e n a t e n d i e n d o & q u e la d i f e r e n c i a d e los r e s u l t a d o s d e p e n
d e d e la d i f e r e n c i a d e c o n d i c i o n e s bajo las c u a l e s se a p li ca
al c o n c e p t o i n d e t e r m i n a d o d e lo infinito. C o s a s q u e s e r á n
infinitas bajo u n a c o n d i c i o n , d e j a r á n d e serlo si se las
c o n s i d e r a bajo otra; la c o n t r a d i c c i o n a p a r e n t e resulta d e q u e
n o s e a d v i e r t e el c a m b i o *le c o n d i c i o n e s .
161. T e n e m o s c o n c e p t o del n ú m e r o infinito , p o r q u e p o
d e m o s u n i r e n n u e s t r o e n t e n d i m i e n t o las d o s ideas i n d e t e r
m i n a d a s : n ú m e r o , y n e g a c i o n d e límite.
1*2. T e n e m o s c o n c e p t o d e la e x t e n s i o n infinita , p o r q u e
p o d e m o s u n i r las d o s ideas: e x t e n s i o n , y n e g a c i o n d e límite.
163. L a posibilidad , ó la n o c o n t r a d i c c i o n d e los c o n c e p
tos, e n el o r d e n p u r a m e n t e ideal, n o n o s a s e g u r a d e s u p o
sibilidad e n el o r d e n real. C u a n d o los c o n c e p t o s se realiza
s e n . s u r e a l i d a d n o estaría e n u n a e x t e n s i o n abstracta, ni e n
u n n ú m e r o a b s t r a c t o , s i n o e n talrs s e r e s e x t e n s o s , e n tales
u n i d a d e s ; la d e t e r m i n a c i o n i m p l i c a d a p o r la r e a l i d a d , p u e
d e e n v o l v e r c o n t r a d i c c i o n e s c o n la infinidad v e r d a d e r a , n o
s i é n d o n o s posible d e s c u b r i r l a s e n el c o n c e p t o i n d e t e r m i n a
d o , q u e p r e s c i n d e d e las c o n d i c i o n e s d e s u realizai ion.
W i . A u n q u e t e n e m o s c o n c e p t o d e la e x t e n s i o n inúnita,
n o s es i m p o s i b l e i m a g i n á r n o s l a .
 — 5 9 —
165. N o s e d e s c u b r e n i n g u n a r e p u g n a n c i a e x t r í n s e c a ni
i n t r í n s e c a e n la e x i s t e n c i a d e la e x t e n s i o n infinita.
166. P o r m e d i o s p u r a m e n t e filosóficos n o p o d e m o s s a b e r
si la e x t e n s i o n del u n i v e r s o es finita ó infinita.
1 6 7 U n n ú m e r o a b s o l u t a m e n t e infinito, a u n q u e p u e d e
c o n c e b i r s e i n d e t e r m i n a d a m e n t e , n o es susceptible d e n i n g u
n a e x p r e s i o n a r i t m é t i c a ni g e o m é t r i c a ; n i n g u n a série d e las
q u e los m a t e m á t i c o s l l a m a n infinitas , e x p r e s a u n n ú m e r o
a b s o l u t a m e n t e infinito.
168. S e p u e d e d a r u n a d e m o s t r a c i o n d e la i m p o s i b i l i d a d
intrínseca d e u n n ú m e r o actual infinito, f u n d a d a e n la re
p u g n a n c i a intrínseca d e la coexistencia d e ciertas c o s a s n u m e
rables.
169. L a i d e a de l ser a b s o l u t a m e n t e infinito real , n o p u e
d e ser i n d e t e r m i n a d a ; es n e c e s a r i o q u e e n v u e l v a p e r f e c c i o
n e s positivas y f o r m a l e s .
170. S e d e b e a f i r m a r del s e r infinito, t o d o lo q u e n o i m
plica c o n t r a d i c c i o n . L o a b s u r d o n o es perfeccion.
171. A n a l i z a n d o las i d e a s i n d e t e r m i n a d a s y las intuitivas,
e n c o n t r a m o s q u e t o d a la r e a l i d a d q u e e n las m i s m a s se e n
c i e r r a , se a f i r m a d e Dios.
172. El s er a b s o l u t a m e n t e infinito d e b e ser inteligente.
173. L a inteligencia e s u n a p e r f e c c i o n q u e n o i m p l i c a
n i n g u n a i m p e r f e c c i o n .
174. L a v o l u n t a d y la libertad d e b e n t a m b i e n hallarse e n
el s e r a b s o l u t a m e n t e infinito.
175. L a i d e a i n d e t e r m i n a d a d e lo infinito, se f o r m a d e la
c o m b i n a c i o n d e las d e s er y n o ser.
176. L a i d e a i n d e t e r m i n a d a d e u n ser a b s o l u t a m e n t e in
finito, consiste e n la i d e a de l c o n j u n t o d e t o d o s er , q u e n o
i m p l i q u e c o n t r a d i c c i o n .
177. L a i d e a d e t e r m i n a d a d e u n s e r infinito real , ó d e
Dios, se f o r m a d e la i d e a i n d e t e r m i n a d a d e u n s er a b s o l u t a
m e n t e infinito, c o m b i n a d a c o n las ideas intuitivas, d e inte
ligencia, v o l u n t a d , libertad, c a u s a l i d a d , y las d e m á s q u e se
p u e d a n c o n c e b i r sin i m p e r f e c c i o n , t o d a s existentes e n u n
g r a d o infinito.
 L I B R O N O V E N O

L A S U S T A M C I A .

C A P Í T U L O I.

N o m b r o i idea ¿ostral d e la aiatancia.

1. ¿ Q u é es la s u s t a n c i a ? ¿ T e n e m o s d e ella u n a i d e a b i e n
clara y distinta? L a s i n c e s a n t e s d i s p u t a s d e los filósofos s o
b r e la i d e a d e s u s t a n c i a y las c o n t i n u a s a p l i c a c i o n e s q u e h a
c e m o s d e la m i s m a , p r u e b a n d o s c o s a s : I." q u e la i d e a d e
s u s t a n c i a existe; i.' q u e s u c l a r i d a d y distincion n o s o n ta
les c o m o f u e r a d e d e s e a r . U n m e r o n o m b r e , v a c í o d e t o d a
idea, n o l l a m a r í a tan v i v a m e n t e la a t e n c i o n d e t o d o s los filó
sofos, ni s e e m p l e a r í a c o n tanta g e n e r a l i d a d , a u n e n el
l e n g u a j e o r d i n a r i o ; u n a i d e a b i e n clara y distinta n o p e r m i
tiría tantas d i s p u t a s
1. L a i m p o r t a n c i a d e esta i d e a se m u e s t r a e n los r e s u l t a
d o s á q u e s e bailan c o n d u c i d o s los filósofos, s e g u n el m o d o
c o n q u e la e x p l i c a n : el s i s t e m a d e E - p i n o s a s e f u n d a t o d o
e s t e r o e n u n a m a l a definicion d e la s u s t a n c i a .
 - Ü 2 —
3. E n esta m a t e r i a c o m o e n m u c h a s otras, n o p a r e c e lo
m a s a c e r t a d o el c o m e n z a r p o r u n a definicion , á n o s e r q u e
lo definido s e a solo el n o m b r e : definir u n a c o s a es e x p l i c a r
la; y n o se la p u e d e e x p l i c a r i g n o r á n d o s e lo q u e es, c o m o
se i g n o r a , ó se s u p o n e i g n o r a r s e , c u a n d o e m p i e z a n las in
v e s t i g a c i o n e s p a r a c o n o c e r l a Si al p r i n c i p i a r los filósofos
s u s tratados, e n v e z d e d e c i r la s u s t a n c i a es tal cosa, h u b i e
s e n d i c h o p o r el n o m b r e s u s t a n c i a e n t i e n d o tal c o s a , s e h a -
h r i a n a h o r r a d o m u c h a s dificultades.
4. D e f i n i d o el n o m b r e d e s u s t a n c i a , a u n c u a n d o se le hi
ciese c o r r e s p o n d e r u n a i d e a clara y distinta , t o d a v í a f u e r a
p r e c i s o a v e r i g u a r hasta q u é p u n t o la idea r e p r e s e n t a o b j e t o s
r e a l m e n t e existentes; ó si p e r t e n e c e al ó r d e n d e las q u e s o l o
e x p r e s a n la relacion d e varias ideas, sin q u e t e n g a m o s m e
d i o d e a v e r i g u a r si esta r e l a c i o n se halla ó n o e n el m u n d o
positivo: es d e c i r , si la i d e a d e s u s t a n c i a es solo o b r a d e
n u e s t r o e n t e n d i m i e n t o , m e r o r e s u l t a d o d e la c o m b i n a c i o n
d e ciertas ideas , ó si n o s es s u m i n i s t r a d a p o r la e x p e r i e n c i a
m i s m a . P r o c u r a r é n o incurrir e n n i n g u n o d e estos defectos;
n o sé si p o d r é evitarlos. P a r a este objeto, c o m e n z a r é anali
z a n d o la p a l a b r a , a t e n d i e n d o á s u valor e t i m o l ó g i c o , y l u e g o
e x a m i n a r é los d i v e r s o s s e n t i d o s q u e se le d a n . Este análisis
d e las palabras, es m u y útil p a r a el análisis d e las ideas!
p o r q u e m u c h a s v e c e s s e halla e n las p a l a b r a s u n f o n d o d e
n v eo r n d o a s d a y p e r x o a v c e t c i h t au d m o q s u e d e n b o i d s e a m h e a n b t r e í a , p s o o r s p f e a l c t h a a d d o e , a y t e d e n l d e c r u a a l •

significado c o m u n .
5. L a p a l a b r a s u s t a n c i a , sub stancia, i n d i c a a l g o q u e está
bajo, sub stat. q u e e s el sujeto s o b r e el c u a l e s t á n otras cosas;
así c o m o s u correlativa a c c i d e n t e ó m o d i f i c a c i o n , e x p r e s a
a l g o q u e s o b r e v i e n e al sujeto, aceidit; a l g o q u e le m o di fic a,
q u e está e n él, c o m o u n a m a n e r a d e ser, m o d u s .
6. P o r este sujeto , sustancia, p a r e c e q u e e n t e n d e m o s t a m
b i e n a l g o c o n s t a n t e e n m e d i o d e las v a r i a c i o n e s , a l g o q u e , si
b i e n es s u c e s i v a m e n t e d e varias m a n e r a s , s e g u n la diversi
d a d d e m o d i f i c a c i o n e s q u e lo a f e c t a n , se c o n s e r v a c o n s t a n
te, é idéntico bajo las diferentes t r a s f o r m a c i o n e s . C u a n d o
d e c i m o s q u e la s u s t a n c i a h a r e c i b i d o tal ó c u a l m o d i f i c a c i o n
n u e v a , si b i e n e n t e n d e m o s q u e la s u s t a n c i a e s d e u n m o d o
n u e v o , n o q u e r e m o s s i g n i f i c a r q u e e l l a e n s í s e a o t r a ,- q u e
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h a y a p e r d i d o s u í n t i m o y p r i m i t i v o ser d e s u s t a n c i a p a r a r e
vestirse d e otro; sino q u e esta m u d a n z a la c o n s i d e r a m o s c o
m o e x t e r n a , y q u e h a d e j a d o intacto u n cierto f o n d o q u e e s
lo q u e a p e l l i d a m o s sustancia.
Si a s í n o f u e s e , si n o c o n c i b i é s e m o s a l g o q u e p e r m a n e c e
c o n s t a n t e , idéntico , bajo la m o d i f i c a c i o n , n o c o n c e b i r í a m o s
la s u s t a n c i a c o m o distinta d e la m o d i f i c a c i o n . Esta p a s a d e l
n o s e r al s e r , y v i c e v e r s a ; a h o r a es, y l u e g o c e d e s u p u e s t o
á o t r a m u y diferente ; p e r o la s u s t a n c i a es u n a m i s m a b a j o
las d i f e r e n t e s m o d i f i c a c i o n e s ; c o n la s u c e s i o n d e estas n o
p a s a d e l n o s e r al se r , y d e l ser al n o s er , n o c e d e s u l u g a r
á o t r a s u s t a n c i a . D e s d e el m o m e n t o q u e a t r i b u y é s e m o s á la
s u s t a n c i a la instabilidad d e s u m o d i f i c a c i o n , n o se distingui
r í a n e n t r e sí.
El l e n g u a j e c o m u n n o s c o n f i r m a esta v e r d a d . C u a n d o h a
h a b i d o u n a v a r i a c i o n d e m o d i f i c a c i o n e s , d e c i m o s q u e tal
s u s t a n c i a se h a m u d a d o , esto es , c o n c e b i m o s a l g o q u e exis
tía y a a n t e s d e la m u d a n z a , y q u e existe todavía d e s p u e s d e
ella. Asi d e c i m o s q u e tal m o d i f i c a c i o n h a d e s a p a r e c i d o c o m
p l e t a m e n t e ; lo q u e n o d e c i m o s d e la s u s t a n c i a , s i n o q u e s e
p r e s e n t a , ó q u e es d e otra m a n e r a . A l g o p u e s c o n c e b i m o s "
q u e p e r m a n e c e c o n s t a n t e , idéntico á si m i s m o , bajo las di
ferentes m o d i f i c a c i o n e s ; y á esto q u e es el sujeto e n q u e se
h a c e n las m u d a n z a s , á ese a l g o q u e n o d e s a p a r e c e c o n la d e s
a p a r i c i o n d e las m o d i f i c a c i o n e s , q u e n o se m u d a í n t i m a m e n
te c o n las m u d a n z a s d e ellas, á e s o lo l l a m a m o s sustancia,
Su b -s t a nc ia, s u b s t r a t u m .

C A P Í T U L O II.

Aplicacion d e la i d e a d e sastancia á los objetos c o r p ó r e o s ,

7. A p l i q u e m o s á u n objeto c o r p ó r e o las i d e a s e n c e r r a d a s
e n la d e s u s t a n c i a , q u e esto p o d r á c o n t r i b u i r á aclararlas , y
tal v e z n o s s u g e r i r á otras n u e v a s
Este p a p e l e n q u e escribo, es s u s c e p t i b l e d e m u c h a s m o d i
ficaciones ; s o b r e él p u e d o escribir m i l c o s a s diferentes, e n
varios c a r a c t e r e s , e n d i v e r s o s colores; p u e d o p l e g a r l e d e in
finitas m a n e r a s ; p u e d o darle infinita v a r i e d a d d e p o s i c i o n e s
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c v o e n r e r ne s p t eo cd at s o á l a l s o ds i o r b e j c e c t i o o s n q e u s e i lm e a g r i o n d e i ab l n e s : . . p uB a e j l o> e s h t a a c e i r n l f e i n r i a d o a - d

d e m u d a n z a s , h a y a l g o c o n s t a m e , a l g o q u e n o m u la H a y
m u c h a s c o s a s n u e v a s , p e r o h a y u n a q u e n o lo e s , q u e es
s i e m p r e la m i s m a B a y u n a q u e sufre esas m u d a n z a s , p e r o
c o n s e r v a n d o a l g o q u e n o s e m u d a . Si tiño el p a p e l le v e r d e ,
y l u e g o d e rojo, lo q u e es a h o r a tojo, es lo m i ^ m o q u e a n t e s
e r a v e r d e , y p r i m i t i v a m e n t e b l a n c o ; y á esto p e r m a n e n t e
r e d e r o t o d a s las m u d a n z a s . Si se m e p r e s e n t ó p r i m e r o u n
p a p e l b l a n c o , y d e s p u e s otro v e r d e , y e n s e g u i d a otro rojo*
claro es q u e n o es lo m i s m o q u e si á u n solo p a p e l se le d a n
todas estas t r a s f o r m a c i o n e s . ¿ E n q u é está la diferencia, á p e
s a r d e q u e las i m p r e s i o n e s q u e m e c a u s a el color s o n las
m i s m a s 7 Esta e n q u e e n u n c a s o h a y a l g o p e r m a n e n t e q u e ha
p a g a d o p o r las t r a s f o r m a c i o n e s s u c e s i v a s ; y e n otro, este algo
n o es lo m i s m o , es otro diferente. E n u n c a s o h a y distintas
m o d i f i c a c i o n e s , e n otro distintas sustancias.
8 P r o f u n d i c e m o s m a s esta m a t e r i a Si solo r e c i b i é s e m o s
las i m p r e s i o n e s s u c e s i v a s , sin q u e t u v i é r a m o s n i n g u n m e d i o
p a r a referirlas á u n m i s m o objeto , p a r a enlazarlas e n u n p u n
to c o m u n , n o e n c o n t r a r í a m o s n i n g u n a d i f e r e n c i a e n t r e los
d o s c a s o s e x p r e s a d o s . Así. s u p o n g a m o s q u e se n o s p o n e d e
l a n t e el p a p e l b l a n c o , y l u e g o o b l i g a d o s á a p a r t a r la vista
e n c o n t r a m o s d e s p u e s e n el m i s m o lugar, c o n las m i s m a s di
m e n s i o n e s y c o n la m i s m a p o s i c i o n u n p a p e l v e r d e ; y e n
s e g u i d a a p a r t a n d o otra v e z los ojos, n o s h a l l a m o s c o n u n p a
pel rojo: claro es q u e n o s será i m p o s i b l e distinguir p o r la
s i m p l e s u c e s i o n d e las i m p r e s i o n e s visuales, si es el m i s m o
p a p e l p i n t a d o s u c e s i v a m e n t e c o n d i c h o s c o l o r e s , ú otros p a
peles q u e se le h a y a n sustituido. P e r o si e s t a m o s presentes,
si n o a p i ñ a m o s la vista del lugar e n q u e está el p ap e l , v e r e
m o s si se le pinta d e n u e v o ó si se le m u d a . E n el p r i m e r c a
so, la a p a r i c i o n del n u e v o color se c o n t i n u a r á c o n la m i s m a
s e n s a c i o n del p a p e l , n o m o v i d o , h a c i é n d o s e la t r a s f o r m a e i o n
sin p e r d e r l e n o s o t r o s d e vista, r e c i b i e n d o él la s u c e s i o n c o n
t i n u a d e s u s m o v i m i e n t o s , d e s u s p o s i c i o n e s , b a j o la m a n o
d e l pintor A s e g u r a r e m o s p u e s q u e el p a p e l es el m i s m o , p o r
q u e h a h a b i d o c o n t i n u i d a d d e s e n s a c i o n , ó b i e n e n l a c e d e
las s e n s a c i o n e s d e los d i f e r e n t e s c o i o r e s , c o n u n a tercera,
q u e es la q u e resulta d e la si t ua c i on del p a p e l , d e s u s tnovi
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m i e n t o s , y d e c u a n t o n o s sirve p a r a c o n o c e r lo q u e es c o
m u n á lo s e g u n d o y á 4o p r i m e r o . P e r o si n o h a y n u e v a p i n
t u r a d e l pa pe! , s i n o sustitucion d e otro p a p e l p i n t a d o , v e r e
m o s q u e el p r i m e r p a p e l se quita ; se i n t e r r u m p e p u e s t o d o
el ó r d e n d e las s e n s a c i o n e s , y se p r e s e n t a n otras n u e v a s .
Estas n o tienen e n l a c e c o n a q u e l l a s , y así h a y p a r a n o s o t r o s
u n a cosa distinta.
9. E s t o manifiesta c ó m o se e n g e n d r a e n n o s o t r o s la idea
d e s u s t a n c i a c o n r e s p e c t o á los c u e r p o s ; ó h a b l a n d o c o n m a s
p r o p i e d a d , c ó m o a p l i c a m o s á los c u e r p o s la i d e a d e s u s t a n
cia. C u a n d o e n c o n t r a m o s u n lazo d e varias s e n s a c i o n e s q u e
las u n e p o r decirlo así e n u n m i s m o p u n t o , aquello e n q u e
c o n c e b i m o s q u e se u n e n , lo l l a m a m o s s u s t a n c i a Y c o m o e n
c o n t r a m o s e n la n a t u r a l e z a m u c h o s d e e s o s p u n t o s i n d e p e n
d i e n t e s e n t r e sí, n a t u r a l m e n t e d e c i m o s q u e h a y m u c h a s
s u s t a n c i a s c o r p ó r e a s .
10. A l sentir u n a i m p r e s i o n , si la r e f e r i m o s á u n objeto,
ó la c o n s i d e r a m o s c o m o objetiva J a m á s la l l a m a m o s s u s t a n
cia, p o r q u e a q u e l objeto p o r sí solo, n o es c a p a z d e e n l a z a r
v ar i a s s e n s a c i o n e s . R e c i b i m o s la s e n s a c i o n d e e n c a r n a d o ; y
s a b i d o es q u e el v u l g o , y a u n los filósofos, f u e r a del acto e n
q u e filosofan, objetivan el c o l o r , es decir, c o n s i d e r a n el e n
c a r n a d o n o c o m o u n a s i m p l e s e n s a c i o n , s i n o c o m o u n a c a
lidad e x t e r n a . A esta c a l i d a d p o r si sola, n a d i e la l l a m a r á
s u s t a n c i a ; p o r q u e n o es posible q u e p o r sisola sirva d e lazo
á otras i m p r e s i o n e s , ó á otras calidades. Si h a y m u d a n z a d e
color, el e n c a r n a d o d e s a p a r e c e , y p o r tanto la i m p r e s i o n
n u e v a se e n l a z a e n el ó r d e n del t i e m p o c o n la d e e n c a r n a d o ,
m a s n o r e s i d e e n ella. Si h a y c a m b i o d e figura, a u n q u e el
e n c a r n a d o c o n t i n ú e , n o c o n c e b i m o s á este color c o m o lazo
n e c e s a r i o e n t r e las d o s figuras; p u e s q u e s a b e m o s q u e la
p e r m a n e n c i a del e n c a r n a d o es indiferente á la v a r i e d a d d e
figuras, y estas p o d r í a n m u y b i e n h a b e r sufrido el m i s m o
c a m b i o , c o n t i n u a n d o ó d e s a p a r e c i e n d o a q u e l color.
C o m o e n g e n e r a l h e m o s e x p e r i m e n t a d o q u e n i n g u n a s e n
s a c i o n se e n l a z a n e c e s a r i a m e n t e c o n la otra , y q u e d e m u
c h a s s e n s a c i o n e s e n l a z a d a s e n u n p u n t o c o m u n , d e s a p a r e c e n
u n a s sin d e s a p a r e c e r las otras y r e c i p r o c a m e n t e , i n f e r i m o s
q a e n i n g u n a d e ellas es lazo n e c e s a r i o ; y p o r tanto, a u n q u e
las o b j e t i v e m o s , n o las a t r i b u i m o s el c a r á c t e r d e sustancia.
T. IT. 8
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d e a l g o q u e p e r m a n e z c a i d é n t i c o á p e s a r d e las m u d a n z a s ,
y q u e s e a c o m o el recipiente d e t o d a s ellas.
11. U n a p r o p i e d a d h a y e n los c u e r p o s q u e es n e c e s a r i a á
t o d a s las s e n s a c i o n e s , ó c u a n d o m e n o s á las d o s principales,
vision y tacto; la e x t e n s i o n ; á la cual m i r a m o s c o m o u n re
c i p i e n t e d e t o d a s l a s s e n s a c i o n e s , y a la"* c o n s i d e r e m o s e n
n o s o t r o s , y a e n los objetos. N o v e m o s ni i m a g i n a m o s b l a n c o
ó n e g r o , n o t o c a m o s ni i m a g i n a m o s caliente ó frio , b l a n d o
ó d u r o , sin e x t e n s i o n e n q u e r e s i d a n la b l a n c u r a ó n e g r u r a ,
la b l a n d u r a ó la d u r e z a , el calor ó el frio. Así la e x t e n s i o n
p o d r í a q u i z á s m e r e c e r n o s el h o n o r d e sustancia, si n o estu
v i e s e sujeta á otra c o n d i c i o n q u e la p r i v a d e este título. Si
b i e n , c u a n d o c o n c e b i m o s la e x t e n s i o n e n g e n e r a l , e n t o d a
s u a b s t r a c c i o n , c o n s i d e r á r d o l a c o n el p u r o e n t e n d i m i e n t o
c o m o u n a m e r a c o n t i n u i iad, p r e s c i n d i m o s a b s o l u t a m e n t e
d e t o d a figura ; n o obstan1 e, c u a n d o h e m o s m e n e s t e r u n a e x
t e n s i o n a p l i c a d a , q u e n o s sirva d e r e c i p i e n t e d e las s e n s a
c i o n e s , n o s es i m p o s i b l e hallarla sin u n a c o n f i g u r a c i o n d e
t e r m i n a d a . N o v e m o s s i m p l e m e n t e u n color, s i n o q u e le v e
m o s e n u n a e x t e n s i o n circular, t r i a n g u l a r ó d e otra especie.
Estas figuras se c o n f u n d e n c o n la e x t e n s i o n m i s m a , e n c u a n
to es a p l i c a d a ; y a d e m á s t a m p o c o s i r v e n d e lazo p a r a las
d e m á s s e n s a c i o n e s . A v e c e s , es v e r d a d , u n a m i s m a figura
r e c i b e diferentes c o l o r e s , diferentes g r a d o s d e calor ó frió,
diferentes posiciones, etc. etc., p e r o t a m b i e n á v e c e s s u c e
d e lo contrario, y c o n el m i s m o color, c o n el m i s m o g r a
d o d e calor ó frio, es decir, c o n la c o n t i n u i d a d d e otras
s e n s a c i o n e s , el objeto c a m b i a d e figura ; y así c o m o u n cír
c u l o rojo se h a c i a a n t e s círculo v e r d e , así el m i s m o o b j eto r o
jo se h a c e circular y d e s p u e s triangular. E n el p r i m e r c a s o
la figura circular s e r v i a d e lazo á las s e n s a c i o n e s d e los colo
res; e n el s e g u n d o el m i s m o color sirve d e lazo á las figuras,
12. P r i v a d a la e x t e n s i o n d e los h o n o r e s d e s u s t a n c i a , así
c o m o todas las d e m á s s e n s a c i o n e s , e n c u a n t o objetivadas; o b
s e r v a m o s q u e todas estas v a r i a c i o n e s se s u c e d e n e n los o b j e
tos, e n l a z á n d o s e u n a s s e n s a c i o n e s c o n otras. Asi u n m i s m o
círculo t o m a d i f e r e n t e s colores, y u n m i s m o color d i f e r e n
tes figuras; y otra v e z c a m b i a n los c o l o r e s y se r e p r o d u c e n
los p r i m e r o s p e r m a n e c i e n d o la m i s m a figura; y otra v e z se
r e p r o d u c e n las p r i m e r a s figuras p e r m a n e c i e n d o los m i s m o s
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colores. I n f e r i m o s p u e s q u e b a j o a q u e l l a v a r i e d a d b a y a l g o
c o n s t a n t e ; q u e bajo a q u e l l a m u l t i p l i c i d a d h a y a l g o u n o ; q u e
bajo a q u e l l a s u c e s i o n d e ser y n o ser, h a y a l g o p e r m a n e n t e ;
y á esto c o n s t a n t e , u n o , p e r m a n e n t e , á esto e n q u e se veri
fican a q u e l l a s m u d a n z a s , a esto q u e es el recipi ente d e ellas,
q u e es el p u n t o q u e las e n l a z a f u e r a d e n o s o t r o s , y q u e n o s
p r o p o r c i o n a á n o s o t r o s el c o n c e b i r l a s e n l a z a d a s , á esto lo
a p e l l i d a m o s sustancia.

C A P Í T U L O III.

Definicion de la sustancia corpórea.

19. P e r o ¿ q u é es e n el o r d e n sensible , el sujeto p e r m a
n e n t e d e las t r a s f o r m a c i o n e s ? ¿ E s u n a p u r a ilusion? ¿ E s u n a
r e a l i d a d ? ¿ Q u é r e a l i d a d s e r á e s a ? ¿ N o se p a r e c e m a s b i e n á
u n a a b s t r a c c i o n ? U n a c o s a q u e n o es n i n g u n color, s i n o q u e
s e p r e s t a á tenerlos todos; q u e n o es n i n g u n a c a l i d a d d e las
q u e e x p e r i m e n t a m o s , s i n o el sujeto c a u s a d e t o d a s ellas ;
q u e n o es n i n g u n a figura, sino q u e p u e d e a c o m o d a r s e á to
d a s ; q u e n o es la e x t e n s i o n p u r a , p u e s esta es u n a a b s t r a c
c i o n , y a q u e l l o es u n ser q u e sirve c o m o d e f o n d o á las d e
m á s cosas; u n objeto c o r p ó r e o , q u e e n s i n o p u e d e afectar
n i n g u n sentido, ¿ q u é s e r á ? ¿ N o p a r e c e u n a c u a l i d a d oculta
d e los peripatéticos, u n s er m i s t e r i o s o , fantástico, u n a m e r a
i l u s i o n ? E x a m i n é m o s l o , y p a r a g u a r d a r n o s d e ilusiones a p e
l e m o s á la e x p e r i e n c i a .
14. T o m e m o s u n p e d a z o d e c e r a sin soltarle j a m á s d e la
m a n o , p i n t é m o s l e d e diferentes c o l o r e s , b o r r é m o s l o s y vol
v á m o s l e á p i n t a r , s u j e t é m o s l e á diferentes t e m p e r a t u r a s ,
a b l a n d é m o s l e al f u e g o , y l u e g o e n d u r e z c á m o s l e ; d é m o s l e
distintas figuras, d e u n g l o b o , cilindro, p a r a l e l e p í p e d o , m e
sa, v a s o , estatua; y o p r e g u n t o : ¿ t o d a s esas m u d a n z a s se h a n
v e r i f i c a d o e n u n a m i s m a c o s a ? sí. ¿ A q u e l l a c o s a e r a n i n g u n o
d e los colores, ni figuras ni g r a d o s d e t e m p e r a t u r a ? n o ; p u e s
todas estas calidades, e r a n y d e j a b a n d e ser p e r m a n e c i e n d o
la c o s a la m i s m a . ¿ C ó m o sé q u e la c o s a h a p e r m a n e c i d o la
m i s m a y n o es o t r a ? P o r q u e h a h a b i d o c o n t i n u i d a d d e s e n s a
c i o n e n el o j o fijo s o b r e el o b j e t o ; e n el tacto, q u e si b i e n h a
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s e n t i d o las t r a s f o r m a c i o n e s d e caliente y frio, d u r o y b l a n
d o , esta figura ó la otra, h a e x p e r i m e n t a d o q u e estas se h a
c í a n sin i n t e r r u m p i r la s e n s a c i o n c o m u n del tacto, d e u n o b
jeto q u e n o se soltaba, c u y o p e s o se e x p e r i m e n t a b a i n c e s a n
t e m e n t e . L u e g o h a y a l g o allí q u e n o es las t r a s f o r m a c i o n e s ,
s i n o lo q u e se t r a s f o r m a ; a l g o q u e es c o m u n á todas, q u e las
recibe, q u e las enlaza, f u e r a d e m í , y e n m í .
15. E x a m i n a n d o lo q u e c o n c e b i m o s d e a q u e l l o p e r m a
n e n t e , lo q u e n o s resta d e s p u e s d e p r e s c i n d i r d e s u s cuali
d a d e s , n o t a m o s lo s i g u i e n t e :
1.* L a i d e a d e ser. D e c i m o s , a q u e l l a c o s a , algo, suje
to etc., etc., h a b l a m o s p u e s d e u n ser, d e u n a realidad. S i n
r e a l i d a d n o h a y m a s q u e n a d a ; y la n a d a n o p u e d e ser suje
to d e t r a s f o r m a c i o n e s , ni lazo d e i m p r e s i o n e s .
2. ° L a i d e a d e se r q u e a q u í e n c o n t r a m o s , n o es p u r a , n o
es d e solo ser. L a s c a l i d a d e s existen, s o n seres; y sin e m
b a r g o n o las c o n f u n d i m o s c o n el sujeto.
3.' L o q u e a c o m p a ñ a la i d e a d e ser es la d e p e r m a n e n c i a
e n t r e lo s u c e s i v o , y la r e l a c i o n d e esta p e r m a n e n c i a c o m o
p u n t o d e e n l a c e , c o m o c e n t r o fijo e n m e d i o d e la s u c e s i o n .
16. Si q u i s i é s e m o s p u e s definir la s u s t a n c i a c o r p ó r e a , d e
b e r í a m o s l i m i t a r n o s á d e c i r q u e es u n ser p e r m a n e n t e en q u e
se verifican las m u d a n z a s q u e se nos ofrecen en los f e n ó m e n o s sen
sibles. A esto se r e d u c e n u e s t r a ciencia: t o d o c u a n t o se a ñ a
d a s o b r e este p u n t o , n o p u e d e p a s a r d e hipótesis y c o n j e t u
ras. E n v a n o se m e p r e g u n t a r á , q u é es este ser: d a d m e la
intuicion d e la e s e n c i a d e las c o s a s c o r p ó r e a s , y o s lo diré ;
p e r o m i e n t r a s n o las c o n o z c a s i n o p o r s u s efectos , es decir,
p o r las i m p r e s i o n e s q u e e n m í p r o d u c e n , n o lo sé. C o n o z c o
q u e a q u e l l o es algo; c o n o z c o esta r e l a c i o n c o n s u s f o r m a s ;
c o n o z c o q u e estas se hal la n e n a q u e l sujeto , y n o s o n el s u
jeto; a q u í e n c u e n t r o el límite d e m i c o n o c i m i e n t o . Al objeto
q u e c o r r e s p o n d e á esta i d e a c o m p u e s t a d e s e r p e r m a n e n t e y
d e s u r e l a c i o n á varias f o r m a s , á esto lo l l a m o s u s t a n c i a c o r
p ó r e a .
17. P o r lo m i s m o q u e la s u s t a n c i a c a m b i a d e a c c i d e n t e s
p e r m a n e c i e n d o ella la m i s m a , se s i g u e q u e e n s u e x i s t e n c i a
es i n d e p e n d i e n t e d e ellos; p r e s c i n d i e n d o a h o r a d e si p u e d e
ó n o existir sin n i n g u n o , solo a f i r m o q u e n i n g u n o d e ellos
e n particular le es n e c e s a r i o . ¥ a q u í es d e n o t a r u n a d i f e r e n
 - 6'J -
cia entre la s u s t a n c i a e n sí y el m e d
nifiesta y s e p o n e e n c o m u n i c a c i o n
otros. E s t e m e d i o s o n los a c c i d e n t e s
torias c o n q u e se reviste. ¿ C ó m o
noticia d e la existencia d e los c u e r p
s e n s a c i o n e s ? ¥ el objeto d e estas n o
t i m a n a t u r a l e z a , sino s u s c a l i d a d e s
tros s e n t i d o s .
i o p o r el c u a l se n o s m a
activa ó p a s i v a c o n n o s
, s o n esas f o r m a s transi
p o d r í a m o s t e n e r ni a u n
o s , s i n o p o r m e d i o d e las
es la s u s t a n c i a e n s u In
e n c u a n t o a f e c t a n n u e s

C A P Í T U L O I V .

Relaciones de la sustancia corpórea con sns accidentes.

18. E n la i d e a d e s u s t a n c i a c o r p ó r e a , se i n c l u y e perfec
t a m e n t e la i d e a d e p e r m a n e n c i a ; p e r o la d e u n i d a d , solo e n
tra d e u n m o d o m u y i m p e r f e c t o . E n toda s u s t a n c i a c o r p ó r e a
n o c o n c e b i m o s s i n o u n a u n i d a d facticia p o r decirlo asi; p u e s
lo q u e e n ella p e r m a n e c e , n o es u n o , s i n o u n a g r e g a d o d e
m u c h o s , c o m o lo m a n i f i e s t a la divisibilidad d e la m a t e r i a .
D e c u a l q u i e r a s u s t a n c i a c o r p ó r e a p o d e m o s h a c e r m u c h a s ,
q u e t e n d r á n el m i s m o d e r e c h o q u e la p r i m e r a á l l a m a r s e
sustancias. U n p e d a z o d e m a d e r a es s u s t a n c i a ; este p e d a z o
le p o d e m o s dividir e n otros m u c h o s q u e s e r á n i g u a l m e n t e
sustancias. T o d o s ellos j u n t o s f o r m a b a n a q u e l l o q u e l l a m á
b a m o s u n a sustancia; p e r o es claro q u e esta u n i d a d e r a m u y
i m p e r f e c t a , q u e m a s b i e n e r a u n a r e u n i o n , y q u e si la c o n
s i d e r á b a m o s c o m o u n a , e r a p o r relacion á la u n i d a d d e efec
to q u e n o s p r o d u c í a , c o n el e n l a c e q u e d a b a á n u e s t r a s s e n
s a c i o n e s y a los f e n ó m e n o s q u e d e ella resultaban.
19. D e esto se infiere q u e t o d a s u s t a n c i a c o r p ó r e a e n c i e r
ra m u l t i p l i c i d a d ; y p o r c o n s i g u i e n t e c o m b i n a c i o n d e los ele
m e n t o s q u e la c o m p o n e n . Esta c o m b i n a c i o n n o es p e r m a
n e n t e c o m o lo e n s e ñ a la e x p e r i e n c i a ; y p o r tanto n o h a y
sustancia c o r p ó r e a q u e n o t e n g a c u a n d o m e n o s u n a m o d i f i
c a c i o n : la d i s p o s i c i o n d e s u s partes. P r e s c i n d i e n d o d e las
m u d a n z a s d e esta m o d i f i c a c i o n , claro es q u e n u n c a s e la
p u e d e c o n f u n d i r c o n la s u s t a n c i a : a u n c u a n d o los c u e r p o s
se p r e s e n t a s e n c o n s t a n t e m e n t e á n u e s t r o s sentidos c o n la
m i s m a d i s p o s i c i o n d e s u s partes, el ser p e r m a n e n t e se h a
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liaría e n las partes , y n o e n s u disposicion. Esta es u n a c o s a
e x t e r n a , q u e s o b r e v i e n e á lo existente; n o h a y r e u n i o n y
c o m b i n a c i o n , si n o h a y partes q u e r e u n i r y c o m b i n a r .
20. E n t r e la s u s t a n c i a y las m o d i f i c a c i o n e s n o t a m o s u n a
diferencia, y es, q u e la s u s t a n c i a es i n d e p e n d i e n t e d e las
m o d i f i c a c i o n e s , p e r o las m o d i f i c a c i o n e s n o s o n i n d e p e n d i e n
tes d e la sustancia. Esta, p e r m a n e c i e n d o la m i s m a , c a m b i a
d e a c c i d e n t e s ; p e r o u n a c c i d e n t e p e r m a n e c i e n d o u n o m i s
m o , n o p u e d e c a m b i a r d e sustancia. La. m i s m a m a d e r a p u e
d e r e c i b i r s u c e s i v a m e n t e m u c h a s f i g u r a s ; p e r o l a m i s m a fi
g u r a e n n ú m e r o , n o p u e d e p a s a r d e u n a m a d e r a á otra. D o s
p e d a z o s d e m a d e r a p u e d e n t e n e r u n a figura s e m e j a n t e ó di
ferente; c ú b i c a , esférica, p i r a m i d a l , etc., y t o m a r la u n a la
d e otra ; p e r o e n tal c a s o n o h a y i d e n t i d a d d e figuras , s i n o
s e m e j a n z a ; s o n las m i s m a s e n e s p e c i e , m a s n o e n n ú m e r o .
11. Si se m e p r e g u n t a , c ó m o sé q u e n o h a y m a s q u e se
m e j a n z a y n o i d e n t i d a d n u m é r i c a e n las figuras q u e s u c e s i
v a m e n t e t o m a n l o s c u e r p o s , q u e n o h a y p e r m a n e n c i a e n l a s fi
g u r a s q u e c a m b i a n d e sujeto , y p o r c o n s i g u i e n t e q u e u n a
m i s m a figura n o p a s a d e u n a s u s t a n c i a á otra, así c o m o u n a
m i s m a s u s t a n c i a p a s a d e u n a á otra figura , n o m e s e r á difícil
d e m o s t r a r l o .
P o r d e p r o n t o salta á los ojos la e x t r a ñ e z a d e u n a figura
c ú b i c a , p o r e j e m p l o , p a s a n d o d e u n c u e r p o á otro. ¿ Q u é es
esta f o r m a s e p a r a d a del c u e r p o ? ¿ C ó m o se s o s t i e n e e n el
tránsito? ¿ C ó m o n o e s e x a c t a m e n t e igual e n a m b o s , y s e p r e
s e n t a c o n ligeras m o d i f i c a c i o n e s ? E n el tránsito ¿ h a b r á t a m
b i e n sufrido m o d i f i c a c i o n ? E n t o n c e s h a b r á m o d i f i c a c i o n d e
m o d i f i c a c i o n , y la figura e n si, e n a b s t r a c t o d e t o d o c u e r p o ,
resultará u n a e s p e c i e d e s u s t a n c i a d e s e g u n d o ó r d e n , p e r
m a n e n t e e n m e d i o d e las m o d i f i c a c i o n e s . C l a r o es q u e esto
s o n s u e ñ o s , e n q u e s e aplica á la r e a l i d a d lo q u e solo c o n
v i e n e á la i d e a e n abstracto; q u e ese tránsito d e f o r m a s s u
p o n d r í a u n a e x i s t e n c i a d e ellas p o r s e p a r a d o ; y así p o d r í a
m o s t e n e r c u b o s , esferas, triángulos, círculos etc., e n a b s
tracto, y t o d a clase d e figuras , subsistentes e n si, sin aplica
c i o n á n a d a figurado.
22. P e r o t o d a v í a s e p u e d e d a r d e esta v e r d a d otra d e m o s
tracion m a s rigurosa. Si se s u p o n e q u e u n a m i s m a figura e n
n ú m e r o , p a s a d e u n c u e r p o á otro, t e n d r e m o s q u e el p e d a z o
 - il -
d e m a d e r a A , q u e p i e r d e la f o r m a c ú b i c a , la trasmite al
c u e r p o B. A h o r a , esta f o r m a i n d i v i d u a l n o p u e d e e s t a r e n los
d o s á u n m i s m o t i e m p o . S u p o n g a m o s q u e d e s p u e s d e h a b e r
q u i t a d o á la m a d e r a A la f o r m a c ú b i c a , se la d e v o l v e m o s
sin tocar al c u e r p o B ; c l a r o es q u e n o s e r á la m i s m a e n los
d o s ; l u e g o tanta r a z o n h a b i a p a r a q u e d i j é s e m o s q u e el c u e r
p o B n o h a b i a a d q u i r i d o la m i s m a s i n o otra s e m e j a n t e . E s
e v i d e n t e a d e m á s q u e p a r a d a r á u n c u e r p o la f o r m a c ú b i c a
n o n e c e s i t a m o s quitársela al otro; l u e g o la f o r m a del u n o n o
e s individualmente la del otro; p u e s d e lo c o n t r a r i o seria p r e
ciso decir, q u e es y n o es , q u e se c o n s e r v a y d e j a d e existir
á u n m i s m o t i e m p o .
23. L a s p a l a b r a s trasmision ó c o m u n i c a c i o n del m o v i m i e n
to, q u e tanto se u s a n e n la física , e x p r e s a n u n a r ea l id ad , e n
c u a n t o se l i m i t a n al f e n ó m e n o sujeto á cálculo; p e r o signifi
c a r í a n u n a b s u r d o , si se les e n t e n d i e s e e n el s e n t i d o d e q u e
el m i s m o m o v i m i e n t o q u e se h a l l a b a e n u n c u e r p o , h a p a s a d o
á otro. L a s u m a d e las c a n t i d a d e s d e m o v i m i e n t o d e s p u e s del
c h o q u e d e los c u e r p o s d u r o s , es la m i s m a q u e a n te s ; y esto
s e verifica r e p a r t i é n d o s e e n t r e ellos la v e l o c i d a d , p e r d i e n d o
el u n o , y g a n a n d o el otro. A s í lo e n s e ñ a el cálculo, y lo ates
tigua la e x p e r i e n c i a . P e r o es e v i d e n t e q u e n o p u e d e s u c e d e r
q u e la m i s m a v e l o c i d a d individual q u e e s t a b a e n el c u e r p o
c h o c a n t e se h a y a t r a s m i t i d o al c h o c a d o ; p u e s léjos d e q u e
la v e l o c i d a d s e a s e p a r a b l e del c u e r p o , p a s a n d o d e u n sujeto
á o t r o , ni s i q u i e r a se la c o n c i b e , s i n o c o m o u n a r e l a c i o n e n
c u y a i d e a e n t r a n las del c u e r p o m o v i d o , del e s p a c i o y d e 1
t i e m p o . E s v e r d a d q u e s i e n d o Q la c a n t i d a d del m o v i m i e n t o
a n t e s d el c h o q u e , el valor d e Q p e r m a n e c e c o n s t a n t e d e s p u e s
del c h o q u e ; p e r o esto solo e x p r e s a el f e n ó m e n o c o n r e l a c i o n
¿ s u s efectos, e n c u a n t o sujeto á c á l c u l o ; p e r o n o q u e la v e
l o c i d a d q u e e n t r a e n ul s e g u n d o m i e m b r o d e la e c u a c i o n s e a
f o r m a d a d e las partes d e las a n t e r i o r e s . S e a n A y B d o s c u e r
p o s , c o n c u y a s letras e x p r e s a r e m o s s u s m a s a s , y V, v, s u s
v e l o c i d a d e s r e s p e c t i v a s a n t e s del c h o q u e . L a c a n t i d a d del m o
v i m i e n t o será Q = A X V + B X v . D e s p u e s del c h o q u e resultará
-una n u e v a v e l o c i d a d , q u e l l a m a r e m o s u, y t e n d r e m o s q u e la
c a n t i d a d del m o v i m i e n t o s e r á Q = A X u + B X u M a t e m á t i c a
m e n t e h a b l a n d o , el v a l o r d e Q s e r á el m i s m o ; p e r o esto solo
significa q u e si se e x p r e s a n los r e s u l t a d o s del m o v i m i e n t o
 - 7 2 -
e n n ú m e r o s ó e n líneas , t e n d r e m o s lo m i s m o d e s p u e s q u e
a n t e s del c h o q u e ; m a s n o se e n t i e n d e ni se p u e d e e n t e n
de r, q u e e n la v e l o c i d a d u , c o n s i d e r a d a e n c u a n t o se halla
e n el sujeto, h a y a u n trozo d e v e l o c i d a d q u e se h a d e s p e g a
d o d e la V p a r a u n i r s e c o n la v.
14. D e esto resulta q u e los a c c i d e n t e s d e los c u e r p o s n o
los c o n c e b i m o s realizables sin sujeto al q u e estén i n h e r e n
tes; y q u e las s u s t a n c i a s n o están i n h e r e n t e s á otro ser, y s o n
c o n c e b i d a s y existen r e a l m e n t e sin esta i n h e r e n c i a . L a figu
r a n o p u e d e existir sin c o s a figurada ; p e r o esta c o s a figura
d a p u e d e existir m u y b i e n a u n q u e se a n o n a d e n todas las d e
m á s cosas. A n a l i z a n d o s u n a t u r a l e z a p o d r e m o s e n c o n t r a r , y
e n c o n t r a r e m o s e n efecto, q u e s u existencia s u p o n e la exis
tencia d e otro ser q u e la h a y a p r o d u c i d o ; p e r o entre las d o s
h a l l a m o s la r e l a c i o n d e c a u s a y d e efecto, m a s n o la d e in
h e r e n c i a , n o la d e sujeto y m o d i f i c a c i o n .
25. Estas ú l t i m a s c o n s i d e r a c i o n e s e x p l i c a n m a s la idea
d e s u s t a n c i a c o r p ó r e a : H a b í a m o s e n c o n t r a d o (ciap. III) las
n o t a s siguientes: l.*ente;,!.* r e l a c i o n d e p e r m a n e n t e á lo
variable; 3.* sujeto d e estas v a r i a c i o n e s : a h o r a e n c o n t r a m o s
la c u a r t a q u e es u n a n e g a c i o n ; la n o i n h e r e n c i a á otro. E s t e
c a r á c t e r n e g a t i v o se halla i n c l u i d o e n el positivo: sujeto p e r
m a n e n t e de variaciones; p o r q u e es claro q u e al c o n c e b i r suje
to p e r m a n e n t e de variaciones, y a n o i n c l u i m o s la inherencia,
a n t e s b i e n se la n e g a m o s , al m e n o s i m p l í c i t a m e n t e L a n o
i n h e r e n c i a s u p o n e a l g o positivo, a l g o e n q u e se f u n d e el n o
t e n e r esta n e c e s i d a d d e estar a d h e r i d o . ¿ Q u é es esto ? N o lo
s a b e m o s . C o n o c e m o s q u e existe , p e r o n o a l c a n z a m o s á e x
plicarlo. P r o b a b l e m e n t e es i n e x p l i c a b l e sin la intuicion d e la
m i s m a e s e n c i a d e las c o s a s ; y esta intuicion n o s falta.

C A P Í T U L O V .

C o n s i d e r a c i o n e s s o b r e la sustancia c o r p o r e a e n sí m i s m a ,
26. L a i d e a d e s u s t a n c i a , tal c o m o la h e m o s e x p l i c a d o
hasta a q u í , e n v u e l v e u n a r e l a c i o n á los a c c i d e n t e s e n g e n e
r t a e l r ( m c i a n p a . d a I , I I ) s . i Pn o e r l o a e d s e t a s u i s d t e a n c n i o a e c s o r l a p ó d r e e a u ; n a y ps ru es ct ia sn oc i e a s i c n o d n o - •
 — M -
fesar la dificultad d e c o n c e b i r u n a s u s t a n c i a c o r p ó r e a parti
cular sin n i n g u n accidente. Si á este p a p e l e n q u e e s c r i b o le
d e s p o j o d e t o d o c u a n t o tiene r e l a c i o n c o n m i s s e n t i d o s , y
hasta p r e s c i n d o d e s u figura y d e s u e x t e n s i o n , ¿ q u é m e re s
ta p a r a c o n c e b i r a l g o particular d e t e r m i n a d o , a l g o q u e n o
s e a la i d e a d e s er e n g e n e r a l , s i n o la d e este se r e n particu
lar ? C l a r o e s q u e p a r a q u e el o b je t o n o se m e d e s v a n e z c a
c o m p l e t a m e n t e , ó p a r a q u e p e r d i e n d o t o d a i n d i v i d u a l i d a d ,
n o se m e c o n f u n d a e n la idea u n i v e r s a l , d e b o r e s e r v a r m e
a l g o p o r lo c u a l p u e d a d e c i r esto; es d e c i r , esto q u e se halla
a q u í , ó q u e m e h a a f e c t a d o d e tal ó c u a l m a n e r a , ó q u e h a
sido el sujeto d e tales ó c u a l e s m o d i f i c a c i o n e s . P o r d o n d e s e
e c h a d e v e r q u e c o n s i d e r o c u a n d o m e n o s s u p o s i c i o n c o n
r e s p e c t o á los d e m á s c u e r p o s , ó s u c a u s a l i d a d c o n r e l a c i o n
á las i m p r e s i o n e s q u e m e h a p r o d u c i d o , ó s u n a t u r a l e z a d e
sujeto d e d e t e r m i n a d o s accidentes. A s í p u e s c o m o la idea d e
s u s ta n c ia finita e n g e n e r a l e n v u e l v e relacion á ciertos acci
d e n t e s e n g e n e r a l , así la d e s u s t a n c i a e n particular la e n
v u e l v e á a c c i d e n t e s particulares.
27. D i c h a r e l a c i o n la e n c o n t r a m o s e n n u e s t r o m o d o d e
c o n c e b i r la s u s t a n c i a c o r p ó r e a ; n o es fácil a s e g u r a r si la e n
v u e l v e t a m b i e n e n s u n a t u r a l e z a m i s m a . Esta n o la c o n o c e
m o s , y al q u e r e r e x a m i n a r l a , n o s h a l l a m o s s o b r e u n t e r r e n o
distinto; se p r e s e n t a n á n u e s t r a c o n s i d e r a c i o n las c u e s t i o n e s
s o b r e la e s e n c i a d e los c u e r p o s .
28. L a i d e n t i d a d d e la s u s t a n c i a c o r p ó r e a bajo s u s d i v e r
sas t r a s f o r m a c i o n e s , t a m p o c o p o d e m o s a s e g u r a r hasta q u é
p u n t o c o n t i n ú a . L o s partidarios d e la filosofía c o r p u s c u l a r
c o n s i d e r a n todas las t r a s f o r m a c i o n e s c o m o s i m p l e s m o v i
m i e n t o s locales, y t o d a s las v a r i a c i o n e s q u e v e m o s e n los
c u e r p o s c o m o s i m p l e s r e s u l t a d o s d e la diferente p o s i c i o n d e
l a s m o l é c u l a s e n t r e si. L e i b n i t z r e s u e l v e l a m a t e r i a e n u n a
infinidad d e m ó n a d a s , q u e n o s o n los á t o m o s d e E p i c u r o ,
p e r o q u e c o n d u c e n t a m b i e n á la invariabilidad sustancial
d e los c u e r p o s , los c u a l e s , s e g u n él , n o s o n m a s q u e el c o n
j u n t o d e s u s t a n c i a s indivisibles l l a m a d a s m ó n a d a s . L o s aris
totélicos c r e i a n q u e d e las m u d a n z a s d e los c u e r p o s , u n a s
e r a n a c c i d e n t a l e s , c o m o la d e figura, m o v i m i e n t o , d e n s i
d a d , calor, frio etc. etc., otras sustanciales, c o m o el tránsito
d e la m a d e r a "á ceniza. P e r o e n m e d i o d e esta v a r i e d a d d e
 - 7 4 -
s i s t e m a s , es n o t a b l e el a c u e r d o e n a d m i t i r a l g o p e r m a n e n t e
sujeto d e las m u d a n z a s . C o n r e s p e c t o á los a t o m i s t a s y á
L e i b n i t z , es claro q u e a d m i t í a n la i d e n t i d a d del sujeto ; y p o r
lo q u e toca á los aristotélicos, a u n q u e la m u d a n z a q u e in
d u c í a u n a f o r m a sustancial diferente d e la p r i m e r a trasfor-
m a b a s u s t a n c i a l m e n t e el ser, d e s u e r t e q u e d e s p u e s d e la
m u d a n z a d e la f o r m a sustancial n o p o d i a d e c i r s e q u e el u n o
e r a s u s t a n c i a l m e n t e el otro ; n o o b s t a n t e o p i n a b a n q u e h a
b í a u n sujeto c o m u n e n esas m i s m a s t r a s f o r m a c i o n e s s u s
tanciales, q u e ellos l l a m a b a n m a t e r i a p r i m a . T a n claro, tan
e v i d e n t e es q u e e n m e d i o d e las t r a s f o r m a c i o n e s del m u n d o
c o r p ó r e o h a y a l g o p e r m a n e n t e , q u e se e n c u e n t r a r e c o n o c i
d a esta v e r d a d e n t o d o s los s i s t e m a s filosóficos.
29. Si esta s u s t a n c i a c o r p ó r e a es u n a realidad, c o m o lo es
e n efecto, es n e c e s a r i o q u e n o solo exista, s i n o q u e s e a algo
d e t e r m i n a d o . A esta d e t e r m i n a c i o n sustancial del c u e r p o , á
esto q u e le c o n s t i t u y e tal c o s a , y q u e le d i s t i n g u e e n s u ín
t i m a n a t u r a l e z a , e n s u e s e n c i a , d e t o d o s los d e m á s c u e r p o s
d e otras e s p e c i e s , á esto l l a m a b a n los aristotélicos f o r m a
sustancial ; y al sujeto d e e s a f o r m a , d e e sa actualidad, á e s e
sujeto c o m u n á t o d o s los c u e r p o s , le a p e l l i d a b a n m a t e r i a
p r i m a , q u e e r a u n a p u r a potencia, u n a e s p e c i e d e m e d i o e n
tre el p u r o n a d a y el s e r e n acto.
30. S o b r e estos p u n t o s se h a d i s p u t a d o d e s d e q u e h a y es
c u e l a s filosóficas y es p r o b a b l e q u e se d i s p u t a r á e n adelante;
p e r o s i e m p r e c o n e s c a s o fruto. D e l m u n d o c o r p ó r e o c o n o c e
m o s s u existencia, c o n o c e m o s s u s r e l a c i o n e s c o n nosotros,
c o n o c e m o s s u s p r o p i e d a d e s y s u s leyes, e n c u a n t o está suje
to á n u e s t r a o b s e r v a c i o n ; p e r o á s u i n t i m a n a t u r a l e z a n o al
c a n z a n n u e s t r o s sentidos, n o llegan n u e s t r o s i n s t r u m e n t o s . A
m e d i d a q u e a d e l a n t a e l h o m b r e e n s a g a c i d a d d e o b s e r v a c i o n
y f u e r z a y d e l i c a d e z a d e i n s t r u m e n t o s , d e s c u b r e n u e v o s m i s
terios, y v e q u e las b a r r e r a s q u e él creia u n n o n plus ultra,
s e retiran m a s allá, e n la i n m e n s i d a d d e u n o c é a n o . ¿ L a s al
c a n z a r á a l g u n día? ¿ P o d r á d a r la v u e l t a á e se m u n d o científico?
¿ Está r e s e r v a d o al p o r v e n i r u n c o n o c i m i e n t o d e la í n t i m a n a
turaleza del sujeto d e e s a infinidad d e f e n ó m e n o s q u e n o s
a s o m b r a n ? difícil es creerlo. El telescopio á m e d i d a q u e se
p e r f e c c i o n a , e x t i e n d e los limites del u n i v e r s o , y p a r e c e c a m i
n a r á l o i n f i n i t a m e n t e g r a n d e ; la p e r f e c c i o n del m i c r o s c o p i o ,
 - T ó -
s i g u i e n d o la d i r e c c i o n o p u e s t a , p a r e c e c a m i n a r h a c i a lo in
f i n i t a m e n t e p e q u e ñ o . ¿ D ó n d e están los l i m ü e s ? E s p r o b a b l e
q u e el e n c o n t r a r l o s n o es p e r m i t i d o al débil m o r t a l m i e n t r a s
h a b i t a s o b r e la tierra. El espíritu h u m a n o , tan activo, tan fe
c u n d o , s e l a n z a s u c e s i v a m e n t e h á c i a los d o s e x t r e m o s : p e r o
c u a n d o s e lisonjea d e llegar al ú l t i m o confín, siente q u e al
g o le d e t i e n e antes d e a l c a n z a r el objeto d e s u s n o b l e s d e
s e o s ; e s la c a d e n a q u e le u n e al c u e r p o m o r t a l , y q u e n o le
p e r m i t e el libre v u e l o d e los espíritus p u r o s .

C A P Í T U L O V I .

Sustaocialidad del jo humano.

31. A l c o n s i d e r a r las s u s t a n c i a s c o r p ó r e a s , n o h e m o s e n
c o n t r a d o la perfecta u n i d a d ; t o d a s c u a n t a s se sujetan á n u e s
tros s e n t i d o s se r e s u e l v e n e n m u c h a s otras, q u e á s u v e z s o n
s u s t a n c i a s t a m b i e n : r e s u l t a n d o q u e los c u e r p o s , m a s b i e n
s o n a g r e g a d o s d e s u s t a n c i a s , q u e u n a sola sustancia. L a u n i
d a d n o la e n c o n t r a m o s e n ellos ; n o s o t r o s se la a t r i b u i m o s , ó
e n c u a n t o f o r m a n u n lazo c o m u n d e n u e s t r a s s e n s a c i o n e s , ó
e n c u a n t o esas diversas s u s t a n c i a s las c o n s i d e r a m o s s u b o r
d i n a d a s á u n a q u e las vivifica y dirige. A s í las partes d e u n
c u e r p o a n i m a d o , c o n s t i t u y e n u n a e s p e c i e d e u n i d a d , e n
c u a n t o e s t á n s u b o r d i n a d a s al p r i nc i pi o q u e las a n i m a .
32. D e a q u í n o d e b e m o s inferir q u e la u n i d a d v e r d a d e r a
n o existe ni a u n e n los m i s m o s c u e r p o s ; si p u d i é s e m o s c o
n o c e r s u e s e n c i a m i s m a , la h a l l a r í a m o s sin d u d a , y a s e a e n
las m ó n a d a s e x c o g i t a d a s p o r Leibnitz, y a e n otra c o s a m a s 6
m e n o s s e m e j a n t e . A u n q u e este c o n o c i m i e n t o d e las e s e n c i a s
n o s falte, sin e m b a r g o el r a c i o c i n i o n o s c o n d u c e á esta u n i
dad. L o c o m p u e s t o se f o r m a d e partes; si este á s u v e z se
c o m p o n e d e otras, y asi s u c e s i v a m e n t e , al fin h e m o s d e lle
g a r á a l g o q u e n o se d e s c o m p o n e : allí está lo indivisible; ó
m e j o r , la v e r d a d e r a u n i d a d . Este r a c i o c i n i o vale, a u n s u p o
n i e n d o q u e la m a t e r i a es divisible hasta lo infinito. L a divi
sibilidad h a s t a lo infinito s u p o n d r í a infinidad d e partes e n
q u e s e p o d r í a dividir : estas p ar t es p u e s existirían; e s o s ele
m e n t o s infinitésimos s e r i a n reales, e n ellos estaría la u n i d a d .
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33. I n d e p e n d i e n t e m e n t e d el m u n d o c o r p ó r e o , e n c o n t r a
m o s la i d e a d e s u s t a n c i a , s u a p l i c a c i o n real, s u u n i d a d p e r
fecta , e n n o s o t r o s m i s m o s , e n el t e s t i m o n i o d e n u e s t r a c o n
ciencia. Esta n o s c e r c i o r a d e q u e p e n s a m o s , d e q u e d e s e a
m o s , d e q u e s e n t i m o s , d e q u e e x p e r i m e n t a m o s u n a infinidad
d e a f e c c i o n e s , las u n a s sujetas á n u e s t r a v o l u n t a d , y c o m a
hijas d e la a ct ivi dad q u e h a y allá e n el f o n d o d e n o s o t r o s
m i s m o s ; otras i n d e p e n d i e n t e s d e nosotros, q u e n o s v i e n e n s i n
n u e s t r a v o l u n t a d , a v e c e s c o n t r a ella, y c u y a r e p r o d u c c i o n
n o está s i e m p r e e n n u e s t r a m a n o .
E s e flujo y reflujo d e ideas , d e voliciones y s e n t i m i e n t o s »
t i e n e n u n p u n t o e n q u e se e n l a z a n , u n sujeto q u e los reci
b e , q u e los r e c u e r d a , q u e los c o m b i n a , q u e los b u s c a , ó los
e v i t a , e s e s e r d e q u e t e n e m o s c o n c i e n c i a í n t i m a , q u e l o s fi
lósofos h a n d a d o e n l l a m a r el yo. E s t e es u n o , idéntico b a j o
t o d a s las t r a s f o r m a c i o n e s ; y e s a u n i d a d , e sa i d e n t i d a d e s
p a r a n o s o t r o s u n h e c h o i n d i s p u t a b l e , u n h e c h o a t e s t i g u a d o
p o r la c o n c i e n c i a . ¿ Q u i é n seria c a p a z d e h a c e r n o s d u d a r »
q u e el y o q u e p i e n s a e n este m o m e n t o , es el m i s m o q u e p e n
s a b a a y e r y a ñ o s atrás? N o o b s t a n t e la v a r i e d a d d e los p e n
s a m i e n t o s y d e s e o s , á p e s a r del c a m b i o d e o p i n i o n e s y v o
luntad, y d e la o p o s i c i o n d e u n o s actos c o n otros, ¿ q u i é n
n o s quitaría la c o n v i c c i o n p r o f u n d a , incontrastable, d e q u e
s o m o s n o s o t r o s m i s m o s q u i e n e s lo e x p e r i m e n t a m o s , d e q u e
h a y algo a q u í d e n t r o q u e sirve d e sujeto á t o d o ?
34. Si e n n o s o t r o s n o h u b i e s e a l g o p e r m a n e n t e e n m e d i o
d e tanta v a r i e d a d , la c o n c i e n c i a del yo seria i m p o s i b l e . E n
t o n c e s n o h a b r í a e n n o s o t r o s m a s q u e u n a s u c e s i o n d e f e n ó
m e n o s i n c o n e x o s , y p o r tanto s e r i a n i m p o s i b l e s la m e m o r i a
y la c o m b i n a c i o n . El p e n s a m i e n t o es u n a b s u r d o , si n o h a y
a l g o q u e p i e n s e , p e r m a n e c i e n d o idéntico bajo la v a r i e d a d
d e las f o r m a s del p e n s a r . E n n o s o t r o s p u e s h a y u n s u j e t o
s i m p l e q u e t o d o lo e n l a z a , e n el c u a l se verifican e s a s m u
d a n z a s ; h a y p u e s u n a sustancia. E n ella h a y u n a u n i d a d ; e s a
u n i d a d q u e n o e n c o n t r a m o s e n las s u s t a n c i a s c o r p ó r e a s s i n o
d e s p u e s d e h a b e r r e c o r r i d o u n a série infinita d e d e s c o m p o
siciones, se n o s p r e s e n t a e n la s u s t a n c i a espiritual e n el pri
m e r m o m e n t o , c o m o u n s i m p l e h e c h o i n t e r n o , sin el c u a l
s o n a b s u r d o s t o d o s los f e n ó m e n o s q u e s e n t i m o s e n n u e s t r o
interior, y n o s es i m p o s i b l e t o d a e x p e r i e n c i a del m u n d o e x
 lerno. S i u l a u n i d a d del yo, n o h a y s e n s a c i o n e s ; . y sin estas,
n a d a p o d e m o s e x p e r i m e n t a r d e los s e r e s q u e n o s r o d e a n .

C A P Í T U L O V I I .

R e l a c i o n d e la p r o p o s i c i o n T O P I E N S O , c o n la au tanctalidad del yo.

35. Si n o a d m i t i m o s q u e el a l m a es s u s t a n c i a , la p r o p o
s i ci o n yo pienso, c a r e c e d e sentido. E n t o n c e s la filosofía p i e r d o
s u p u n t o d e a p o y o ; t o d o c u a n t o e x p e r i m e n t a m o s e n n u e s t r o
in terior , es u n a série d e f e n ó m e n o s i n c o n e x o s , i n c a p a z d e
s e r o b s e r v a d a y d e estar s o m e t i d a á n i n g u n a regla.
36. M i p e n s a m i e n t o d e a h o r a n o e s i n d i v i d u a l m e n t e m i
p e n s a m i e n t o d e a y e r , c o m o m i p e n s a m i e n t o d e m a ñ a n a n o
s e r á m i p e n s a m i e n t o d e h o y : estos p e n s a m i e n t o s c o n s i d e r a
d o s e n sí, c o n p r e c i s i o n d e u n sujeto e n el c u a l s e hallen,
n o t i e n e n n a d a q u e v e r el u n o c o n el otro: q u i z á s v e r s a n s o
b r e objetos sin n i n g u n a relacion, q u i z á s s o n c o n t r a d i c t o
r i o s ; q u i z á s el p e n s a m i e n t o d e h o y e s n e g a c i o n d e l d e a y e r .
87. L o m i s m o se verifica e n t o d o s los p e n s a m i e n t o s , e n
t o d o s los actos d e v o l u n t a d , e n t o d o s los s e n t i m i e n t o s , e n
t o d a s las r e p r e s e n t a c i o n e s i m a g i n a r i a s , e n todas las s e n s a
cm i o o . n e F s i , j a y n d e o n l g a e c n o e u r s a i l d e r n a t c o i d o o n c e u n a n t t o o d a e s x p l e a s r i a m f e e n c t c o i o e n n e s m í i n m t i e r s

n a s , s e a n las q u e f u e r e n , n o v e o e n ellas m a s q u e u n a sé
rie d e f e n ó m e n o s , u n a e s p e c i e d e rio d e existencias q u e p a
s a n y d e s a p a r e c e n , u n a s p a r a n o v o l v e r , otras p a r a r e a p a
r e c e r d e n u e v o e n t i e m p o diferente, y o f r e c i é n d o m e e x p r e
s a m e n t e esta diferencia. L a r e a p a r i c i o n n o es individual, s i n o
d e s e m e j a n z a ; e s t o e s , q u e la a f e c c i o n r e p e t i d a n o e s -ra
m i s m a q u e antes h u b o , s i n o otra s e m e j a n t e . C u a n d o la afec
c i o n v u e l v e , t e n g o c o n c i e n c i a d e s u a c t u a l i d a d e n el m o
m e n t o p r e s e n t e , y c o n c i e n c i a d e s u a c t u a l i d a d e n u n t i e m p o
anterior; esta d o b l e c o n c i e n c i a q u e c o n s t i t u y e el r e c u e r d o ,
m e h a c e distinguir e n t r e las d o s a f e c c i o n e s , é i m p l i c a n e
c e s a r i a m e n t e el juicio d e q u e la u n a n o es la otra. L a afec
c i o n r e c o r d a n t e ( p e r m í t a s e m e la e x p r e s i o n ) q u e sé identifi
c a s e c o n la a f e c c i o n r e c o r d a d a , n o seria r e c u e r d o : u n a c o s a
se presenta á si m i s m a , m a s n o s e recuerda.
 - 7 8 -
38. L u e g o e n n u e s t r o interior t o d o p a s a p a r a n o v o l v e r ;
el flujo es real; el reflujo n o es m a s q u e a p a r e n t e ; lo q u e deja
d e ser, n o v u e l v e á ser j a m á s ; h a b r á u n a c o s a s e m e j a n t e , p e r o
n o la m i s m a : lo q u e fué, p a s ó ; y el t i e m p o n o v u e l v e atrás.
39. L u e g o la série d e los f e n ó m e n o s internos, c o n s i d e r a
d o s e n si solos y p r e s c i n d i e n d o d e u n sujeto e n q u e residan,
es p o r n e c e s i d a d i n c o n e x a , y n o h a y m e d i o p a r a s u b o r d i n a r
s u s t é r m i n o s á u n a ley ni á n i n g u n lazo.
40. S i n e m b a r g o esta ley existe e n t o d o s n u e s t r o s a c t o s
intelectuales; u n a r a z o n sin leyes q u e la g o b i e r n e n , es el
m a y o r d e los a b s u r d o s ; este lazo se e n c u e n t r a e n t o d a s n u e s
tras a f e c c i o n e s : el flujo d e ellas, c o n s u distincion y s u s di
f e re n c ia s y s e m e j a n z a s , es u n h e c h o p r e s e n t e á n u e s t r o in
terior, h e c h o al c u a l e s t a m o s s o m e t i d o s c o m o á u n a c o n d i
c i o n p r i m i t i v a é i n d e c l i n a b l e d e n u e s t r a existencia.
41. L a p r o p o s i c i o n :yo pienso , i n c l u y é n d o s e e n la p a l a b r a
p e n s a r t o d a s las a f e c c i o n e s internas, n o se refiere ta n s o l o á
f e n ó m e n o s aislados, s i n o q u e i m p l i c a p o r n e c e s i d a d u n p u n
to e n q u e se e n l a z a n , al c u a l l l a m a m o s el yo. Si este p u n t o n o
existe, si n o es u n o , si n o es idéntico, el p e n s a m i e n t o d e h o y
n o tiene n i n g u n lazo c o n el d e a y e r , s i e n d o d o s c o s a s dis
tintas, q u e se ha lla n e n t i e m p o s d i v e r s o s , y q u e q u i z á s s o n
contradictorias: c u a n d o h o y d i g o yo pienso, y e n t i e n d o d e c i r
q u e este y o es el m i s m o d e la p r o p o s i c i o n , yo p e n s a b a a y e r ,
m i l e n g u a j e es a b s u r d o ; si n o h a y m a s q u e los p u r o s f e n ó
m e n o s , los d o s p e n s a m i e n t o s sin u n p u n t o d e enlace, el y o
n o es n a d a ; n o p u e d o d e c i r yo p e n s a b a , yo pienso; d e b o d e c i r
habia p e n s a m i e n t o , h a y p e n s a m i e n t o . Si e n t o n c e s se m e p r e
g u n t a , dónde, e n quién, d e b e r é r e s p o n d e r q u e n o h a y d ó n d e ,
q u e n o h a y q u i é n ; d e b e r é n e g a r el s u p u e s t o , y l i m i t a r m e á
repetir: habia p e n s a m i e n t o , h a y p e n s a m i e n t o .
42. P a r a d e c i r yo, es n e c e s a r i o s u p o n e r u n a r e a l i d a d p e r
m a n e n t e : r e a l i d a d , p o r q u e lo q u e n o es real es n a d a ; p e r
m a n e n t e , p o r q u e lo q u e p a s a d e s a p a r e c e , d e j a d e s er y n o
p u e d e servir d e p u n t o p a r a u n i r n a d a .
 C A P Í T U L O V I I I .

C o n s i d e r a c i o n e s s o b r e la i n t u i c i o n q n e el a l m a t i e n e , 6 p u e d e t e n e r , ile sí m i s m a .
43. L a r e a l i d a d p e r m a n e n t e del yo, c o n s i d e r a d a e n sí m i s
m a y p r e s c i n d i e n d o d e las c o s a s q u e p a s a n e n ella, es u n h e
c h o q u e s e n t i m o s e n n u e s t r o interior, y e x p r e s a m o s e n to
d a s n u e s t r a s palabras. Si á esta p r e s e n c i a , esta e x p e r i e n c i a
í n t i m a , se la q u i e r e l l a m a r intuicion d el a l m a , n o s o t r o s te
n e m o s intuicion d e n u e s t r a a l m a . E s t a intuicion se halla re
p r o d u c i d a e n t o d a s las i n t u i c i o n e s pa r ti c ul a r es , y e n g e n e
ral e n t o d a s las a f e c c i o n e s i n t e r n a s ; p o r q u e si b i e n s o n fe
n ó m e n o s aislados, i m p l i c a n la intuicion del yo, p o r lo m i s
m o q u e i m p l i c a n c o n c i e n c i a d e sí p r o p i o .
44. L a m i s m a v a r i e d a d d e los f e n ó m e n o s aislados , léjos
d e p r o b a r n a d a c o n t r a la u n i d a d d e la intuicion del yo, la
c o n f i r m a hasta la e v i d e n c i a . Si c o n c e b i m o s u n p e n s a m i e n t o
s o l o , fijo, i d é n t i c o , n o n e c e s i t a m o s t a n t o d e u n i r l e la i d e a
d e u n sujeto e n q u e resida ; p e r o c u a n d o h a y m u c h e d u m b r e
d e f e n ó m e n o s diversos, y a u n contradictorios e n s u c o e x i s
t e n c i a , d e b e m o s referirlos á u n a c o s a c o n s t a n t e , so p e n a d e
c o n v e r t i r el m u n d o i n t e r n o e n u n c a o s absoluto.
45. H a y p u e s cierta intuicion del a l m a e n si m i s m a ; esto
es, h a y u n a p r e s e n c i a d e s e n t i m i e n t o d e s u u n i d a d e n t r e la
m u c h e d u m b r e , d e s u i d e n t i d a d e n t r e la d i v e r s i d a d , d e s u
p e r m a n e n c i a e n t r e la s u c e s i o n , d e s u d u r a c i o n c o n s t a n t e
e n t r e la a p a r i c i o n y d e s a p a r i c i o n d e los f e n ó m e n o s . O es n e
c e s a r i o a d m i t i r esto , ó r e n u n c i a r á la l e g i t i m i d a d del testi
m o n i o d e t o d a c o n c i e n c i a ; lo q u e p r o d u c i r í a el e s c e p t i c i s m o
m a s c o m p l e t o q u e h a existido j a m á s , e x t e n d i é n d o l e á los d o s
m u n d o s e x t e r n o é interno.
46. E n c o n t r a m o s p u e s q u e los c o n c e p t o s i n d e t e r m i n a d o s
d e ser, u n i d a d , p e r m a n e n c i a , sujeto d e modificaciones, se h a
llan realizados e n n u e s t r o interior: esta realizacion n o s la
a s e g u r a la c o n c i e n c i a , y n o s la c o n f i r m a el análisis lógico
d e la série d e los f e n ó m e n o s e n s u s r e l a c i o n e s c o n u n p u n
to d e enlace.
 47. Ser, u n o , p e r m a n e n t e , sujeto de modificaciones i n c l u y é
t o d o c u a n t o se e n c i e r r a e n la i d e a d e s u s t a n c i a finita: esto
lo e n c o n t r a m o s e n el a l m a , c o n la e x p e r i e n c i a lo s e n t i m o s ,
n o s afecta í n t i m a m e n t e ; si á esto se lo q u i e r e l l a m a r intui
c i o n , la t e n e m o s d e la s u s t a n c i a l i d a d del a l m a .
48. El sujeto p e n s a n t e n o solo se siente á sí p r o p i o , s i n o
q u e se c o n o c e c o m o u n objeto real , al cual aplica p o r m e d i o
d e la reflexion las ideas i n d e t e r m i n a d a s d e ser, u n i d a d , p e r
m a n e n c i a , sujeto d e m o d i f i c a c i o n e s . L u e g o el a l m a p u e d e
s e r u n v e r d a d e r o p r e d i c a d o e n p r o p o s i c i o n e s q u e t e n g a n el
d o b l e a p o y o d e la c o n c i e n c i a y d e la lógica.
49. P u e d e p r e g u n t a r s e si n o s o t r o s t e n e m o s otra intuicion
d e l a l m a q u e la q u e a c a b a m o s d e ex p li c a r; á esto r e s p o n d o
q u e n o , m i e n t r a s e s t a m o s e n esta vida; p e r o p r e g u n t o al m i s
m o t i e m p o , si es cierto q u e e n esta m a t e r i a h a y a otra intui
c i o n posible q u e la del s e n t i d o íntimo. A c o s t u m b r a d o s á las
i n t u i c i o n e s sensibles q u e i m p l i c a n la e x t e n s i o n e n el e s p a
cio, p r e g u n t a m o s ¿ q u é es el a l m a e n sí m i s m a ? y p a r e c e q u e
n o q u e d a m o s satisfechos p o r q u e n o v e m o s s u retrato. A b s -
t r a y é n d o n o s del ó r d e n d e la sensibilidad, l e v a n t á n d o n o s á la
e sf e r a intelectual p u r a , ¿ q u i é n s a b e si p o d r í a m o s d e c i r q u e
n o h a y otra intuicion de l a l m a q u e la q u e t e n e m o s a h o r a ;
q u e ella, e n sí m i s m a , e n s u e n t i d a d u n a , s i m p l e , es esta
m i s m a f u e r z a q u e s e n t i m o s ; q u e esta m i s m a f u er z a es el s u
jeto d e las m o d i f i c a c i o n e s , q u e es la sustancia, sin q u e s e a
p r e c i s o e x c o g i t a r otro f o n d o m u e r t o , d i g á m o s l o así, e n q u e
r e s i d a esta fuerza? ¿ p o r q u é la m i s m a f u e r z a n o p o d r á s e r
s u b s i s t e n t e ? ¿ p o r q u é d e b e m o s i m a g i n a r otro s u b s t r a t u m e n
el cual se a p o y e ? Y si esto fuese asi , si fuese aplicable á la
s u s t a n c i a de l a l m a lo q u e p e n s a b a d e todas las s u s t a n c i a s el
g r a n Leibnitz, h a c i e n d o consistir la i d e a d e s u s t a n c i a e n la
i d e a d e fuerza, ¿ p o r q u é n o p o d r í a m o s d e c i r q u e la p r e s e n
cia del s e n t i d o í n t i m o , la c o n c i e n c i a d e si propia, es t o d a la
intuicion q u e el a l m a p u e d e t e n e r d e sí m i s m a ?
50. M e p r e g u n t a i s q u é es el a l m a s e p a r a d a del c u e r p o , q u é
sentirá d e sí, q u é c o n o c e r á d e sí c u a n d o se hallará sola. ¿ A c a
s o e n la a c t u a l i d a d n o siente y n o c o n o c e sola? ¿ A c a s o los
ó r g a n o s d e q u e se vale, s i e n t e n ni p i e n s a n ? ¿ S a b e p o r v e n
t u r a d e q u é m a n e r a se sirve d e ellos, ni sa b ri a q u e se sir
v e d e ellos, s i n o p o r la e x p e r i e n c i a ? ¿ N o se halla sola e n
 ias p r o f u n d i d a d e s d e s u a c t i v i d a d , c o n s u s p e n s a m i e n t o s ,
c o n s u s a c t o s d e v o l u n t a d , c o n s u s s e n t i m i e n t o s , c o n s u ale
gría, c o n s u tristeza, c o n s u s pl a c er e s, c o n s u s d o l o r e s ? E n
h o r a b u e n a , d í g a s e q u e tal v e z n o n o s f o r m a m o s ideas b a s
tante claras del m o d o d e c o n c i e n c i a q u e t e n d r e m o s d e n o s
otros m i s m o s d e s p u e s d e esta v i d a ; d í g a s e q u e q u i z á s s o n p o
sibles otras i n t u i c i o n e s d e n o s o t r o s m i s m o s ; p e r o n o se pinte
c o m o u n a c o s a i n c o n c e b i b l e el a l m a sola: d e j a d m e el p e n
s a m i e n t o , la v o l u n t a d , el s e n t i m i e n t o , t o d o p r e s e n t e e n lo
i n t i m o d e m i c o n c i e n c i a ; p a r a h a l l a r m e a m í p r o p i o , n o n e
cesito m a s : d a d m e c o m u n i c a c i o n c o n otros s e r e s q u e m e
a f e c t e n ó á q u i e n e s y o afecte , q u e m e t r a s m i t a n s u s p e n s a
m i e n t o s y s u s v o l u n t a d e s , q u e m e c a u s e n p l a c e r e s ó dolores,
y n o n e c e s i t o n a d a m a s p a r a t e n e r u n m u n d o q u e c o n c i b o
m u y b i e n : m e falta el c o n o c i m i e n t o d e la c a l i d a d d e los p o r
m e n o r e s , n o d e s u posibilidad : el a l m a m u d a d e e s t a d o , n o
d e n a t u r a l e z a .

C A P Í T U L O I X .

E x i m e n d e la opinion de K x n t s o b r e los a r g u m e n t o s c o n q u e se p r u e b a la sustancialidad

del alma.
51. L o s a r g u m e n t o s p s i c o l ó g i c o s e n f a v o r d e la s u s t a n c i a
l i d a d d e l a l m a , s o n m e r o s p a r a l o g i s m o s e n la o p i n i o n d e
K a n t , y si b i e n p r u e b a n u n a s u s t a n c i a ideal , n o p u e d e n n u n
c a c o n d u c i r á u n a s u s t a n c i a real. E s t e filósofo, á m a s d e
las r a z o n e s c o n q u e a t a c a la p r u e b a p s i c o l ó g i c a d e la s u s t a n
c i a l i d a d d el a l m a , tenia u n a p e r s o n a l q u e e r a m u y p o d e r o s a
p a r a él , a t e n d i d a la f l a q u e z a del c o r a z o n h u m a n o : ó d e b í a
p o n e r e n d u d a la s u s t a n c i a l i d a d d e l a l m a ó c o n s e n t i r e n la
r u i n a d e t o d o s u s i s t e m a . « S e r i a , d i c e , u n g r a n d e , y h a s t a
el ú n i c o escollo d e t o d a n u e s t r a crítica , la posibilidad d e d e
m o s t r a r h priori q u e t o d o s los s e r e s p e n s a n t e s s o n s u s t a n c i a s
s i m p l e s , y q u e p o r c o n s i g u i e n t e t i e n e n n e c e s a r i a m e n t e l a p e r
s o n a l i d a d y la c o n c i e n c i a d e s u e x i s t e n c i a s e p a r a d a d e t o d a
m a t e r i a ; p o r q u e d e este m o d o h a b r í a m o s d a d o u n p a s o f u e r a
d e l m u n d o sensible , h a b r í a m o s e n t r a d o e n el c a m p o d e los
n o u m e n o s , y n a d i e n o s disputaria el d e r e c h o d e d e s m o n t a r es-
T. iv. 6
 — 8 8 -
le t e r r e n o , d e edif icar e n él y t o m a r p o s e s i o n del m i s m o , se
g u n q u e lo p e r m i t i r í a la f o r t u n a d e c a d a u n o » (Dialéctica
t r a s c e n d e n t a l , lib ro 2, ca p. 1).
5!. E n c o n c e p t o d e K a n t , el p r i m e r p a r a l o g i s m o d e la
psicología p u r a e n favor d e la s u s t a n c i a l i d a d del a l m a , es el
l s u i t g a u i d e e n n t e u : e s « t A r q o su e j l u l i co i o c s u , y ay r q e u p e r e n s o e n p t u a e c d i e o n s e e r s v i l ar ds u e s t d a e n t c e i ar m a i b n s oa

c i o n á otra c o s a , es sustancia. El y o , c o m o ser p e n s a n t e , e*

la s u s t a n c i a a b s o l u t a d e t o d o s s u s juicios posibles , y esta re
p r e s e n t a c i o n d e sí m i s m o n o p u e d e s e r el p r e d i c a d o d e otr;¡
c o s a ; l u e g o el y o c o m o se r p e n s a n t e , es s u s t a n c i a . »
t i c E a n e l e s d t i o s c t u é r r s om i p n s o i s c o p l r ó e g s i e c n o t a q u e e n l s a e p p r r i o m p e o r n a e e c d o i c m i b o a n t i d r e ; s u e n C r li a -

s e g u n d a e d i c i o n , q u e r i e n d o ser m a s claro, ó q u i z á m a s os
c u r o , e x p r e s a el m i s m o raciocinio e n otros t é r m i n o s . « L o
q u e n o p u e d e ser c o n c e b i d o s i n o c o m o sujeto , n o existe sino
c o m o sujeto, y p o r c o n s i g u i e n t e e s s u s t a n c i a ; es así q u e el s e r
p e n s a n t e , c o n s i d e r a d o s i m p l e m e n t e c o m o tal, n o p u e d e ser
p e n s a d o s i n o c o m o sujeto; l u e g o n o existe s i n o c o m o tal, es
d g eí a c i n r o , t c u o v m i e o s e s u e s x t p a o n s c i t a o . r » e P s r m e c a i s s o c l e a s r c o o s n f q e u s e a r K a q n u t e , s y i e l a n p s s u i s c o d l e o

m o s t r a c i o n e s h u b i e s e d e e m p l e a r las f o r m a s d e q u e se v a l e
este filósofo e n los pasajes q u e se a c a b a n d e v e r , h a r i a m u y
e s c a s o s prosélitos , p o r la sencilla r a z o n d e q u e p o c o s e n t e n
d e r í a n s u lenguaje. E s t o y s e g u r o q u e la m a y o r í a d e los lecto
res n o q u e d a c o n v e n c i d a p o r los s i l o g i s m o s f a v o r a b l e s á la
s u s t a n c i a l i d a d del a l m a , tales c o m o los p r e s e n t a K a n t : d e es
te m o d o la p o s i c i o n del filósofo es m u y v e n t a j o s a , p o r q u e d e
b e p r o b a r q u e n o tiene f u e r z a u n a r g u m e n t o , c u y a f u e r z a e n
v e r d a d n o se h a sentido. P e r o s u p o n g a m o s q u e u n filósofo se
d i g n a d e s c e n d e r del O l i m p o d e las a b s t r a c c i o n e s i n c o m p r e n
sibles, y n o se d e s d e ñ a d e h a b l a r el h u m i l d e l e n g u a j e d e los
m o r t a l e s , p r e s e n t a n d o el a r g u m e n t o p s i c o l ó g i c o b a j o u n a
f o r m a m a s sencilla , ¿ q u i é n s a b e si la c o n v i c c i o n p r o d u c i d a
seria a l g o m a s difícil d e d e s t r u i r ? e n s a y é m o s l o .
83. P o r s u s t a n c i a e n t i e n d o u n s er ó u n a r e a l i d a d p e r m a
n e n t e , e n la c u a l se verifican diferentes m o d i f i c a c i o n e s , c o n
t i n u a n d o ella idéntica á si m i s m a . E s así q u e e n m i interior
h a y e s a r eal id ad, q u e p e r m a n e c i e n d o i d é n t i c a , tiene varie
d a d d e p e n s a m i e n t o s , d e actos d e v o l u n t a d , d e s e n t i m i e n t o s ,
 - 8 3 -
'le s e n s a c i o n e s , c o m o m e lo a t e s t i g u a la c o n c i e n c i a ; l u e g o
esto q u e h a y e n m i interior es sustancia.
C r e o q u e se p u e d e desafiar á t o d o s los filósofo s del m u n
d o , á q u e s e ñ a l e n e n este s i l o g i s m o u n a p r o p o s i c i o n falsa,
ni d u d o s a , ó i n d i q u e n u n vicio e n la c o n s e c u e n c i a , si n o
q u i e r e n p o n e r s e e n abierta c o n t r a d i c c i o n , p o r u n a parte c o n
el t e s t i m o n i o d e la c o n c i e n c i a , y p o r otra c o n t o d a s las leyes
d e la r a z o n h u m a n a .
c i a 5 4l . i d a d P r d e e t l e a n l d e m a K a n o t q e u s e c e o l n r c a l c u i y o e c n i t n e i o , e p n o r f q a v u o e r l d a e s l p a u sr u a s t a c n a -

tegorías , y p o r c o n s i g u i e n t e la d e la s u s t a n c i a , n o t i e n e n
a b s o l u t a m e n t e n i n g u n v a l o r objetivo, s i n o e n c u a n t o s o n
a p l i c a d a s á la d i v e r s i d a d d e u n a intuicion s o m e t i d a á las
m i s m a s ; esto es , q u e el c o n c e p t o d e s u s t a n c i a es u n a p u r a
f u n c i o n lógica q u e n o v a l e n a d a ni significa n a d a objetiva
m e n t e , s i n o e n c u a n t o se refiere á c o s a s sensibles ; y q u e tan
p r o n t o c o m o sal e d e la esfera d e la sensibilidad , n o p u e d e
dc oa n d d d u e c l i r a l á m a n i n n o g u p n u e r ed s e u l s t e a r d o . b j E e s t o e d v e i d l e a n t i e n t q u u i c e i o l n a s u e s n t s a i n b c l i e a l ; i y -

p o r c o n s i g u i e n t e , aplicar al a l m a la i d e a d e s u s t a n c i a es e x
t e n d e r el c o n c e p t o m a s d e lo q u e p e r m i t e s u naturaleza. M e
n e s t e r es c o n f e s a r q u e el r a c i o c i n i o d e K a n t es c o n c l u y e n t e ,
si s e a d m i t e n s u s p r i n c i p i o s ; y e n esto t e n e m o s u n a p r u e b a
d e la n e c e s i d a d d e c o m b a t i r ciertas teorías q u e á p r i m e r a vis
ta p a r e c e n i n o c e n t e s p o r estar e n el m u n d o d e las a b s t r a c
c i o n e s , p e r o q u e e n r e a l i d a d s o n f u n e s t í s i m a s p o r los resul
t a d o s á q u e c o n d u c e n . T a l es el s i s t e m a d e K a n t s o b r e la falta
d e v a l o r objetivo d e las categorías p u r a s ; y p o r esto le h e c o m
b a t i d o (Lib. IV , capítulos XIII, X I V , X V , X V I , X X I , X X I I )
d e m o s t r a n d o : 1." Q u e los c o n c e p t o s i n d e t e r m i n a d o s y los
p r i n c i p i o s g e n e r a l e s q u e e n ellos se f u n d a n , t i e n e n u n valor
objetivo f u e r a del c a m p o d e la e x p e r i e n c i a sensible , c o n r es
p e c t o á los seres q u e d e n i n g u n m o d o están sujetos á n u e s t r a
intuicion. 2." Q u e n o es v e r d a d q u e solo t e n g a m o s i n tui cio n
sensible ; p u e s q u e c o n o c e m o s i n t u i t i v a m e n t e u n ó r d e n in
telectual p u r o , s u p e r i o r á la esfera d e la sensibilidad. C o n
esta d o c t r i n a q u e d a a r r u i n a d o el a r g u m e n t o d e K a n t , p o r q u e
se d e s h a c e el f u n d a m e n t o e n q u e estriba.
55. El filósofo a l e m a n p a r e c e q u e sentía el p u n t o flaco d e
s u d i s c u r s o ; y así es q u e p r o c u r a e x p o n e r el a r g u m e n t o psi-
 - S i
c o l ó g i c o e n t é r m i n o s tales q u e o f r e z c a u n tránsito del ó r d e n
ideal al real , sin q u e se v e a el p u n t o q u e u n e c o s a s tan dis
tantes. S u l e n g u a j e es p u r a m e n t e i d e o l ó g i c o : « a q u e l l o c u y a
representacion es la s u s t a n c i a a b s o l u t a d e n u e s t r o s juicios y
q u e n o p u e d e servir d e determinacion á otra c o s a , es s u s t a n
cia;» n ó t e s e b i e n : define la s u s t a n c i a p o r la representacion
y p o r la i n c a p a c i d a d d e servir d e determinacion á otra cosa,
es decir, p o r atributos p u r a m e n t e i d e o l ó g i c o s ó dialécticos.
L a f o r m a d e q u e se vale e n la s e g u n d a e d i c i o n , a d o l e c e del
m i s m o defecto. « L o q u e n o p u e d e s er concebido s i n o c o m o su
jeto, n o existe s i n o c o m o sujeto, y p o r c o n s i g u i e n t e es s u s
t a n c i a . ,» ¿ P o r q u é n o n o s d i c e q u e l a s u s t a n c i a d e q u e s e t r a
ta a q u í es u n ser p e r m a n e n t e e n q u e se realicen las m o d i f i
c a c i o n e s sin dejar d e se r idéntico á sí m i s m o ? ¿ P o r q u é n o s
h a b l a solo d e la representacion, del concepto, d e la d e t e r m i n a
c i o n ó p r e d i c a d o '/ p o r q u e l e c o n v e n i a p r e s e n t a r e l a r g u m e n
to c o m o u n s o f i s m a e n q u e se h a c e tránsito d e u n ó r d e n á
otro m u y diferente ; le i n t e r e s a b a u n a f o r m a o s c u r a q u e le
p e r m i t i e s e d e c i r lo q u e sigue. « E n la m a y o r se trata d e
u n ser , q u e e n g e n e r a l p u e d e se r c o n c e b i d o b a j o t o d o s los
"respectos, y p o r c o n s i g u i e n t e tal q u e p u e d e s e r d a d o e n in
t u i c i o n ; e n la m e n o r n o se h a b l a del m i s m o ser , s i n o e n
c u a n t o se c o n s i d e r a á sí p r o p i o c o m o sujeto, y ú n i c a m e n t e
c o n r e l a c i o n al p e n s a m i e n t o y á la u n i d a d d e la c o n c i e n c i a ,
m a s n o á la in tui cio n p o r la c u a l la u n i d a d seria d a d a c o m o
objeto al p e n s a m i e n t o ; p o r c o n s i g u i e n t e la c o n c l u s i o n está
s a c a d a p o r el s o f i s m a figures dictionis, ó p o r u n falso r a c i o
cinio
» E 1 p e n s a m i e n t o p r e s e n t a e n las d o s p r e m i s a s u n s e n t i d o
t o t a l m e n t e diverso; e n la m a y o r es c o n s i d e r a d o e n r e l a c i o n
á u n objeto g e n e r a l , y tal , p o r c o n s i g u i e n t e , q u e p u e d e ser
d a d o e n intuicion ; p e r o e n la m e n o r n o consiste s i n o e n la
r e l a c i o n á la c o n c i e n c i a d e sí p r o p i o , d o n d e n o se p i e n s a
n i n g u n objeto, s i n o q u e se e n c u e n t r a u n o r e p r e s e n t a d o á sí
m i s m o c o n r e l a c i o n á si, c o m o sujeto, c o m o la f o r m a del
p e n s a m i e n t o : e n el p r i m e r c a s o se trata d e c o s a s q u e n o p u e
d e n ser p e n s a d a s s i n o c o m o sujeto , e n el s e g u n d o p o r el c o n
trario, n o se h a b l a y a d e cosas, s i n o d el p e n s a m i e n t o , p u e s
q u e se h a c e a b s t r a c c i o n d e t o d o objeto; y e n el p e n s a m i e n t o ,
el y o sirve s i e m p r e d e sujeto p a r a la c o n c i e n c i a . N o s e p u e d e
 - 8 6 -
p u e s llegar á l a c o n c l u s i o n : y o n o p u e d o existir s i n o c o m o
sujeto: solo se tiene esta otra : y o n o p u e d o , e n el p e n s a
m i e n t o d e m i existencia , s e r v i r m e d e m í s i n o c o m o sujeto
del juicio; p r o p o s i c i o n idéntica q u e n a d a a b s o l u t a m e n t e di
ce s o b r e el m o d o d e m i e x i s t e n c i a . » I n d i g n a c i o n c a u s a q u e
c o n s e m e j a n t e e m b r o l l o d e i d e a s y d e p a l a b r a s se p r e t e n d a
a r r e b a t a r al espíritu h u m a n o s u e x i s t e n c i a , p u e s q u e á esto
e q u i v a l e el n e g a r l e q u e s e a s u s t a n c i a ; i n d i g n a c i o n c a u s a el
q u e c o n u n a c o n f u s i o n tal se q u i e r a h a c e r vacilar u n o d e los
a r g u m e n t o s m a s claros, m a s e v i d e n t e s , d e f u e r z a m a s irresis
tible, q u e o f r e c e r s e p u e d a n á la r a z o n h u m a n a . Y o p e n s a b a
a y e r , y o p i e n s o h o y ; e n t o d a la v a r i e d a d d e m i s s i t u a c i o n e s
m e hallo q u e s o y el m i s m o , n o otro; á e sa r e a l i d a d q u e p e r
m a n e c e idéntica e n m e d i o d e la d i v e r s i d a d , la l l a m o m i al
m a ; l u e g o m i a l m a es u n a r e a l i d a d p e r m a n e n t e ' , sujeto d e
las m o d i f i c a c i o n e s ; l u e g o es sustancia. ¿ S e p u e d e e n c o n t r a r
n a d a m a s c l a r o ?
36. L a psicología p a r a d e m o s t r a r la s u s t a n c i a l i d a d del
a l m a , se vale, es cierto, d e la i d e a g e n e r a l d e s u s t a n c i a ;
m a s p a r a aplicar l e g í t i m a m e n t e esta i d e a al c a s o pr e se nte ,
se a p o y a e n u n h e c h o e x p e r i m e n t a d o , e n el t e s t i m o n i o d e la
c o n c i e n c i a . ¿ Q u é q u i e r e d e c i r n o s K a n t c u a n d o r e c u e r d a h a
b e r d e m o s t r a d o q u e el c o n c e p t o d e u n a c o s a q u e p u e d e exis
tir e n sí c o m o sujeto, m a s n o c o m o s i m p l e atributo, n o trae
c o n s i g o n i n g u n a r e a l i d a d objetiva? C u a n d o n o s h a b l a d e su
jeto, ¿trata d e sujeto real, es d e c i r sujeto d e m o d i f i c a c i o n e s ?
e n t o n c e s el a l m a es sujeto, p e r o n o d e c i m o s q u e s e a sujeto
ú n i c a m e n t e , s i n o q u e s u r e a l i d a d la c o n c e b i m o s bajo este as
p ec t o , sin q u e p o r esto n e g u e m o s el q u e e n c i e r r e e n sí otros
c a r a c t e r e s ; p o r el c o n t r a r i o , r e c o n o c e m o s e x p r e s a m e n t e el
d e p r i n c i p i o activo, lo c u a l i m p l i c a a l g o m a s q u e s i m p l e s u
jeto d e m o d i f i c a c i o n e s , lo q u e m a s b i e n e x p r e s a u n a c a l i d a d
p a s i v a q u e activa. Si p o r sujeto e n t i e n d e K a n t el sujeto lógi
c o , e n t o n c e s le n e g a r e m o s q u e el a l m a h a y a d e t e n e r este
c a r á c t e r e x c l u s i v a m e n t e , d e m a n e r a q u e n o p u e d a c o n le
g i t i m i d a d lógica , se r atributo ó p r e d i c a d o d e u n a p r o p o s i
cion.
57. « N o es posible s a b e r , d i c e el filósofo a l e m a n , si á
d i c h o c o n c e p t o p u e d e c o r r e s p o n d e r e a l g u n objeto e n n i n g u
n a p a r t e , p u e s q u e n o se c o n c i b e la posibilidad d e u n a tal
 - 8 6 -
m a n e r a d e existir, y p o r c o n s i g u i e n t e n o resulta n i n g u n c o
n o c i m i e n t o . P a r a q u e este c o n c e p t o p u e d a d e s i g n a r b a j o la
d e n o m i n a c i o n d e s u s t a n c i a , u n objeto q u e p u e d a ser d a d o ,
q u e p u e d a c o n v e r t i r s e e n c o n o c i m i e n t o , es p r e c i s o p o n e r p o r
f u n d a m e n t o u n a intuicion c o n s t a n t e , c o m o c o n d i c i o n indis
p e n s a b l e d e la r e a l i d a d objetiva d e u n c o n c e p t o , á saber,
a q u e l l o p o r lo c u a l solo el objeto es d a d o . N o s o t r o s n o t e n e
m o s a b s o l u t a m e n t e n a d a p e r m a n e n t e e n u n a intuicion inter
n a , p o r q u e el yo n o es m a s q u e la c o n c i e n c i a d e m i p e n s a
m i e n t o ; si p u e s n o s d e t e n e m o s e n el p e n s a m i e n t o solo, n o s
falta la c o n d i c i o n n e c e s a r i a p a r a aplicar el c o n c e p t o d e s us
tancia, es de cir , d e u n sujeto existente c o m o ser p e n s a n t e . »
N o c a b e a r g u m e n t a c i o n m a s sofística y v u l g a r : n o a d m i t e
K a n t la s u s t a n c i a l i d a d d e l a l m a p o r q u e n o p o d e m o s t o m a r la
m i s m a s u s t a n c i a y p r e s e n t á r s e l a e n intuicion sensible; p e r o
e n t o n c e s t a m p o c o d e b i e r a h a b l a r n o s d e los conceptos intelectua
les p u r o s , de las funciones lógicas, d e las ideas, p u e s q u e t o d a s
b e i s t l a i s d a c d o , s a n s o , p c u o e m d o e n q u s e e r s n e o h s a l d l a a d n a f s u e e r n a d i e n l t u ó i r c d i e o n d s e n s l ai b s l e e n . s i Y -

sin e m b a r g o estas c o s a s existen r e a l m e n t e , c o m o f e n ó m e n o s

in t e rn o s, c o m o h e c h o s subjetivos d e los c u a l e s h a b l a K a n t
i n c e s a n t e m e n t e , c o n s a g r a n d o á ello la m a y o r p a r t e d e la
Critico de la r a z o n p u r a . ¿ S e dirá a c a s o q u e la i d e a p u r a d e
r e l a c i o n n o significa n a d a , p o r q u e n o p o d e m o s p r e s e n t a r
u n a relacion abstracta e n intuicion s e n s i b l e ? ¿ S e dirá q u e la
i d e a d e f u e r z a n o significa n a d a , p o r q u e n o p o d e m o s p r e s e n
tarla e n intuicion s e n s i b l e ? ¿ S e dirá q u e los p r i n c i p i o s d e
d o n d e d i m a n a n los f e n ó m e n o s d e la a t r a c c i o n , d e la afini
d a d , d e la electricidad, del m a g n e t i s m o , del g a l v a n i s m o , d e
la luz y d e c u a n t o n o s a d m i r a y e n c a n t a e n la naturaleza, n o
e x i s t e n , n o s o n c o s a s p e r m a n e n t e s , q u e s o n p a l a b r a s vacías,
p o r q u e n o p o d e m o s r e p r e s e n t a r l o s e n intuicion s e n s i b l e ?
Este m o d o d e a r g u m e n t a r es i n d i g n o d e u n filósofo. P o d r á
s er e x c u s a b l e q u e u n h o m b r e r u d o , solo a c o s t u m b r a d o á los
f e n ó m e n o s d e la sensibilidad , y q u e j a m á s h a d e s c e n d i d o á
las p r o f u n d i d a d e s del a l m a e n la esfera intelectual p u r a , al
h a b l a r s e d e u n espíritu, d e u n a c a u s a , d e u n a sustancia, p r e
g u n t e s e n c i l l a m e n t e ¿ q u é es esto? y exija q u e se le e x p o n g a
l o insensible bajo u n a f o r m a sensible; p e r o q u i e n se p r e c i a
d e e n m e n d a r la p l a n a á t o d o s los filósofos a n t i g u o s y m o
 — 8 7 -
d e m o s , q u i e n d e s d e la i n a c c e s i b l e altura d e s u s a b i d u r í a
trata c o n d e s d e n t a n s o b e r a n o , t o d o s los d i s c u r s o s q u e h a s t a
d e u n c t i o r n c o e t s r o s s e t h í a t b u l í o a s n d m e i r s a u d o s u cp e o r m i o o r c i o d n a cd l , u y q e u n e t e e s l , d e c b i i r e : r a n p o r o s "e

c o n c i b e la posibilidad d e u n tal m o d o d e e x i s t e n c i a ; n o t e n e
m o s intuicion i n t e r n a d e e s o p e r m a n e n t e d e q u e h a b l a i s ; el
y o n o es m a s q u e la c o n c i e n c i a d e m i p e n s a m i e n t o . ¿ Y q u é ?
¿ s e n e c e s i t a m a s q u e esta m i s m a c o n c i e n c i a p a r a d e m o s t r a r
lo q u e n o s p r o p o n e m o s ? E n la v a r i e d a d d e los p e n s a m i e n t o s ,
¿ la c o n c i e n c i a n o es u n a ? El p e n s a m i e n t o d e a y e r , el d e h o y ,
el d e m a ñ a n a ¿ n o se e n l a z a n e n u n p u n t o ? P o r diferentes y
-contradictorios q u e s e a n ¿ n o p e r t e n e c e n t o d o s á u n a m i s m a
c o s a , á es a cosa q u e l l a m a m o s el y o , y q u e n o s autoriza p a r a
d e c i r : yo q u e p i e n s o a h o r a , s o y el m i s m o q u e p e n s a b a a y e r ,
y q u e p e n s a r é m a ñ a n a ? ¿ S e p u e d e discurrir d e u n a m a n e r a
m a s clara, m a s c o n v i n c e n t e , q u e a f i r m a n d o u n a p e r m a n e n
c i a real q u e s e n t i m o s ta n p r o f u n d a m e n t e a t e s t i g u a d a e n lo
i n t i m o d e n u e s t r a c o n c i e n c i a ? Y o n o v e o , direis, m i s u s t a n
c i a ; n o t e n g o d e ella u n a intuicion; solo siento m i c o n c i e n
c i a ; p u e s b i e n , esto b a s t a ; n o se n e c e s i t a m a s ; e s a c o n c i e n
c i a q u e e x p e r i m e n t a i s , u n a e n t r e la m u c h e d u m b r e , idéntica
e n t r e la distincion , c o n s t a n t e e n t r e la v a r i e d a d , p e r m a n e n t e
e n t r e la s u c e s i o n d e los f e n ó m e n o s q u e a p a r e c e n y d e s a p a r e
c e n ; e s a c o n c i e n c i a q u e n o es n i n g u n o d e v u e s t r o s p e n s a
m i e n t o s i n d i v i d u a l e s , q u e d u r a s i e m p r e c u a n d o ellos p a s a n
p a r a n o v o l v e r ; e s a c o n c i e n c i a os o f r e c e la s u s t a n c i a l i d a d d e
v u e s t r a a l m a ; e s a c o n c i e n c i a os la d a e n cierto m o d o e R in
t u i c i o n , n o e n i n t u i c i o n d e sensaciones, p e r o si e n intuicion
d e sentido intimo, c o m o u n a c o s a q u e os afecta p r o f u n d a m e n
te, y d e c u y a p r e s e n c i a n o p o d e i s d u d a r , c o m o n o d u d a i s
d e l p l a c e r y d el d o l o r e n el acto d e e x p e r i m e n t a r l o .
58. A l a t a c a r el a r g u m e n t o p s i c o l ó g i c o d e la sustanciali
d a d d e l a l m a , s u p o n e K a n t q u e los q u e se v a l e n d e d i c h o a r
g u m e n t o , q u i e r e n p r o b a r la s u s t a n c i a l i d a d del a l m a , p a r
t i e n d o d e las p r o p i e d a d e s d e la c a t e g o r í a p u r a y s i m p l e d e
sustancia. A esta e q u i v o c a c i o n p o d r i a d a r l u g a r la f o r m a c o n
q u e p r e s e n t a K a n t d i c h o a r g u m e n t o ; p e r o y a h e m o s visto q u e
« s t a f o r m a , c o n p r e m e d i t a c i o n ó sin ella, está d i s p u e s t a d e l
m e j o r m o d o p a r a o f r e c e r p u n t o s flacos á los a t a q u e s d e l filó
sofo. Á b r a n s e p o r d ó q u i e r a los tratados d e psicología , y s e
 - 8 8 -
v e r á q u e si b i e n se e m p l e a la i d e a g e n e r a l d e s u s t a n c i a , n o s e
h a c e u s o d e ella sin legitimarle c o n u n h e c h o d e e x p e r i e n c i a ;
n o se infiere d e la c a t e g o r í a p u r a d e la s u s t a n c i a q u e el a l m a
s e a sustancia, s i n o q u e e s t a b l e c i d a la i d e a d e s u s t a n c i a c o m o
u n tipo g e n e r a l , se e s c u d r i ñ a el f o n d o d e la c o n c i e n c i a p a r a
v e r si allí se e n c u e n t r a a l g o á q u e d i c h o tipo se p u e d a a p l i c a r -
A s í lo a c a b o d e h a c e r e n los p á r r a f o s a n t e r i o r e s ; y si K a n t h u
b i e s e q u e r i d o s er m a s e x a c t o al d a r c u e n t a d e l a s o p i n i o n e s d e
s u s a d v e r s a r i o s , n o h a b r í a d i c h o q u e el p r i m e r r a c i o c i n i o d e
la psicología r a c i o n a l n o n o s d a s i n o u n a luz q u e se p r e t e n d e
n u e v a , c u a n d o n o s p r e s e n t a el sujeto lógico c o n s t a n t e del p e n
s a m i e n t o , c o m o el c o n o c i m i e n t o del sujeto real d e la i n h e r e n
cia. « Léjos , d i c e , d e q u e s e a posible inferir estas p r op i ed a de s-
d e la c a t eg orí a p u r a y s i m p l e d e u n a s u s t a n c i a , p o r el c o n
td r a a r e i n o pl a r i p n e c r i mp i a o n e , n s c i i n a o d p e a r u t n i e o n b d j o e t d o e d a l a d o e x, p n e o r ip e u n e c d i e a s , e r c u t a o n m d a o

q u e r e m o s aplicarle el c o n c e p t o e m p í r i c a m e n t e u s u a l d e u n a
ts ue sg t o a r n í c a i ap . u r » a T yi e s n i e m p r l a e z o d n e e u l n f a i l ó s s u o s f t o a ; n l c a i s a p , r n o o p i p e u d e a d d e e n s h d a e c e l a r n c o a s

salir del ó r d e n ideal, si n o p o d e m o s a p o y a r n o s e n u n h e c h o

d e e x p e r i e n c i a ; p e r o o l v i d a u n a parte del a r g u m e n t o p s i c o
l ó g i c o c u a n d o a ñ a d e q u e e n el c a s o actual n o h e m o s p u e s t o
e n p r i n c i p i o n i n g u n a e x p e r i e n c i a , y q u e solo h e m o s c o n
c l u i d o de l c o n c e p t o d e la r e l a c i o n d e t o d o p e n s a m i e n t o al y o,
c o m o al sujeto c o m u n al c u a l este p e n s a m i e n t o se liga. L a e x
p e r i e n c i a existe e n esta m i s m a c o n c i e n c i a d e la r e l a c i o n d e
t o d o s los p e n s a m i e n t o s al y o , e n este p u n t o al c u a l t o d o s se
ligan; la r e l a c i o n al y o n o es posible, si el y o n o es algo; los
p e n s a m i e n t o s n o p u e d e n ligarse e n el y o , si el y o es u n p u r o
n a d a . « R e f i r i e n d o , c o n t i n ú a K a n t , el p e n s a m i e n t o al y o , n o
p o d r í a m o s e s t a b l e c e r p o r u n a o b s e r v a c i o n cierta u n a p e r m a
n e n c i a s e m e j a n t e ; p o r q u e si b i e n el y o se halla e n el f o n d o d e
t o d o p e n s a m i e n t o , n o o b s t a n t e n i n g u n a i n tu i ci o n p r o p i a p a r a
distinguirle d e t o d o otro objeto p e r c e p t i b l e , está ligado c o n
esta r e p r e s e n t a c i o n . » E s cierto q u e el y o p e r m a n e n t e n o le
p e r c i b i m o s d e la m i s m a m a n e r a q u e los objetos d e las d e m á s
intuiciones; p e r o le p e r c i b i m o s c o n el s e n t i d o í n t i m o , c o n es a
p r e s e n c i a d e q u e n o p o d e m o s d u d a r , y q u e s e g u n confiesa e'
m i s m o K a n t n o s h a c e referir t o d o s los p e n s a m i e n t o s al y o
c o m o á u n sujeto c o m u n e n el c u a l se ligan.
 59. « S e p u e d e b i e n n o t a r , dice, q u e esta r e p r e s e n t a c i o n
(la del y o ) s e r e p r o d u c e c o n s t a n t e m e n t e e n t o d o p e n s a m i e n
t o ; p e r o n o q u e e s t a s e a u n a i n t u i c i o n fija y p e r m a n e n t e e n
la c u a l los p e n s a m i e n t o s v a r i a b l e s se s u c e d a n . » E n este p a
saje h a y u n a c o n t r a d i c c i o n e v i d e n t e . L a r e p r e s e n t a c i o n de l
y o se r e p r o d u c e c o n s t a n t e m e n t e e n t o d o p e n s a m i e n t o ; es así
q u e el y o , ó n o significa n a d a , ó significa u n a c o s a idéntica
á sí m i s m a ; p o r q u e si el y o q u e p i e n s a a h o r a , n o es el y o
q u e p e n s a b a a y e r , la p a l a b r a y o significa u n a c o s a m u y di
v e r s a d e lo q u e e n t i e n d e t o d o el m u n d o ; l u e g o si la r e p r e
s e n t a c i o n de l y o v u e l v e e n t o d o p e n s a m i e n t o , el y o es el
m i s m o e n t o d o p e n s a m i e n t o ; l u e g o el y o es fijo, p e r m a n e n
te; l u e g o el y o es u n a s u s t a n c i a e n q u e se s u c e d e n t o d o s los
p e n s a m i e n t o s variables.
60. N o a l c a n z o q u é se p u e d e replicar á este a r g u m e n t o
f u n d a d o e n las m i s m a s p a l a b r a s d e K a n t , d o n d e c o n s i g n a u n
f e n ó m e n o c u y a e x i s t e n c i a n o p o d i a p o n e r e n d u d a ; á s abe r,
la p r e s e n c i a del y o e n t o d o p e n s a m i e n t o . S o n a j e n a s d e este
l u g a r las c u e s t i o n e s filosóficas s o b r e la n o i n t e r r u p c i o n d e la
c o n c i e n c i a , esto es, si h a y a l g u n t i e m p o e n q u e el a l m a n o
p i e n s e , y e n q u e n o t e n g a c o n c i e n c i a d e s í p r o p i a : m u c h o s fi
l ó s o f o s c r e e n q u e h a y e n efecto esta i n t e r r u p c i o n , p a r a lo c u a l
se a p o y a n e n la e x p e r i e n c i a del s u e ñ o y d e los a c c i d e n t e s d e
q u e v o l v e m o s sin n i n g u n r e c u e r d o ; p e r o L e i b n i t z o p i n a q u e
el p e n s a m i e n t o n u n c a se e x t i n g u e del t o d o , q u e n u n c a h a y
u n a falta a b s o l u t a d e c o n c i e n c i a , q u e n u e s t r o p e n s a m i e n t o e s
u n a luz q u e d e s p i d e á v e c e s m u y p o c o r e s p l a n d o r , p e r o q u e
n u n c a s e a p a g a del todo. S e a lo q u e f u e r e d e estas o p i n i o n e s ,
la p e r m a n e n c i a d e la s u s t a n c i a del a l m a q u e d a f u e r a d e d u
d a ; y es d e n o t a r q u e la i n t e r r u p c i o n e n el p e n s a m i e n t o y e n
la c o n c i e n c i a , léjos d e f a v o r e c e r á los a d v e r s a r i o s d e la p e r
m a n e n c i a del a l m a , los c o n f u n d e d e la m a n e r a m a s c o n c l u
y e m e . P o r q u e si e n n o s u p o n i e n d o a l g o p e r m a n e n t e , es i m
posible c o n c e b i r c ó m o se ligan e n u n a c o n c i e n c i a m u c h o s fe
n ó m e n o s c o n t i n u a d o s e n u n a série n o i n t e r r u m p i d a , t o d a v í a
es m a s i n c o n c e b i b l e c ó m o p u e d e n ligarse, si s u p o n e m o s in
t e r r u m p i d a d i c h a série, i n t e r p o n i é n d o s e u n cierto e s p a c i o d e
t i e m p o e n t r e la existencia d e los f e n ó m e n o s q u e se ligan.
61. S e a n los p e n s a m i e n t o s A, B, C, D' c o n t i n u a d o s sin n i n
g u n intervalo d e t i e m p o s , y q u e p a s a n e n la c o n c i e n c i a Q ; si
«ste Q n o es algo, n o se c o n c i b e c ó m o se p u e d e n ligar los tér
m i n o s d e la série , y c ó m o á p e s a r d e la distincion y d i v e r
s i d a d d e los m i s m o s , se p u e d e e n c o n t r a r e n el f o n d o d e to
d o s ellos e s o c o m u n , i d é n t i c o q u e l l a m a m o s el yo, y q u e n o s
autoriza á decir: y o q u e p i e n s o el D , s o y el m i s m o q u e p e n
s a b a el C y el B y el A.
P e r o si la c o n c i e n c i a es i n t e r r u m p i d a , esto es, si e n t r e el
p e n s a m i e n t o C y el D h a n t r a s c u r r i d o a l g u n a s h o r a s e n q u e
n o h a b i a n i n g u n p e n s a m i e n t o , n i n g u n a c o n c i e n c i a , t o d a v í a
es m a s i n c o n c e b i b l e , p o r q u e e n el f o n d o del p e n s a m i e n t o D
se h a d e e n c o n t r a r el m i s m o y o del p e n s a m i e n t o C ; todavía
es m a s i n c o n c e b i b l e , p o r q u e al p e n s a r D , p o d e m o s decir:
y o q u e p i e n s o D , s o y el m i s m o q u e p e n s a b a C , y q u e h e es
t a d o u n cierto t i e m p o p r i v a d o d e p e n s a r . S i n a l g o p e r m a
n e n t e , sin a l g o q u e d u r e e n t r e la s u c e s i o n , ¿ c ó m o se expli
c a s e m e j a n t e e n l a c e ? ¿ Y p o r v e n t u r a t r a t a m o s d e h e c h o s des
c o n o c i d o s ? ¿ p o r v e n t u r a n o es esto lo q u e e x p e r i m e n t a m o s
t o d o s los dias al dispertar ? Si esto n o es c o n c l u y e n t e , n e g u e
m o s la c o n c i e n c i a , n e g u e m o s la r a z o n ; n o p e r d a m o s el t i e m
p o h a b l a n d o d e filosofía.

C A P Í T U L O X .

E x i m e n d e le o p i n i o n d e K a n t s o b r e el a r g u m e n t o q u e él l l a m a el p a r a l o g i s m o d e la
personalidad.
62. El a r g u m e n t o f u n d a d o e n el t e s t i m o n i o d e la c o n c i e n
c i a lo c o m b a t e K a n t d e u n a m a n e r a particular, e n el e x a m e n
d e lo q u e él l l a m a el p a r a l o g i s m o de la personalidad. L o p r o
p o n e e n esta f o r m a : « L o q u e tiene c o n c i e n c i a d e la identi
d a d n u m é r i c a d e sí m i s m o e n diferentes t i e m p o s , es p o r es
te m e r o h e c h o u n a p e r s o n a ; esto se verifica del a l m a ; l u e g o
el a l m a es p e r s o n a . » C o n h a r t a i n e x a c t i t u d e m p l e a K a n t la
p a l a b r a p e r s o n a ; s a b i d o es q u e p a r a m e r e c e r este n o m b r e ,
n o basta s e r s u s t a n c i a inteligente, s i n o q u e se n e c e s i t a el ser
p r in c i pi o c o m p l e t o d e las o p e r a c i o n e s , i n d e p e n d i e n t e m e n t e
d e la a g r e g a c i o n á otra s u s t a n c i a y d e la u n i o n c o n u n s u
puesto. C o m o q u i e r a , el filósofo a l e m a n e n t i e n d e a q u í p o r
p e r s o n a u n a s u s t a n c i a inteligente; y e n este s e n t i d o s e p r o - *
 - 91 -
p o n e c o m b a t i r el a r g u m e n t o c o n q u e se p r u e b a la p e r s o n a
l i d a d del a l m a .
63. «Si y o q u i e r o , d i c e , c o n o c e r , p o r e x p e r i e n c i a , la
i d e n t i d a d n u m é r i c a d e u n o bj e to e x t e r n o , aplico m i a t e n
c i o n á lo q u e h a y d e c o n s t a n t e e n el f e n ó m e n o , al q u e t o d o
lo d e m á s se refiere c o m o u n a d e t e r m i n a c i o n á s u sujeto ; y
n o t o la i d e n t i d a d del sujeto e n el t i e m p o e n q u e la d e t e r m i
n a c i o n c a m b i a . Y o s o y u n objeto del s e n t i d o i n t e r n o , y el
t i e m p o n o es m a s q u e la f o r m a del m i s m o sentido; p o r lo
c u a l refiero todas m i s d e t e r m i n a c i o n e s s u c e s i v a s , y c a d a
u n a d e ellas e n particular, al m i s m o n u m é r i c a m e n t e i d é n
tico e n t o d o t i e m p o , es d e c i r , e n la f o r m a d e la intuicion
i n t e r n a d e m i m i s m o . S e g u n esto, la p e r s o n a l i d a d d el a l m a
n o d e b e r í a ser d e d u c i d a ó c o n c l u i d a s i n o c o m o u n a p r o p o
s ic i on p e r f e c t a m e n t e idéntica d e la c o n c i e n c i a e n el t i e m p o ;
p o r c u y a r a z o n esta p r o p o s i c i o n vale á priori, p o r q u e n o
a n u n c i a r e a l m e n t e otra c o s a q u e esto : e n t o d o t i e m p o e n q u e
y o t e n g o c o n c i e n c i a d e m í m i s m o , t e n g o c o n c i e n c i a d e este
t i e m p o c o m o d e u n a c o s a q u e h a c e parte d e la u n i d a d d e m í
m i s m o . Asi, tanto v a l e dec i r: t o d o este t i e m p o está e n m í
c o m o u n i d a d i n d i v i d u a l , ó b i e n : y o m e hallo e n t o d o este
t i e m p o c o n i d e n t i d a d n u m é r i c a . »
S e r i a d e d e s e a r q u e K a n t n o s e x p l i c a s e p o r q u é el s e n t i d o
i n t i m o d e la i d e n t i d a d n u m é r i c a p u e d e ser e x p r e s a d o c o n
esta p r o p o s i c i o n : t o d o este t i e m p o se halla e n m i c o m o e n
u n a u n i d a d i n d i v i d u a l ; ó c o n esta otra: e n t o d o el t i e m p o
e n q u e y o t e n g o e x p e r i e n c i a d e m í m i s m o , y o t e n g o c o n
c i e n c i a d e este t i e m p o c o m o d e u n a c o s a q u e h a c e parte d e
la u n i d a d d e m í m i s m o . E s cierto q u e la i d e n t i d a d n u m é r i c a
se siente e n la d i v e r s i d a d del t i e m p o ; m a s n o el q u e t e n g a
m o s c o n c i e n c i a del t i e m p o c o m o d e u n a c o s a q u e h a c e parte
d e nosotros. A q u í se trata d e la c o n c i e n c i a d e sí m i s m o , tal
c o m o se halla e n la g e n e r a l i d a d d e los h o m b r e s ; q u i e n e s ,
léjos d e c o n s i d e r a r el t i e m p o c o m o u n a c o s a q u e h a c e p a r t e
d e ellos, le m i r a n c o m o u n a e s p e c i e d e v a g a e x t e n s i o n ó s u
c e s i o n e n q u e d u r a n ellos y t o d o lo variable.
S a b i d o es q u e a u n e n t r e los filósofos h a y d i s p u t a s s o b r e la
v e r d a d e r a n a t u r a l e z a del t i e m p o ; y q u e el c o n s i d e r a r l e c o m o
la f o r m a del s e n t i d o i n t e r n o es u n a o p i n i o n d e K a n t , d e la
c u a l n o p a r t i c i p a n m u c h o s otros ; y q u e él m i s m o , s e g u n
 - 9 S -
llevo p r o b a d o (Lib. V II , cap. X I H , X I V ) , e x p l i c a m u y m a l y
la p r u e b a p e o r , p o r m a s q u e p r e t e n d a h a b e r e l e v a d o s u teo
ría á la r e g i o n d e las d o c t r i n a s incontestables. L a i d e n t i d a d
n u m é r i c a d e n o s o t r o s m i s m o s la s e n t i m o s e n la s u c e s i o n d el
t i e m p o , p r e s c i n d i e n d o d e q u e esta.sea u n a f o r m a i n t e r n a ó
e x t e r n a , y hasta d e q u e s e a u n a ilusion ó realidad ; l u e g o
c u a n d o el filósofo a l e m a n p a r a a t ac a r la solidez del a r g u
m e n t o d e la c o n c i e n c i a , se f u n d a e n s u teoría del t i e m p o -
estriba e n u n s u p u e s t o q u e n o t e n e m o s n i n g u n a n e c e s i d a d d e
a d m i t i r ; y a d e m á s , e x p l i c a este s e n t i m i e n t o d e i d e n t i d a d e n
t é r m i n o s q u e h a s t a él n a d i e h a b i a e m p l e a d o . Si q u i e r e h a c e r
e n t r a r el t i e m p o e n el s e n t i m i e n t o d e la i d e n t i d a d n u m é r i c a ,
p u e d e de cir : y o m e hallo e n t o d o este t i e m p o c o n i d e n t i d a d
n u m é r i c a ; ó b i e n : h a p a s a d o s o b r e m í t o d o este t i e m p o , c o
m o e n u n a u n i d a d i n d i v i d u a l ; p e r o n o q u e t e n g a m o s c o n
c i e n c i a del t i e m p o c o m o d e u n a c o s a q u e h a c e parte d e n o s
otros. Si n o s a t u v i é r a m o s á la c o n c i e n c i a , m a s b i e n n o s in
c l i n a r í a m o s á c r e e r q u e el t i e m p o es u n a e s p e c i e d e e x t e n
s i o n s u c e s i v a e n q u e n o s o t r o s v i v i m o s , y q u e m i d e n u e s t r a
existencia.
64. « L a i d e n t i d a d d e la p e r s o n a , c o n t i n ú a K a n t , d e b e
hallarse i n e v i t a b l e m e n t e e n m i p r o p i a c o n c i e n c i a ; p e r o si y o
m e m i r o d e s d e el p u n t o d e vista d e otro ( c o m o objeto d e s u
i n t ui c io n c\ terna) este o b s e r v a d o r e x t r a ñ o n o m e c o n c i b e
s i n o e n el t i e m p o ; p o r q u e e n la a p e r c e p c i o n , el t i e m p o n o
está p r o p i a m e n t e r e p r e s e n t a d o s i n o e n m í ; l u e g o , d el y o
q u e él c o n c e d e , y q u e a c o m p a ñ a t o d a s las r e p r e s e n t a c i o n e s
e n t o d o t i e m p o e n m i c o n c i e n c i a y c o n u n a perfecta identi
d a d , n o c o n c l u i r á t o d a v í a á la p e r m a n e n c i a objetiva d e m í
m i s m o . El t i e m p o e n q u e m e c o l o c a el o b s e r v a d o r n o s i e n d o
el q u e se halla e n m i p r o p i a sensibilidad, s i n o el q u e a c o m
p a ñ a á la s u y a , resulta q u e la i d e n t i d a d q u e se liga n e c e s a
r i a m e n t e á m i c o n c i e n c i a , n o está ligada á la s u y a , es decir,
á la intuicion e x t e r n a d e m i sujeto.» Difícil es c o m p r e n d e r
b i e n lo q u e q u i s o d e c i r K a n t e n este pasaje , y p a r e c e m u y
d q u d e o s e o p q u u e e d e l o s a e c n a t r e n d d e i e a s q e u í é l c o m n i t s r m a o l ; a c p o e rm m o a qn u e i n e c r i a a v d e e a l m a o l s m a l . o

C o n v i e n e el filósofo a l e m a n e n q u e la i d e n t i d a d d e la p e r
s o n a se halla i n e v i t a b l e m e n t e e n n u e s t r a c o n c i e n c i a ; esto es,
q u e el y o se halla á sí p r o p i o n u m é r i c a m e n t e i d é n t i c o e n la
 - 9 Í -
d i v e r s i d a d d el t i e m p o . E s v e r d a d t a m b i e n q u e u n o b s e r v a
d o r e x t r a ñ o , n o c o n c i b e al y o s i n o e n el t i e m p o ; esto es, q u e
si u n h o m b r e p i e n s a e n el a l m a d e otro h o m b r e , n o la c o n
c e b i r á s i n o e n el t i e m p o . P e r o n o s e a l c a n z a p o r q u é d i c e
K a n t q u e el o b s e r v a d o r n o inferirá d e a q u í la p e r m a n e n c i a
objetiva del a l m a o b s e r v a d a . L o q u e s u c e d e r á s e r á lo s i g u i e n
te. El h o m b r e al p e n s a r e n el a l m a d e otro h o m b r e , si c r e e
q u e p a s a e n el interior del otro lo m i s m o q u e siente e n sí
m i s m o , inferirá q u e la otra a l m a es p e r m a n e n t e , p o r la m i s
m a r a z ó n q u e a f i r m a la p e r m a n e n c i a d e la propia. E s cierto
q u e n o p u d i e n d o e n t r a r e n la c o n c i e n c i a del otro , esta n o
p u e d e serle c o n o c i d a s i n o p o r s e ñ a l e s e x t e r n a s ; p e r o si él
llega á c o n v e n c e r s e d e q u e estas señales s o n suficientes p a r a
indicarle u n a série d e f e n ó m e n o s d e c o n c i e n c i a s e m e j a n t e s
á los q u e e x p e r i m e n t a e n sí m i s m o , inferirá q u e el a l m a o b
s e r v a d a es t a n p e r m a n e n t e c o m o la s u y a propia. ¿ Q u é q u i e r e
p u e s d e c i r n o s K a n t c u a n d o a d v i e r t e q u e la i d e n t i d a d q u e se
liga n e c e s a r i a m e n t e c o n m i c o n c i e n c i a n o está ligada c o n la
del o b s e r v a d o r ? ¿ q u i é n d u d a d e esta v e r d a d ? ¿ q u i é n d u d a
d e q u e la p e r c e p c i o n d e la i d e n t i d a d c o n r e l a c i o n á la c o n
c i e n c i a p r o p i a , es m u y d i f e r e n t e d e c u a n d o s e refiere á la
a j e n a ? L a i d e n t i d a d p r o p i a la t e n e m o s a t e s t i g u a d a p o r la c o n
c i e n c i a i n m e d i a t a ; la i d e n t i d a d a j e n a n o s la i n d i c a n u n a sé
rie d e f e n ó m e n o s e x t e r n o s q u e n o s i n d u c e n , p o r d i s c u r s o y
p o r a n a l o g í a , á la c o n v i c c i o n d e q u e f u e r a d e n o s o t r o s h a y
s e r e s s e m e j a n t e s á nosotros.
65. « L a i d e n t i d a d d e la c o n c i e n c i a d e m í m i s m o e n dife
r e n t e s t i e m p o s , p r o s i g u e K a n t , n o es m a s q u e u n a c o n d i c i o n
f o r m a l d e m i s p e n s a m i e n t o s y d e s u e n l a c e : p e r o n o p r u e b a
la i d e n t i d a d n u m é r i c a d e m i sujeto , e n q u e á p e s a r d e la
i d e n t i d a d lógica del y o , p u e d e realizarse u n c a m b i o tal q u e
s e a i m p o s i b l e c o n s e r v a r la i d e n t i d a d d e este y o ; lo q u e n o
i m p i d e el atribuirle s i e m p r e el y o idéntico q u e p u e d e sin
e m b a r g o c o n s e r v a r e n t o d o otro e s t a d o , h a s t a e n la m e t a -
m ó r f o s i s del sujeto, el p e n s a m i e n t o del sujeto p r e c e d e n t e , y
trasmitirle al q u e v i e n e d e s p u e s . » E s t o es p r e c i s a m e n t e lo
q u e d e b i a e x p l i c a r n o s K a n t ; p u e s el f e n ó m e n o del s e n t i m i e n
to d e la i d e n t i d a d e n m e d i o d e la i n c e s a n t e v a r i e d a d , es lo
q u e n o s i n d u c e d e u n a m a n e r a irresistible á c r e e r q u e el
y o e s u n a c o s a p e r m a n e n t e . N o es v e r d a d q u e t e n g a m o s solo
 - 9 4 -
i d e n t i d a d lógica del y o ; p u e s n o se trata
p r o p o s i c i o n , s i n o d e u n sujet o real , e x p e r
e n lo m a s h o n d o d e n u e s t r a c o n c i e n c i a .
Este s e n t i m i e n t o d e i d e n t i d a d , K a n t se
plicarle c o n m u c h a sencillez. V o y á e n s a y
p l o r s e s i a n r s t s a u n t s e i s n g d u e l a t r i e o m p pi n o i o A n , d B e , u C n , a D m , a nE e r
del sujeto d e u n a
i m e n t a d o , s e n t i d o
i m a g i n a p o d e r e x
a r si a l c a n z o á e x
a inteligible. S e a n

p á e q n u s e a m c i o e r n r t e o s s p o ú n od t a r n o s f e n ó m e n o s a i , n t b e , r c n o , s d d , e e c u a l q u i e r a c l a

se. E n el instante A , existe el p e n s a m i e n t o a. E n el instante

B , s u c e d e el p e n s a m i e n t o b. E n el instante B , el a l m a q u e
existia e n el t i e m p o A , y a n o existe. L a del instante B , es
u n a c o s a e n t e r a m e n t e n u e v a : y a n o es a, s i n o b. L o m i s m o
se verifica e n t o d o s los d e m á s . P e r o , ¿ c ó m o es posible , m e
direis, q u e e n t o d o s los instantes el a l m a se c r e a s i e m p r e la
m i s m a ? e s m u y sencillo: el sujeto a t r a s m i t e el p e n s a m i e n
to al sujeto b ; el b t r a s m i t e el s u y o y el d e a al c. N a d a p e r
m a n e c e idéntico; p e r o la c o n c i e n c i a d e la i d e n t i d a d s i e m p r e
d u r a . S e m e j a n t e hipótesis ¿ n o os p a r e c e a d m i r a b l e , y s o b r e
t o d o m u y filosófica? ¿ Q u é c o s a m a s clara y satisfactoria p u e
d e i m a g i n a r s e ?
El lector c r e e r á tal v e z q u e m e estoy c h a n c e a n d o , y q u e
p r e s e n t o la o p i n i o n d e K a n t b a j o u n a s p e c t o ridículo p a r a
c o m b a t i r l a c o n m a s facilidad ; p u e s m u y al c o nt r ar i o ; la e x
p o s i c i o n q u e a c a b o d e d a r á la d o c t r i n a d e K a n t , es t o d a v í a
m a s seria d e la q u e le d a él m i s m o . H é a q u í s u s p a l a b r a s :
« U n a b o l a elástica q u e c h o c a c o n otra , e n línea r e c t a , le
c o m u n i c a t o d o s u m o v i m i e n t o , y p o r c o n s i g u i e n t e t o d o s u
e s t a d o ( n o c o n s i d e r a n d o s i n o las p o s i c i o n e s e n el espacio).
A d m i t i d a h o r a p o r a n a l o g í a c o n estos c u e r p o s , u n a s s u s t a n
cias tales q u e la u n a hiciese p a s a r á la otra las r e p r e s e n t a
c i o n e s c o n la c o n c i e n c i a q u e las a c o m p a ñ a ; e n t o n c e s p u e d e
c o n c e b i r s e t o d a u n a série d e r e p r e s e n t a c i o n e s s e m e j a n t e s ,
d e las c u a l e s la p r i m e r a c o m u n i c a s u e s t a d o y la c o n c i e n c i a
d e s u es tad o á la s e g u n d a , — esta s u p r o p i o e s t a d o , m a s el
d e la s u s t a n c i a p r e c e d e n t e , á la t e r c e r a ; — esta de l m i s m o
m o d o los e s t a d o s d e todas las s u s t a n c i a s a n t e r i o r e s c o n el
s u y o p r o p i o , y la c o n c i e n c i a q u e las a c o m p a ñ a : la ú l t i m a
t e n d r í a , p u e s , c o n c i e n c i a d e t o d o s los e s t a d o s d e las s u s t a n
cias q u e la h a n p r e c e d i d o , c o m o d e los s u y o s p r o p i o s ; p o r
 - 9 3 -
q u e e s t a d o s y c o n c i e n c i a d e estos estados, t o d o le h a b r í a si
d o trasmitido. Si n e m b a r g o ella n o h a b r í a s i d o Ja m i s m a p e r
s o n a e n t o d o s esos estados. »
K a n t p r e t e n d i e n d o c o m b a t i r el a r g u m e n t o p s i c o l ó g i c o f u n
d a d o e n la c o n c i e n c i a , trastorna, d e s t r u y e el c a r á c t e r d e la
c o n c i e n c i a ; u n a c o n c i e n c i a t r a s m i t i d a n o es v e r d a d e r a c o n
ciencia, n o es m a s q u e la s i m p l e noticia d e s u p e n s a m i e n t o -
p r e c e d e n t e .
Estas sustancias q u e existirían s u c e s i v a m e n t e , y se tras
m i t i r í a n s u s c o n c i e n c i a s , ¿ s e r i a n a l g o distinto del acto m i s
m o d e la c o n c i e n c i a ó n o ? si f u e s e n a l g o distinto , d e b e r í a
m o s a d m i t i r u n sujeto d e la c o n c i e n c i a q u e e n sí m i s m o , y
e n c u a n t o sujeto, n o estaría s o m e t i d o á la intuicion sensible,
y p o r c o n s i g u i e n t e p o d r í a m o s a r g ü i r a d h o m i n e m y o p o n e r l e
á K a n t la m i s m a dificultad q u e él n o s o b j e t a b a a n t e r i o r m e n
te (V. cap. IX). Si estas s u s t a n c i a s transitorias n o f u e s e n n a
d a m a s q u e el acto m i s m o d e la c o n c i e n c i a , resulta q u e
c u a n d o deja d e existir este acto , n a d a resta d e la s u st a nc ia ;
y p o r tanto n a d a q u e d a trasmisible.
L a t r a s m i s i o n s u p o n e a l g o q u e se p u e d e trasmitir: si p u e s
el a c t o d e la c o n c i e n c i a se trasmitiese, resultaría q u e él e n
si seria a l g o p e r m a n e n t e , al través d e la s u c e s i o n d e las s u s
t a n c i a s ; y h é a q u í u n a c o n s e c u e n c i a b i e n e x t r a ñ a á q u e se
hallará c o n d u c i d o el filósofo a l e m a n c o n s u teoría d e las
t r a s m i s i o n e s . T o d o s los p s i c ó l o g o s h a b i a n d i c h o q u e la s u s
t a n c i a del a l m a es p e r m a n e n t e y q u e s u s f e n ó m e n o s s o n
transitorios; a h o r a p o r el c o n t r a r i o , t e n d r e m o s q u e lo tran
sitorio será la s u s t a n c i a y lo p e r m a n e n t e el f e n ó m e n o , esto
es , el a c t o d e la c o n c i e n c i a q u e se irá t r a s m i t i e n d o .
66. Ta l v e z se r e s p o n d e r á q u e p o r t r a s m i s i ó n n o se e n
t i e n d e c o m u n i c a c i o n d e a l g o c o n s t a n t e , s i n o la s i m p l e s u c e
s i o n d e f e n ó m e n o s u n i d o s e n t r e sí p o r u n lazo c u a l q u i e r a ; d e
este m o d o , s u p o n i e n d o los instantes d e t i e m p o A . B. C. D.,
los actos d e c o n c i e n c i a a. b. c. d. q u e les c o r r e s p o n d a n , n o
s e r á n p r o p i a m e n t e idénticos e n n ú m e r o , s i n o s u c e s i v o s , y
e s t a r á n l i g a d o s e n t r e si. P e r o esta r é p l i c a c o n q u e s e e v i t a el
r e c o n o c e r la p e r m a n e n c i a del a c t o d e c o n c i e n c i a , tiene el
i n c o n v e n i e n t e d e n o e x p l i c a r n a d a , y d e h a c e r i n c o m p r e n
sible c ó m o e n el instante D . p o r e j e m p l o , p u e d e h a b e r c o n
c i e n c i a d e los actos c, b , a, y c o n u n a irresistible inclina
 - 9 6 -
c i o n á c r e e r q u e e n el f o n d o h a y a l g o n u m é r i c a m e n t e i d é n
tico. C u a n d o d existe , y a n o q u e d a n a d a d e c; n o q u e d a s u s
t a n ci a , p o r q u e p o r el s u p u e s t o ó n o h a y tal s u s t a n c i a , ó es
u n a c o s a transitoria ; n o q u e d a acto d e c o n c i e n c i a , p o r q u e
el d es n u m é r i c a m e n t e distinto del c, y a d e m á s h e m o s visto
q u e n o se p u e d e a d m i t i r la p e r m a n e n c i a del f e n ó m e n o ; l ue
g o es a b s o l u t a m e n t e inexplicable, i n c o m p r e n s i b l e , c ó m o e n
el acto d p u e d e h a b e r la r e p r e s e n t a c i o n del c.
67. D e c i r q u e los f e n ó m e n o s e s t á n ligados c o n u n lazo
c u a l q u i e r a , es eludir la dificultad c o n u n v a n o j u e g o d e p a
labras. ¿ Q u é significa a q u í ligar, q u é se e n t i e n d e p o r l a z o ?
estas s o n m e t á f o r a s q u e si n o c a r e c e n d e s e n t i d o , d e b e n e x
p r e s a r la p e r m a n e n c i a d e u n a coso e n la v a r i e d a d d e los fe
n ó m e n o s ; la l i g a d u r a , el lazo, d e b e e x t e n d e r s e á las va ria s
c o s a s q u e liga y e n l a z a ; l u e g o d e b e ser c o m u n á todas ellas ;
y á esto , s e a lo q u e f u e r e , q u e p e r m a n e c e c o n s t a n t e e n la
v a r i e d a d , lo l l a m a r e m o s sustancia.
68. L a s i m p l e s u c e s i o n d e los f e n ó m e n o s ó actos d e c o n
ciencia, n o b a s t a p a r a q u e se v a y a t r a s m i t i e n d o la c r e e n c i a
d e la i d e n t i d a d n u m é r i c a ; si esto bastase, se s e g u i r í a q u e
t o d o s los h o m b r e s t e n d r í a n c o n c i e n c i a d e los actos p r e c e d e n
tes d e los d e m á s . S e a n a, b, d o s actos s u c e s i v o s d e c o n c i e n
cia: si p a r a q u e el a c t o b n u m é r i c a m e n t e distinto del a , r e
p r e s e n t e i d e n t i d a d n u m é r i c a d e c o n c i e n c i a , es b a s t a n t e q u e
el b s u c e d a al a; c o m o esta s u c e s i o n se e n c u e n t r a e n t r e los
actos d e c o n c i e n c i a d e distintos h o m b r e s , resultará q u e to
d o s t e n d r e m o s c o n c i e n c i a d e t o d o s los actos d e los d e m á s .
B i s u m teneatis ? y sin e m b a r g o c o n s e c u e n c i a es a b s o l u t a
m e n t e n e c e s a r i a ; y n o p u e d e e l u d i r s e c o n d e c i r q u e el t i e m
p o es u n a f o r m a del s e n t i d o i n t e r n o y q u e la s u c e s i o n se v e
rifica e n c a d a h o m b r e e n s u r e s p e c t i v o s e n t i d o interno, y p o r
tanto la s u c e s i o n d e los f e n ó m e n o s i n t e r n o s del u n o está e n
u n t i e m p o , e n u n a f o r m a diferente d e la e n q u e se h a l l a n
los del otro. L a s p a l a b r a s s e n t i d o i n t e r n o respectivo, f o r m a
i n t e r n a d e c a d a h o m b r e , significan a l g o , si a d m i t i m o s e n
n u e s t r o interior u n a c o s a p e r m a n e n t e ; p e r o si n o h a y m a s
q u e f e n ó m e n o s s u c e s i v o s , e n t o n c e s la p a l a b r a respectivo e x
p r e s a u n a b s u r d o ; p o r q u e n o h a y s e n t i d o i n t e r n o r e s p e c t i v o
si n o h a y n a d a á q u e se p u e d a referir. P u e s t o q u e el h o m b r e
M y el N n o s e r á n m a s q u e s i m p l e s u c e s i o n d e f e n ó m e n o s , y
 — 9 7 -
e n c a d a u n o n o h a y m a s q u e s i m p l e s u c e s i o n , tanta r a z o n
h a y p a r a q u e se e n l a c e n los f e n ó m e n o s d e M e n t r e si, c o m o
c o n los d e N ; l u e g o si e n los d e M h a y u n a c o m u n i d a d d e
c o n c i e n c i a , y p a r a esto n o h a y m a s r a z o n suficiente q u e la
s i m p l e s u c e s i o n , esta c o m u n i d a d d e b e r á hallarse e n todos,
p u e s q u e p a r a t o d o s h a y la m i s m a r a z o n suficiente.
69. N ó t e s e b i e n q u e e n t o d a esta a r g u m e n t a c i o n p r e s c i n
d o d e la n a t u r a l e z a d e la s u s t a n c i a del a l m a ; y solo m e p r o
p o n g o d e m o s t r a r q u e es n e c e s a r i o a d m i t i r a l g o c o n s t a n t e e n
m e d i o d e la v a r i e d a d d e los f e n ó m e n o s i n t e r n o s , y c o m u n á
t o d o s ellos. L l á m e s e á esto, lazo, f o r m a , a c t o d e c o n c i e n
cia, ó c o m o se q u i e r a ; ¿ e s a l g o r e a l ó n o ? si n o es real,
q u i e n lo e x p r e s a e m p l e a u n a p a l a b r a v a c í a ; si e s a l g o real,
fe se t s á a d c a o n u f n e a s a r d e a l l i a d a s d u s p t e a r n c m i a a n l e i n d t a d e d e e n l m a e l d m a i , o p d u e e s l a q v u a e r e i s e t d á a d c o d n e

los f e n ó m e n o s . L o s q u e a d m i t i m o s esta s u s t a n c i a l i d a d , n o
p r e t e n d e m o s q u e el a l m a p u e d a s er d a d a e n intuicion s e n
s i b l e , ni t a m p o c o q u e p o d a m o s e x p r e s a r e n u n a definicion
e x a c t a s u s p r o p i e d a d e s í n t i m a s , p r e s c i n d i e n d o d e los f e n ó
m e n o s q u e e n ella e x p e r i m e n t a m o s ; lo q u e d e c i m o s es q u e
c o n o c e m o s s u existencia real, y s u p e r m a n e n c i a , ó identi
d a d n u m é r i c a , e n t r e la s u c e s i o n y la d i v e r s i d a d d e l o s f e n ó
m e n o s ; l u e g o d e s d e el m o m e n t o q u e se confiesa q u e h a y e n
n u e s t r o interior a l g o real, p e r m a n e n t e , n u m é r i c a m e n t e i d é n
tico e n m e d i o d e la d i v e r s i d a d , se confiesa la s u s t a n c i a l i d a d
d e l a l m a q u e n o s o t r o s d e f e n d e m o s . P o d r á n suscitarse d i s p u
tas s o b r e el c a r á c t e r distintivo d e esta naturaleza; s o b r e si es
ó n o u n a f u e r z a c o m o p r e t e n d i a L e i b n i t z , ó si s u e s e n c i a
c o n s i s t e e n el m i s m o p e n s a r , c o m o o p i n a b a D e s c a r t e s ; p e r o
estas c u e s t i o n e s s o n a j e n a s d e la q u e a h o r a v e n t i l a m o s ; ¿ h a y
a l g o real y p e r m a n e n t e e n t r e la v a r i e d a d d e los f e n ó m e n o s
i n t e r n o s ? sí ó no. Si n o h a y a l g o , la c o n c i e n c i a d e la i d e n
t i d a d n u m é r i c a es a b s u r d a : si h a y algo, q u e d a d e m o s t r a d a
la s u s t a n c i a l i d a d del a l m a .
*30. « A u n q u e la o p i n i o n , d i c e K a n t , d e a l g u n o s filósofos
a n t i g u o s d e q u e t o d o es transitorio y n o h a y n a d a c o n s t a n t e
e n el m u n d o , n o s e a s o s t e n i b l e d e s d e q u e se a d m i t e n s u s
tancias, n o se la p u e d e refutar p o r la u n i d a d d e c o n c i e n c i a ;
p o r q u e n o s o t r o s n o p o d e m o s ni a u n j u z g a r p o r la c o n c i e n
cia, si c o m o algo, s o m o s ó n o p e r m a n e n t e s ; p o r q u e n o atri-
T. ív. 1
 - 9 8 —
h u i m o s á n u e s t r o y o idéntico, s i n o a q u e l l o d e q u e t e n e m o s
c o n c i e n c i a ; y así d e b e m o s n e c e s a r i a m e n t e j u z g a r q u e s o m o s
p r e c i s a m e n t e los m i s m o s e n todas las d u r a c i o n e s d e q u e te
n e m o s c o n c i e n c i a . » N ó t e s e bien; K a n t r e c o n o c e e x p r e s a m e n
te q u e el j u z g a r q u e s o m o s los m i s m o s , lo h a c e m o s p o r n e
c e s i d a d ; esto es, q u e la i d e n t i d a d del y o es p a r a n o s o t r o s u n
h e c h o d e c o n c i e n c i a necesario. D i f í c i l m e n t e se p u e d e h a c e r
u n a c o n f e s i o n m a s i n g e n u a y c o n c l u y e n t e p a r a destruir los
a r g u m e n t o s del filósofo a l e m a n . Si e s t a m o s p r e c i s a d o s ¿ j u z
g a r n o s idénticos, si esto n o s lo d i c e la c o n c i e n c i a , ¿ p o d r e
m o s n e g a r ni p o n e r e n d u d a esta i d e n t i d a d , si n o q u e r e m o s
faltar al h e c h o f u n d a m e n t a l d e todas las i n v e s t i g a c i o n e s psi
cológicas, y p o r c o n s i g u i e n t e c a e r e n el m a s c o m p l e t o e s c e p
t i c i s m o ? Si n o es v a l e d e r o el t e s t i m o n i o d e la c o n c i e n c i a , si
n o es s e g u r o el juicio á q u e él n o s i m p e l e p o r necesidad, ¿ d e
q u é p o d r e m o s a s i r n o s p a r a n o p r e c i p i t a r n o s e n el escepticis
m o m a s a b s o l u t o ? ¿ d ó n d e p o d r e m o s b u s c a r u n c i m i e n t o s ó
lido p a r a l e v a n t a r el edificio d e n u e s t r o s c o n o c i m i e n t o s ?
11. « P e r o , c o n t i n ú a K a n t , d e s d e el p u n t o d e vista d e u n
e x t r a ñ o , n o p o d e m o s t e n e r p o r v a l e d e r o este juicio , p o r q u e
n o h a l l a n d o e n el a l m a otro f e n ó m e n o c o n s t a n t e q u e la r e
p r e s e n t a c i o n yo, q u e los a c o m p a ñ a y los u n e todos, n o p o
d e m o s j a m á s d e c i d i r si este y o ( u n s i m p l e p e n s a m i e n t o ) n o
es t a n p a s a j e r o c o m o los otros p e n s a m i e n t o s , q u e e s t á n res
p e c t i v a m e n t e ligados p o r él.» E n h o r a b u e n a , n o se a d m i t a
q u e la r e p r e s e n t a c i o n del y o , á p e s a r d e r e p r e s e n t a r e s e n
c i a l m e n t e u n a i d e n t i d a d , n o es v a l e d e r a ; d í g a s e q u e a u n q u e
transitoria, n o s i n d u c e necesariamente á la ilusion d e la p e r
m a n e n c i a ; p e r o s á q u e n s e t o d a s las c o n s e c u e n c i a s d e esta
doctrina, y s o s t é n g a s e q u e la r a z o n h u m a n a n o v a l e n a d a ,
a b s o l u t a m e n t e n a d a ; d í g a s e q u e el r e c u e r d o es u n a p u r a Ilu
sion, q u e a u n q u e p o r n e c e s i d a d n o s h a l l a m o s i n d u c i d o s á
c r e e r q u e el p e n s a m i e n t o q u e t e n e m o s a h o r a , es u n r e c u e r
d o d e otro p e n s a m i e n t o a n t e r i o r , t o d o esto es p u r a ilusion ;
q u e n o e s t a m o s s e g u r o s d e q u e h a y a la r e l a c i o n d e r e c u e r d o ,
y n o s a b e m o s m a s s i n o q u e e n la a c t u a l i d a d t e n e m o s c o n
c i e n c i a d e u n p e n s a m i e n t o q u e n o s parece li g a do c o n o t r o
anterior; d í g a s e q u e el valor d e los raciocinios es n u l o , p o r
q u e t o d o e n l a c e d e ideas es i m p o s i b l e si n o s falta la m e m o
ria; y si á p e s a r d e q u e u n a r e p r e s e n t a c i o n i n t e r n a n o s p r o
 - 9 9 -
d u c e p o r n e c e s i d a d u n a s e n s o , n o d e b e m o s fiarnos del juicio
q u e la n e c e s i d a d n o s a r r a n q u e , d í g a s e q u e t o d o c u a n t o p e n
s a m o s , t o d o c u a n t o s e n t i m o s , t o d o c u a n t o q u e r e m o s , t o d o
c u a n t o e x p e r i m e n t a m o s e n n u e s t r o interior, n o p u e d e s e r
v i r n o s p a r a c o n o c e r n a d a , q u e e s t a m o s c o n d e n a d o s á u n a
i m p o t e n c i a c o m p l e t a d e a d q u i r i r n i n g u n a s e g u r i d a d s o b r e
n a d a ; y q u e el l e n g u a j e d e t o d o filósofo d e b e r á s e r el si
g u i e n t e : « a h o r a m e p a r e c e esto; t e n g o c o n c i e n c i a d e esto ;
i g n o r o t o d o lo d e m á s ; e x p e r i m e n t o u n a n e c e s i d a d d e c r e e r
tal c o s a , p e r o q u i z á s esta c r e e n c i a s e r á u n a p u r a ilusion;
n a d a s é de l m u n d o e x t e r n o ; n a d a sé t a m p o c o del m u n d o in
t e r n o ; t o d o c o n o c i m i e n t o m e está n e g a d o ; y o m i s m o n o s o y
n a d a m a s q u e u n a s u c e s i o n d e f e n ó m e n o s q u e p a s a n y d e s
a p a r e c e n ; u n a n e c e s i d a d irresistible m e i m p u l s a á c r e e r
q u e estos f e n ó m e n o s t i e n e n u n lazo c o m u n , p e r o este lazo
n o es n a d a ; p u e s e n d e s a p a r e c i e n d o u n f e n ó m e n o , n a d a
q u e d a d e él; si confieso u n a r e a l i d a d p e r m a n e n t e , s e a la
q u e f u e r e , y a c a i g o e n la s u s t a n c i a l i d a d del a l m a q u e m e
h a b i a p r o p u e s t o n o a d m i t i r ; t o d o es ilusion, t o d o es n a d a ;
p o r q u e n o e s t a n d o s e g u r o ni a u n d e los h e c h o s d e c o n c i e n
cia, n o e s t o y s e g u r o d e la ilusion m i s m a . » ¿ Q u i é n tiene v a
lor p a r a a rr ost rar s e m e j a n t e s c o n s e c u e n c i a s ?

C A P Í T U L O X I .

Simplicidad del alma.

71. E n los capítulos a n t e r i o r e s m e h e c e ñ i d o á p r o b a r la
s u s t a n c i a l i d a d del a l m a ; p a r a lo c u a l m e b a s t a b a d e m o s t r a r
p o r el m i s m o t e s t i m o n i o d e la c o n c i e n c i a , q u e h a y d e n t r o
d e n o s o t r o s u n a r e a l i d a d p e r m a n e n t e , sujeto d e las m o d i f i
c a c i o n e s q u e e x p e r i m e n t a m o s . A h o r a v o y á d e m o s t r a r q u e
esta s u s t a n c i a es s i m p l e .
P a r a p r o c e d e r c o n b u e n m é t o d o fijemos el s e n t i d o d e la
palabra, simple. C u a n d o h a y m u c h o s s e r e s r e u n i d o s q u e for
m a n u n c o n j u n t o , el r e s u l t a d o se l l a m a c o m p u e s t o ; p o r m a
n e r a q u e h a y v e r d a d e r a c o m p o s i c i o n , s i e m p r e q u e h a y v a
rios s e r e s s u s t a n c i a l m e n t e distintos , p e r a u n i d o s c o n u n la
zo; este lazo p u e d e ser d e diferentes especies, lo q u e d a orí-
 — 1 0 0 —
g e n á la d i v e r s i d a d d e c o m p u e s t o s . L a s i m p l i c i d a d se o p o n e
á la c o m p o s i c i o n , d e s u e r t e q u e la i d e a d e s i m p l i c i d a d e x
c l u y e e s e n c i a l m e n t e la d e c o m p o s i c i o n , y c o m o e n esta úl
t i m a se c o m p r e n d e u n n ú m e r o d e c o s a s distintas q u e se r e u
n e n p a r a f o r m a r u n t o d o , resulta q u e la i d e a d e s i m p l i c i d a d
e x c l u y e e s e n c i a l m e n t e la d e n ú m e r o d e c o s a s r e u n i d a s p a r a
f o r m a r u n t o d o ; l u e g o lo s i m p l e es p r o p i a m e n t e u n o , y h a y
v e r d a d e r a s i m p l i c i d a d e n u n a s u s t a n c i a c u a n d o ella n o es
u n c o n j u n t o d e sustancias.
A l d e c i r p u e s q u e la s u s t a n c i a del a l m a es s i m p l e , signi
f i c a m o s q u e n o es u n c o n j u n t o d e s u s t a n c i a s , s i n o q u e es
u n a sustancia.
73. Fijada c o n e x a c t i t u d la i d e a d e s i m p l i c i d a d , v e a m o s
si c o n v i e n e á n u e s t r a a l m a . C o m o el a l m a n o n o s es d a d a e n
intuicion á la m a n e r a d e las c o s a s sensibles, y solo la c o n o
c e m o s p o r la p r e s e n c i a del s e n t i d o i n t i m o , y p o r los f e n ó
m e n o s q u e e x p e r i m e n t a m o s e n el f o n d o d e n u e s t r a c o n c i e n
cia, d e b e m o s e x a m i n a r estos d o s m a n a n t i a l e s p a r a v e r si
e n c o n t r a m o s e n ellos la s i m p l i c i d a d .
E s u n h e c h o i n c o n t e s t a b l e q u e e n t o d o s n u e s t r o s actos, e n
t o d a s n u e s t r a s a f e c c i o n e s internas, s e n t i m o s la i d e n t i d a d
del y o (cap. VI, VII, VIII, IX, X ) . N o h a y i d e n t i d a d e n t r e c o
sas distintas; y p o r c o n s i g u i e n t e el s e n t i d o i n t i m o r e c h a z a
d e s d e l u e g o la m u l t i p l i c i d a d del a l m a . S e d i r á tal v e z q u e
esta i d e n t i d a d n o existe e n t r e las s u s t a n c i a s distintas; p e r o
q u e u n a s u s t a n c i a c o m p u e s t a es idéntica c o n s i g o m i s m a , y
q u e q u i z á s la i d e n t i d a d a t e s t i g u a d a p o r la c o n c i e n c i a , n o es
m a s q u e la i d e n t i d a d d e u n c o m p u e s t o c o n s i g o m i s m o ; p e r o
esta réplica se d e s v a n e c e c o n solo a t e n d e r al m i s m o testi
m o n i o d e la c o n c i e n c i a . L o q u e s e n t i m o s vario y múltiplo,
n o es el yo, s i n o lo q u e s u c e d e e n el y o ; p e n s a m o s , q u e r e
m o s , s e n t i m o s c o s a s diferentes; p e r o la c o n c i e n c i a n o s ates
t i g u a q u e q u i e n las piensa, las q u i e r e , las siente, es u n o m i s
m o : el yo. L u e g o c o n el solo t e s t i m o n i o d e la c o n c i e n c i a está
p r o b a d a la s i m p l i c i d a d de l a l m a ; p u e s n o d e otro m o d o se
p u e d e e x p l i c a r c ó m o s e n t i m o s d e n t r o d e n o s o t r o s e sa u n i
d a d p e r m a n e n t e e n t r e la m u c h e d u m b r e d e f e n ó m e n o s q u e
se s u c e d e n e n n u e s t r o interior.
74. P r e s c i n d i e n d o d e l t e s t i m o n i o d e l s e n t i d o í n t i m o y
a t e n i é n d o n o s ú n i c a m e n t e á la n a t u r a l e z a d e los f e n ó m e n o s
 - 1 0 1 -
internos, s e p u e d e d e m o s t r a r q u e el sujeto d e ellos es u n a
s u s t a n c i a s i m p l e . Si esto n o se verifica, la s u s t a n c i a p e n s a n
te s e r á c o m p u e s t a d e varias sustancias; v e a m o s lo q u e re
sulta e n este s u p u e s t o . S e a n las s u s t a n c i a s c o m p o n e n t e s tres
p o r e j e m p l o , q u e l l a m a r e m o s A B C: d i g o q u e este c o n j u n t o
n o p u e d e p e n s a r . P a r a d e m o s t r a r l o hasta la ú l t i m a e v i d e n
cia, t o m e m o s este juicio: el m e t a l es c u e r p o ; y v e a m o s si es
p o s i b l e q u e el c o n j u n t o d e A B C f o r m e d i c h o juicio. S u p o n
g a m o s q u e la r e p r e s e n t a c i o n del sujeto m e t a l , se halla e n la
s u s t a n c i a A ; q u e la i d e a del p r e d i c a d o c u e r p o , está e n la
B ; y la i d e a g e n e r a l d e la r e l a c i o n del p r e d i c a d o c o n el s u
jeto, ó la c ó p u l a es, se e n c u e n t r a e n C ; ¿ p u e d e resultar u n
j u i c i o ? n ó : d e n i n g u n m o d o . A p e r c i b i r á el m e t a l ; B el c u e r
p o ; C la i d e a g e n e r a l d e c ó p u l a , es. C a d a u n a d e estas s u s
t a n c i a s t e n d r á c o n c i e n c i a d e lo s u y o ; y c o m o n o la t e n d r á
d e lo q u e h a y e n las d e m á s , n o f o r m a r á juicio, q u e consiste
e s e n c i a l m e n t e e n la r e l a c i o n d e l p r e d i c a d o c o n el sujeto.
75. Si se dice q u e e n c a d a u n a d e las s u s t a n c i a s se halla
la r e p r e s e n t a c i o n d e las tres cosas, t e n d r e m o s tres juicios, y
n o resultará u n solo s er p e n s a n t e , s i n o tres.
A d e m á s , ó c a d a u n a d e las s u s t a n c i a s A B C está c o m p u e s
ta d e otras ó n o ; si n o está c o m p u e s t a , es s i m p l e , y n o s h a
l l a m o s c o n u n a s u s t a n c i a s i m p l e y p e r c e p t i v a ; e n t o n c e s , ¿ á
q u é p o n e r tres b a s t a n d o u n a ? si está c o m p u e s t a , todavía se
a u m e n t a la dificultad: p o r q u e s u p o n g a m o s q u e A está f o r m a
d a d e d o s s u s t a n c i a s q u e l l a m a r e m o s m , n ; la r e p r e s e n t a
c i o n d e m e t a l q u e h a b i a e n A , t e n d r e m o s q u e distribuirla e n
m , n, e n c u y o c a s o léjos d e p o d e r llegar á u n juicio, n o t en
d r e m o s ni a u n sujeto , p u e s q u e n o s e r á d a b l e f o r m a r la re
p r e s e n t a c i o n d e m e t a l , s u p u e s t o q u e m , n, se la t e n d r á n re
partida.
Si n o es posible f o r m a r u n juicio, ni a u n i d e a d e u n tér
m i n o , es e v i d e n t e q u e n o se p o d r á r a c i o c i n a r ni p e n s a r d e
n i n g u n m o d o : el r a c i o c i n i o i m p l i c a u n e n l a c e d e juicios,
p u e s q u e se trata d e s a c a r u n a c o n s e c u e n c i a ligada c o n las
p r e m i s a s .
76. L o s actos d e v o l u n t a d s o n t a m b i e n i m p o s i b l e s e n u n a
sustancia c o m p u e s t a ; n o h a y v o l u n t a d c u a n d o n o h a y c o n o
c i m i e n t o ; y este, c o m o a c a b a m o s d e v e r , es i n s e p a r a b l e "
la s i m p l i c i d a d . P e r o t o d a v í a se p u e d e esforzar m a s la d e
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tracion. El a c t o d e v o l u n t a d i m p l i c a u n a inclinacion, t e n d e n
cia ó l l á m e s e c o m o se q u i e r a , h á c i a u n objeto c o n o c i d o ; su
p o n g a m o s q u e las d o s s u s t a n c i a s A, B, q u e c o m p o n e n la s u s
t a nc i a q u e tiene v o l u n t a d , se r e p a r t e n e n t r e si lo n e c e s a r i o
p a r a el acto d e q u e r e r , d e m o d o q u e el c o n o c i m i e n t o del o b
jeto q u e r i d o s e halle e n A , y la i n c l i n a c i o n ó t e n d e n c i a esté
e n B ; d i g o q u e s e m e j a n t e acto d e v o l u n t a d es u n a b s u r d o .
P a r a sentir la f uer za d e esta v e r d a d s u p o n g a m o s q u e se p r e
t e n d e f o r m a r u n a c t o d e v o l u n t a d c o n el c o n o c i m i e n t o d e u n
h o m b r e y la inclinacion d e otro h á c i a el objeto c o n o c i d o : el
p u r o c o n o c i m i e n t o del u n o n o es acto d e v o l u n t a d ; y la in
c l i n a c i o n del o t r o h á c i a u n o b j e t o es i m p o s i b l e , si n o tiene
c o n o c i m i e n t o del objeto á q u e se h a d e inclinar: esto e q u i
v a l d r í a á p o n e r u n a relacion sin u n p u n t o d e referencia. S e
m e j a n t e s c o n t r a d i c c i o n e s d e b e a d m i t i r q u i e n n i e g u e la s i m
p l i c i d a d d e las s u s t a n c i a s q u e q u i e r e n ; p o r q u e ó d e b e re
partir e n t r e las pa rte s d e las m i s m a s la i n c l i n a c i o n y el c o
n o c i m i e n t o , ó d e b e c o n c e n t r a r l o t o d o e n u n a , e n c u y o c a s o
las otras están d e sobras.
A d e m á s , las s u s t a n c i a s c o m p o n e n t e s d e la s u s t a n c i a q u e
q u i e r e , ó s o n s i m p l e s ó c o m p u e s t a s : si s o n s i m p l e s , h e m o s
l l e g a d o á s u s t a n c i a s s i m p l e s q u e e n t i e n d e n y q u i e r e n ; si s o n
c o m p u e s t a s , c a d a acto d e v o l u n t a d s e r á u n c o n j u n t o d e la
a c c i o n d e m u c h a s partes, ¿ y q u é s e r á u n a c t o d e v o l u n t a d
q u e consiste e n u n c o n j u n t o ?
Ti. L a r e u n i o n q u e n o s o t r o s c o n c e b i m o s e n s u s t a n c i a s
distintas es , ó d e y u x t a p o s i c i o n e n el espacio, ó d e s i m u l t a
n e i d a d e n el t i e m p o , ó d e c o n c u r s o d e f u e r z a s p a r a p r o d u c i r
u n efecto c o m u n : la y u x t a p o s i c i o n e n el e s p a c i o y la s i m u l
t a n e i d a d e n el t i e m p o , n a d a n o s d i c e n p a r a e x p l i c a r ni el
p e n s a m i e n t o ni el acto d e v o l u n t a d , ni n i n g u n o d e los f e n ó
m e n o s internos; el c o n c u r s o d e f u e r z a s p a r a p r o d u c i r u n
efecto c o m u n , t a m p o c o p u e d e s e r v i r n o s p a r a r e s o l v e r el p r o
b l e m a . E n este s u p u e s t o d e b e r í a m o s c o n c e b i r los f e n ó m e
n o s i n t e r n o s c o m o p r o d u c t o s d e u n a e l a b o r a c i o n á q u e h a c
c o n c u r r i d o varias sustancias: a d m i t a m o s p o r u n m o m e n t o
s e m e j a n t e a b s u r d o , t a m p o c o se a d e l a n t a n a d a ; p o r q u e e n
t o n c e s p r e g u n t a r e m o s ¿ d ó n d e r e s i d e el f e n ó m e n o e l a b o r a d o ?
si e n todas las sustancias juntas, él e n sí será u n a c o s a c o m
p u e s t a , y la c o n c i e n c i a d el m i s m o d e b e r á s e r t a m b i e n u n a
i1
- 1 -
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c o s a c o m p u e s t a ; n i n g u n a d e las s u s t a n c i a s c o m p o n e n t e s p o
d r á decir yo, c o n r e s p e c t o á d i c h o f e n ó m e n o ; l u e g o h a b r á
m u l t i p l i c i d a d d e c o n c i e n c i a s . A h o r a b i e n ; estas c o n c i e n c i a s
s e r e u n i r á n e n u n p u n t o p a r a f o r m a r u n a c o n c i e n c i a c o m u n
ó no. Si se r e u n e n , el p u n t o d e r e u n i o n d e b e r á s e r u n a s u s
t a n c i a s i m p l e s o p e n a d e c a e r d e n u e v o e n la m u l t i p l i c i d a d
d e c o n c i e n c i a s ; si n o se r e u n e n , las m u c h a s c o n c i e n c i a s in
t e r n a s d e c a d a h o m b r e se p a r e c e r á n á las c o n c i e n c i a s d e
distintos h o m b r e s , c a d a s u s t a n c i a p e n s a r á lo s u y o , sin sa
b e r n a d a d e lo q u e p i e n s a la otra.
78. P o r fin esta divisibilidad d e s u s t a n c i a s y d e c o n c i e n
cias, ó se llevará h a s t a lo infinito ó n o : si lo p r i m e r o , e n
v e z d e u n ser p e n s a n t e h a b r á infinitos e n c a d a u n o d e n o s
otros; si n o se lleva h a s t a lo infinito la divisibilidad, v a m o s
á p a r a r á s u s t a n c i a s s i m p l e s c o n p e n s a m i e n t o y c o n c o n
c i e n c i a , q u e es p r e c i s a m e n t e lo q u e se p r o p o n í a n h u i r los
a d v e r s a r i o s . L a m i s m a divisibilidad infinita n o los salva t a m
p o c o d e la s i m p l i c i d a d ; la division s e p a r a las partes, p e r o
las s u p o n e distintas; l u e g o la division infinita d e b e s u p o n e r
u n a m u c h e d u m b r e infinita d e seres s i m p l e s q u e h a g a n posi
bl e la division.

C A P Í T U L O X I I .

E x a m e n d e la o p i n i o n d e K a n t s o b r e el a r g u m e n t o c o n q u e se p r u e b a la simplicidad
del alma.
79. El a r g u m e n t o c o n q u e a c a b a m o s d e p r o b a r la s i m p l i
c i d a d d e l a l m a lo a p e l l i d a K a n t el s e g u n d o p a r a l o g i s m o d e
la p s i c o l o g í a y lo p r o p o n e e n estos t é r m i n o s : « a q u e l l o c u y a
a c c i o n n o p u e d e n u n c a s er c o n c e b i d a c o m o el c o n c u r s o d e
m u c h o s a g e n t e s , es s i m p l e : el a l m a ó sujeto p e n s a n t e , se
h a l l a e n e s t e c a s o ; l u e g o e l a l m a e s s i m p l e . » C o n v i e n e e l fi
lósofo a l e m a n e n q u e este a r g u m e n t o n o es u n j u e g o p u r a
m e n t e sofístico i m a g i n a d o p o r a l g u n d o g m á t i c o p a r a d a r á
sus a s e r c i o n e s u n a ligera a p a r i e n c i a d e v e r d a d ; y confiesa
q u e es u n r a c i o c i n i o q u e p a r e c e desafiar el e x á m e n m a s
a t e n t o y la r e f l e x i o n m a s p r o f u n d a . S i n e m b a r g o , él s e li
so n j ea d e p o d e r r e d u c i r l e á p o l v o , m a n i f e s t a n d o q u e este
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p r i n c i p a l a p o y o d e la psicología r a ci o na l , es u n c i m i e n t o
falso, y q u e p o r c o n s i g u i e n t e t o d o el edificio d e esta c i e n c i a
se halla f u n d a d o e n el aire.
80. K a n t o b s e r v a q u e el nervus p r o b a n d i del a r g u m e n t o s e
halla e n q u e m u c h a s r e p r e s e n t a c i o n e s n o p u e d e n f o r m a r u n
p e n s a m i e n t o s i n o e n c u a n t o están c o n t e n i d a s e n la u n i d a d
a b s o l u t a del sujeto p e n s a n t e ; t p e r o n a d i e , dice, es c a p a z d e
p r o b a r p o r conceptos s e m e j a n t e p r o p o s i c i o n . E n efecto, ¿ p o r
d ó n d e c o m e n z a r e m o s la t a r e a ? L a p r o p o s i c i o n : « u n p e n s a
m i e n t o n o p u e d e s er s i n o el efecto d e la u n i d a d a b s o l u t a d e l
s e r p e n s a n t e , » n o p u e d e s er tratada a n a l í t i c a m e n t e ; la u n i
d a d del p e n s a m i e n t o (y t o d o p e n s a m i e n t o resulta d e m u c h a s
r e p r e s e n t a c i o n e s ) es colectiva; y e n c u a n t o á los s i m p l e s
c o n c e p t o s , del m i s m o m o d o p u e d e referirse á la u n i d a d c o
lectiva d e s u s t a n c i a s q u e c o n t r i b u y e n á p r o d u c i r el p e n s a
m i e n t o ( así c o m o q u e el m o v i m i e n t o d e u n c u e r p o es el m o
v i m i e n t o d e todas las p art e s d e este c u e r p o ) q u e á la u n i d a d
a b s o l u t a del sujeto. L a n e c e s i d a d d e la s u p o s i c i o n d e u n a s u s
tancia s i m p l e n o p u e d e p o r tanto ser c o n o c i d a p o r la r e g l a d e
la i d e n t i d a d e n u n p e n s a m i e n t o c o m p u e s t o ; q u i e n c o n o z c a la
r a z o n d e l a p o s i b i l i d a d d e l o s j u i c i o s s i n t é t i c o s o, p r i o r i t a l
c o m o la h e m o s e x p u e s t o m a s arriba, n o o s a r á a f i r m a r q u e esta
p r o p o s i c i o n d e b e ser c o n o c i d a s i n t é t i c a m e n t e , y p e r f e c t a
m e n t e á priori ó p o r c o n c e p t o s p u r o s . » Esta a r g u m e n t a c i o n e s
u n p u r o s o f i s m a q u e v o y á d e s v a n e c e r á la luz d e la e v i d e n c i a .
81. E n p r i m e r l u g a r , n o es e x a c t o q u e t o d o p e n s a m i e n t o
resulte d e m u c h a s r e p r e s e n t a c i o n e s ; e n la p e r c e p c i o n d e
u n a i d e a s i m p l e , p o r e j e m p l o ser, n o h a y m u c h a s r e p r e s e n
taciones, l u e g o f l a q u e a p o r s u b a s e el a r g u m e n t o d e K a n t ;
p u e s q u e si e n c o n t r a m o s u n solo p e n s a m i e n t o q u e exija s i m
plicidad, la t e n e m o s y a d e m o s t r a d a ; si el a l m a es s i m p l e
p a r a u n c a s o , n o dej ar á d e serlo p a r a los otros.
82. E x a m i n e m o s a h o r a c ó m o e n t r a la d i v e r s i d a d d e re
p r e s e n t a c i o n e s e n los p e n s a m i e n t o s q u e las a d m i t e n . C u a n
d o estas f o r m a n lo q u e se l l a m a u n p e n s a m i e n t o , se r e u n e n
p o r decirlo así e n u n p u n t o q u e h a c e n e c e s a r i a la u n i d a d d e
la p e r c e p c i o n y del sujeto q u e p e r c i b e . E n el p e n s a m i e n t o
a p e l l i d a d o juicio, se c o m b i n a v a r i e d a d d e r e p r e s e n t a c i o n e s ,
la d e l sujeto y la del p r e d i c a d o ; p e r o estas varias r e p r e s e n
taciones, n o c o n s t i t u y e n el p e n s a m i e n t o l l a m a d o juicio, s i n o
 — 1 0 5 —
e n c u a n t o s e o f r e c e n e n l a z a d a s c o n la relacion, q u e a u t o r i z a
p a r a a f i r m a r ó n e g a r el p r e d i c a d o del sujeto; l u e g o e n el
f o n d o d e la d i v e r s i d a d h a y la u n i d a d , es d e c i r la relacion;
l u e g o el p e n s a m i e n t o c o n q u e se p e r c i b e esta r e l a c i o n es
u n o , y p o r tanto la a c c i o n d e percibir es e s e n c i a l m e n t e u n a ,
á p e s a r d e la v a r i e d a d d e las r e p r e s e n t a c i o n e s .
83. N o h a y e n n u e s t r o s p e n s a m i e n t o s n i n g u n ó r d e n s i n o
e n c u a n t o los c o m p a r a m o s u n o s c o n otros: t o d o s n u e s t r o s
a c t o s i n t e l e c t u a l e s s e r e d u c e n á p e r c e p c i o n d e i d e a s y ¡í
c o m p a r a c i o n d e las m i s m a s ; e n la p e r c e p c i o n h a y simplici
d a d ; e n la c o m p a r a c i o n la h a y t a m b i e n , p u e s n o h a y c o m
p a r a c i o n d e lo v a r i o , s i n o e n c u a n t o lo v a r i o se r e d u c e ú
u n o , esto es, á la relacion q u e se p e r c i b e e n la c o m p a r a
cion. L u e g o e n t o d o p e n s a m i e n t o h a y u n i d a d ; l u e g o el p e n
s a m i e n t o n o p u e d e ser c o n c e b i d o j a m á s c o m o el c o n c u r s o d e
m u c h o s a g e n t e s ; l u e g o q u e d a d e m o s t r a d a esta p r o p o s i c i o n
q u e K a n t c o n s i d e r a i n d e m o s t r a b l e : m u c h a s r e p r e s e n t a c i o
n e s n o p u e d e n f o r m a r u n p e n s a m i e n t o , s i n o e n c u a n t o están
c o n t e n i d a s e n la u n i d a d a b s o l u t a d e u n sujeto p e n s a n t e .
84. P r e s e n t e m o s la m i s m a d e m o s t r a c i o n bajo u n a f o r m a
m a s r i gu ros a: s u p o n g a m o s q u e h a n d e c o n c u r r i r á la f o r m a
c i o n del p e n s a m i e n t o tres a g e n t e s A B C : c a d a parte p o n d r á
s u c o n t i n g e n t e ; á la p r i m e r a s u p o n d r e m o s q u e le c o r r e s p o n
d a a, á la s e g u n d a b, á la t e r c e r a c; el r e s u l t a d o del c o n c u r s o
s e r á el c o n j u n t o c o m p u e s t o d e a b c, esto s e r á el p e n s a m i e n
to; l u e g o será triple, l u e g o n o p u e d e constituir j a m á s u n p u n
to d e c o m p a r a c i o n ; luego, ó es m e n e s t e r r e c h a z a r esta h i p ó
tesis, ó n e g a r el p e n s a m i e n t o . El s o f i s m a d e K a n t se f u n d a
p u e s e n q u e a t i e n d e solo á la d i v e r s i d a d d e las r e p r e s e n t a
ciones, y p r e s c i n d e d e la u n i d a d q u e s i e m p r e se e n c u e n t r a e n
la p e r c e p c i o n d e esta d i v e r s i d a d ; así n o es e x t r a ñ o q u e e n el
c o n c e p t o del p e n s a m i e n t o n o e n c u e n t r e la u n i d a d . Este c o n
c e p t o lo p r e s e n t a i n c o m p l e t o ó m a s b i e n falso; n o s o f r e c e er
p e n s a m i e n t o c o m o u n c o n j u n t o d e las r e p r e s e n t a c i o n e s , c u a n
d o d e b e r í a o f r e c é r n o s l e c o m o u n p u n t o s i m p l i c i s i m o e n q u e
las r e p r e s e n t a c i o n e s se r e u n e n p a r a se r p e r c i b i d a s e n la rela
c i o n q u e e n t r e sí tienen. L a d i v e r s i d a d d e las r e p r e s e n t a c i o
n e s n o f o r m a u n c o n j u n t o á la m a n e r a d e los objetos sensi
bles; el p e n s a m i e n t o e n q u e se c o n o c e la relacion d e d o s trián
g u l o s diversos, n o p u e d e ser e x p r e s a d o p o r la s u m a d e lasfi
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g u r a s d e los d o s triángulos; es a l g o diferente d e ellas; a l g o
q u e está e n m e d i o d e ellas, q u e las r e u n e c o m p a r á n d o l a s , y
q u e h a c e confluir s u d i v e r s i d a d e n la u n i d a d d e s u relacion.
85. El e j e m p l o q u e a d u c e K a n t manifiesta la g r o s e r í a d e
la i d e a c o n q u e c o n c i b e el c a r á c t e r d e la r e u n i o n d e las r e
p r e s e n t a c i o n e s p a r a f o r m a r u n p e n s a m i e n t o total. « L a u n i
d a d del p e n s a m i e n t o , d i c e , es colectiva, y p u e d e referirse á
la u n i d a d colectiva d e m u c h a s sustancias, c o m o el m o v i
m i e n t o d e u n c u e r p o es el m o v i m i e n t o c o m p u e s t o d e t o d a s las
pa r t es d e este c u e r p o . » A q u í se p r e s e n t a d e bulto la e q u i v o
c a c i o n d e K a n t : t o m a el c o n j u n t o d e las r e p r e s e n t a c i o n e s
p o r el p e n s a m i e n t o q u e se refiere á ellas; así n o es e x t r a ñ o
q u e n o e c h e d e v e r la u n i d a d i m p l i c a d a e n la d i v e r s i d a d ,
s u p u e s t o q u e esta d i v e r s i d a d h a y a d e s er p e n s a d a .
P a r a llevarla c o n v i c c i o n hasta el ú l t i m o p u n t o a t e n g á m o
n o s al m i s m o e j e m p l o del m o v i m i e n t o ; s u p o n g a m o s m o v i d o
u n c u b o , y l l a m e m o s á s u s o c h o vértices A. B. C. D. E. F. G .
H.; t o d o s se m u e v e n ; y el c o n j u n t o d e s u s m o v i m i e n t o s , así
c o m o d e los p u n t o s q u e están e n t r e ellos, f o r m a el m o v i
m i e n t o total. E n el r e s u l t a d o d e este c o n c u r s o d e a g e n t e s ¿ q u é
h a y d e c o m u n ? n a d a , s i n o la y u x t a p o s i c i o n e n el e s p a c i o y
la r e l a c i o n q u e v a n c o n s e r v a n d o c o n la v e l o c i d a d i g u a l del
m o v i m i e n t o . P e r o el m o v i m i e n t o del vértice H. n o es el del
vértice A , c o m o lo d e m u e s t r a el q u e si s u p o n e m o s q u e el v é r
tice A. q u e d a c o r t a d o del c u b o y p e r m a n e c e q u i e t o , el m o
v i m i e n t o del vértice H . p o d r á c o n t i n u a r sin n i n g u n a altera
c i o n ; l u e g o los d o s m o v i m i e n t o s e r a n c o s a s a b s o l u t a m e n t e
distintas. E s e v i d e n t e q u e lo m i s m o se verifica r e s p e c t o á los
d e m á s p u n t o s ; l u e g o la u n i d a d del m o v i m i e n t o c o m p u e s t o
e s p u r a m e n t e facticia ; lo q u e h a y r e a l m e n t e es u n a m u l t i
plicidad d e s u s t a n c i a s y d e m o v i m i e n t o s , sin m a s lazo q u e
u n a c o s a p u r a m e n t e e x t r í n s e c a : la r e l a c i o n d e las posicio
n e s e n el espacio.
T r o q u e m o s a h o r a los vértices e n r e p r e s e n t a c i o n e s y v e a
m o s lo q u e resulta. ¿ S e las s u p o n e existentes sin m a s lazo q u e
s u c o e x i s t e n c i a ? e n t o n c e s n o f o r m a n u n p e n s a m i e n t o , sino
u n c o n j u n t o d e f e n ó m e n o s q u e p o d r á se r c o n s i d e r a d o c o m o
u n a r e u n i ó n d e cosas, p e r o n o c o m o u n p e n s a m i e n t o ; e n tal
c a s o el c o n j u n t o d e t o d a s las r e p r e s e n t a c i o n e s será s e m e j a n t e
al c o n j u n t o d e los m o v i m i e n t o s , p e r o n o p r o d u c i r á n i n g u n
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r e s u l t a d o p a r a el objeto q u e n o s p r o p o n e m o s . Si á estas re
p r e s e n t a c i o n e s se les s e ñ a l a u n p u n t o d e r e u n i o n , esto es ,la
r e l a c i o n bajo la c u a l s o n percibidas, t e n d r e m o s y a p e n s a
m i e n t o ; p e r o ¿ q u é s e m e j a n z a h a y e n t r e este acto u n o , s i m -
plicisimo, y la totalidad d e m u c h o s p u n t o s q u e se m u e v e n ?
86. Si K a n t h u b i e s e q u e r i d o p r e s e n t a r u n e j e m p l o m a s
s e d u c t o r , d e b i a e c h a r m a n o d e u n a teoría m e c á n i c a , c u y a
a p l i c a c i o n al p r e s e n t e c a s o ofrecía, si n o m a s dificultad,
c u a n d o m e n o s u n a a p a r i e n c i a m a s e n g a ñ o s a : h a b l o d e la re
sultante d e u n s i s t e m a d e f u e r z a s y d e s u p u n t o d e aplicacion.
C u a n d o m u c h a s f u e r z a s o b r a n s o b r e u n a línea, u n p l ano ,
ó u n só l i d o , p r o d u c e n u n efecto igual al d e u n a f u e r z a ú n i
ca, q u e s e l l a m a resultante; la q u e tiene u n a d i r e c c i o n d e
t e r m i n a d a , y u n p u n t o d e aplicacion, c u a l si f u e r a s i m p l e , ó
si n o h u b i e s e d i m a n a d o d e otras; ¿ p o r q u é n o se p o d r í a apli
car lo m i s m o al p e n s a m i e n t o ? ¿ p o r q u é á p e s a r d e se r u n a
cosa s i m p l e . n o p o d r i a ser el p r o d u c t o del c o n c u r s o d e v a
rios a g e n t e s ? Este e j e m p l o es m a s e s p e c i o s o , p o r q u e p r e s e n
ta el r e s u l t a d o d e la c o m p o s i c i o n c o n c e n t r a d o t o d o e n u n
p u n t o ; p e r o b i e n e x a m i n a d o t a m p o c o p r u e b a n a d a p a r a el
caso p r e s e n t e .
L a d i s p a r i d a d está e n q u e el p e n s a m i e n t o es u n a c t o s i m p l e
en sí m i s m o , y la resultante d e las f u e r z a s lo es ú n i c a m e n t e
en s u r e l a c i o n al efecto e x p e r i m e n t a d o , ú n i c o q u e n o s o t r o s
p o d e m o s calcular. C u a n d o d o s f u e r z a s se a p l i c a n á los d o s
e x t r e m o s d e u n a recta inflexible, el efecto es el m i s m o q u e si
a p l i c á s e m o s á u n p u n t o d e la línea u n a f u e r z a sola igual á la
s u m a d e las c o m p o n e n t e s , y e n u n a distancia del p u n t o d e
a p l i c a c i o n d e las m i s m a s , i n v e r s a m e n t e p r o p o r c i o n a l al v a
lor d e c a d a u n a d e ellas. P e r o la u n i d a d d e este efecto d e
p e n d e d e la c o h e s i o n d e las partes, q u e n o p e r m i t i e n d o m o
v i m i e n t o s aislados, d e b e h a c e r refluir la f u e r z a e n u n solo
punto; m a s las f u e r z a s c o m p o n e n t e s n o d e j a n d e ser distintas
y s a d s e l e a s t c a o r h e s s e i p o a n r , a d l a o s s , p du n e t t o a s l s r u e e s r p t e e c t q i u v e o s e s n e e n l t i m r o í m a n e n c t a d o a q c u u e a l c e l a

a c c i o n d e la f u e r z a q u e le s c o r r e s p o n d e , y m a r c h a r í a n e n la
d i r e c c i o n y c o n la v e l o c i d a d q u e esta les i m p r i m i e s e . Si
m i e n t r a s d u r a la c o h e s i o n f u e s e posi ble d a r á c a d a u n a d e las
fu erzas c o m p o n e n t e s c o n c i e n c i a d e la a c c i o n q u e e s t á n ejer
c i e n d o , h a b r í a d o s c o n c i e n c i a s r e a l m e n t e distintas, q u e n o
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llegarían á f o r m a r u n a c o n c i e n c i a c o m u n , y q u e n o se r e u n i -
rían e n otra c o s a q u e e n la p r o d u c c i o n del efecto. Si el p u n t o
á q u e s e a p l i c a n tuviese c o n c i e n c i a d e la a c c i o n q u e e x p e r i
m e n t a , p o d r í a t e n e r u n a c o n c i e n c i a s e m e j a n t e al d e la a c c i o n
d e u n a f u e r z a sola, igual á la s u m a d e las c o m p o n e n t e s , si d e s
c o n o c i e s e el m o d o c o n q u e se le t r a s m i t e la a c c i ó n d e estas ;
p e r o d e s d e q u e t u v i e s e c o n c i e n c i a d e la a c c i ó n r e s p e c t i v a d e
las m i s m a s , sabria q u e el r e s u l t a d o se d e b e á la i m p o s i b i l i d a d
d e q u e c a d a u n a d e ellas p r o d u j e s e a i s l a d a m e n t e el efecto r e s
pectivo. P o r m a n e r a q u e si c o m p a r á s e m o s el sujeto p e n s a n
te á este p u n t o d e a p l i c a c i o n d e las fuerzas, d e b e r í a m o s atri
buirle c o n c i e n c i a d e la d i v e r s i d a d d e o r i g e n d e las r e p r e
s e n t a c i o n e s q u e c o n c u r r i r í a n A la p r o d u c c i o n del efecto total.
S e n o s objetará tal v e z q u e p o r el análisis m i s m o del e j e m
plo, l i e m o s p r o p o r c i o n a d o el triunfo á los a d v e r s a r i o s d e la
s i m p l i c i d a d del a l m a ; p o r q u e m e r c e d á s u p o s i c i o n e s a r b i
trarias, h e m o s v e n i d o á p a r a r á u n efecto s i m p l e , i n h e r e n t e
á u n a c o s a s i m p l e , y t o d o p r o d u c i d o p o r el c o n c u r s o d e v a
rios a g e n t e s ; p e r o si b i e n se reflexiona, el p r e t e n d i d o t r i u n
fo n u n c a h a b í a e s t a d o m a s léjos q u e e n el ú l t i m o c a s o á q u e
n o s c o n d u c e el análisis d e las fuerzas. P o r q u e p a r a llegar á u n
r e s u l t a d o s i m p l e p r o d u c i d o p o r el c o n c u r s o d e varias f u e r
zas, n e c e s i t a m o s t a m b i e n u n p u n t o s i m p l e e n el c u a l s e c o n
c e n t r e d i c h o resultado. E n t o n c e s , y p r e c i s a m e n t e solo p o r
q u e h e m o s l l e g a d o á esta s i m p l i c i d a d , p o d e m o s p r e s c i n d i r
d e las f u e r z a s c o m p o n e n t e s , y c o n s i d e r a r l a resultante e n la
clase d e u n efecto s i m p l e p r o d u c i d o p o r u n a f u e r z a s i m p l e ,
é i n h e r e n t e t a m b i e n á u n sujeto s i m p l e q u e es el p u n t o in
divisible al c u a l se c o n s i d e r a a p l i c a d a ; l u e g o c o n t i n u a n d o
la c o m p a r a c i o n , d e b e r í a m o s t a m b i e n d e c i r q u e s e a c u a l f u e
r e el n ú m e r o d e a g e n t e s q u e c o n c u r r e n á la p r o d u c c i o n d e l
p e n s a m i e n t o , este res id e e n u n sujeto s i m p l e , e n c u y o c a s o
está c o n f e s a d a la s i m p l i c i d a d del a l m a . E s v e r d a d q u e e n
t o n c e s se fingiría u n cierto n ú m e r o d e a g e n t e s q u e influirían
s o b r e el a l m a p a r a p r o d u c i r e n ella el p e n s a m i e n t o ; p e r o
u n a v e z p r o d u c i d o , ella sola seria el sujeto p e n s a n t e , á la
m a n e r a q u e el p u n t o indivisible es el solo e n q u e se r e u n e
t o d a la fuerza d e las c o m p o n e n t e s . A s í n u e s t r o s a d v e r s a r i o s
n o h a b r í a n g a n a d o n a d a s i n o el c a r g a r c o n la ridicula e x t r a
v a g a n c i a del c o n c u r s o d e a g e n t e s , p a r a v e n i r á p a r a r á u n a
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s u s t a n c i a s i m p l e p e n s a n t e , q u e es lo ú n i c o c u y a e x i s t e n c i a
n o s p r o p o n í a m o s d e m o s t r a r .
87. P r e t e n d e K a n t q u e es i m p o s i b l e el s a c a r d e la e x p e
r i e n c i a la u n i d a d n e c e s a r i a del sujeto p e n s a n t e c o m o c o n d i
c i o n d e posibilidad d e t o d o p e n s a m i e n t o ; p o r q u e la e x p e
r i e n c i a n o h a c e c o n o c e r n i n g u n a n e c e s i d a d , y el c o n c e p t o
d e la u n i d a d a b s o l u t a se halla e n u n a esfera m u y diferente
d r i e e ln a c i q a u n e o c n o o n s v i h e a n c e e á c o e s n t o e c e c r a s o l . a E n s e c c e i s e i r d t a o d , q u p e o r l q a u s e o l l a i m e i x t p á e n -

d o s e á h e c h o s particulares, t o d o s c o n t i n g e n t e s , n o se e x
t i e n d e á la r a z o n u n i v e r s a l d e los objetos ; p e r o n o se verifi
c a lo m i s m o d e la e x p e r i e n c i a c o n s i d e r a d a o b j e t i v a m e n t e ,
esto es, e n c u a n t o al c o n o c i m i e n t o d e las r a z o n e s g e n e r a l e s d e
las cosas: p o r q u e si b i e n este c o n o c i m i e n t o c o n s i d e r a d o s u b
j e t i v a m e n t e , c o m o u n a c t o individual, es u n h e c h o c o n t i n g e n
te, sin e m b a r g o , e n c u a n t o existe, n o s r e p r e s e n t a v e r d a d e r a
n e c e s i d a d e n ciertos objetos, á n o s er q u e q u e r a m o s r e n u n c i a r
á la c e r t e z a d e todas las ciencias, inclusas las m a t e m á t i c a s .
E s claro q u e al h a b l a r del p e n s a m i e n t o y del sujeto p e n
s a n t e , n o p o d e m o s d e s e n t e n d e m o s d e la e x p e r i e n c i a , p u e s
q u e n o s e s j m p o s i b l e p r e s c i n d i r d e la b a s e d e todas las i n v e s
t i g a c i o n e s psicológicas , yo pienso, c u y a p r o p o s i c i o n e x p r e s a
r u o n c h o e n c h e o s t d a e e c x o p n e c r i i e e n n c c i i a a , s u e n c a o c m t b o i d n e a e l x a p ie d r e i a e n d c e i a u n i i n t d e a r d n a e ; n p g e

neral, es decir, d e la e x c l u s i o n d e la distincion y multiplici

d a d e n el a c t o del p e n s a m i e n t o y e n el sujeto p e n s a n t e . P o r
m a n e r a q u e la d e m o s t r a c i o n d e la s i m p l i c i d a d del a l m a s i g u e
los m i s m o s trámites q u e c u a n t a s n o se l i m i t a n á u n o r d e n p u
r a m e n t e ideal, y q u e p o r c o n s i g u i e n t e se f o r m a n d e u n a p r e
m i s a q u e c o n t i e n e u n a v e r d a d necesaria, y d e otra q u e c o n
s i g n a u n h e c h o d e e x p e r i e n c i a . L a p r e m i s a n e c e s a r i a es
a q u í la m i s m a definicion d e la u n i d a d y s i m p l i c i d a d ; y la o t r a
e x p r e s a el h e c h o e x p e r i m e n t a d o , esto es, la n a t u r a l e z a del
p e n s a m i e n t o , tal c o m o lo s e n t i m o s e n n u e s t r a c o n c i e n c i a .
88. D e esta s u e r t e , la d e m o s t r a c i o n d e la s i m p l i c i d a d d e
los seres p e n s a n t e s n o se limita á los espíritus h u m a n o s , si
n c oh o q d u e c s o e n c e i x e t n i c e i n a d . e á C u t a o n d d o s o l K o a s n s t u j n e o t s o s o d p o o n n d g e a s q e u h e a l n l eo e p l o h d e
m o s e x t e n d e r esta d e m o s t r a c i o n p o r q u e e n t o n c e s s a l i m o s d el
c a m p o d e la e x p e r i e n c i a , le r e p l i c a r e m o s c o n este racioci
 - í i b -
nio: n u e s t r a d e m o s t r a c i o n se f u n d a e n la i d e a d e u n i d a d y e n
el h e c h o d e c o n c i e n c i a ; la i d e a d e u n i d a d es g e n e r a l , y d e
c o n s i g u i e n t e vale p a r a t o d o s los ca s os ; el h e c h o d e c o n c i e n
cia es u n a c o s a q u e se e n c u e n t r a e n t o d o ser p e n s a n t e , p u e s
el p e n s a m i e n t o n o es c o n c e b i b l e sin u n sujeto q u e p u e d a
d e c i r yo pienso ; l u e g o p r o c e d e m o s l e g í t i m a m e n t e al e x
t e n d e r la d e m o s t r a c i o n d e la s i m p l i c i d a d , á n o s e r q u e s e
p r e t e n d a d a r á la p a l a b r a p e n s a r , u n a significacion m u y di
v e r s a d e la q u e le d a m o s todos, e n c u y o c a s o s a l i m o s d e l
t e r r e n o filosófico y e n t r a m o s e n u n a c u e s t i o n d e p a la b ra s.
89. L a i d e a d e ser p e n s a n t e la h e m o s d e b i d o recibir d e
la e x p e r i e n c i a q u e h a l l a m o s e n n o s o t r o s m i s m o s ; esta i d e a
la d i l a t a m o s ó la r e s t r i n g i m o s a u m e n t a n d o ó d i s m i n u y e n d o
s u p e r f e c c i o n , p e r o e n el f o n d o q u e d a s i e m p r e la m i s m a ; y
n o c o n c e b i m o s el p e n s a m i e n t o e n otro s er , sin atribuirle al
g o s e m e j a n t e á lo q u e s e n t i m o s e n nosotros. E n este c o n c e p
to tiene r a z o n K a n t c u a n d o d i c e q u e al q u e r e r r e p r e s e n t a r
n o s u n s e r p e n s a n t e , d e b e m o s p o n e r n o s á n o s o t r o s m i s m o s
e n l u g a r del objeto. S e g u n el m i s m o filósofo n o e x i g i m o s p a
r a el p e n s a m i e n t o la u n i d a d a b s o l u t a del sujeto, sino p o r q u e
sin esta u n i d a d seria i m p o s i b l e d e c i r y o p i e n s o ; p u e s q u e si
b i e n la totalidad del p e n s a m i e n t o p u e d e estar distribuida e n
tre m u c h o s sujetos, el y o su b je t iv o n o p u e d e estar d i v i d i d o
ni r e p a r t i d o , y este yo le s u p o n e m o s e n t o d o p e n s a m i e n t o .
L a p r o p o s i c i o n , y o pienso, es el f u n d a m e n t o s o b r e el c u á l la
psicología edifica s u s c o n o c i m i e n t o s ; esto lo confiesa K a n t , y
n o se c o m p r e n d e p o r q u é a d m i t i e n d o q u e esta p r o p o s i c i o n es
la f o r m a d e la a p e r c e p c i o n q u e se liga c o n t o d a e x p e r i e n c i a
y la p r e c e d e , d i c e q u e n o es e x p e r i m e n t a l ; c o m o si n o estu
viese sujeto á v e r d a d e r a e x p e r i e n c i a tanto el p e n s a m i e n t o c o
m o s u f o r m a ; c u a n d o si b i e n se c o n s i d e r a , m a s b i e n d e b e ser
e x p e r i m e n t a d a la f o r m a q u e el m i s m o p e n s a m i e n t o , s u p u e s t o
q u e este es distinto e n c a d a caso, m i e n t r a s la f o r m a es idénti
c a e n t o d o s ; p o r q u e ella e n sí n o es otra c o s a q u e la c o n c i e n
cia d e la u n i d a d , i d é n t i c a e n m e d i o d e la d i v e r s i d a d .
90. Al c o n c e b i r esta u n i d a d a b s o l u t a e n el yo, n o c o n c e
b i m o s u n a u n i d a d lógica c o m o p r e t e n d e K a n t ; s i n o u n a u n i
d a d real, s u p u e s t o q u e p e r m a n e c e la m i s m a r e a l m e n t e e n
tre la v a r i e d a d del p e n s a m i e n t o . C u a n d o e n u n c i a m o s esta
u n i d a d e n la p r o p o s i c i o n , y o p i e n s o , n o h a b l a m o s d e u n a
 — 1 11 —
f o r m a e n abstracto, c o m u n á t o d a s las p e r c e p c i o n e s , sino d o
u n a c o s a positiva q u e h a y e n n o s o t r o s , y c u y a realidad es
i n d i s p e n s a b l e p a r a q u e el p e n s a m i e n t o s e a posible.
91. D i c e el filósofo a l e m a n : «esta c o n d i c i o n subjetiva d e
t o d o c o n o c i m i e n t o n o seria justo convertirla e n c o n d i c i o n d e
la p o s i b i l i d a d d e u n c o n o c i m i e n t o d e los objetos, es decir,
o e t n r uo s n c n o o n c p e o p d t e o m d o e s l s e r r e p p r e e n s s e a n n t t a e r ne o n s g e e n s e t r e a l s , e r a t se i n n d i p d o n q e u r e n o n s o s á

n o s o t r o s m i s m o s e n s u l u g a r c o n la f ó r m u l a d e n u e s t r a c o n
ciencia.» N o c r e o q u e los p s i c ó l o g o s q u e h a n p r e t e n d i d o p o
d e r d e m o s t r a r la s i m p l i c i d a d del a l m a , se h a y a n l i s o n j e a d o
d e llegar á u n a i d e a p e r f e c t a d e los s e r e s p e n s a n t e s , ni t a m
p o c o n e g a d o el q u e el tipo d e esta i d e a lo s a c a m o s d e n u e s t r a
e x p e r i e n c i a ; lo q u e h a n p r e t e n d i d o es q u e la r a z o n los c o n d u
cía á inferir q u e h a b i a u n i d a d a b s o l u t a d e sujeto d o n d e q u i e
r a q u e h u b i e s e u n ser p e n s a n t e , a u n q u e s u p e n s a m i e n t o p e r
t e n e c i e s e á u n a escala m a s ó m e n o s perfecta q u e la nuestra.
92. C u a n d o K a n t o b s e r v a q u e el sujeto d e la i n h e r e n c i a
d e l p e n s a m i e n t o está solo i n d i c a d o d e u n a m a n e r a t r a s c e n
d e n t a l sin q u e se d e s c u b r a n s u s p r o p i e d a d e s , y q u e p o r esto
n o c o n o c e m o s la s i m p l i c i d a d del sujeto m i s m o , c o n s i g n a u n
h e c h o q u e e n a l g u n m o d o se p u e d e a d m i t i r , p e r o s a c a u n a
c o n s e c u e n c i a falsa. E s v e r d a d q u e n o c o n o c e m o s la s u s t a n
cia d e l a l m a s i n o p o r la p r e s e n c i a de l s e n t i d o í n t i m o y p o r
s u r e l a c i o n c o n los actos; y q u e p o r c o n s i g u i e n t e ella e n sí
m i s m a , c o n a b s t r a c c i o n d e t o d o s los f e n ó m e n o s q u e e x p e r i
m e n t a m o s , n o n o s es d a d a e n intuicion i n m e d i a t a , y q u e
c u a n d o l l e g a m o s á este p u n t o n o s q u e d a m o s r e d u c i d o s á la
i d e a d e u n ser s i m p l e ; p e r o esta i n d e t e r m i n a c i o n y v a g u e
d a d e n el c o n o c i m i e n t o d e la s u s t a n c i a del a l m a n o n o s
i m p i d e el c o n o c e r s u s i m p l i c i d a d , si esta se halla a t e s t i g u a d a
p o r el s e n t i d o í n t i m o , y a d e m á s p o r la n a t u r a l e z a d e los fe
n ó m e n o s q u e n o s d a n á c o n o c e r al sujeto p e n s a n t e .
93. C r e e r á n a l g u n o s q u e la i n d e t e r m i n a c i o n e n el c o n o
c i m i e n t o d o la s u s t a n c i a del a l m a es u n h e c h o d e s c u b i e r t o
r e c i e n t e m e n t e p o r el filósofo a l e m a n ; p e r o es fácil p r o b a r
q u e este h e c h o h a b i a s i d o n o t a d o d e m u y a n t i g u o , h a l l á n d o s e
c o n s i g n a d o d e u n a m a n e r a m u y especial y m u y i n t e r e s a n t e
e n los escritos d e s a n t o T o m á s . Este m e t a f í s i c o e m i n e n t e s e
p r o p o n e la c u e s t i o n d e si el a l m a intelectual se c o n o c e á sí
 — 1 1 2 -
m i s m a p o r s u e s e n c i a ; u t r u m a n i m a intellectiva s e i p s a m
c o g n o s c a t p e r s u a m e s s e n t i a m ; y d e s p u e s d e varias c o n s i d e
r a c i o n e s s o b r e la inteligencia y la inteligibilidad d e los o b
jetos, la r e s u e l v e c o n las siguientes n o t a b i l í s i m a s p al a b ras :
« El e n t e n d i m i e n t o n o se c o n o c e p u e s á si m i s m o p o r s u e s e n
cia, s i n o p o r s u acto, y esto d e d o s m a n e r a s : e n particular, e n
c u a n t o Sortes ó Platon p e r c i b e q u e tiene a l m a intelectual, p o r
lo m i s m o q u e p e r c i b e q u e e n t i e n d e ; y e n universal, e n c u a n
to c o n s i d e r a m o s la n a t u r a l e z a d e la m e n t e h u m a n a p o r el a c t o
d e l e n t e n d i m i e n t o . El juicio y la eficacia d e este c o n o c i m i e n
to d e la n a t u r a l e z a del a l m a lo t e n e m o s p o r d e r i v a c i o n d e la
luz q u e n u e s t r o e n t e n d i m i e n t o r e c i b e d e la v e r d a d divina, la
c u a l c o n t i e n e la r a z o n d e todas las cosas, s e g u n lo d i c ü o m a s
arriba; d e a q u í es q u e s a n A g u s t í n e n el libro 9 de Trinüate
•dice: v e r n o s l a inviolable v e r d a d , p o r la c u a l e n c u a n t o p o d e
m o s , d e f i n i m o s p e r f e c t a m e n t e , n o c u á l es el a l m a d e c a d a
h o m b r e , s i n o c u á l d e b e ser, s e g u n las r a z o n e s eternas. E n
tre estos d o s c o n o c i m i e n t o s h a y u n a diferencia; p o r q u e p a r a
t e n e r el p r i m e r o , basta la m i s m a p r e s e n c i a del a l m a , q u e es
p r i n c i p i o del acto, c o n el c u a l el a l m a se p e r c i b e á sí m i s
m a , y así d e c i m o s q u e se c o n o c e p o r s u p r e s e n c i a ; m a s p a r a
el s e g u n d o c o n o c i m i e n t o d i c h a p r e s e n c i a n o basta, s i n o q u e
se n e c e s i t a u n a i n v e s t i g a c i o n diligente y sutil, y p o r esto
m u c h o s i g n o r a n la n a t u r a l e z a del a l m a y m u c h o s e r r a r o n s o
b t a r t e e : e l n l o a , s e p o b r u s l q o u c e u a e l a d l i m c ae s á a s n í A m g i u s s m t í a n c e o n m o e l p l a i r b a r o v e 1 r 0 u d e n a T ñ c n o i s - a

a u s e n t e , s i n o p r o c u r e d i s c e r n i r s e c o m o u n a c o s a p r e s e n t e ;
esto es, c o n o c e r l o q u e la diferencia d e las otras cosas, e n lo
q u e consiste el c o n o c e r s u e s e n c i a y s u n a t u r a l e z a (1).»

(1) N o n e r g o p e r e s s e n t i a m s n a m , s e d p e r a c t u m s u u m s e c o g -
noscit Intellectus noster, et b o c dupliciter. U n o q u i d e m m o d o
particulariter,secundum q u o d Sortes, vel Plato percipit se h a b e r e
a n i m a m intellectivam ex hoc, q u o d percipit se intelligere. Alio m o
d o in universali, s e c u n d u m q u o d n a t u r a m h u m a n a s m e n t í s ex actn
Intellectus c o n s i d e r a m u s . S e d v e r u m e s t q u o d J u d i c i u m et efica
cia h u j u s cogoitionis, per q u a m n a t u r a m a ni m a; c o g n o s c i m n s ,
c o m p e t i t nobis s e c u n d u m d e r i v a t i o n e m luminis intellectus nostri
& veritate divina, in q u a rationes o m n i u m r e r u m c o n t i n e n t u r , si-
cut s n p r a d i c t u m est. U n d e August. dicit in 9 d e Trlnit. [ n t u e m u r
inviolabilem veritatem, ex q u a p e r f e c t e q u a n t u m p o s s u m u s d e n
 — 1 1 3 -
94. A q u í es d e n o t a r q u e s a n t o T o m á s a d m i t e d o s c o n o c i
m i e n t o s d e l a l m a p a r a sí m i s m a : el d e p r e s e n c i a , e n c u a n t o
la s e n t i m o s p o r lo m i s m o q u e p e n s a m o s , «percipit se h a b e -
re a n i m a m intellectivam, e x h o c q u o d percipit se intellige-
re.» y d e s p u e s otro q u e es el q u e s a c a m o s del análisis d e l
acto intelectual d i s c u r r i e n d o p o r c o n s i d e r a c i o n e s g e n e r a l e s ,
a t e n i é n d o n o s á la luz q u e las r a z o n e s e t e r n a s a r r o j a n s o b r e
este h e c h o d e e x p e r i e n c i a : h é a q u í p u e s c ó m o se h a l l a n e x
p l i c a d o s e n s a n t o T o m á s el c o n o c i m i e n t o d e p r e s e n c i a ó d e
c o n c i e n c i a c o n t e n i d o e n la p r o p o s i c i o n , y o p i e n s o ; y el g e
n e r a l q u e es el q u e se s a c a del a c t o m i s m o intelectual e n s u s
r e l a c i o n e s c o n la u n i d a d del sujeto q u e lo ejerce : este ú l t i m o
c o n o c i m i e n t o tiene a l g o d e abstracto, d e i n d e t e r m i n a d o , n a
d i e lo n i e g a : y c u a n d o K a n t n o s lo h a c e n ot a r, n o n o s d i c e
n a d a q u e n o h u b i e s e e n s e ñ a d o el s a n t o D o c t o r c u a n d o afir
m a e x p r e s a m e n t e q u e el a l m a n o se c o n o c e á sí m i s m a p o r
s a u c t e u s e m n c s i u a u m s . i n » o T p o o d r o s u c u a a c n t t o o : s « e n o h n a l p l ea r d e s v s e r n t d i a a d m e s n u a l a m d s i e l d a t p a e d r a

e x p o s i c i o n d e K a n t s o b r e la limitacion d e n u e s t r o c o n o c i
m i e n t o á los actos d e c o n c i e n c i a y s o b r e la falta del c o n o c i
m i e n t o intuitivo d e la m i s m a s u s t a n c i a del a l m a , del su je to
t r a s c e n d e n t a l del p e n s a m i e n t o , está e x p r e s a d o e n aque ll as
l a c ó n i c a s p a l a b r a s : n o p o r s u e s e n c i a s i n o p o r s u acto.

n i m u s , n o n qualis sit u n i u s c u j u s q u e h o m i n i s raens, s e d q u a l i s e ? s e

s e m p i t e r n a s rationibus debeat. Est autera differentia Ínter has
d u a s cognitiones: n a m a d p r i m a r a c o g n i t i o n e m de m e n t e h a b e n -
damsufficit ipsa men ti s proesentia, quae est p r i n c i p i u m actus ex
q u o m e n s percipit seipsam, et ideo dicitur se c o g n o s c e r e p er s u a m
praesentiam. S e d a d s e c u n d a m c o g n i t i o n e m d e m e n t e b a b e n d a m ,
n o n snfficit ejus praesentia, s ed reqniritur diligens et subtilis in-
qnisitio. U n d e et multi n a t n r a m a n i m a s ignorant, et multi e t i a m cir-
c a n a t n r a m a n i m a ; erraverunt. Propter q u o d August. dicitlO de
Trinit&te, d e tali inquisitione m e n t i s : N o n v e l n t a b s e n t e m s e q u a e -
rat m e n s cernere, sed praesentem quserat discernere, id est c og
n o s c e r e differentiam s u a m a b aliis r e b u s , q u o d est c o g n o s c e r e
q u i d d i t a t e m , e t n a t u r a m s u a m . ( 1 . P . Q . 8 7 . A r t . 1 .)

T. IV. 8
 - 1 1 4 -

C A P Í T U L O X I I I .

G o m o la ¡dea d e sustancia es aplicable a Dios.

95. E n la i d e a d e sustancia, tal c o m o n o s la f o r m a m o s
p o r las c o s a s q u e n o s r o d e a n , y p o r el t e s t i m o n i o d e n u e s t r a
c o n c i e n c i a , h e m o s e n c o n t r a d o la r e l a c i o n á las m u d a n z a s q u e
e n ella se verifican, c o m o e n u n sujeto ó recipiente.. P e r o ya:
h e m o s o b s e r v a d o t a m b i e n , q u e á m a s d e esta relacion , h a
b í a la n e g a c i o n d e estar i n h e r e n t e á otro ser, c o m o las m o
dificaciones lo están á ella ; c u y a n e g a c i o n s u p o n e u n a p e r
f e c c i o n q u e e x i m e d e la n e c e s i d a d d e i n h e r e n c i a á q u e e s t á n
s o m e t i d o s los s e r e s e n d e b l e s y transitorios q u e a p e l l i d a m o s
a c c i d e n t e s ó m o d i f i c a c i o n e s . C o m o n o s o t r o s n o c o n o c e m o s
la í n t i m a e s e n c i a d e las sustancias, i g n o r a m o s lo q u e s e a esta
p e r f e c c i o n ; p e r o n o p o d e m o s d u d a r q u e existe e n la m i s m a
n a t u r a l e z a del sujeto , y q u e es i n d e p e n d i e n t e d e las m o d i
ficaciones q u e le t r a s f o r m a n . Así p u e s , si e n a l g o se h a d e
constituir la e s e n c i a m i s m a d e la s u s t a n c i a , h a d e ser e n e s a
p e r f e c c i o n , d e q u e t e n e m o s noticia, m a s n o c o n o c i m i e n t o
intuitivo; y p o r tanto, c u a n d o se define la s u s t a n c i a c o n r e
l a ci o n á los a c c i d e n t e s , « q u o d substat a c c i d e n t i b u s , » m a s
b i e n se la define p o r el m o d o c o n q u e se n o s p r e s e n t a á n o s
otros, q u e p o r lo q u e ella es e n sí m i s m a .
% . D e a q u í resulta, q u e d e las d o s definiciones q u e á v e
e e s se d a b a n e n las escuelas, « e n s p e r s e s u b s i s t e n s . » u n e n
te subsistente p o r sí m i s m o , «id q u o d substat a c c i d e n t i b u s , »
el sujeto d e los a c c i d e n t e s ; l a . p r i m e r a es la m a s propia, p o r
q u e s e a c e r c a m a s á e x p r e s a r la c o s a c o m o es e n sí. A u n q u e
s e a v e r d a d q u e n o s o t r o s n o c o n o c e m o s las s u s t a n c i a s finitas
s i n o e n c u a n t o se n o s r e v e l a n p o r los accidentes, y h a s t a n u e s
tro m i s m o espíritu n o se c o n o z c a á sí p r o p i o s i n o p o r s u s a c
tos, la r a z o n n o s d i c e q u e las c o s a s p a r a se r c o n o c i d a s , e s
n e c e s a r i o q u e existan, y q u e p a r a q u e n u e s t r o e n t e n d i m i e n t o
halle e n las m i s m a s a l g o p e r m a n e n t e , es p r e c i s o q u e e s e a l g o
esté e n ellas. N u e s t r o c o n o c i m i e n t o n o es p r o d u c t i v o d e s u s
objetos; p a r a q u e s e a n c o n o c i d o s , es n e c e s a r i o q u e existan.
 - 1 1 5 -
97. Estas c o n s i d e r a c i o n e s n o s m a n i f i e s t a n la posibilidad
d e q u e exista u n a s u s t a n c i a n o sujeta á m o d i f i c a c i o n e s , ni á
m u d a n z a s d e n i n g u n a clase; y q u e esta s u s t a n c i a léjos d e
p e r d e r el c a r á c t e r d e tal p o r s u i n m u t a b i l i d a d , le p o s e e r i a
e n u n g r a d o m u c h o m a s perfecto. L a p e r f e c c i o n d e la s u s
tancia n o está e n las m u d a n z a s , s i n o e n lo p e r m a n e n t e q u e
e n c i e r r a ; n o está e n t e n e r u n a s u c e s i o n d e m o d i f i c a c i o n e s
i n h e r e n t e s á ella, s i n o e n existir d e tal m o d o q u e n o n e c e s i t e
estar a d h e r i d a á otro ser. L a s u s t a n c i a q u e r e u n i e s e esa p e r
m a n e n c i a , esa p e r f e c c i o n q u e le d i e s e f u e r z a p a r a existir p o r
sí m i s m a , y q u e al p r o p i o t i e m p o n o tuviese n i n g u n a m o d i f i
c a c i o n , n o e x p e r i m e n t a s e n i n g u n a m u d a n z a , seria la sus
tancia p o r e x c e l e n c i a , i n f i n i t a m e n t e s u p e r i o r á todas las d e
m á s . Esta s u s t a n c i a es Dios.
98. A h o r a es fácil r e s o l v e r la c u e s t i o n , si c u a n d o la i d e a
d e s u s t a n c i a es a p l i c a d a á D i o s se la e n t i e n d e e n el m i s m o
s e n t i d o q u e al aplicarla á las criaturas; ó h a b l a n d o e n t é r m i
n o s d e las escuelas, si s e t o m a e n s e n t i d o u n í v o c o ó a n á l o g o .
99. E n la i d e a d e t o d a s u s t a n c i a e n t r a la d e u n ser; lo
q u e n o existe, n o p u e d e ser sustancia. E n c u a n t o c o n c e b i m o s
el se r c o m o u n a realidad, c o m o c o n t r a p u e s t o á la n a d a , la
i d e a d e ser c o n v i e n e á D i o s y á las criaturas: D i o s es, es d e
cir, D i o s es u n a c o s a real, n o la n a d a . P e r o si d e esta i d e a
general, tal c o m o n o s o t r o s la c o n c e b i m o s , e n o p o s i c i o n c o n
la n a d a , p a s a m o s á s u realizacion e n los objetos, al m o d o
p o r decirlo asi c o n q u e se la aplica, e n t o n c e s e n c o n t r a m o s
la d i f e r e n c i a q u e v a d e lo c o n t i n g e n t e á lo n e c e s a r i o , d e lo
finito á lo infinito. A u n q u e n o v e m o s i n t u i t i v a m e n t e al ser
infinito, ni la e s e n c i a d e los s e r e s finitos, n o o b s t a n t e c o n o
c e m o s c o n t o d a e v i d e n c i a q u e la p a l a b r a ser a p l i c a d a á lo in
finito, significa u n a c o s a m u y diferente d e c u a n d o se la apli
ca á lo finito.
100. E n la i d e a d e s u s t a n c i a e n t r a la d e u n a c o s a p e r m a
nente; esta p e r m a n e n c i a c o n v i e n e t a m b i e n á Dios; el ser in
finito es p e r m a n e n t e p o r esencia.
101. E n las sustancias q u e n o s r o d e a n , h a l l a m o s e s a p e r
m a n e n c i a c o m b i n a d a c o ú la s u c e s i o n d e las m o d i f i c a c i o n e s
q u e las a f e c t a n ; estas m u d a n z a s s o n i m p o s i b l e s e n Dios. E s
ta c u a l i d a d d e relacion á las m o d i f i c a c i o n e s , es característi
c a d e las s u s t a n c i a s finitas.
 - 1 1 6 -
102. L a s s u s t a n c i a s n o están i n h e r e n t e s á otras, c o m o las
m o d i f i c a c i o n e s lo están á ellas; esta n o i n h e r e n c i a c o n v i e n e
t a m b i é n á la s u s t a n c i a divina.
108. L a s s u s t a n c i a s d e b e n e n c e r r a r a l g o e n sí q u e las e x i
m a d e la n e c e s i d a d d e la i n h e r e n c i a , q u e las eleve s o b r e los
seres q u e se s u c e d e n c o n tanta rapidez, y q u e e n s u e x i s t e n
cia h a n m e n e s t e r s i e m p r e d e otro q u e los sustente; e s t a
p e r f e c c i o n se halla e n la s u s t a n c i a d i v i n a , ser p o r e s e n c i a ,
p i é l a g o d e perfeccion.
104. R e s u l t a d e este análisis q u e t o d o c u a n t o se e n c i e r r a
d e p e r f e c c i o n e n la idea d e sustancia, p u e d e aplicarse al s e r
i c n a f r i , n i e t so ; l o y q q u u e e s l u o p ú o n n i e c o n e q g u a e c i d o e n e , s i t m a p ie d r e f a e c n c o i o s n e . l e p u e d e a p l i -

C A P Í T U L O X I V .

U n a aclaracion importante; y un resumen.

t e 1 p 0 o 5 r . s í C m u i a s n m d o o , s e n o d i s c e e e q n u t e i e l n a d s e u sq t u a e n c s i e a a e u s n u ns e s r e qr u s e u b a s b i s s o t l e u n

t a m e n t e n o h a y a n e c e s i t a d o d e otro p a r a s u existencia. E l
c o n f u n d i r estas d o s c o s a s es d a r pié á u n a m o n s t r u o s a c o n
f us i o n d e ideas, y n a c e á s u v e z d e otra c o n f u s i o n n o m e n o s
m o n s t r u o s a , d e la r e l a c i o n d e c a u s a y efecto, c o n la r e l a c i o n
d e s u s t a n c i a y a c c i d e n t e .
106. L a r e l a c i o n d e c a u s a y efecto está e n q u e la c a u s a
d a el ser al efecto, y la relacion d e s u s t a n c i a y a c c i d e n t e está
e n q u e la s u s t a n c i a sirve d e sujeto al a c c i d e n t e . T a n t a d i f e
r e n c i a .va d e u n a c o s a á otra , q u e n o solo la r a z o n n o s las
m u e s t r a distintas, sino q u e á c a d a p a s o la e x p e r i e n c i a n o s
d l a e s n t o e f s r e e c n e c s u e p y a r a p d r a o s d . u c N c u i e o s n t r n a o a tl i m e a n e e s e s l u l a j e n t i o n d g e u n m a u c p h a r o t s e ; a c a c n i -

tes p o r el contrario, se o p o n e á esta p r o d u c c i o n e n c u a n t o le

es posible. T a l e s s o n todas las s e n s a c i o n e s dolorosas, t o d a s
las i m p r e s i o n e s d e s a g r a d a b l e s , t o d o s los p e n s a m i e n t o s i m
p o r t u n o s q u e n o s o c u r r e n á p e s a r n u e s t r o y c u a n d o q u i s i é
r a m o s p e n s a r e n otra cosa. E n t o n c e s es el a l m a sujeto y n o
c a u s a ; se halla e n ella la r a z o n d e s u s t a n c i a c o n r e s p e c t o á
 - 1 1 7 -
c o s a s e n q u e léjos d e ser c a u s a , es solo paciente. Si n o m e
e n g a ñ o , este e j e m p l o es c o n c l u y e m e del t o d o p a r a d e m o s
trar la existencia d e u n a línea divisoria e n t r e el carácter d e
c a u s a l i d a d y ei d e sustancia, y el d e efecto y a c c i d e n t e .
107. El se r subsistente p o r sí m i s m o , significa cierta e x
clusion: si esta se refiere á la c a u s a l i d a d , ser subsistente p o r
sí m i s i n o , significa ser n o c a u s a d o ; si d i c h a e x c l u s i o n se re
fiere á la i n h e r e n c i a , ser subsistente p o r sí m i s m o , significa
s er n o i n h e r e n t e á otro, c o m o lo están los a c c i d e n t e s á la
sustancia. C u a n d o se define la s u s t a n c i a u n ser s u b s i s t e n t e
p o r sí m i s m o , se e n t i e n d e e n el s e g u n d o s e n t i d o , n o e n el
p r i m e r o ; y esta distincion basta p a r a d e r r i b a r t o d o el siste
m a d e E s p i n o s a , y d e t o d o s los panteistas, s e a c u a l fuere el
a s p e c t o bajo el cual p r e s e n t e n s u error.
108. P a r a e n t r a r d e s e m b a r a z a d a m e n t e e n la c u e s t i o n del
p a n t e i s m o , r e s u m a m o s e n p o c a s p a l a b r a s , lo q u e la r a z o n y
la e x p e r i e n c i a n o s d i c e n s o b r e la sustancia.
1. ° E n n u e s t r o interior h a y u n ser u n o , s i m p l e , idéntico,
p e r m a n e n t e , sujeto d e los f e n ó m e n o s q u e e x p e r i m e n t a m o s .
2.° E n lo exterior h a y objetos , q u e c o n s e r v a n a l g o c o n s
tante, e n m e d i o d e la v a r i e d a d d e s u s f e n ó m e n o s .
3. ° E n la i d e a d e s u s t a n c i a e n t r a n las d e ser, p e r m a n e n
cia, n o i n h e r e n c i a á otro e n clase d e m o d i f i c a c i o n .
4. ° L a relacion d e sujeto á s u s m o d i f i c a c i o n e s se halla e n
t o d a s las s u s t a n c i a s finitas.
5. " L a relacion á m o d i f i c a c i o n e s , n o es i n s e p a r a b l e d e las
i d e a s d e ser, p e r m a n e n c i a , y n o i n h e r e n c i a á otro.
6.0 U n a s u s t a n c i a i n m u t a b l e , n o i m p l i c a n i n g u n a c o n t r a
d i c c i o n .
7. * S u b s i s t e n t e p o r sí m i s m o , n o es lo m i s m o q u e i n d e
p e n d i e n t e d e otro ser. N o d e b e c o n f u n d i r s e la r e l a c i o n d e
c a u s a y efecto c o n la d e s u s t a n c i a y a c c i d e n t e .
8. ° L a n o inherencia á o t r o s e r , es característico d e la s u s
tancia; p e r o esta i d e a n e g a t i v a se h a d e f u n d a r e n u n a c o s a
positiva: e n u n a fuerza d e subsistir p o r sí m i s m o , p a r a n o
n e c e s i t a r d e estar a d h e r i d o á otro.
 C A P Í T U L O X V .

El p a n t e í s m o e x a m i n a d o e n el ó r d e n d e las ideas.
109. L a idea d e sustancia, y todas s u s a p l i c a c i o n e s así al
m u n d o e x t e r n o c o m o al i n t e r n o , d e n i n g u n m o d o n o s c o n
d u c e n á inferir la existencia d e u n a s u s t a n c i a ú n ic a ; p o r el
contrario, la r a z o n d e a c u e r d o c o n la e x p e r i e n c i a n o s obli
g a á r e c o n o c e r m u c h e d u m b r e d e sustancias. ¿ P o r q u é d e b e
r í a m o s a d m i t i r u n a s u s t a n c i a ú n i c a ? E x a m i n e m o s á f o n d o esta
cuestion, u n a d e las m a s capitales d e la filosofía, y q u e d e s d e
m u y a n t i g u o h a d a d o o c a s i o n á los e r r o r e s m a s f u ne s to s.
110. L o s s o s t e n e d o r e s d e la s u s t a n c i a única, ó se h a n d e
f u n d a r e n la m i s m a i d e a d e la s u s t a n c i a , ó e n la e x p e r i e n
cia; n u e s t r o espíritu n o tiene otros r e c u r s o s q u e s u s ideas
p r i m i t i v a s , ó la e n s e ñ a n z a d e la e x p e r i e n c i a . E m p e c e m o s
p o r el m é t o d o á priori, ó p o r el q u e se f u n d a e n la idea.
111. ¿ Q u é e n t e n d e i s p o r s u s t a n c i a ? les p r e g u n t a r e m o s .
Si p o r s u s t a n c i a e n t e n d e i s u n ser subsistente p o r sí m i s m o ,
y p o r esta su bs ist enc ia significais q u e n o necesita d e n i n g u n
otro p a r a existir, q u e n o lo h a n e c e s i t a d o n u n c a , e n t o n c e s
hablais d e u n ser n o causado, d e u n ser necesario, q u e tiene
e n sí p r o p i o la r a z o n suficiente y n e c e s a r i a d e s u existencia.
Si decís q u e este ser es ú n i c o , ó q u e n o h a y otro d e s u cla
se, c o n v e n i m o s c o n v o s o t r o s ; solo os a d v e r t i r e m o s q u e to
m a i s el n o m b r e d e s u s t a n c i a e n u n s e n t i d o i m p r o p i o . P e r o
e n el f o n d o la diferencia estará e n el n o m b r e ; y p a r a e n
t e n d e r n o s p e r f e c t a m e n t e , solo n o s será n e c e s a r i o s a b e r q u e
p o r s u s t a n c i a e n t e n d e i s u n ser a b s o l u t a m e n t e n e c e s a r i o , y
p o r tanto a b s o l u t a m e n t e i n d e p e n d i e n t e . P e r o si a f i r m a i s q u e
este ser es ú n i c o , e n tal s e n t i d o q u e n a d a h a y , ni p u e d e h a
b e r f u e r a d e él, e n t o n c e s afirmais g r a t u i t a m e n t e , y o s exigi
m o s p r u e b a d e lo q u e afirmais.
¿ P o r q u é el s er n e c e s a r i o excluiría la posibilidad d e lo
d e m á s s e r e s ? ¿ N o es m a s legitimo el d e d u c i r q u e e n él se
c o n t i e n e la r a z o n d e la posibilidad y d e la e x i s t e n c i a d e los
m i s m o s ? El ser q u e t e n g a e n sí la n e c e s i d a d d e existir, h a
d e estar d o t a d o d e actividad; y el t é r m i n o d e la actividad e n
 — 1 1 9 -
io exterior es la p r o d u c c i o n . ¿ P o r q u é d e esta p r o d u c c i o n n o
p o d r á n resultar otros s e r e s ? P o r lo m i s m o d e se r p r o d u c i d o s
s e r á n distintos del q u e los p r o d u c e .
112- S in salir d e n u e s t r a s ideas e n c o n t r a m o s la c o n t i n
g e n c i a y la multiplicidad. L a e x p e r i e n c i a n o s e n s e ñ a q u e e n
n o s o t r o s m i s m o s h a y u n a s u c e s i o n c o n t i n u a d e f o r m a s : estas
a p a r i e n c i a s algo son, n o p u e d e n ser u n p u r o n a d a , p u e s d e -
l í e n s e r algo, s i q u i e r a c o m o apariencias. E n ellas v e m o s u n
c o n t i n u o tránsito del n o se r al ser, y del ser al n o ser; l u e g o
h a y p r o d u c c i o n d e a l g o q u e n o es n e c e s a r i o , p u e s t o q u e es y
d e j a d e ser; l u e g o h a y a l g o f u e r a del s e r q u e se q u i e r e s u
p o n e r úni co. Este a r g u m e n t o se f u n d a e n los f e n ó m e n o s p u
r a m e n t e internos; y así vale, a u n c o n t r a los idealistas, c o n
tra los q u e q u i t a n al m u n d o e x t e r n o t o d a r e a l i d a d , y lo re
d u c e n solo a m e r a s a p a r i e n c i a s , á s i m p l e s f e n ó m e n o s d e
n u e s t r o espíritu. E s a s a p a r i e n c i a s existen p o r lo m e n o s c o
m o a p a r i e n c i a s ; ellas p u e s s o n algo, ellas s o n c o n t i n g e n t e s ,
e l l a s n o s o n p u e s .el s e r n e c e s a r i o . L u e g o f u e r a d e e s t e h a y
a l g o q u e n o es él; l u e g o es insostenible el s i s t e m a q u e afir
m a la existencia d e u n se r ú n i c o .
L a i d e a d e u n se r a b s o l u t a m e n t e i n d e p e n d i e n t e p o r r a z o n
d e s u a b s o l u t a n e c e s i d a d , n o e x c l u y e la e x i s t e n c i a d e los se
r e s c o n t i n g e n t e s ; solo manifiesta q u e el ser n e c e s a r i o es ú n i
c o e n t r e los n e c e s a r i o s , m a s n o ú n i c o e n t r e los seres.
113. T a m p o c o se s i g u e d e la i d e a del ser n e c e s a r i o el q u e
n o p u e d a h a b e r seres c o n t i n g e n t e s c a u s a d o s , y sin e m b a r g o
subsistentes p o r sí m i s m o s , e n el s e n t i d o d e q u e n o están in
h e r e n t e s á otros c o m o m o d i f i c a c i o n e s . El n o se r c a u s a d o , y
el n o estar i n h e r e n t e , s o n c o s a s m u y distintas; la p r i m e r a
t r a e c o n s i g o á la s e g u n d a , m a s n o la s e g u n d a á la p r i m e r a .
T o d o ser n o c a u s a d o , h a d e estar libre d e la i n h e r e n c i a ; p u e s
p o r lo m i s m o q u e n o es c a u s a d o , es n e c e s a r i o , y e n c i e r r a e n
sí c u a n t o h a m e n e s t e r p a r a n o estar i n h e r e n t e á otro. P o r lo
m i s m o q u e es n e c e s a r i o , es a b s o l u t a m e n t e i n d e p e n d i e n t e
d e los d e m á s , lo q u e n o se verificaría si los n e c e s i t a s e c o m o
la m o d i f i c a c i o n necesita la sustancia. P e r o n o t o d o lo q u e n o
e s i n h e r e n t e h a d e ser n o c a u s a d o ; p u e s s u c a u s a p u e d e h a
b e r l e h e c h o tal q u e n o necesite d e estar i n h e r e n t e á otro ser
c o m o m o d i f i c a c i o n . E n t o n c e s d e p e n d e r á d e otro , c o m o el
-efecto d e s u c a u s a , n o c o m o a c c i d e n t e d e s u sustancia: h a
 - 1 8 0 —
b r á e n t r e ellos la relacion d e c a u s a l i d a d , m a s n o la d e s u s
tancia , c o s a s m u y diferentes c o m o h e m o s e x p l i c a d o m a s a r
riba (capítulo X I V ) .
114. J a m á s los panteistas llegarán á p r o b a r q u e p o r q u e
u n a c o s a n o se a m o d i f i c a c i o n , h a y a d e ser n o c a u s a d a ; y es
to es p r e c i s a m e n t e lo q u e d e b e r í a n d e m o s t r a r p a r a s a c a r
triunfante s u sistema. U n a v e z d e m o s t r a d o q u e t o d o lo q u e
subsiste e n sí, es n o c a u s a d o , t e n d r í a n p r o b a d o t a m b i e n q u e
t o d o lo q u e s u b s i s t e e n sí , e s n e c e s a r i o . Y c o m o el s e r n e
cesario h a d e ser ú n i c o , t e n d r í a n p r o b a d o t a m b i e n q u e n o
h a y m a s q u e u n a sustancia.
115. L a c l a v e del s i s t e m a panteista es esta: c o n f u n d i r la
n o i n h e r e n c i a c o n la i n d e p e n d e n c i a absoluta; y la c l a v e p a
r a d e s v a n e c e r t o d o s sus a r g u m e n t o s , es distinguir c o n s t a n
t e m e n t e estas cosas. T o d o lo n o c a u s a d o es s u s t a n c i a ; m a s
n o t o d a s u s t a n c i a es i n c a u s a d a . T o d o Lo n o c a u s a d o es n e c e
sario, y p o r tanto n o i n h e r e n t e ; m a s n o t o d a sustancia e s
necesaria. L a s u s t a n c i a finita n o es i n h e r e n t e á otro ser ; p e
ro es c a u s a d a p o r otro ser. N o p u e d e existir sin él , es v e r
d a d ; p e r o esta d e p e n d e n c i a , n o es la d e la m o d i f i c a c i o n á la
s u s L t a a n c c a i u a s , a s d i a n o e l d e s l e re f a e l c t e o f e á c t l o a ; c l a a u s s a u . s t a n c i a s u s t e n t a a l a c c i

d e n t e : la c a u s a n o es m o d i f i c a d a p o r el efecto; la s u s t a n c i a
es m o d i f i c a d a p o r el a c c i d e n t e . Es ta s ideas s o n claras, dis
tintas; c o n ellas se d e b e e s t r e c h a r al p a n t e i s m o e n toda s s u s
t l ra o a s c f o o n r m ea l c i v o i n e e j s o : P q r u o i t e e n o ; a s r í e l d o u c h i a r g l ea ác o s n u s e f g o u ri r m á a l p o r i q m u i e t i M v ea , n e a - l

a t e i s m o p u r o . Esta es s u n a t u r a l e z a ; este d e b e s er s u n o m
bre. M u c h o s d e los e r r ó n e o s s i s t e m a s q u e t u r b a n al m u n d o
d e las ideas, se f u n d a n e n u n e q u í v o c o ; p a r a a c a b a r c o n ellos
es n e c e s a r i o fijarse e n el p u n t o q u e le a cl a ra y n o salir d e
allí. E l e q u í v o c o s e p r e s e n t a r á d e d i f e r e n t e s m a n e r a s , p e r o
c o n v i e n e n o dejarse a l u c i n a r , ni c o n f u n d i r : vo l ve r s i e m p r e
á la m i s m a distincion y estrecharle c o n ella. El pasaje del p o e
ta i n m o r t a l e n el l u g a r aludido, p o d r í a t o m a r s e c o m o u n m i
to d e u n e x c e l e n t e m é t o d o p a r a d e s b a r a t a r sofismas. « E c h a o s
s o b r e él, d e c i a la diosa I d o t h e a á M e n e l a o y s u s c o m p a ñ e r o s ;
cogedle, y á p e s a r d e t o d o s s u s e s f u e r z o s p a r a e s c a p a r o s , n o
t l a e r s á o : l t a e g i u s a , , c o f n u et g i o n , u a r d e p e t i s l t , r e t c o h m á a n r d á o l t e o d f a u s e r l t a s e m f e o n r t m e a . s ; T o p d e o r o l o a p i r m e i
 - 1 2 1 -
tadle m a s , r e d o b l a d s u s ligaduras. C u a n d o h a b r á v u el t o á ser
lo que e ra, s u s p e n d e d v u e s t r o s e s f u e r z o s y d a d l e libertad»
(Odise a, C a n t o 4). A s í s e r á el p a n t e i s m o : h a b l a r á d e m a t e r i a ,
d e esp ír itu, d e r e a l i d a d d e f e n ó m e n o s , d el y o , del n o yo; d e
ts e u ; b s p i e s r t oe n n c i o a s a y l g n a o i s s u d b e s l i a s s t e i n d c e i a s , f d u e n d n ae c m e s n a t r a i l oe s y , d c e o n c d o un ct i dn lg e n á

ellas; al fin v o l v e r á á s u f o r m a primitiv a; y c u a n d o h a y a

v u e l t o á ella, e n t o n c e s solta dl e, m o s t r á n d o l e á los p u e b l o s
tal c u a l es, diciéndoles: « v e d l e e n s u hor rib le d e f o r m i d a d ;
fs o i r e m m a p c r i e o n h e a s , s i n d o e l s o m q au es qe s u e a h eo l r a ; t e á i s p m eo s. a» r d e t o d a s s u s tras-

C A P Í T U L O X V I .

El p a n t e í s m o e x a m i n a d o en el ó r d e u d e loe hechos exteraoe.

116. Si e n la r e g i o n d e las ideas es insoster.ible el p a n
t e i s m o , n o lo es m e n o s e n el c a m p o d e la e x p e r i e n c i a . Esta,
lejos d e c o n d u c i r n o s á la e x c l u s i v a u n i d a d d e la sustancia,
n o s m u e s t r a p o r todas partes la m u l t i p l i c i d a d .
117. H a y u n i d a d c u a n d o n o h a y division, c u a n d o e n la
c o s a u n a n o se p u e d e n distinguir otras distintas, c u a n d o n o
c a b e e n ella u n juicio ne ga t i vo . N a d a d e esto o b s e r v a m o s ni
e n el m u n d o e x t e r n o , ni e n el i n t e r n o ; a n t e s u n a e x p e r i e n
cia c o n s t a n t e n o s o f r e c e t o d o lo contrario.
118. E n el m u n d o e x t e r n o la division es visible, p a l p a
b l e ; n o h a y m a s q u e u n i d a d d e o r d e n , la d i r e c c i o n á u n fin:
f u e r a d e esto, t o d o es multiplicidad. El ú n i c o m e d i o p o r el
c u a l e s t a m o s e n c o m u n i c a c i o n c o n el m u n d o e x t e r n o s o n los
sentidos; y estos e n c u e n t r a n la m u l t i p l i c i d a d e n t o d a s p a r
tes: s e n s a c i o n e s distintas e n n ú m e r o s diferentes e n especie,
g r a d u a d a s d e m i l m o d o s d i v e r s o s , distribuidas e n t r e infini
tos g r u p o s , q u e si b i e n se e n l a z a n e n tal ó c u a l p u n t o , se
p u e d e n dividir y se d i v i d e n e n otros mil.
119. L a m u l t i p l i c i d a d está tan a t e s t i g u a d a p o r la e x p e
r i e n c i a d e los sentidos, c o m o la existencia m i s m a d e los o b
j s e o t o s n . e g S á i r s p e a l r o a p l o a r p a r i l o m e s r e o g u l n e d s o n . e N g o a m s o o s l o e l n o c s r é d i c t o e , n s q e u r ie a h p a r y e c t i a l -
 — 1 2 2 —
c u e r p o , s i n o q u e del m i s m o m o d o n o s c e r c i o r a n d e q u e u n
c u e r p o n o es el otro. N o c o n o c e m o s c o n m a s c e r t e z a q u e á
u n a s e n s a c i o n ie c o r r e s p o n d a e n lo exterior u n objeto , q u e
la distinción e n t r e los d o s objetos d e distintas s e n s a c i o n e s .
D e c i r q u e los s e n t i d o s n o s o n b u e n o s j u e c e s e n esta m a t e
ria, p o r q u e ellos se l i m i t a n á la s i m p l e s e n s a c i o n , y p o r lo
m i s m o n o s i r v e n p a r a j u z g a r d e los objetos, es a p e l a r al i d e a
l i s m o ; p u e s q u e c o n la m i s m a r a z o n se p o d r i a a f i r m a r q u e
los s e n t i d o s , l i m i t á n d o s e c o m o se limitan & la s i m p l e s e n s a
c i o n , n o b a s t a n & c e r c i o r a r n o s d e la e x i s t e n c i a d e los o b j e
tos respectivos.
120. T o d o lo q u e s e a e s t a b l e c e r la u n i d a d f u e r a d e n o s
otros, es destruir el m u n d o c o r p ó r e o . L a i d e a d e e x t e n s i o n
se o p o n e á la u n i d a d . E n lo e x t e n s o , u n a s partes n o s o n las
otras. E s t o es e v i d e n t e ; y q u i e n lo p o n g a e n d u d a c o m b a t e
la certeza d e la m i s m a G e o m e t r í a . Si el m u n d o es a l g o real,
e s extenso; si n o es e x t e n s o , n o p o d e m o s a s e g u r a r q u e s e a n a
d a real. C o n igual s e g u r i d a d c o n o c e m o s la e x t e n s i o n q u e la
existencia. Esta e x i s t e n c i a m i s m a n o s es m a n i f e s t a d a p o r la
e x t e n s i o n o f r e c i d a á n u e s t r a s s e n s a c i o n e s . Si p u e s esta e x
t e n s i o n n o existe, las s e n s a c i o n e s s o n u n m e r o f e n ó m e n o in
t e r n o , u n a p u r a ilusion , e n c u a n t o les a t r i b u i m o s c o r r e s
p o n d e n c i a e n lo exterior.
121. El a r g u m e n t o q u e a c a b o d e p r o p o n e r es, si n o m e
e n g a ñ o , u n o d e los m a s c o n c l u y e n t e s c o n t r a E s p i n o s a , q u i e n
c o n la u n i d a d d e s u s t a n c i a a d m i f é la e x t e n s i o n , c o m o u n o
d e s u s atributos. L o e x t e n s o es e s e n c i a l m e n t e m ú l t i p l o ;
s i e m p r e lleva c o n s i g o la distincion e n t r e s u s partes; s i e m
p r e se p u e d e h a c e r el juicio n e g a t i v o , «la p a r t e A n o es la
p a r t e B .» El p a n t e i s m o n o puede, d e s h a c e r s e d e este a r g u
m e n t o s i n o s a l v á n d o s e e n el i d e a l i s m o p u r o ; y e n este c o n
c e p t o tal v e z F i c h t e y H e g e l h a n s i d o m a s lógicos d e lo q u e
a l g u n o s c r e e n . Q u i e n q u i e r a s o s t e n e r la e x c l u s i v a u n i d a d d e
s u s t a n c i a , es p r e c i s o q u e c o n v i e r t a el m u n d o e x t e r n o e n
m e r o s f e n ó m e n o s c u y a ú n i c a r e a l i d a d se cifra e n p r e s e n t a r
se así á nosotros. Esto es a b s o r b e r el m u n d o e n el yo, y c o n
c e n t r a r la r e a l i d a d e n la i d e a ; p e r o esta a b s o r c i o n y c o n
c e n t r a c i o n , en- m e d i o d e s u o s c u r i d a d , s o n u n a c o n s e c u e n
cia lógica, necesaria, del p r i n c i p i o establecido. H a y a b s u r
d o , p e r o h a y al m e n o s la c o n s e c u e n c i a d e la a b s u r d i d a d .
 — 1 2 3 —
122. L o s q u e l l a m a n á E s p i n o s a d i sc í pu l o d e Descartes,
n o h a n a d v e r t i d o q u e entre los d o s s i s t e m a s h a y u n a c o n t r a
d i c c i o n necesaria. El a r g u m e n t o q u e a c a b o d e p r o p o n e r f u n
d a d o e n la e x t e n s i o n , si b i e n es c o n c l u y e n t e e n t o d o s los s u
p u e s t o s , lo es m a s , si c a b e , a d m i t i e n d o c o n D e s c a r t e s q u e
la e s e n c i a d e los c u e r p o s consiste e n la e x t e n s i o n . E n este
c a s o , las varias pa rle s d e la e x t e n s i o n se d i s t i n g u e n e s e n
c i a l m e n t e , p u e s c a d a p a r t e c o n s t i t u y e u n a esencia. L a m u l
tiplicidad esencial y sustancial d e los c u e r p o s será tanta,
c u a n t a s e a la m u l t i p l i c i d a d d e la e x t e n s i o n .
m a 1 2 e 3 s . e n c S i a s e d e q u l i o s i e c r u e r s p o o s s t , e n s e i r n o q u u e n l a a t r e i x b t u e t n o s ió o u n n n a o m e o s d i l a f i m c i a s -
c i o n , y a se h a b l e d e u n a d e t e r m i n a c i o n f u n d a d a e n la e s e n
c i a , y a d e u n a d e t e r m i n a c i o n a c c i d e n t a l , p r e t e n d i e n d o a d e
m á s q u e esta m o d i f i c a c i o n ó atributo p u e d e p e r t e n e c e r á la
s u s t a n c i a ú n i c a , p r e g u n t a r e m o s si esta s u s t a n c i a e n sí m i s
m a , p r e s c i n d i e n d o d e la e x t e n s i ó n , es s i m p l e ó c o m p u e s t a .
S i es c o m p u e s t a , h a y e n ella la m u l t i p l i c i d a d , y p o r tanto c a e
E s p i n o s a e n la o p i n i o n c o m u n , es decir, d e u n m u n d o c o r p ó
reo, c o m p u e s t o d e m u c h a s partes, d e las q u e n o t e n d r á la u n a
m a s d e r e c h o q u e la otra á se r u n a v e r d a d e r a sustancia. E n
t o n c e s , p u e s , n o h a b r á s u s t a n c i a ú n i c a , s i n o u n c o m p u e s t o d e
m u c h a s ; y el u n i v e r s o c o r p ó r e o n o p o d r á l l a m a r s e u n a s u s
tancia, s i n o e n el s e n t i d o e n q u e se l l a m a c o m u n m e n t e , u n o ,
n o t o m a n d o la u n i d a d e n s e n t i d o riguroso, sino e n c u a n t o to
d a s s u s partes están e n t r e sí e n l a z a d a s , y d i s p u e s t a s c o n cier
to ó r d e n p a r a c o n s p i r a r á u n m i s m o fin. Si la s u s t a n c i a , s u
jeto d e la e x t e n s i o n , es s i m p l e , resulta u n a s us t an c ia s i m p l e
d e t e r m i n a d a ó m o d i f i c a d a p o r la e x t e n s i o n , u n a s u s t a n c i a
s i m p l e e x t e n s a , lo q u e es contradictorio. N o p u e d e c o n c e
f b i q r u s e e ; q e u s e t o u e n s a l c o o q s a u e s e e a x pm o r d e i s f a i n c a l c a s i o p n a l d a e b r o a t r s a , m i s i s n m a q s u . e U l a n a m o m d o i

dificacion, modifica, d a n d o á la c o s a m o d i f i c a d a la f o r m a d e
la m o d i f i c a c i o n , a p l i c á n d o s e á sí p r o p i a á la c o s a m o d i f i c a
d a . L a e x t e n s i o n n o p u e d e m o d i f i c a r sino h a c i e n d o á la c o s a
m o d i f i c a d a e x t e n s a ; y el ser e x t e n s o ó t e n e r e x t e n s i o n , s o n
e x p r e s i o n e s a b s o l u t a m e n t e idénticas. L u e g o . r e p u g n a el q u e
u n a s u s t a n c i a s i m p l e t e n g a p o r u n a d e su s m o d i f i c a c i o n e s la
e x t e n s i o n ; l u e g o el s i s t e m a d e E s p i n o s a es a b s u r d o .
 C A P Í T U L O X V I I .

El panteísmo examinado en el órden de los hechos internos.

124. L a m u l t i p l i c i d a d d e las s u s t a n c i a s n o está m e n o s
a t e s t i g u a d a p o r la c o n c i e n c i a d e n o s o t r o s m i s m o s , ó s e a del
m u n d o interno. P o r d e p r o n t o e n c o n t r a m o s e n n o s o t r o s a l g o
u n o , indivisible, q u e p e r m a n e c e s i e m p r e lo m i s m o e n m e d i o
d e todas las t r a s f o r m a c i o n e s d e n u e s t r o ser. E s a u n i d a d de!
y o es i n d i s p e n s a b l e p a r a el e n l a c e d e t o d o s los f e n ó m e n o s
e n u n p u n t o ; sin ella es i m p o s i b l e t o d o r e c u e r d o , t o d a c o m
b i n a c i o n , t o d a c o n c i e n c i a ; n u e s t r o p r o p i o ser se d e s v a n e c e ,
n o es m a s q u e u n a série d e f e n ó m e n o s i n c o n e x o s . P e r o d e
esta u n i d a d q u e es p r e c i s o t o m a r c o m o u n h e c h o í n t i m o , q u e
la c o n c i e n c i a p o n e á c u b i e r t o d e t o d a d u d a , y á c u y a c o n
v i c c i o n n o s es i m p o s i b l e resistir, n a c e el c o n o c i m i e n t o d e la
multiplicidad. H a y a l g o q u e n o s afecta y este algo n o s o m o s
nosotros. N u e s t r a v o l u n t a d , n u e s t r a actividad, s o n i m p o t e n
tes p a r a resistir otras a c t i v i d a d e s q u e o b r a n s o b r e n o s o t r o s ;
h a y a l g o p u e s q u e n o s o m o s nosotros, q u e es i n d e p e n d i e n t e
d e nosotros. H a y a l g o q u e n o es u n a m o d i f i c a c i o n n u e s t r a ;
p u e s q u e m u c h í s i m a s v e c e s n o n o s afecta, n o n o s m od i f ica .
Este a l g o es u n a realidad, p o r q u e la n a d a n o p u e d e afectar.
Este a l g o n o es i n h e r e n t e á nosotros; está p u e s e n sí, ó e n al
g u n a c o s a q u e n o es nosotros. H a y p u e s u n a s u s t a n c i a q u e n o
es n u e s t r a sustancia; y el yo y el n o yo, q u e tanto r u i d o m e
te e n la filosofía a l e m a n a , léjos d e c o n d u c i r á la u n i d a d d e la
s u s t a n c i a c o n d u c e á la m u l t i p l i c i d a d ; y p o r c o n s i g u i e n t e
« e s t r u y e el p a n t e i s m o a t r i n c h e r a d o e n el i d e a l i s m o .
125. D e s d e el p r i m e r p a s o n o s e n c o n t r a m o s c u a n d o m e n o s
c o n la d u a l i d a d , c o n el y o y el n o y o ; p e r o l l e v a n d o m a s allá
l a N o u b e s s e t r r v o a c e i s o p n í , r i e t n u c no o n t e r s a t m á o s o l u o n : a l a s c o o m n b c r i o e s n a c i m a u l d t e i p l l o i c q i u d e a d e . s

t a m o s e x p e r i m e n t a n d o t o d o s los di as, n o s atestigua la c o

m u n i c a c i o n c o n otros espíritus, q u e c o m o el n u e s t r o t i e n e n
u n a c o n c i e n c i a d e sí p r o p i o s , q u e c o m o el n u e s t r o t i e n e n
u n a esfera d e actividad, q u e c o m o e l n u e s t r o se h a l l a n s o
m e t i d o s á actividades ajenas, sin s u v o l u n t a d y á v e c e s c o n
 — m -
tra s u p r o p i a v o l u n t a d . El y o y el n o y o , q u e existe p a r a
n u e s t r a c o n c i e n c i a , existe p a r a las d e m á s ; y lo q u e e n n o s
otros solos e r a la d u a l i d a d , se c o n v i e r t e e n a s o m b r o s a m u l
tiplicidad, p o r m e d i o d e la r e p e t i c i o n del m i s m o h e c h o q u e
h e m o s e x p e r i m e n t a d o e n no s ot r os .
126. A t r i b u i r esta v a r i e d a d d e c o n c i e n c i a s á u n m i s m o
ser, t o m a r l a s c o m o m o d i f i c a c i o n e s d e u n a m i s m a sustancia,
c o m o r e v e l a c i o n e s d e ella m i s m a á su s p r o p i o s ojos, es u n a
a s e r c i o n gratúita, y s o b r e gratuita, a b s u r d a .
C o n e n t e r a c o n f i a n z a se p u e d e retar al p r i m e r filósofo de l
m u n d o á q u e s e ñ a l e u n a r a z o n , n o diré satisfactoria, p e r o
ni a u n e s p e c i o s a , p a r a p r o b a r q u e d o s c o n c i e n c i a s indivi
d u a l e s p e r t e n e c e n á u n a c o n c i e n c i a c o m u n , ó s o n c o n c i e n
cias d e u n m i s i n o ser.
127. E n p r i m e r l u g a r esta d o c t r i n a se halla e n c o n t r a d i c
c i o n c o n el s e n t i d o c o m u n , y es r e c h a z a d a c o n f u e r z a irre
sistible p o r el s e n t i d o í n t i m o d e c a d a h o m b r e . El s e n t i m i e n
to d e n u e s t r a e x i s t e n c i a a n d a s i e m p r e a c o m p a ñ a d o del s e n
t i m i e n t o d e n u e s t r a distincion c o n r e s p e c t o á n u e s t r o s s e m e
jantes. N o solo e s t a m o s ciertos q u e e x i s t i m o s , s i n o t a m b i e n
d e q u e s o m o s u n a c o s a distinta d e los d e m á s , y si e n a l g o
está p r o f u n d a m e n t e m a r c a d o el s e n t i m i e n t o d e esta distin
c i o n es e n lo q u e toca á los f e n ó m e n o s d e n u e s t r a c o n c i e n
cia. J a m á s e n n i n g u n t i e m p o ni país, e n n i n g u n a fase d e la
s o c i e d a d , se llegará á p e r s u a d i r á los h o m b r e s , q u e la c o n
c i e n c i a d e todos- sus actos é i m p r e s i o n e s , p e r t e n e c e á u n
m i s m o ser, e n q u e se e n l a c e n las c o n c i e n c i a s individuales.
M a l a filosofía la q u e c o m i e n z a p o r l u c h a r c o n la h u m a n i d a d ,
y p o r p o n e r s e e n abierta c o n t r a d i c c i o n c o n u n s e n t i m i e n t o
irresistible d e la naturaleza.
128. L a idea m i s m a d e c o n c i e n c i a e x c l u y e esa m o n s t r u o
sidad, p o r la cual las c o n c i e n c i a s i n d i v i d u a l e s se q u i e r e n
t r a s f o r m a r e n m o d i f i c a c i o n e s d e u n a c o n c i e n c i a universal.
L a c o n c i e n c i a , esto es, el s e n t i m i e n t o í n t i m o d e lo q u e e x
p e r i m e n t a u n ser, es e s e n c i a l m e n t e individual, es p o r d e c i r
lo así i n c o m u n i c a b l e á t o d o otro. A los d e m á s les d a m o s c o
n o c i m i e n t o d e n u e s t r a c o n c i e n c i a , m a s n o la c o n c i e n c i a
m i s m a . Esta es u n a intuicion ó u n s e n t i m i e n t o , p e r o s i e m
p r e tal q u e se c o n s u m a e n lo m a s í n t i m o , e n lo m a s r e c ó n
dito, e n lo m a s p r o p i o d e n u e s t r o ser. ¿ Q u é s e r á p u e s esta
c o n c i e n c i a , si n o n o s p e r t e n e c e , si n o es n u e s t r a c o m o i n d i
v i d u o s , si n o es n a d a d e lo q u e c r e e m o s , y solo es p r o p i e d a d
d e u n ser q u e n o c o n o c e m o s , q u e n o s a b e m o s lo q u e e s , y
d e l cual n o s o t r o s n o s o m o s m a s q u e u n f e n ó m e n o , u n a m o
dificacion p a s a j e r a ? ¿ D ó n d e estará la u n i d a d d e la c o n c i e n
cia e n m e d i o d e tanta d i v e r s i d a d , y o p o s i c i o n , y e x c l u s i o n
r e c í p r o c a d e ellas? Este se r m o d i f i c a d o c o n tantas c o n c i e n
cias, n o t e n d r á n i n g u n a , p u e s n o se p o d r á d a r c u e n t a á sí
p r o p i o d e lo q u e e x p e r i m e n t a .
C A P I T U L O X V I I I .

Sistema panteista de Fichte.

1 2 9 . V o y á c u m p l i r lo p r o m e t i d o ( L i b . I, c a p . V I I ) s o b r o
la e x p o s i c i o n é i m p u g n a c i o n del s i s t e m a d e Fichte. Y a h e m o s
visto e n el l u g a r citado las f o r m a s cabalísticas e m p l e a d a s
p o r el filósofo a l e m a n , p a r a llegar ni m a s ni m e n o s q u e á u n
r e s u l t a d o tan sencillo, c o m o es el p r i n c i p i o d e D e s c a r t e s : y o
pienso, l u e g o soy. El lector n o p o d r á figurarse q u e s o b r e es
te h e c h o d e c o n c i e n c i a se p r e t e n d a f u n d a r el p a n t e i s m o ; y
q u e el espíritu h u m a n o p o r e n c o n t r a r s e á sí propio, h a y a
d e t e n e r la a r r o g a n c i a d e q u e n a d a existe s i n o él m i s m o ;
q u e t o d o c u a n t o h a y , sale d e él m i s m o ; y lo q u e es t o d a v í a
m a s s i n g u l a r , q u e él m i s m o se p r o d u c e á si m i s m o . P a r a
c r e e r q u e s e m e j a n t e s c o s a s están escritas, es n e c e s a r i o leer
las; p o r c u y a r a z o n al e x p o n e r el s i s t e m a d e Fichte, c o p i a r é
s u s m i s m a s palabras.
Así, a u n c u a n d o h a y a d e sufrir a l g u n tanto el h a b l a caste
llana, y el lector se fatigue u n p o c o e n descifrar e n i g m a s ,
t e n d r á u n a i d e a de l f o n d o y d e la f o r m a del s i s t e m a ; lo c u a l
n o se lograría, si q u e r i e n d o extractarle , le d e s p o j á s e m o s d e
s u e x t r a v a g a n t e o r i g i n a l i d a d , q u e si c a b e , resalta t o d a v í a
m a s e n la f o r m a q u e e n el f o n d o .
130. « E s t e acto, es d e c i r X = y o s o y , n o d e s c a n s a s o b r e
n i n g u n p r i n c i p i o m a s e l e v a d o » ( D o c t r i n a d e la ciencia.
1 / parte, §• I).
Esto es v e r d a d h a s t a cierto p u n t o , e n c u a n t o significa q u e
e n la s i m p l e série d e los h e c h o s d e c o n c i e n c i a , v a m o s á p a
 — 1 2 7 —
r a r á n u e s t r a p r o p i a existencia, c o m o al ú l t i m o t é r m i n o
q u e n o n o s c o n s i e n t e ir m a s allá. El a c t o reflejo c o n q u e p e r
c i b i m o s n u e s t r a existencia, está e x p r e s a d o p o r la p r o p o s i
c i o n : y o s o y ; ó y o existo; p e r o esta p r o p o s i c i o n p o r sí sola,
n o n o s d i c e n a d a s o b r e la n a t u r a l e z a del yo, y está m u y le
jos d e p r o b a r n o s n u e s t r a a b s o l u t a i n d e p e n d e n c i a . P o r el
c o n t r a r i o , d e s d e e l m o m e n t o q u e c o m e n c e m o s á r e f l e x i o n a i-
s e n o s o f r e c e r á n h e c h o s i n t e r n o s q u e n o s i n c l i n a r á n á c r e e r
q u e n u e s t r o ser d e p e n d e d e otro; y á m e d i d a q u e c o n t i n u a
r e m o s r e f l e x i o n a n d o , a d q u i r i r e m o s d e esta v e r d a d u n a c o n
v i c c i o n p r o f u n d a , n a c i d a d e u n a d e m o s t r a c i o n rigurosa.
D e n i n g u n m o d o se p u e d e a f i r m a r q u e el acto yo soy, ik>
d e p e n d a d e u n p r i n c i p i o m a s elevado, si se e n t i e n d e q u e el
a c t o n o n a c e d e n i n g u n principio de accion, y q u e él p o r si so
lo p r o d u z c a la existencia. Esto, á m a s d e s er a b i e r t a m e n t e
c o n t r a r i o al s e n t i d o c o m u n , c a r e c e d e t o d a r a z o n e n q u e es
tribe, y se o p o n e á las n o c i o n e s m a s f u n d a m e n t a l e s d e u n a
b u e n a filosofía.
131. F i c h t e o p i n a d e otro m o d o ; y sin s a b e r p o r q u é , d e
d u c e d e la p r o p o s i c i o n citada las c o n s e c u e n c i a s q u e v e r á el
c u r i o s o lector. « L u e g o (el acto, y o soy) es el p ri n c ip i o p u e s
to a b s o l u t a m e n t e , s i e n d o á si p r o p i o s u f u n d a m e n t o , d e u a
cierto acto del espíritu h u m a n o (se v e r á p o r el c o n j u n t o d e
la Doctrina de la ciencia, q u e se d e b e d e c i r d e t o d o acto d e l
espíritu h u m a n o ) . S u v e r d a d e r o c a r á c t e r es el p u r o c a r á c t e r
d e la a c t i v i d a d e n si, h a c i e n d o a b s t r a c c i o n d e las c o n d i c i o
n e s e m p í r i c a s q u e le s o n particulares. N o es m u c h o d e s c u
b r i m i e n t o q u e el c a r á c t e r d e u n acto s e a la actividad; b i e n
q u e este c a r á c t e r n o es puro, p u e s e n n o s o t r o s , n i n g u n a c t o
e s p u r a actividad, s i n o tal ejercicio d e actividad.
«Así, c o n t i n ú a , p a r a el yo, p o n e r s e á sí m i s m o , es lo q u e
c o n s t i t u y e la p u r a a c t i v i d a d . — El y o se p o n e á sí m i s m o , y
e x i s t e e n v i r t u d d e esta s i m p l e a c c i o n ; y r e c í p r o c a m e n t e , el
y o existe y p o n e s u ser, s i m p l e m e n t e e n v i r t u d d e s u ser. —
E l es al m i s m o t i e m p o el a g e n t e y el p r o d u c t o d e la a c c i o n ;
lo q u e o b r a y lo q u e es p r o d u c i d o p o r la a c c i o n ; e n él, la a c
c i o n y el h e c h o s o n u n a sola y m i s m a c o s a ; y p o r esto, y o
s o y es la e x p r e s i o n d e u n acto, p e r o t a m b i e n del solo a c t o
posible, c o m o se v e r á p o r t o d a la Doctrina de la ciencia.^
C o m p r e n d a q u i e n p u e d a lo q u e significa el s e r á u n m i s
 — 1 2 8 -
m o t i e m p o p r o d u c e n t e y p r o d u c i d o ; p ri n ci p io y t é r m i n o d e
la a c c i o n , c a u s a y efecto d e la m i s m a ; c o m p r e n d a q u i e n
p u e d a lo q u e significa el existir e n v i r t u d d e u n a s i m p l e a c
cion, y el ejercer esta a c c i o n e n v i r t u d d e la existencia. Si
esto n o s o n c o n t r a d i c c i o n e s , n o sé d ó n d e p o d r á n e n c o n t r a r
se. E n Dios, ser infinito, la esencia, la e x i s t e n c i a y la a c c i o n
se identifican ; p e r o n o se d i c e q u e la a c c i o n p r o d u z c a s u ser,
q u e se p o n g a c o n s u a c c i o n ; se d i c e sí q u e existe p o r n e c e
s i d a d , y q u e p o r lo m i s m o es i m p o s i b l e q u e h a y a sido p r o
d u c i d o , p a s a n d o del n o s er al ser.
132. O c u r r e u n a e x p l i c a c i o n racional d e la a l g a r a b í a d e
F i c h t e ; e x p l i c a c i o n q u e si f u e r a a d m i s i b l e , t a m p o c o e x c u s a
ría al filósofo d e h a b e r e x p r e s a d o c o s a s m u y sencillas c o n p a
labras-contradictorias; c o m o q u i e r a h é l a aquí. El a l m a es u n a
actividad; s u e s e n c i a consiste e n el p e n s a m i e n t o , y p o r e s t o
s e manifiesta á su s p r o p i o s ojos e n c o n t r á n d o s e á sí m i s m a e n
el a c t o d e la c o n c i e n c i a . E n este sentido, se p u e d e d e c i r q u e
el a l m a se p o n e , esto es, se c o n o c e á sí p r o p i a , se t o m a c o m o
u n sujeto d e u n a p r o p o s i c i o n , al c u a l aplica el p r e d i c a d o d e
la existencia. El a l m a es principio d e s u acto d e c o n c i e n c i a ;
y así es p r o d u c e n t e ; ella m i s m a está p r e s e n t a d a e n el a c t o d e
c o n c i e n c i a c o m o u n objeto, p o r lo cual se p o d r á d e c i r , a u n q u e
i n e x a c t a m e n t e , q u e e n el ó r d e n ideal es p r o d u c i d a ; y d e e s
te m o d o s e r á bajo diferentes a s p e c t o s el p ri n ci p io y el t é r m i
n o d e u n a accion. Esta e x p o s i c i o n m a s ó m e n o s f u n d a d a , s e
ria c u a n d o m e n o s r a z o n a b l e , inteligible siquiera; y s u b a s e ,
el constituir la e s e n c i a del a l m a e n el p e n s a m i e n t o , t e n d r í a
e n s u f a v o r el v o t o d e Descartes. A s í , a u n q u e n o s a l v á s e m o s
las p a l a b r a s d e Fichte, s a l v a r í a m o s al m e n o s s u s ideas. M a s
p o r d e s g r a c i a , el filósofo h a t e n i d o b u e n c u i d a d o d e c e r r a r
n o s esta salida, s u s p a l a b r a s n o p u e d e n s e r m a s t e r m i n a n t e s .
« E x a m i n e m o s todavía la p r o p o s i c i o n : yo soy yo.
»E1 y o es p u e s t o a b s o l u t a m e n t e : si se a d m i t e q u e el y o q u e
o c u p a e n la p r o p o s i c i o n p r e c e d e n t e el l u g a r del sujeto for
m a l , d e s i g n a el y o p u e s t o a b s o l u t a m e n t e ; y q u e el y o q u e se
e n c u e n t r a e n el l u g a r del p r e d i c a d o , d e s i g n a el y o existente;
el juicio q u e tiene u n valor a b s o l u t o a f i r m a q u e a m b o s s o n
c o m p l e t a m e n t e u n a m i s m a cosa, ó p u e s t o s a b s o l u t a m e n t e ; el
y o existe p o r q u e se h a p u e s t o á sí m i s m o . »
T o d o juicio i m p l i c a i d e n t i d a d del p r e d i c a d o c o n el sujeto ;
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p e r o e n la p r o p o s i c i o n : y o s o y y o ; la i d e n t i d a d está n o solo
i m p l i c a d a , s i n o e x p l í c i t a m e n t e c o n s i g n a d a ; p o r c u y a r a z o n
p e r t e n e c e á la clase d e las q u e se l l a m a n idénticas , p o r q u e
s u p r e d i c a d o n o e x p l i c a n a d a d e la i d e a del sujeto, solo la
repite. ¿ D e d ó n d e s a c a p u e s F i c h t e q u e el y o existe p o r q u e se
h a p u e s t o á sí m i s m o ? H a s t a a q u í n o t e n e m o s s i n o q u e el y o
d i c i e n d o : y o s o y y o , se a f i r m a á sí m i s m o , y así se p o n e c o m o
sujeto y p r e d i c a d o d e u n a p r o p o s i c i o n ; p e r o es m a s claro q u e
la luz del dia q u e p o n e r a f i r m a n d o , n o es p o n e r produciendo;
p o r el c o n t r a r i o , el s e n t i d o c o m u n y la r a z o n e n s e ñ a n , q u e
p a r a la l e g i t i m i d a d d e la a f i r m a c i o n es n e c e s a r i a la existencia
d e la c o s a a f i r m a d a . C o n f u n d i r estas ideas, t o m a n d o a f i r m a r
p o r p o n e r produciendo , es u n a m o n s t r u o s i d a d i n c o n c e b i b l e .
133. E x p l i c a n d o esto e n u n a nota, a ñ a d e Fichte|Io s i g u i e n
te : « L o m i s m o se verifica r e l a t i v a m e n t e á la f o r m a lógica d e
t o d a p r o p o s i c i o n . E n la e c u a c i o n A = A , la p r i m e r a A es lo
q u e es p u e s t o e n el yo, s e a a b s o l u t a m e n t e c o m o el y o m i s m o ,
s e a s o b r e u n f u n d a m e n t o c u a l q u i e r a , c o m o t o d o n o y o d e t e r
m i n a d o . El y o r e p r e s e n t a e n esta el p a p e l d e sujeto a b so lu to,
p o r lo cual se l l a m a á la p r i m e r a A , sujeto. L a s e g u n d a A
d e s i g n a el y o h a c i é n d o s e á sí m i s m o objeto d e la reflexion,
c o m o p u e s t o e n si , p o r q u e él h a p u e s t o este objeto e n sí. El
y o q u e j u z g a , h a c e u n p r e d i c a d o d e a l g u n a cosa, n o p r o p i a
m e n t e d e A , s i n o d e sí m i s m o ; p o r q u e e n sí m i s m o halla la
A ; y p o r esto la s e g u n d a A se l l a m a p r e d i c a d o . As í e n la p r o
p o s i c i o n A = B , A es lo q u e es p u e s t o e n el m o m e n t o e n q u e
la p r o p o s i c i o n es e n u n c i a d a , y B lo q u e e r a p u e s t o anterior
m e n t e ; la p a l a b r a es e x p r e s a el tránsito del y o , del a c l o d e
p o n e r á la reflexion s o b r e lo q u e es puesto. »
¿ Q u é q u i e r e d e c i r F i c h t e c o n e s e e m b r o l l o d e ideas y d e
l e n g u a j e ? ¿ q u e r r á significar q u e e n esta p r o p o s i c i o n , el y o
e s sujeto y p r e d i c a d o , s e g u n los diferentes a s p e c t o s bajo los
q u e se le c o n s i d e r a ? ¿ q u e r r á d e c i r q u e el y o e n c u a n t o o c u
p a el l u g a r d e sujeto , e x p r e s a s i m p l e m e n t e la existencia, y
q u e c o m o p r e d i c a d o se o f r e c e cual u n objeto d e reflexion ?
¿ q u é e n t i e n d e p o r la p a l a b r a p o n e r ? si e n t i e n d e p r o d u c i r d e
n u e v o ¿ c ó m o es p o s i b l e q u e u n a c o s a q u e n o es se p r o d u z c a
á sí m i s m a ? si e n t i e n d e m a n i f e s t a r s e , d e s u e r t e q u e el objeto
m a n i f e s t a d o p u e d a servir d e t é r m i n o lógico d e u n a p r o p o s i
c i o n , e n t o n c e s ¿ p o r q u é d i c e q u e el y o existe p o r q u e se p o n e
T. IV. 9
 — 1 3 0 -
á sí m i s m o ? P e r o s i g a m o s al filósolo a l e m a n e n s u s p e r e g r i
n a s d e d u c c i o n e s .
134. « El y o d e la p r i m e r a a c e p c i o n y el d e la s e g u n d a ,
d e b e n s er p u e s t o s c o m o a b s o l u t a m e n t e idénticos el u n o c o n
el otro: l u e g o se p u e d e c o n v e r t i r la p r o p o s i c i o n p r e c e d e n t e i
y decir, el y o se p o n e á sí m i s m o a b s o l u t a m e n t e p o r q u e exis
te, s e p o n e á sí m i s m o p o r el s i m p l e h e c h o d e s u e x i s t e n c i a ,
y existe s i m p l e m e n t e p o r q u e es p u e s t o . »
S i n h a b e r definido la p a l a b r a p o n e r , sin h a b e r d i c h o n a d a
m a s q u e lo q u e s a b e t o d o el m u n d o , q u e el y o es el y o , in
fiere q u e el y o existe p o r q u e se p o n e , y se p o n e p o r q u e exis
te; identifica la e x i s t e n c i a c o n el p o n e r , sin r e p a r a r q u e e r a n ,
n e c e s a r i o s c u a n d o m e n o s a l g u n o s p r e l i m i n a r e s p a r a atre
v e r s e á c o m b a t i r d e este m o d o el s e n t i d o c o m u n y la d o c t r i
n a d e t o d o s los filósofos i n c l u s o D e s c a r t e s , q u e p a r a la o p e
r a c i o n e x i g e n la existencia , y r e p u t a n p o r c o n t r a d i c t o r i o q u e
u n a c o s a p u e d a ser activa sin existir. P e n s a b a L e i b n i t z q u e
n a d a h a y ni p u e d e h a b e r sin r a z o n suficiente ; p e r o g r a c i a s
al a u t o r d e la Doctrina de la ciencia, p o d r e m o s p o b l a r el m u n
d o d e los s e r e s finitos ó infinitos q u e n o s viniere e n talante;
y c u a n d o se n o s p r e g u n t e d e d ó n d e h a n salido d i r e m o s q u e
se h a n p u e s t o ; y si se n o s i m p o r t u n a p r e g u n t á n d o n o s p o r
q u é se h a n p u e s t o , d i r e m o s p o r q u e e x i s t e n ; y si t o d a v í a s e
n o s e x i g e q u e d i g a m o s p o r q u é existen , r e s p o n d e r e m o s , p o r
q u e se h a n p u e s t o ; d e m a n e r a q u e p a s a r e m o s del p o n e r al
existir, y del existir al p o n e r , sin peligro d e v e r n o s j a m á s
c o n f u n d i d o s .
135. E s t a filosofía q u e , c o m o se e c h a d e v e r , n o tiene n a
d a d e l u m i n o s a , le d e j a b a satisfecho á s u a u t o r h a s t a el p u n
to d e p r o s e g u i r c o n a d m i r a b l e s e r e n i d a d d i c i e n d o : « e s t a s
o b s e r v a c i o n e s aclaran completamente el s e n t i d o e n q u e e m
p l e a m o s a q u í la p a l a b r a yo; y n o s s u m i n i s t r a n u n a e x p l i c a
c i o n limpia y lúcida del y o , c o m o sujeto absoluto. El y o s u j e
to a b s o l u t o es este ser que existe simplemente p o r q u e se p o n e á s i
m i s m o c o m o existente. E s e n c u a n t o se p o n e , y e n c u a n t o e s ,
e n tanto se p o n e . El y o existe p u e s a b s o l u t a y n e c e s a r i a m e n
te p a r a el yo. L o q u e n o existe p a r a sí m i s m o , n o es y o . » E l
p a n t e i s m o idealista n o p u e d e ser establecido d e u n a m a n e r a
m a s explícita y al p r o p i o t i e m p o m a s gratuita : se a s o m b r a ,
u n o d e t e n e r q u e o c u p a r s e s e r i a m e n t e d e t a m a ñ a s e x t r a v a
 — 1 3 1 —
gancias. P e r o ellas m e t e n r u i d o p o r q u e s o n d e s c o n o c i d a s ; y
así c o n v i e n e pr ese nta rl as al le ctor tales c o m o s o n , a u n á
riesgo d e fatigarle.
136. F ic ht e c u i d a r á d e a c l a r a r s u s ideas , c o n el b i e n e n
rt i e d n a d d i . d o D e q j u é e m o c s a l d e a c a o c n l t a i r n a u c a i ro n . a ñ a d e n u e v o s g r a d o s á s u o s c u -

« A c l a r a c i o n . — ¿ Q u é e r a y o , se p r e g u n t a r á , a n t e s q u e tu
viese c o n c i e n c i a d e m i m i s m o ? L a r e s p u e s t a es natural : y o
n o existia: p o r q u e n o e r a y o ; el y o n o existe, s i n o e n c u a n
to tiene c o n c i e n c i a d e si m i s m o . — P r o p o n e r esta c u e s t i o n es
c o n f u n d i r el y o c o m o sujeto c o n el y o c o m o objeto d e la refle
xion del sujeto a b s o l u t o ; y esto es u n a i n c o n s e c u e n c i a : el y o
se p o n e á sí m i s m o ; s e p e r c i b e e n este c a s o b a j o la f o r m a d e
la r e p r e s e n t a c i o n . y solo e n t o n c e s es a l g u n a cosa, u n objeto;
bajo esta f o r m a la c o n c i e n c i a p e r c i b e u n s u b s t r a t u m q u e es*
bien q u e sin c o n c i e n c i a real, y q u e a d e m á s es c o n c e b i d o
bajo f o r m a corpórea. Esta m a n e r a d e ser, es la q u e se c o n s i
dera c u a n d o se p r e g u n t a q u é es el y o , es d e c i r el s u b s t r a
t u m d e la c o n c i e n c i a ; p e r o e n t o n c e s sin advertirlo se c o n c i
be el s u je t o a b s o l u t o , c o m o t e n i e n d o intuicion d e este s u b
stratum; y así, casi sin notarlo, se tiene á la vista a q u e l l o d e
q u e se q u e r í a prescindir, y se c a e e n c o n t r a d i c c i o n . N o se
p u e d e p e n s a r n a d a sin p e n s a r s u y o , c o m o t e n i e n d o c o n c i e n
cia d e sí m i s m o ; n o se p u e d e j a m á s h a c e r a b s t r a c c i o n d e s u
c o n c i e n c i a ; p o r c o n s i g u i e n t e n o es d a b l e r e s p o n d e r á s e m e
jantes c u e s t i o n e s , p o r q u e n o es posible s u p o n e r l a s c u a n d o
se e n t i e n d e u n o c o n s i g o m i s m o . »
Q u e a n t e s d e t e n e r c o n c i e n c i a d e sí propio, el y o n o existe
c o m o o b je to d e s u reflexion , es u n a v e r d a d p a l p a b l e ; a n t e s
de p e n s a r s e á sí m i s m o n o se p i e n s a á si m i s m o ; ¿ q u i é n lo
t d e u m d e a n ? t p e e d r e o l s a u d p i fr i o c p u i l a t a r d e f e l s e t x á i e o n , s i ó e l d y e o s e u s a o l b g j o e t , i i v n i d e a d p e p n a d r i a e n s , í

m i s m o ; esto es , si e n el y o se e n c u e n t r a a l g o m a s q u e el s e r
p e n s a d o p o r sí m i s m o . L a c u e s t i o n n o es contradictoria, s i n o
q u e se o f r e c e n a t u r a l m e n t e á la r a z o n y al s e n t i d o c o m u n ;
p o r q u e tanto la r a z o n c o m o el s e n t i d o c o m u n se resisten á
t o m a r p o r c o s a s idénticas , s e r c o n o c i d o y existir ; c o n o c e r
se y p r o d u c i r s e . N o se trata e n la a c t u a l i d a d d e si t e n e m o s ó
n o idea clara del s u b s t r a t u m d e la c o n c i e n c i a ; p e r o es c u r i o
so lo q u e n o t a el filósofo a l e m a n , d e q u e c u a n d o n o c o n c e
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b i m o s al y o c o m o objeto d e reflexion, lo c o n c e b i m o s b a j o u n a
f o r m a c o r p ó r e a . E s t o es c o n f u n d i r la i m a g i n a c i o n c o n las
id eas, c o s a s m u y diferentes c o m o h e d e m o s t r a d o e n otro lu
g a r (Lib. IV, d e s d e el cap. I hasta el X) .
137. R e s u l t a d e la d o c t r i n a d e F i c h t e q u e la existencia d el
y o consiste e n p o n e r s e á sí m i s m o , p o r m e d i o d e la c o n c i e n
cia; y q u e si esta n o existiese el y o n o existiría. E n tal caso,
se r y c o n o c e r s e es u n a m i s m a cosa. A u n q u e p o d r í a n p e d i r s e
á F i c h t e las p r u e b a s d e u n a a s e r c i o n tan e x t r a v a g a n t e , m e
limitaré á insistir e n la dificultad q u e él m i s m o se p r o p o n e ,
y q u e e l u d e c o n f u n d i e n d o las ideas. ¿ Q u é seria el y o si n o
t u v i e s e c o n c i e n c i a d e sí m i s m o ? si existir es t e n e r c o n c i e n
cia, c u a n d o n o b a y c o n c i e n c i a n o h a y existencia. R e s p o n d e
F i c h t e q u e el y o sin c o n c i e n c i a n o es el y o , e n c u y o c a s o n o
existe; p e r o q u e la o b j e c i o n s u p o n e u n a c o s a i m p o s i b l e , c u a l
es, el p r e s c i n d i r d e la c o n c i e n c i a . « N a d a se p u e d e p e n s a r ,
dice, s i n - p e n s a r s u y o , c o m o t e n i e n d o c o n c i e n c i a d e sí p r o
pio; n o se p u e d e j a m á s h a c e r a b s t r a c c i o n d e s u c o n c i e n c i a . »
R e p i t o q u e c o n estas p a l a b r a s n o se suelta la dificultad, s e
la e l u de . P r e s c i n d o a h o r a d e si la c o n c i e n c i a es lo m i s m o q u e
la existencia; p e r o lo cierto es q u e n o s o t r o s c o n c e b i m o s u n
i n s t a n t e e n q u e el y o n o t e n g a c o n c i e n c i a d e sí m i s m o ¿ E s t o
c o n c e p t o h a sido r e a l i z a d o n u n c a ? esto es, ¿ h a h a b i d o u n in s
tante e n q u e el y o n o h a y a t e n i d o c o n c i e n c i a d e sí p r o p i o ? sí ó
n o ? A d m i t i e n d o d i c h o instante, a d m i t i m o s t a m b i e n q u e e n
el m i s m o instante el y o n o existia; l u e g o n o h a p o d i d o exis
tir n u n c a , á n o se r q u e c o n c e d a F i c h t e q u e el y o d e p e n d a
d e u n ser s u p e r i o r y p o r tanto a d m i t a la d o c t r i n a d e la c r e a
cion. Si n o a d m i t i m o s d i c h o instante, el y o h a existido s i e m
p r e , y c o n c o n c i e n c i a d e sí p r o p i o ; l u e g o el y o es u n a inte
ligencia e t e r n a é i n m u t a b l e , l u e g o es Dios. Este a r g u m e n t o
n o tiene salida p a r a Fichte. A q u í n o c a b e la distincion e n t r e
el y o c o m o sujeto y c o m o objeto; se trata del y o c o n c o n
ciencia, c o n esa c o n c i e n c i a e n q u e el filósofo a l e m á n h a c e
consistir s u e x i s t e n c i a ; y d e esto se p r e g u n t a si h a e x i s t i d o
s i e m p r e ó n o ; e n el p r i m e r c a s o , el y o es D i o s ; e n el s e g u n
d o , ó se d e b e r e c o n o c e r la c r e a c i o n ó a d m i t i r q u e u n s e r q u e
n o existe se d a la existencia á si m i s m o .
138. Fichte n o r e t r o c e d e a n t e la p r i m e r a c o n s e c u e n c i a ,
y a u n q u e n o l l a m a D i o s al y o , le c o n c e d e s us atributos. « S i
 el y o n o existe s i n o e n c u a n t o se p o n e , n o existe s i n o c u a n
d o s e p o n e ; y n o s e p o n e s i n o c u a n d o existe. - E l y o es p a r a
el yo. - P e r o si él se p o n e á sí m i s m o a b s o l u t a m e n t e , e n c u a n
to existe; s e p o n e necesariamente y existe necesariamente p a r a
el y o ; y o no existo sino p a r a m i ; p e r o p a r a m i existo necesaria
m e n t e , ( d i c i e n d o p a r o m i , y o p o n g o m i ser).
« P o n e r s e á si m i s m o y s e r , s o n h a b l a n d o del y o , c o m p l e
t a m e n t e idénticos. L a p r o p o s i c i o n : y o s o y , p o r q u e m e h e
p u e s t o á m í m i s m o ; s e p u e d e e x p r e s a r así: y o s o y a b s o l u t a
m e n t e p o r q u e soy.
» E 1 y o p o n i é n d o s e , y el y o e x i s t i e n d o s o n c o m p l e t a m e n t e
idénticos: s o n u n a sola y m i s m a cosa. El y o es a q u e l l o p o r
l o cual se p o n e ; y él se p o n e a q u e l l o q u e es. A s í y o s o y a b
s o l u t a m e n t e lo q u e soy.
» L a e x p r e s i o n i n m e d i a t a de l acto q u e a c a b a m o s d e d e s e n
v o l v e r , seria la f ó r m u l a siguiente: y o s o y a b s o l u t a m e n t e ; es
d e c i r , y o s o y a b s o l u t a m e n t e , p o r q u e s o y p a r a m í ; y s o y a b
s o l u t a m e n t e lo q u e s o y p a r a m í .
»Si se quisiese q u e p r e c e d i e r a á la c i e n c i a d e l c o n o c i m i e n .
t o la e n u n c i a c i ó n d e este acto, h é a q u í á p o c a d i f e r e n c i a e n
q u é t é r m i n o s d e b e r í a ser e x p r e s a d o : el y o p o n e p r i m i t i v a y
a b s o l u t a m e n t e s u p r o p i o s e r » (Ciencia del conocimiento, P. 1,
S - i ) -
E n tan e x t r a v a g a n t e l e n g u a j e solo resulta claro u n h e c h o ,
y es, el p a n t e i s m o p r o f e s a d o a b i e r t a m e n t e p o r Fichte; la di
v i n i z a c i o n del y o : y p o r c o n s i g u i e n t e la a b s o r c i o n d e t o d a
r e a l i d a d e n el yo. El y o deja d e ser u n espíritu l i m i t a d o ; e s
u n a r e a l i d a d infinita. F i c h t e n o lo n i e g a ; «el y o se d e t e r m i
n a á sí m i s m o , se c o n c e d e al y o la totalidad a b s o l u t a d e la
r e a l i d a d , p o r q u e es p u e s t o a b s o l u t a m e n t e c o m o r ea l id ad, y
n i n g u n a negacion es puesta en é h (2 p. § 4, L e t r a B).
« H a y r e a l i d a d p u e s t a e n el y o , p o r c o n s i g u i e n t e el y o d e b e
s e r p u e s t o r e s p e c t o á la r e a l i d a d c o m o totalidad absoluta ( es
d e c i r c o m o u n a s u m a q u e c o m p r e n d e t o d a s las d e m á s s u m a s
y p u e d e ser la m e d i d a d e todas) y h a s t a p r i m i t i v a y a b s o l u
t a m e n t e , si la síntesis q u e a c a b a m o s d e e x p o n e r p r o b l e m á
t i c a m e n t e e s p o s i b l e ; y la c o n t r a d i c c i o n d e b e s e r resuelta d e
u n a m a n e r a satisfactoria.
« A s í el y o p o n e a b s o l u t a m e n t e y sin n i n g u n a c o n d i c i o n
p o s i b l e , la totalidad absoluta de la realidad c o m o u n a s u m a so
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b r e la c u a l es a b s o l u t a m e n t e i m p o s i b l e q u e h a y a u n a m a y o r ;
y este m á x i m u m absoluto d e la r e a l i d a d él le p o n e e n si m i s
m o ; t o d o lo q u e es p u e s t o e n el y o , e s r e a l i d a d , y todo lo q u e
es real idad, es pu esto e n el y o

» L a n o c i o n d e la r e a l i d a d es idéntica á la d e a c t i v i d a d ; to
d a r e a l i d a d está p u e s t a e n el y o ; es d e ci r , t o d a a c t i v i d a d es
p u e s t a e n él; y r e c í p r o c a m e n t e , t o d a r e a l i d a d e n el y o , es
d e c i r , el y o , n o es m a s q u e actividad; él n o es y o s i n o e n
c u a n t o es activo, y e n c u a n t o n o es activo es el n o y o » (Ibid.
letra D).
« N o h a y r e a l i d a d s i n o e n el e n t e n d i m i e n t o ; él es la f a c u l
t ad d e lo real ; lo ideal se h a c e real e n él» (2 p. D e d u c c i o n
, d e la r e p r e s e n t a c i o n , S- 3).
« El y o n o es s i n o lo q u e él se p o n e , es infinito, e s d e c i r
s e p o n e infinito
« S i n la infinidad del y o , sin u n a facultad p r o d u c t i v a c u y a
t e n d e n c i a s e a ilimitada é ilimitable , n o p o d r í a e x p l i c a r s e la
p o s i b i l i d a d d e la r e p r e s e n t a c i o n » (2 p. D e d u c c i o n d e la r e
p r e s e n t a c i o n , p. 1 4 8 y 152).
139. D e m o s u n a o j e a d a á e se c o n j u n t o d e delirios. L a p s i
c o l o g í a p a r t e d e u n h e c h o f u n d a m e n t a l : el t e s t i m o n i o d e la
c o n c i e n c i a . El espíritu h u m a n o n o p u e d e p e n s a r sin h a l l a r s e
á sí p r o p i o ; el p u n t o d e p a r t i d a d e s u s i n v e s t i g a c i o n e s p s i c o
lógicas es la p r o p o s i c i o n , y o p i e n s o : e n ella se e n c u e n t r a la
i d e n t i d a d d e q u e n o s h a b l a F i c h t e : el y o es el yo. T o d o p e n
s a m i e n t o d e s d e - e l m o m e n t o q u e existe, se siente s o m e t i d o á
u n a ley; la p e r c e p c i o n d e t o d a c o s a lleva c o n s i g o la p e r c e p
c i o n explícita ó implícita d e la i d e n t i d a d d e la m i s m a c o s a .
E n este s e n t i d o la f ó r m u l a m a s s i m p l e e n q u e p o d e m o s e x
p r e s a r la ley p r i m e r a d e n u e s t r a p e r c e p c i o n es esta: A es A ;
p e r o f ó r m u l a ta n estéril c o m o s i m p l e ; d e s u e r t e q u e n o se al
c a n z a p o r q u é se p r e t e n d e l e v a n t a r s o b r e ella n a d a m e n o s q u e
u n s i s t e m a filosófico. E n el f o n d o d e esta f ó r m u l a , s u p u e s t o
q u e se la e n u n c i e , está e n v u e l t a la e x i s t e n c i a d e l y o e n u n c i a n
te ; n o se p u e d e e n u n c i a r q u e A es A , si n o h a y u n s e r e n q u e
se p o n g a la r e l a c i o n d e la identidad. P o r lo m i s m o q u e la
p r o p o s i c i o n A = A es v e r d a d e r a , es n e c e s a r i o s u p o n e r u n A ,
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ó u n s e r d o n d e exista. U n a v e r d a d p u r a m e n t e ideal sin f u n
d a m e n t o e n u n a v e r d a d real , es u n a b s u r d o , c o m o d e m o s
t r a m o s y e x p l i c a m o s l a r g a m e n t e e n otro l u g a r (Lib. I V , c a
pítulos X X I I I , X X I V , X X V , X X V I , X X V I I , y Lib. V , capítu
l o s V I I y V I H ).
140. P e r o la e x i s t e n c i a d e u n a v e r d a d ideal en cuanto está
representada en nosotros , es d e c i r , e n c u a n t o es u n h e c h o d e
n u e s t r a c o n c i e n c i a , n o es n e c e s a r i a s i n o hipotética , existe
m i e n t r a s existe; m a s c u a n d o existe p u e d e n o existir; y c u a n
d o n o existe p u e d e existir. D e la e x i s t e n c i a n o se p u e d e in
ferir la n e c e s i d a d ; el t e s t i m o n i o d e la c o n c i e n c i a se limita á
c e r c i o r a r n o s del h e c h o ; p e r o e n esta m i s m a c o n c i e n c i a n o
e n c o n t r a m o s n i n g u n indicio d e q u e este h e c h o s e a n e c e s a
rio, d e q u e n o h a y a d e p e n d i d o d e u n a g e n t e s u p e r i o r ; m u y
al c o n t r a r i o , el s e n t i m i e n t o d e n u e s t r a d e b i l i d a d , la b r e v e
d a d d e l t i e m p o á q u e se e x t i e n d e n los r e c u e r d o s d e n u e s t r a
c o n c i e n c i a , la i n t e r r u p c i o n n a t u r a l y p e r i ó d i c a q u e e n ella
e x p e r i m e n t a m o s d u r a n t e el s u e ñ o ; t o d o m a n i f i e s t a q u e el
h e c h o d e la c o n c i e n c i a n o es n e c e s a r i o , y q u e el s er q u e lo
e x p e r i m e n t a h a c o m e n z a d o d e p o c o t i e m p o atrás s u e x i s t e n
cia, y q u e p o d r í a p e r d e r l a , s i e m p r e q u e d ej a se d e c o n s e r
v á r s e l a el ser infinito. El y o q u e s e n t i m o s e n n o s o t r o s , sé
c o n o c e á sí p r o p i o , se a f i r m a ; esta p a l a b r a ponerse , n o p u e d e
significar n a d a rac ion al , s i n e q u e el y o a f i r m a s u existencia;
p e r o este c o n o c e r n o es p r o d u c i r s e ; q u i e n asienta s e m e j a n t e
m o n s t r u o s i d a d tiene o b l i g a c i o n d e probarla.
141. E n v e r d a d q u e se n e c e s i t a t o d a la s e r e n i d a d d e F i c h
te p a r a p r e t e n d e r c o n v e r t i r e n c i e n c i a u n c o n j u n t o d e a b s u r
d o s y e x t r a v a g a n c i a s tales c o m o a c a b a m o s d e ver. E s t a b a re
s e r v a d o á los t i e m p o s m o d e r n o s el t e n e r q u e o c u p a r s e seria
m e n t e d e u n s i s t e m a , c u y a e x i s t e n c i a c r e e r á n c o n dificultad
los q u e l e a n la historia d e las a b e r r a c i o n e s de l espíritu h u
m a n o . El s i s t e m a d e F i c h t e está j u z g a d o p o r t o d o s los h o m
b r e s p e n s a d o r e s ; y p a r a h a c e r l e c a e r e n el o l v i d o n o h a y m e
d i o m a s s e g u r o q u e e x p o n e r l o á los ojos del lector juicioso.
142. E s t a b l e c i d a la e x i s t e n c i a n e c e s a r i a y a b s o l u t a del yo,
s e p r o p o n e Fi ch te d e m o s t r a r q u e del y o sale el n o y o ; es d e
cir, t o d o lo q u e n o es el yo. « El n o y o n o p u e d e se r p u e s t o si
n o e n tanto q u e e n el y o (en la c o n c i e n c i a idéntica) h a y p u e s
to u n y o , al c u a l p u e d a s e r o p u e s t o . El n o y o d e b e s e r o p u e s
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to e n la c o n c i e n c i a idéntica, p o r c o n s i g u i e n t e el y o d e b e s e r
p u e s t o allí, e n c u a n t o d e b e s e r p u e s t o allí el n o yo. . • .

»Si y o = y o , t o d o lo q u e es p u e s t o , es p u e s t o e n el yo. . .

El y o y el n o y o s o n a m b o s igualmente productos de a c c i n e s
primitivas del yo; y la c o n c i e n c i a m i s m a es u n p r o d u c t o s e
m e j a n t e d e la p r i m e r a a c c i o n originaria d e l y o : el a c l o p o r
el c u a l el y o se p o n e á sí m i s m o . »
H é a q u í p u e s q u e e l n e yo, es d e c i r , e s o q u e l l a m a m o s m u n
d o e x t e r n o , y t o d o c u a n t o n o es el y o , n a c e s e g u n F i c h t e d e l
y o ; la distincion e n t r e u n a c o s a y otra, es u n a ilusion p u r a ;
u n j u e g o d e r e l a c i o n e s c o n q u e el y o se c o n c i b e c o m o n o y o
e n c u a n t o s e limita ; p e r o tanto el y o c o m o el n o y o , s o n c o
sas a b s o l u t a m e n t e idénticas, a El y o y el n o y o e n c u a n t o son.
p u e s t o s idénticos y o p u e s t o s p o r la n o c i o n d e la l i m i t a c i o n
r e c í p r o c a , s o n a l g o e n el y o ( a c c i d e n t e s ) c o m o s u s t a n c i a s
divisibles, p u e s t a s p o r el y o , sujeto a b so l ut o , ilimitable, al
c d u o a s l l o n s a j d u a i c e i os s i c d u é y n o t i s c u o j e y t o n a l d ó g a i c e o s e o s p e u l e s y t o o l . i — m i P t o a r b l l e o ó c u a d l e t e t o r r -

m i n a r e , ó a l g u n a c o s a q u e defina e f y o , d e b e n ser l i m i t a d o s
6 definidos p o r a l g u n a c o s a m a s e l e v a d a ; p e r o t o d o s los jui
cios c u y o sujeto lógico es el y o a b s o l u t a m e n t e ilimitable, n o
p u e d e n ser d e t e r m i n a d o s p o r n a d a m a s e l e v a d o ; p o r q u e el y o
a b s o l u t o n o es d e t e r m i n a d o p o r n a d a , ellos s o n f u n d a d o s y
definidos a b s o l u t a m e n t e p o r sí m i s m o s » (1 p. §. 3). H é a q u í
el ú l t i m o r e s u l t a d o de l s i s t e m a d e F i c h t e , el y o c o n v e r t i d o e n
u n se r a b s o l u t o q u e n o es d e t e r m i n a d o p o r n a d a s u p e r i o r , e a
u n sujeto ilimitado é ilimitable, e n u n se r infinito, e n D i o s .
D e este sujeto a b s o l u t o d i m a n a todo. « E n c u a n t o el y o s e
p o n e c o m o infinito, n o se dirige m a s q u e s o b r e el y o , y s u
a c t i v i d a d es el f u n d a m e n t o y f o r m a d e t o d o s e r ; el y o es p u e s
j i o n f e i s n t i e t o a se p n e c t u o a n s t u o a s c u t i a v c i t d i a v d i d e a s d v i u n f e i l n v i e t a s , o b p r o e r q s í u e m i s s u m o p r , o d y u c b a t . o i -

es infinito ( p r o d u c t o infinito , a c t i v i d a d infinita: a c t i v i d a d i n

finita, p r o d u c t o infinito) ; a q u í h a y u n ci rculo, m a s n o v i c i o s o ;
esto es u n c írculo del q u e la r a z o n n o p u e d e salir, p o r q u e e x ^
d r e s a lo q u e es absolutamente cierto p a r a si m i s m o ; p r o d u c t o ,
a c t i v i d a d , a g e n t e s o n u n a sola y m i s m a c o s a ; y n o los distin
g u i m o s s i n o p a r a e x p r e s a r n o s ; es to es, ú n i c a m e n t e la pti
 - 1 3 7 -
a c t i v i d a d del y o , ú n i c a m e n t e el p u r o y o q u t es infinito; la a c
tividad p u r a es la q u e n o tiene n i n g u n objeto , q u e v u e l v e
c o n s t a n t e m e n t e s o b r e ella m i s m a .
» E q c u a n t o el y o se p o n e limites, y se p o n e e n estos l í m i
tes, s u facultad d e p o n e r n o se dirig e i n m e d i a t a m e n t e s o b r e
sí m i s m o ; se dirige s o b r e u n n o y o q u e d e b e serle o p u e s t o . »

¿ C ó m o r e s u m i r e m o s esta d o c t r i n a ? c o n las m i s m a s p a l a b r a s
d e Fichte. « E n c u a n t o el y o es a b s o l u t o , es infinito é ilimita
do, él p o n e todo lo q u e existe, y lo q u e él n o p o n e n o existe p a r a ¿I,
y f u e r a d e él n o h a y n a d a . T o d o lo q u e él p o n e lo p o n e c o m o
el y o ; y él p o n e el y o c o m o t o d o lo q u e él p o n e ; p o r c o n s i
g u i e n t e el y o b a j o este a s p e c t o a b r a z a e n sí t o d a realidad, e s
d e c i r u n a r e a l i d a d infinita é ilimitada. E n c u a n t o el y o se p o
n e u n n o y o , p o n e n e c e s a r i a m e n t e límites, y se p o n e á si
m i s m o e n estos limites. Él r e p a r t e e n t r e el y o y el n o y o la
t o t a l i d a d d e lo q u e es p u e s t o e n g e n e r a l » (3 p. P r i n c i p i o s d e l
c o n o c i m i e n t o práctico, §. 5, II. p. 199).
143. Así d e s t r u y e F i c h t e e n p o c a s p a l a b r a s la r e a l i d a d d e l
m u n d o e x t e r n o , c o n v i r t i é n d o l e e n u n a m o d i f i c a c i o n ó d e s a r
rollo d e la a c t i v i d a d del y o ; ¿ s e r á n e c e s a r i o d e t e n e r s e m a s e n
i m p u g n a r u n a d o c t r i n a tan m o n s t r u o s a , y q u e se e s t a b l e c e
sin n i n g u n a p r u e b a ? C r e o q u e n o : m a y o r m e n t e , c u a n d o t e n
g o a s e n t a d a s o b r e p r i n c i p i o s sólidos la d e m o s t r a c i o n d e la
e x i s t e n c i a d e u n m u n d o e x t e r n o , y llevo e x p l i c a d o s el o r i g e n
y c a r á c t e r d e los h e c h o s d e c o n c i e n c i a , sin n e c e s i d a d d e re
c u r r i r á t a n a b s u r d a s e x t r a v a g a n c i a s ( L i b r o s H , III y IV).

C A P Í T U L O X I X .

Relaciones del sistema d e Fichte cou las doctrinas de Kant-

144. Y a llevo e x p l i c a d o
t e m a d e K a n t c o n d u c e al
p r i n c i p i o p eli gro so n u n c a
p a r a s a c a r las c o n s e c u e n c i
d e la Doctrina de la ciencia e
e s t a b l e c e u n p a n t e i s m o el
s e h a e x c o g i t a d o . A l c o n c l u
( L i b . III , c a p . X V I I ) c ó m o el sis
d e F i c h t e ; c u a n d o se asienta u n
falta u n a u t o r b a s t a n t e a t r e v i d o
a s , s e a n c u a l e s fueren. El a u t o r
x t r a v i a d o p o r las d o c t r i n a s d e K a n t
m a s e x t r a v a g a n t e q u e h a s t a a h o r a
i r s u o b r a d i c e q u e h a c o n d u c i d o
 — 1 8 8 —
al lector al p u n t o d o n d e K a n t le t o m a ; m a s b i e n h u b i e r a
p o d i d o d e c i r q u e t o m a al lector d o n d e K a n t le deja. El a u t o r
d e la Crítica d e la r a z o n p u r a , c o n v i r t i e n d o el e s p a c i o e n u n
h e c h o p u r a m e n t e subjetivo, d e s t r u y e la r e a l i d a d d e la e x
tension, y a b r e la p u e r t a á los q u e q u i e r e n h a c e r s u r g i r d e l
y o la n a t u r a l e z a t o d a ; y- h a c i e n d o d e l t i e m p o u n a s i m p l e f o r
m a del s e n t i d o i n t e r n o , i n d u c e á c o n s i d e r a r la s u c e s i o n d e
los f e n ó m e n o s e n el t i e m p o , c o m o m e r a s m o d i f i c a c i o n e s d e l
y o á c u y a f o r m a se refieren.
145. P e r o , ¿e s p o r v e n t u r a n e c e s a r i o el a n d a r e n b u s c a
d e d e d u c c i o n e s , c u a n d o el m i s m o filósofo e n m e d i o d e s u
o s c u r i d a d y d e s u l e n g u a j e e n i g m á t i c o , n o d e j a d e c o n s i g
n a r d e la m a n e r a m a s t e r m i n a n t e esta m o n s t r u o s a d o c t r i n a ?
O i g á m o s l e c ó m o h a b l a e n s u L ó g i c a t r a s c e n d e n t a l , s e c c i o n
t e r c e r a , d o n d e se p r o p o n e e x p l i c a r la r e l a c i o n del e n t e n d i
m i e n t o á los objetos e n g e n e r a l , y á la posibilidad d e c o n o
c e r l o s d prior». « E l ó r d e n y la r e g u l a r i d a d e n los f e n ó m e n o s ,
e s o q u e n o s o t r o s l l a m a m o s n a t u r a l e z a , es p u e s nuestra p r o p i a
o b r a : n o s o t r o s n o la e n c o n t r a r í a m o s allí, si n o s o t r o s n o la
h u b i é s e m o s p u e s t o p o r la n a t u r a l e z a d e n u e s t r o espíritu; p o r
q u e esta u n i d a d n a t u r a l , d e b e s e r u n a u n i d a d n e c e s a r i a , e s
,decir u n a cierta u n i d a d o priori del e n l a c e d e los f e n ó m e
n o s ; p e r o ¿ c ó m o p o d r í a m o s n o s o t r o s p r o d u c i r u n a u n i d a d
sintética á priori, si n o h u b i e s e e n los m a n a n t i a l e s p r i m i t i
v o s d e n u e s t r o espíritu r a z o n e s subjetivas d e s e m e j a n t e u n i
d a d á priori, y si estas c o n d i c i o n e s subjetivas n o f u e s e n al
m i s m o t i e m p o valederas objetivamente, y a q u e ellas s o n los
f u n d a m e n t o s d e la posibilidad d e c o n o c e r e n g e n e r a l u n o b
j e t o e n la e x p e r i e n c i a ? » ¿ Q u i é n n o v e b o s q u e j a d o e n estas
p a l a b r a s el s i s t e m a d e F i c h t e q u e h a c e n a c e r del y o el n o yo,
e s d e c i r el m u n d o , y q u e n o d a m a s v a l o r á la n a t u r a l e z a
q u e el q u e p u e d e recibir del m i s m o y o ?
146. T o d a v í a está m a s e x p r e s o el a u t o r d e la Crítica d e ia
r a z o n p u r a ; h é a q u í c ó m o e x p l i c a la n a t u r a l e z a y las a t r i b u
t c e i n o d n e i s m i d e e n l t e o n td e n d i f m e i r e e n n t t o e . s « m H a e n m e r o a s s d e , f l i e n i d h o e m a o s a l r l r a i m b a d e o l u e n a -

e s p o n t a n e i d a d del c o n o c i m i e n t o (por o p o s i c i o n á la r e c e p t i
v i d a d d e la sen sibilidad) u n a facultad d e p e n s a r , ó b i e n u n a
f a c u l t a d d e los c o n c e p t o s ó d e los juic ios; defin icion es t o d a s
q u e b i e n e x p l i c a d a s , n o s o n m a s q u e u n a sola. A h o r a p o d e
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m o s caracterizarle c o m o la facultad de las reglas. E s t e s i g n o
e s m a s f e c u n d o , y se a c e r c a m a s á la e s e n c i a d e la c o s a : la
s e n s i b i l i d a d n o s d a f o r m a s ( d e la intuicion) y el e n t e n d i
m i e n t o reglas. Este se aplica s i e m p r e á o b s e r v a r los f e n ó m e
n o s p a r a hallar e n ellos a l g u n a regla. L a s reglas si s o n obje
t i v a s (si p o r c o n s i g u i e n t e s e l i g a n n e c e s a r i a m e n t e al c o n o c i
m i e n t o del objeto) se l l a m a n leyes. A u n q u e n o s o t r o s c o n o z c a
m o s m u c h a s leyes p o r e x p e r i e n c i a , estas leyes sin e m b a r g o
n o s o n m a s q u e d e t e r m i n a c i o n e s particulares d e otras leyes
s u p e r i o r e s , e n t r e las c u a l e s las m a s e l e v a d a s (á las q u e t o d a s
las d e m á s están s o m e t i d a s ) proceden á'priori del entendimiento
m i s m o , y n o s o n t o m a d a s d e la e x p e r i e n c i a , a n t e s al c o n t r a
rio d a n á los f e n ó m e n o s s u l e g i t i m i d a d , y d e b e n p o r esta
m i s m a r a z o n h a c e r posible la e x p e r i e n c i a . El e n t e n d i m i e n t o
p u e s , n o es s i m p l e m e n t e u n a facultad d e h a c e r s e reglas, c o m
p a r a n d o f e n ó m e n o s ; es hasta la legislacion p a r a la naturaleza;
e s d e c i r q u e sin el e n t e n d i m i e n t o > n o h a b r í a n a t u r a l e z a ó u n i d a d
s in t é ti c a d e la d i v e r s i d a d d e los f e n ó m e n o s , s e g u n ciertas
reglas. P o r q u e los f e n ó m e n o s c o m o tales, n o p u e d e n existir
f u e r a d e n o s o t r o s ; p o r el c o n t r a r i o solo existen e n n u e s t r a
s e n s i b i l i d a d ; p e r o esta c o m o objeto del c o n o c i m i e n t o e n u n a
e x p e r i e n c i a , c o n t o d o lo q u e ella p u e d e c o n t e n e r , n o es p o
sible s i n o e n la u n i d a d d e la a p e r c e p c i o n . L a u n i d a d d e la
a p e r c e p c i o n es el f u n d a m e n t o t r a s c e n d e n t a l d e la legitimi
d a d n e c e s a r i a d e t o d o s los f e n ó m e n o s e n u n a e x p e r i e n c i a ;
esta m i s m a u n i d a d d e la a p e r c e p c i o n c o n r e l a c i o n á la di
d v e o r d s ei d u a d n a d e s o l a ) s r e e s p l r a e s r e n g l t a ; c i y o n l e a s f ( a p c a u r l a t a d d e d t e r e m s i t n a a s r r l e a g l p a a s r t e i s e n e * l

e n t e n d i m i e n t o . T o d o s los f e n ó m e n o s p u e s c o m o e x p e r i e n c i a s
p o s i b l e s , están o priori e n el e n t e n d i m i e n t o ; y d e él s a c a n
s u posibilidad f o r m a l , d e l m i s m o m o d o q u e e s t á n á titulo d e
p u r a s i n t u i c i o n e s e n la sensibilidad ; y n o s o n posibles s i n o
p o r ella c o n r e l a c i o n á la f o r m a . »
E n la Idea s u m a r i a de la legitimidad y de la única posibilidad
d e la deduccion de los conceptos intelectuales puros, p r e t e n d e K a n t
n o solo q u e los objetos d e n u e s t r o c o n o c i m i e n t o n o s o n c o s a s
e n si , s i n o q u e es i m p o s i b l e q u e lo s e a n , so p e n a d e q u e n o
p o d a m o s t e n e r c o n c e p t o s á priori. Y a ñ a d e q u e la r e p r e s e n t a
c i o n m i s m a d e t o d o s estos f e n ó m e n o s , p o r c o n s i g u i e n t e to
d o s los objetos d e q u e p o d e m o s o c u p a r n o s , e s t á n t o d o s e n el
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y o , es d e c i r s o n d e t e r m i n a c i o n e s d e m i yo idéntico, lo c u a l
me xi p n r a e c s i a o n l e a s n e c n e s u i n d a a d s o d l e a yu n m a i u s n m i a d a a d p e u r n c i e v p e c r is ao l n . d e e s t a s d e t e r •

147. D e los pasajes a n t e r i o r e s se infiere c o n t o d a c l a r i d a d

q u e el s i s t e m a d e F i c h t e , ó s e a el p a n t e i s m o idealista q u e lo
r e d u c e t o d o a m o d i f i c a c i o n e s del y o , se halla d e a c u e r d o c o n
los p r i n c i p i o s est abl ec id o s e n la Crítica d e la r a z o n p u r a , y
a u n se le e n c u e n t r a e x p r e s a m e n t e c o n s i g n a d o , p o r m a s q u e
n o f o r m e el objeto principal d e la obra. E n o b s e q u i o d e la i n r
p a r c i a l i d a d n o p u e d o m e n o s d e r e c o r d a r lo q u e llevo d i c h o e n
la n o t a tercera al libro t e r c e r o , s o b r e las e x p l i c a c i o n e s c o n
q u e el filósofo a l e m a n p r o c u r a r e c h a z a r estas c o n s e c u e n c i a s .
Allí p u e d e v e r el lector las m i s m a s p a l a b r a s d e K a n t ; y d e j o
á s u b u e n juicio el fallar s o b r e la solidez d e la d e f e n s a .
n o 1 4 p 8 a . n t e C i o s m o c q o u n i e l r a a ,C r í m t i i c o a p d i n e i l o a n r s a o z b o r n e p e l u r e a n , l a e c s e t á d e c l o n m f o i d r e m r a ^

d a p o r los m i s m o s a l e m a n e s : « D e allí, d e a q u e l l a s p r o f u n d i
d a d e s , d i c e M . d e R o s e n k r a n z h a b l a n d o d e la Crítica d e la
r a z o n p u r a , los r e s u l t a d o s d e la estética y d e la lógica tras
c e n d e n t a l r e c i b e n p a r a los g r a n d e s p r o b l e m a s d e la teología,
d e la c o s m o l o g í a , d e la m o r a l , d e la psicología , u n a i m p o r
t a nc i a n u e v a , y q u e n o s o s p e c h a n s i q u i e r a los s e n t i d o s g r o
s e r o s d e la m a y o r parte d e s u s aficionados. Ellos n o c o n o c e n
n a d a del e n c a d e n a m i e n t o q u e u n e la Teoría de la ciencia d e
Fichte. el S i s t e m a del i d e a l i s m o t r a s c e n d e n t a l d e Schelling,
b l a r F t e , n c o o m n e n l o a l C o r g í í t a i c a y l d a e L K ó a g n i t c a d e H e g e l , l a M e t a f í s i c . a d e. H . e r - •

« P u e d e d e c i r s e e n particular q u e los ingleses y los f r a n c e s e s

n o e n t e n d e r á n n a d a e n el desarrollo d e la filosofía a l e m a n a
d e s p u e s d e K a n t , hasta q u e h a b r á n p e n e t r a d o la Crítica d e
la r a z o n p u r a , p o r q u e nosotros los a l e m a n e s dirigimos s i e m p r e
allí n u e s t r a s m i r a d a s •
« A s i c o m o p a r a orientarse e n el l a b er i nt o d e las calles d e u n a
g r a n c i u d a d , s i r v e n las casas, los palacios , los t e m p l o s , p e r o
m a s a u n las torres q u e lo d o m i n a n t o d o ; asi e n la filosofía
c o n t e m p o r á n e a , e n el e n r e d o d e s u s querellas, n o se p u e d e
d a r u n s o l o p a s o s e g u r o , si n o s e t i e n e fija la vista s o b r e la
Crítica d e K a n t . Fichte. Schelling. H e g e l y H e r b a r t , h i c i e r o n
d e esta o b r a s u g r a n c e n t r o d e o p e r a c i o n e s tanto p a r a el ata
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q u e c o m o p a r a la d e f e n s a » ( P r e f a c i o á la e d i c i o n d e L e i p z i g
d e 1838).
149. N o q u i e r o d e c i r c o n esto q u e los filósofos a l e m a n e s
p o s t e r i o r e s á K a n t n o h a y a n a ñ a d i d o a l g o á la Crítica d e la
r a z o n p u r a ; y a t e n g o o b s e r v a d o (Lib. I, cap. VII) q u e la
m a y o r o s c u r i d a d q u e se e n c u e n t r a e n las o b r a s d e F i c h t e
d e p e n d e d e q u e fué m a s allá q u e K a n t p r e s c i n d i e n d o d e to
d a o b j e t i v i d a d así e x t e r n a c o m o i n t e r n a , y c o l o c á n d o s e e n
n o sé q u é acto p r i m i t i v o p u r o , d e d o n d e q u i e r e q u e salga
todo, á diferencia del a u t o r d e la Crítica d e la r a z o n p u r a ,
c u y o s trabajos n o a n o n a d a b a n tan a b s o l u t a m e n t e la objetivi
d a d d e l m u n d o interior; p o r c u y o m o t i v o su s o b s e r v a c i o n e s
s o n m e n o s i n c o m p r e n s i b l e s , y aun. o f r e c e n a c á y acullá al
g u n o s p u n t o s l u m i n o s o s : solo m e h e p r o p u e s t o m a n i f e s t a r
la t r a s c e n d e n c i a f u n e s t a d e las o b r a s d e K a n t , p a r a p r e v e n i r
á los i n c a u t o s q u e j u z g á n d o l e d e oidas, se i n c l i n e n á c o n s i
d e r a r l e c o m o el r e s t a u r a d o r del e s p i r i t u a l i s m o y d e la s a n a
filosofía , c u a n d o e n r e a l i d a d es el f u n d a d o r d e las e s c u e l a s
m a s d i s o l v e n t e s q u e n o s o f r e c e la historia del espíritu h u
m a n o ; y a u n seria u n o d e los escritores m a s p e l i g r o s o s q u e
e x i s t i e r o n j a m á s , si la o s c u r i d a d d e s u s c o n c e p t o s , a u m e n
t a d a t o d a v í a c o n la o s c u r i d a d d e la e x p r e s i o n , n o hiciese
i n s o p o r t a b l e s u l e c t u r a á la i n m e n s a m a y o r í a , a u n d e los
v e r s a d o s e n los e s t u d i o s filosóficos.

C A P Í T U L O X X .

Contradiccion del panteísmo con loa hechos primordiales del espíritu hu m a no .

150. N o sé c ó m o p u e d e inclinarse al p a n t e i s m o n i n g u n
filósofo q u e h a y a m e d i t a d o s o b r e el espíritu h u m a n o . C u a n
to m a s se p r o f u n d i z a e n ese y o , d e d o n d e se q u i e r e s a c a r
t a n a b s u r d o s i s t e m a , tanto m a s se d e s c u b r e la c o n t r a d i c c i o n
e n q u e se halla el p a n t e i s m o , c o n r e s p e c t o á las ideas y á los
h e c h o s m a s p r i m o r d i a l e s d e n u e s t r o espíritu. V o y á d e s e n
v o l v e r esta o b s e r v a c i o n e n u n a r e s e ñ a , q u e p o d r á se r m u y
b r e v e á c a u s a d e v e r s a r s o b r e p u n t o s e x a m i n a d o s y a larga
m e n t e e n s u s l u g a r e s respectivos.
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151. Y a h e m o s visto (Lib. VI, cap. V ) , q u e la i d e a d e n ú
m e r o se e n c u e n t r a e n t o d o s los e n t e n d i m i e n t o s ; \ la e x p e
r i e n c i a n o s e n s e ñ a q u e la e m p l e a m o s , explícita ó im p lí c i ta
m e n t e , e n casi t o d a s n u e s t r a s palabras. A p e n a s h a b l a m o s s i n
u s a r del plural ; y este n o significa n a d a si n o p r e s u p o n e la
i d e a del n ú m e r o . El p a n t e i s m o r e d u c e t o d o lo existente á la
u n i d a d a b s o l u t a ; la m u l t i p l i c i d a d , ó n o existe r e a l m e n t e , ó
se limita á f e n ó m e n o s q u e á juicio d e a l g u n o s partidarios d e
d i c h o s i s t e m a n o c o n t i e n e n r e a l i d a d d e n i n g u n a e s p e c i e , y
q u e e n o p i n i o n d e t o d o s los panteistas , n o p u e d e n c o n t e n e r
n i n g u n a r e a l i d a d sustancial. S e g u n ellos p u e s la i d e a d e n ú
m e r o , ó c a r e c e d e t o d a c o r r e s p o n d e n c i a e n la r e al i da d , ó s e
refiere tan solo á m o d o s d e ser, á varias m a n i f e s t a c i o n e s d e l
m i s m o ser, y p o r tanto n o se e x t i e n d e á los seres m i s m o s ,
p u e s q u e e n d i c h o s i s t e m a n o h a y m a s q u e u n s er solo. Si esto
es así ¿ c ó m o es q u e la i d e a d e n ú m e r o existe e n n u e s t r o e n
t e n d i m i e n t o ? ¿ c ó m o es q u e c o n c e b i m o s n o solo m u c h o s m o
d o s d e ser, s i n o m u c h o s s e re s / E n el s i s t e m a d e los p a n t e i s
tas n o solo n o h a y m u l t i p l i c i d a d d e seres, s i n o q u e es i m p o
sible q u e la h a y a ; ¿ p o r q u é p u e s h a b r á e n n u e s t r o e n t e n d i
m i e n t o este vicio radical q u e n o s i n d u c e p o r n e c e s i d a d á c o n
cebir posible la m u l t i p l i c i d a d d e cosas, c u a n d o esta m u l t i
plicidad es a b s u r d a ? ¿ p o r q u é este d e f e c t o ideal se hallará
c o n f i r m a d o p o r la e x p e r i e n c i a , la c u a l t a m b i e n p o r n e c e s i d a d
n o s i n d u c e á c r e e r q u e h a y m u c h a s cosas distintas?
152. E n el s i s t e m a panteista n u e s t r o e n t e n d i m i e n t o n o s e
r á m a s q u e u n a m o d i f i c a c i o n , u n a m a n i f e s t a c i o n d e la s u s
t an c i a ú n i c a ; así s e r á i n e x p l i c a b l e e s e d e s a c u e r d o e n t r e el
f e n ó m e n o y la r e a l i d a d ; e se e r r o r n e c e s a r i o á q u e u n f e n ó
m e n o d e la s u s t a n c i a n o s i n d u c e c o n r e s p e c t o á la m i s m a
sustancia. S i e n d o n o s o t r o s u n a p u r a m a n i f e s t a c i o n d e la u n i
d a d , ¿ p o r q u é h a l l a m o s e n n o s o t r o s c o m o u n h e c h o p r i m i t i v o ,
la i d e a d e la m u l t i p l i c i d a d ? ¿ p o r q u é e s a c o n t r a d i c c i o n c o n
t i n u a e n t r e el s er y s u s a p a r i e n c i a s ? Si t o d o s s o m o s u n a m i s
m a u n i d a d , ¿ d e d ó n d e n o s v i e n e la i d e a de l n ú m e r o ? Si l o s
f e n ó m e n o s d e la e x p e r i e n c i a n o s o n m a s q u e e v o l u c i o n e s
p o r decirlo así d e esta m i s m a u n i d a d , ¿ p o r q u é n o s s e n t i m o s
irresistiblemente i n c l i n a d o s á p o n e r m u l t i p l i c i d a d e n los fe
n ó m e n o s y á multiplicar las coso» e n q u e s u c e d e n ?
153. L a idea d e distincion , o p u e s t a á la d e i d e n t i d a d , e s
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t a m b i e n f u n d a m e n t a l e n n u e s t r o espíritu (Lib. V, capítulos I X
í X ) ; sin e m b a r g o el p a n t e i s m o n o le o t o r g a n i n g u n a c o r
r e s p o n d e n c i a e n la realidad. Si n o h a y m a s q u e u n s e r , si
t o d o es idé nt ico , n o h a y n a d a distinto; la i d e a d e distincion
es u n a p u r a q u i m e r a . E n el s i s t e m a panteista, la distincion
n o solo n o existe , s i n o q u e es i m p o s i b l e ; l u e g o la i d e a d e
di stincion es a b s u r d a ; l u e g o u n o d e los h e c h o s p r i m i t i v o s d e
n u e s t r o espíritu es u n a c o n t r a d i c c i o n .
154. L o s juicios n e g a t i v o s f o r m a n u n a b u e n a parte d e l
c a u d a l d e n u e s t r o e n t e n d i m i e n t o (Lib. V , cap. I X ) : el p a n
t e i s m o los d e s t r u y e . E n este s i s t e m a n u n c a p u e d e ser v e r d a
d e r a la p r o p o s i c i o n : A n o es B ; p o r q u e si t o d o es idéntico*
n o se p o d r á n e g a r u n a c o s a d e otra, n o h a b r á c o s a s distin
tas, n o h a b r á u n a y otra; t o d o será u n o ; el juicio n e g a t i v o
d e b e r á limitarse á lo s i g u i e n t e : e n r e a l i d a d A es lo m i s m o
q u e B ; solo h a y la a p a r i e n c i a d e la distincion; B es el m i s
m o A , q u e es ó se presenta d e d i f er e nt e m o d o .
155. L a idea d e r e l a c i o n es t a m b i e n a b s u r d a e n el s i s t e m a
panteista : n o h a y relacion sin e x t r e m o d e referencia , y n o
h a y r e f e r e n c i a sin distincion. S e g u n los panteistas , el sujeto
referido y el e x t r e m o d e la r e f e r e n c i a , s o n a b s o l u t a m e n t e
idénticos; n o h a y p u e s r e l a c i o n e s v e r d a d e r a s s i n o a p a r e n t e s ;
y así n o s e n c o n t r a m o s c o n otro h e c h o p r i m i t i v o d e n u e s t r o
e n t e n d i m i e n t o r a d i c a l m e n t e a b s u r d o , p o r q u e está e n c o n
t r a d i c c i o n c o n la r e a l i d a d y h a s t a c o n la posibilidad.
156. El sos ten d e t o d o s n u e s t r o s c o n o c i m i e n t o s , el p r i n
cipio d e c o n t r a d i c c i o n : es i m p o s i b l e q u e u n a c o s a s e a y n o
s e a á u n m i s m o t i e m p o , c a r e c e d e sentido, n o tiene n i n g u n a
a p l i c a c i o n real ni posible , si se a d m i t e la d o c t r i n a panteista.
C u a n d o d e c i m o s q u e es i m p o s i b l e q u e u n a c o s a s e a y n o s e a
á u n m i s m o t i e m p o , e n t e n d e m o s q u e h a y posibilidad d e u n
n o ser, p o r m a n e r a q u e e n n u e s t r o e n t e n d i m i e n t o la i d e a d e
s e r , n o es e x c l u s i v a d e la d el n o se r , s i n o c o n r e s p e c t o á u n a
m i s m a c o s a y á u n m i s m o t i e m p o . Si n o h a y m a s q u e u n s e r
solo, y es i m p o s i b l e t o d o ser q u e n o s e a el m i s m o , resulta
q u e la i d e a d e n o ser es a b s o l u t a m e n t e contradictoria, y q u e
todas las p r o p o s i c i o n e s e n q u e se la e x p r e s a s o n a b s u r d a s .
E n tal c a s o n o h a y ni p u e d e h a b e r m a s q u e u n s er q u e lo es
t o d o ; á él n o se le p u e d e aplicar n u n c a la n e g a c i o n d e s e r ;
esta n e g a c i o n p u e s s e r á a b s o l u t a m e n t e a b s u r d a , y p o r c o n
 — 1 4 4 -
s i g u i e n t e h a l l a m o s e n n u e s t r o e n t e n d i m i e n t o otra i d e a a b
s o l u t a m e n t e contradictoria.
157. L a i d e a d e c o n t i n g e n c i a es t a m b i e n c o n t r a d i c t o r i a
a d m i t i d o el p a n t e i s m o ; t o d o lo q u e p u e d e s e r es; y t o d o lo
q u e n o existe es i m p o s i b l e ; l u e g o c u a n d o n o s o t r o s distingui
m o s la c o n t i n g e n c i a d e la n e c e s i d a d , e s t a m o s e n c o n t r a d i c
c i o n c o n la realidad y la posibilidad. H é n o s a q u í p u e s c o n otra
ilusion p r i m o r d i a l d e n u e s t r o espíritu; la c u a l n o s o f re c e c o
m o p o s i b l e y a u n e x i s t e n t e , lo q u e e n si m i s m o es a b s u r d o .
158. L a s ideas d e finito é infinito t a m p o c o p u e d e n c o e x i s
tir e n el s i s t e m a panteista- U n a d e ellas es contradictoria; si
el s e r ú n i c o es infinito, n o h a y ni p u e d e h a b e r n a d a finito,
l u e g o la o p o s i c i o n e n t r e lo finito y lo infinito es u n a q u i m e
lr i a d a d d e . n N u o e s h t a r b o r á e s mp í a r s i t u q u á e l au n q a u e s o nl a d c a o s c a o ; r re s e t s a p o s n e d r e á e ó n f l i a n i r t ea a ó -

infinita; e n a m b o s c a s o s u n o d e los e x t r e m o s d e s a p a r e c e ,
cu i n o a n d c e o n l a u s n i a d e n a e s c e s i c d o a n d t r a a b d s i o c l t u o t r a i . a , p u e s q u e e s t á e n o p o s i -

. 159. El s i s t e m a d e la u n i d a d a b s o l u t a d e s t r u y e la i d e a d e l
ó r d e n : e n esta i d e a se e n c i e r r a la d i s p o s i c i o n d e c o s a s dis
tintas, distribuidas d e la m a n e r a c o n v e n i e n t e p a r a c o n s p i r a r
á u n fin. E n f a l t a n d o la d i s t i n c i o n n o h a y ó r d e n , y la distin
c i o n es i m p o s i b l e si h a y u n i d a d a b s o l u t a . Ello es sin e m b a r
g o q u e u n a d e las ideas f u n d a m e n t a l e s d e n u e s t r o espíritu es
la d e l ó r d e n ; la u n i d a d literaria , la artística , y e n g e n e r a l la
d e t o d a belleza sensible, es u n i d a d d e ó r d e n ; sustituid á
esta la u n i d a d absoluta y se a n o n a d a n t o d a s las bellezas d e
la i m a g i n a c i o n ; el arte es a b s o r b i d o p o r el caos. .
160. E x c u s a d o es a ñ a d i r q u e el p a n t e i s m o m a t a la liber
t a d d e a l b e d r i o : esa libertad d e q u e t e n e m o s c o n c i e n c i a tan
clara, tan viva, y q u e a c o m p a ñ a t o d o s los m o m e n t o s d e n u e s
tra existencia. E n este m o n s t r u o s o s i s t e m a , la u n i d a d a b
so l u ta es i n s e p a r a b l e d e la n e c e s i d a d absoluta ; lo existente
y lo posible se c o n f u n d e n ; n a d a d e lo q u e es, p u e d e dejar
d e ser; n a d a d e lo q u e n o es, p u e d e ser. L a a c c i o n n a c e r á
d e la s u s t a n c i a ú n i c a e n u n desarrollo e s p o n t á n e o ; e n t e n
d i é n d o s e p o r e s p o n t a n e i d a d , la a u s e n c i a d e u n a c a u s a e x t e r
n a ; p e r o esta a c c i o n n o p o d r á m e n o s d e h a b e r existido , s e r á
p o r decirlo así u n a irradiacion d e la s u s t a n c i a ú n i c a , á la
m a n e r a q u e la luz b r o t a d e los c u e r p o s l u m i n o s o s . Si n liber
 t a d d e a l b e d r í o el m é r i t o es u n a b s u r d o ; u n ser q u e o b r a p o r
n e c e s i d a d a b s o l u t a , n o p u e d e t e n e r m é r i t o ni d e m é r i t o . E n
t o n c e s s o n inútiles las l e y e s , los p r e m i o s y castigos; y la his
toria d e los i n d i v i d u o s c o m o d e la h u m a n i d a d e n t e r a , se re
d u c e á la historia d e las fases d e la s u s t a n c i a ú n i c a , q u e se
v a d e s e n v o l v i e n d o e t e r n a m e n t e c o n s u j e c i o n á c o n d i c i o n e s
a b s o l u t a m e n t e n e c e s a r i a s , q u e n o t ie n e n m a s f u n d a m e n t o .
*(ue ella m i s m a .
161. El p a n t e i s m o n o solo m a t a la libertad d e albedrío,
s i n o q u e h a c e i n c o m p r e n s i b l e s todas las a f e c c i o n e s q u e se re
fieren á otro. Si n o h a y m a s q u e u n ser, ¿ q u é significan los
s e n t i m i e n t o s d e a m o r , d e r e s p e t o , d e gratitud , y e n g e n e r a l ,
t o d o s c u a n t o s s u p o n e n u n a p e r s o n a distinta del yo q u e los e x
p e r i m e n t a ? Estas a f e c c i o n e s , p o r m a s q u e s u p o n g a n t é r m i n o
distinto, n o lo t e n d r á n ; y a u n q u e p a r e z c a n p r o c e d e r d e prin
c i p i o s diferentes, n a c e r á n d e u n o solo. El h o m b r e q u e a m a á
u n h o m b r e y a b o r r e c e á otro, s e r á el m i s m o y o q u e se a m a
y s e a b o r r e c e á si m i s m o ; las a p a r i e n c i a s i n d i c a r á n d i v e r s i d a d
y o p o s i c i o n , p e r o e n el f o n d o n o h a b r á m a s q u e u n i d a d , i d e n
tidad. ¿ Q u i é n es c a p a z d e d e v o r a r s e m e j a n t e s a b s u r d o s ?
162. Así el p a n t e i s m o d e s p u e s d e h a b e r d e s t r u i d o al h o m
b r e intelectual, a n i q u i l a al h o m b r e m o r a l ; d e s p u e s d e h a b e r
d e c l a r a d o c on tra dic to r i as las i d e a s m a s f u n d a m e n t a l e s d e
n u e s t r o espíritu, n o s a r r e b a t a el h e c h o m a s p r e c i o s o d e n u e s
tra c o n c i e n c i a ; lalibertad d e a l b e d r í o : hasta d e s t r u y e los s e n
t i m i e n t o s del c o r a z o n ; n e g a n d o n u e s t r a i n d i v i d u a l i d a d n o s ar
roja á t o d o s e n el h o n d o a b i s m o d e la s u s t a n c i a ú n i c a , del ser
a b s o l u t o , c o n f u n d i é n d o n o s , i d e n t i f i c á n d o n o s c o n él, disol
v i e n d o así n u e s t r a e x i s t e n c i a p r o p i a c o m o se d i s i p a n las m o
léculas d e u n g r a n o d e p o l v o e n la i n m e n s i d a d del espacio.

C A P Í T U L O X X I .

R i p i d a ojeada sobre los principales a r g u m e n t o s de los panteiítas

163. L o s a r g u m e n t o s p r i n c i p a l e s e n q u e se a p o y a el p a n
t e i s m o , se f u n d a n e n la u n i d a d d e la ciencia, la u n i v e r s a l i d a d
d e la i d e a del ser, lo a b s o l u t o y e x c l u s i v o d e la d e s u s t a n c i a ,
lo a b s o l u t o y e x c l u s i v o d e la n o c i o n d e lo infinito.
164. L a c i e n c i a d e b e se r u n a , d i c e n los panteista s, y n o
 - 1 46 -
pc i u a e d e b s e e r s l e o r c c o i m e p r t l a e ; t a y m n e o n t p e u e s i d e n o h a h b a e y r u n c i e r d t a e d z a d e a b s s e ro . l u L t a a c s i e n n o -

h a y i d e n t i d a d del ser q u e c o n o c e c o n la c o s a c o n o c i d a .
L a s o l u c i o n d e estas dificultades consiste e n n e g a r las p r o
p o s i c i o n e s gratúitas e n q u e estriban.
N o es e x a c t o q u e la c i e n c i a h u m a n a d e b a s er u n a , ni es-
v e r d a d q u e p a r a la u n i d a d d e la c i e n c i a se necesite la u n i d a d
del ser. A m b a s p r o p o s i c i o n e s d e b e n p r o b a r l a s los panteistas:
p a r a triunfar e n la d i s c u s i o n n o basta afirmar; lejos d e q u e
n i n g u n a esté d e b i d a m e n t e p r o b a d a , la r a z o n y la e x p e r i e n c i a
e n s e ñ a n t o d o lo contrario. N o es n e c e s a r i o repetir a q u í l o
q u e llevo e x p u e s t o l a r g a m e n t e al tratar d e la posibilidad y _
e x i s t e n c i a d e la c i e n c i a t r a s c e n d e n t a l , asi e n el o r d e n inte
lectual a b s o l u t o c o m o e n el h u m a n o (Lib. I, c a p i t u l o s I V , V ,
V I , VII).
L a s e g u n d a p r o p o s i c i o n q u e e x i g e la i d e n t i d a d del s u j e t o
q u e c o n o c e c o n el obj eto c o n o c i d o , t a m p o c o n e c e s i t o c o m b a
tirla aquí. E n el l u g a r c o r r e s p o n d i e n t e h e m a n i f e s t a d o q u e - e l
s i s t e m a d e la i d e n t i d a d u n i v e r s a l n o sirve p a r a e x p l i c a r e l
p r o b l e m a d e la r e p r e s e n t a c i o n , y h e p r o b a d o c o n r a z o n e s i n
contestables, q u e á m a s d e las r e p r e s e n t a c i o n e s d e i d e n t i d a d ,
h a y las d e c a u s a l i d a d é i d e a l i d a d (Lib. 1 , d e s d e el cap. V I I I
h a s t a el X V ) . El valor o b j e t i v o d e las ideas e n c u a n t o distin
tas d e los objetos , t a m b i e n lo t e n g o d e m o s t r a d o f u n d á n d o m e
e n la u n i d a d d e c o n c i e n c i a (Lib. I, c a p . X X V ) .
L a s d o c t r i n a s d e K a n t q u e c o n d u c e n á c o n v e r t i r el m u n d o
e x t e r n o e n u n h e c h o p u r a m e n t e s u b j e t i v o , y q u e p o r t a n t o
d a n o r i g e n al i d e a l i s m o t r a s c e n d e n t a l d e F i c h t e , e s t á n r e f u
t a d a s e n el l i b r o II d o n d e s e d e m u e s t r a la o b j e t i v i d a d d e l a s
s e n s a c i o n e s ; e n el III d o n d e s e m a n i f i e s t a la r e a l i d a d d e la e x
t e n s i o n , y e n el VII d o n d e se p r u e b a q u e el t i e m p o n o es u n a
p u r a f o r m a de l s e n t i d o interno.
165. El a r g u m e n t o f u n d a d o e n la i d e a d e la u n i v e r s a l i d a d
del ente, esto es, e n q u e n o p u e d e h a b e r m a s q u e u n ser p o r
q u e la i d e a d e s er e s a b s o l u t a y lo a b r a z a t o d o , es u n s o f i s m a
e n q u e se h a c e tránsito del ó r d e n ideal al real c o n v i r t i é n d o s e
e n u n ser a b s o l u t o u n a idea a b s t r a c t a é i n d e t e r m i n a d a . P a r a
f o r m a r c o n c e p t o c a b a l d e d i c h a i d e a y d e s u s r e l a c i o n e s c o n
la r e a li d a d, v é a s e lo q u e se dijo e n el libro V al tratar d e la
i d e a del ente.
 - 147 —
166. E s p i n o s a , F i c h t e , C o u s i n , K r a u s e , y c u a n t o s h a n e n
s e ñ a d o el p a n t e i s m o , bajo u n a ú otra f o r m a , t o d o s p a r t e n d o
u n a e r r a d a definicion d e l a sustancia. N u n c a se p u e d e e n c a r e
c e r d e m a s i a d o la n e c e s i d a d d e a d q u i r i r ideas claras y distin
tas s o b r e esta definicion , p o r q u e es i n d u d a b l e q u e a q u í se
e n c u e n t r a el o r i g e n del e r r o r d e los panteistas y el s e c r e t o
p a r a n o dejarles a d e l a n t a r u n solo paso. C u a n d o se p r o f u n d i
z a n b i e n los principios , se s o r p r e n d e u n o al c o n t e m p l a r e n
s u d e s n u d e z la i n s u b s i s t e n c i a d e s i s t e m a s q u e tanto r u i d o
m e t e n e n las e s c u e l a s filosóficas. N o se p i e r d a n n u n c a d e
vista las d o c t r i n a s r e s u m i d a s e n el capítulo X I V .
167. C o n la i m p o r t a n c i a y t r a s c e n d e n c i a d e la definicion
ríe la s u s t a n c i a , c o m p i t e la d e la n o c i o n d e lo infinito. E s in
creible lo q u e se a b u s a d e esta p a l a b r a , sin c u i d a r s e d e e x
d p l a i d c ad r e s n iu s s u a s p l d i i c f a e c r i e o n n t e e s s . s T e o n d t o i s d o c s u , a n n i t o s s u a o r g i g u e m n e n , t n o i s l a p r l e g t i e t n i d m e i n -

f u n d a r l os pant eistas e n la i d e a d e l o in finito , se d e s v a n e c e n

c o m o el h u m o , si se c o m p r e n d e n á f o n d o el c a r á c t e r , o r i g e n
y a p l i c a c i o n e s d e d i c h a i d e a (véase t o d o el libro XIII).
te 1 c 6 o 8 n. v e T n ec i r d m o i n da er éq uc eo n l o u s n sa i o s b t s e e m r a sv a m c ia o s n f E u s n t e o s y t o p s r o e nf u f n i d l o a s m o f e í n a , -

n a c e n e n b u e n a parte d e la c o n f u s i o n d e las ideas; d e la s u

perficialidad c o n q u e se e x a m i n a n los p u n t o s m a s f u n d a m e n
tales d e la ontología, ideología y psicología. M i i d e a d o m i
n a n t e e n la p r e s e n t e o b r a , es p r e v e n i r este d a ñ o ; p o r c u y a
r a z o n m e e x t i e n d o tanto e n la parte d e filosofía f u n d a m e n t a l ,
p r e s c i n d i e n d o , e n c u a n t o m e es p o s i b l e , d e las c u e s t i o n e s
s e c u n d a r i a s . Estas se r e s u e l v e n p o r sí m i s m a s y bien, c u a n d o
se tiene u n c o n o c i m i e n t o claro y e x a c t o d e las ideas f u n d a
m e n t a l e s d e la c i e n c i a h u m a n a (II).
1
 L I B R O D E C I M O

M E C E S I D A D Y C A U S A L I D A D .

C A P Í T U L O I.

Necesidad.
1. L o s s e r e s se d i v i d e n e n d o s clases : n e c e s a r i o s y c o n t i n
g e n t e s : el n e c e s a r i o es el q u e n o p u e d e m e n o s d e ser, el c o n
t i n g e n t e es el q u e p u e d e ser y dejar d e ser. E n estas defini
c i o n e s está d i c h o t o d o ; p e r o s u l a c o n i s m o n o p e r m i t e q u e se
e n t i e n d a f á c i l m e n t e t o d o lo q u e s e e x p r e s a e n ellas. L a n e c e
s i d a d y la c o n t i n g e n c i a se refieren á diferentes aspectos, los
q u e p u e d e n d a r l u g a r á c o n s i d e r a c i o n e s m u y diversas. E s t o
e x i g e q u e a n a l i c e m o s c o n d e t e n c i o n las ideas e x p r e s a d a s .
S. ¿ Q u é se e n t i e n d e p o r n e c e s i d a d ? E n g e n e r a l se lla
m a n e c e s a r i o lo q u e n o p u e d e m e n o s d e ser; p e r o la e x p r e
s ion n o p ue de, se t o m a e n diferentes sentidos: m o r a l , c o m o
c u a n d o s e d i c e : n o p u e d o m e n o s d e c u m p l i r este d e b e r : físi
c o, c o m o e n esta p r o p o s i c i o n : u n paralítico n o p u e d e m o v e r
s e: metafísico, c o m o e n esta otra: el t r i á n g u l o n o p u e d e ser
u n cuadrilátero. E n el p r i m e r e j e m p l o , el o b s t á c u l o se f u n d a
 — 1 Ü 0 —
e n la ley; e n el s e g u n d o , n a c e d e la n a t u r a l e z a ; e n el terce
r o , s u r g e d e la m i s m a e s e n c i a d e las cosas. E n t o d o s los s u
p u e s t o s , la n e c e s i d a d e n v u e l v e la i m p o s i b i l i d a d d e lo c o n t r a
r i o , y s e g u n es la i m p o s i b i l i d a d resulta la n e c e s i d a d .
3. D e esto s e s i g u e q u e las ideas d e n e c e s i d a d é i m p o s i
bilidad s o n correlativas; y q u e lo m e t a f í s i c a m e n t e n e c e s a r i o
es a q u e l l o c u y o o p u e s t o es m e t a f í s i c a m e n t e i m p o s i b l e . L a
i a s m í p o « s u i b n i l t i r d i a á d n g c u o l n o s i c s i t r e c eu l n a r l a e e s x c i l m u p s o i s o i n b d l e » u n s i a g n c i o f s i ac a p o l o r o m t i r s a : -

m o q u e « la n a t u r a l e z a del t r i á n g u l o e x c l u y e la d e l circulo.»
E n t o d a i m p o s i b i l i d a d , p u e s , h a y u n e x t r e m o n e g a d o ; c o m o
me n e n t t o e d a n e n c e e c s e a s r i i d o a e d s h a q y u e u l n l o e c x u t y r o e m o p u a e f s i t r o m a e d s o c : o l n o t r m a e d t i a c f t í o s r i i c o a - ;

la existencia d e lo a b s u r d o es i m p o s i b l e , la n o e x i s t e n c i a d e
lo n e c e s a r i o es a b s u r d a . E s c o n t r a d i c t o r i o q u e u n t r i á n g u l o
t e n g a c u a t r o lados; y es a b s u r d o q u e u n t r i á n g u l o n o t e n g a
tres á n g u l o s .
4. E n el ó r d e n p u r a m e n t e ideal , v e m o s m u c h a s n e c e s i d a
d e s sin n i n g u n a relacion á la existencia: tales s o n p o r e j e m
plo todas las v e r d a d e s g e o m é t r i c a s . A u n e n el ó r d e n real,
c o n c e b i m o s m u c h a s n e c e s i d a d e s hipotéticas e n los seres c o n
t in g e nt e s ; tales s o n las q u e r e s u l t a n c u a n d o les a p l i c a m o s
principios a b s o l u t o s e n a l g u n a hipótesis s u m i n i s t r a d a p o r la
e x p e r i e n c i a . El p ri nci pio d e c o n t r a d i c c i o n sirve e n infinitos
c a s o s p a r a f u n d a r u n a cierta n e c e s i d a d , a u n e n los s e r e s
c o n t i n g e n t e s . N o h a y n e c e s i d a d a b s o l u t a d e q u e e x i s t a n s e r e s
e x t e n s o s ; p e r o e n el s u p u e s t o d e q u e existan, es n e c e s a r i o
q u e t e n g a n las p r o p i e d a d e s c o n s i g u i e n t e s á la e x t e n s i o n .
5. E n n i n g u n o d e los s e r e s finitos p u e d e hallarse u n a n e
c e s i d a d a b s o l u t a : la ú n i c a q u e les c o n v i e n e es la hipotética.
L a relacion d e s u s atributos e s e n c i a l e s es n e c e s a r i a ; p e r o c o
m o s u e s e n c i a n o existe p o r n e c e s i d a d , t o d o lo q u e e n ella s e
e n c u e n t r e d e n e c e s a r i o , lo es solo h i p o t é t i c a m e n t e , es decir,
e n el s u p u e s t o d e q u e existan.
t a 6 , . o t r D a e h b i e p m o t o é s t , i c p a u . e s E s, t d a i s t e i n r e g f u i e r r e d o á s l n a e s c e s e i n d c a i d a e s s : d u e n l a a s a b c s o o s l a u s , -

p r e s c i n d i e n d o d e s u existencia, a u n q u e i m p l i c á n d o l a c o m o
u n a c o n d i c i o n , y s u p o n i e n d o otra n e c e s a r i a , c o m o u n f u n
d a m e n t o d e p osi bilidad (Lib. I V , capít ulos X X I I I , X X I V ,
X X V , X X V I , X X V I I ) ; a q u e l l a se refiere á la e xistencia m i s

r a a d e la co
e x i s t e n c i a e
7. E n la
cia: s u i d e a
c o n c e b i d o ,
t o 8 d . e s P u o d e e s em
- 131 —
sa. L o n e c e s a r i o a b s o l u t a m e n t e es a q u e l l o c u y a
s a b s o l u t a m e n t e necesaria.
e s e n c i a del ser n e c e s a r i o h a d e estar la e x i s t e n
d e b e e n v o l v e r la del existir , n o solo lógico y
s i n o t a m b i e n realizado.
n o c s i a c o ; n p c e e r b o i r l a l a r e a x z i o s n t e d n e c i e a s t d o e l s se e h r a n l e l c a e e s n a r l i a o i d m i p s te i r n •

f e c c i o n d e la idea ; e n q u e esta p a r a nosotros, n o es intuiti

v a s i n o d i s c u r s i v a ; y p o r c o n s i g u i e n t e p o d e m o s distinguir
e n t r e el ó r d e n lógico y el real.
A q u í s e e n c u e n t r a el d e f e c t o del raciocinio d e D e s c a r t e s
c u a n d o p r e t e n d e d e m o s t r a r la e x i s t e n c i a d e D i o s f u n d á n d o s e
e n q u e el p r e d i c a d o , existencia, está i n c l u i d o e n la i d e a d e
u n s e r n e c e s a r i o é infinito. L a i d e a d e se r n e c e s a r i o e n v u e l v e
la e x i s t e n c i a , m a s n o real , s i n o lógica ó c o n c e b i d a ; p u e s q u e
t e n i e n d o la i d e a del ser n e c e s a r i o , n o s resta t o d a v í a la difi
c u l t a d d e si le c o r r e s p o n d e a l g u n objeto: el p r e d i c a d o c o n
v i e n e al sujeto e n el m o d o q u e se p o n e el m i s m o sujeto; y
c o m o este n o es p u e s t o s i n o e n u n ó r d e n p u r a m e n t e ideal,
el p r e d i c a d o es t a m b i e n p u r a m e n t e ideal.
9. C o n sola la i d e a de l se r n e c e s a r i o n o se p u e d e d e m o s
trar s u realidad ; p e r o esta es d e m o s t r a b l e h a s t a la ú l t i m a
e v i d e n c i a , i n t r o d u c i e n d o e n el r a c i o c i n i o otros e l e m e n t o s
q u e la e x p e r i e n c i a n o s p r o p o r c i o n a .
E x i s t e a l g o ; c u a n d o m e n o s n o s o t r o s , c u a n d o m e n o s esta
p e r c e p c i o n q u e e n este acto s e n t i m o s , c u a n d o m e n o s la a p a
r i e n c i a d e esta p e r c e p c i o n . P r e s c i n d o a h o r a d e todas las c u e s
t i o n e s q u e se agitan e n t r e los d o g m á t i c o s y los escépticos; so
lo p o n g o u n d a t o q u e n a d i e m e p u e d e n e g a r , s i q u i e r a se H e
v e el e s c e p t i c i s m o h a s t a la ú l t i m a e x a g e r a c i o n . C u a n d o d i g o
q u e existe algo , solo e n t i e n d o a f i r m a r q u e n o t o d o es p u r o
n a d a .
Si existe a l g o , h a existido s i e m p r e a l g o , y n o es d e s i g n a b l e
u n m o m e n t o e n el c u a l se h u b i e s e p o d i d o d e c i r c o n v e r d a d :
n o h a y n a d a . Si h u b i e s e u n m o m e n t o d e s i g n a b l e d e u n n a d a
u n i v e r s a l , a h o r a n o existiría n a d a , j a m á s h u b i e r a p o d i d o
h a b e r n a d a . F i n j a m o s la n a d a u n i v e r s a l y a b s o l u t a , p r e g u n
to: ¿ d e la n a d a p u e d e salir a l g o ? es e v i d e n t e q u e n ó : l u e g o
e n el s u p u e s t o d e la n a d a u n i v e r s a l la r e a l i d a d es a b s u r d a .
10. L u e g o h a existido s i e m p r e a l g o , sin c a u s a , sin c o n d i
 - 1 d 2 —
c i
o n d e la c u a l d e p e n d i e s e ; l u e g o h a y u n ser necesario. L a
ex
istencia d e esle es p u e s t a s i e m p r e , sin r e l a c i o n a n i n g u n a
hi
pótesis; l u e g o s u n o ser es s i e m p r e e x c l u i d o bajo t o d a s las
c o n d i c i o n e s ; l u e g o s u n o existencia es contradictoria; l u e g o
ex iste u n ser a b s o l u t a m e n t e n e c e s a r i o , esto es, u n ser c u y o
n o ser i m p l i c a c o n t r a d i c c i o n .
11. R e s u m i e n d o la d o c t r i n a q u e p r e c e d e p o d e m o s d e c i r ;
1." T e n e m o s la i d e a d e u n s er n e c e s a r i o .
2. * D e s u i d e a sola n o s a c a m o s s u existencia.
3.° P a r a d e m o s t r a r la e x i s t e n c i a d e u n s e r n e c e s a r i o nos-
basta s a b e r q u e existe algo.
4." El c o n o c i m i e n t o d e q u e existe a l g o , lo t e n e m o s p o r
e x p e r i e n c i a ; la cual n o s p r e s e n t a , c u a n d o n o otra c o s a , la
existencia d e n u e s t r o p r o p i o p e n s a m i e n t o .

C A P Í T U L O II.

Lo tooondieional.
12. E n las e s c u e l a s m o d e r n a s se e m p l e a n f r e c u e n t e m e n t e
las p a l a b r a s d e c o n d i c i o n a l é i n c o n d i c i o n a l : c o m o las i d e a s
q u e c o n estos n o m b r e s se e x p r e s a n , t i e n e n m u c h a a n a l o g í a
c o n las e x p l i c a d a s e n el capítulo a n t e r i o r , las e x p o n d r é c o n
b r e v e d a d aquí.
13. L o c o n d i c i o n a l es lo q u e d e p e n d e d e u n a c o n d i c i o n ;
esto es, a q u e l l o q u e se p o n e , si se p o n e otra c o s a , q u e s e
apellida c o n d i c i o n . Si el sol está e n el h o r i z o n t e , h a y luz: la
luz es lo c o n d i c i o n a l ; el sol s u c o n d i c i o n . L o i n c o n d i c i o n a l
es lo q u e n o s u p o n e c o n d i c i o n ; c o m o lo e x p r e s a el m i s m o
n o m b r e .
14. El u n i v e r s o es u n c o n j u n t o d e s e r e s c o n d i c i o n a l e s ; así
lo manifiesta la e x p e r i e n c i a tanto exterior c o m o interior:
¿existe a l g o i n c o n d i c i o n a l ? Sí.
13. R e p r e s e n t a n d o el u n i v e r s o p o r u n a série
A j B . C , D , E , F , . . . etc.
t e n d r e m o s , q u e la c o n d i c i o n d e F estará e n E ; la d e E e n D ;
la d e D e n C ; y así s u c e s i v a m e n t e : si n o h a y a l g o i n c o n d i
ci o na l , este r e t r o c e s o se e x t e n d e r á hasta lo infinito; resulta
r á p u e s u n a série infinita d e t é r m i n o s c o n d i c i o n a l e s .
 — 1 5 3 -
P a r a llegar á u u t é r m i n o c u a l q u i e r a , p o r e j e m p l o , B , h a
b r á s i d o n e c e s a r i o p a s a r p o r las infinitas c o n d i c i o n e s q u e le
p r e c e d e n : l a s é r i e infinita h a b r á s i d o a g o t a d a ; esto es c o n
tradictorio. Y c o m o lo q u e se d i c e d e B, p u e d e d e c i r s e d e A ,
y d e c u a l q u i e r a d e los t é r m i n o s , a n t e r i o r e s ó p o s t e r i o r e s ,
resulta q u e todos s o n i m p o s i b l e s : l u e g o la série es a b s u r d a .
16. E n la série s u p u e s t a , t o d o es c o n d i c i o n a l ; n o h a y n a
d a i n c o n d i c i o n a l ; y sin e m b a r g o la e x i s t e n c i a d e s u totalidad
s u c e s i v a , es n e c e s a r i a . L u e g o la série e n s i m i s m a , es i n c o n
dicional; l u e g o u n c o n j u n t o d e t é r m i n o s c o n d i c i o n a l e s es
i n c o n d i c i o n a l , á p e s a r d e q u e se s u p o n e i m p o s i b l e s e ñ a l a r
n a d a , f u e r a d e la serie, q u e s e a i n c o n d i c i o n a l . ¿ Q u i é n p u e d e
d e v o r a r s e m e j a n t e a b s u r d o ?
17. F o r m u l e m o s c o n m a s p r e c i s i o n el a r g u m e n t o . T o m a n
d o e n la série tres t é r m i n o s c u a l e s q u i e r a ; A. . . F. . . N ;
se p u e d e n f o r m a r las siguientes p r o p o s i c i o n e s :
S i A N F e x i s t e , , e e x i s t i i r ó e á r An o n F , y F y y e N x . i A s . t i r á N .

Dificultades. 1.* ¿ D e d ó n d e p r o c e d e el e n l a c e d e u n a s
c o n d i c i o n e s c o n o t r a s ?
1 * ¿ P o r q u é se h a d e b i d o p o n e r n i n g u n a d e ellas?
18. A d m i t i e n d o u n s er necesario, i n c o n d i c i o n a l , d o n d e s e
halla la c o n d i c i o n d e c u a n t o existe , t o d o q u e d a e x p l i c a d o .
A la p r i m e r a dificultad se r e s p o n d e , q u e el e n l a c e d e las
c o n d i c i o n e s condicionales d e p e n d e d e la c o n d i c i o n incondi
cional A la s e g u n d a se co n te s ta , q u e la c o n d i c i o n p r i m i t i v a
n o h a m e n e s t e r d e otra c o n d i c i o n , s u p u e s t o q u e es u n s e r
necesario. El p r e g u n t a r p o r q u é se h a d e b i d o p o n e r , es c a e r
e n c o n t r a d i c c i o n ; p o r lo m i s m o q u e es i n c o n d i c i o n a l , n o tie
n e porqué, la r a z o n d e s u existencia está e n ella m i s m a .
19. P e r o si n o a d m i t i m o s n a d a n e c e s a r i o , n a d a i n c o n d i
cional, s o n inexplicables, tanto la e x i s t e n c i a d e los t é r m i
n o s , c o m o su enlace. Existiran infinitos t é r m i n o s , n e c e s a r i a
m e n t e e n l a z a d o s , sin r a z o n suficiente e x t e r n a ni interna. N o
h a b r á m a s r a z o n p a r a existir el u n i v e r s o , q u e p a r a n o exis
tir: ser y n a d a s e r á n in d if e re n te s ; y n o se c o n c i b e , p o r q u é
h a d e b i d o p r e v a l e c e r la existencia. P a r a la n a d a , es e v i d e n t e
q u e n o se necesita n a d a ; ¿ p o r q u é p u e s n o h a y u n a n a d a a b
soluta y e t e r n a ?
 - 1 5 4 -
20. C u a n t o nías se p o n d e r e la n e c e s i d a d del e n l a c e d e
u n a s c o n d i c i o n e s c o n otras , tanto m a s se fortalece la dificul
tad p r o p u e s t a : p o r q u e si se d i c e q u e u n a c o n d i c i o n n o p u e d e
existir sin la otra , c o n m a y o r r a z o n p r e g u n t a r e m o s p o r q u é
n o se necesita u n a c o n d i c i o n p r i m i t i v a p a r a el c o n j u n t o d e
las c o n d i c i o n e s , ó s e a la totalidad d e la série.
21. L u e g o lo c o n d i c i o n a l s u p o n e lo i n c o n d i c i o n a l ; l u e g o
s i é n d o n o s d a d o lo p r i m e r o , p o d e m o s inferir lo s e g u n d o . E s
así q u e lo c o n d i c i o n a l n o s es d a d o , tanto e n el m u n d o e x
t e r n o c o m o e n el interno, l u e g o existe u n ser i n c o n d i c i o n a l ,
d e c u y a existencia n o h a y la r a z o n e n n i n g u n a parte fuera
d e él m i s m o .

C A P Í T U L O III.

Inmutabilidad del ser necesario i incondicional.

22. L o a b s o l u t a m e n t e n e c e s a r i o é i n c o n d i c i o n a l es i n m u
table. P o r q u e s u e x i s t e n c i a es, ó h a b l a n d o el l e n g u a j e m o
d e r n o , es puesta a b s o l u t a m e n t e , sin n i n g u n a c o n d i c i o n , p o r
n e c e s i d a d intrínseca; y c o n esta existencia se halla t a m b i e n
p u e s t o s u estado. P r e s c i n d i m o s a h o r a d e la n a t u r a l e z a d e di
c h o e s t a d o ; y d e si es tal ó c u a l p e r f e c c i o n , e n este ó a q u e l
g r a d o , finito ó infinito S i e n d o p u e s t a i n c o n d i c i o n a l m e n t e s u
existencia, es p u e s t o i n c o n d i c i o n a l m e n t e s u e s t a d o ; l u e g o
a s í c o m o s u n o e x i s t e n c i a e s c o n t r a d i c t o r i a ( c a p . I) t a m b i e n
es contradictorio s u n o M i a d o . L a m u d a n z a n o es otra c o s a
q u e el tránsito d e u n e s t a d o á otro estado, q u e i m p l i c a el no
estado del p r i m e r o ; l u e g o la m u d a n z a e n lo n e c e s a r i o es c o n
tradictoria.
23. A c l a r e m o s y p r e c i s e m o s m a s estas ideas. L l a m e m o s E
al s e r n e c e s a r i o é i n c o n d i c i o n a l . C o m o E es p u e s t o a b s o l u t a
m e n t e sin n i n g u n a c o n d i c i o n , p o r n e c e s i d a d i n t r í n s e c a , el
«o E s e r á contradictorio. El ser E , n o es abstracto s i n o real;
y p o r c o n s i g u i e n t e tiene tales ó c u a l e s perfecciones, c o m o in
teligencia, v o l u n t a d , a c t i v i d a d , ú o t r a s c u a l e s q u i e r a ; y estas
p e r f e c c i o n e s las tiene e n u n cierto g r a d o , p r e s c i n d i e n d o
a h o r a d e q u e s e a g r a n d e ó p e q u e ñ o , finito ó infinito. C o n la
e x i s t e n c i a a b s o l u t a E , se hallará p u e s t o u n e s t a d o d e p e r f e c
 — l o o —
c i o n , q u e l l a m a r e m o s N . ¿ Q u é es lo q u e h a d e t e r m i n a d o el
e s t a d o N ? P o r el s u p u e s t o , n o p u e d e h a b e r l o d e t e r m i n a d o
n a d a ; p u e s el e s t a d o es incondicional. L u e g o si h a y a b s o l u t a
y n e c e s a r i a m e n t e el e s t a d o N , s e r á c o n t r a d i c t o r i o el n o N .
L u e g o la m u d a n z a c o n q u e E d e b e r í a p a s a r d e N á n o N , es
contradictoria.
24. P e r o a d m i t a m o s p o r u n m o m e n t o la m u d a n z a e n el
s e r n e c e s a r i o , y salida d e s u p r o p i o s e n o C o m o la r a z o n d e
la m u d a n z a s e r á n e c e s a r i a y e t e r n a , d e b e r e m o s a d m i t i r u n a
serie infinita d e e v o l u c i o n e s ; h é n o s a q u í p u e s c a y e n d o d e
n u e v o e n la i m p o s i b i l i d a d d e conciliar la infinidad d e la sé-
r i e c o n la e x i s t e n c i a d e u n t é r m i n o c u a l q u i e r a ( c a p II).
25. R e s u l t a d e m o s t r a d o q u e el ser n e c e s a r i o é i n c o n d i c i o
nal, n o p u e d e sufrir n i n g u n a m u d a n z a q u e le h a g a p e r d e r s u
e s t a d o primitivo.
El se r n e c e s a r i o n o p u e d e p e r d e r n a d a ; n o p u e d e p a s a r d e
N á n o N ; p e r o ¿ q u i é n s a b e si seria posible q u e sin p e r d e r N ,
y sin p a s a r á n o N , a d q u i r i e s e a l g o q u e se r e u n i e s e c o n N , d e
u n m o d o ú o t r o ? M a s claro: d a d o N , es c o n t r a d i c t o i i o el n o
N ; p e r o d a d o N, ¿ s e r á c o n t r a d i c t o r i o el N + P . e x p r e s a n d o
P u n a p e r f e c c i o n c u a l q u i e r a , ó u n g r a d o d e la m i s m a ? Esto
es i m p o s i b l e : p o r q u e P q u e v i e n e d e n u e v o , d e b e r á salir d e
N ; l u e g o e n N e s t a b a t o d o lo q u e h a y e n P; l u e g o n o h a h a
b i d o m u d a n z a ; l u e g o el s u p o n e r l a es contradictorio.
26. S e replicará q u e P e s t a b a e n N v i r t u a l m e n t e ; y q u e
el n u e v o e s t a d o solo a ñ a d e u n a n u e v a f o r m a . P e r o esta for
m a c o m o tal ¿ e n c i e r r a a l g o n u e v o e n r e a l i d a d ' Sí ó n ó ; s i n o
e n c i e r r a n a d a , n o h a y m u d a n z a : si e n c i e r r a , ó se h a l l a b a
e n N ó no: si se h a l l a b a , n o h a y m u d a n z a ; si n o s e h a l l a b a ,
¿ d e d ó n d e h a salido?
27. P a r a eludir esta d e m o s t r a c i o n se p u e d e n fingir v a r i o s
seres n e c e s a r i o s , i n f l u y e n d o los u n o s s o b r e los otros, y c a u
s á n d o s e r e c í p r o c a m e n t e las m u d a n z a s : así p a r e c e e x p l i c a r s e
d e d o n d e salen los nuevos estados. P e r o á m a s d e q u e estas
ficciones s o n e v i d e n t e m e n t e c a v i l a c i o n e s i n f u n d a d a s y q u e
e s t á n e n c o n t r a d i c c i o n c o n los principios d e la onlología, to
d a v í a se las p u e d e d e s v a n e c e r c o n u n a r a z o n c o n c í t e n t e .
S e a n A . B . C , D , los s e r e s n e c e s a r i o s é i n c o n d i c i o n a l e s :
c a d a cual es p u e s t o a b s o l u t a m e n t e , y c o n u n e s t a d o p r i m i t i v o
q u e l l a m a r e m o s r e s p e c t i v a m e n t e a, b , c, d- E n t o n c e s r e
 - 1 5 6 -
sulta q u e t o m a n d o tas c o s a s e n s u e s t a d o primitivo, el c o n
j u n t o d e las existencias se hallará c o n u n c o n j u n t o d e esta
dos, n e c e s a r i o s é i n c o n d i c i o n a l e s , q u e p o d r e m o s r e p r e s e n t a r
e s e s t a f ó r m u l a : ( A a , B b , O , D d . ) (1). L a e x p r e s i o n r e p r e s e n t a
u n e s t a d o p r i m i t i v o , n e c e s a r i o , i n c o n d i c i o n a l : a h o r a p r e
g u n t o ¿ d e d ó n d e salen las m u d a n z a s ? T o d o es i n c o n d i c i o n a l ,
¿ c ó m o se i n t r o d u c e lo c o n d i c i o n a l , lo m u d a b l e ?
28. Si se finge q u e e n los e s t a d o s p r i m i t i v o s a, b , c, d ,
se p o d r í a tal v e z i m p l i c a r la a c c i o n r e c í p r o c a y p r i m i t i v a d e
A , B, C, D, e n t r e si; n o se debilita p o r esto la f u er z a d e la di
ficultad P o r q u e las a c c i o n e s r e s p e c t i v a s , c o m o primitivas y
absolutas, p r o d u c i r á n p r i m i t i v a y a b s o l u t a m e n t e u n resulta
d o e n s u s t é r m i n o s r e s p e c t i v o s Este r e s u l t a d o será primiti
v a m e n t e n e c e s a r i o , y e s t a r á c o n t e n i d o e n la f ó r m u l a (1).
L u e g o la f ó r m u l a n o sufre n i n g u n a v a r i a c i o n c o n la s u p o s i
c i o n n u e v a ; l u e g o n o h a h a b i d o m u d a n z a d e n i n g u n a clase.
29. I m a g i n a n d o q u e la a c c i o n r e c i p r o c a n o s u p o n e u n
e s t a d o p r i m i t i v o , s i n o q u e es u n a série s u c e s i v a d e estados,
c a e m o s e n la série infinita, y p o r c o n s i g u i e n t e e n la i m p o s i
bilidad d e llegar á n i n g u n t é r m i n o d e ella, n o s u p o n i e n d o
a g o t a d o lo infinito ( c a p . II).
30. A d e m á s , s i e n d o distintas las e s e n c i a s d e los s e r e s n e
cesarios é i n c o n d i c i o n a l e s A , B, C, D , ¿ q u é r a z o n h a y p a r a
fingirlos e n r e l a c i o n d e a c t i v i d a d ? ¿ C u á l es el f u n d a m e n t o d e
esta relacion, si los c u a t r o s o n n e c e s a r i o s , i n c o n d i c i o n a l e s ,
y p o r tanto i n d e p e n d i e n t e s " los u n o s d e los o t r o s ?
31. P e r o d e j e m o s s e m e j a n t e s a b s u r d o s , y p r o s i g a m o s c u
el análisis d e la idea d e u n se r n e c e s a r i o é i n c o n d i c i o n a l . L a
i n m u t a b i l i d a d e x c l u y e la perfectibilidad , p o r m a n e r a q u e , ó
es p r e c i s o s u p o n e r p r i m i t i v a m e n t e e n el se r n e c e s a r i o el col
m o d e la p e r f e c c i o n , ó a d m i t i r q u e n o le p u e d e a l c a n z a r
n u n c a . L a perfectibilidad es u n o d e los c a r a c t e r e s d e lo c o n
t f i o n r g m e a n c t i e o n q e u s e ; m l oe j a o b r s a o l S u u t a m m o e d n o t e d ne e s c e r s , a r p i o o r e u s n l a o s q é u r i e e e d s e , t y r a n s o -

p u e d e s er otra cosa.
32. L o c o n t i n g e n t e d e b e d i m a n a r d e lo necesario; lo c o n
dicional d e lo i n c o n d i c i o n a l ; l u n g o todas las p e r f e c c i o n e s ,
s e a n del ó r d e n q u e f u e r e n , se h a n d e hallar e n el ser n e c e
sario é i n c o n d i c i o n a l ; l u e g o e n él h a n d e estar, c u a n d o m e
n o s virtualmente , todas las p e r f e c c i o n e s d e la realidad q u e
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existe; y h a d e t e n e r fo r ma l me n te , t o d a s las q u e n o i m p l i c a n
i m p e r f e c c i o n (Lib. V I H , d e s d e el cap. X V h a s t a el fin).
33. L a posibilidad d e lo n o existente , h a d e t e n e r u n f u n
d a m e n t o (Lib. IV, d e s d e el cap. X X I I I h a s t a el X X V I I I , y
lib V, caps. VII y VIII); las p e r f e c c i o n e s posibles h a n d e exis
tir e n u n se r real, si la i d e a d e ellas h a d e s e r posible; lue
g o la escala infinita d e las p e r f e c c i o n e s , á m a s d e las exis
tentes, q u e c o n c e b i m o s e n el o r d e n d e la posibilidad p u r a ,
s e h al lan realizadas e n el s er n e c e s a r i o é i n c o n d i c i o n a l .

C A P Í T U L O I V .

Ideas de causa j efeclo.

34. N o s o t r o s t e n e m o s la i d e a d e c a u s a : así lo m u e s t r a el
u s o c o n t i n u o q u e e s t a m o s h a c i e n d o d e la m i s m a Esta idea n o
la p o s e e n solos los filósofos, es p a t r i m o n i o d e la h u m a n i d a d .
P e r o ¿ q u é e n t e n d e m o s p o r c a u s a ? T o d o a q u e l l o q u e h a c e p a
s ar a l g o del n o s e r al ser; así c o m o efecto es t o d o a q u e l l o
q u e p a s a del n o se r al ser. P r e s c i n d o a h o r a d e si lo q u e p a s a
d e l n o s er al ser, es s u s t a n c i a ó a c c i d e n t e , y del m o d o c o n
q u e la c a u s a influye e n este tránsito: así se c o m p r e n d e e n
la definicion t o d a clase d e c a u s a s y t o d a e s p e c i e d e c a u s a
lidad.
35. E n la i d e a d e c a u s a e n t r a :
1.» L a i d e a d e ser.
1." L a relacion á lo q u e p a s a del n o s e r al ser, c o m o d e
c o n d i c i o n á c o n d i c i o n a l .
E n la d e efecto e n t r a n :
1.* L a d e ser.
2.* L a d el tránsito del n o ser al ser.
3.* L a r e l a c i o n á la c a u s a , c o m o d e lo c o n d i c i o n a l á la
c o n d i c i o n .
36. A x i o m a I: L a n a d a n o p u e d e s er c a u s a ; ó e n otros
t é r m i n o s : t o d a c a u s a es u n ser, ó existe.
37. D i g o q u e esto es u n a x i o m a , p o r q u e n o se p u e d e d e
m o s t r a r p o r q u é el p r e d i c a d o d e e x i s t e n c i a está c o n t e n i d o
e v i d e n t e m e n t e e n la i d e a d e causa. L o q u e es c a u s a es; si n o
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es, n o es c a u s a . A f i r m a r la c a u s a y n e g a r q u e s e a , es afir
m a r y n e g a r á u n m i s m o t i e m p o . L u e g o la p r o p o s i c i o n e s t a
b l e c i d a es u n a x i o m a . P a r a c o n v e n c e r n o s d e s u v e r d a d , n o s
basta a t e n d e r á las i d e a s d e c a u s a y d e ser, y v e m o s e v i d e n
t e m e n t e la d e se r c o n t e n i d a e n la d e c a u s a . L a e x p l i c a c i o n
q u e h e d a d o n o d e b e se r m i r a d a c o m o u n a d e m o s t r a c i o n ,
s i n o c o m o u n a a c l a r a c i o n , p a r a q u e se c o m p a r a s e n m e j o r
las d o s ideas. Q u i e n las c o m p a r e c o m o es d e b i d o , n o n e c e s i
tará d e m o s t r a c i o n , lo v e r á p o r intuicion; lo q u e c o n s t i t u y o
el carácter del a x i o m a .
38. A x i o m a 11: N o h a y efecto sin c a u s a .
39. P a r a c o m p r e n d e r el s e n t i d o d e este a x i o m a c o n v i e n e
advertir q u e a q u í la p a l a b r a efecto, significa ú n i c a m e n t e lo
q u e p a s a del n o ser al ser, p r e s c i n d i e n d o d e q u e s e a c a u s a d o
ó n o ; p u e s si p o r e f e c t o s e e n t e n d i e s e a q u í u n a c o s a c a u s a d a ,
el a x i o m a seria u n a p r o p o s i c i o n idéntica é inútil. Así sustitu
y e n d o e n v e z d e efecto s u significado, diria: « N o h a y c o s a
c a u s a d a sin se r c a u s a d a : » lo q u e es m u c h a v e r d a d , p e r o d e
n a d a sirve. El s e n t i d o , p u e s , es el siguiente: « T o d o lo q u e
p a s a del n o ser al ser, necesita a l g o distinto d e sí, q u e p r o
d u z c a este tránsito.»
40. D i g o q u e esta p r o p o s i c i o n es u n a x i o m a , y b a s t a r á
p a r a c o n v e n c e r n o s d e ello el fijar la a t e n c i o n s o b r e las ideas
q u e e n la m i s m a s e c o n t i e n e n . C o n s i d e r e m o s u n a c o s a q u e
es, y t r a s l a d é m o n o s al t i e m p o e n q u e n o fué. P r e s c i n d a m o s
d e t o d o lo q u e n o s e a ella m i s m a , n o s u p o n g a m o s n i n g u n
otro s er q u e la p u e d a h a b e r p r o d u c i d o , ó q u e t o m e parte e n
s u p r o d u c c i o n ; y o a f i r m o q u e v e m o s e v i d e n t e m e n t e q u e el
tránsito al s er n o se h a r á j a m á s . D e la i d e a p u r a del n o s er
del objeto , n o solo n o s es i m p o s i b l e h a c e r salir el objeto, s i n o
q u e v e m o s e v i d e n t e m e n t e q u e n o saldrá j a m á s . N o h a y ser,
n o h a y a c c i o n , n o h a y p r o d u c c i o n d e n i n g u n a clase: h a y la
p u r a n a d a ; ¿ d e d ó n d e saldrá el s e r ? I n t u i t i v a m e n t e se n o s
p r e s e n t a p u e s la v e r d a d d e la p r o p o s i c i o n : e n la p u r a idea
del n o s e r p o r sí sola, n o solo n o v e m o s la p o s i b l e a p a r i c i o n
del ser, s i n o q u e v e m o s la i m p o s i b i l i d a d d e la aparicion. S o n
i d e a s q u e se e x c l u y e n : el n o s er n o es posible, s i n o c o n la
e x c l u s i o n del ser, y vice-versa.
41. Si p e n s a m o s u n a a c c i o n p r o d u c t i v a , ó la r e f e r i m o s á
la c o s a q u e del n o s er h a d e p a s a r al ser, ó á otra distinta d e
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ella. Si lo p r i m e r o , c a e m o s e n c o n t r a d i c c i o n ; s u p o n e m o s a c
c i o n y n o la s u p o n e m o s , p o r q u e n o h a y a c c i o n e n el p u r o
n a d a . S u p o n e m o s q u e la c o s a es c a u s a a n t e s d e ser; y n o s
h a l l a m o s e n c o n t r a d i c c i o n c o n el A x i o m a I (36). Si lo se
g u n d o , p e n s a m o s y a la c a u s a : p u e s c a u s a n o es otra c o s a
q u e lo q u e p r o d u c e el tránsito del n o se r al ser.
4 2 . E l d i c h o c o m u n « e x n i h i l o n i h i l til, » e s u n a v e r d a d ,
s i s e la e n t i e n d e e n el s e n t i d o d e l A x i o m a II.

C A P Í T U L O V .

O r i g e n de la nocion d e causalidad-

43. ¿ H a y e n el m u n d o a l g u n a c a u s a y a l g u n electo? E s t o
e q u i v a l e á p r e g u u t a r si e n el m u n d o h a y a l g u n a m u d a n z a .
T o d a m u d a n z a e n v u e l v e u n tránsito del n o s e r al ser. L a m a s
ligera m u d a n z a n o es c o n c e b i b l e sin este tránsito. T o d o lo
q u e se m u d a , es d e otra m a n e r a d e s p u e s d e m u d a d o q u e an-
l e s d e m u d a r s e ; l u e g o tiene este m o d o d e s e r q u e a n t e s n o te
nia. Este m o d o , antes n o existia, a h o r a e x i s t e : h a p a s a d o p u e s
del n o s er al ser.
44. A u n c u a n d o n o e s t u v i é r a m o s e n r e l a c i o n c o n el m u n
d o e x t e r n o , y se limitara n u e s t r o espíritu á los solos h e c h o s
internos, á la sola c o n c i e n c i a del y o y d e s u s m o d i f i c a c i o n e s ,
s a b r í a m o s q u e h a y tránsito del n o se r al ser , p o r el t e s t i m o
n i o d e la s u c e s i v a a p a r i c i o n d e n u e v a s p e r c e p c i o n e s , d e n u e
v o s afectos. D e n t r o d e n o s o t r o s m i s m o s e x p e r i m e n t a m o s es e
tlujo y reflujo d e m o d i f i c a c i o n e s q u e p a s a n del n o s e r al serf
del s e r al n o ser.
45. P o r lo d i c h o se v e q u e las i d e a s d e c a u s a y efecto s u
p o n e n u n ó r d e n d e s e r e s c o n t i n g e n t e s , real ó posible. Si n o
h u b i e s e m a s q u e seres n e c e s a r i o s é i n m u t a b l e s , n o h a b r í a
c a u s a s y efectos.
46. H e d i c h o (cap. IV) q u e e n la i d e a d e c a u s a e n t r a n la
d e se r , y la d e la r e l a c i o n c o n el n o s e r q u e h a p a s a d o ó p a s a
al ser. L a i d e a d e c a u s a p u e s n o es i d e a s i m p l e , es c o m p u e s
ta d e las d o s indicadas. P a r a constituirla n o basta la d e s er ,
p u e s p o d e m o s c o n c e b i r sor sin c o n c e b i r causa. L o q u e la i d e a
 d e c a u s a a ñ a d e á la d e s e r , es a l g o distinto d e la i d e a d e ser,
a l g o n o i n c l u i d o e n ella ; y se l l a m a c a u s a l i d a d , fuerza, vir
t u d p r o d u c t i v a , actividad, ú otros n o m b r e s s e m e j a n t e s ; t o d o s
e x p r e s a n la relacion d e u n s e r p a r a realizar e n otro el t r á n
sito d e u n n o s e r al ser.
47. E n la i d e a d e c a u s a l i d a d se i n c l u y e otra i d e a s i m p l e ,
q u e si b i e n a c o m p a ñ a la i d e a d e s er , n o se c o n f u n d e c o n ella.
Si se la q u i e r e apellidar u n a m o d i f i c a c i o n d e la m i s m a i d e a
d e ser, n o m e o p o n d r é á ello.
48. ¿ D e d ó n d e n a c e la i d e a d e c a u s a l i d a d ? P a r e c e q u e la
sola intuicion d e la i d e a del s e r n o basta á e n g e n d r a r l a . L a
i d e a d e se r es s i m p l e , n a d a e x p r e s a s i n o ser ; e n ella p u e s n o
e n c o n t r a m o s n i n g u n a r e l a c i o n c o n el tránsito del n o s e r al
ser.
49. ¿ N a c e tal v e z d e la e x p e r i e n c i a ? A q u í es n e c e s a r i o dis
tinguir e n t r e la i d e a m i s m a d e la c a u s a l i d a d y el c o n o c i m i e n
to d e la e x i s t e n c i a d e la causa. L a e x p e r i e n c i a n o s m a n i f i e s
ta la s u c e s i o n d e los s e r e s , es decir, s u tránsito del n o s e r al
ser y viceversa. H e m o s n o t a d o q u e e n la intuicion del n o ser,
c o n r e l a c i o n al ser, v e m o s la i m p o s i b i l i d a d d e u n tránsito ,
á n o m e d i a r u n s er q u e lo ejecute; l u e g o la c e r t e z a d e la e x i s
tencia d e la c a u s a n a c e d e la e x p e r i e n c i a c o m b i n a d a c o n la
intuicion d e las ideas d e n o s e r y ser.
s a l 5 i 0 d . a d S e i s e p s o t s a i e b x l p e ; e r p i o e r n q c u i e a n e o n e l xa i i s d t e i a e s d e e , l n s o e r s , a t b a r l í c a o m m o s o s n i o l s a o t c r a o u s *

la t e n e m o s , n o v e m o s la d e f u e r z a : p o d r í a m o s c o n c e b i r tal
v e z la fuerza, p e r o i g n o r a n d o si le c o r r e s p o n d e a l g u n a reali
d a d . A s í t e n d r í a m o s la nocion d e la f u e r z a , m a s n o la noticia
d e s u existencia, ni a u n la s e g u r i d a d d e s u posibilidad.
81. P e r o si b i e n se c o n s i d e r a , esta falta d e e x p e r i e n c i a es
u n s u p u e s t o i m p o s i b l e ; p u e s u n s e r inteligente limitado, p o r
lo m i s m o q u e r e u n e la inteligencia c o n la l i m i t a c i o n , siente
la s u c e s i o n d e s u s p e r c e p c i o n e s , y p o r tanto e x p e r i m e n t a e n
si p r o p i o el tránsito d e u n n o s e r al ser. Y c o m o p o r otra p a r
te, siente t a m b i e n s u f u e r z a d e c o m b i n a r las ideas, siente e n
sí m i s m o la existencia d e la c a u s a l i d a d , d e u n a f u e r z a pr o
d u c t i v a d e s u s reflexiones.
32. El ejercicio d e n u e s t r a v o l u n t a d , así c o n r e s p e c t o á
t l o s d a e c t l o a s d i e n p t e e n r d n o e s n c c i o a m o d e e xu t n e a r s n o c s o , s a n s o s r e d s a p e t c a t m o b i d e n o ct r o a n s o ; c a i s m í i c e o n -
 — 1 6 1 —
m o las i m p r e s i o n e s q u e r e c i b i m o s sin n u e s t r a v o l u n t a d y á
p e s a r d e ella, n o s c o n f i r m a n e n la m i s m a c o n v i c c i o n . S i n esta
e x p e r i e n c i a , v e r í a m o s la s u c e s i o n d e los f e n ó m e n o s , m a s n o
c o n o c e r í a m o s s u s r e l a c i o n e s d e c a u s a l i d a d ; p o r q u e es claro
q u e la i n c l i n a c i o n á s e ñ a l a r c o m o c a u s a d e u n f e n ó m e n o lo
q u e h a s u c e d i d o a n t e s q u e él, s u p o n e la idea d e c a u s a y el
c o n o c i m i e n t o d e la d e p e n d e n c i a d e los f e n ó m e n o s e n la re
lacion d e c a u s a s y efectos.
53. D i c e n a l g u n o s q u e el h o m b r e n o tiene n i n g u n a i d e a
d e la c r e a c i o n ; y c o n esto, sin advertirlo, v i e n e n á s u p o n e r
q u e t a m p o c o la t e n e m o s d e n i n g u n a causa. P o r c r e a c i o n se
e n t i e n d e el tránsito d e u n a s u s t a n c i a del n o se r al ser, e n
v i rt u d d e la a c c i o n p r o d u c t i v a d e otra sustancia. Y o s o s t e n
g o q u e esto n o es m a s q u e la i d e a d e c a u s a l i d a d e n s u g r a d o
s u p e r i o r , es de cir , a p l i c a d a á la p r o d u c c i o n d e la s u s t a n c i a ;
es así q u e la i d e a d e c a u s a la t e n e m o s , l u e g o la i d e a d e c r e a
c i o n n o es u n a i d e a n u e v a , i n c o n c e b i b l e , s i n o u n a p e r f e c c i o n
d e u n a idea c o m u n á t o d a la h u m a n i d a d . H e m o s visto q u e
e n la i d e a d e c a u s a e n t r a el p r o d u c i r u n tránsito del n o se r
al s e r ; á t o d o s los s e r e s activos se les a t r i b u y e esta virtud,
p e r o c o n la d i f e r e n c i a q u e e n t r a t á n d o s e d e las c a u s a s fini
tas, solo se les c o n c e d e u n a f u e r z a p r o d u c t i v a d e m o d i f i c a
ciones, así c o m o al s er infinito se le r e c o n o c e la f u e r z a p r o
d u c t i v a d e las sustancias.
54. A q u í p a r e c e verificarse lo m i s m o q u e e n los d e m á s
r a m o s d e los c o n o c i m i e n t o s filosóficos: la i d e a d e la e s e n c i a
p e r t e n e c e á la r a z o n , la noticia d e la existencia d e p e n d e d e
la e x p e r i e n c i a . L a p r i m e r a es i n d e p e n d i e n t e d e la s e g u n d a ;
y s e p u e d e discurrir s o b r e ella, c o n sola la c o n d i c i o n d e la
existencia, es decir, c o n u n p o s t u l a d o (Lib. V , capítulos VII
y VIII). E s t e p o s t u l a d o , lo t e n e m o s s i e m p r e , c u a n d o n o e n
otra cosa, e n los f e n ó m e n o s d e n u e s t r a c o n c i e n c i a .

C A P Í T U L O V I .

S e formula y demuestra el principio de causalidad.

55. El p rin cip io d e causalidad, ó s ea esta p r o p o s i c i o n : to
d o lo q u e c o m i e n z a h a d e t e n e r u n a c a u s a ; h a s i d o p u e s t o e n
T. IV. H
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d u d a e n los ú l t i m o s t i e m p o s ; p o r lo c u a l es n e c e s a r i o d e j a r
le á c u b i e r t o d e t o d o g é n e r o d e ataques. C r e o posible c o n s e
guirlo, p r e s e n t a n d o la d o c t r i n a d e los capítulos a n t e r i o r e s
b a j o u n p u n t o d e vista l u m i n o s o , q u e destierre todas las d u
d a s y a c a b e c o n todas las dificultades. R u e g o al lector q u e
m e siga c o n a t e n c i o n p o r a l g u n o s m o m e n t o s e n el racioci
n i o q u e v o y á presentarle.
56. T o m e m o s u n ser c u a l q u i e r a q u e l l a m a r e m o s A. P a r a
q u e se le p u e d a aplicar el pr i nc i pi o d e causalidad, es p r e c i
so q u e h a y a c o m e n z a d o á ser, y q u e a n t e s n o existiese; p o r
q u e si n o s u p o n e m o s este c o m i e n z o , A d e b i e r a h a b e r existi
d o s i e m p r e .
T e n e m o s pues, que. h a y u n a d u r a c i o n a s i g n a b l e e n q u e n o
h a b i a A; y e n q u e h a b i a n o A. Y q u e así e n el ó r d e n d e la
d u r a c i o n h a h a b i d o u n a p e q u e ñ a serie d e d o s t é r m i n o s :
« o A , A.
C o m e n z a r es p a s a r del p r i m e r t é r m i n o n o A, al A- El pr i nc i
pio d e c a u s a l i d a d dice: q u e n o es posible el tránsito del pri
m e r t é r m i n o al s e g u n d o , sin q u e i n t e r v e n g a u n tercer tér
m i n o , B, q u e d e b e ser a l g o real.
37. ¿ Q u é r e p r e s e n t a el t é r m i n o n o A, p o r sí s o l o ? la p u r a
n e g a c i o n del A ; el p u r o n a d a d e A. E n el c o n c e p t o del n o A ,
e n v e z d e e n c o n t r a r el A , v e m o s s u t é r m i n o contradictorio;
p o r m a n e r a q u e léjos d e estar i n c l u i d o el s e g u n d o e n el pri
m e r o , se e x c l u y e n , y h a c e n v e r d a d e r a a b s o l u t a m e n t e esta
p r o p o s i c i o n : E s i m p o s i b l e q u e n o A , y A, existan á u n m i s
m o t i e m p o . A s í , del c o n c e p t o n o A , es i m p o s i b l e q u e s a l g a
j a m á s el A; y p o r c o n s i g u i e n t e , si n o h a y u n t é r m i n o real,
p a r a h a c e r el tránsito, n u n c a se p u e d e p a s a r del n o A, al A ,
ni a u n e n el ó r d e n p u r a m e n t e ideal.
58. N ó t e s e b i e n q u e n o q u i e r o d e c i r q u e c o n c i b i e n d o el
n o A , d e s u e r t e q u e se n e g a s e el A, c o m o c o n o c i d o , f u e r a
i m p o s i b l e c o n c e b i r el A ; p u e s es e v i d e n t e , q u e q u i e n c o n c i
biese el n o A , y a c o n c e b i r í a el A, y a u n p o d r i a c o n c e b i r l e e n
t e r a m e n t e solo, c o n solo quitar la n e g a c i o n ; s i n o q u e e n el
s u p u e s t o d e q u e h u b i e s e u n c o n c e p t o del n o A, absoluto,
a c o m o d a d o al n o A , a b s o l u t o objetivo, j a m á s saldría d e este
c o n c e p t o el A; y si b i e n se reflexiona, n o h a b r í a ni s i q u i e r a
c o n c e p t o ; p u e s q u e el p e n s a m i e n t o d e n e g a c i o n p u r a , n o e s
p e n s a m i e n t o , n o es c o n c e p t o . As í , h a b r í a u n a a u s e n c i a a b
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soluta d e c o n c e p t o ; y e n el ó r d e n p u r a m e n t e ideal n o s h a
l l a r í a m o s e n el p r i m e r t é r m i n o d e la série, e n la n e g a c i o n
p u r a : n o A , sin n i n g u n m e d i o p a r a p a s a r al s e g u n d o : A .
59. L o s q u e n i e g a n p u e s el p r i n c i p i o d e causalidad, c o n
c i b e n el tránsito del n o A , al A , sin n i n g u n a r a z o n , sin n i n
g u n i n t e r m e d i o : ellos q u e n i e g a n la c r e a c i o n , a d m i t e n u n a
c o s a m i l v e c e s m a s i n c o m p r e n s i b l e q u e la c r e a c i o n . ¿ D e
d ó n d e infieren la posibilidad d e este tránsito? N o d e la e x
periencia, p o r q u e esta n o les o f r e c e s i n o s u c e s i o n , y p o r ta n
to n i n g u n a a p a r i c i o n absoluta, á la m a n e r a q u e ellos fingen;
n o d e la razon, p u e s q u e esta n o a l c a n z a á h a c e r salir d e u n a
p u r a n e g a c i o n u n c o n c e p t o positivo.
60. ¿ C ó m o se p a s a de l n o A , al A ? L o s q u e r e c o n o c e n el
p r i n c i p i o d e c a u s a l i d a d d i c e n q u e se p a s a c o n la a c c i o n d e
B, q u e l l a m a n ca usa . Si se trata d e p r o d u c i r u n a sustancia,
h a c e n i n t e r v e n i r la a c c i o n d e u n s e r e n q u i e n s u p o n e n u n
p o d e r infinito. P e r o los q u e n i e g a n el p r i n c i p i o d e causali
d a d , n o p u e d e n r e s p o n d e r n a d a á d i c h a p r e g u n t a ; s i n o q u e
se p a s a del n o A, al A, a b s o l u t a m e n t e . F i n g e n el instante M ,
e n q u e A n o existia; y l u e g o el instante N, e n q u e A existe.
¿ P o r q u é ? n o a l e g a n r a z o n n i n g u n a : sin s a b e r c ó m o , h a s u r
g i d o d e la n a d a el A, sin la a c c i o n d e n a d a . E s t o es u n a c o n
tradiccion manifiesta.
61. El p r i n c i p i o d e c a u s a l i d a d se f u n d a e n las i d e a s p u
ras d e s e r y n o ser. P u e s t o el n o ser solo, v e m o s e v i d e n t e
m e n t e q u e n o p u e d e c o m e n z a r el ser. El p r i n c i p i o es p u e s p u
r a m e n t e o n t o l ó g i c o : los q u e a p e l a n á solas r a z o n e s d e e x p e
riencia p a r a establecerle ó c o m b a t i r l e , p l a n t e a n m a l la c u e s
tion: la s a c a n d e s u v e r d a d e r o terreno: c o n f u n d e n la nolicia
d e la c a u s a l i d a d c o n la nocion ó i d e a d e la causalidad.
L o s filósofos q u e n o s a l g a n del ó r d e n sensible, n o p u e d e n
afianzar s ó l i d a m e n t e este principio: p o r c u y a r a z o n , solo h a n
c a i d o e n el e r r o r ó e n la d u d a s o b r e este p u n t o , los q u e n o
a d m i t e n m a s ideas q u e las s e n s a c i o n e s ; y d e b i e r a n h a b e r cai
d o e n la m i s m a d u d a t o d o s los sensualistas, si h u b i e s e n sido
b a s t a n t e lógicos p a r a s a c a r las ú l t i m a s c o n s e c u e n c i a s d e s u
doctrina.
 C A P Í T U L O V I L

El principio d e la precedentia.
62. El tránsito de l n o s er al ser i m p l i c a s u c e s i o n : para
c o n c e b i r q u e a l g o c o m i e n z a , es p r e c i s o c o n c e b i r q u e este al
g o n o existia. L a série n o A, A ,
c a r e c e d e s e n t i d o e n faltando u n o c u a l q u i e r a d e los térmi
n o s : y estos, c o m o c on tr a di c to r i os , n o p u e d e n existir á u n
m i s m o t i e m p o .
63. I m a g i n e m o s la n a d a absoluta. El p r i m e r t é r m i n o , n o
A , está solo. T o d a e x i s t e n c i a está n e g a d a : n a d a s e p u e d e afir
m a r , sin c o n t r a d e c i r al s u p u e s t o . E n t o n c e s , n o h a y t i e m p o ;
p o r q u e s i e n d o este la s u c e s i o n d e las c o s a s , ó del s e r y n o
s e r (Lib. Vil), n o p u e d e existir, c u a n d o n o se p u e d e s u c e d e r
n a d a p o r n o h a b e r n a d a . Si s u p o n e m o s q u e a l g o c o m i e n z a ,
e s t a b l e c e m o s la série n o A, A ; e n c u y o c a s o i m a g i n a m o s dos
instantes diferentes M , N, á q u e c o r r e s p o n d e n r e s p e c t i v a
m e n t e los t é r m i n o s d e la série , e n esta f o r m a :
n o A , A,
M , N .
¥ s e p o d r á d e c i r c o n v e r d a d : M n o es N. ¿ Q u é significa esta
p r o p o s i c i o n ? Y a q u e el t i e m p o , y e n g e n e r a l n i n g u n a d u r a
c i o n se d i s t i n g u e d e las c o s a s q u e d u r a n ( Lib. VII , c a p . IV
y V), N n o p u e d e r e p r e s e n t a r s i n o la e x i s t e n c i a d e A , c o n
r e l a c i o n á n o A ; así c o m o M , t a m p o c o r e p r e s e n t a r á s i n o el
n o A , c o n relacion al A. D e esto se s i g u e q u e e n el c o n c e p
to d e A , e n c u a n t o c o m i e n z a , se i n c l u y e la r e l a c i o n al n o A,
s in lo cual n o p u e d e ser c o n c e b i d o c o m o c o m e n z a d o .
64. S u p o n i e n d o al m e n o s u n a inteligencia p a r a c o n o c e r
esta relacion, es c o n c e b i b l e lo q u e se a c a b a d e explicar; p o r
q u e esta inteligencia, referiría el n o A y el A, á s u d u r a c i o n
p r o p i a , s u c e s i v a m e n t e , si esta d u r a c i o n fuese s u c e s i v a c o m o
la n u e s t r a ; d e otro m o d o , si esta d u r a c i o n n o fuese s u c e s i
va. P e r o si n o h a y n a d a a b s o l u t a m e n t e , la série n o A, A, es
i n c o n c e b i b l e , p u e s la r e l a c i o n d e l A , e n c u a n t o c o m i e n z a ,
c a r e c e d e t é r m i n o d e c o m p a r a c i o n , real ó p e n s a d o , á n o s e r
 — 1 6 5 —
q u e finjamos u n t i e m p o p u r o , e n t e r a m e n t e vacio, d o n d e i m a
g i n e m o s c o l o c a d o s los t é r m i n o s d e la serie.
65. A s í p a r e c e , q u e p o r el m e r o h e c h o d e p e n s a r el A , e n
c u a n t o c o m e n z a d o , p e n s a m o s t a m b i e n u n a e x i s t e n c i a p r e c e
dente; p u e s n o h a y c o m i e n z o , si al A n o le h a p r e c e d i d o el
n o A ; y e s t a p r e c e d e n c i a n o significa n a d a , si n o h a y u n a
existencia á q u e se refiera, y a s e a c o m o á série s u c e s i v a , y a
c o m o á d u r a c i o n i n m u t a b l e .
66. Si A d e b e ser p r e c e d i d o d e u n a e x i s t e n c i a B, t e n e
m o s q u e n a d a p u e d e c o m e n z a r a b s o l u t a m e n t e sin q u e a l g o
exista; y q u e e n el s i m p l e c o n c e p t o d e la s u c e s i o n h a l l a m o s
la n e c e s i d a d d e a l g o existente siempre, p a r a q u e a l g o p u e d a
c o m e n z a r . -
67. C o m o la d u r a c i o n n o es n a d a distinto d e las cosas,
los d o s t é r m i n o s d e la série, B, A , d e los c u a l e s el u n o p r e
c e d e al otro, n o p u e d e n s e r c o l o c a d o s e n u n a d u r a c i o n a b
soluta, distinta d e las m i s m a s cosas; ó e n d o s instantes dis
tintos, i n d e p e n d i e n t e m e n t e d e las cosas. E s a r e l a c i o n , p u e s ,
q u e existe e n t r e A y B, n o es r e l a c i o n d e instante á instante,
y a q u e los instantes e n si n o s o n n a d a , s i n o d e c o s a á cosa; lue
go, p o r lo m i s m o q u e A c o m i e n z a , tiene r e l a c i o n n e c e s a r i a
c o n B. P o r lo d i c h o , A n o p o d r í a c o m e n z a r sin existir B, lue
g o B e s c o n d i c i o n n e c e s a r i a p a r a la existencia d e A. L u e g o
resulta d e m o s t r a d o q u e t o d o ser q u e c o m i e n z a , d e p e n d e d e
u n s e r existente.
68. E s t a d e m o s t r a c i o n se halla, b i e n q u e n o d e s e n v u e l t a
d e este m o d o , e n las o b r a s del b a r o n P a s c u a l G a l lu p pi , p r o
fesor d e filosofía e n la u n i v e r s i d a d d e N á p o l e s (Cartas filosó
f i c a s s o b r e l a s v i c i s i t u d e s d e l a f i l o s o f í a , c a r t a X I V I; y a u n
q u e n o se le p u e d e n e g a r q u e e n c i e r r a m u c h a p r o f u n d i d a d ,
sin e m b a r g o p a r e c e q u e n o d e j a el e n t e n d i m i e n t o satisfecho
del todo. H é a q u í las p a l a b r a s del filósofo italiano:
« E s t a p r o p o s i c i o n , n o h a y efecto sin c a u s a , ¿ e s u n a p r o
p o s i c i o n i dé nti ca? Y o h e d e m o s t r a d o s u i d e n t i d a d d e la m a
n e r a q u e sigue. L o q u e tiene u n c o m i e n z o d e existencia d e
b e h a b e r s i d o p r e c e d i d o ó d e u n t i e m p o v a c í o ó d e u n ser;
p o r q u e d e otro m o d o la c o s a d e q u e se trata seria la p r i m e
ra e x i s t e n c i a y la p r i m e r a letra d e l alfabeto d e los seres, y n o
se p o d r í a d e c i r q u e ella c o m i e n z a á ser; p o r q u e esta n o c i o n
d e c o m i e n z o de existencia i m p l i c a e n sí u n a p r i o r i d a d c o n re
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la c i on al ser q u e c o m i e n z a . Estas d o s n o c i o n e s existencia co
m e n z a d a y existencia precedida de otra cosa , s o n p u e s idénti
c a s ; p e r o ¿ es posible q u e u n a e x i s t e n c i a s e a p r e c e d i d a d e u n
t i e m p o v a c i o ? Y o h e d e m o s t r a d o q u e u n a d u r a c i o n v a c í a es
u n a q u i m e r a , u n p r o d u c t o d e la i m a g i n a c i o n , falto d e t o d a
realidad. El desarrollo d e esta p r u e b a q u e n o p u e d o e x p o n e r
a q u í se hallará e n m i s E n s a y o s sobrela critica del conocimiento.
Allí t e n g o e s t a b l e c i d o q u e el t i e m p o n o es otra c o s a q u e el
n ú m e r o de las producciones. Aristóteles h a d i c h o q u e el t i e m
p o es el n ú m e r o del movimiento. L u e g o la existencia c o m e n z a d a
es u n a existencia precedida de otra existencia. Esta p r o p o s i c i o n
es idéntica; p e r o ¿ c ó m o p u e d e u n a e x i s t e n c i a se r p r e c e d i d a
d e o t r a ? L a q u e p r e c e d e ¿ s e halla p o r v e n t u r a e n u n i n s t a n
te d e t i e m p o anterior al e n q u e se e n c u e n t r a la p r e c e d i d a ?
e n este c a s o se r e c a e e n la d o c t r i n a del t i e m p o distinto d e
las c o s a s existentes. A s í es m e n e s t e r a d m i t i r q u e la e x i s t e n
c ia q u e p r e c e d e es tal q u e h a c e la existencia p r e c e d i d a exis-
teneia c o m e n z a d a . Esta n o es c o m e n z a d a s i n o p o r q u e es p r e
c e d i d a ; la anterioridad d e la e x i s t e n c i a q u e p r e c e d e es u n a
a n t e r i o r i d a d d e naturaleza; u n a a n t e r i o r i d a d objetiva, u n a
a n t e r i o r i d a d q u e h a c e el c o m i e n z o d e la e x i s t e n c i a p r e c e d i
d a ; ella es p u e s la c a u s a eficiente d e esta existencia. A s í el
g r a n p r i n c i p i o d e la c a u s a l i d a d resulta i n v e n c i b l e m e n t e d e
m o s t r a d o : es u n a p r o p o s i c i o n idéntica.»
69. R e p i t o q u e esta d e m o s t r a c i o n n o deja del t o d o satis
f e c h o ; n o p o r q u e ella e n si m i s m a n o s e a c o n c l u y e m e , s i n o
p o r q u e necesita m a s desarrollo. El n e r v i o d e la p r u e b a está
e n la i m p o s i b i l i d a d d e c o n c e b i r u n c o m i e n z o , sin c o n c e b i r al
g o p r e e x i s t e n t e ; y d e c o n c e b i r p r e c e d e n c i a , sin r e l a c i o n d e
lo q u e c o m i e n z a á lo q u e preexiste. N o se c o m p r e n d e fácil
m e n t e c ó m o d e esta r a z o n se infiere la d e p e n d e n c i a intrínse
c a d e las cosas; y hasta el f u n d a r s e el a r g u m e n t o e n u n a idea
t a n difícil c o m o la del t i e m p o , a u m e n t a m u c h o las d u d a s .
70. S u p o n g a m o s q u e el m u n d o existe, y q u e a l g o c o m i e n
za a h o r a . E n t o n c e s se c o n c i b e la p r e c e d e n c i a sin la d e p e n
d e n c i a . Si b i e n se reflexiona, esto s u c e d e á c a d a p a s o ; p u e s
q u e e n r e a l i d a d c o m i e n z a n d e c o n t i n u o m u c h o s seres, p r e c e
d i d o s p o r otros d e los c u a l e s n o d e p e n d e n . S e d i r á q u e n o
d e p e n d e n d e todos, s i n o d e u n o ; p e r o esto m i s m o es lo q u e se
b u s c a . P a r a p r o b a r q u e el p r i n c i p i o d e c a u s a l i d a d está d e m o s
 — 1 6 7 -
t r a d o p o r la s i m p l e i d e a d el ó r d e n d e la d u r a c i o n , es n e c e
sario p r o b a r q u e la r e l a c i o n d e p r e c e d e n c i a es relacion d e
d e p e n d e n c i a . L o q u e c o m i e n z a , s u p o n e a l g o ; c i e r t a m e n t e ;
p e r o falta p r o b a r si d e p e n d e d e este a l g o c o m o d e u n a c o s a
p r o d u c e n t e , ó tan solo c o m o d e u n a c o n d i c i o n q u e nos h a g a
posible el concepto d e l c o m i e n z o . H a s t a q u e s e h a y a p r o b a d o
q u e p a r a el tránsito del n o s e r al ser , es i n d i s p e n s a b l e la ac
cion d e u n ser, p a r e c e n o q u e d a r p r o b a d o el p r i n c i p i o d e la
c a u s a l i d a d , s i n o el d e la p r e c e d e n c i a ; y c o m o el ó r d e n d e las
c o s a s e n la d u r a c i o n , ó s e a la a n t e r i o r i d a d y posterioridad,
n o n o s r e p r e s e n t a m a s d e p e n d e n c i a q u e la d e p u r a s u c e s i o n ,
resultaría q u e si n o s l i m i t á s e m o s á la p r e c e d e n c i a , n o h a b r í a
m o s p r o b a d o q u e t o d o lo q u e c o m i e n z a d e b e d e p e n d e r d e
otro, s i n o q u e t o d o lo q u e c o m i e n z a d e b e suceder á otro; esto
ú l t i m o n o es el p r i n c i p i o d e causalidad, s i n o d e sucesion.
71. A c l a r e m o s a l g o m a s estas ideas.
P a r a q u e se c o m p r e n d a m e j o r la dificultad q u e milita c o n
tra la d e m o s t r a c i o n anterior, o b s e r v a r é q u e p a r a los q u e n o
a d m i t e n el p rin cip io d e c a u s a l i d a d , n o es i m p o s i b l e q u e c o
m i e n c e cualquiera c o s a , e n cualquier m o m e n t o , sin n i n g u n a
c a u s a . R e p r e s e n t e m o s los s e r e s s u c e s i v o s del u n i v e r s o p o r la
sy é r l i o e s t i e m p o s e n q u e e x i s t e n p o r l a s é r i e . . A a , B b , C c , D d , , E e , .

S e g u n la d e m o s t r a c i o n q u e e x a m i n a m o s , n i n g u n t é r m i n o h a
p o d i d o c o m e n z a r , sin q u e le h a y a p r e c e d i d o otro : p o r m a
n e r a q u e el D , c o m e n z a d o , significa lo m i s m o q u e el D, prece
dido. L u e g o el D tiene u n a relacion n e c e s a r i a c o n el C, p o r
la r a z o n d e q u e los instantes d y c, n o s o n n a d a e n sí m i s
m o s , e n c u a n t o distintos d e D y C.
Q u i e n n o a d m i t a el p r i n c i p i o d e c a u s a l i d a d , d i r á q u e el D
p u e d e c o m e n z a r sin n i n g u n a d e p e n d e n c i a d el C; y q u e p a r a
h a c e r posible el c o n c e p t o del c o m i e n z o , b a s t a q u e h a y a exis
tido s i e m p r e a l g o , a u n q u e los t é r m i n o s precedentes y precedi
dos n o t e n g a n e n t r e sí n i n g u n a relacion. A sí c o m o el ó r d e n
d e los s e r e s está r e p r e s e n t a d o p o r la série. . A , B, C, D, E,
ds e p m o o d d r o á i q m u a e g i á n al a r s o td r o a s s l é e r s i e c o r r e s p o n d a l a m i s M m , a N , s Pé , r i Q e , dR , e

t i e m p o a, b, c, d, e.
E n t o n c e s el D p u e d e c o m e n z a r sin d e p e n d e n c i a necesaria del
C , p o r q u e b a s t a q u e p r e e x i s t a P, e n el instante c, p a r a q u e
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s e n o s h a g a posible el c o n c e p t o del c o m i e n z o ; e n c u y o c a s o ;
el D n o t e n d r á n i n g u n a r e l a c i ó n necesaria c o n C, ni c o n P ,
b a s t á n d o l e la p r e c e d e n c i a d e u n o ú otro. Y c o m o es e v i d e n
te q u e lo q u e se d i c e d e C y d e P, se p o d r á d e c i r d e o t r o s
c u a l e s q u i e r a t é r m i n o s d e las m i s m a s séries ó d e otras, r e
sulta q u e la d e m o s t r a c i o n n o c o n d u c e s i n o á la n e c e s i d a d d e
c o n c e b i r algo preexistente; y esto s o l a m e n t e p a r a h a c e r posi
b l e el c o n c e p t o d e u n c o m i e n z o . Y si á esto s e a ñ a d e la difi
cu l t ad q u e d e s u y o o f r e c e la n a t u r a l e z a d e las i d e a s d e t i e m
p o y d e t o d a d u r a c i o n , p a r e c e q u e d e b e r e m o s inferir q u e la
d e m o s t r a c i o n n o es ta n satisfactoria c o m o seria d e d e s e a r .
L o s q u e n o p r o f u n d i c e n m u c h o e n la i d e a del t i e m p o a p e n a s
e n t e n d e r á n el s e n t i d o d e la p r u e b a ; y los d e m á s v e r á n d e
m o s t r a d a la c o n t r a d i c c i o n q u e se e n c i e r r a e n u n c o m i e n z o
absoluto, y p o r tanto la n e c e s i d a d d e q u e h a y a existido s i e m
p r e algo, m a s n o la d e p e n d e n c i a intrínseca q u e se i m p l i c a
e n la r e l a c i o n d e u n efecto á s u causa. Estas dificultades obli
g a n á u n e x á m e n m a s r i g u r o s o y p r o f u n d o .
71. El principio d e la p r e c e d e n c i a n o s c o n d u c e á u n re
s u l t a d o i m p o r t a n t e . N u e s t r o e n t e n d i m i e n t o c o n c i b e a b s o l u
t a m e n t e u n a existencia c o m o e t e r n a ; p u e s q u e le es i m p o s i
ble c o n c e b i r u n c o m i e n z o a b s o l u t o sin u n se r anterior.
73. El c o n c e p t o d e la n a d a a b s o l u t a n o s es i m p o s i b l e .
1.' P o r q u e esto seria u n c o n c e p t o c o m p l e t a m e n t e v a cí o; 6
m a s b i e n la a u s e n c i a d e t o d o c o n c e p t o . L a n e g a c i o n , la c o n
c e b i m o s r e l a t i v a m e n t e á u n a e x i s t e n c i a (Lib. V, cap. IX);
p e r o n o a b s o l u t a m e n t e . 2." P o r q u e n o es posible el c o n c e p t o
sin c o n c i e n c i a ; y e n esta se halla i m p l i c a d a la idea d e ser,
d e algo, la c u a l es contradictoria c o n la n a d a absoluta.
74. N o p u d i e n d o c o n c e b i r la n a d a a b s o l u t a , c o n c e b i m o s
s i e m p r e a l g o existente; y c o m o p o r lo d e m o s t r a d o a n t e r i o r
m e n t e , n o p o d e m o s c o n c e b i r u n c o m i e n z o absoluto, resulta
q u e n o p o d e m o s p e n s a r sin q u e n u e s t r o p e n s a m i e n t o i m
p l i q u e el c o n c e p t o d e u n a existencia eterna.
¡ Q u é v e r d a d tan l u m i n o s a ! ¡ C u á n t a s reflexiones inspira?
S i g a m o s m e d i t a n d o .
75. R e s u l t a p u e s q u e es u n h e c h o p r i m i t i v o d e n u e s t r o
espíritu la n e c e s i d a d d e p e n s a r lo n e c e s a r i o y eterno; y q u e
la c o n f u s i o n q u e s e n t i m o s al p e n s a r e n la d u r a c i o n e n abs
tracto, y esa i n c l i n a c i o n á fingir t i e m p o s , a n t e s q u e existie
 - 1 6 9 -
ra el m u n d o , n a c e d e la n e c e s i d a d d e c o n c e b i r lo e t e r n o ,
n e c e s i d a d d e q u e n u e s t r o espíritu n o p u e d e e m a n c i p a r s e ,
s u p u e s t o q u e piense.
76. L a b a s a del pr in ci pi o d e c o n t r a d i c c i o n , la i d e a d e
ser, se halla e n n u e s t r o s c o n c e p t o s d e u n a m a n e r a absoluta:
s u o p u e s t a la d e n o s e r , s e h a l l a t a n s o l o c o n r e s p e c t o á lo-
c o n t i n g e n t e ; es u n a e s p e c i e d e c o n d i c i o n i m p l i c a d a e n la
c o n t i n g e n c i a .
77. T o d o lo c o n t i n g e n t e i n c l u y e a l g o d e n o s e r ; p o r lo
m i s m o q u e es c o n t i n g e n t e , p u e d e n o ser, y p o r tanto s u n o
se r está c u a n d o m e n o s e n el ó r d e n d e la posibilidad. P e r o
e s o s tránsitos del n o s er al ser, n o s o n ni s i q u i e r a c o n c e b i
bles, s i n o p r e s u p o n i e n d o a l g o existente, n e c e s a r i o y e t e r n o .
78. Así, h a l l a m o s e n n u e s t r a s ideas el s er c o m o a b s o l u
to, y el n o se r c o m o relativo; y el ser q u e h a salido d e l n o
ser, ó q u e h a c o m e n t a d o , n o lo p o d e m o s c o n c e b i r s i n o c o n
r e l a c i o n á u n ser absoluto.
79. Esta relacion o b j e t i v a m e n t e c o n s i d e r a d a , n o n o s p a
r e c e á p r i m e r a vista la d e c a u s a l i d a d , s i n o la d e s u c e s i o n ;
p e r o n o s of re ce u n h e c h o subjetivo q u e n o s lleva al c o n o c i
m i e n t o d e la v e r d a d objetiva. E n efecto: y a q u e n u e s t r o s
c o n c e p t o s d e n o ser y ser, están ligados d e tal s u e r t e q u e n o
p o d e m o s c o n c e b i r el tránsito del n o s er al ser, sin c o n c e b i r
u n s e r p r e e x i s t e n t e ; h a l l a m o s a q u í u n reflejo d e la causali
d a d objetiva, q u e se n o s r e v e l a e n los h e c h o s subjetivos. L a
d u r a c i o n , c o m o distinta d e las c o s a s , es u n a p u r a i m a g i n a
c i o n ; la relacion p u e s d e las d u r a c i o n e s es la r e l a c i o n d e los
seres. E s v e r d a d q u e p o r lo dicho, e n esta relacion d e d u r a
c i o n e s d e s c u b r i m o s solo la s u c e s i o n , y n o la d e p e n d e n c i a
intrínseca; p e r o esta d e p e n d e n c i a , a u n q u e n o c o n o c i d a in
t u i t i v a m e n t e , se halla r e p r e s e n t a d a e n el m i s m o e n l a c e c o n
q u e c o n c e b i m o s los s e r e s e n la d u r a c i o n . E s cierto q u e p o
d e m o s i m a g i n a r diferentes séries; p e r o la d e los t i e m p o s , es
u n a p u r a i m a g i n a c i o n , e n c u a n t o la c o n c e b i m o s distinta d e
las d e m á s . Si la série d e los t i e m p o s d e s a p a r e c e , solo restan
las séries d e las cosas: la r e l a c i o n e n t r e los t é r m i n o s s e r á la
relacion e n t r e las cosas; y la d e p e n d e n c i a l l a m a d a d e suce
sion, s e r á u n a d e p e n d e n c i a d e realidad. L a relacion real d e
lo q u e p a s a del n o ser al ser, c o n lo q u e es a b s o l u t a m e n t e ,
es u n a d e p e n d e n c i a d e causalidad.
 — n o -
80. I m a g i n e m o s las séries d e r e a l i d a d e s q u e s e q u i e r a n .
- A , B, C, D , E, •
M , N , P , Q , R ,
la del t i e m p o a, b, c, d, e, e n c u a n t o distinta d e las d e m á s ,
n o significa n a d a . E n este c a s o , se la p u e d e e l i m i n a r ; y to
d a s las r e l a c i o n e s d e u n o s t é r m i n o s á otros, n o s e r á n d e
t i e m p o s , s i n o d e cosas.
A h o r a bien: se h a d e m o s t r a d o q u e u n t é r m i n o D , p o r e j e m
plo, n o p u e d e ser c o n c e b i d o p a s a n d o del n o se r al ser, ó co
m e n z a n d o , s i n o c o n u n a re l ac i on ; y esta, p o r lo e x p l i c a d o , es
r e l a c i o n real del D, á u n t é r m i n o c u a l q u i e r a . S e h a b i a obje
t a d o q u e el D p o d i a c o m e n z a r , c o n tal q u e h u b i e s e otro tér
m i n o q u e hiciese posible el c o n c e p t o d e la prioridad, y p o r
tanto del c o m i e n z o ; p a r a lo cual se le iba á b u s c a r e n otra
s e r i e distinta ; p e r o si b i e n se reflexiona, esto n o es m a s q u e
c a m b i a r d e n o m b r e s : p o r q u e si el t é r m i n o n e c e s a r i o p a r a el
c o m i e n z o se halla e n otra série, e n ella se hallará la c a u s a ,
p u e s q u e allí estará lo q u e se necesita p a r a el efecto-
81. T o d o s los t é r m i n o s c o m e n z a d o s , p r e s u p o n e n otros,
u n o ó m a s , p u e s a q u í p r e s c i n d i m o s d e s u u n i d a d ; l u e g o al
fin h e m o s d e p a r a r á u n o ó m a s t é r m i n o s no c o m e n z a d o s . L o s
c o m e n z a d o s n o p u e d e n h a b e r c o m e n z a d o , sin la e x i s t e n c i a
d e los n o c o m e n z a d o s ; l u e g o la existencia d e estos les es n e
c e s a r i a p a r a la s u y a . L u e g o e n la d e estos se halla la r a z o n
d e s u e x i s t e n c i a c o m e n z a d a ; l u e g o la v e r d a d e r a c a u s a l i d a d .
81. L a s dificultades q u e se o p o n e n á esta d e m o s t r a c i o n
n a c e n d e q u e sin advertirlo, se falta al s u p u e s t o , a t r i b u y e n
d o á la d u r a c i o n u n a e x i s t e n c i a distinta d e los seres. P a r a
c o m p r e n d e r t o d a la f u e r z a d e la p r u e b a es n e c e s a r i o e l i m i
n a r del t o d o el c o n c e p t o i m a g i n a r i o d e la d u r a c i o n p u r a ; y
e n t o n c e s se v e q u e la d e p e n d e n c i a r e p r e s e n t a d a c o m o rela
c i o n d e d u r a c i o n , es u n a d e p e n d e n c i a d e los s e r e s e n sí m i s
m o s , d e p e n d e n c i a q u e n o n o s o f r e c e otra c o s a q u e la m i s m a
r e l a c i o n e x p r e s a d a p o r el p r i n c i p i o d e causalidad.
83. E l i m i n a d o c o m p l e t a m e n t e el c o n c e p t o d e d u r a c i o n
p u r a , c o m o d e u n a c o s a distinta d e los seres, re s ta n solo el
tránsito del n o s e r al ser, ú n i c a c o s a q u e p u e d e e x p r e s a r s e
p o r la p a l a b r a c o m e n z a r . E n este c a s o h a l l a m o s , q u e el prin
c i p i o d e la p r e c e d e n c i a es el m i s m o p r i n c i p i o d e causalidad;
y c o m o p a r a soltar las dificultades , h e m o s t e n i d o q u e p r e s -
 — m -
cindir c o m p l e t a m e n t e d e la d u r a c i o n e n sí m i s m a , n o s h a
l l a m o s c o n q u e el p r i n c i p i o d e c a u s a l i d a d , si h a d e q u e d a r
fuera d e d u d a , y h a d e ser c o n t a d o e n t r e los a x i o m a s , n o
p u e d e f u n d a r s e s i n o e n la c o n t r a d i c c i o n e n t r e el s e r y el n o
ser; e n la i m p o s i b i l i d a d d e c o n c e b i r u n ser q u e a p a r e c e d e
r e p e n t e , sin q u e le p r e c e d a n a d a m a s q u e u n p u r o n o ser.
84. A s í e n ú l t i m o r e s u l t a d o , y d e s p u e s d e h a b e r d a d o
tantas vueltas á la c u e s t i o n , v e n i m o s á p a r a r á lo m i s m o
q u e t e n í a m o s establecido e n los capítulos a n t e r i o r e s : u n n o
se r n o p u e d e llegar á ser, sin la i n t e r v e n c i o n d e u n ser: la
série n o A , A , es i m p o s i b l e , si n o i n t e r v i e n e u n s e r , B. A s í lo
h a l l a m o s e n n u e s t r a s m i s m a s ideas ; y c o n t r a d e c i r á esta
v e r d a d , e s n e g a r n u e s t r a p r o p i a r az o n.
C r e o , p u e s , q u e el p r i n c i p i o d e c a u s a l i d a d n o resulta c o m
p l e t a m e n t e e x p l i c a d o s i n o a t e n i é n d o n o s á lo d i c h o e n los c a
pítulos anteriores. El c o m e n z a r , s u p o n e u n n o ser d e lo q u e
c o m i e n z a ; y del c o n c e p t o d e n o ser, es i m p o s i b l e q u e salga
el ser: e s t o es c o n t r a d i c t o r i o . El p r i n c i p i o es v e r d a d e r o s u b
j e e s t i t v a a m m b e i n e t en , o p b u j e st i ev s a t m r e i n b t a e , e n á n c u a e u s s t a r a d s e m q i u s e m a e s n i t d a e l a e s s ; , c p a e s r o o s l o a

objetividad está n e c e s a r i a m e n t e ligada c o n la s u b j e t i v i d a d

( L i b r o I, c a p . X X V ) . E l s e r a p a r e c i e n d o r e p e n t i n a m e n t e , s i n
causa, s i n r a z o n , sin n a d a ; es u n a r e p r e s e n t a c i o n a b s u r d a ,
q u e n u e s t r o e n t e n d i m i e n t o r e c h a z a c o n la m i s m a f u e r z a é
i n s t a n t a n e i d a d q u e a d m i t e el pr i nc i p io d e c o n t r a d i c c i o n .
C o m o el t i e m p o es la r e l a c i o n del n o s er al ser , el ó r d e n
entre lo variable, se c o n c i b e t a m b i e n q u e el c o n c e b i r s u c e
sion, s i n algo q u e preexista, es c o n t r a d e c i r s e ; y así el p r i n
cipio d e la p r e c e d e n c i a , v i e n e á fortalecer el p r i n c i p i o d e
c a u s a l i d a d : ó m a s bien, se manifiesta q u e s o n u n o solo, b i e n
q u e p r e s e n t a d o s bajo diferentes a s p e c t o s : el d e p r e c e d e n c i a
se refiere á la d u r a c i o n , el d e c a u s a l i d a d al ser: p e r o a m b o s
e x p r e s a n u n a a p l i c a c i o n del p r i n c i p i o f u n d a m e n t a l : es i m
posible q u e u n a c o s a s e a y n o s e a á u n m i s m o t i e m p o .
 - r » —

C A P I T U L O V I I I .

L a causalidad e n al m i s m a . Insuficiencia j error d e a l g u n a s explicaciones

85. L a c a u s a l i d a d i m p l i c a relacion: si está p u e s t a e n
ejercicio, i m p l i c a r e l a c i o n a c t u a l ; c o n s i d e r a d a sin ejerci
cio, ó in potentia, i m p l i c a relacion posible. N a d a se c a u s a á
sí m i s m o ; la c a u s a l i d a d se refiere s i e m p r e á otro. N o h a y
c a u s a c u a n d o n o h a y efecto; y n o h a y efecto c u a n d o n o h a y
tránsito del n o s er al ser. Si este tránsito se verifica e n u n a
s u s t a n c i a q u e n o era, y c o m i e n z a á ser, s e apellida c r e a
cion: esta se l l a m a p a s i v a , r e l a t i v a m e n t e al efecto; activa,
c o n r e s p e c t o á la c aus a. Si el tránsito es d e solos a c c i d e n t e s ,
el efecto es u n a m o d i f i c a c i o n n u e o o ; n o se d i c e q u e h a y u n
n u e v o ser, s i n o q u e u n ser es d e otro m o d o .
86. D e esto se infiere q u e c a u s a l i d a d n o es lo m i s m o q u e
actividad: t o d a c a u s a l i d a d es actividad ; m a s n o t o d a activi
d a d es causalidad. D i o s es activo e n si m i s m o ; p e r o n o e s
c a u s a s i n o c o n relacion á lo e x t e r n o . S u inteligencia y s u
v o l u n t a d c o n s i d e r a d a s e n sí, p r e s c i n d i e n d o d e la c r e a c i o n ,
c o m o c o n c e b i m o s á D i o s a n t e s del p r i n c i p i o del m u n d o d e s
d e t o d a la e t e r n i d a d , s o n c i e r t a m e n t e a ct i vi d a d infinita; y
sin e m b a r c o e n c u a n t o s o n p u r a m e n t e i n m a n e n t e s , n o s o n
c a u s a l i d a d , p o r q u e n o p r o d u c e n n a d a n u e v o e n D i o s : s u in
teligencia es u n acto p u r o , i n f i n i t a m e n t e p e r f e c t o , q u e ja
m á s s u f r e ni p u e d e sufrir n i n g u n a m u d a n z a ; lo m i s m o d e b e
d e c i r s e d e s u v o l u n t a d ; l u e g o la inteligencia y la v o l u n t a d
d i v i n a c o n r e s p e c t o al m i s m o D i o s , n o s o n actos d e causali
d a d ; y a u n e n c u a n t o se refieren á los objetos e x t e r n o s , n o
s o n c a u s a p r o d u c e n t e e n la r e a l i d a d , s i n o c o n s u j e c i o n á la
v o l u n t a d libre del C r i a d o r ; d e otro m o d o d e b e r í a m o s a d m i
tir q u e D i o s h a c r i a d o el m u n d o p o r n e c e s i d a d .
L a a c t i v i d a d e n la criatura, a u n e n las o p e r a c i o n e s i n m a
n e n t e s , es s i e m p r e c a u s a l i d a d ; p o r q u e n o p u e d e ejercerla,
sin q u e p r o d u z c a n u e v a s m o d i f i c a c i o n e s . L o s actos d e e n t e n
d i m i e n t o y v o l u n t a d s o n ejercicio d e u n a a c t i v i d a d i n m a n e n
te, y n o d e j a n p o r esto d e m o d i f i c a r n o s d e diferentes m a n e
ras. C u a n d o p e n s a m o s ó q u e r e m o s , s o m o s d e otro m o d o q u e
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c u a n d o n o q u e r e m o s ni p e n s a m o s ; y c u a n d o p a s a m o s d e p e n
s ar ó q u e r e r u n a cosa, á p e n s a r ó q u e r e r otra, este tránsito n o
p u e d e verificarse sin q u e e x p e r i m e n t e m o s m o d o s nuevos d e ser.
87. ¿ E n q u é consiste la relacion d e c a u s a l i d a d eficiente?
¿ q u é significa la d e p e n d e n c i a del efecto c o n r e s p e c t o á la
c a u s a ? E s t a es u n a c u e s t i o n difícil, p r o f u n d a , u n a d e las m a s
difíciles y p r o f u n d a s q u e p u e d a n o f r e c e r s e á la ciencia. El
v u l g o d e los h o m b r e s y a u n d e los filósofos , c r e e resolverla
e m p l e a n d o p a l a b r a s q u e , b i e n analizadas, n o a c l a r a n n a d a .
88. C a u s a r , s e dice, es d a r el s e r . — ¿ Q u é significa d a r ? —
D a r , e s a q u í s i n ó n i m o d e p r o d u c i r . — ¿ Q u é significa p r o d u c i r ?
C o n esto se a c a b a n las e x p l i c a c i o n e s , si n o se q u i e r e c a e r e n
u n círculo, d i c i e n d o , q u e p r o d u c i r es c a u s a r ó d a r el ser.
C a u s a , se d i c e t a m b i e n , es a q u e l l o d e q u e resulta u n a c o
s a . — ¿ Q u é se e n t i e n d e p o r r e s u l t a r ? — D i m a n a r . — ¿ Q u é es di
m a n a r ? - D i m a n a r es venir, salir u n a c o s a d e o t r a . — S i e m
p r e lo m i s m o ; p a l a b r a s m e t a f ó r i c a s q u e e n el f o n d o t i e n e n
u n significado idéntico.
S e d i c e d e la c a u s a q u e da, produce, hace, c o m u n i c a , engen
d r a , etc., y del efecto, q u e recibe, d i m a n a , procede, resulta,
viene, nace, etc.
89. L a c a u s a l i d a d i m p l i c a s u c e s i o n ; p e r o n o se identifica
c o n ella. C o n c e b i m o s m u y c l a r a m e n t e q u e B es d e s p u e s d e
A , sin q u e A s e a c a u s a d e B. L a e x p e r i e n c i a i n t e r n a y e x t e r
n a n o s o f r e c e c o n t i n u o s e j e m p l o s d e u n a s u c e s i o n distinta d e
la c a u s a l i d a d . U n h o m b r e sale al c a m p o , otro sale d e s p u e s
d e él; e n t r e las salidas h a y s u c e s i o n , y p u e d e n o h a b e r n i n
g u n a causalidad. L o s d o s f e n ó m e n o s c o n s i d e r a d o s y a objeti
v a m e n t e , esto es, e n sí m i s m o s , y a s u b j e t i v a m e n t e , esto es,
e n c u a n t o s o n c o n o c i d o s p o r n o s o t r o s , e s t á n e n l a z a d o s p o r
la r e l a c i o n d e s u c e s i o n , m a s n o p o r la d e causalidad. T a n t o
pe r n o p et l e r l , e d n e g s u p a u j é e s y f i p l o r s , ó f i s c i o g n c i f o i m c oa n e c n o s a e s l m o u r a y t o d r i i f o e r , e ne lt e ps o . s Et n y l oe sl

f e n ó m e n o s p u r a m e n t e internos, se verifica lo m i s m o . P i e n s o
e n u n a c u e s t i o n filosófica, y l u e g o m e o c u p o d e u n a c u e s
tion literaria: los d o s p e n s a m i e n t o s s o n sucesivos, sin q u e el
u n o sea c a u s a del otro.
90. L a relacion d e c a u s a l i d a d n o es el e n l a c e d e las ide as
d e las cosas. L a s r e p r e s e n t a c i o n e s d e A y B p u e d e n est ar
f u e r t e m e n t e e n l a z a d a s e n n u e s t r o espíritu, sin q u e n o s a c o r
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d e m o s s i q u i e r a d e la relacion d e c a u s a l i d a d . E n u n l u g a r
h e m o s visto u n a e s c e n a q u e n o s h a h e c h o i m p r e s i o n p r o
f u n d a ; el r e c u e r d o del l u g a r n o s r e c o r d a r á s i e m p r e la e s c e
na, y el r e c u e r d o d e la e s c e n a n o s r e c o r d a r á s i e m p r e el lu
gar: a q u í e n c o n t r a m o s d o s r e p r e s e n t a c i o n e s internas, f u e r
t e m e n t e e n l a z a d a s , sin q u e p o r esto a t r i b u y a m o s á los obje
tos la relacion d e causalidad. S a b e m o s q u e d o s p e r s o n a s a c u
d e n á u n m i s m o p u n t o , p o r m o t i v o s diferentes, sin q u e la
ida d e la u n a influya e n la d e la otra. L a i d e a d e la i da d e la
u n a se asociará e n n u e s t r o e n t e n d i m i e n t o c o n la d e la ida d e
la otra; h a b r á p u e s e n l a c e d e r e p r e s e n t a c i o n e s , n o o b s t a n t e
d e q u e n e g a r e m o s l í o s objetos la r e l a c i o n d e c a u s a l i d a d .
91. A u n c u a n d o el e n l a c e d e las ideas s e a tal q u e e n n u e s
tro e n t e n d i m i e n t o , p o r efecto d e u n a e x p e r i e n c i a c o n s t a n t e ,
la u n a s e a p r e c e d i d a s i e m p r e d e la otra c o m o lo c o n d i c i o n a l
lo es d e la c o n d i c i o n , esto n o b a s t a p a r a la v e r d a d e r a c a u
salidad. U n o b s e r v a d o r h a n o t a d o c o n s t a n t e m e n t e la c o r r e s
p o n d e n c i a del flujo y reflujo del m a r c o n el m o v i m i e n t o d e
la l u n a ; p e r o y a s e a p o r r a z o n e s filosóficas, y a p o r q u e n o le
h a y a o c u r r i d o q u e el m o v i m i e n t o d e la l u n a p u e d a influir
e n el m o v i m i e n t o del m a r , c o n s i d e r a estos f e n ó m e n o s c o m o
del t o d o i n d e p e n d i e n t e s el u n o del otro , p o r m a s q u e n o
acierte á e x p l i c a r s e la r a z o n d e tan s i n g u l a r c o i n c i d e n c i a .
E n el e n t e n d i m i e n t o d e este o b s e r v a d o r se ligarán los d o s
f e n ó m e n o s d e tal s u e r t e q u e el d e la l u n a p r e c e d e r á al del
flujo y reflujo, sin q u e le s e a d a b l e invertir el ó r d e n , h a c i e n
d o p r e c e d e r el del flujo y reflujo al del m o v i m i e n t o d e la lu
na. H é a q u í p u e s u n a p r i o r i d a d n e c e s a r i a e n u n a idea, sin
q u e se a t r i b u y a al objeto v e r d a d e r a c a u s a l i d a d .
92. Si b i e n se reflexiona h a y e n la historia d e la filosofía
u n h e c h o q u e p r u e b a h a s t a la ú l t i m a e v i d e n c i a la e x a c t i t u d
d e lo q u e a c a b o d e decir: el s i s t e m a d e las c a u s a s o c a s i o n a l e s
s o s t e n i d o p o r filósofos e m i n e n t e s . Si u n c u e r p o e n m o v i m i e n
to, d i c e n ellos , c h o c a c o n otro c u e r p o q u e está e n q u i e t u d ,
le c o m u n i c a r á s u m o v i m i e n t o ; p e r o esta c o m u n i c a c i o n n o
significa v e r d a d e r a c a u s a l i d a d , s i n o q u e el m o v i m i e n t o del
c u e r p o c h o c a n t e es u n a s i m p l e o c a s i o n del m o v i m i e n t o de l
c u e r p o c h o c a d o . H é a q u í p u e s c o n c e b i d a u n a c o s a c o m o u n a
c o n d i c i o n n e c e s a r i a p a r a la existencia d e la otra, sin e m b a r
g o d e q u e se n i e g a q u e h a y a e n t r e ellas la relacion d e causali
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d a d . Al p e n s a r e n los d o s f e n ó m e n o s , n o p o d e m o s invertir el
o r d e n , c o n c i b i e n d o el m o v i m i e n t o del c u e r p o c h o c a d o c o m o
c o n d i c i o n del m o v i m i e n t o del c u e r p o c h o c a n t e ; y á p e s a r d e
esto, se p u e d e n e g a r la r e l a c i o n d e c a u s a l i d a d e n t r e la c o n d i
c i o n y lo c o n d i c i o n a l . L u e g o la i d e a d e c a u s a l i d a d n o s r e p r e
s e n t a a l g o m a s q u e el ó r d e n n e c e s a r i o d e las c o s a s e n t r e sí.
93. E s t o n o s c o n d u c e á u n a n u e v a fase d e la cuestion.
L a r e l a c i o n d e c a u s a l i d a d ¿está fi e l me n te r e p r e s e n t a d a e n la
p r o p o s i c i o n c o n d i c i o n a l : si A existe, existirá B ? El e n l a c e
e x p r e s a d o p o r esta p r o p o s i c i o n n o es la r e l a c i o n d e c a u s a
lidad. E n cierto país , si el frutal N florece , florecerá el M ;
así lo h a e n s e ñ a d o u n a e x p e r i e n c i a constante; la p r o p o s i c i o n
c o n d i c i o n a l e n este caso, n o e x p r e s a r e l a c i o n d e c a u s a l i d a d
del florecer d e N c o n r e s p e c t o al d e M ; y sin e m b a r g o la p r o
p o s i c i o n es v e r d a d e r a . U n f e n ó m e n o p u e d e ser s i g n o d e la
i n m e d i a t a v e n i d a del otro, sin ser s u c a us a .
94. L a s p r o p o s i c i o n e s c o n d i c i o n a l e s e n q u e se a f i r m a la
e x i s t e n c i a d e u n objeto c o m o c o n d i c i o n d e la existencia d e
otro, e x p r e s a n u n e n l a c e ; p e r o este p u e d e n o ser d e los o b
jetos e n t r e sí, s i n o c o n u n tercero. Si u n c r i a d o d e u n c a b a
llero se dirige á u n p u n t o , y l u e g o se dirige h á c i a el m i s m o
p u n t o otro criado; la d i r e c c i o n del p r i m e r o p o d r á n o ser
c a u s a d e la del s e g u n d o , s i n o d e q u e el a m o q u i e r e q u e los
d o s v a y a n el u n o tras del otro. L a s m i e s e s d e u n t e r r e n o in
d i c a n el e s t a d o d e las d e otro; y este indicio p u e d e e x p r e
sarse e n u n a p r o p o s i c i o n c o n d i c i o n a l ; ¿ p o r q u é ? ¿ e s a c a s o
p o r r a z o n d e la c a u s a l i d a d del e s t a d o d e u n a s m i e s e s res
p e c t o al d e las otras? n o p o r cierto; s i n o p o r q u e las c i r c u n s
tancias del c l i m a y d e la tierra, p r o d u c e n e n t r e ellas u n ó r
d e n d e t i e m p o b a s t a n t e fijo , p a r a verificar la p r o p o s i c i o n
c o n d i c i o n a l , sin q u e i n t e r v e n g a l a i d e a d e c a u s a l i d a d d e la
u n a c o n r e s p e c t o á la otra.
95. H a y m u c h o s c a s o s e n q u e la r e l a c i o n e n t r e la c o n d i
cion y lo c o n d i c i o n a l es n e c e s a r i a , y sin e m b a r g o la c o n d i
cion n o es ni p u e d e ser c a u s a d e lo c o n d i c i o n a l . R e c u é r d e s e
q u e a q u í t r a t a m o s d e c a u s a eficiente, d e a q u e l l a q u e d a el
ser á la cosa, y seria m u c h a s v e c e s a b s u r d o el atribuir este
g é n e r o d e c a u s a l i d a d á c o n d i c i o n e s , q u e p o r otra parte es
tán n e c e s a r i a m e n t e ligadas c o n lo condicional. Si se q u i t a
u n a c o l u n a e n q u e se a p o y a u n c u e r p o , el c u e r p o c a e r á ; el
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e n l a c e d e la c o n d i c i o n c o n lo c o n d i c i o n a l , ó d e q u it a r la c o
l u n a c o n la c a i d a del c u e r p o , es n e c e s a r i o ; la p r o p o s i c i o n
e n q u e se e x p r e s a , es v e r d a d e r a y n e c e s a r i a e n el o r d e n n a
tural; y sin e m b a r g o n o se p u e d e decir q u e la r e m o c i o n d e
la c o l u n a s e a la c a u s a eficiente d e la c a i d a del c u e r p o .
96. P a r a q u e la p r o p o s i c i o n c o n d i c i o n a l se verifique b a s
ta el e n l a c e , a u n q u e s e a p u r a m e n t e ocasional; y n a d i e h a
c o n f u n d i d o j a m á s la o c a s i o n c o n la causa. E n el e j e m p l o p r e
s e n t e , el c u e r p o n o p o d í a c a e r sin r e m o v e r la c o l u n a , y d e
b í a c a e r p o r n e c e s i d a d e n c u a n t o se la r e m o v i e s e ; p e r o la
c a u s a d e la c a i d a n o está e n la r e m o c i o n s i n o e n la g r a
v e d a d , c o m o lo manifiesta el q u e si el c u e r p o q u e se h a l l a b a
s o b r e l a c o l u n a h u b i e s e t e n i d o u n a g r a v e d a d específica igual
á la del fluido e n q u e se h a l l a b a s u m e r g i d o , la r e m o c i o n d e
la c o l u n a n o le h a b r í a h e c h o caer.
97. L a c a u s a l i d a d n o p u e d e e x p r e s a r u n a r e l a c i o n n e c e
s a r i a d e la c o n d i c i o n á lo c o n d i c i o n a l , si n o se q u i e r e d e s
truir las c a u s a s libres. S u p o n i e n d o q u e la i d e a d e causali
d a d estuviese e x a c t a m e n t e e x p r e s a d a e n la p r o p o s i c i o n : si
A existe, existirá B; t e n d r í a m o s q u e s u s t i t u y e n d o á las le
tras A y B, D i o s y m u n d o , se n o s convertiría e n esta otra: si
D i o s existe, existirá el m u n d o ; lo q u e n o s h a r i a c a e r e n el
e r r o r d e la n e c e s i d a d d e la c r e a c i o n ; y s u s t i t u y e n d o e n v e z
d e A y B, h o m b r e s y a c c i o n e s d e t e r m i n a d a s , t e n d r í a m o s : si
el h o m b r e existe, existirán s u s a c c i o n e s d e t e r m i n a d a s ; lo
q u e si i m p l i c a n e c e s i d a d , m a t a el libre albedrío.
98. A q u í se p r e s e n t a u n a c u e s t i o n : ¿ la r e l a c i o n d e c a u s a
l i d a d estaría e x a c t a m e n t e e x p r e s a d a e n u n a p r o p o s i c i o n c o n
dicional, t o m a d a e n s e n t i d o inverso, p o n i e n d o el efecto c o
m o c o n d i c i o n y la c a u s a c o m o c o n d i c i o n a l ( n o c o n d i c i o n a l
d e e x i s t e n c i a , s i n o d e c o s a n e c e s a r i a m e n t e s u p u e s t a ), e s t o
es, si e n v e z d e decir: si A existe existirá B , d i j é s e m o s , si B
existe, existe A ? E n este c a s o la p r o p o s i c i o n se p u e d e aplicar
a u n á la d e p e n d e n c i a d e las criaturas c o n r e s p e c t o á Dios; y
e n g e n e r a l a las a c c i o n e s libres c o n r e s p e c t o á s u s c a u s a s ,
p o r q u e se p u e d e d e c i r c o n v e r d a d : si el m u n d o existe, D i o s
existe; si h a y u n a a c c i o n libre, existe u n a g e n t e libre.
99. A u n q u e á p r i m e r a vista p a r e z c a q u e la r e l a c i o n d e
c a u s a l i d a d se e x p l i c a d e este m o d o , d e s d e l u e g o se d e s c u b r e
q u e la n u e v a f ó r m u l a t a m p o c o es exacta. P o r q u e , si b i e n -es
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v e r d a d e n g e n e r a l , q u e si h a y el efecto h a y la c a u s a , t a m
b i e n es cierto q u e m u c h a s v e c e s u n a c o s a s u p o n e á otra, n o
c o m o u n efecto á u n a causa, s i n o c o m o u n a s i m p l e ocasion., ó
c o m o u n a c o n d i c i o n sine q u a n o n , q u e dista m u c h o d e la v e r
d a d e r a causalidad. S u p o n i e n d o q u e el c u e r p o s u s t e n t a d o p o r
la c o l u n a estuviese a f i a n z a d o d e tal m o d o q u e n o h u b i e s e p o
d i d o c a e r sin r e m o v e r s e la c o l u n a , se p o d r i a f o r m a r la p r o
p o s i c i o n c o n d i c i o n a l : si el c u e r p o h a c a í d o , la c o l u n a h a si
d o r e m o v i d a ; la p r o p o s i c i o n seria v e r d a d e r a sin q u e la r e m o
c i o n d e la c o l u n a f u e s e c a u s a eficiente d e la c a i d a del c u e r p o .
100. D i o s p o d r i a h a b e r c r i a d o el m u n d o d e m a n e r a q u e
las criaturas n o t u v i e s e n v e r d a d e r a a c c i o n d e c a u s a l i d a d las
u n a s s o b r e las otras ; y n o o b s t a n t e h a b e r l a s d i s p u e s t o d e tal
m o d o q u e los f e n ó m e n o s se c o r r e s p o n d i e s e n los u n o s c o n los
otros e n el m i s m o ó r d e n q u e e n la actualidad. A s í lo p i e n s a n
los d e f e n s o r e s d e las c a u s a s o c a s i o n a l e s ; y á esto v i e n e á p a
r a r t a m b i e n la a r m o n í a prettabilita d e L e ib n it z , e n la c u a l to
d a s las m ó n a d a s q u e c o n s t i t u y e n el u n i v e r s o , s o n c o m o o t r o s
t a n t o s relojes , q u e a u n q u e i n d e p e n d i e n t e s los u n o s d e los
o t r o s , a n d a n a c o r d e s c o n a d m i r a b l e precision. E n estas h i p ó
tesis se p o d r i a n f o r m a r infinitas p r o p o s i c i o n e s c o n d i c i o n a l e s ,
e x p r e s a n d o las c o r r e s p o n d e n c i a s d e los f e n ó m e n o s , sin q u e
interviniese p a r a n a d a la i d e a d e causalidad.
101. I n f e r i r e m o s d e lo d i c h o q u e esta i d e a es a l g o distinta
d e l e n l a c e n e c e s a r i o ; y q u e a u n c o n s i d e r a d a e n t o d a s u p u r e
z a , n o está e x a c t a m e n t e e x p r e s a d a p o r la relacion significada
e n las p r o p o s i c i o n e s c o n d i c i o n a l e s , y a sea q u e la c a u s a se lo
m e c o m o c o n d i c i o n , y a se a q u e se t o m e c o m o c o nd i ci o na l. L a
d e p e n d e n c i a del efecto r e s p e c t o á la c a u s a , es a l g o m a s q u e
u n s i m p l e e n l a c e ; d e c i r q u e t o d o lo q u e está ligado p o r n e c e
s i d a d , a u n c u a n d o s e a s u c e s i v a m e n t e , y e n u n ó r d e n fijo,
está l i g a d o c o n relacion d e causalidad, es c o n f u n d i r las i d e a s
así v u l g a r e s c o m o filosóficas.

C A P I T U L O I X .

Condicianea necaaariaa y sn6cientes para li Tardadora catualidad abaolnta.

102. A c a b a m o s d e v e r q u e n o b a s t a el e n l a c e n e c e s a r i o d e
d o s objetos p a r a q u e a t r i b u y a m o s á esta r e l a c i o n el carácter
T. IV. 1 S
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d e c a u s a l i d a d : ¿ q u é c i r c u n s t a n c i a s s o n m e n e s t e r p a r a d i c h o
c a r á c t e r ?
1 03. Si c o n c e b i m o s B , objeto q u e c o m i e n z a , y s u p o n e m o s
q u e p a r a s u existencia h a sido necesario el objeto A , y este
p o r si solo h a b a s t a d o p a r a la e x i s t e n c i a d e B , e n c o n t r a m o s
e n la r e l a c i o n d e A c o n B , el v e r d a d e r o c a r á c t e r d e r e l a c i o n
d e u n a c a u s a á s u efecto. P o r m a n e r a q u e p a r a el c o m p l e t o
c a r á c t e r d e c a u s a absoluta, s o n i n d i s p e n s a b l e s d o s c o n d i c i o
n e s : 1.* la necesidad d e la e x i s t e n c i a d e A p a r a la e x i s t e n c i a
d e B : 2." el q u e s e a bastante la e x i s t e n c i a d e A p a r a q u e p u e
d a existir B , sin q u e se r e q u i e r a n a d a m a s .
Estas c o n d i c i o n e s p u e d e n f o r m u l a r s e e n las p r o p o s i c i o n e s
siguientes:
Si B existe , A existe.
C o n solo existir A , b a s t a p a r a q u e p u e d a existir B.
C u a n d o e n t r e d o s objetos se halla u n a r e l a c i o n tal q u e h a
c e v e r d a d e r a s s i m u l t á n e a m e n t e estas d o s p r o p o s i c i o n e s , h a y
r e l a c i o n d e c a u s a l i d a d absoluta.
104. D e s d e l u e g o se e c h a d e v e r q u e c o n la e x p l i c a c i o n
q u e p r e c e d e , p i e r d e n el c a r á c t e r d e c a u s a t o d a s las m e r a s
o c a s i o n e s , p u e s q u e n o se les p u e d e aplicar la s e g u n d a p r o
posicion. D e d o s h e c h o s e n l a z a d o s o c a s i o n a l m e n t e se dirá,
q u e si el u n o existe, existirá el otro, y p o r tanto se verifica
r á d e ellos la p r i m e r a proposicion-, p e r o n o se dirá q u e c o n
tal q u e el u n o exista, h a y a lo b a s t a n t e p a r a existir el otro;
así fallará e n este c a s o la p r o p o s i c i o n s e g u n d a . Si d o s h o m
b r e s e s t á n c o n c e r t a d o s p a r a q u e el u n o d i s p a r e u n tiro e n el
m o m e n t o q u e otro le h a g a u n a s e ñ a c o n la m a n o , se p o d r á
d e c i r q u e si s e h a c e la s e ñ a s e d i s p a r a r á el tiro; p e r o n o q u e
c o n la s e ñ a sola , h a y a t o d o lo suficiente p a r a q u e se d i s p a r e
el tiro. E n efecto; s u p o n g a m o s q u e el q u e tiene el a r m a d e
f u e g o se d u e r m e , la señal se repetirá m u c h a s v e c e s , p e r o el
tiro n o saldrá.
105. T a m b i e n se quita el c a r á c t e r d e c a u s a á t o d a c o n d i
c i o n , q u e solo lo es p a r a r e m o v e r o b s t á c u l o s , r e m o v e n s p r o ~
hibens. E n tales c a s o s es aplicable la p r i m e r a p r o p o s i c i o n , m a s
n o la s e g u n d a . D e u n c u e r p o a fi a nz a do s o b r e u n a c o l u n a d e
m o d o q u e n o p u e d a c a e r sin q u e la c o l u n a se r e m u e v a , se
p o d r í a d e c i r : si el c u e r p o h a c a í d o , la c o l u n a h a s i d o r e m o
v i d a ; p e r o n o q u e baste la r e m o c i o n d e la c o l u n a p a r a la
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o a i d a del c u e r p o ; p u e s q u e si este fuese e s p e c í f i c a m e n t e m e
n o s g r a v e q u e el fluido e n q u e se halla s u m e r g i d o , ó b i e n
es tu viese u n i d o c o n otro q u e n o le de j as e caer, n o caería.
E s e v i d e n t e q u e p a r a la c a i d a n o basta r e m o v e r el obstáculo,
s i n o q u e se n e c e s i t a algo m a s , c o m o la f u e r z a d e g r a v e d a d ,
ó u n i m p u l s o c u a l q u i e r a .
106. T o d o s los f e n ó m e n o s e n l a z a d o s e n s u c e s i o n d e t i e m
p o d e u n m o d o n e c e s a r i o , y e n u n o r d e n fijo, p i e r d e n t a m
b i e n la r e l a c i o n d e c a u s a s y efectos, si n o se les a t r i b u y e al
g o n u e v o , q u e l e g i t i m e la a p l i c a c i o n d e estas ideas ; p u e s q u e
a u n c u a n d o el o r d e n c o n s t a n t e a u t o r i c e á d e c i r q u e , si vie
n e A v e n d r á B , y l u e g o C y l u e g o D , y así s u c e s i v a m e n t e ,
n o s e p u e d e d e c i r q u e c o n la e x i s t e n c i a d e A h a y a t o d o lo
bastante p a r a la d e B ni e n la d e B p a r a la d e C, y a q u e s u p o
n e m o s f u e r a d e la série a l g o q u e d e b e c o n t r i b u i r c o m o u n a
c o n d i c i o n i n d i s p e n s a b l e .
1 0 7 . L a p r i m e r a p r o p o s i c i o n : si B existe, existe A ; es
v e r d a d e r a c o n relacion á t o d a c a u s a , n e c e s a r i a ó libre. L a
s e g u n d a p r o p o s i c i o n es aplicable t a m b i e n á estas d o s e s p e
cies d e causas. E s p r e c i s o n o t a r c o n c u i d a d o q u e la p r o p o
s i c i o n n o d i c e q u e si A existe existirá B ; s i n o q u e la exis
t e n c i a d e A basta p a r a q u e p u e d a existir B. Si p u e s t o A , se
p u s i e s e n e c e s a r i a m e n t e B , la c a u s a seria n e c e s a r i a ; p e r o si
p u e s t o A , solo se p o n e lo suficiente p a r a la existencia d e B,
la c a u s a q u e d a libre, p u e s q u e n o se a f i r m a la existencia d e
B , s i n o la posibilidad d e la existencia.
108. A p l i q u e m o s esta d o c t r i n a á la p r i m e r a c a us a . Si el
m u n d o existe , D i o s existe : esta p r o p o s i c i o n es a b s o l u t a m e n
te v e r d a d e r a . Si D i o s existe , el m u n d o existe : la p r o p o s i c i o n
es falsa; p u e s q u e e x i s t i e n d o D i o s , el m u n d o p o d r í a n o h a
b e r existido. Si D i o s existe, el m u n d o p u e d e existir: esto es,
c o n la existencia d e D i o s h a y lo suficiente p a r a la posibili
d a d d e la e x i s t e n c i a del m u n d o : esta p r o p o s i c i o n es v e r d a
d e r a ; p o r q u e e n el se r infinito se f u n d a la posibilidad d e los
seres finitos, y e n él se halla el p o d e r suficiente p a r a darles
la existencia, si así lo q u i e r e c o n s u v o l u n t a d libre.
 - 1 8 0 -

C A P Í T U L O X .

Causalidad atcuadaria-
109. A l fijar e n el capítulo a n t e r i o r las c o n d i c i o n e s p a r a
la v e r d a d e r a c a n s a l i d a d , h e h a b l a d o s i e m p r e d e la causali
d a d absoluta; y esto, p o r las c o n s i d e r a c i o n e s q u e v o y á e x
p o n e r , y q u e v e r s a n s o b r e la d i f e r e n c i a e n t r e la c a u s a pri
m e r a y las s e g u n d a s .
tlf. Y a h e m o s visto q u e la i d e a p u r a d e c a u s a l i d a d a b s o
luta es la p e r c e p c i o n d e tres c o n d i c i o n e s : la n e c e s i d a d d e u n a
c o s a p a r a la existencia d e otra; la suficiencia d e la p r i m e r a
s o l a p a r a la e x i s t e n c i a d e la s e g u n d a ; y p o r fin ( c u a n d o la
c a u s a s e a libre) el acto d e v o l u n t a d n e c e s a r i o p a r a realizar
el efecto. Estas tres c o n d i c i o n e s se h a l l a n a b s o l u t a y p l e n a
m e n t e e n la c a u s a p r i m e r a , p u e s q u e n a d a p u e d e existir sin
q u e D i o s exista; y p a r a la existencia d e u n objeto c u a l q u i e r a ,
b a s t a la e x i s t e n c i a d e D i o s c o n la v o l u n t a d libre d e c r i a r el
objeto. E s e v i d e n t e q u e la c a u s a l i d a d n o p u e d e e n t e n d e r s e del
m i s m o m o d o e n las c a u s a s s e g u n d a s ; d e n i n g u n a d e ellas
p u e d e verificarse q u e s u existencia s e a a b s o l u t a m e n t e n e c e s a
ria p a r a la d e otro efecto, p u e s q u e Dios p o d r í a h a b e r l e p r o
d u c i d o p o r m e d i o d e otro a g e n t e s e c u n d a r i o , ó i n m e d i a t a
m e n t e p o r sí m i s m o ; ni t a m p o c o q u e s u sola e x i s t e n c i a sea
suficiente p a r a la existencia del efecto, p u e s q u e t o d o c u a n t o
existe p r e s u p o n e y n e c e s i t a la existencia d e la c a u s a p r i m e r a .
f i c 1 a 1 1 u . n a A c s o í s a p u m e u s y l a d i f d e e r a e n d t e e c d a e u s c a u l a i d n a d d o a s p e l li a c a a d p a l i á c a D i á o s l , a s s i c g a n u i .

s a s s e g u n d a s ; lo cual d e b i e r a h a b e r s e t e n i d o p r e s e n t e para
n o s u s c i t a r c u e s t i o n e s s o b r e las c a u s a s s e g u n d a s a n t e s d e fijar
c o n e x a c t i t u d la significacion d e la p a l a b r a causa. E s cierto
q u e la r e l a c i o n del efecto á la c a u s a es u n a r e l a c i o n d e d e p e n
d e n c i a ; p e r o y a h e m o s visto q u e estas p a l a b r a s , d e p e n d e n
cia , e n l a c e , c o n d i c i o n , etc. s o n s us c ep t i bl e s d e s e n t i d o s m u y
di v e rsos ; si estos n o se fijan c o n c l a r i d a d y p r e c i s i o n , las
c u e s t i o n e s n o p u e d e n m e n o s d e e m b r o l l a r s e .
11!. ¿ Q u é se e n t e n d e r á p u e s p o r c a u s a l i d a d s e c u n d a r i a ?
C o n las o b s e r v a c i o n e s q u e p r e c e d e n , p o d r e m o s d e t e r m i n a r l o
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sin m u c h a dificultad. E n el ó r d e n d e los seres c r i a d o s A s e r á
c a u s a d e B c u a n d o s e r e u n a n las c o n d i c i o n e s siguientes:
1.* Q u e la E x i s t e n c i a d e A s e a n e c e s a r i a ( s e g u n el ó r d e n
establecido) p a r a la existencia d e B , lo cnal d e b e r á p o d e r for
m u l a r s e e n esta p r o p o s i c i o n : si B existe , A existe ó existió.
8.' Q u e e n el ó r d e n establecido, B y A f o r m e n u n a série
q u e s u b a hasta la c a u s a p r i m e r a , sin q u e s e a n e c e s a r i o el
c o n c u r s o d e los t é r m i n o s d e otras séries.
E s t a c o n d i c i o n tal v e z n o se la e n t e n d e r í a , si n o se la a c l a
r a s e c o n e j e m p l o s .
113. El m o v i m i e n t o d e la p l u m a es efecto d e l m o v i m i e n t o
d e m i m a n o ; y hallo a q u í la v e r d a d e r a r e l a c i o n d e c a u s a l i d a d
s e c u n d a r i a , p o r q u e s u b o p o r u n a série d e c o n d i c i o n e s , q u e
n o h a n m e n e s t e r d e las d e otra série : el m o v i m i e n t o d e la
p l u m a d e p e n d e del d e la m a n o ; el d e la m a n o d e p e n d e d e
los espíritus a n i m a l e s (ó d e la c a u s a q u e m e j o r p a r e z c a á los
fisiólogos) ; el d e los espíritus a n i m a l e s d e p e n d e del i m p e r i o
d e m i v o l u n t a d ; y la v o l u n t a d d e p e n d e d e D i o s q u e la h a
c r i a d o y la c o n s e r v a . A q u í e n c u e n t r o u n a série d e c a u s a s
s e g u n d a s , á las q u e a t r i b u y o el v e r d a d e r o carácter d e c a u
s a l i d a d , e n c u a n t o se p u e d e hallar e n u n ó r d e n s e c u n d a r i o ;
y la c a u s a eficiente, principal entre las s e c u n d a r i a s , s e r á m i
v o l u n t a d , p o r q u e e n el ó r d e n s e c u n d a r i o ella es el p r i m e r
t é r m i n o d e la série. El m o v i m i e n t o d e la p l u m a d e m i escri
b i e n t e d e p e n d e d e m i v o l u n t a d , p e r o n o c o m o d e u n a v e r d a
d e r a c a u s a eficiente, s i n o c o m o d e u n a o c a s i o n ; p o r q u e e n el
e s c r i b i e n t e se halla la m i s m a série q u e e n el e j e m p l o a n t e
rior , y e n esta série se e n c u e n t r a el p r i m e r t é r m i n o q u e es sin
v o l u n t a d , la cual y o n o p u e d o d e t e r m i n a r a b s o l u t a m e n t e ,
p u e s q u e p o r ser libre s e d e t e r m i n a á sí propia. L a causali
d a d eficiente v e r d a d e r a s e halla e n la v o l u n t a d d e l e s c r i b i e n -
te ; p u e s allí se t e r m i n a la série c u y o p r i m e r t é r m i n o n o es
tá á m i d i s p o s i c i o n s i n o e n u n s e n t i d o i m p r o p i o , es decir,
m i e n t r a s el escribiente q u i e r e .
114. U n c u e r p o A e n m o v i m i e n t o , c h o c a c o n el c u e r p o B
q u e está e n q u i e t u d : el m o v i m i e n t o del c u e r p o A es c a u s a d e l
m o v i m i e n t o del c u e r p o B , y la c a u s a l i d a d se irá e n c o n t r a n d o
e n t o d o s los t é r m i n o s d e la série, esto es, d e t o d o s los m o v i
m i e n t o s c u y a s c o m u n i c a c i o n e s s u c e s i v a s h a y a n sido n e c e s a
rias p a r a q u e el m o v i m i e n t o llegase al c u e r p o B. S u p o n g a m o s
 — 1 8 2 —
q u e e n la série d e las c o m u n i c a c i o n e s se h a n r e m o v i d o o b s
táculos q u e h u b i e r a n i m p e d i d o la c o m u n i c a c i o n del m o v i
m i e n t o ; las r e m o c i o n e s e r a n c o n d i c i o n e s i n d i s p e n s a b l e s e n
el s u p u e s t o d e h a b e r los o b s t á c u l o s , p e r o n o e r a n v e r d a d e r a s
c a u s a s , p o r ser t é r m i n o s a j e n o s á la série d e las c o m u n i c a
c i o n e s , y q u e h u b i e r a n p o d i d o n o existir , sin q u e de j a se d e
existir el m o v i m i e n t o . P o r q u e s u p o n i e n d o q u e n o h u b i e s e h a
b i d o o b s t á c u l o s , n o h u b i e r a h a b i d o r e m o c i o n e s , y sin e m
b a r g o el m o v i m i e n t o se h a b r í a c o m u n i c a d o . Esto n o s e veri
fica r e s p e c t o d e los t é r m i n o s q u e f o r m a n la série d e las c o
m u n i c a c i o n e s ; p u e s q u e si las r e p r e s e n t a m o s p o r
A . B. C. D. E. F
el m o v i m i e n t o d e A n o p u e d e llegar á F , si se quita u n o d e
los c u e r p o s i n t e r m e d i o s q u e s i r v e n d e v e h í c u l o á la c o m u
n i c a c i o n .
11b. D e esta teoría se infiere q u e la i d e a d e c a u s a l i d a d se
c u n d a r i a n o s r e p r e s e n t a el e n c a d e n a m i e n t o d e varios objetos
q u e f o r m a n u n a série , la c u a l v a á t e r m i n a r e n la c a u s a pri
m e r a ; y a s e a p o r u n ó r d e n n e c e s a r i o , c o m o s u c e d e e n los
f e n ó m e n o s d e la n a t u r a l e z a c o r p ó r e a ; y a m e d i a n d o u n t é r m i
n o p r i m e r o e n el ó r d e n s e c u n d a r i o , c o n d e t e r m i n a c i o n p r o
p i a , c o m o s u c e d e e n las c o s a s q u e d e p e n d e n d e la v o l u n t a d
libre.
C A P Í T U L O X I .

Explicacion fundamental del origen de la oscuridad de h e ideas en le tocante k la causalidad .

116. S e p r e g u n t a r á d e q u é n a t u r a l e z a es este e n l a c e d e los
t é r m i n o s d e la série ; c i m o se c o m u n i c a n u n o s c o n otros, q u é
es lo q u e se trasmite , e n f u e r z a de q u é calidad se p o n e n e n
relacion. T o d a s estas c u e s t i o n e s n a c e n d e c o n f u s i o n d e ideas,
la c u a l h a d a d o o c a s i o n á i n t e r m i n a b l e s disputas. P a r a evi
tarlas es n e c e s a r i o r e c o r d a r la d i f e r e n c i a e n t r e los c o n o c i
m i e n t o s intuitivo y d i s c u r s i v o , y las ideas d e t e r m i n a d a s é in
d e t e r m i n a d a s , intuitivas y n o intuitivas, lo q u e llevo expli
c a d o e n s u l u g a r (Lib. I V , capítulos X I , XIII , X I V , X V , X V I .
X I X , X X , X X I , XXII).
117. Allí (cap. X X I ) dije q u e el e n t e n d i m i e n t o p u r o p u e d e
ejercer s u s f u n c i o n e s p o r ideas i n d e t e r m i n a d a s , esto es , re
 — 1 8 3 —
presentativas d e r e l a c i o n e s g e n e r a l e s , sin a p l i c a c i o n á n i n g u n
objeto real ni posible , h a s t a q u e se les a ñ a d e u n a d e t e r m i n a
cion s u m i n i s t r a d a p o r la e x p e r i e n c i a (ibid. §• 135). L a i d e a d e
c a u s a p e r t e n e c e á las i n d e t e r m i n a d a s (ibid. §. 1J4); y p o r
c o n s i g u i e n t e t o m a d a e n t o d a s u g e n e r a l i d a d , n o p u e d e ofre
c e r n o s s i n o la r e l a c i o n d e s e r y n o ser, ó d e s e r e s e n l a z a d o s
entre sí c o n cierta n e c e s i d a d , t o d o c o n a b s o l u t a i n d e t e r m i n a
cion (ibid. 130). L u e g o p a r a d e t e r m i n a r el c a r á c t e r d e la m i s
m a actividad, y su s m e d i o s d e c o m u n i c a c i o n , n o n o s b a s t a la
idea d e c a u s a ; esta p o r sí sola , n a d a p u e d e d e c i r n o s s o b r e el
r p i a ; r l t a i a c u p l a i r c ; a c e i l o l an s d e e l e i s m t i a t s a á ¿ l e o n s s s e e ñ r a e r s n d o e s p e c i n e d r e t a d s e v l e a r e d x a p d e e r s i e a n p c r i i a o . -

118. H e d i c h o (ibid. cap. X X I I ) q u e n u e s t r a i n tu i ci on se

li mita á lo siguiente: sensibilidad pasiva, sensibilidad acti
va , inteligencia, v o l u n t a d ; t o d o lo q u e sale d e esta esfera
n o s o t r o s n o lo c o n o c e m o s s i n o p o r c o n c e p t o s i n d e t e r m i n a
do s, y p o r c o n s i g u i e n t e n o s es i m p o s i b l e e x p o n e r á la intui
ci on a j e n a lo q u e s e n t i m o s q u e falla á la intuicion propia.
A p u r e m o s m a s esta d o c t r i n a , a p l i c á n d o l a á las c u e s t i o n e s
Jilosóficas s o b r e la c a u s a l i d a d .
119. S e h a d i s p u t a d o m u c h o s o b r e si los c u e r p o s e j e r c e n
u n o s s o b r e otros v e r d a d e r a a c c i o n , y los q u e s o s t e n í a n la n e
gativa , n o se c a n s a b a n d e p r e g u n t a r c ó m o u n c u e r p o c a u s a
algo e n otro, qu é es lo q u e le t r a s m i t e , c u á l es el carácter d e
s u c a l i d a d activa. A esto se d a b a n varias r e s p u e s t a s , p e r o d u
d o m u c h o q u e s e a posible n i n g u n a satisfactoria, e n n o ate
n i é n d o s e á la d o c t r i n a q u e a c a b o d e e x p o n e r . ¿ Q u é d e b i a res
p o n d e r s e p u e s ? h é l o aquí. N o s o t r o s n o c o n o c e m o s intuitiva
m e n t e d e los c u e r p o s , s i n o la sensibilidad p a s i v a , la cual e n
ú l t i m o r e s u l t a d o n o es otra c o s a q u e la e x t e n s i o n c o n s u s v a
rias m o d i f i c a c i o n e s (ibid. 139). A h o r a b i e n ; estas m o d i f i c a
c i o n e s se r e d u c e n á figura y m o v i m i e n t o ; t o d o lo q u e s e a
a p a r t a r s e d e estas d o s intuiciones, e x i g i e n d o u n a e x p l i c a c i o n
c o n d e t e r m i n a c i o n e s características , es p e d i r al h o m b r e u n a
c o s a á q u e n o lle ga n s u s fuerzas. L o s limites d e n u e s t r a in
tuicion e n este p u n t o n o s r e d u c e n á la e x t e n s i o n , al m o v i
m i e n t o , y á las r e l a c i o n e s d e estas d o s c o s a s c o n n u e s t r a s e n
sibilidad :asi d e b e m o s c o n t e n t a r n o s c o n o b s e r v a r los f e n ó m e
n o s c o r p ó r e o s y sujetarlos á cálculo e n el c í r c u l o d e d i c h a
i n t ui c i o n : t o d o lo d e m á s n o s es i m p o s i b l e . S a b e m o s q u e el
 - m -
c u e r p o A se m u e v e c o n cierta v e l o c i d a d q u e m e d i m t i s p o r 1»
r e l a c i o n del e s p a c i o c o n el t i e m p o ; al llegar al l u g a r e n q u é
Sé encuentra' B , este c o m i e n z a á m o v e r s e e n la d i r e c c i o n y
d o n la v e l o c i d a d c o r r e s p o n d i e n t e . A q u í h a y s u c e s i o n d e f e n ó
m e n o s e n el t i e m p o y e n el espacio; f e n ó m e n o s s o m e t i d o s &
reglas c o n s t a n t e s , d e las c u a l e s n o s c e r c i o r a la e x p e r i e n c i a .
N u e s t r o s c o n o c i m i e n t o s intuitivos n o p a s a n m a s allá : e n sa
l i e n d o d e esto e n t r a m o s e n las r e l a c i o n e s g e n e r a l e s d e ser y
lio ser , d e ser antes y ser después, d e c o n d i c i o n y d e c o n d i
cional, q u e n o n o s o f r e c e n n a d a d e t e r m i n a d o p a r a e x p l i c a n
el v e r d a d e r o c a r á c t e r d e la c a u s a l i d a d s e c u n d a r i a .
12t). L a filosofía al o c u p a r s e d e los c u e r p o s , está c o n d e
n a d a á c e ñ i r s e á los límites d e la física p r o p i a m e n t e d i c h a ;
c u a n d o q u i e r e elevarse á la r e g i o n d e la m e t a f í s i c a , lo*
c u e r p o s d e s a p a r e c e n e n c u a n t o f e n ó m e n o s sujetos á o b s e r -
v á c i o n sensible , y n o resta d e ellos otra c o s a q u e las i d e a s
g e n e r a l e s i n d e t e r m i n a d a s .
141. T o c a n t e á la facultad d e sentir , n o s h a l l a m o s e n al
g u n m o d o pasivos, e n c u a n t o r e c i b i m o s las i m p r e s i o n e s q u e
l l a m a m o s s e n s a c i o n e s ; y la parte d e actividad q u e e n éllo
p u e d a c a b e r n o s , n o d e p e n d e d e n u e s t r o libre a l b e d r í o , s u
p u e s t o q u e e s t e m o s s o m e t i d o s á las c o n d i c i o n e s d e la sensi
bilidad. Si a p l i c a m o s la m a n o al f u e g o , n o s es i m p o s i b l e n o
e x p e r i m e n t a r la s e n s a c i o n del calor. P o r lo q u e toca á la c a n "
salidád q u e p u e d e h a b e r e n n o s o t r o s r e s p e c t o á la r e p r o d u c
t c a i c o i n o dn e s s s e e n n s s a i c b i l o e n s e s n u p e a v s a a s d a , s e n , ó v a á n l o a s p e r o n d o u s c pc r i e o g n u d n e t a r r e í p a r e s s o e b n r * é

el m o d a c o n q u e e j e r c e m o s esta actividad: s u ejercicio es uD-

h e c h o d e c o n c i e n c i a , del c u a l solo s a b e m o s q u e existe d é
tal ó c u á l m a n e r a e n n u e s t r a c o n c i e n c i a .
144. L o p r o p i o p o d e m o s d e c i r d e la e l a b o r a c i o n d e las
ideas. T o d o s los filósofos n o S o n c a p a c e s d e e x p l i c a r el m o A b
c ó n q u e se h a c e esta p r o d u c c i o n i n m a n e n t e : las investiga
c i o n e s i d e o l ó g i c a s se l i m i t a n á caracterizar y clasificar di
c h o s f e n ó m e n o s y á e x p o n e r el ó r d e n c o n q u e se s u c e d e n ;
p e r o n o e n s e ñ a n n a d a s o b r e el m o d o c o n q u e estos f e n ó m e
n o s s o n p r o d u c i d o s .
143. El ejercicio d e la v o l u n t a d of r ec e á n u e s t r a intuicion,
ó si s e q u i e r e á la c o n c i e n c i a , o t r a s é r i e d e f e n ó m e n o s , s o b r é
c u y a p r o d u c c i o n n a d a s a b e m o s , e h c u a n t o al m o d o . L a c o n *
 — 1 R¡ —
ciencia n o s atestigua q u e se ha l la n e n n u e s t r o interior , y
q u e e n n o s o t r o s está el p r i n c i p i o libre q u e e j er c e d i c h a a c
tividad: s o b r e este p u n t o n o s a b e m o s n a d a m a s ; p e r o e s t o »
f e n ó m e n o s se h a l l a n á v e c e s ligados c o n los m o v i m i e n t o s d e
n u e s t r o c u e r p o , q u e u n a e x p e r i e n c i a c o n s t a n t e n o s ofrece;
c o m o d e p e n d i e n t e s d e n u e s t r a v o l u n t a d : ¿ d e q u é m a n e r a s e
ligan c o s a s tan d i f e r e n t e s ? n o lo s a b e m o s ; la filosofía n o lo
a l c a n z a r á j a m á s .

C A P Í T U L O X I I .

C a u s a l i d a d d e p a r o i m p e r i o d e la v o l o a t e d .
s e 1 e * n 4 t . i e n P d r e e g q u n e t D a i n o a s l s g a u q n u o e s l e a n s q c ou s é a c s o d n e s i l s a t e n a l d a a c r : e « a e c s i t o o n , , d c i c ó e m n e ,

es i n c o m p r e n s i b l e , » s i n reflexionar q u e u n a i n c o m p r e n s i b i l i
d a d s e m e j a n t e la e n c o n t r a m o s e n el m o d o c o n q u e se ejerce
la c a u s a l i d a d s e c u n d a r i a , tanto e n el m u n d o c o r p ó r e o c o r a »
e n el i n c o r p ó r e o . Si c o n o c i é s e m o s á D i o s i n t u i t i v a m e n t e , c o m o
s e g u n el d o g m a católico lo c o n o c e n los b i e n a v e n t u r a d o s e n la
m a n s i o n d e la gloria , p o d r í a m o s c o n o c e r i n t u i t i v a m e n t e el
m o d o c o n q u e s e e j e c u t a la c r e a c i o n . A h o r a , e n c u a n t o p o d e
m o s f o r m a m o s a l g u n a i d e a d e la a c c i o n del C r i a d o r , d e c i m o s
q u e s a c a d e la n a d a c o n el i m p e r i o d e s u v o l u n t a d ; lo c u a l , á
m a s d e estar a c o r d e c o n la e n s e ñ a n z a d e la religion , se halla
e n c o n s o n a n c i a c o n lo q u e e x p e r i m e n t a m o s e n n o s o t r o s m i s
m o s . D i o s q u i e r e , y el u n i v e r s o sale d e la n a d a ; ¿ c ó m o s e
p u e d e c o m p r e n d e r esto? á q u i e n n o s lo p r e g u n t e le d i r e m o s :
el h o m b r e q u i e r e , y s u m a n o se levanta; el h o m b r e q u i e r e ,
y t o d o s u c u e r p o se p o n e e n m o v i m i e n t o ; ¿ c ó m o se p u e d e
c o m p r e n d e r esto? h é a q u í u n a i m á g e n p e q u e ñ a sin d u d a , p á
lida, i n c o m p l e t a , p e r o v e r d a d e r a i m á g e n d e la c r e a c i o n : u n
ser inteligente q u e r i e n d o , y u n h e c h o a p a r e c i e n d o . ¿ D ó n d e
está el v i n c u l o ? si n o p o d e i s e x p l i c á r n o s l e c o n r e s p e c t o i los
seres finitos, ¿ n o s exigireis q u e lo e x p l i q u e m o s t r a t á n d o s e d e l
ser infinito? L a i n c o m p r e n s i b i l i d a d del e n l a c e del m o v i m i e n
to del c u e r p o c o n el i m p e r i o d e la v o l u n t a d , n o n o s a u t o r i z a
á n e g a r l e : l u e g o la i n c o m p r e n s i b i l i d a d del e n l a c e d e u n s e r
q u e a p a r e c e d e n u e v o p o r efecto d el i m p e r i o d e la v o l u n t a d
 - 1 8 6 -
infinita , t a m p o c o n o s a u t o r i z a p a r a n e g a r la v e r d a d d e la
c r e a c i o n ; p o r el c o n t r a r i o , el hallar u n a c o s a t a n s e m e j a n t e
e n n o s o t r o s m i s m o s fortalece p o d e r o s a m e n t e los a r g u m e n t o s
o n t o l ó g i c o s c o n q u e se h a d e m o s t r a d o s u n e c e s i d a d . E n los
d o g m a s d e la religion cristiana á m a s d e lo q u e e n c i e r r a n
d e s o b r e n a t u r a l , se e n c u e n t r a n á c a d a p a s o v e r d a d e s filosó
ficas tan i m p o r t a n t e s c o m o p r o f u n d a s .
125. L a c a u s a l i d a d , refiriéndose á efectos p u r a m e n t e p o
sibles, n o se c o m p r e n d e lo q u e p u e d e significar , s i n o p o
n i é n d o l a e n u n a inteligencia. L a c a u s a q u e n o p r o d u c e , p e
r o q u e p u e d e p r o d u c i r el efecto , e n c i e r r a u n a r e l a c i o n d e
lo existente á lo n o existente ; la c a u s a existe , el electo n o
existe; la c a u s a n o lo p r o d u c e , p e r o p u e d e p r o d u c i r l e ; ¿ q u é
significa esta r e l a c i o n d e lo q u e existe á lo q u e n o existe?
,,no p a r e c e u n a c o s a c o n t r a d i c t o r i a , u n a relacion sin t é r m i
n o ? A s i e s e f e c t i v a m e n t e , si se p r e s c i n d e d e la inteligencia:
solo esta p u e d e referirse á lo q u e n o existe ; p u e s q u e p u e d e
p e n s a r lo n o existente. U n c u e r p o n o p u e d e t e n e r r e l a c i o n c o n
u n c u e r p o q u e n o existe ; p e r o la inteligencia p u e d e tenerla
c o n lo q u e n o existe, a u n s a b i e n d o q u e n o existe ; n o s o t r o s
m i s m o s n o s e s p a c i a m o s á n u e s t r o talante p o r las r e g i o n e s d e
la posibilidad p u r a .
126. L a v o l u n t a d t a m b i e n participa d e este c a r á c t e r d e la
inteligencia. El d e s e o se refiere á u n g o c e q u e n o es , p e r o q u e
p u e d e s e r ; n u e s t r o q u e r e r y n o q u e r e r , n u e s t r o a m o r y n u e s
tro o d i o , se refieren m u c h a s v e c e s á c o s a s p u r a m e n t e ideales,
c u y o p u r o i d e a l i s m o c o n o c e m o s p e r f e c t a m e n t e ; m a s esto n o
q u i t a q u e n o las q u e r a m o s . Así d e s e a m o s q u e s u c e d a n cosas
q u e n o s o n ; y p o d e m o s llevar n u e s t r a v e l e i d a d hasta d e s e a r
io q u e s a b e m o s q u e es i m p o s i b l e . Q u i s i é r a m o s r e c o b r a r u n a
c o s a q u e n o s c o n s t a h e m o s p e r d i d o p a r a s i e m p r e ; quisiéra
m o s la p r e s e n c i a d e u n a m i g o , la cual n o s es i m p o s i b l e p o r
la d i s t a n c i a ; q u i s i é r a m o s q u e el t i e m p o s e r e t a r d a s e ó si;
a c e l e r a s e c o n f o r m e á n u e s t r a s n e c e s i d a d e s ó c a p r i c h o s .
127. A s í n o s h a l l a m o s c o n la inteligencia y la v o l u n t a d e n
r e l a c i o n c o n lo n o existente; r e l a c i o n q u e n o es ni s i q u i e r a
c o n c e b i b l e e n u n ser destituido d e inteligencia. E s t o c o n d u c e
á u n r e s u l t a d o i m p o r t a n t e . El c o m i e n z o a b s o l u t o d e u n a c o s a
n o es posible s i n o c o n c i b i e n d o la c a u s a l i d a d r a d i c a d a e n la in
teligencia. L o q u e c o m i e n z a p a s a d e l n o s er al ser : ¿ c ó m o e s
 — 1 8 7 —
posible q u e el se r h a y a p r o d u c i d o e n otro, u n tránsito del n o
ser al ser, c u a n d o la r e l a c i o n á otro, a n t e s d e existir este otro,
era i n t r í n s e c a m e n t e i m p o s i b l e ? El s e r inteligente p u e d e p e n
sar e n otro, a u n q u e este otro n o exista; p e r o p a r a el s e r n o
inteligente c u a n d o el otro n o existe e n realidad, n o existe d e
n i n g u n m o d o ; p o r c o n s i g u i e n t e n o es posible n i n g u n a rela
cion; t o d a s las q u e se (injan s o n contradictorias, y p o r tanto
es a b s u r d o el i m a g i n a r q u e lo q u e n o es , c o m i e n z a á ser.
128. Esta r a z o n p r u e b a q u e e n el o r i g e n d e las c o s a s h a y
u n s e r inteligente c a u s a d e t o d o , y q u e sin esta inteligencia
n a d a p o d r í a h a b e r c o m e n z a d o . Si a l g o h a c o m e n z a d o , a l g o
existia d e s d e t o d a la e t e r n i d a d ; y lo q u e h a c o m e n z a d o e r a
conocido p o r lo q u e existia. E n n o a d m i t i e n d o la inteligen
cia, el c o m i e n z o es a b s u r d o . F i n g i d e n el o r i g e n d e las c o
sas, u n se r falto d e inteligencia ; s u s r e l a c i o n e s s e r ó n c o n lo
existente, p e r o n o p u e d e t e n e r n i n g u n a c o n lo n o existente:
¿ c ó m o es posible p u e s q u e lo n o existente c o m i e n c e á existir
p o r la a c c i o n d e lo existente? P a r a q u e lo q u e n o existe c o
m i e n c e , es n e c e s a r i a a l g u n a r a z o n ; p u e s q u e d e otro m o d o
seria indiferente el c o m e n z a r esto ó a q u e l l o , y a u n el c o m e n
zar ó n o c o m e n z a r . Si n o s u p o n e m o s q u e h a y u n s er q u e c o
n o c e lo q u e n o existe, y q u e p u e d a establecer, p o r d e c i r l o
asi, u n a c o m u n i c a c i o n c o n la n a d a , el s e r q u e n o existe n o
p o d r á existir j a m á s .

C A P Í T U L O X I I I .

L a actividad.
129. P a r a c o m p r e n d e r m a s á f o n d o la i d e a d e c a u s a l i d a d ,
c o n v i e n e reflexionar s o b r e las d e a c t i v i d a d y a c c i o n , c o m o
y t a m b i e n s o b r e las d e i n e r c i a ó inactividad, é in a cc i on .
130. Si c o n c e b i m o s u n ser sin inteligencia , sin v o l u n t a d -
sin sensibilidad , sin c o n c i e n c i a d e n i n g u n a e s p e c i e , y q u e
a d e m á s n o e n c i e r r e e n si n a d a q u e p u e d a alterar s u estado,
ni el d e otros, c o n c e b i m o s u n ser a b s o l u t a m e n t e inactivo.
Así, la inactividad ó la inercia a b s o l u t a r e q u i e r e n las c o n
d i c i o n e s siguientes : 1.* A b s o l u t a falta d e t o d o p r in c ip i o d o
inteligencia , d e v o l u n t a d , d e sensibilidad , y e n g e n e r a l d e
 - 1 8 8 -
t o d o c u a n t o trae c o n s i g o c o n c i e n c i a . I." A b s o l u t a falta d e
t o d o p r i n c i p i o d e m u d a n z a s c u a l e s q u i e r a e n si propio. I," A b
so luta falta d e t o d o p r i n c i p i o d e m u d a n z a e n los otros. L a
r e u n i o n d e estas c o n d i c i o n e s f o r m a la i d e a d e u n a inactivi
d a d ó" i n e r c i a a b s o l u t a ; e l e s t a d o d e u n t a l s e r , e s e l d e u n a
i n a c c i o n absoluta.
131. U n ser d e esta n a t u r a l e z a c o n s i d e r a d o e n g e n e r a l , n o
n o s o f r e c e m a s q u e la i d e a d e u n a c o s a existente ; la c u a l p o
d e m o s c o n s i d e r a r t a m b i e n c o m o u n a sustancia, s u p o n i e n d o
q u e n o está i n h e r e n t e á otro e n clase d e m o d i f i c a c i o n , ó b i e n
f i g u r á n d o n o s l e c o m o u n s u b s t r a t u m e n q u e h a y c a p a c i d a d d e
s e r m o d i f i c a d o p o r la a c c i o n q u e s o b r e él e j e r z a n otros seres.
Si q u e r e m o s caracterizar a l g u n tanto esta i d e a g e n e r a l p a r a
q u e p u e d a o f r e c e r a l g o á n u e s t r a intuicion, n o e n c o n t r a m o s
otro m e d i o q u e el d e a ñ a d i r l e la i d e a d e e x t e n s i o n , c o n lo
c u a l f o r m a m o s e n a l g u n m o d o la i d e a d e m a t e r i a inerte.
1 3 2 E x p l i c a d a s las ideas d e inercia é i n a c c i o n , q u e d a n
e x p l i c a d a s s u s o p u e s t a s , las d e ac t i vi d ad y a c c i o n .
C o n c i b i e n d o u n s er q u e tiene e n sí p r o p i o la r a z o n d e s u s
m u d a n z a s , c o n c e b i m o s u n ser activo.
C o n c i b i e n d o u n ser q u e tiene e n sí la r a z o n d e las m u d a n
z a s d e otros seres, c o n c e b i m o s t a m b i é n u n s er activo.
C o n c i b i e n d o u n ser q u e e n t i e n d e , q u i e r e , ó siente, ó q u e
d e u n m o d o ú otro tiene c o n c i e n c i a , c o n c e b i m o s t a m b i e n u n
s e r activo.
D e esto se infiere q u e la a c t i v i d a d p a r a n o s o t r o s p u e d e re
p r e s e n t a r tres cosas : o r i g e n d e las m u d a n z a s p r o p i a s ; o r i g e n
d e las m u d a n z a s ajenas; c o n c i e n c i a .
133. L a p r i m e r a e s p e c i e d e a c ti v id a d solo p u e d e c o n v e n i r
á los seres m u d a b l e s ; la s e g u n d a p u e d e c o n v e n i r á los i n m u
tables , q u e s e a n c a u s a ; la tercera es u n a a c t i v i d a d q u e p u e d e
c o n v e n i r t a n t o á los m u d a b l e s c o m o á los i n m u t a b l e s , p r e s
c i n d i e n d o a b s o l u t a m e n t e d e la i d e a d e causalidad.
134. L a r e l a c i o n g e n e r a l d e p r i n c i p i o d e m u d a n z a s p r o
pias ó a j e n a s , p e r t e n e c e á las i d e a s i n d e t e r m i n a d a s ; p o r
c o n s i g u i e n t e la ú n i c a ac ti v i da d d e q u e n o s o t r o s t e n e m o s idea
intuitiva, es la d e inteligencia , d e v o l u n t a d , y e n g e n e r a l d e
t o d o c u a n t o se refiere á los f e n ó m e n o s q u e n e c e s i t a n e s a p e r
c e p c i o n q u e l l a m a m o s c o n c i e n c i a .
135. E s p r e c i s o c o n s i d e r a r la c o n c i e n c i a c o m o u n a activi -
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d a d y c o m p r e n d e r e n este o r d e n las i d e a s d e inteligencia y
v o l u n t a d p r e s c i n d i e n d o d e t o d a r e l a c i o n á m u d a n z a s p r o p i a s
ó ajenas, si n o q u e r e m o s d e c i r q u e D i o s d e s d e t o d a la eter
n i d a d e r a u n ser inactivo , p o r q u e n o tenia m a s a c c i o n q u e
los actos i n m a n e n t e s d e e n t e n d e r y q u e r e r .
1S6. D e esto se d e d u c e q u e n o t o d a a c t i v i d a d es transiti
v a , q u e h a y v e r d a d e r a a c t i v i d a d i n m a n e n t e , d e la c u a l te
n e m o s c o n o c i m i e n t o intuitivo e n los f e n ó m e n o s d e n u e s t r a
c o n c i e n c i a .
137. L a a ct ivi dad q u e p o d e m o s c o n c e b i r e n los c u e r p o s
se r e d u c e á u n p r i n c i p i o d e las m u d a n z a s p r o p i a s ó d e las
a j e n a s , sin q u e n o s s e a d a d o el t e n e r d e ella u n c o n o c i m i e n t o
intuitivo. E n efecto : n o s o t r o s n o e s t a m o s e n relacion c o n los
c u e r p o s s i n o p o r m e d i o d e los s e n t i d o s , los c u a l e s n o s ofre
c e n s o l a m e n t e d o s ó r d e n e s d e h e c h o s c o n r e s p e c t o á la n a t u
r a l e z a c o r p ó r e a : h e c h o s subjetivos, esto es, las i m p r e s i o n e s
q u e e x p e r i m e n t a m o s l l a m a d a s s e n s a c i o n e s , las c u a l e s c r e e
m o s d i m a n a d a s d e la a c c i o n q u e los c u e r p o s e j e r c e n s o b r e
n u e s t r o s ó r g a n o s ; h e c h o s objetivos , esto es , la e x t e n s i o n , el
m o v i m i e n t o y las diferentes m o d i f i c a c i o n e s q u e c o n los s e n
tidos d e s c u b r i m o s e n las c o s a s e x t e n s a s q u e se m u e v e n . N i
la p r i m e r a clase d e h e c h o s ni la s e g u n d a , n o s d a n i d e a in
tuitiva d e la a c t i v i d a d d e los seres c o r p ó r e o s .
L o s h e c h o s subjetivos ó las s e n s a c i o n e s , s o n i n m a n e n t e s ,
esto e s , se h a l l a n e n n o s o t r o s y n o e n las c o s a s ; y e n c u a n t o
s u b j e t i v o s , n o n o s d i c e n lo q u e h a y f u e r a d e n o s o t r o s , s i n o lo
q u e h a y e n nosotros. A u n c u a n d o s u p u s i é r a m o s q u e las s e n
s a c i o n e s s o n u n v e r d a d e r o efecto d e la actividad d e los c u e r
p o s , esta act ivi da d n o se halla r e p r e s e n t a d a e n el efecto m i s
m o . C u a n d o el f u e g o calienta la m a n o , t e n e m o s p e r c e p c i o n in
tuitiva d e la s e n s a c i o n del calor , e n c u a n t o s e halla e n n o s
otros; si s u p o n e m o s q u e esta s e n s a c i o n es real m e n t e u n efecto
d e la a ct ivi dad del f u e g o , c o n o c e m o s la relacion d e n u e s t r a
s e n s a c i o n á d i c h a a c t i v i d a d c o n s i d e r a d a e n g e n e r a l é i n d e t e r
m i n a d a m e n t e , c o m o o r i g e n d e n u e s t r a s e n s a c i o n ; p e r o n o c o
n o c e m o s i n t u i t i v a m e n t e la a c ti v id a d e n sí m i s m a , p o r q u e es
ta c o m o tal, n o está r e p r e s e n t a d a e n n u e s t r a s e n s a c i o n .
L o s h e c h o s objetivos, esto es, la e x t e n s i o n , el m o v i m i e n
to y t o d o c u a n t o c o n c e b i m o s q u e n o está e n n u e s t r a s e n s a c i o n
s i n o e n el objeto m i s m o , t a m p o c o n o s o fr e ce n i n g u n a i d e a in
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tuitiva d e la a ct ivi dad d e los seres c o r p ó r e o s . L a s m o d i f i c a c i o
n e s d e la e x t e n s i o n , ó s e a n las figuras , el m o v i m i e n t o c o n
t o d o s s u s a c c i d e n t e s , y e n g e n e r a l t o d o c u a n t o o f r e c e á n u e s
tros s e n t i d o s el m u n d o c o r p ó r e o , s o n las m u d a n z a s m i s m a s
y s u s relaciones, m a s n o el pr i nc i p io m i s m o d e estas relacio
n e s , ni d e estas m u d a n z a s . El c u e r p o A , q u e está e n m o v i
m i e n t o , c h o c a c o n el c u e r p o B, q u e está e n q u i e t u d ; y este,
d e s p u e s del c h o q u e , c o m i e n z a á m o v e r s e : p r e s c i n d i e n d o d e
si el c h o q u e d e A h a sido c a u s a del m o v i m i e n t o d e B , lo q u e
n o s o t r o s p o d e m o s a s e g u r a r es , q u e n o t e n e m o s intuicion d e
la a c ti vid ad p r o d u c t i v a del m o v i m i e n t o . ¿ Q u é n o s d i c e n los
s e n t i d o s s o b r e el c u e r p o A ? solo n o s d i c e n q u e se h a m o v i d o
c o n tal ó c u a l v e l o c i d a d hasta el p u n t o M , e n q u e se h a l l a b a
el c u e r p o B. ¿ Q u é n o s d i c e n s o b r e el c u e r p o B ? solo n o s d i c e n
q u e h a c o m e n z a d o A m o v e r s e e n el instante e n q u e el c u e r p o
A h a l l e g a d o al p u n t o M ; h a s t a a h o r a solo t e n e m o s r e l a c i o n e s
d e e s p a c i o y t i e m p o e n t r e d o s objetos e x t e n s o s A y B. ¿ D ó n d e
está la intuicion d e la ac ti v id a d d e A , y d e s u a c c i o n s o b r e B ?
c a r e c e m o s a b s o l u t a m e n t e d e ella. P o r raciocinio, p o r a n a l o
gía, p o r c o n s i d e r a c i o n e s d e ó r d e n , d e c o n v e n i e n c i a , ú otras
s e m e j a n t e s , p o d r e m o s p r o b a r c o n m a s ó m e n o s solidez, q u e
e n el c u e r p o A h a b i a u n a actividad , c a u s a del m o v i m i e n t o
del c u e r p o B ; p e r o c o n esto t e n d r e m o s s o l a m e n t e u n a i d e a in
d e t e r m i n a d a d e la actividad, n o u n a intuicion d e la m i s m a .
138. L a s o b s e r v a c i o n e s q u e p r e c e d e n s o n c o n c l u y e n t e s
p a r a t o d o s los f e n ó m e n o s d e la n a t u r a l e z a c o r p ó r e a . T ó m e s e
el q u e se q u i e r a , e s c o g i e n d o el q u e m a s n o s i n d u z c a á i m a
g i n a r u n a v e r d a d e r a actividad: a n a l i z á n d o l e b i e n , h a l l a r e
m o s l i m i t a d a n u e s t r a intuicion á r e l a c i o n e s d e la e x t e n s i o n
e n el e s p a c i o y e n el t i e m p o .
T o d o s los c u e r p o s s o n p e s a d o s ; así lo e n s e ñ a la e x p e r i e n
cia; ¿ c o n o c e m o s n o s o t r o s i n t u i t i v a m e n t e el principio d e q u e
d i m a n a n los f e n ó m e n o s d e la p e s a d e z ? n o , d e n i n g u n a m a
n e r a . E x a m i n é m o s l o e n el ó r d e n subjetivo y e n el objetivo.
¿ Q u é n o s o fre ce la p e s a d e z e n c u a n t o s e n t i d a p o r n o s o t r o s ?
n a d a m a s q u e e s a a f e c c i o n , q u e l l a m a m o s p e s o , esto es, u n a
p r e s i o n e n n u e s t r o s m i e m b r o s . ¿ Q u é n o s o f r e c e la p e s a d e z
o b j e t i v a m e n t e ? la d i r e c c i o n d e los c u e r p o s h á c i a u n c e n t r o
c o n tal ó c u a l v e l o c i d a d s e g u n las c i r c u n s t a n c i a s : e n t o d o
esto solo h a l l a m o s , ó u n h e c h o p u r a m e n t e i n t e r n o q u e es la
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s e n s a c i o n ingrata d e p e s o ó p r e s i o n , ó p u r a s r e l a c i o n e s d e
objetos e x t e n s o s e n el e s p a c i o y e n el t i e m p o .
139. El f u e g o q u e m a , r e d u c e á c e n i z a s los objetos; n a d a
m a s p r o p i o p a r a d a r n o s i d e a d e actividad; n o o b s t a n t e ¿ p o
d e m o s d e c i r q u e la c o n o z c a m o s i n t u i t i v a m e n t e ? n o , d e n i n
g u n a m a n e r a . E n el ó r d e n subjetivo t e n e m o s la s e n s a c i o n
d o l o r o s a d e q u e m a d u r a , y q u e e n c u a n t o tal, es u n f e n ó m e
n o p u r a m e n t e i n t e r n o ; e n el ó r d e n objetivo t e n e m o s la d e s
o r g a n i z a c i o n d e los c u e r p o s q u e m a d o s , la c u a l n o o f r e c e á
n u e s t r o s sentidos otra c o s a q u e m u d a n z a s e n el v o l ú m e n , e n
la figura, e n el color, y e n las d e m á s c a l i d a d e s relativas A
n d u a e d s t, r m o a s s s e n n o t i l d a o a s c : t i t v o i d d o a d e s m t i o s s m e a r . á t a l v e z e f e c t o d e l a a c t i v i -

140. L a luz reflejando s o b r e u n objeto v i e n e á p a r a r á

n u e s t r o s ojos, p i n t a n d o e n la retina el objeto e n q u e se re
fleja. ¿ T e n e m o s a q u í intuicion d e la a c t i v i d a d d e la l u z ? no,
d e n i n g u n a m a n e r a . E n el ó r d e n subjetivo, h a l l a m o s la s e n
s a c i o n l l a m a d a ver; e n el objetivo e n c o n t r a m o s el t a m a ñ o ,
la figura y d e m á s r e l a c i o n e s del objeto e n el e s p a c i o ; c o n
s i d e r a n d o la luz m i s m a h a l l a m o s u n fluido c u y o s r a y o s tie
n e n tal ó c u a l d i r e c c i o n s o m e t i d a á leyes d e t e r m i n a d a s , p e
r o d e n i n g u n m o d o c o n o c e m o s i n t u i t i v a m e n t e s u actividad;
y p a r a p e r s u a d i r n o s d e q u e la actividad existe n e c e s i t a m o s
r a c i o c i n a r e c h a n d o m a n o d e principios q u e n o están e n la
esfera d e n u e s t r a intuicion.
141. L a s c u a t r o i n t u i c i o n e s d e sensibilidad p a s i v a , s e n
sibilidad a c t i v a , inteligencia y v o l u n t a d (Lib. I V , capítu
lo X X I I ) , se r e d u c e n á d o s : e x t e n s i o n y c o n c i e n c i a ; c o m
p r e n d i e n d o e n la e x t e n s i o n t o d a s s u s m o d i f i c a c i o n e s , y e n
la c o n c i e n c i a t o d o s los f e n ó m e n o s i n t e r n o s d e u n ser sensi
tivo ó intelectual, e n c u a n t o se h al l an e n e s e f o n d o c o m u n
q u e s e apellida c o n c i e n c i a . A s í p u e s n o s o t r o s c o n o c e m o s in
t u i t i v a m e n t e d o s m o d o s d e s e r ; la c o n c i e n c i a y la e x t e n s i o n :
la c o n c i e n c i a la t e n e m o s e n n o s o t r o s m i s m o s , es u n h e c h o
subjetivo; la e x t e n s i o n está f u e r a d e nosotros, y s u e x i s t e n
cia n o s la a t e s t i g u a n las s e n s a c i o n e s , y e n particular las d e
la vista y del tacto.
142. L a clasificacion d e estas d o s intuiciones es s o b r e m a
n e r a i m p o r t a n t e p a r a distinguir lo activo d e lo inerte. E n la
c o n c i e n c i a h a l l a m o s u n tipo d e v e r d a d e r a a ct i vi d ad ; e n la e x
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t e n s i o n c o m o tal , h a l l a m o s u n ti p o d e v e r d a d e r a i n e r c i a : c o n
s o l o p e n s a r e n la c o n c i e n c i a p e n s a m o s e n a l g o ac t iv o sin
n e c e s i d a d d e a ñ a d i r otra idea; p e n s a n d o e n la e x t e n s i o n p o
la, se n o s o f r e c e la i m a g e n d e u n a c o s a s u s c e p t i b l e d e m u
c h a s m o d i f i c a c i o n e s y q u e n o e n c i e r r a el p ri n ci p io d e n i n
g u n a d e ellas; p a r a p e n s a r e n u n a a c ti v id a d c o r p ó r e a d e b e
m o s salir d e la i d e a p u r a d e e x t e n s i o n y p e n s a r e n g e n e r a l
e n u n p r i n c i p i o d e m u d a n z a s ; lo q u e n a d a tiene q u e v e r c o n
la intuicion d e lo e x t e n s o .
U S . A s í La u n i c a actividad d e q u e n o s o t r o s t e n e m o s c o
n o c i m i e n t o intuitivo, es la d e c o n c i e n c i a ; p u e s d e l a s activi
d a d e s c o r p ó r e a s solo t e n e m o s i d e a s i n d e t e r m i n a d a s . L a s pala
b r a s d e a c c i o n , r e a c c i o n , f u er z a , resistencia , i m p u l s o , s o l o
« x p r e s a n r e l a c i o n e s i n d e t e r m i n a d a s y q u e n o r e p r e s e n t a n n a
d a fijo s i n o e n s u s e f e c t o s . L o s m e c á n i c o s e x p r e s a n las f u e r z a s
p o r líneas ó p o r n ú m e r o s , esto es, p o r los r e s u l t a d o s sujetos
á cálculo. El m i s m o N e w t o n al e s t a b l e c e r s u s i s t e m a d e la
a t r a c e i o n u n i v e r s a l , d e c l a r a s u i g n o r a n c i a d e la c a u s a i n m e
diata d el f e n ó m e n o , y se limita á s e ñ a l a r las leyes á q u e se
h a l l a n s o m e t i d o s los m o v i m i e n t o s d e los c u e r p o s
144. E n los seres m u d a b l e s la a c t i v i d a d n o s r e p r e s e n t a u n
p r i n c i p i o d e las t r a s f o r m a c i o n e s p r o p i a s y a j e n a s , c o m o si
d i j é r a m o s u n a s o b r e a b u n d a n c i a d e ser q u e se v a d e s e n v o l
v i e n d o y q u e á p r o p o r c i o n d e s u desarrollo se v a p e r f e c c i o
n a n d o . E n n u e s t r o espíritu h a l l a m o s u n e j e m p l o d e este d e s
arrollo. El n i ñ o al n a c e r r e c i b e c o n f u s a m e n t e las i m p r e s i o
n e s d e c u a n t o le r o d e a . C o n la r e p e t i c i o n d e estas s u activi
d a d se v a d e s e n v o l v i e n d o , y lo o s c u r o se aclara , lo c o n f u s o
s e o r d e n a , lo débil se fortalece , el p e n s a m i e n t o n a c e , la
c o m p a r a c i o n c o m i e n z a , la reflexion se d e s p l e g a , y a q u e l
s e r t o r p e y p o e o m e n o s q u e inerte , llega q u i z á s á se r u n g e
n i o q u e a s o m b r a al m u n d o . L o s m a t e r i a l e s le h a n v e n i d o d e
a f u e r a ; p e r o ¿ d e q u é h a b r í a n s e r v i d o sin es e v i v í s i m o foco
d e actividad q u e los t r a s f o r m a b a y q u e s a c a b a d e ellos p r o
d u c t o s n u e v o s y e x q u i s i t o s ? L o s m i s m o s f e n ó m e n o s d e la
n a t u r a l e z a se o f r e c e n á los ojos d e los b r u t o s a n i m a l e s q u e á
los d e K e p l e r o ó d e N e w t o n ; sin e m b a r g o lo q u e p a r a a q u e
llos n o sale d e la esfera d e las i m p r e s i o n e s sensibles, se c o n
vierte p a r a estos e n u n m a n a n t i a l d e teorías a d m i r a b l e s .
145. El ser activo c o n t i e n e v i r t u a l m e n t e las p e r f e c c i o n e s
 — m —
q u e d e b e a d q u i r i r ; es c o m p a r a b l e á u n g e r m e n e n q u e se
halla el á r b o l colosal y c u y o d e s a r r o l l o d e p e n d e d e las cir
c u n s t a n c i a s del t e r r e n o y del c l i m a ; p o r el c o n t r a r i o el s e r
i n a c t i v o n a d a s e p u e d e d a r á si p r o p i o , t i e n e u n e s t a d o _y lo
c o n s e r v a hasta q u e u n a g e n t e se lo m u d a ; y á s u v e z p e r
m a n e c e e n el n u e v o h a s t a q u e otra a c c i o n q u e t a m b i e n le
v i e n e d e fuera, se lo q u i t a y le c o m u n i c a otro diferente.
146. L a act ivi da d es u n p r i n c i p i o d e d e t e r m i n a c i o n e s
p r o p i a s ó ajenas; p e r o este p r i n c i p i o p u e d e o b r a r d e d o s
m o d o s : c o n inteligencia 6 sin ella. C u a n d o el s e r es inteli
g e n t e , s u inclinacion á lo c o n o c i d o , se l l a m a v o l u n t a d . Esta,
ó s e inclina n e c e s a r i a m e n t e al objeto ó n o : e n el p r i m e r c a
so, es u n a e s p o n t a n e i d a d n e c e s a r i a ; e n el s e g u n d o es u n a
e s p o n t a n e i d a d libre. L a libertad p u e s n o existe c o n sola la
a u s e n c i a d e c o a c c i o n ; h a m e n e s t e r t a m b i e n d e la a u s e n
cia d e t o d a n e c e s i d a d a u n q u e s e a e s p o n t á n e a ; la v o l u n t a d
h a d e b i d o p o d e r q u e r e r ó n o q u e r e r el objeto; si esta c o n d i
c i o n falta, n o h a y libre albedrío.
147. E s d i g n o d e n o t a r s e q u e n u e s t r a intuicion d e lo e x
t e r n o , s e refiere solo á lo inactivo: la e x t e n s i o n ; y q u e la d e
lo i n t e r n o , se refiere p r i n c i p a l m e n t e á la a c t i v i d a d : la c o n
ciencia. P o r lo p r i m e r o , c o n o c e m o s u n s u b s t r a t u m d e m u d a n
zas, p u e s t o d a s p a r e c e n verificarse e n la e x t e n s i o n ; p o r lo se
g u n d o , n o c o n o c e m o s i n t u i t i v a m e n t e n i n g u n sujeto , s i n o las
m u d a n z a s m i s m a s . L a u n i d a d del sujeto d e ellas, la p r o b a m o s
p o r raciocinio, p e r o n o la v e m o s i n t u i t i v a m e n t e (Lib.IX, capí
t u l o s VI, Vil, I X , XI). L a e x t e n s i o n , c o m o tal, s e n o s p r e s e n t a
s i m p l e m e n t e pasiva; la c o n c i e n c i a , c o m o tal, es s i e m p r e a c
tiva; p u e s a u n e n los c a s o s e n q u e se halla m a s pasiva, c o m o
e n las s e n s a c i o n e s , todavía, e n c u a n t o c o n c i e n c i a , e n c i e r r a
a c t i v i d a d ; p u e s p o r ella , el sujeto se d a c u e n t a á sí p r o p i o
e x p K í i t a ó i m p l í c i t a m e n t e , d e la a f e c c i o n e x p e r i m e n t a d a .

C A P Í T U L O X I V .

S e e x a m i n a si es posible la a c t m d a d corporea.
148. S e ñ a l a d o el limite d e n u e s t r o c o n o c i m i e n t o intuiti
v o c o n r e s p e c t o á la c a u s a l i d a d y á la actividad, r e s u l t a n des-
T. IV. 13
 — 1 9 4 —
v a n e c i d o s los a r g u m e n t o s q u e p u e d a n objetarse á la causali
d a d s e c u n d a r i a , a p r o v e c h á n d o s e d e la c o n f u s i o n d e las ideas
intuitivas c o n las i n d e t e r m i n a d a s ; p e r o falta t o d a v í a e x a m i
n a r si h a y v e r d a d e r a s c a u s a s s e g u n d a s , esto es, si s e halla
r e a l m e n t e e n los s e r e s finitos u n p r i n c i p i o d e las m u d a n z a s
p r o p i a s ó ajenas. N o h a n faltado filósofos , y e n t r e ellos el
ilustre M a l e b r a n c h e , q u e h a n n e g a d o á las c a u s a s s e g u n d a s
t o d a eficacia, r e d u c i é n d o l a s á m e r a s o c a s i o n e s . El a u t o r d e la
I n v e s t i g a c i o n d e l a v e r d a d te. a d e l a n t a á s o s t e n e r q u e l a c a u s a
l i d a d s e c u n d a r i a n o solo n o existe, s i n o q u e es i m p o s i b l e .
149. D o s e s p e c i e s d e s e r e s se n o s p r e s e n t a n e n el u n i
v e r s o , los i n m a t e r i a l e s y los c o r p ó r e o s : a m b a s o f r e c e n difi
c u l t a d e s particulares q u e c o n v i e n e e x a m i n a r p o r s e p a r a d o .
C o m e n c e m o s p o r la m a t e r i a . S e d i c e q u e la m a t e r i a es i n c a
p a z d e t o d a actividad, q u e p o r s u e s e n c i a es i n d i f e r e n t e p a r a
t o d o , q u e es s u s c e p t i b l e d e t o d o linaje d e m o d i f i c a c i o n e s .
Y o n o a l c a n z o e n q u é se f u n d a esta p r o p o s i c i o n t a n general,
y n o v e o c ó m o s e a p o s i b l e a p o y a r l a n i e n la r a z o n n i e n la
e x p 1 5 e 0 r . i e n P c ai a r . a s o s t e n e r q u e l a m a t e r i a e s c o m p l e t a m e n t e i n a c
tiva, d e tal s u e r t e q u e h a s t a s e a i n c a p a z d e t o d a actividad,
seria p r e c i s o c o n o c e r s u m i s m a e s e n c i a , y este c o n o c i m i e n t o
n o s falta. ¿ C o n q u é d e r e c h o n e g a m o s la posibilidad d e u n
atributo i g n o r a n d o c u á l es la n a t u r a l e z a del o bj e t o á q u e d e
b e p e r t e n e c e r , ó n o c o n o c i e n d o p o r lo m e n o s a l g u n a d e sus
p r o p i e d a d e s , á la c u a l el atributo r e p u g n e ? E s v e r d a d q u e
n e g a m o s á la m a t e r i a la posibilidad d e p e n s a r , y a u n d e s e n
tir; p e r o esta n e g a c i o n n o e s l e g í t i m a s i n o p o r q u e c o n o c e
m o s d e la m a t e r i a lo b a s t a n t e p a r a d i c h a i m p o s i b i l i d a d . E n
la m a t e r i a , s e a c u a l f u e r e s u e s e n c i a í n t i m a , h a y partes, y
p o r c o n s i g u i e n t e m u l t i p l i c i d a d ; y los h e c h o s d e c o n c i e n c i a
r e q u i e r e n n e c e s a r i a m e n t e u n s er u n o y s i m p l e (Lib. IX).
N o s u c e d e lo m i s m o c o n r e s p e c t o á la actividad; esta c u a n
d o n o n o s o f r e c e la i d e a intuitiva d e c o n c i e n c i a , n o s p r e s e n
ta s o l a m e n t e el c o n c e p t o i n d e t e r m i n a d o d e u n p r i n c i p i o d e
m u d a n z a s p r o p i a s ó a j e n a s ; lo c u a l n o es c o n t r a d i c t o r i o c o n
la i d e a d e multiplicidad. F í n j a s e q u e e n los c u e r p o s q u e se
m u e v e n , h a y u n a v e r d a d e r a actividad, r e a l m e n t e p r o d u c t i v a
d el m o v i m i e n t o e n los otros ; n o h a y n i n g u n a c o n t r a d i c c i o n
e n q u e d i c h a actividad s e halle distribuida e n t r e las d i f e r e n
 — 1 9 5 —
tes partes del c u e r p o , las c u a l e s e n el m o m e n t o del c h o q u e ,
p r o d u z c a n s u efecto r e s p e c t i v o c a u s a n d o el m o v i m i e n t o á las
partes del otro c u e r p o c o n las q u e se h a n p u e s t o e n c o nt a ct o .
151. T e n e m o s p u e s q u e e x a m i n a d a la c u e s t i o n o priori, ó
p o r la i d e a m i s m a del c u e r p o , n o h a l l a m o s n i n g u n a r a z o n
p a r a n e g a r l e la posibilidad d e se r activo. E s v e r d a d q u e la
e x t e n s i o n d e los c u e r p o s e n c u a n t o tal , s e n o s o f r e c e c o m o
u n a c o s a m u e r t a , indiferente á t o d a s las figuras y á t o d o s los
m o v i m i e n t o s , sin q u e ' d e s c u b r a m o s e n ella n i n g u n p r i n c i p i o
d e a c t i v i d a d (cap. XIII); m a s p a r a q u e esto p u e d a p r o b a r al
go, seria n e c e s a r i o s u p o n e r q u e la e s e n c i a d e los c u e r p o s
consiste e n la m i s m a e x t e n s i o n , y q u e esta n o tiene m a s d e
lo q u e o f r e c e á n u e s t r o s s e n t i d o s , sin q u e e n c i e r r e n a d a e n
q u e p u e d a f u n d a r s e s u actividad. L o p r i m e r o es u n a o p i n i o n ,
p e r o destituida d e t o d o f u n d a m e n t o ; lo s e g u n d o , n o p u e d e
ser d e m o s t r a d o n u n c a , p u e s q u e s e e s c a p a á t o d a o b s e r v a
cion, y n o p u e d e ser objeto d e i n v e s t i g a c i o n e s a priori.
152. ¿ C ó m o p o d r á p r o b a r s e q u e la e s e n c i a d e los c u e r p o s
c o n s i s t e e n la e x t e n s i o n ? (Lib. III). L o q u e n o s o t r o s p o d e m o s
d e c i r es q u e la e x p e r i m e n t a m o s , y q u e toda la n a t u r a l e z a
c o r p ó r e a se n o s o f r e c e bajo la f o r m a d e e x t e n s a ; e n p a s a n d o
d e este p u n t o a f i r m a m o s sin n i n g u n f u n d a m e n t o , sustitui
m o s á la r e a l i d a d u n j u e g o d e n u e s t r a fantasía. L a e s e n c i a
d e u n a c o s a es a q u e l l o q u e la c o n s t i t u y e lo q u e es ; a q u e l l o
q u e le sirve d e f o n d o i n t i m o , s i e n d o la raiz d e s u s p r o p i e
d a d e s ; ¿ q u i é n n o s h a d i c h o q u e c o n o c e m o s e se f o n d o , e s a
raiz e n los objetos c o r p ó r e o s ? N o s o t r o s n o s e n t i m o s n a d a
q u e n o s e a e x t e n s o , es v e r d a d ; n o c o n c e b i m o s á q u é se re
d u c e el c u e r p o e n faltándole la e x t e n s i o n , t a m b i e n es v e r
d a d ; p e r o d e esto solo se d e d u c e q u e la e x t e n s i o n es u n a
f o r m a b a j o la c u a l se p r e s e n t a n los c u e r p o s á n u e s t r o s s e n
tidos , q u e esta f o r m a es u n a c o n d i c i o n n e c e s a r i a p a r a q u e
p u e d a s e r a f e c t a d a n u e s t r a sensibilidad; p e r o n o q u e la for
m a s e a la m i s m a e s e n c i a d e la c o s a ; n o q u e e n la c o s a n o
h a y a a l g o m a s í n t i m o e n q u e r a d i q u e la f o r m a m i s m a .
1 5 3 . Si la e s e n c i a d e los c u e r p o s consistiese e n la e x t e n
s i o n tal c o m o se o f r e c e á n u e s t r o s sentidos, h a b i e n d o igual
d a d d e e x t e n s i o n h a b r í a i g u a l d a d d e esencia; las e s e n c i a s d e
los c u e r p o s estarían sujetas á m e d i d a c o m o lo e s t á n las di
m e n s i o n e s : d o s g l o b o s d e d i á m e t r o s e n t e r a m e n t e iguales se
 - 1 9 6 -
H í n (los c u e r p o s e s e n c i a l m e n t e iguales ; á esto se o p o n e la
e x p e r i e n c i a y hasta el s e n t i d o c o m u n . S e n o s d i r á q u e n o
b a s t a la p u r a d i m e n s i o n e n c u a n t o sujeta á m e d i d a , pitra
f o r m a r i g u a l d a d d e e s e n c i a s , s i n o q u e es n e c e s a r i a la igual
d a d d e n a t u r a l e z a d e e x t e n s i o n d e a m b o s c u e r p o s ; p e r o y o
p r e g u n t a r é ¿ q u é significa naturaleza d e e x t e n s i o n ? Si la p a
l a b r a naturaleza n o h a d e se r a q u í u n a p a l a b r a sin s e n t i d o ,
d e b e r á significar a l g o distinto d e la e x t e n s i o n e n c u a n t o so
m e t i d a á n u e s t r a s e n s i b i l i d a d ; e n c u y o c a s o inferiré q u e así
c o m o p a r a diversificar las e s e n c i a s d e los c u e r p o s s e finge
a l g o q u e n o se e n c i e r r a e n la e x t e n s i o n e n c u a n t o sujeta á la
i n t u i c i o n sensible, t a m b i e n se p o d r á fingir a l g o q u e s e a ca
p a z d e a c t i v i d a d , y q u e p o r c o n s i g u i e n t e o f r e i c a á n u e s t r o
e n t e n d i m i e n t o u n a i d e a a c c e s o r i a q u e vivifique p o r decirlo
asi ós e f o n d o m u e r t o q u e h a l l a m o s e n la e x t e n s i o n , c o n s i d e
r a d a c o m o s i m p l e o bj et o d e las ideas p u r a m e n t e g e o m é t r i c a s .
134. L a e x p e r i e n c i a es i n c a p a z d e d e m o s t r a r n o s la i m p o
sibilidad d e q u e los c u e r p o s s e a n activos. L a i n a c c i o n a b s o
luta n o p u e d e afectarnos, y d e c o n s i g u i e n t e n o p o d e m o s co
n o c e r l a p o r e x p e r i e n c i a . L o q u e p o d e m o s e x p e r i m e n t a r es
la a c c i o n ó s e a el ejercicio d e la actividad; p e r o la i n a c c i o n
ó s e a el e s t a d o d e u n a c o s a a b s o l u t a m e n t e inactiva, n o p u e
d e se r objeto d e e x p e r i e n c i a : esto es contradictorio.

C A P Í T U L O X V .

C o n j e t u r a s s o b r e la existencia d e la actividad c o r p ó r e a .
155. A t e n i é n d o n o s á la e x p e r i e n c i a , léjos d e q u e d e b a
m o s inferir la i n e r c i a a b s o l u t a d e los c u e r p o s , n o s h a l l a m o s
i n c l i n a d o s á c r e e r q u e están d o t a d o s d e actividad. A u n q u e
los s e n t i d o s n o n o s o f r e z c a n la intuicion d e n i n g u n a activi
d a d c o r p ó r e a , n o s p r e s e n t a n n o o b s t a n t e u n a c o n t i n u a série
d e m u d a n z a s , c o n u n ó r d e n fijo e n los f e n ó m e n o s d e l m u n d o
c o r p ó r e o ; y si algo v a l e n p a r a inferir la v e r d a d e r a a c t i v i d a d
d e u n o s s o b r e otros, la c o i n c i d e n c i a d e s u s r e l a c i o n e s e n el
e s p a c i o y e n el t i e m p o , la c o n s t a n t e s u c e s i o n c o n q u e v e
m o s q u e los u n o s v i e n e n d e s p u e s d e los otros, la i n v a r i a b l e
e x p e r i e n c i a d e q u e p a r a q u e se s i g a n los u n o s b a s t a p o n e r

t
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los otros; es n e c e s a r i o q u e a d m i t a m o s e n los c u e r p o s v e r
d a d e r a actividad. E s t a r a z o n , v a l g a lo q u e valiere e n el tri
b u n a l d e la metafísica, h a sido e n todos t i e m p o s b a s t a n t e
p o d e r o s a p a r a c o n v e n c e r á la g e n e r a l i d a d d e los h o m b r e s , y
así es q u e el n e g a r á los c u e r p o s el c a r á c t e r d e activos s e
halla e n o p o s i c i o n c o n el s e n t i d o c o m u n .
156. Si a t e n d e m o s á las r e l a c i o n e s q u e t e n e m o s c o n el
m u n d o c o r p ó r e o , t o d o n o s i n d u c e á c r e e r q u e h a y e n los
c u e r p o s v e r d a d e r a actividad. S e a c u a l f u e r e n u e s t r a i g n o
r a n c i a s o b r e el m o d o c o n q u e s o n p r o d u c i d a s e n n o s o t r o s las
s e n s a c i o n e s , lo cierto es q u e las e x p e r i m e n t a m o s e n p r e s e n
cia d e los c u e r p o s , q u e están ligadas c o n estos p o r relacio
n e s d e e s p a c i o y t i e m p o e n u n ó r d e n fijo y c o n s t a n t e , q u e n o s
a u t o r i z a p a r a p r o n o s t i c a r c o n t o d a s e g u r i d a d lo q u e d e b e s u
c e d e r e n n u e t s r o s sentidos, si tales ó c u a l e s c u e r p o s s o n p u e s
tos e n r e l a c i o n c o n n u e s t r o s ó r g a n o s . L a i d e a d e actividad,
n o s o f r e c e la d e u n p r i n c i p i o d e m u d a n z a s e n otros seres ;
los c u e r p o s las están p r o d u c i e n d o d e c o n t i n u o e n n os o t ro s,
real ó a p a r e n t e m e n t e . El ejercicio d e las facultades sensiti
vas, i m p l i c a u n a c o m u n i c a c i o n c o n los s e r e s c o r p ó r e o s ; y e n
esta c o m u n i c a c i o n el ser sensitivo r e c i b e d e los c u e r p o s u u a ,
m u l t i t u d d e i m p r e s i o n e s , q u e le h a c e n sufrir c o n t i n u a s m u
d a n z a s .
157. S e d i c e q u e la e x p e r i e n c i a e n s e ñ a q u e los c u e r p o s
s o n indiferentes p a r a el r e p o s o ó el m o v i m i e n t o ; y se a s i e n
ta c o m o c o s a i n d u d a b l e e n los p r e á m b u l o s d e a l g u n a s o b r a s
d e física q u e u n c u e r p o p u e s t o e n q u i e t u d p e r m a n e c e r í a e n
el m i s m o e s t a d o p o r t o d a la eternidad, y q u e p u e s t o e n m o
v i m i e n t o se m o v e r i a t a m b i e n p o r t o d a la e t e r n i d a d e n linea,
r e c t a y s i e m p r e c o n la m i s m a v e l o c i d a d q u e recibiera d e s d e
u n principio. N o sé c ó m o se h a n p o d i d o c o n o c e r p o r e x p e
r i e n c i a s e m e j a n t e s p r o p o s i c i o n e s ; y o s o s t e n g o q u e n o solo n o
se h a n p o d i d o c o n o c e r , s i n o q u e la e x p e r i e n c i a p a r e c e indi
c a r t o d o lo contrario.
158. ¿ D ó n d e se h a e n c o n t r a d o j a m á s u n c u e r p o indiferen
te p a r a el m o v i m i e n t o ó el r e p o s o ? E n t o d o s los terrestres
h a l l a m o s u n a t e n d e n c i a al m o v i m i e n t o , c u a n d o n o d e otra
clase, d e g r a v i t a c i o n hácia.el c e n t r o d e la tierra. L o s celes
tes q u e h e m o s p o d i d o o b s e r v a r , e s t á n t o d o s e n m o v i m i e n t o , ;
y el c á l c u l o d e a c u e r d o c o n la e x p e r i e n c i a n o s los m a n i f i e s t a
 - 1 9 8 -
s o m e t i d o s á la atraccion universal: ¿ d ó n d e está la indi fer en
cia p a r a el r e p o s o ó el m o v i m i e n t o , a t e s t i g u a d a p o r la e x
p e r i e n c i a ? M a s b i e n d e b e r e m o s d e c i r q u e la e x p e r i e n c i a
n o s atestigua u n a i n c l i n a c i o n g e n e r a l d e los c u e r p o s h á c i a
el m o v i m i e n t o .
159. S e n o s objetará tal v e z q u e esta i n c l i n a c i o n n o di
m a n a d e n i n g u n a actividad d e los c u e r p o s , s i n o q u e es u n
s i m p l e efecto d e u n a ley del C r i a d o r . S e a e n b u e n h o r a ; p e
r o al m e n o s n o se d i g a q u e la e x p e r i e n c i a n o s p r e s e n t a los
c u e r p o s c o m o indiferentes p a r a el m o v i m i e n t o y el r e p o s o ;
si se q u i e r e , e x p l i q u e s e el m o v i m i e n t o sin activid ad, s o s t é n
g a s e q u e n o h a y actividad, n o o b s t a n t e las a p a r i e n c i a s e x p e
r t i r m a e n n t l a l e f a s l ; t a p e d r e o a nc t o i v s i e d a d d i . g a q u e e s t a s a p a r i e n c i a s d e m u e s

160. Si p o n g o s o b r e m i b uf e te u n c u e r p o , p e r m a n e c e e n
r e p o s o , y allí le e n c u e n t r o al dia s i g u i e n t e y le e n c o n t r a r é
á la v ue lt a d e m u c h o s a ñ o s . El c u e r p o sin e m b a r g o , n o está
indiferente p a r a el m o v i m i e n t o ó el r e p o s o ; allí se está
quieto, p e r o v a e j e r c i e n d o c o n t i n u a m e n t e s u a c t i v i d a d ; así
lo m u e s t r a s u p r e s i o n s o b r e el b u f e t e q u e le sustenta. Este
ejercicio es i n c e s a n t e , se le e x p e r i m e n t a e n t o d o s los m o
m e n t o s , c o m o lo p r u e b a el q u e si se le q u i e r e l e v a n t a r ofrece
resistencia, si se a p a r t a el b u f e t e se cae, si se le p o n e la m a
n o d e b a j o la c o m p r i m e , y h a c e c a m b i a r d e f o r m a los c u e r
p o s b l a n d o s s o b r e q n e pesa.
161. El d e c i r q u e la a t r a c c i o n del c e n t r o d e la tierra o b r a
s o b r e el c u e r p o , n o p r u e b a n a d a c o n t r a la a ct i vi d ad c o r p ó
rea, a n t e s b i e n la c o n f i r m a ; p u e s q u e este c e n t r o e s otro
c u e r p o , y así q u i t a n d o la a c t i v i d a d al u n o la d a m o s al otro.
A d e m á s s e g u n t o d a s las o b s e r v a c i o n e s , la a t r a c c i o n es recí
p r o c a , y p o r c o n s i g u i e n t e la a c ti v id a d a t r a e n t e se halla re
p a r t i d a e n t r e t o d o s los c u e r p o s .
162. El m u n d o c o r p ó r e o , léjos d e o f r e c e r n o s u n a m a s a
inerte, n o s p r e s e n t a m a s b i e n la a p a r i e n c i a d e u n a a c t i v i d a d
q u e d e s p l e g a f u e r z a s colosales. Colosal es la m a s a d e los
c u e r p o s q u e se m u e v e n p o r los e s p a c i o s ; colosal es la órbita
q u e d e s c r i b e n ; colosal la v e l o c i d a d c o n q u e la r e c o r r e n ; c o
losal la influencia, al m e n o s a p a r e n t e , q u e e j e r c e n los u n o s
s o b r e los otros; colosal la distancia al través d e la c u a l se p o
n e n e n c o m u n i c a c i o n . ¿ D ó n d e está la falta d e a c t i v i d a d ates
 — 1 9 9 -
t i g u a d a p o r la e x p e r i e n c i a ? R a u d a l e s d e luz i n u n d a n los e s
p a c i o s p r o d u c i e n d o e n los s e r e s sensitivos los a d m i r a b l e s
f e n ó m e n o s d e la vision : r a u d a l e s d e c a l ó r i c o se e x t i e n d e n
e n t o d a s d i r e c c i o n e s y llevan p o r todas partes el m o v i m i e n
to y la vida; ¿ d ó n d e está la falta d e a c t i v i d a d a t e s t i g u a d a
p o r la e x p e r i e n c i a ? L a v e g e t a c i o n q u e c u b r e n u e s t r o globo,
los f e n ó m e n o s d e la v i d a q u e e x p e r i m e n t a m o s e n n o s o t r o s
m i s m o s y e n e s a m u c h e d u m b r e d e a n i m a l e s q u e n o s r o
d e a n , ¿ n o h a n m e n e s t e r d e u n c o n t i n u o m o v i m i e n t o d e la
m a t e r i a , d e u n flujo y reflujo, p o r d e c i r l o así, d e a c c i o n e s y
r e a c c i o n e s q u e los c u e r p o s e j e r c e n los u n o s s o b r e los otros,
e n la r e a l i d a d ó e n la a p a r i e n c i a ? L o s f e n ó m e n o s d e la elec
tricidad, d e l m a g n e t i s m o , de l g a l v a n i s m o ¿ n o n o s o f r e c e n
m a s b i e n p r i n c i p i o s d e m u c h a a c t i v i d a d , o r i g e n d e m o v i
m i e n t o d o n d e q u i e r a q u e se hallen , q u e n o objetos indife
r e n t e s p a r a el m o v i m i e n t o ó p a r a el r e p o s o ? L a s i d e a s d e a c
t i v i d a d , d e f u e r z a , d e i m p u l s o , n o s h a n s i d o s u g e r i d a s n o
s o l o p o r n u e s t r a a c t i v i d a d i n t e r n a , s i n o t a m b i e n p o r la e x
p e r i e n c i a del m u n d o c o r p ó r e o q u e d e s p l e g a á n u e s t r o s ojos
b a j o leyes c o n s t a n t e s , u n a c o n t i n u a v a r i e d a d d e e s c e n a s
m a g n i f i c a s , c u y o o r i g e n p a r e c e i n d i c a r u n f o n d o d e activi
d a d incalculable.
163. V é a s e p u e s c u á n sin f u n d a m e n t o se a p e l a á la e x p e
r i e n c i a p a r a c o m b a t i r la e x i s t e n c i a d e u n a c a u s a l i d a d c o r
p ó r e a , y c u á n t o m a s a c o r d e s v a n c o n d i c h a e x p e r i e n c i a l o s fi
lósofos q u e o t o r g a n á los m i s m o s c u e r p o s u n a ac t i vi d ad v e r
d a d e r a . A l s e ñ a l a r los límites d e n u e s t r a intuicion e n lo to
c a n t e á la c a u s a l i d a d y a c t i v i d a d e n sí m i s m a s (capítulos X I
y XIII) h e d i c h o lo b a s t a n t e p a r a q u e n o se c r e a q u e j u z g o
p o s i b l e el d e m o s t r a r m e t a f í s i c a m e n t e la existencia d e acti
v i d a d e n el m u n d o c o r p ó r e o ; p e r o n o p u e d o m e n o s d e insis
tir e n q u e si a l g o v a l e e n f a v o r d e la c a u s a l i d a d la r e l a c i o n
c o n s t a n t e d e los f e n ó m e n o s e n el e s p a c i o y e n el t i e m p o , si
a l g o vale la s u c e s i o n invariable d e u n a s c o s a s d e s p u e s d e
otras; es p r e c i s o inclinarse á la o p i n i o n d e q u e h a y e n los
c u e r p o s v e r d a d e r a actividad; q u e e n u n ó r d e n s e c u n d a r i o se
halla e n los u n o s la r a z o n d e las m u d a n z a s d e los otros; y
q u e p o r c o n s i g u i e n t e h a y e n el m u n d o c o r p ó r e o u n e n c a d e
n a m i e n t o d e c a u s a s s e g u n d a s h a s t a llegar a la p r i m e r a d o n
d e está el o r i g e n y la r a z o n d e todo.
 - 2 0 » —

C A P Í T U L O X V I .

Causalidad interna.
164. L a c o n c i e n c i a n o s atestigua q u e h a y e n n o s o t r o s u n a
v e r d a d e r a facultad p r o d u c t i v a d e ciertos f e n ó m e n o s inter
nos. E s i n d u d a b l e q u e c o n c e n t r a n d o la a t e n c i o n p o r m e d i o
d e u n a c t o libre d e la v o l u n t a d , e x p e r i m e n t a m o s u n a p r o
d u c c i o n d e i m á g e n e s y d e ideas. L a s o b r a s d e i m a g i n a c i o n ,
s o n u n a m u e s t r a i r r e c u s a b l e d e n u e s t r a a c t i v i d a d interna.
L a s s e n s a c i o n e s n o s s u m i n i s t r a n los m a t e r i a l e s e n bruto; p e
r o c o n ellos l e v a n t a la fantasía edificios a d m i r a b l e s . A q u e l l a
n u e v a f o r m a ¿ q u i é n se la h a d a d o s i n o n o s o t r o s m i s m o s ?
P r e c i s o es c o n f e s a r q u e si c a r e c e m o s a b s o l u t a m e n t e d e acti
v i d a d , la n a t u r a l e z a n o s a l u c i n a c o m p l e t a m e n t e , h a c i é n d o
n o s c r e e r q u e s o m o s m u y activos.
L o s s i m p l e s r e c u e r d o s n o s o f r e c e n otra m u e s t r a d e v e r d a
d e r a actividad. N o s p r o p o n e m o s p e n s a r e n u n país q u e h e
m o s visto d e t e n i d a m e n t e , y d e s e a m o s r e c o r d a r s u s p o r m e n o
res: al i m p e r i o d e la v o l u n t a d la i m a g i n a c i o n se e x c it a y v a
d e s p l e g a n d o á n u e s t r a intuicion las e s c e n a s q u e v i é r a m o s
e n otro t i e m p o . S e dirá q u e estas i m á g e n e s y a existían y -que
solo h a sido n e c e s a r i o despertarlas; p e r o n o se p u e d e n e g a r
q u e n o existían e n acto, p u e s q u e n o t e n í a m o s d e ellas c o n
c i e n c i a actual, y q u e p a r a lograr s u r e a p a r i c i o n h a s i d o n e
c e s a r i o y suficiente el i m p e r i o d e n u e s t r a v o l u n t a d . E s t a p r e
s e n c i a n u e v a a l g o a ñ a d e á s u e s t a d o habitual; p u e s b i e n , ese
algo se h a p r o d u c i d o d e n t r o d e n o s o t r o s c o n solo q u e r e r l o .
E s v e r d a d q u e n o c o n o c e m o s el m o d o d e esta p r o d u c c i o n ;
p e r o lo cierto es q u e la c o n c i e n c i a n o s a s e g u r a d e q u e s i g u e
i n m e d i a t a m e n t e á u n acto d e n u e s t r a v o l u n t a d ; y q u e p o r
tanto t e n e m o s c u a n d o m e n o s u n v e h e m e n t e indicio d e q u e
c o n r e s p e c t o á esas i m á g e n e s , h a y e n n o s o t r o s u n a fuerza-
p r o d u c t i v a del tránsito d e s u e s t a d o habitual al actual. Lo,
m p e i r s i m m o e s n e t a p m u o e s d e c o d n e c h i a r r t d a e f t r o e d c o u s e n c l o i s a r q e u c e u e n r o d o p s o; d y e m s i o s b i r e e n c e o x r * -
d a r t o d o lo q u e q u e r e m o s , esto solo p r u e b a q u e n u e s t r a s fa
c u l t a d e s activas s o n l imi t ad a s p o r ciertas c o n d i c i o n e s d e q u e '
n o se p u e d e n libertar.
 — S M í —
165. P r e s c i n d i e n d o d e los r e c u e r d o s ¿ q u i é n n o h a e x p e
r i m e n t a d o la e l a b o r a c i o n d e c o n c e p t o s al m e d i t a r s o b r e u n a
m a t e r i a ? ¿ N u e s t r a s i d e a s s o n las m i s m a s , c u a n d o c o m e n z a
m o s á reflexionar s o b r e u n objeto, q u e c u a n d o h e m o s m e d i
t a d o s o b r e él d u r a n t e largas h o r a s ? n o c i e r t a m e n t e . A veces-<
ng o u n h l e i m b o r o s n r i e o c i o d g oi d n o i n n i g n u g n u a n o d b a s t e o r v n a u c e i v o o n , q n u o e h n e o s m o p s u d l i e e i r d a o i n l i u n si -

trar, y sin e m b a r g o p o r sola la f u e r z a d e la reflexion p r o p i a ,

nos- h e m o s f o r m a d o ideas claras y distintas , c u a n d o antes*
solo las t e n í a m o s con fus a s. C o n d e c i r q u e las n u e v a s i d e a s
s o n el r e s u l t a d o d e otras q u e se h a l l a b a n y a e n n u e s t r o espí
ritu, n o se p r u e b a q u e n o h a y a e n el e n t e n d i m i e n t o v e r d a d e
r a actividad; p o r q u e este resultado, s e a c u a l f u e r e s u o r i g e n ,
es s i e m p r e u n a c o s a n u e v a ; p r o d u c e e n el a l m a u n n u e v o *
estado, p o r q u e a h o r a s a b e p e r f e c t a m e n t e lo q u e a n t e s i g n o
r a b a del t o d o , ó c o n o c í a m u y e n c o n f u s o . E n u n a c u r v a la:
tr e l á a c l i a o tn a n d g e e n l ta e s , u b s s o e n c a i n d t e e a s á g l e a o s m e é c t a r n i t c e a , s y q lu a e d s e e l a h a s l u l b a t n a n a g l e n a * l -

c a n c e d e los e n t e n d i m i e n t o s m a s c o m u n e s ; así c o m o la se
m e j a n z a d e los triángulos q u e se p u e d e n e x c o g i t a r p a r a c o m
p a r a r u n a s lineas c o n otras, y la a p r o x i m a c i o n s u c e s i v a c o n
q u e la s u b s e c a n t e se a c e r c a a la s u b t a n g e n t e , y la s e c a n t e á
la t a n g e n t e ; p e r o d e a q u í á r e d u c i r t o d o s estos e l e m e n t o s á
u n p u n t o d e d o n d e b r o t a c o n v i v í s i m a luz la a d m i r a b l e teo
ría del c á l c u l o infinitesimal, h a y u n a distancia i n m e n s a ; ¿ s e
d i r á q u e los g e n i o s q u e s a l v a r o n esta distancia, n o p e n s a r o n
n a d a n u e v o , p o r q u e tenían e n si los e l e m e n t o s d e c u y a c o m -
b i n a c i o n resulta la t e o r í a ?
166. Si e n a l g u n o s f e n ó m e n o s se v e c o n t o d a c l a r i d a d la
a c t i v i d a d p r o d u c t i v a , es c i e r t a m e n t e e n los actos d e la v o
l u n t a d libre: ¿ á q u é se r e d u c e la libertad, si el a l m a n o p r o
d u c e s u s v o l i c i o n e s ? Si estas n o s o n m a s q u e f e n ó m e n o s p r o
d u c i d o s p o r otro ser, y e n los c u a l e s el a l m a n o tiene o t r a
parte q u e el se r sujeto d e los m i s m o s , la libertad n o signifi
c a n a d a . E s h a s t a c o n t r a d i c t o r i o el d e c i r q u e el a l m a s e a li
bre, y n e g a r l e al m i s m o t i e m p o q u e s e a el principio d e sus-
d e t e r m i n a c i o n e s .
167. L a s i m p l e inteligencia, h a s t a la m e r a sensibilidad,
y e n g e n e r a l t o d o f e n ó m e n o q u e i m p l i c a c o n c i e n c i a , p a r e c e ^
s e r el ejercicio d e u n a actividad; y e n este s e n t i d o l l e v p ^ x * ?
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p l i c a d o (cap. XII) q u e t e n e m o s intuicion d e la a c ti v id a d in
terna. Si e n t e n d e r , si q u e r e r , si el tener c o n c i e n c i a d e q u e
s e s i e n t e , n o s o n a c c i o n e s , n o se" d ó n d e p o d r e m o s h a l l a r e l
tipo d e u n a v e r d a d e r a accion. El percibir u n a cosa, el q u e
rerla , el a c t o i m p e r a t i v o d e la v o l u n t a d p a r a e m p l e a r los
m e d i o s q u e p u e d a n p r o p o r c i o n á r n o s l a , s o n i n d u d a b l e m e n t e
a c c i o n e s ; y la a c c i o n es el ejercicio d e la actividad. L a i d e a
d e la v i d a n o s r e p r e s e n t a la ac t iv i da d e n s u g r a d o m a s p e r
fecto; y entre los f e n ó m e n o s vitales, los m a s perfectos s o n
los q u e i m p l i c a n c o n c i e n c i a ; si á estos n o los l l a m a m o s a c
ciones, es p r e c i s o decir q u e n o t e n e m o s n i n g u n a i d e a d e a c
c i o n ni actividad.
A u n q u e n o c o n o z c a m o s el m o d o d e la p r o d u c c i o n , t e n e
m o s c o n c i e n c i a d e esta p r o d u c c i o n ; t e n e m o s intuicion d e la
a c c i o n e n sí m i s m a . C u a n d o v e m o s u n m o v i m i e n t o c o r p ó
r e o , v e m o s u n a m o d i f i c a c i o n pasiva; p e r o c u a n d o e x p e r i
m e n t a m o s e n n o s o t r o s los f e n ó m e n o s d e c o n c i e n c i a , v e m o s
u n a a c c i o n , y p o r c o n s i g u i e n t e t e n e m o s intuicion d el ejer
c i c i o d e n u e s t r a actividad.
168. A q u í se o f r e c e u n a objecion. Si los f e n ó m e n o s inter
n o s s o n v e r d a d e r a m e n t e a c c i o n e s , ¿ c ó m o es q u e c o n tanta
f r e c u e n c i a s o n i n d e p e n d i e n t e s d e n u e s t r a v o l u n t a d ? S u f r i m o s
dolores, á p e s a r n u e s t r o ; n o s o c u p a n ideas q u e q u i s i é r a m o s
d e s e c h a r ; n o s o c u r r e n á v e c e s p e n s a m i e n t o s c o n u n a instan
t a n e i d a d y e s p o n t a n e i d a d , q u e m a s b i e n p a r e c e n inspiracio
n e s q u e fruto d e n u e s t r o trabajo; e n c a s o s s e m e j a n t e s , ¿ d ó n
d e está la a c t i v i d a d ? ¿ N o d e b e r e m o s d e c i r q u e estos f e n ó
m e n o s s o n p u r a m e n t e p a s i v o s ?
169. Esta o b j e c i o n á p r i m e r a vista tan c o n c l u y e n t e , n o
p r u e b a n a d a c o n t r a la a c t i v i d a d interna. E n p r i m e r lugar,
p o d r í a r e s p o n d e r s e q u e el estar el a l m a p a s i v a e n a l g u n o s
casos, n o p r u e b a q u e lo esté e n t o do s ; y q u e p a r a a f i r m a r la
e x i s t e n c i a d e la ac tiv ida d interna, n o s basta q u e h a y a cier
tos f e n ó m e n o s p r o d u c i d o s p o r ella. P e r o ni s i q u i e r a es n e
c e s a r i o c o n c e d e r q u e la a c ti v id a d n o se e n c u e n t r a e n los ca
s o s q u e n o s r e c u e r d a la o b j e c i o n ; p u e s q u e e x a m i n á n d o l o s
á fondo, se d e s c u b r e q u e a u n e n ellos el a l m a ejerce v e r d a
d e r a actividad.
El n e r v i o d e la dificultad consiste e n q u e a p a r e c e n e n
n u a s t r o interior a l g u n o s f e n ó m e n o s sin el c o n c u r s o d e n u e s
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tra v o l u n t a d , y á v e c e s á p e s a r d e ella; m a s esto solo n o s
c o n d u c e á inferir q u e h a y e n n u e s t r a a l m a f u n c i o n e s i n d e
p e n d i e n t e s del libre albedrío, sin o b l i g a r n o s á c r e e r q u e es
tas f u n c i o n e s n o s e a n activas. C o n esta o b s e r v a c i o n se d e s
v a n e c e la dificultad. H a y e n n u e s t r o interior f e n ó m e n o s q u e
n o s o t r o s n o h e m o s q u e r i d o , a n t e s q u e a p a r e c i e s e n , ni d e s
p u e s ; es v e r d a d ; l u e g o h a y e n n u e s t r o interior f e n ó m e n o s e n
q u e el a l m a está p u r a m e n t e p a s i v a ; lo n i e g o L a c o n s e c u e n
cia es ilegítima; lo ú n i c o q u e se p u e d e inferir es q u e h a y e n
n u e s t r a a l m a f e n ó m e n o s p a r a c u y a a p a r i c i o n ó c o n s e r v a c i o n
n o es n e c e s a r i o el c o n c u r s o d e n u e s t r a v o l u n t a d .
U n a c o s a s e m e j a n t e e x p e r i m e n t a m o s c o n r e s p e c t o al c u e r
p o : h a y f u n c i o n e s q u e se e j e r c e n i n d e p e n d i e n t e m e n t e d e
n u e s t r o libre albedrío, c o m o la c i r c u l a c i o n d e l a s a n g r e , la
r e s pi r aci on, la d i g e s t i o n , la a s i m i l a c i o n d e l o s a l i m e n t o s , la
t r a s p i r a c i o n y otras s e m e j a n t e s ; p e r o las h a y t a m b i e n q u e n o
s e e j e r c e n s i n o p o r el i m p e r i o d e la v o l u n t a d , c o m o el c o
m e r , el a n d a r , y e n g e n e r a l t o d o lo q u e se refiere al m o v i
m i e n t o y p o s i c i o n e s d e los m i e m b r o s . ¿ Q u i é n p r o h i b e p u e s
q u e s u c e d a e n el a l m a u n a c o s a s e m e j a n t e , y q u e h a y a facul
t a d e s activas q u e se d e s e n v u e l v a n , y p r o d u z c a n v ar i o s f e n ó
m e n o s sin el c o n c u r s o d e la v o l u n t a d ?
N o c r e o q u e se p u e d a replicar n a d a á esta s o l u c i o n ; sin
e m b a r g o , todavía m e p r o p o n g o a m p l i a r l a c o n a l g u n a s o b s e r
v a c i o n e s s o b r e el c a r á c t e r d e los f e n ó m e n o s e n q u e s e q u i e
re s u p o n e r q u e n u e s t r a a l m a está p u r a m e n t e pasiva.
170. S e h a b l a e n la o b j e c i o n d e s e n s a c i o n e s dolorosas, las
c u a l e s e f e c t i v a m e n t e p r e s e n t a n u n c a s o e n q u e al p a r e c e r la
a c t i v i d a d n o existe d e n i n g u n m o d o . ¿ Q u i é n p o d r í a a f i r m a r
q u e u n h o m b r e á q u i e n se le aplica u n h i e r r o c a n d e n t e , y
q u e e x p e r i m e n t a d o l o r e s atroces, ejerce e n a q u e l l o m i s m o
c l i a r a c q t u i e v i e d l a a d l d m e a s s u e a l h a m l a l ? a ¿ p n u o r a e m s e m n a t se c p o a s n i f v o a r , m e y a e n r a u z n o n e e s l t d a d e o

m u y s e m e j a n t e al d e u n c u e r p o q u e se c o m p r i m e p o r la
p r e s i o n d e otro c u e r p o ? A c t i v i d a d , si a l g u n a se ejerce e n se
m e j a n t e s casos, es m a s b i e n d e r e a c c i o n c o n t r a la s e n s a c i o n
d o l o r o s a . Si b i e n se reflexiona , e n estas o b s e r v a c i o n e s n o
h a y n i n g u n a dificultad c u y a s o l u c i o n n o se halle e n lo q n e
a c a b o d e e x p o n e r e n el p á r r a f o anterior. C o n v e n g o e n q u e la
s e n s a c i o n d o l o r o s a n o d e p e n d e d e la libre v o l u n t a d del q u e la
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sufre, y q u e la a c c i o n libre d e este se ejerce c o n t r a la m i s m a
d s ae n d s e a r c a i a o c n t ; i v p e i r d o a . d e e s t n o e n l o m e q u r i o t a h e q c u h e o h d a e y s a e n e t n i r e , l y a l s i m a ú n u i n c a a m v e r n - *

te q u e el ejercicio d e esta a c t i v i d a d se halla s o m e t i d o 4 c o n -

. d e i ro i o o s n a e s s p n a e r c a e s e a l r d i e a s a , r r l o a s l l c o u a d l e e s e l c l a u , a q n d u o e e n x o i s l t o e n e , s s n o u n e s m t a r s a v p o , -

l u n t a d p a r a i m p e d i r l e . N a d a m a s cierto q u e el desarrollo d e
ciertas facultades activas, i n d e p e n d i e n t e m e n t e d e n u e s t r o
libre a l b ed río : ¿ q u é c o s a m a s activa q u e las p a s i o n e s v e h e
m e n t e s ? y sin e m b a r c o , m u c h a s v e c e s n o s es i m p o s i b l e d e
jar d e sentirlas; y e s n e c e s a r i o t o d o el i m p e r i o d e la v o l u n
tad libre p a r a q u e n o t r a s p a s e n los límites d e la r a z o n .
171. L a s e n s a c i o n e n sí m i s m a , n o p u e d e se r t o d a pasi
v a ; y los q u e s o s t i e n e n esta o p i n i o n m a n i f i e s t a n h a b e r m e
d i t a d o p o c o s o b r e los h e c h o s d e c o n c i e n c i a . Estos h e c h o s s o n
e s e n c i a l m e n t e i n d i v i d u a l e s ; y e n c u a n t o h e c h o s d e c o n c i e n
cia, s o n a b s o l u t a m e n t e i n c o m u n i c a b l e s . O t r o p u e d e e x p e r i
m e n t a r u n d o l o r m u y p a r e c i d o y a u n igual al q u e y o siento;
p e r o n o p u e d e e x p e r i m e n t a r el m i s m o d o l o r n u m é r i c a m e n t e
c o n s i d e r a d o ; p o r q u e m i d o l o r es t a n e s e n c i a l m e n t e m i o ,
q u e si n o es m i o n o existe. L u e g o el d o l o r n o p u e d e s e r m e
c o m u n i c a d o c o m o u n a e n t i d a d i n d i v i d u a l ; y p a r a p r o d u c i r
le e n m í , lo ú n i c o q u e se p u e d e h a c e r es excitar m i fuerza
sensitiva p a r a q u e lo e x p e r i m e n t e .
Esta o b s e r v a c i o n manifiesta q u e las s e n s a c i o n e s n o p u e d e n
cs i e b r i dh a e c t h o o d sa ; m e e l r as u m j e e n t ot e p a p c a i s e i n v t o es . « L p a h m a o c d e i f n i a c d a c . i o D n e p s a d s e i v e a l e s m ro « r

m e n t o q u e el sujeto tiene e n sí a l g u n p r i n c i p i o d e m o d i f i c a
cion, n o es p u r a m e n t e pasivo. L a s e n s a c i o n n o p u e d e ser
recibida toda; d e b e nacer e n el sujeto sensitivo, p o r tal ó cual
influencia, c o n tal ó c u a l o c a s i o n ; p e r o el ser q u e la e x p e
r i m e n t a h a d e c o n t e n e r u n p r in c ip i o d e s u p r o p i a e x p e r i e n
cia, d e lo c o n t r a r i o es u n ser sin vida; n o p u e d e sentir.
172. E n la o b j e c i o n se h a b l a d e s e n s a c i o n e s d o l o r o s a s c o
m o si s u n e c e s i d a d f u e r a u n a e x c e p c i o n d e la regla general;
p e r o es d e n o t a r q u e n o h a y a q u í e x c e p c i o n n i n g u n a , y q u e
t o d a s las s e n s a c i o n e s , s e a n g r a t a s ó ingratas, s o n n e c e s a r i a s
i g u a l m e n t e , c o n tal q u e n u e s t r a s facultades sensitivas se h a
llen bajo c o n d i c i o n e s e n q u e p u e d e n d e s p l e g a r s e . T a n n e
c e s a r i o es el sentir d o l o r e n la m a n o si m e a p l i c a n á ella u n
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c a r b o n e n c e n d i d o , c o m o la vista d e u n c u a d r o h a l a g ü e ñ o si
m e lo p o n e n d e l a n t e d e los ojos.
1 7 3 . L a e s p o n t a n e i d a d d e los f e n ó m e n o s i n t e r n o s , e n el
o r d e n intelectual p u r o , ó e n el d e la i m a g i n a c i o n ó senti
m i e n t o , c o n f i r m a la existencia d e u n a a ct i vi d ad i n d e p e n
d i e n t e d e n u e s t r o libre a l b e d r í o , y d e n i n g u n m o d o i n d i c a
q u e s e m e j a n t e s f e n ó m e n o s s e a n p u r a m e n t e pasivos.
A q u í es d e n o t a r u n a c i r c u n s t a n c i a i m p o r t a n t e . El ejerci
c i o d e las f u n c i o n e s del a l m a está ligado c o n los f e n ó m e n o s
d e la o r g a n i z a c i o n . L a e x p e r i e n c i a e n s e ñ a q u e s e g u n la dis
p o s i c i o n del c u e r p o , el espíritu se siente c o n m a s ó m e n o s
a c t i v i d a d : es u n a v e r d a d c o n o c i d a d e m u y a n t i g u o q u e cier
t o s licores g e n e r o s o s t i e n e n s u f u e r z a inspiradora. El e s t a d o
d e la digestion c a u s a s u e ñ o s p e s a d o s y a b r u m a la fantasía
c o n a p a r i c i o n e s e s p a n t o s a s ; la fiebre exalta la i m a g i n a c i o n
ó ' l a abate; a v e c e s p r o d u c e u n a u m e n t o d e f u e r z a s intelec
tuales, á v e c e s c a u s a u n e s t u p o r e n q u e la inteligencia se
e x t i n g u e . Estos f e n ó m e n o s c u a n d o se p r e s e n t a n e n s u g r a d o
m a s alto, c o m o s u c e d e e n u n a fuerte p e r t u r b a c i o n d e fas
f u n c i o n e s o r g á n i c a s , o f r e c e n m a s c u e r p o á la o b s e r v a c i o n :
p e r o esto m i s m o i n d i c a q u e antes d e llegar al e x t r e m o h a y
u n a e x t e n s a escala; d e s u e r t e q u e a l g u n o s f e n ó m e n o s c u y a
a p a r i c i o n e s p o n t á n e a n o s p a r e c e i n e x p l i c a b l e , d e p e n d e r á n
q u i z á s d e ciertas c o n d i c i o n e s d e s c o n o c i d a s á q u e se hallará
s o m e t i d a n u e s t r a o r g a n i z a c i o n . S e a c u a l f u e r e la o p i n i o n
q u e se a d o p t e s o b r e la i g u a l d a d ó d e s i g u a l d a d d e las a l m a s
h l i m a n a s , n a d i e d u d a d e q u e las diferencias e n la o r g a n i z a
c i o n p u e d e n influir e n el talento y e n la í n d o l e ; y q u e cier
tos espíritus d e facultades extraordinarias, d e b e n u n a p a r t e
d e s u s d o t e s á u n a o r g a n i z a c i o n privilegiada.
* D e estas c o n s i d e r a c i o n e s se infiere q u e lo q u e se l l a m a es
p o n t a n e i d a d del a l m a , y q u e tanto l l a m a la a t e n c i o n d e al
g u n o s filósofos m o d e r n o s , es u n f e n ó m e n o m u y g e n e r a l m e n
te c o n o c i d o , q u e ni d e s t r u y e la a c t i v i d a d i n t e r n a ni n o s d i C e
n a d a n u e v o s o b r e el c a r á c t e r d e esta actividad.
E s cierto q u e h a y e n n u e s t r a a l m a ciertos f e n ó m e n o s in
d e p e n d i e n t e s del libre albedrío; p e r o t a m b i e n es i n d u d a b l e
q u e la p r e s e n c i a d e ellos es á v e c e s i n e s p e r a d a y r e p e n t i n a ,
p o r q u e n o s s o n d e s c o n o c i d a s las c o n d i c i o n e s d e o r g a n i z a
c i o n c o n las c u a l e s s e e n c u e n t r a ligada. E s t o , si b i e n s e
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c o n s i d e r a , n o es m a s q u e e x t e n d e r á m a y o r n ú m e r o d e c a
sos, lo m i s m o q u e o b s e r v a m o s f r e c u e n t e m e n t e e n los h e c h o s
psicológicos, efectos d e c a u s a s m o r b o s a s , y q u e a d e m á s e x
p e r i m e n t a m o s c o n s t a n t e m e n t e e n las s e n s a c i o n e s . ¿ Q u é es
u n a s e n s a c i o n , s i n o u n a a p a r i c i o n r e p e n t i n a d e u n f e n ó m e
n o e n n u e s t r a a l m a , p o r efecto d e u n a a l t e r a c i o n d e l e s t a d o
d e los ó r g a n o s ?
174. N o q u i e r o d e c i r c o n esto q u e t o d o s los p e n s a m i e n
tos e s p o n t á n e o s , y e n g e n e r a l t o d o s los f e n ó m e n o s q u e a p a
r e c e n r e p e n t i n a m e n t e e n n u e s t r o interior sin p r e p a r a c i o n c o
n o c i d a , n a z c a n d e las a f e c c i o n e s d e la o r g a n i z a c i o n ; solo h e
q u e r i d o r e c o r d a r u n h e c h o fisiológico y ¡psicológico , c u y o
o l v i d o p u e d e p r o d u c i r d i v a g a c i o n e s inútiles, y h a s t a p e r
judiciales. A l leer las o b r a s d e a l g u n o s filósofos m o d e r n o s
q u e tratan d e este p u n t o , p a r e c e q u e se p r o p o n e n allanar el
c a m i n o p a r a s o s t e n e r l u e g o q u e la r a z o n i n d i v i d u a l n o es m a s
q u e u n f e n ó m e n o d e la r a z o n u n i v e r s a l y a b s o l u t a ; y q u e las
inspiraciones, y e n g e n e r a l t o d o s los f e n ó m e n o s e s p o n t á n e o s
i n d e p e n d i e n t e s d e n u e s t r o libre albedrío, s o n indicios d e q u e
la r a z o n a b s o l u t a se a p a r e c e á sí m i s m a e n la r a z o n h u m a n a ;
q u e lo q u e l l a m a m o s n u e s t r o y o , es u n a m o d i f i c a c i o n del ser
a b s o l u t o ; y q u e la p e r s o n a l i d a d d e n u e s t r o s s e r e s n o es m a s
q u e u n a fase d e la r a z o u a b s o l u t a é i m p e r s o n a l .
175. L o q u e se l l a m a la e s p o n t a n e i d a d , la in t u ic i o n d e
los t i e m p o s primitivos, n o p u e d e s e r otra c o s a á los ojos d e
la r a z ó n y d e la crítica, q u e la p r i m i t i v a e n s e ñ a n z a q u e re
cibió d e D i o s el linaje h u m a n o ; t o d o c u a n t o d i c e n e n c o n t r a
a l g u n o s filósofos m o d e r n o s , es u n a repeticion, b i e n q u e algo
d i s f r a z a d a , d e los s o f i s m a s d e los i n c r é d u l o s d e t o d a s é p o
cas, p r e s e n t a d o s b a j o e n g a ñ o s a s galas p o r h o m b r e s q u e a b u
s a n d e s u talento. L é a n s e c o n reflexion los escritos á q u e
a l u d i m o s , d e s p ó j e s e l o s d e a l g u n a s p a l a b r a s altisonantes y
e n i g m á t i c a s , y n o se e n c o n t r a r á e n ellos n a d a q u e n o dije
r a n á s u m o d o L u c r e c i o y Voltaire.
 - n i -

C A P Í T U L O - X V I I .

Aclaraciones sobre la espontaneidad.

176. N a d a m a s fácil q u e escribir a l g u n a s p á g i n a s brillan
tes s o b r e el f e n ó m e n o d e la e s p o n t a n e i d a d : el g e n i o d e los
poetas, d e los artistas, d e los g r a n d e s c a p i t a n e s d e t o d o s los
siglos; los t i e m p o s f a b u l o s o s y los h e r ó i c o s ; el m i s t i c i s m o ;
las religiones, t o d o lo a p r o v e c h a n a l g u n o s filósofos d e n u e s
tros dias, p a r a escribir trozos, q u e ni s o n d e filosofía, ni d e
historia, ni d e poesía; y q u e solo d e b e n m i r a r s e c o m o r a u
dales d e p a l a b r a s r e l u m b r a n t e s y s o n o r a s , q u e escritores
d e fantasía g a l a n a y f a c u n d i a i n a g o t a b l e d e r r a m a n s o b r e el
a b r u m a d o e n t e n d i m i e n t o del C á n d i d o lector. Y b i e n ¿ á q u é
se r e d u c e e s a e s p o n t a n e i d a d , e s a i n s p i r a c i o n d e q u e t a n t o
se n o s h a b l a ? F i j e m o s las i d e a s , c o n s i g n a n d o y clasificando
los h e c h o s .
177. L a r a z o n p r o p i a m e n t e d i c h a , n o se d e s p l e g a e n el
espíritu h u m a n o c o m p l e t a m e n t e aislado d e otros espíritus ;
y n o b a s t a n á d e s p e r t a r l a los e s p e c t á c u l o s f d e la naturaleza.
L a e s t u p i d e z d e los n i ñ o s e n c o n t r a d o s e n los b o s q u e s , y la
e s c a s a inteligencia d e los s o r d o - m u d o s , s o n irrecusable p r u e
b a d e esta v e r d a d .
178. El espíritu h u m a n o p u e s t o e n c o m u n i c a c i o n c o n
otros espíritus, e x p e r i m e n t a u n desarrollo e n parte e s p o n t á
n e o y directo, e n parte l a b o r i o s o y reflexivo. E s t e es otro
h e c h o q u e s e n t i m o s t o d o s e n n o s o t r o s m i s m o s . L o s espíritus
á p r o p o r c i o n d e q u e s u s c u a l i d a d e s s o n m a s a v e n t a j a d a s , s e
d e s e n v u e l v e n c o n m a s e s p o n t a n e i d a d .
179. D e los p e n s a m i e n t o s q u e n o s o c u r r e n r e p e n t i n a m e n
te y q u e n o s p a r e c e n p u r a m e n t e e s p o n t á n e o s , n o p o c o s s o n
r e m i n i s c e n c i a s m a s ó m e n o s fieles d e lo q u e h e m o s leido, ú
oido, ó r e f l e x i o n a d o a n t e r i o r m e n t e ; y p o r c o n s i g u i e n t e di
m a n a n d e u n h e c h o preparatorio, d e l c u a l n o n o s a c o r d a m o s .
A s i se e x p l i c a p o r q u é la i n v e n t i v a e n todos g é n e r o s se p e r
f e c c i o n a c o n el trabajo.
180. C o m o e n el d e s a r r o l l o d e las facultades del a l m a
ejerce p o d e r o s a influencia la o r g a n i z a c i o n d e n u e s t r o c n e r
 — 1 0 8 -
po, p o d e m o s d e c i r q u e la e s p o n t a n e i d a d d e a l g u n o s f e n ó m e
n o s i n t e r n o s está ligada c o n ciertas alteraciones d e n u e s t r a
o r g a n i z a c i o n .
181. N o h a y n i n g u n a dificultad filosófica e n a d m i t i r u n a
c o m u n i c a c i o n inmediata d e n u e s t r o espíritu c o n otro espíri
tu s u p e r i o r ; y p o r c o n s i g u i e n t e t a m p o c o la h a y e n c o n c e d e r
q u e a l g u n o s f e n ó m e n o s i n t e r n o s e s p o n t á n e o s , n a c e n d e la
influencia directa q u e d i c h o espíritu s u p e r i o r ejerce s o b r e
el n u e s t r o .
182. El g é n e r o h u m a n o n o h a t e n i d o p r i m i t i v a m e n t e u n
d e s a r r o l l o e s p o n t á n e o , i n d e p e n d i e n t e d e u n a a c c i o n d el C r i a
d o r ; la filosofía n o s i n d i c a la n e c e s i d a d d e la e n s e ñ a n z a
p r i m i t i v a , sin la c u a l el espíritu h u m a n o n o h a b r í a salido
j a m á s d e u n e s t a d o d e e m b r u t e c i m i e n t o y estupidez. Esta
ú l t i m a o b s e r v a c i o n m e r e c e a l g u n a s a c l a r a c i o n e s .
183. L a religion n o s atestigua u n a i n s t r u c c i o n y e d u c a
c i o n p r i m i t i v a s del linaje h u m a n o , h e c h a s p o r el m i s m o
D i o s e n la p e r s o n a del p r i m e r h o m b r e : esto es a l t a m e n t e
c o t i f o r m e á la e n s e ñ a n z a d e la r a z o n y d e la e x p e r i e n c i a .
N u e s t r o fspiritu p o s e e i n n u m e r a b l e s g é r m e n e s , p e r o es
p r e c i s o q u e u n a c a u s a e x t e r n a los desarrolle. U n h o m b r e e n
t e r a m e n t e solo d e s d e s u niñez, ¿ q u é seria? p o c o m a s q u e u n
b r u t o : la p i e d r a p r e c i o s a estaría c u b i e r t a c o n tierra g r o s e
ra, q u e n o la dejaría brillar.
L a p a l a b r a n o p r o d u c e ni p u e d e p r o d u c i r la i d e a ; esto es
cierto: la r a z o n d e las ideas n o está e n el lenguaje; la r a z o n
de l l e n g u a j e está e n las ideas. L a p a l a b r a es u n s i g n o ; y o o
s e significa lo q u e n o se c o n c i b e . P e r o este s i g n o , este ins
t r u m e n t o , es d e u n u s o m a r a v i l l o s o : las p a l a b r a s s o n al e n
t e n d i m i e n t o lo q u e las r u e d a s á la p o t e n c i a d e u n a m á q u i
n a ; la p o t e n c i a le d a el m o v i m i e n t o , p e r o la m á q u i n a n o
a n d a r í a sin las ruedas. F a l t a n d o la p a l a b r a , la inteligencia
p o d r í a t e n e r a l g u n m o v i m i e n t o ; p e r o m u y lento, m u y i m
perfecto, m u y p e s a d o .
184. L a Biblia n o s p r e s e n t a al h o m b r e h a b l a n d o l u e g o d e
criado; el l e n g u a j e le fué p u e s e n s e ñ a d o p o r Dios. E s t e es otro
h e c h o a d m i r a b l e q u e la r a z o n c o n f i r m a p l e n a m e n t e . El h o m
b r e n o p u e d e i n v e n t a r el lenguaje. E s t a i n v e n c i o n e x c e d e á
c u a n t a s se p u e d e n i m a g i n a r ; ¿ y se q u i e r e atribuirla á - h o m
b r e s tan e s t ú p i d o s c o m o s o n los q u e c a r e c e n del l e n g u a j e ?
llenos e x t r a ñ o seria q u e u n h o t e n t o t e i n t e n t a r a d e r e p e n t e
el cálculo infinitesimal.
185. El h o m b r e m a s r u d o q u e s a b e u n a l e n g u a , p o s e e u n
tesoro d e i d e a s m a y o r d e lo q u e se cree. E n el d i s c u r s o m a s
sencillo se e n c u e n t r a n m u c h a s i d e a s físicas , metafísicas y
m o r a l e s . E n el g r a d o m a s í n f i m o del e s t a d o social , se o y e n
discursos s e m e j a n t e s al siguiente: « n o h e q u e r i d o p e r s e g u i r
m a s léjos la fiera, p o r t e m o r d e q u e irritada n o hiciese d a
ño. » A q u í h a y las ideas d e t i e m p o , d e acto d e v o l u n t a d , d e
a c c i o n , d e c o n t i n u i d a d , d e e s p a c i o , d e c a u s a l i d a d , d e a n a
logía, d e fin y d e m o r a l .
T i e m p o p a s a d o = n o he.
I d e a d e acto d e v o l u n t a d = q u e r i i o .
A c c i o n = perseguir.
C o n t i n u i d a d = m a s .
E s p a c i o =íef/os.
A n a l o g í a — ¿rrtía<ía.
P u e s q u e p o r la irritacion o b s e r v a d a e n otros c a s o s se in
fiere la d e l p r e s e n t e ; y a d e m á s se c o n o c e la irritacion , p o r
lo q u e n o s s u c e d e c u a n d o n o s m o l e s t a n .
M o t i v o y f i n = p o r t e m o r de q u e irritada , etc. , etc.
C a u s a l i d a d = n o hiciese daño.
M o r a l i d a d = el n o d a ñ a r a otros.
186. L a c i e n c i a v a d e s c u b r i e n d o la afinidad d e las len
g u a s , e n c o n t r á n d o l a s r e u n i d a s e n g r a n d e s c e n t r o s : las len
g u a s d e los salvajes n o s o n e l e m e n t o s , s i n o f r a g m e n t o s : n o
s o n la p a l a b r a b a l b u c i e n t e d e la infancia, s i n o la p r o n u n c i a
cion t o r p e y e x t r a v a g a n t e d e la d e g r a d a c i o n y e m b r i a g u e z .
187. L a p a l a b r a n o p u e d e p r o d u c i r e ñ el espíritu la i d e a
d e u n a s e n s a c i o n q u e n o t e n g a : t o d o s los d i s c u r s o s del m u n
d o n o d a r í a n la i d e a d e color á u n c i e g o d e n a c i m i e n t o . M u -
c h o m e n o s p o d r á n resultar d e la p a l a b r a las ideas p u r a s , dis
tintas d e t o d a s e n s a c i o n ; y esto es u n a r a z o n p o d e r o s a e n
favor d e las i d e a s innatas.
188. L a s ideas d e u n i d a d , n ú m e r o , t i e m p o , c a u s a l i d a d ,
e x p r e s a n c o s a s n o sensibles; l u e g o n o p u e d e n ser p r o d u c i d a s
e n n o s o t r o s p o r n i n g u n a r e p r e s e n t a c i o n sensible e x p r e s a d a
p o r palabras. S i n e m b a r g o , estas i d e a s e x i s t e n e n n o s o t r o s
c o m o g é r m e n e s s u s c e p t i b l e s d e u n g r a n desarrollo; p r i m e r o
p o r la e x p e r i e n c i a d e los s e n t i d o s , y l u e g o p o r la reflexion.
T. IV. 14
 - 2 1 0 -
mE l a , n i c ñ o m q i u e e n z h a a b á i p e e n r d c o i b a i c r e l r a c r a e d l o a c s i u o n m a d ne o c a á u sl a l l i u d m a b d r , e q su e q l a u e e -

g o g e n e r a l i z a y d e p u r a . L a s g r a n d e s ideas d e L e i b n i l z s o b r e
la c a u s a l i d a d , e r a n la i d e a d e u n L e i b n i t z n i ñ o . L a d i f e r e n
cia e s t a b a e n el desarrollo. Asi la o r g a n i z a c i o n d e la colosal
e n c i n a , se halla bajo la c o r t e z a d e la bellota.
U n o s h a n d i c h o q u e el e n t e n d i m i e n t o del h o m b r e e r a c o
m o u n a tabla r a s a e n q u e n a d a h a y escrito; o t r o s q u e e r a ui>
libro q u e b a s t a b a abrir p a r a leer ; y o c r e o q u e se p o d r í a c o m
p a r a r á u n o d e e s o s p a p e l e s escritos c o n tinta i n c o l o r a , q u e
p r a i ro s e o c e h n a c b e l a s n a c l o i r s l h o a s s t c a a r q a u c e t e u r n e a s f n r e i g c r c o i s o . n E d l e l u í n q u l i í d q o u i m d á o g i m ic s o t e e s -

la i n s t r u c c i o n y la e d u c a c i o n .
189. Y o quisiera q u e se m e m o s t r a r a u n p u e b l o q u e p o r
sí solo h a y a saldio del e s t a d o salvaje, ni a u n del b á r b a i o .
T o d a s las civilizaciones q u e se c o n o c e n e s t á n s u b o r d i n a d a s
u n a s á otras p o r u n a c a d e n a n o i n t e r r u m p i d a . L a civilizacion
e u r o p e a d e b e m u c h o al c r i s t i a n i s m o , y a l g o á la r o m a n a ; la
r o m a n a á la g r i e g a ; la g r i e g a á la e g i p c i a c a ; la e g i p c i a c a á
la oriental; y allí se e n c u e n t r a u n v e l o q u e c o n n a d a s e le
v a n t a , s i n o c o n los p r i m e r o s capítulos del G é n e s i s .
190. P a r a c o n o c e r al espíritu h u m a n o es p r e c i s o e s t u d i a r
la historia d e la h u m a n i d a d : q u i e n aisla d e m a s i a d o los o b
jetos c o r r e p e l i g r o d e m u t i l a r l o s ; p o r esta r a z o n se h a » es
crito tantas frivolidades i d e o l ó g i c a s q u e h a n p a s a d o p o r in
v e s t i g a c i o n e s p r o f u n d a s , n o o b s t a n t e q u e d i s t a b a n tanto, d e
la v e r d a d e r a m e t a f í s i c a c o m o el arte d e d i s p o n e r s i m é t r i c a
m e n t e u n m u s e o , d e la c i e n c i a del naturalista.
191. Si se d e f i e n d e n las i d e a s innatas, t a m p o c o se p u e d e
n e g a r á n u e s t r o e n t e n d i m i e n t o u n a f u e r z a p a r a c o m p o n e r
otras n u e v a s , á m e d i d a q u e los objetos, y s o b r e t o d o la lo
c u c i o n , le e x c i t a n á ello; d e lo c o n t r a r i o seria m e n e s t e r d e
cir q u e n a d a a p r e n d e m o s ni p o d e m o s a p r e n d e r , y q u e lo te
n e m o s y a t o d o d e a n t e m a n o e n n u e s t r o espíritu , c o m o escri
to e n u n libro. N u e s t r o e n t e n d i m i e n t o p a r e c e u n a caja d o n
d e h a y t o d o s los c a r a c t e r e s ; m a s p a r a d e c i r a l g o , h a m e n e s
ter d e la m a n o d e l cajista,
Esta i m á g e n d e los c a r a c t e r e s d e i m p r e n t a m e r e c u e r d a u u
h e c h o i d e o l ó g i c o q u e i m p o r t a c o n s i g n a r : h a b l o d e l escasísi
m o n ú m e r o d e i d e a s q u e h a y e n n u e s t r a m e n t e , y d e la
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a s o m b r o s a v a r i e d a d d e c o m b i n a c i o n e s á q u e se prestan.
C u a n t o h a y e n el o r d e n intelectual , se p u e d e e n c e r r a r en*
las c a t e g o r í a s , las q u e , o r a se a d o p t e n las d e Aristóteles, o r a
las d e K á n t , ú otro c u a l q u i e r a , s i e m p r e se r e d u c e n á m u y
p oc a s . C a d a i d e a d e esas q u e se p u d i e r a n l l a m a r m a t r i c e s ,
se p a r e c e á u n r a y o d e luz q u e p a s a n d o s u c e s i v a m e n t e p o r
i n n u m e r a b l e s p r i s m a s , y reflejando e n m u c h o s espejos, p r e
s e n t a s e infinita v a r i e d a d d e colores, m a t i c e s y figuras.
C o m o n u e s t r o p e n s a m i e n t o se r e d u c e casi t o d o á la c o m
b i n a c i o n . y esta p u e d e h a c e r s e d e tantas m a n e r a s , es s i n g u
lar la c o m u n i d a d n e c e s a r i a q u e e n las c o m b i n a c i o n e s f u n
d a m e n t a l e s t i e n e n todos los espíritus. E n los p u n t o s s e c u n
d a r i o s h a y d i v e r g e n c i a ; m a s n o e n lo principal. E s t o p r u e b a
q u e la r a z o n h u m a n a , e n s u e x i s t e n c i a y e n s u desarrollo,
d e p e n d e d e u n a inteligencia infinita, c a u s a d e t o d o s los es
píritus, y m a e s t r a d e t o d o s ellos.
192. E n a p a r t á n d o s e d e estas d o c t r i n a s , tan a c o r d e s c o n
la filosofía y la historia, la e s p o n t a n e i d a d , y a s e a d el h o m
b r e , y a s e a del linaje h u m a n o , ó n o significa n a d a , ó e x p r e
sa las v a g a s y a b s u r d a s teorías del p a n t e i s m o idealista.

C A P Í T U L O X V I I I .

C a u s a l i d a d final. M o r a l i d a d .
198. L o s seres activos q u e o b r a n p o r c o n o c i m i e n t o n e c e
sitan t e n er, á m a s d e s u a c t i v i d a d eficiente , u n p r i n c i p i o
m o r a l d e s u s d e t e r m i n a c i o n e s . P a r a q u e r e r , n o b a s t a la sola
facultad d e q u e r e r , es n e c e s a r i o c o n o c e r lo q u e se q u i e r e ;
p u e s n a d a es q u e r i d o sin se r c o n o c i d o . E s t o d a o r i g e n á la
causalidad final, e s e n c i a l m e n t e distinta d e la eficiente, y q u e
solo tiene l u g a r e n los s e r e s d o t a d o s d e inteligencia.
194. R e c o r d a n d o lo q u e se h a d i c h o (cap. X ) p o d e m o s n o
tar q u e las c a u s a s finales f o r m a n u n a s é r i e distinta d e las efi
cientes ; y q u e lo q u e e n estas es a c c i ó n física , es e n a q u e l l a s
influencia m o r a l . E n la p i n t u r a d e u n c u a d r o , la série d e la
c a u s a l i d a d e f i c i e n t e ,. e s e s t a : e l p i n c e l , l a m a n o , l o s m ú s c u
los, los espíritus a n i m a l e s , el i m p e r i o d e la v o l u n t a d . C o n
esta série , s i e m p r e n e c e s a r i a p a r a q u e el c u a d r o se pinte, se
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p u e d e n c o m b i n a r diferentes séries d e c a u s a l i d a d final. El ar
tista p u e d e h a b e r s e p r o p u e s t o las q u e s i g u e n . L u c i r s u i n g e
nio; y esto p a r a a d q u i r i r f a m a , y la f a m a p a r a disfrutar el
p l a c e r q u e se e x p e r i m e n t a c o n u n a n o m b r a d l a gloriosa. O t r a
serie: c o n t e n t a r u n a p e r s o n a , p a r a q u i e n se trabaja el c u a
d r o ; y esto p a r a q u e la p e r s o n a p a g u e u n a c a n t i d a d d e d i n e
r o ; y el d i n e r o , ó p a r a las n e c e s i d a d e s del artista, ó p a r a
s u s placeres. O t r a : b u s c a r e n la p i n t u r a la d i s t r a c c i o n d e u n a
p e s a d u m b r e ; y esto p a r a c o n s e r v a r la salud. E s e v i d e n t e q u e
se p u e d e n e x c o g i t a r m u c h a s séries d e u n a influencia p u r a
m e n t e m o r a l ó intelectual , séries q u e solo c o n c u r r e n á la
p r o d u c c i o n d el efecto e n c u a n t o se c o m b i n a n c o n la série
eficiente , i n f l u y e n d o e n la d e t e r m i n a c i o n del artista.
193. E s t a influencia m o r a l p u e d e rj e r ce r se d e d o s m a n e
ras : a r r a s t r a n d o n e c e s a r i a m e n t e la v o l u n t a d , ó d e j á n d o l a
c o n facultad p a r a q u e r e r ó n o q u e r e r : e n el p r i m e r c a s o h a y
u n a e s p o n t a n e i d a d v o l u n t a r i a , p e r o n e c e s a r i a ; e n el s e g u n
d o , h a y u n a e s p o n t a n e i d a d libre. T o d o acto libre es v o l u n t a
rio, m a s n o t o d o acto v o l u n t a r i o es libre. D i o s q u i e r e libre
m e n t e la c o n s e r v a c i o n d e las criaturas; p e r o q u i e r e n e c e s a
r i a m e n t e la virtud, y n o p u e d e q u e r e r la i n i q u i d a d .
196. M i e n t r a s a t e n d e m o s ú n i c a m e n t e á la c a u s a l i d a d d e
eficiencia, n o h a l l a m o s m a s q u e r e l a c i o n e s d e c a u s a s y efec
tos; p e r o e n a t e n d i e n d o á la c a u s a l i d a d final, se p r e s e n t a u n
n u e v o ó r d e n d e ideas y d e h e c h o s : lo m o r a l i d a d . A n t e todo
c o n s i g n e m o s la existencia del h e c h o .
197. B i e n y m a l , m o r a l , i n m o r a l , justo, injusto, d e r e
c h o , d e b e r , o b l i g a c i o n , m a n d a t o , p r o h i b i c i o n , licito, ilíci
to, v i r t ud y vicio, h é a q u í u n a s p a l a b r a s q u e t o d o s e m p l e a n *
d e c o n t i n u o y a p l i c a n á t o d o el c u r s o d e la vida, á t o d a s las
r e l a c i o n e s del h o m b r e c o n D i o s , c o n s i g o m i s m o y c o n s u s se
m e j a n t e s , sin n i n g u n a d u d a s o b r e s u v e r d a d e r o significado,
y e n t e n d i é n d o s e p e r f e c t a m e n t e u n o s á otros ; c u a l si h a b l a
s e n d e los c o l o r e s , d e la luz ó d e otros objetos d e n u e s t r o s
sentidos. Al oir la p a l a b r a lícito ó ilícito a p l i c a d a á u n acto
¿ q u i é n p r e g u n t a lo q u e significa ? C u a n d o se dice: este h o m
b r e es virtuoso, a q u e l vicioso, ¿ q u i é n d u d a s o b r e el s e n t i d o
d e estas e x p r e s i o n e s ? ¿ H a y n a d i e q u e e n c u e n t r e a l g u n a difi
c u l t a d e n c o m p r e n d e r lo q u e significan estas otras: tiene d e
r e c h o á ejecutar este a c t o , está o b l i g a d o á c u m p l i r c o n tal
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c i r c u n s t a n c i a , este es s u d e b e r , h a faltado á s u d e b e r , esto
está m a n d a d o , a q u e l l o está p r o h i b i d o , esto es justo, a q u e l l o
es u n a injusticia, esto es u n a v i rt u d h e r ó i c a , a q u e l l o u n a
m a l d a d , u n c r i m e n ? N o h a y ideas m a s c o m u n e s , m a s v u l
g a r e s , c o r r e n e n t r e los i g n o r a n t e s c o m o e n t r e los sabios, e n
los p u e b l o s b á r b a r o s c o m o e n los cultos, e n la j u v e n t u d d e
las s o c i e d a d e s c o m o e n s u infancia y vejez, e n m e d i o d e c o s
t u m b r e s p u r a s c o m o d e la c o r r u p c i o n m a s e s c a n d a l o s a ; e x
p r e s a n a l g o p r i m i t i v o , i n n a t o e n el espíritu h u m a n o , a l g o
i n d i s p e n s a b l e á s u existencia , a l g o d e q u e n o p u e d e d e s p o
jarse m i e n t r a s está e n el ejercicio d e s u s facultades. H a b r á
m a s ó m e n o s e q u i v o c a c i o n ó e x t r a v a g a n c i a e n la a p l i c a c i o n
d e d i c h a s i d e a s á ciertos c a s o s p a r t i c u l a r e s ; p e r o las i d e a s
m a t r i c e s d e b u e n o y m a l o , justo é injusto , lícito é ilícito , s o n
las m i s m a s e n t o d o s t i e m p o s y países, f o r m a n c o m o u n a m
b i e n t e e n q u e el espíritu h u m a n o r e s p i r a y vive.
198. E s n o t a b l e q u e ni a u n a q u e l l o s q u e n i e g a n la dife
r e n c i a e n t r e el b i e n y el m a l , p u e d e n p r e s c i n d i r d e esta di
ferencia. A u n filósofo q u e está e s c r i b i e n d o u n tratado e n q u e
se b u r l a d e lo q u e él l l a m a preocupaciones del h u m a n o linaje
s o b r e la d i f e r e n c i a e n t r e el b i e n y el m a l , decidle: « m e p a
r e c e , s e ñ o r filósofo, q u e es V . u n i n s i g n e m a l v a d o , p u e s q u e
d e tal m o d o se p r o p o n e c o m b a t i r lo m a s s a n t o q u e h a y so
b r e la tierra ;» y vereis c o m o se olvida d e s u filosofía , y d e
c u a n t o h a d i c h o s o b r e el v a n o significado d e las p a l a b r a s vir
t u d y vicio, y se i n d i g n a d e v e r s e calificado d e esta m a n e r a ,
y se d e f i e n d e c o n calor , y se e m p e ñ a e n p r o b a r o s q u e es el
n o m b r e m a s v i r t u o s o del m u n d o , y q u e e n a q u e l l o m i s m o
está d a n d o rep eti da s p r u e b a s d e lealtad, d e sinceridad, d e h o n
radez. P o c o i m p o r t a q u e allá e n s u s altas teorías, la h o n r a
d e z , la lealtad y la s i n c e r i d a d s e a n p a l a b r a s destituidas d e
s e n t i d o , p u e s t o q u e n a d a significan ni p u e d e n significar e n
n o a d m i t i e n d o u n ó r d e n m o r a l ; el filósofo arrostra sin vaci
lar u n a i n c o n s e c u e n c i a , ó m e j o r d i r e m o s , ni a u n r e p a r a e n
ella: las ideas y s e n t i m i e n t o s m o r a l e s se agitan e n s u a l m a
d e s d e el m o m e n t o q u e se le l l a m a i n m o r a l : deja d e s e r s o
lista y v u e l v e á ser n o m b r e .
199. L a i d e a d e este ó r d e n m o r a l , ¿ p o d r á s er u n a p r e o c u
p a c i o n q u e n o t e n i e n d o c o s a a l g u n a q u e le c o r r e s p o n d a e n la
r e a l i d a d , y sin f u n d a m e n t o e n la n a t u r a l e z a h u m a n a , d e b a
 — 2 1 4 —
s u o r i g e n á la e d u c a c i o n , d e s u e r t e q u e h u b i e s e sido posible
q u e l o s h o m b r e s v i v i e s e n s i n i d e a s m o r a l e s ;ó c o n o t r a s d i
r e c t a m e n t e contrarias á las q u e a h o r a t e n e m o s ? Si es p r e o
c u p a c i o n , ¿ c ó m o es q u e s e a g e n e r a l á lodos los t i e m p o s y
p a í s e s ? ¿ q u i é n la h a c o m u n i c a d o al h u m a n o linaje? ¿ q u i é n
h a sido tan hábil y tan p o d e r o s o p a r a l og r ar q u e la a d o p t a
s e n todos los h o m b r e s ? ¿ c ó m o se h a c o n s e g u i d o q u e las p a
siones, h a l l á n d o s e e n p o s e s i o n d e la libertad, r e n u n c i a s e n A
olla , a d m i t i e n d o u n d i q u e q u e les i m p i d e d e s b o r d a r s e , r e
c i b i e n d o u n f r e n o q u e d e c o n t i n u o las d e t i e n e y m o l e s t a ?
¿ Q u i é n fué ese h o m b r e e x t r a o r d i n a r i o , c u y a a c c i o n a l c a n z ó
á d o m i n a r todos los t i e m p o s y países, las c o s t u m b r e s m a s
brutales, las p a s i o n e s m a s violentas, los e n t e n d i m i e n t o s m a s
o b t u s o s , q u e p u d o d i f u n d i r la idea d e u n ó r d e n m o r a l p o r
t o d a la faz d e la tierra, n o o b s t a n t e la d i v e r s i d a d d e los cli
m a s , d e las l e n g u a s , d e las c o s t u m b r e s , d e las n e c e s i d a d e s ,
d e la v a r i e d a d e n el e s t a d o social d e los p u e b l o s , y q u e c o n
si g u ió d a r á esta i d e a del ó r d e n m o r a l , tal fuerza, tal c o n
sistencia, q u e se c o n s e r v a al través d e todas las vicisitudes,
á p e s a r d e los m a s p r o f u n d o s trastornos, e n t r e las r u i n a s d e
los i m p e r i o s , entre las fluctuaciones y t r a s m i g r a c i o n e s d e
la civilizacion , p e r m a n e c i e n d o c o m o u n a c o l u m n a q u e n o
p u e d e n c o n m o v e r " las i m p e t u o s a s olas d e la c or r i en t e d e los
siglos ?
N o h a y a q u í la m a n o del h o m b r e ; u n f e n ó m e n o d e este
g é n e r o n o n a c e d e c o m b i n a c i o n e s h u m a n a s ; se f u n d a e n la
n a t u r a l e z a m i s m a ; es indestructible p o r q u e es natural; así,
y solo así , p u e d e n e x p l i c a r s e s u u n i v e r s a l i d a d y p e r m a
n e n c i a .
200. El n e g a r t o d a d i f e r e n c i a e n t r e el b i e n y el m a l , e s
p o n e r s e e n abierta c o n t r a d i c c i o n c o n las ideas m a s a r r a i g a
d a s e n el espíritu h u m a n o , c o n los s e n t i m i e n t o s m a s p r o f u n
d o s y p o d e r o s o s ; todos los s o f i s m a s del m u n d o n o s e r á n c a
p a c e s d e p e r s u a d i r á n a d i e , i n c l u s o el m i s m o sofista, q u e n o
h a y n i n g u n a diferencia intrínseca entre c o n s o l a r á u n afligi
d o y a u m e n t a r s u afliccion , e n t r e s o c o r r e r A u n i n f o r t u n a d o
y a g r a v a r s u infortunio, e n t r e a g r a d e c e r u n beneficio y d a
ñ a r al b i e n h e c h o r , e n t r e c u m p l i r la p r o m e s a y faltar á ella,
e n t r e h a c e r l i m o s n a y r o b a r el b i e n a j e n o , e n t r e s e r fiel *
u n a m i g o y h a c e r l e traicion , e n t r e m o r i r p o r s u patria y v e n
 — « 1 5 —
derla a l e v e m e n t e á los e n e m i g o s , e n t r e r e s p e t a r las l e y e s
del p u d o r y violarlas c o n d e s c a r o , e n t r e la s o b r i e d a d y la
e m b r i a g u e z , e n t r e la t e m p l a n z a e n t o d o s los actos d e la v i d a
y el d e s o r d e n d e las p a s i o n e s d e s b o c a d a s . N o h a y r a z o n , n o
h a y i n g e n i o , n o h a y c a v i l a c i o n d e n i n g u n a e s p e c i e , c a p a c e s
d e b o r r a r esta línea divisoria. El sofista discute , i m a g i n a ,
finge , sutiliza , p e r o t o d o es e n v a n o ; la n a t u r a l e z a está
a q u í : ella d i c e al i n s e n s a t o : h a s t a a q u í llegarás, y a q u í se
q u e b r a n t a r á el o r g u l l o d e tus olas.
201. Si n o h a y d i f e r e n c i a intrínseca e n t r e el b i e n y
m a l , y t o d o c u a n t o se d i c e s o b r e la m o r a l i d a d ó i n m o r a l i d a d
d e las a c c i o n e s n o es m a s q u e u n c o n j u n t o d e p a l a b r a s sin
s e n t i d o , ó q u e al m e n o s n o t i e n e n olro q u e rl r e c i b i d o d e
las c o n v e n c i o n e s h u m a n a s , ¿ c ó m o es q u e m i e n t r a s el justo
d u e r m e s o s e g a d o e n s u l e c h o , el m a l v a d o se agita c o n el c o
r a z o n d e s t r o z a d o p o r los r e m o r d i m i e n t o s ' ? ¿ d e d ó n d e v i e n e n
a q u e l l o s s e n t i m i e n t o s d e a m o r y d e r e s p e t o q u e n o s i n s p i r a
lo q u e l l a m a m o s vir tud y la a v e r s i o n q u e n o s excita lo q u e
a p e l l i d a m o s vicio? El a m o r á los hijos, la v e n e r a c i o n á los
gp r a a d c r i e a s , , l l a a g f r i a d t e i l t i u d d a d h á c c o i n a l l o o s s a b m i i e g n o h s e c , h l o a r c e o s m ; p e a l s hi o r n r p o o r r q l u a e d n e o s s -

c a u s a u n p a d r e cruel , u n hijo p a r r i c i d a , u n a e s p o s a a d ú l t e
ra, u n a m i g o desleal, u n traidor á s u patria, u n a m a n o sal
p i c a d a c o n la s a n g r e d e u n a v í c t i m a , la o p r e s i o n del d e s v a
lido, el d e s a m p a r o del h u é r f a n o , la ingratitud c o n el b i e n
h e c h o r ; estos s e n t i m i e n t o s , ¿ n o m u e s t r a n m a s claro q u e la
luz d e l dia, la m a n o del T o d o p o d e r o s o e s c u l p i e n d o e n n u e s
tras a l m a s las ideas del ó r d e n m o r a l , y fortaleciéndolas c o n
s e n t i m i e n t o s q u e i n s t i n t i v a m e n t e , a u n c u a n d o n o s faltase el
t i e m p o p a r a reflexionar, n o s i n d i c a s e n el c a m i n o q u e d e b e
m o s s e g u i r ?
202. N o n i e g o q u e e n el e x á m e n d e los f u n d a m e n t o s d e la
m o r a l se tropieza c o n g r a v e s dificultades ; c o n v e n g o e n q u e
el análisis d e la c i e n c i a del b i e n y del m a l es u n o d e los p u n
tos m a s r e c ó n d i t o s d e la filosofía; p e r o estas dificultades n a
d a p r u e b a n c o n t r a la e x p r e s a d a diferencia. N a d i e n i e g a la
e x i s t e n c i a d e u n edificio a u n q u e n o s e p u e d a d e s c u b r i r h a s
ta d o n d e llegan s u s c i m i e n t o s ; la m i s m a p r o f u n d i d a d es u n
indicio d e s u solidez , u n a g a r a n t í a d e s u d u r a c i o n . L a dife
r e n c i a e n t r e el b i e n y el m a l d e m o s t r a d a á priori p o r los s e n -
 - 8 1 6 -
t i m i e n t o s m a s í n t i m o s del c o r a z o n h u m a n o , se p u e d e evi
d e n c i a r c o n solo a t e n d e r á los r e s u l t a d o s q u e p r o d u c e s u
e x i s t e n c i a ó n o existencia. A d m i t a m o s el ó r d e n m o r a l é i m a
g i n e m o s q u e todos los h o m b r e s a r r e g l a n s u c o n d u c t a c o n
f o r m e á esta preocupacion. ¿ C u á l es el r e s u l t a d o ? el m u n d o
s e c o n v i e r t e e n u n paraíso; los h o m b r e s v i v e n c o m o h e r m a
n o s , u s a n c o n t e m p l a n z a d e los d o n e s d e la n a t u r a l e z a , c o m
p a r t e n s u d i c h a , se a y u d a n e n s u d e s g r a c i a ; e n el i n d i v i d u o ,
e n la familia, e n la s o c i e d a d , r e i n a la a r m o n í a m a s e n c a n t a
d o r a ; si el ó r d e n m o r a l es u n a p r e o c u p a c i o n , n e c e s a r i o es
c o n f e s a r q u e j a m á s la h u b o d e c o n s e c u e n c i a s m a s g r a n d e s ,
m a s s a l u d a b l e s , m a s bellas; si la virtud es u n a m e n t i r a , ja
m á s la h u b o m a s útil, m a s h e r m o s a , m a s s u b l i m e .
203. H a g a m o s la c o n t r a p r u e b a . S u p o n g a m o s q u e la p re
ocupacion d e s a p a r e c e , y q u e t o d o s los h o m b r e s se c o n v e n c e n
d e q u e el ó r d e n m o r a l es u n a v a n a ilusion y q u e es p r e c i s o
desterrarla del e n t e n d i m i e n t o , d e la v o l u n t a d y d e las obras:
¿ c u á l s e r á el res ult ad o ? D e s t r u i d o el ó r d e n m o r a l q u e d a r á
solo el físico , c a d a c u a l p e n s a r á y o b r a r á s e g u n s u s c á l c u
los, p a s i o n e s ó c a p r i c h o s ; n o h a b r á m a s g u i a p a r a los h o m
b r e s q u e el c i e g o instinto d e la n a t u r a l e z a ó las frias e s p e
c u l a c i o n e s del e g o í s m o ; el i n d i v i d u o se c o n v e r t i r á e n u n
m o n s t r u o , la familia v e r á rotos t o d o s s u s lazos; y s u m i d a la
s o c i e d a d e n u n c a o s e s p a n t o s o , c a m i n a r á r á p i d a m e n t e á s u
total a n i q u i l a m i e n t o . Estas s o n las c o n s e c u e n c i a s n e c e s a r i a s
del destierro d e la preocupacion. El l e n g u a j e m i s m o q u e d a r i a
h o r r i b l e m e n t e m u t i l a d o si d e s a p a r e c i e s e n las ideas del ó r
d e n m o r a l : u n a c o n d u c t a b u e n a ó m a l a s e ri a n p a l a b r a s sin
s e n t i d o ; la a l a b a n z a y el vituperio c a r e c e r í a n d e objeto; la
m i s m a v a n i d a d p e r d e r í a g r a n parte d e s u p á b u l o ; la lisonja
d e b e r í a limitarse á las p r e n d a s n a t u r a l e s c o n s i d e r a d a s e n el
ó r d e n p u r a m e n t e físico; la p a l a b r a m é r i t o , n o p o d r i a p r o
n u n c i a r s e sin c a e r e n el a b s u r d o .
104. V é a s e p u e s si h a y dificultad d e n i n g u n a clase q u e p u e
d a h a c e r a d m i s i b l e s t a m a ñ a s c o n s e c u e n c i a s : q u i e n , a r r e d r a
d o p o r las s o m b r a s q u e se d e s c u b r e n al e x a m i n a r los p r i m e
ros principios d e la m o r a l , se e m p e ñ a s e e n n e g a r l a , seria
tan i n s e n s a t o c o m o el l a b r a d o r q u e á la vista d e u n caudaloso-
rio q u e fertiliza sus c a m p i ñ a s , se o bs t in a se e n a f i r m a r q u e
n o existen las a g u a s fertilizadoras , f u n d a d o e n la r a z o n d e
 - 2 1 7 -
s q e u e a l a b l e g n u é n f o i s c o d e m s a pn a e n ñ t a i d a e l r . o s i n a c c e s i b l e s l e i m p i d e n a c e r c a r

C A P Í T U L O X I X .

E x i m e n de algunas explicaciones d e la moralidad.

205. S e h a d i s p u t a d o m u c h o s o b r e el o r i g e n y c a r á c t e r d e
la m o r a l i d a d d e las a c c i o n e s , s u c e d i e n d o e n esta m a t e r i a lo
m i s m o q u e e n todas las d e m á s ; el e n t e n d i m i e n t o del h o m b r e
vacila y se c o n f u n d e , s i e m p r e q u e tr ata d e p e n e t r a r e n los
pb i r r i m u e n r o t sr a p t r a id no c i d p e i o m s o r d a e l l, a s y c s o í s aú s n i C c o a m e o n nt o e m a n e a l p i r z o a p r o l n o g s o f u e s n c d r a i .

m e n t o s d e esta ciencia, m e limitaré á caracterizar e n c u a n t o

m e s e a posible las ideas y s e n t i m i e n t o s p r i m o r d i a l e s del o r
d e n m o r a l , sin d e s c e n d e r á s u s aplicaciones. P a r a esto, p r o
c e d e r é , c o m o a c o s t u m b r o , p o r el m é t o d o analítico, d e s c o m
p o n i e n d o el h e c h o c o n s i g n a d o e n el capítulo anterior , re
c o r r i e n d o varias e x p o s i c i o n e s del m i s m o , y s e ñ a l a n d o la in
suficiencia y la i n e x a c t i t u d d e a l g u n a d e ellas, a n t e s d e lle
g a r á la ú n i c a q u e m e p a r e c e v e r d a d e r a y c u m p l i d a .
2 0 6 . ¿ Q u é es b i e n ? ¿ q u é es m a l ? las c o s a s q u e s o n b u e n a s
ó m a l a s ¿ p o r q u é lo s o n ? ¿ e n q u é consiste s u b o n d a d ó m a l i
c i a ? ¿ c u á l es el o r i g e n d e estas p r o p i e d a d e s ? •
S e d i c e q u e es b u e n o lo q u e es c o n f o r m e á la r a z o n , lo q u e
s e h a c e c o n a r r e g l o á la ley e t e r n a , lo q u e es a g r a d a b l e á
D i o s ; y m a l o lo q u e se o p o n e á la r a z o n , lo q u e c o n t r a d i c e á
la ley e t e r n a , lo q u e es d e s a g r a d a b l e á Dios. Esto es v e r d a d ;
p e r o ¿ r e s u e l v e c u m p l i d a m e n t e la c u e s t i o n e n el t e r r e n o c i e n
tífico ?
El valor m o r a l del d i c t á m e n d e la r a z o n d e p e n d e d e s u
c o n f o r m i d a d c o n la ley e t e r n a ; c u a n d o p u e s p a r a f u n d a r el
o r d e n m o r a l se e c h a m a n o d e la p r i m e r a , se h a b l a d e u n a
p a r t i c i p a c i o n d e la s e g u n d a ; l u e g o n o se tienen c o n esto d o s
r e s o l u c i o n e s d e la c u e s t i o n , s i n o u n a sola.
L o s actos n o p u e d e n ser a g r a d a b l e s ó d e s a g r a d a b l e s á Dios,
« i c o e n c u a n t o s o n c o n f o r m e s á la ley e t e r n a ; l u e g o el j u z g a r
d e la b o n d a d ó m a l i c i a d e los actos p o r s u relacion al a g r a d o
 — 2 1 8 -
ó d e s a g r a d o d e D i o s , es j u z g a r l o s p o r s u c o n f o r m i d a d á la
ley eterna.
Infiérese d e lo d i c h o q u e a c t o c o n f o r m e á r a z o n , a c o r d e c o n
la ley e t e r n a , ó a g r a d a b l e á D i o s , a u n q u e e x p r e s e n d i v e r s o s
a s p e c t o s d e u n a idea, n o significan n a d a diferente, e n c u a n ,
t o s e trata d e e x p l i c a r los c i m i e n t o s del o r d e n m o r a l .
207. L a s p r e s c r i p c i o n e s d e la ley e t e r n a n o d e p e n d e n d e
la libre v o l u n t a d d e D i o s , p u e s e n tal c a s o s e s e g u i r í a q u e
D i o s p o d r í a h a c e r lo b u e n o m a l o , y lo m a l o b u e n o . L a ley
e t e r n a n o p u e d e s e r o t r a c o s a q u e l a r a z o n e t e r n a , <5 b i e n l a
r e p r e s e n t a c i o n del o r d e n m o r a l e n el e n t e n d i m i e n t o divino.
E n tal c a s o , la m o r a l i d a d p a r e c e , s e g u n n u e s t r o m o d o d e
c o n c e b i r , q u e p r e c e d e á s u r e p r e s e n t a c i o n ; esto es, q u e la
m o r a l i d a d está r e p r e s e n t a d a e n el e n t e n d i m i e n t o divino, p o r
q u e ella es; p e r o n o es, p o r q u e está r e p r e s e n t a d a . E n el o r
d e n m o r a l l l e g a m o s á u n c a s o s e m e j a n t e al d e las e s e n c i a s
m e t a f í s i c a s y g e o m é t r i c a s . L a s v e r d a d e s g e o m é t r i c a s p o r e j e m
plo , s o n e t e r n a s e n c u a n t o están r e p r e s e n t a d a s e n la r a z o n
e t e r n a ; y esta r e p r e s e n t a c i o n s u p o n e u n a v e r d a d intrínseca
e n ellas m i s m a s , y a b s o l u t a m e n t e n e c e s a r i a , p u e s q u e d e otro
m o d o la r e p r e s e n t a c i o n p o d r í a ser falsa. M a s , c o m o q u i e r a q u e
d i c h a v e r d a d h a d e t e n e r a l g u n f u n d a m e n t o e t e r n o (Lib. IV,
•capítulos X X I V , X X V , X X V I y X X V I I ) , y este n o s e halla e n
los s e r e s finitos , se le h a d e b u s c a r e n el se r infinito p o r e s e n
cia, d o n d e está la r a z o n d e todo. S u e n t e n d i m i e n t o r e p r e s e n t a
•l a v e r d a d , y p o r tanto es v e r d a d e r o ; p e r o esta m i s m a v e r d a d
se f u n d a e n la e s e n c i a del m i s m o s e r infinito q u e la c o n o c e .
108. L a s v e r d a d e s m o r a l e s n o se d i s t i n g u e n e n este p u n t o
d e las metafísicas; s u o r i g e n está e n D i o s , la m o r a l n o p u e d «
se r atea. ¿ P o r q u é se r e p r e s e n t a n e n D i o s u n a s c o s a s c o m o
b u e n a s y otras c o m o m a l a s ? b u s c a r la r a z o n d e esto e q u i v a l e
á p r e g u n t a r p o r q u é los triángulos n o se r e p r e s e n t a n circula
res, y los círculos triangulares. Si h a y u n a n e c e s i d a d intrín
s e c a , ó n o p o d r e m o s s e ñ a l a r la r a z o n d e ella , ó d e t o d o s
m o d o s d e b e m o s llegar á u n a r a z o n q u e n o p u e d e e x p l i c a r s e
p o r otra ra zon . S i e m p r e s e r á p r e c i s o p a r a r n o s e n u n p u n t o
d o n d e d i g a m o s : es asi, y n a d a m a s . L a ulterior satisfaccion
q u e e n tal c a s o p u d i é r a m o s d e s e a r , n o s es i m p o s i b l e a l c a n
zarla, e n n o v i e n d o i n t u i t i v a m e n t e la e s e n c i a infinita d o n d e
s e halla la p r i m e r a y la ú l t i m a r a z o n d e todo.
 — 2 1 9 —
209. P a r a estar r e p r e s e n t a d a s las c o s a s c o m o b u e n a s ó
m a l a s , y a u n p a r a c o n c e b i r l a s r e p r e s e n t a d a s c o m o tales , e »
n e c e s a r i o q u e se les s u p o n g a b o n d a d ó m a l i c i a .
¿ Q u é es s e r u n a c o s a b u e n a ? si d e c i m o s q u e es el se r r e p r e
s e n t a d a c o m o b u e n a e n el e n t e n d i m i e n t o d i v i n o , h a c e m o s
e n t r a r e n la definicion la m i s m a c o s a definida: s i e m p r e q u e
d a l a dificultad: ¿ q u é significa s e r r e p r e s e n t a d a c o m o b u e n a ?
L a b o n d a d n o p u e d e consistir e n la s i m p l e r e p r e s e n t a c i o n >
d e s u e r t e q u e s e a b u e n o t o d o lo q u e está r e p r e s e n t a d o e n
D i O s , p o r q u e e n t o n c e s se seguiría q u e t o d o es b u e n o p o r q u e
t o d o está r e p r e s e n t a d o e n Dios.
L u e g o p a r a q u e u n a c o s a s e a b u e n a , n o solo d e b e ser r e
p r e s e n t a d a , s i n o r e p r e s e n t a d a bajo tal ó c u a l c a r á c t e r , q u e
la c o n s t i t u y a b u e n a ; e n c u y o c a s o , h a l l a m o s a u n e n pié t o d a
la dificultad; ¿ c u á l es este c a r á c t e r ?
216, A c l a r e m o s las ideas c o m p a r a n d o u n a v e r d a d m e t a f í
sica c o n u n a v e r d a d m o r a l . T o d o s los d i á m e t r o s d e u n m i s m o
circulo s o n iguales; esta v e r d a d n o d e p e n d e d e n i n g u n cír
c u l o particular; se f u n d a e n la m i s m a e s e n c i a del círculo; y
esta á s u v e z , c o n todas s us p r o p i e d a d e s y r e l a c i o n e s , se halla
r e p r e s e n t a d a d e s d e t o d a la e t e r n i d a d e n la e s e n c i a infinita,
d o n d e c o n la p l e n i t u d del ser, h a y la r e p r e s e n t a c i o n y el c o
n o c i m i e n t o d e todas las p a r t i c i p a c i o n e s finitas e n q u e se p u e
d e n ejercer la s a b i d u r í a y la o m n i p o t e n c i a infinita. T o d a s las
p a r t i c i p a c i o n e s están sujetas al p ri n ci p io d e c o n t r a d i c c i o n ; e n
n i n g u n a d e ellas se p u e d e verificar q u e el s e r deje d e e x c l u i r
al n o ser y r e c í p r o c a m e n t e ; d e a q u í d i m a n a la n e c e s i d a d d e
t o d a s las p r o p i e d a d e s y r e l a c i o n e s , sin las c u a l e s n o subsiste
el p r i n c i p i o d e c o n t r a d i c c i o n : e n t r e ellas se c u e n t a la igual
d a d d e t o d o s los d i á m e t r o s del m i s m o círculo.
211. Estas c o n s i d e r a c i o n e s s u g i e r e n la c u e s t i o n : ¿ e s p o
s f i í s b i l c e o e y x p e l i m c a tr e e m l á t ó i r c d o e , n m a o n r i a f l e s d t e l á n m d i o l s e m o c o m n o t e d n o i d q o u e n e l e l m p e r t i a n -

c i p i o d e c o n t r a d i c c i o n ?
212. E s fácil d e n o t a r q u e e n todas las v e r d a d e s metafísi
c a s y m a t e m á t i c a s se e x p r e s a ó se n i e g a la identidad. A es B ,
6 A n o es B ; á esto se r e d u c e n todas las p r o p o s i c i o n e s posi
bles ; esta es la f ó r m u l a g e n e r a l d e t o d a s las v e r d a d e s d e u n
o r d e n absoluto. D e otra m a n e r a s u c e d e e n el ó r d e n m o r a l ,
- d o n d e n u n c a se e x p r e s a n a d a a b s o l u t a m e n t e , c o m o lo i n d i c a
 la m i s m a f o r m a d e las p r o p o s i c i o n e s m o r a l e s D i o s e s b u e n o -
A q u í se e x p r e s a u n a v e r d a d metafísica. D i o s debe ser a m a d o ,
ó e n otros t é r m i n o s : se h a d e a m a r á Dios. A q u í se e x p r e s a
u n a v e r d a d m o r a l . N ó t e s e la d i f e r e n c i a : e n u n c a s o s e d i c e
es, a b s o l u t a m e n t e ; e n el otro, debe ser, se h a , h a y obligación,
de, e m p l e á n d o s e diferentes e x p r e s i o n e s q u e t o d a s significan
u n a m i s m a c o s a ; p e r o e n todas ellas h a d e s a p a r e c i d o el ser,
c o m o a f i r m a c i o n absoluta. Al p a r e c e r n i n g u n a p r o p o s i c i o n
m o r a l p u e d e e x p r e s a r s e d e otra m a n e r a , a t e n d i e n d o á los
e l e m e n t o s p r i m i t i v o s d e n u e s t r a s i d e a s m o r a l e s , p o r q u e e n
t o d a s estas p r o p o s i c i o n e s se i m p l i c a la idea del d e b e r , q u e
es e s e n c i a l m e n t e u n a idea relativa.
213. El a m a r a D i o s es b u e n o . E s t a es u n a p r o p o s i c i o n m o
ral c u y a e s t r u c t u r a p a r e c e c o n t r a d e c i r lo q u e a c a b o d e esta
blecer. A q u í s e e n c u e n t r a u n a a f i r m a c i o n a b s o l u t a e x p r e s a d a
s i m p l e m e n t e p o r es. c o m o e n las p r o p o s i c i o n e s metafísicas ó
m a t e m á t i c a s . N o o b s t a n t e , p o r p o c o q u e se reflexione , s e
e c h a r á d e v e r q u e este c a r á c t e r a b s o l u t o d e s a p a r e c e , si s e
a t i e n d e á la n a t u r a l e z a de l p r e d i c a d o . ¿ Q u é significa b u e n o ?
hi'nos a q u í c o n u n a i d e a e s e n c i a l m e n t e relativa, lo c u a l c o
m u n i c a r á este m i s m o c a r á c t e r á la p r o p o s i c i o n q u e se p r e s e n
t a b a c o m o absoluta. El a m a r á D i o s e s b u e n o , significará: el
a m a r á D i o s es u n a c o s a c o n f o r m e á la r a z o n ó á la ley eter
n a ó a g r a d a b l e á D i o s , ó u n a c o s a á q u e e s t a m o s o b l i g a d o s ;
s i e m p r e u n t i d e a relativa, j a m á s u n a i d e a a b s o l u t a c o m o es
tas otras: ser, n o ser, triángulo, círculo, etc. etc.
J214. B u e n o , d i c e n a l g u u o s , e s lo q u e c o n d u c e al fin q u e
c o r r e s p o n d e al ser inteligente. E s t a e x p l i c a c i o n n o d e b e c o n
f u n d i r s e c o n la teoría del interés p r i v a d o ; teoría r e c h a z a d a
p o r la religion, p o r los s e n t i m i e n t o s del c o r a z o n , y c o m b a t i d a
p o r los p e n s a d o r e s m a s p r o f u n d o s ; a q u í , al h a b l a r d e fin se
trata d e u n fin ú l t i m o , s u p e r i o r á lo q u e s u e l e e n t e n d e r s e p o r
la e x p r e s i o n : interés p r i v a d o . S i n d u d a q u e el llegar al últi
m o fin , es u n g r a n d e interés del ser inteligente; p e r o al m e
n o s este interés se t o m a e n u n s e n t i d o g r a n d i o s o , q u e n o
alienta el d e s a r r o l l o d e u n e g o í s m o m e z q u i n o .
R e c o n o c i d a esta diferencia e n t r e las d o s d o c t r i n a s , d i r é
q u e t a m p o c o esta ú l t i m a m e p a r e c e a d m i s i b l e . L a b o n d a d
m o r a l h a d e ser c o n d u c e n t e al fin; m a s esto n o c o n s t i t u y e el
c a r á c t e r d e la m o r a l i d a d . E n efecto: ¿ q u é se e n t i e n d e p o r fin?
si se e n t i e n d e el m i s m o D i o s , acto m o r a l s e r á el acto q u e
c o n d u c e á D i o s ; e n c u y o c a s o p e r m a n e c e e n pié la dificultad,
p u e s q u e faltará s a b e r , q u é se e n t i e n d e p o r conducir. Si es
el a c a r r e a r la felicidad , q u e consiste e n la u n i o n c o n Dios,
¿ c ó m o se a c a r r e a esta felicidad ? C u m p l i e n d o lo q u e D i o s h a
m a n d a d o . — C i e r t o ; p e r o e n t o n c e s p r e g u n t a r e m o s : 1.* p o r
q u é el h a c e r lo q u e D i o s h a m a n d a d o , c o n d u c e á la felicidad;
2.° p o r q u é D i o s h a m a n d a d o u n a s c o s a s , y h a p r o h i b i d o
otras; lo c u a l e q u i v a l e á p l a n t e a r d e n u e v o la c u e s t i o n d e la
m o r a l i d a d intrínseca.
215. A d e m á s , la i d e a d e felicidad n o s o f r ec e u n a c o s a m u y
distinta d e la d e m o r a l i d a d . I m a g i n a n d o u n ser q u e sacrifica
t o d a s u d i c h a p o r otros seres , t e n d r e m o s la i d e a d e u n s e r al
t a m e n t e m o r a l , y sin e m b a r g o infeliz. Si la m o r a l i d a d c o n sis
tiese e n la felicidad , la p a r t i c i p a c i o n d e la felicidad seria la
p a r t i c i p a c i o n d e la m o r a l i d a d ; t o d o g o c e seria u n a c t o m o r a l ;
y solo p o d r í a ser i n m o r a l , p o r n o ser b a s t a n t e v i v o ó b a s t a n t e
d u r a d e r o . A m e d i d a q u e n o s e l e v a r í a m o s á la i d e a d e u n g o c e
m a s d u r a d e r o y v i v o , n o s f o r m a r í a m o s la i d e a d e u n a m o r a
lidad m a s alta ; el g o c e m a s e x e n t o d e d i s g u s t o , seria el acto
d e m o r a l i d a d m a s p u r a ; y ¿ q u i é n n o v e q u e esto trastorna
n u e s t r a s i d e a s m o r a l e s , y r e p u g n a á n u e s t r o s s e n t i m i e n t o s ?
216. N o basta decir q u e u n ser m o r a l a l c a n z a r á la felici
d a d , y q u e s u felicidad s e r á tanto m a y o r , c u a n t o m a y o r h a y a
s i d o s u m o r a l i d a d ; esto solo p r u e b a q u e la felicidad es el p r e
m i o d e la virtud; p e r o n o a u t o r i z a á c o n f u n d i r a q u e l l a c o n
esta , el g a l a r d o n c o n el m é r i t o .
217. El c o n f u n d i r la m o r a l i d a d c o n la d i c h a , es r e d u c i r la
m o r a l á u n a c o m b i n a c i o n d e cálculo, es d e s p o j a r la v i r t u d
d e e s e brillo p u r í s i m o q u e n o s atrae y e n c a n t a , y q u e n o s
la h a c e p a r e c e r tanto m a s bella , c u a n t o m a s u n i d a está c o n
el s u f r i m i e n t o . Si i d e n t i f i c a m o s la felicidad c o n la m o r a l i d a d ,
el d e s i n t e r é s s e r á u n cálculo d e interés, u n sacrificio d e u n
interés m e n o r á u n interés m a y o r , u n a p é r d i d a e n lo p r e
s e n t e p a r a g a n a r e n el p o r v e n i r .
N o , la m o r a l i d a d d e las a c c i o n e s n o es u n n e g o c i o d e cál
c u l o : el virtuoso a l c a n z a p r e m i o ; p u e d e t a m b i e n d e s e a r este
p r e m i o ; m a s p a r a q u e el acto s e a virtuoso, se necesita a l g o
m a s q u e la c o m b i n a c i o n p a r a a l c a n z a r l e ; es p r e c i s o q u e h a
l l e m o s a l g o q u e h a g a el acto m e r i t o r i o del p r e m i o ; y ni si
 - m -
q u i e r a c o n c e b i m o s q u e p u e d a estarle r e s e r v a d o el p r e m i o á
n i n g u n acto, s i n o p o r q u e e n sí m i s m o es m e r i t o r i o .
C u a n d o D i o s h a p r e p a r a d o castigos p a r a u n o s a c t o s y p r e
m i o s p a r a otros, h a d e b i d o hallar e n ellos u n a d i f e r e n c i a in
trínseca; y p o r esto les h a s e ñ a l a d o d e s t i n o s diferentes; p e r o
s e g u n el s i s t e m a q u e c o m b a t i m o s , los actos n o s e r i a n b u e
n o s s i n o e n c u a n t o c o n d u c e n t e s al p r e m i o , y n o h a b r í a n i n
g u n a r a z o n p o r q u e c o n d u j e s e n á él los u n o s c o n p r e f e r e n c i a
á los otros. Esta r a z o n se h a d e e n c o n t r a r e n u n a d i f e r e n c i a
i n t r í n s e c a d e los m i s m o s ; si n o se q u i e r e c a e r e n el a b s u r d o
d e q u e todas las a c c i o n e s s o n indiferentes e n sí m i s m a s , y q u e
las m a l a s p o d r í a n ser b u e n a s , y las b u e n a s m a l a s .
218. El s er c o n d u c e n t e al b i e n d e la h u m a n i d a d es otro
c a r á c t e r i n c o m p l e t o d e la m o r a l i d a d d e las a c c i o n e s . D e s d e
l u e g o salta á la vista , q u e esta m o r a l i d a d seria s o l a m e n t e la
h u m a n a ; y p o r tanto n o c o m p r e n d e r í a la m o r a l i d a d intrín
s e c a , q u e c o n s i d e r a m o s c o m u n á t o d o s los -seres inteligen
tes.
219. A d e m á s ; ¿ d e q u é b i e n se trata? ¿ e n q u é e s t a d o se
c o n s i d e r a la h u m a n i d a d ? ¿ S e h a b l a d e u n a s o c i e d a d consti
tuida e n n a c i o n , ó d e la h u m a n i d a d p r o p i a m e n t e d i c h a ; d e
u n a g e n e r a c i o n ó d e m u c h a s ; d e s u d e s t i n o e n la tierra ó e n
el p o r v e n i r d e la otra v i d a ? ¿ S e h a b l a d e s u bienestar, 6 d e
s u desarrollo y p e r f e c c i o n a m i e n t o p r e s c i n d i e n d o d e s u m a
y o r ó m e n o r b i e n e s t a r ? Si la m o r a l i d a d d e las a c c i o n e s se h a
d e t o m a r d e s u conducencia, p o r d e c i r l o así, al b i e n g e n e r a l
d e la h u m a n i d a d , ¿ e n q u é consiste este b i e n s u p r e m o ? ¿ E s
el desarrollo d e la inteligencia, es el d e la fantasía ú d el c o
r a z o n ; es el d e las artes útiles q u e p r o p o r c i o n a n g o c e s m a t e
riales? N o se p u e d e e n t o n c e s p o n e r c o m o t é r m i n o la p e r f e c
c i o n m o r a l , p u e s q u e p o r el s u p u e s t o , la m o r a l i d a d seria u n
m e d i o ; y las a c c i o n e s se r i an tanto m a s m o r a l e s , c u a n t o se
r i a n m e d i o s m a s útiles p a r a l og r ar el b i e n g e n e r a l .
220. D e c i r q u e la m o r a l i d a d e s ú n i c a m e n t e o bj e t o del
s e n t i m i e n t o , y q u e n o se p u e d e s e ñ a l a r o t r o c a r á c t e r d e lo
b u e n o , s i n o e s a p e r f e c c i o n m i s t e r i o s a q u e s e n t i m o s e n la
virtud; es d e s t e r r a r la m o r a l c o m o c i e n c i a , c e r r a n d o c o m
p l e t a m e n t e las p u e r t a s á t o d a investigacion. N o n i e g o q u e h a y
e n n o s o t r o s u n s e n t i m i e n t o m o r a l , y q u e n u e s t r o c o r a z o n
a b r i g a m i s t e r i o s a s s i m p a t í a s p o r la virtud; p e r o c r e o q u e c o n
 este h e c h o , es m u y c o m p a t i b l e el e s t u d i o científico d e lo»
f u n d a m e n t o s del ó r d e n m o r a l . E s n e c e s a r i o r e c o n o c e r el c a
r á c t e r p r i m i t i v o d e a l g u n o s h e c h o s d e n u e s t r o espíritu , y
n o e m p e ñ a r s e e n q u e r e r explicarlo todo; p e r o c o n v i e n e g u a r
d a r s e d e la e x a g e r a c i o n , q u e e n esto s e r á tanto m a s p e l i g r o
sa c u a n t o se c u b r i r á c o n el m a n t o d e la m o d e s t i a .

C A P Í T U L O X X .

Explicacion fundamental del orden moral.

221. E n la m o r a l i d a d h a d e h a b e r a l g o absoluto. N o e s
posible c o n c e b i r u n a c o s a relativa sola, sin a l g o a b s o l u t o e n
q u e se f u n d e . A d e m á s , t o d a r e l a c i o n i m p l i c a u n t é r m i n o d e
r e f e r e n c i a , y p o r c o n s i g u i e n t e , a u n c u a n d o s u p o n g a m o s u n a
série d e r e f e r e n c i a s , es n e c e s a r i o llegar al t é r m i n o último.
E s t o m a n i f i e s t a p o r q u é n o satisfacen al e n t e n d i m i e n t o las
e x p l i c a c i o n e s d e la m o r a l i d a d p u r a m e n t e relativas: la r a z o n
y h a s t a el s e n t i m i e n t o , b u s c a n a l g o a b s o l u t o e n q u e p u e d a n
fijarse.
A m a s d e este a r g u m e n t o p u r a m e n t e o n t o l ó g i c o e n f a v o r
d e lo a b s o l u t o d e la m o r a l i d a d , h a y otros m a s al a l c a n c e del
c o m u n d e los h o m b r e s , y n o m e n o s c o n c l u y e n t e s .
222. E n el ser i n f i n i t a m e n t e p e r f e c t o c o n c e b i m o s s a n t i d a d
infinita, i n d e p e n d i e n t e m e n t e d e la e x i s t e n c i a d e las criatu
ras; ¿ y q u é es la santidad infinita, s i n o la p e r f e c c i o n m o r a l
e n u n g r a d o infinito? E s t a r a z o n es d e c i s i v a p a r a t o d o el m u n
d o , e x c e p t o l o s ateos: q u i e n a d m i t e la existencia d e D i o s
d e b e a d m i t i r s u s a n t i d a d ; lo c o n t r a r i o r e p u g n a á la r azo n,
al c o r a z o n , al s e n t i d o c o m u n . L u e g o existe a l g o m o r a l a b s o
luto; l u e g o la m o r a l i d a d e n sí m i s m a , n o p u e d e e x p l i c a r s e
p o r n i n g u n a r e l a c i o n d e las criaturas á u n fin; p u e s q u e la
m o r a l i d a d e n u n g r a d o infinito, existiría, a u n c u a n d o n o
h u b i e s e h a b i d o ni h u b i e s e j a m á s n i n g u n a criatura.
223. A l c o n c e b i r u n ser inteligente c r i a d o , c o n c e b i m o s
t a m b i e n la m o r a l i d a d c o m o u n a ley inflexible á q u e s u s a c
c i o n e s d e b e n sujetarse. E s d e n o t a r q u e esta m o r a l i d a d la c o n
c e b i m o s , a u n s u p o n i e n d o u n s e r inteligente e n t e r a m e n t e s o l o :
l u e g o la m o r a l i d a d n o p u e d e e x p l i c a r s e p o r la r e l a c i o n d e
 - 2 2 4 —
u n a s criatu ras c o n otras. F i n g i d u n h o m b r e e n t e r a m e n t e so
lo s o b r e la tierra; ¿ p o d r e i s c o n c e b i r l e e x e n t o d e t o d a m o r a
l i d a d ? ¿ S e r á i g u a l m e n t e bello e n el ó r d e n m o r a l el q u e tra
nb a i j c e a m p e a n r at e p e t r o f d e a c s c i s uo s n a f r a s c u l e t n a d t e s n d , i ó m i e le n q t u o e y s d e e a s b a r a r n o d l o l n a r e aá r im n ós "

tintos g r o s e r o s c o n f u n d i é n d o s e c o n los b r u t o s p o r s u estupi

d e z y e n v i l e c i m i e n t o ? I m a g i n a d q u e d e s a p a r e c e la tierra y
t o d o el u n i v e r s o c o r p ó r e o , y t o d o s los seres c r i a d o s , e x c e p t o
u n a sola inteligencia: ¿ p o d e i s c o n c e b i r á esta criatura e n t e
r a m e n t e e x e n t a d e t o d a ley m o r a l ? E n s u s p e n s a m i e n t o s , e n
s u s actos d e v o l u n t a d , ¿ p o d e i s figuraros q u e s e a t o d o indife
r e n t e , y q u e la m o r a l i d a d s e a p a r a ella u n a p a l a b r a sin s e n
t i d o ? E s i m p o s i b l e , si n o q u e r e m o s l u c h a r a b i e r t a m e n t e c o n
n u e s t r a s ideas p r i m i t i v a s , c o n n u e s t r o s s e n t i m i e n t o s m a s
p r o f u n d o s , c o n el s e n t i d o c o m u n d e la h u m a n i d a d . H é a q u í
p u e s otra p r u e b a d e q u e h a y e n el ó r d e n m o r a l a l g o a b s o l u
to, u n a p e r f e c c i o n intrínseca, i n d e p e n d i e n t e d e las relacio
n e s m u t u a s d e las criaturas; u n a belleza p r o p i a , e n ciertas
a c c i o n e s d e la criatura inteligente y libre.
M í . L a i m p u t a b i l i d a d d e las a c c i o n e s n o s o f r e c e otro ar
g u m e n t o e n c o n f i r m a c i o n d e la m i s m a v e r d a d . L a m o r a l i d a d
n o se m i d e n u n c a p o r el r e s u l t a d o ; los quilates d e ella se
a p r e c i a n p o r lo i n m a n e n t e ; esto es, p o r los m o t i v o s q u e h a n
i m p u l s a d o á q u e r e r , p o r la m a y o r ó m e n o r d e l i b e r a c i o n q u e
h a p r e c e d i d o al acto d e la v o l u n t a d , p o r la m a y o r ó m e n o r
i n t e n s i d a d d e este m i s m o acto. Si a l g u n a v e z se a t i e n d e á los
r e s u l t a d o s , t o d o el v a l o r m o r a l q u e á estos se a t r i b u y e n a c e
d e lo interior del a l m a : la p r e v i s i o n ó i m p r e v i s i o n d e ellos,
ó la posibilidad ó i m p o s i b i l i d a d d e p r e v e r l o s ; el h a b e r l o s
q u e r i d o ó n o ; el h a b é r s e l o s p r o p u e s t o c o m o objeto p r i n c i p a l
ó s e c u n d a r i o ; el h a b e r l o s d e s e a d o c o n a h i n c o ó el h a b e r l o s
a r r o s t r a d o c o n d o l o r y r e p u g n a n c i a ; estas y otras c o n s i d e r a
c i o n e s s e m e j a n t e s se t i e n e n p r e s e n t e s c u a n d o se q u i e r e n
a p r e c i a r y g r a d u a r el m é r i t o ó d e m é r i t o d e u n a a c c i o n q u e
h a t e n i do tales ó c u a l e s resultados. D e d o n d e se infiere q u e
estos n o significan n a d a e n el ó r d e n m o r a l , s i n o e n c u a n t o
está e x p r e s a d o e n ellos el acto d e la v o l u n t a d .
223. Este c a r á c t e r d e i n m a n e n c i a , esencial á los actos m o
rales, d e s t r u y e p o r s u b a s e todas las teorías q u e f u n d a n la
m o r a l i d a d e n c o m b i n a c i o n e s e x t e r n a s , s e a n las q u e f u e r e n ;
 - 2 2 5 —
y d e m u e s t r a q u e el acto d e u n ser inteligente y libre es b u e
n o ó m a l o e n sí m i s m o , p r e s c i n d i e n d o a b s o l u t a m e n t e d e to
d a s s u s c o n s e c u e n c i a s b u e n a s ó m a l a s , q u e d e u n m o d o ú
o t r o n o h a y a n e s t a d o c o n t e n i d a s e n el acto interno. U n h o m
bre, q u e p o r u n acto c u y a s c o n s e c u e n c i a s n o p r e v i e s e ni p u
d i e s e p r e v e r , p e r j u d i c a s e g r a v e m e n t e á t o d o el linaje h u m a
n o , seria i n o c e n t e ; y otro q u e c o n u n a i n t e n c i o n d a ñ a d a ,
hiciese u n g r a n beneficio á la h u m a n i d a d e n t e r a , seria u n
p e r v e r s o . U n h o m b r e salva á s u patria p o r u n s e n t i m i e n t o
d e v a n i d a d , ó c o n u n fin d e a m b i c i o n ó d e codicia: s u a c c i o n
s a l v a d o r a n o es m i r a d a c o m o u n a c t o virtuoso. Otro, c o n la
i n t e n c i o n m a s d e s i n t e r e s a d a y p u r a , c o n el m a s a r d i e n t e a n
h e l o d e salvar á s u patria, la c o m p r o m e t e , p o r u n e r r o r , la
p i e r d e ; este d e s v e n t u r a d o n o deja d e ser u n h o m b r e virtuo
s o ; la m i s m a a c c i o n f u n e s t a e n r e s u l t a d o s , es c o n s i d e r a d a
c o m o u n acto d e virtud.
226. ¿ E n q u é consiste p u e s la m o r a l i d a d a b s o l u t a ? ¿ d ó n
d e se halla el m a n a n t i a l o c u l t o del c u a l fluye e s e r a u d a l d e
b e l l e z a q u e t o d o s s e n t i m o s , q u e lo i n u n d a todo, h e r m o s e á n
d o l o todo; ese r a u d a l c o n c u y a falta se m a r c h i t a r í a el m u n
d o d e las inteligencias?
M e p a r e c e q u e e n este p u n t o , c o m o e n m u c h o s otros , la
c i e n c i a n o h a n o t a d o b a s t a n t e la a d m i r a b l e p r o f u n d i d a d d e
la R e l i g i o n cristiana ; esta lo h a d i c h o t o d o c o n u n a p a l a b r a
t a n tierna c o m o llena d e s e n t i d o ; A m o r .
P e r m í t a s e m e l l a m a r m u y p a r t i c u l a r m e n t e la a t e n c i o n d e
los lectores s o b r e la teoría q u e v o y á d e s e n v o l v e r . D e s p u e s
d e tantas dificultades c o m o h e m o s a m o n t o n a d o h a s t a aquí,
s o b r e el f u n d a m e n t o del o r d e n m o r a l , n e c e s a r i o es q u e p r o
c u r e m o s a d q u i r i r a l g u n a luz s o b r e u n objeto tan i m p o r t a n
te. Esta luz n o s c o n f i r m a r á m a s y m a s u n a v e r d a d q u e la
c i e n c i a n o s p o n e d e manifiesto repetidas v e c e s : c u a n d o se
llega á los p r i n c i p i o s d e las ciencias, ó á s u s ú l t i m o s resul
tados, estad s e g u r o s d e q u e las ideas cristianas n o o s s e r á n
inútiles, y q u e os c o m u n i c a r á n a l g u n a l e c c i o n d e t r a s c e n
d e n c i a ; e n el edificio d e los c o n o c i m i e n t o s h u m a n o s las h a
llareis i l u m i n a n d o el c i m i e n t o y la c ú p u l a .
N o se i m a g i n e el lector, q u e e n v e z d e u n a teoría científica
v o y á o fr ece rle u n capítulo d e m í s t i c a ; e s t o y s e g u r o d e q u e
al c o n c l u i r la lectura , se hallará c o n v e n c i d o d e q u e a u n b a
 — T Z v —
jo el a s p e c t o p u r a m e n t e científico, h a y e n esta d o c t r i n a m u
c h a m a s e x a c t i t u d y p r o f u n d i d a d q u e e n otras c u y o s a u t o
re s se g u a r d a n d e e m p l e a r la p a l a b r a Dios, c o m o si este n o m
b r e a u g u s t o m a n c h a s e las p á g i n a s d e la ciencia.
287. L a m o r a l i d a d a b s o l u t a es el a m o r d e D i o s ; t o d a s las
ideas y s e n t i m i e n t o s m o r a l e s s o n a p l i c a c i o n e s y participa
c i o n e s d e este a m o r .
H a g a m o s la p r u e b a l l e v a n d o este p r i n c i p i o f e c u n d o á to
d a s las r e g i o n e s de l m u n d o m o r a l .
¿ Q u é es la m o r a l i d a d a b s o l u t a e n D i o s ? ¿ c u á l es el atribu
to d e l ser infinito q u e l l a m a m o s s a n t i d a d ? El a m o r d e sí m i s
m o , d e s u p e r f e c c i o n infinita. E n D i o s n o h a y d e b e r p r o p i a
m e n t e d i c h o , h a y n e c e s i d a d a b s o l u t a d e s e r s a n t o ; p o r q u e
tiene n e c e s i d a d a b s o l u t a d e a m a r s u p e r f e c c i o n infinita. A si
la m o r a l i d a d e n s u s e n t i d o m a s a b s o l u t o , e n s u g r a d o m a s
alto, esto es, la s a n t i d a d infinita, es i n d e p e n d i e n t e d e t o d o
libre albedrío. D i o s n o p u e d e d e j a r d e se r santo.
228. P e r o se p r e g u n t a r á ¿ p o r q u é D i o s se h a de a m a r á sí
m i s m o ? esta c u e s t i o n c a r e c e d e s e n t i d o c u a n d o se p r o f u n d i
za la m a t e r i a s o b r e q u e v e r s a ; p o r q u e s u p o n e q u e s e p u e d e
e x p r e s a r e x a c t a m e n t e e n t é r m i n o s relativos lo q u e es e n t e r a
m e n t e absoluto. L a p r o p o s i c i o n : D i o s se h a de a m a r á sí m i s
m o , n o es e x a c t a ; la r i g u r o s a e x a c t i t u d s o l o se halla e n esta
otra: D i o s se a m a á sí m i s m o ; p o r q u e e x p r e s a d e u n a m a n e
r a a b s o l u t a , u n h e c h o absoluto. Si a h o r a se p r e g u n t a ¿ p o r
q u é D i o s se a m a á sí m i s m o ? r e s p o n d e r e m o s q u e tanto v a l d r í a
p r e g u n t a r : p o r q u é D i o s se c o n o c e á s í m i s m o ; ó p o r q u é e n
t i e n d e la v e r d a d , ó p o r q u é existe: e n l l e g a n d o á estas c u e s
tiones n o s e n c o n t r a m o s e n el o r i g e n primitivo, c o n c o s a s a b
solutas, i n c o n d i c i o n a l e s ; e n t o n c e s , t o d o p o r q u é es a b s u r d o .
229. Infiérese d e esta d o c t r i n a q u e n o es e x a c t o q u e la
m o r a l i d a d n o p u e d a s er e x p r e s a d a e n u n a p r o p o s i c i o n a b
soluta. Ella e n si m i s m a , e n s u g r a d o infinito, e s u n a v e r
d a d absoluta; i m p l i c a u n a i d e n t i d a d c u y o o p u e s t o es c o n t r a
dictorio; p o r m a n e r a q u e c o n s i d e r a d a e n s u m a y o r altura,
está n o m e n o s l i g a d a c o n el p r i n c i p i o d e c o n t r a d i c c i o n , q u e
todas las v e r d a d e s m e t a f í s i c a s y g e o m é t r i c a s . H é a q u í s u fór
m u l a m a s s i m p l e : El s e r infinito se a m a á sí m i s m o .
230. C o n t i n u e m o s d e s e n v o l v i e n d o esta d oc t ri n a.
Dios, e n las p r o f u n d i d a d e s d e s u inteligencia, v e d e s d e lo
 - 2 * 7 —
d a la e t e r n i d a d u n a infinidad d e criaturas posibles. E n c e r r a n
d o e n si p r o p i o el f u n d a m e n t o d e la posibilidad d e las m i s m a s
y d e todas las r e l a c i o n e s q u e las p u e d e n e n l a z a r e n t r e sí 6
c o n s u C r i a d o r , n a d a p u e d e existir i n d e p e n d i e n t e d e Dios;
así, n o es posible q u e n i n g u n ser deje d e o r d e n a r s e á Dios. El
fin q u e D i o s se h a p r o p u e s t o e n la c r e a c i o n , n o p u e d e ser
otro q u e el m i s m o Dios; p u e s q u e a n t e s d e la c r e a c i o n n a d a
existia s i n o él, y d e s p u e s d e la c r e a c i o n t o d a s c u a n t a s p e r f e c
c t i u o a n l e m s e sn e t e h a e l n l a u n n e g n r a l a d s o c i r n i f a i t n i u t r o a . s L , u l e a s g o t i e s n t e e D o i r o d s e n f o d r e m a t l o d ó a s v i l r a - s

criaturas á D i o s c o m o á ú l t i m o fin, es u n a c o n d i c i o n i n s e p a
r a b l e d e las m i s m a s ; c o n d i c i o n vista p o r D i o s d e s d e t o d a la
e t e r n i d a d , e n todos los m u n d o s posibles. T o d o lo q u e h a s i d o
c r i a d o y t o d o lo q u e p u e d e serlo, es la realizacion d e u n a i d e a
divina, d e lo q u e está r e p r e s e n t a d o e n el e n t e n d i m i e n t o infini
to, y c o n las p r o p i e d a d e s a b s o l u t a s ó relativas q u e s e h a l l e n
p r e e x i s t e n t e s e n a q u e l l a r e p r e s e n t a c i o n . A s í , t o d o c u a n t o
existe y p u e d e existir, d e b e hallarse s o m e t i d o á la c o n d i c i o n
d e o r d e n a r s e á Dios, sin lo c u a l s u e x i s t e n c i a seria i m p o s i b l e .
831. E n t r e las criaturas e n q u e se realiza la r e p r e s e n t a
c i o n p r e e x i s t e n t e e n el e n t e n d i m i e n t o divino, las h a y d o t a
d a s d e v o l u n t a d ; esta es la i n c l i n a c i o n á lo c o n o c i d o ; y
ds i g a n n i t f e i c u a n u n a c t p o r i d n e c i ip n i t o e l d i e g e n l ca si a d . e t S e i r l m a i n c a r ci a i t o u n r e a s c p o r n o o p c i i a e s s , e m i é n -

t u i t i v a m e n t e á D i o s , s u a c t o d e v o l u n t a d seria n e c e s a r i a
m e n t e m o r a l , p o r q u e seria n e c e s a r i a m e n t e u n acto d e a m o r
d e Dios. L a rectitud d e la v o l u n t a d c r i a d a seria e n t o n c e s u n
i n c e s a n t e reflejo d e la s a n t i d a d infinita, ó del a m o r q u e D i o s
se t i e n e á si p r o p i o . E n tal c a s o la p e r f e c c i o n m o r a l d e la
criatura t a m p o c o seria libre; m a s n o dejaría p o r esto d e ser
p e r f e c c i o n m o r a l y e n u n g r a d o e m i n e n t e . H a b r í a e n t o n c e s
u n a p e r p e t u a c o n f o r m i d a d d e la v o l u n t a d c r i a d a c o n la v o
l u n t a d infinita; p o r q u e la criatura a m a n d o á D i o s c o n u n a fe
liz n e c e s i d a d , n o q u e r r í a , ni p o d r í a q u e r e r otra c o s a q u e lo
q u e quisiese el m i s m o Dios. L a m o r a l i d a d d e la v o l u n t a d
c r i a d a seria esta c o n f o r m i d a d p e r e n n e c o n la v o l u n t a d divi
n a ; c o n f o r m i d a d q u e n o se distinguiría del a c t o m o r a l y
s a n t o p o r esencia: el a m o r d e la criatura al ser infinito;
P e r o c u a n d o el c o n o c i m i e n t o d e D i o s n o es intuitivo, c u a n
d o la i d e a q u e d e él tiene la criatura es u n c o n c e p t o i n c o m
 — 2 2 8 -
pleto y q u e e n c i e r r a varias n o c i o n e s i n d e t e r m i n a d a s , el
b i e n infinito e n si m i s m o , n o es a m a d o p o r n e c e s i d a d , p o r
q u e n o es c o n o c i d o c o m o es e n sí m i s m o . L a v o l u n t a d tiene
u n a inclinacion al bien, p e r o al b i e n i n d e t e r m i n a d a m e n t e ; y
p o r tanto n o siente u n a inclinacion n e c e s a r i a h á c i a n i n g u n
objeto real. El b i e n se le o f r e c e bajo u n a i d e a g e n e r a l é in
d e t e r m i n a d a , c o n a p l i c a c i o n e s m u y varias, y h á c i a n i n g u n a
d e ellas se inclina c o n n e c e s i d a d a b s o l u t a ; d e a q u í d i m a n a
s u libertad p a r a salirse del ó r d e n visto p o r Dios, c o m o c o n
f o r m e á sus s o b e r a n o s d e s i g n i o s : e n lo c u a l la libertad lejos
d e ser u n a perfeccion, es u n defecto, q u e n a c e d e la debili
d a d del c o n o c i m i e n t o del ser q u e la p o s e e .
232. L a criatura racional c o n f o r m á n d o s e e n su s actos c o n
la v o l u n t a d d e Dios, realiza el ó r d e n q u e D i o s q u i e r e ; a m a n
d o este ó r d e n , a m a lo q u e D i o s a m a . Si a u n q u e realice este
ó r d e n la criatura e n s u libertad n o a m a el m i s m o ó r d e n , y
p r o c e d e p o r m o t i v o s i n d e p e n d i e n t e s d e él, s u v o l u n t a d , eje
c u t a n d o m a t e r i a l m e n t e el a c t o , n o a m a lo q u e D i o s a m a : y
h é a q u í la línea divisoria d e la m o r a l i d a d y d e la i n m o r a l i
d a d . L a m o r a l i d a d del a c t o p r o p i a m e n t e d i c h a , consiste e n
la c o n f o r m i d a d explícita ó implícita d e la v o l u n t a d c r i a d a
c o n la v o l u n t a d divina; y e s a p e r f e c c i o n m i s t e r i o s a q u e d e s
c u b r i m o s e n los actos m o r a l e s , e s a h e r m o s u r a q u e n o s e n
c a n t a y atrae, n o es otra c o s a q u e la c o n f o r m i d a d c o n la v o
l u n t a d divina; el c a r á c t e r a b s o l u t o q u e e n c o n t r a m o s e n la
m o r a l i d a d , es el a m o r explícito ó implícito d e D i o s ; y p o r
c o n s i g u i e n t e u n reflejo d e la s a n t i d a d infinita, ó d e l a m o r
c o n q u e D i o s se a m a á sí m i s m o .
H a g a m o s a p l i c a c i o n e s d e esta d o c t r i n a q u e se d e m u e s t r a
tanto m a s e x a c t a c u a n t o m a s se la h a c e d e s c e n d e r al terre
n o d e los d e b e r e s .
283. El a m a r á D i o s es u n a c t o b u e n o m o r a l m e n t e ; el
a b o r r e c e r á D i o s es u n a c t o m a l o m o r a l m e n t e , y d e u n a feal
d a d la m a s detestable. ¿ D ó n d e está la m o r a l i d a d d el a c t o d el
a m o r d e Dios? e n el acto m i s m o , reflejo d e la m o r a l i d a d a b
soluta, ó d e la s a n t i d a d infinita, q u e consiste e n el a m o r q u e
D i o s tiene á s u p e r f e c c i o n infinita ; h é a q u í u n a p r u e b a pal
p a b l e d e lá v e r d a d d e la teoría q u e e s t a m o s e x p o n i e n d o . El
a m o r d e la criatura al C r i a d o r , h a s i d o s i e m p r e m i r a d o c o
m o u n acto e s e n c i a l m e n t e m o r a l , c o m o lo m a s p u r o d e la
 - 2 S 9 -
m o r a l i d a d ; e n lo q u e se manifiesta q u e e n el o r d e n s e c u n d a
rio y finito, este a c t o es la m a s p u r a y fiel e x p r e s i o n d e la
m o r a l i d a d absoluta.
234. Al p r e g u n t a r s e la r a z o n d e p o r q u é d e b e m o s a m a r a
Dios, se s u e l e n r e c o r d a r los beneficios q u e n o s d i s p e n s a , el
a m o r q u e n o s t i e n e , y. h a s t a s e s u e l e a d u c i r e l e j e m p l o d e l
a m o r q u e d e b e m o s a n u e s t r o s a m i g o s y b i e n h e c h o r e s , y s o
b r e t o d o á n u e s t r o s p a d r e s : estas r a z o n e s s o n c i e r t a m e n t e
m u y b u e n a s p a r a h a c e r p a l p a b l e e n cierto m o d o la m o r a l i
d a d del acto, y c o n m o v e r n u e s t r o c o r a z o n ; p e r o n o satisfa
c e n c o m p l e t a m e n t e e n el t e r r e n o d e la ciencia. P o r q u e , si
p u d i é s e m o s d u d a r d e q u e d e b e m o s a m a r al s e r infinito, a u
tor d e todas las cosas, claro es q u e d u d a r í a m o s t a m b i e n d e
q u e d e b i é s e m o s a m a r á los p a d r e s , á los a m i g o s y b i e n h e
c h o r e s . L u e g o el a m o r á estos se h a d e f u n d a r e n a l g o m a s
e l e v a d o , si n o q u e r e m o s q u e al p r e g u n t á r s e n o s p o r q u é d e
b e m o s a m a r l o s , n o s q u e d e m o s sin n i n g u n a r e s p u e s t a .
235. El q u e r e r p e r f e c c i o n a r el e n t e n d i m i e n t o es u n a c t o
m o r a l e n sí m i s m o . ¿ D e d ó n d e n a c e la m o r a l i d a d del a c t o ?
h é l o aquí. Dios, al d o t a r n o s d e inteligencia, h a q u e r i d o evi
d e n t e m e n t e q u e u s á s e m o s d e ella. El u s o d e la m i s m a , p u e s ,
e n t r a e n el ó r d e n c o n o c i d o y q u e r i d o p o r D i o s ; al q u e r e r esto
q u e r e m o s lo q u e D i o s q u i e r e ; a m a m o s este ó r d e n q u e D i o s
a m a b a d e s d e t o d a la e t e r n i d a d , c o m o u n a realizacion d e s u s
s o b e r a n o s designios; p o r el contrario, si la criatura n o p e r
f e c c i o n a s u s facultades intelectuales, y e n u s o d e s u libertad
las d e j a sin ejercicio , se a p a r t a del ó r d e n establecido p o r
Dios; n o q u i e r e lo q u e D i o s q u i e r e , n o a m a lo q u e D i o s a m a .
236. Al p e r f e c c i o n a r estas facultades , p u e d e el h o m b r e
h a c e r l o m e r a m e n t e p a r a p r o p o r c i o n a r s e el g o c e q u e le p r o
d u c e la a l a b a n z a d e s u s s e m e j a n t e s ; e n este c a s o realiza el
ó r d e n d e la p e r f e c c i o n del e n t e n d i m i e n t o , p e r o n o lo realiza
a m a n d o este ó r d e n e n si m i s m o , s i n o p o r a m o r d e u n a c o s a
distinta q u e n o e n t r a e n el ó r d e n q u e r i d o p o r D i o s ; p o r q u e
es e v i d e n t e q u e D i o s n o n o s h a d o t a d o d e facultades intelec
tuales p a r a el estéril objeto d e a l a b a r n o s u n o s á otros. H é
a q u í p u e s la d i f e r e n c i a q u e c o n o c e m o s , q u e s e n t i m o s , e n t r e
d o s a c c i o n e s iguales, h e c h a s c o n fines diferentes: la v o l u n
tad del u n o p e r f e c c i o n a el e n t e n d i m i e n t o c o m o u n a s i m p l e
r e a l i z a c i o n del ó r d e n divino: n o a c e r t a m o s tal v e z á e x p l i c a r
 — M O —
lo q u e e n c o n t r a m o s allí, p e r o d e cierto s a b e m o s q u e a q u e l l a
v o l u n t a d es recta; el otro h a c e lo m i s m o , q u i e r e lo m i s m o ,
p e r o deja m e z c l a r u n m o t i v o a j e n o á este ó r d e n ; y el e n t e n
d i m i e n t o y el c o r a z o n n o s d i c e n : este acto c o n q u e se h a c e
u n W e n , n o es bueno; esto n o es virtud, es m i s e r i a .
237. H a y u n a p e r s o n a n e c e s i t a d a , q u e sin e m b a r g o , tie
n t u e l o m u y c Jh u a l s i o p , r l o e b a d b a i n l i c d a d e a s c d u e a l m e u j n o a r l a i r m p o r s o n n a t . o L d é e n t f u o l r o t u d n a a . s L u é l n i -

m o s n a , solo c o n el fln d e q u e el s o c o r r i d o c u a n d o m e j o r e d e
fortuna, se a c u e r d e del b i e n h e c h o r , y le f a v o r e z c a si este lo
necesita. L a a c c i o n d e L é n t u l o n o tiene n i n g u n valor m o r a l :
al j u z g a r l a se v e u n a c o m b i n a c i o n d e cálculo, n o u n a c t o vir
tuoso. Julio d a la l i m o s n a , solo p o r s o c o r r e r al infeliz q u e le
inspira lástima, sin p e n s a r e n la r e t r i b u c i o n c o n q u e el s o
c o r r i d o le p u e d a c o r r e s p o n d e r : la a c c i o n d e Julio es bella
m o r a l m e n t e , es virtuosa. ¿ D e d ó n d e la d i f e r e n c i a ? L é n t u l o
h a c e el b i e n , a l i v i a n d o al n e c e s i t a d o , p e r o n o c o n el a m o r
d el ó r d e n í n t i m o q u e h a y e n s u acto, s i n o t o r c i e n d o este ór
d e n h á c i a sí m i s m o . Dios, q u e r i e n d o q u e los h o m b r e s n e c e
sitasen u n o s d e otros, h a q u e r i d o t a m b i e n q u e se s oc o r rie ran ;
el s o c o r r e r p u e s s i m p l e m e n t e p a r a aliviar al n e c e s i t a d o , es
realizar s i m p l e m e n t e el ó r d e n q u e r i d o p o r D i o s ; el aliviar
p a r a u n fin particular, es realizar este ó r d e n , n o c o m o s e h a
lla establecido p o r Dios, s i n o c o m o le c o m b i n a el h o m b r e .
H a y complicacion d e m i r a s ; falta la sencillez d e i n t e n c i o n ; esa
sencillez tan r e c o m e n d a d a p o r el cristianismo, y q u e a u n e n
la r e g i o n d e la filosofía e n c i e r r a u n s e n t i d o tan p r o f u n d o .
438. A t e n d i e n d o al ó r d e n p u r a m e n t e natural, se d e s c u b r e
q u e todas las o b l i g a c i o n e s m o r a l e s t i e n e n e n ú l t i m o resulta
d o u n objeto útil, así c o m o t o d a s las p r o h i b i c i o n e s se d i r i g e n
á p r e v e n i r u n d a ñ o ; m a s p a r a la m o r a l i d a d , n o basta el q u e
r e r la utilidad d e ella, se necesita q u e r e r el ó r d e n m i s m o d e
d o n d e la utilidad resulta; s i e n d o d e n o t a r q u e c o n c u a n t a
m a s reflexion, c o n c u a n t o m a s a m o r se q u i e r e este ó r d e n , sin
m e z c l a d e m i r a s h e t e r o g é n e a s , tanto m a s m o r a l es el acto.
S o c o r r e r al p o b r e , c o n la simple m i r a d e aliviarle, c o n a m o r
h á c i a el p o b r e , es u n acto virtuoso; s o c o r r e r l e c o n este a m o r
y c o n la reflexion explícita d e q u e se c u m p l e c o n u n deber d e
h u m a n i d a d , es todavía m a s virtuoso; s o c o r r e r l e c o n el p e n
s a m i e n t o e n Dios, v i e n d o e n el p o b r e á u n h o m b r e i m á g e n
 - m -
d e Dios, y á q u i e n D i o s n o s m a n d a a m a r , es u n acto t o d a v í a
m a s virtuoso: s o c o r r e r l e a u n c o n t r a los i m p u l s o s del p r o p i o
c o r a z o n , a g r i a d o q u i z á s p o r u n r e s e n t i m i e n t o , ó a g i t a d o p o r
otras p a s i o n e s , y d o m i n a r s e á sí m i s m o c o n u n a v o l u n t a d
f i r m e p o r a m o r d e Dios; es y a u n a c t o d e v ir t ud heroica. N ó
tese bien: la p e r f e c c i o n m o r a l del acto se a u m e n t a á p r o p o r
c i o n d e q u e se q u i e r e la c o s a e n sí m i s m a c o n m a s reflexion
y a m o r ; y llega al m a s alto p u n t o c u a n d o e n la c o s a a m a d a
s e a m a al m i s m o Dios. Si las m i r a s s o n egoístas , el ó r d e n s e
pervierte, y la m o r a l i d a d se disipa ; c u a n d o n o h a y m i r a s d e
e g o í s m o , y se o b r a p r i n c i p a l m e n t e á i m p u l s o s del s e n t i m i e n
to, la a c c i o n y a es bella, p e r o s u c a r á c t e r es m a s b i e n d e s e n
sibilidad q u e d e m o r a l i d a d ; m a s c u a n d o , c o n el c o r a z o n d e s
g a r r a d o p o r el d o l o r del sacrificio, la v o l u n t a d , p r e c e d i d a p o r
la reflexion, m a n d a este sacrificio, y se c u m p l e el d e b e r p o r
q u e es u n d e b e r ; ó q u i z á se h a c e u n acto n o obligatorio, p o r
el a m o r á s u b o n d a d m o r a l , y p o r q u e el a c t o es a g r a d a b l e á
Dios, v e m o s e n la a c c i o n , a l g o tan bello, t an a m a b l e , t a n d i g
n o d e a l a b a n z a , q u e n o s q u e d a r í a m o s d e s c o n c e r t a d o s si se
n o s p r e g u n t a s e e n t o n c e s la r a z o n del s e n t i m i e n t o r e s p e t u o
s o q u e e x p e r i m e n t a m o s h á c i a la p e r s o n a q u e p o r t a n n o b l e s
m o t i v o s se sacrifica p o r su s s e m e j a n t e s .
C o n a r r e g l o á estos principios, p o d e m o s fijar c l a r a y e x a c
t a m e n t e las i d e a s m o r a l e s .
239. L a m o r a l i d a d absoluta, y p o r c o n s i g u i e n t e el o r i g e n
y tipo d e t o d o el ó r d e n m o r a l , es el acto c o n q u e el ser infi
nito a m a s u p e r f e c c i o n infinita. E s t e es u n h e c h o absoluto,
•del c u a l n o p o d e m o s s e ñ a l a r n i n g u n a r a z o n á priori.
E n Dios n o h a y d e b e r p r o p i a m e n t e d i c ho ; h a y n e c e s i d a d a b
soluta d e ser santo.
240. El acto e s e n c i a l m e n t e m o r a l e n t o d a criatura es el
a m a r á Dios. E s i m p o s i b l e f u n d a r la m o r a l i d a d d e este acto,
e n la m o r a l i d a d d e otro acto.
241. L o s actos d e la criatura s o n m o r a l e s , e n c u a n t o p a r
ticipan explícita ó i m p l í c i t a m e n t e d e este a m o r .
242. C u a n d o la criatura v e i n t u i t i v a m e n t e á D i o s , le a m a
n e c e s a r i a m e n t e , y así t o d o s s u s actos, l l e v a n d o este a u g u s t o
sello, s o n n e c e s a r i a m e n t e m o r a l e s .
243. C u a n d o la criatura n o v e i n t u i t i v a m e n t e á Dios, a m a
n e c e s a r i a m e n t e el b i e n e n c o m u n , ó s ea b a j o u n a i d e a in
 - 2 3 2 —
d e t e r m i n a d a ; p e r o n o a m a n e c e s a r i a m e n t e n i n g u n o b j eto e n
particular.
2 4 4 . E n e s t e a m o r h á c i a e l b i e n e n c o m u n , s u s a c t o s li
b r e s s o n m o r a l e s , c u a n d o s u v o l u n t a d q u i e r e el ó r d e n q u e
D i o s h a q u e r i d o , sin m e z c l a r c o m b i n a c i o n e s a j e n a s ó c o n t r a
rias á este ó r d e n .
245. P a r a ser m o r a l u n acto, n o es n e c e s a r i o q u e el q u e
lo h a c e p i e n s e e x p l í c i t a m e n t e e n Dios, ni q u e s u v o l u n t a d le
a m e e x p l í c i t a m e n t e .
246. El a c t o s e r á tanto m a s m o r a l , c u a n t o v a y a a c o m p a
ñ a d o d e m a s reflexion s o b r e s u m o r a l i d a d . y s o b r e s u c o n
f o r m i d a d c o n la v o l u n t a d d e Dios.
247. El s e n t i m i e n t o m o r a l , e s u n s e n t i m i e n t o q u e se n o s
h a d a d o p a r a percibir la belleza del ó r d e n q u e r i d o p o r D i o s :
es p o r d e c i r l o así u n instinto d e a m o r d e Dios.
248. C o m o este s e n t i m i e n t o es innato, indeleble, é i n d e
p e n d i e n t e d e la reflexion , lo e x p e r i m e n t a n hasta los ateos.
249. L a i d e a d e o b l i g a c i o n m o r a l ó d e b e r , resulta d e d o s
ideas: ó r d e n q u e r i d o p o r Dios; libertad física d e a p a r t a r s e d e
este ó r d e n . D i o s o t o r g á n d o n o s la vida, h a q u e r i d o q u e p r o c u
r á s e m o s c o n s e r v a r l a ; p e r o el h o m b r e es libre , y á v e c e s se
suicida. El q u e c o n s e r v a s u v i d a c u m p l e c o n u n d e b e r ; el
q u e se m a t a le infringe. A s í e n la i d e a del d e b e r e n t r a la d e
libertad física , q u e n o p u e d e e j e r c e r s e , e n cierto sentido,
sin salir del ó r d e n q u e r i d o p o r Dios.
250. L a p e n a es u n a s a n c i o n del ó r d e n m o r a l ; sirve p a r a
suplir la n e c e s i d a d i m p o s i b l e p a r a los s e r e s libres. L a s cria
turas q u e o b r a n sin c o n o c i m i e n t o , c u m p l e n s u d e s t i n o p o r
n e c e s i d a d absoluta; los seres libres, c u m p l e n s u destino, n o
p o r n e c e s i d a d a b s o l u t a , s i n o p o r la e s p e c i e d e n e c e s i d a d
p r o d u c i d a p o r la vista d e u n r e s u l t a d o doloroso.
251. A q u í se p a l p a la d i f e r e n c i a e n t r e el m a l físico y el
m a l m o r a l , a u n e n el m i s m o se r libre: el físico es el dolor ;
el m o r a l , es el d e s v i a r s e del ó r d e n q u e r i d o p o r Dios.
252. Ilícito es lo c o n t r a r i o á u n d e b e r .
253. Lícito es t o d o lo q u e n o s e o p o n e á n i n g u n d e b e r .
254. L e y e t e r n a es el ó r d e n d e los s e r e s inteligentes q u e
r i d o p o r Dios, c o n a r r e g l o á s u s a n t i d a d infinita.
255. A c c i o n e s i n t r í n s e c a m e n t e m o r a l e s , s o n las q u e for
m a n parte del ó r d e n q u e D i o s ( s u p u e s t a la v o l u n t a d d e criar
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tales ó c u a l e s seres) h a q u e r i d o p o r n e c e s i d a d , e n f u e r z a de l
a m o r d e s u p e r f e c c i o n infinita. S e m e j a n t e s a c c i o n e s , están
m a n d a d a s p o r q u e s o n b u e n a s .
256. L a s a c c i o n e s q u e s o n b u e n a s p o r q u e están m a n d a d a s ,
s o n las q u e f o r m a n parte del o r d e n q u e r i d o p o r D i o s libre
m e n t e , y del c u a l h a d a d o c o n o c i m i e n t o á s u s criaturas.
237. El m a n d a t o d e Dios, es s u v o l u n t a d c o m u n i c a d a á la
criatura. Si esta v o l u n t a d es necesaria, el p r e c e p t o es natural;
si esta v o l u n t a d es libre, es positivo.
258. A t e n d i e n d o á lo p u r a m e n t e natural, el ó r d e n q u e r i
d o p o r D i o s es el q u e c o n d u c e á la c o n s e r v a c i o n y p e r f e c
c i o n d e los s e r e s criados. L a s a c c i o n e s s e r á n m o r a l e s c u a n d o
se c o n f o r m e n c o n este ó r d e n .
259. L a p e r f e c c i o n n a t u r a l d e los s e r e s consiste e n el u s o
d e s u s f a c u l t a d e s a c o m o d a d o al fin á q u e s u m i s m a n a t u r a l e
za los m u e s t r a destinados.
260. L a n a t u r a l e z a h a e n c a r g a d o á c a d a i n d i v i d u o el c u i
d a d o d e s u p r o p i a c o n s e r v a c i o n y p e r f e c c i o n .
261. L a i m p o s i b i l i d a d n a t u r a l d e q u e el h o m b r e v i v a s o
lo, i n d i c a q u e la c o n s e r v a c i o n y p e r f e c c i o n d e los i n d i v i d u o s
se h a d e c o n s e g u i r e n s o c i e d a d .
262. L a p r i m e r a s o c i e d a d , es la d e familia.
263. L o s p a d r e s d e b e n a l i m e n t a r y e d u c a r á s u s hijos; p o r
q u e sin esto n o p u e d e c o n s e r v a r s e el linaje h u m a n o .
264. L o s d e b e r e s c o n y u g a l e s , n a c e n del ó r d e n n e c e s a r i o
p a r a ia c o n s e r v a c i o n y p e r f e c c i o n d e la s o c i e d a d d e familia,
i n d i s p e n s a b l e p a r a la c o n s e r v a c i o n del h u m a n o linaje.
265. C u a n t o m a s n e c e s a r i o es el e n l a c e d e u n acto c o n la
c o n s e r v a c i o n y p e r f e c c i o n d e la familia, m a s n e c e s a r i a es s u
m o r a l i d a d , y p o r c o n s i g u i e n t e m e n o s sujeta á m o d i f i c a c i o n e s .
266. L a i n m o r a l i d a d d e los actos contrarios al p u d o r , y
m u y e s p e c i a l m e n t e los c o n t r a r i o s á la n a t u r a l e z a , se f u n d a
e n g r a n d e s r a z o n e s d e u n ó r d e n i n d i s p e n s a b l e p a r a la c o n
s e r v a c i o n del i n d i v i d u o y d e la especie.
267. L a s p a s i o n e s , p o r lo m i s m o q u e s o n c ie g as , es evi
d e n t e q u e n o s h a n sido d a d a s c o m o m e d i o s , n o c o m o fines.
268. L u e g o c u a n d o la satisfacion d e las p a s i o n e s se t o m a
n o c o m o u n m e d i o , s i n o c o m o u n fin, el acto es i n m o r a l .
U n e j e m p l o sencillo a c l a r a r á esta idea. El p l a c e r d e la c o m i
d a tiene u n objeto m u y útil p a r a la c o n s e r v a c i o n del indivi
 — m -
d u o ; así el c o m e r co n p l a c e r , n o es n a d a m a l o , s i n o b u e n o ;
p e r o el c o m e r p o r el p l a c e r d e la c o m i d a , es invertir el or
d e n : el a c t o n o es b u e n o . L a m i s m a a c c i o n q u e e n el p r i m e r
c a s o es m u y racional, e n el s e g u n d o es u n acto d e glotonería.
A s í lo j u z g a el s e n t i d o c o m u n sin n ec e si t ar d e análisis.
269. V i v i e n d o el h o m b r e solo , el u s o d e s u libertad física
n o p e r j u d i c a r í a j a m a s s i n o á si m i s m o ; el limite m o r a l d e s u
l ibertad seria el d e satisfacer s u s n e c e s i d a d e s y d e s e o s c o n
a r r e g l o al d i c t á m e n d e la razon. P e r o v i v i e n d o los h o m b r e s
ze a n p s o o r c i n e e d c a e d s , i e d l a d e j c e r o c n i c e i l o d d e e l ol a t r l o i b ; e p r ta a r d a f i í ms i p c e a d d i e r l eu l n o d , e s t o r or p d i e e n

es n e c e s a r i o restringir u n p o c o la libertad física d e c a d a u n o ,

y s o m e t e r l o s á t o d o s á u n o r d e n c o n f o r m e á r a z o n , y c o n d u
c e n t e al b i e n g e n e r a l : h é a q u í la n e c e s i d a d d e u n a legisla
c i o n civil. E s t a n o p u e d e e s t a b l e c e r s e , n i c o n s e r v a r s e , p o r sí
sola; h é a q u í la n e c e s i d a d d e u n p o d e r público. El objeto de
la s o c i e d a d es el b i e n g e n e r a l , c o n s u j e c i o n á los principios
d e la m o r a l e t e r n a ; este m i s m o es el objeto del p o d e r p ú
blico.
270. C o n la teoría q u e p r e c e d e , se e x p l i c a satisfactoria
m e n t e el d o b l e c a r á c t e r q u e p r e s e n t a el ó r d e n m o r a l : lo a b
soluto y lo relativo. L a r a z o n , el s e n t i d o c o m u n , el c o r a z o n ,
n o s o b l i g a n á r e c o n o c e r e n el ó r d e n m o r a l a l g o a bs o l uto , in
d e p e n d i e n t e d e la c o n s i d e r a c i o n d e la utilidad: esto se expli
c a e l e v á n d o s e á u n a c t o absoluto, d e p e r f e c c i o n absoluta, y
m i r a n d o la m o r a l i d a d d e las criaturas c o m o u n a participa
c i o n d e a q u e l acto. L a r a z o n y la e x p e r i e n c i a n o s e n s e ñ a n
q u e la m o r a l i d a d d e las a c c i o n e s tiene r e s u l t a d o s útiles; esto
se e x p l i c a , o b s e r v a n d o , q u e e n a q u e l a c t o a b s o l u t o está
c o m p r e n d i d o el a m o r del ó r d e n q u e h a b i a d e r e i n a r entre
Jos s e r e s c r i a d o s p a r a c u m p l i r s u s destinos. Este ó r d e n , pues,
e r a á u n t i e m p o querido p o r D i o s , y conducente al fin especial
d e c a d a criatura; s e r á p u e s á u n m i s m o t i e m p o m o r a l y útil.
271. P e r o los d o s c a r a c t e r e s se c o n s e r v a n s i e m p r e e s e n
c i a l m e n t e distintos: el p r i m e r o lo sentimos; el s e g u n d o local-
cutamos. C u a n d o n o s falta el p r i m e r o , s o m o s m o l o s ; c u a n d o
el s e g u n d o , s o m o s desgraciados. El r e s u l t a d o d o l o r o s o , es
p e n a si n u e s t r a v o l u n t a d h a infringido á s a b i e n d a s el ó r d e n ;
c u a n d o n o , es s i m p l e m e n t e desdicha.
272. P e r m í t a s e m e l i s o n j e a r m e c o n la i d e a d e q u e esta teo
 — m -
ría es a l g o m a s satisfactoria , q u e las q u e h a n e x c o g i t a d o al
g u n o s filósofos m o d e r n o s p a r a e x p l i c a r la n a t u r a l e z a a b s o l u
ta d e la m o r a l i d a d . H e n e c e s i t a d o d e la i d e a d e D i o s , es ci er
to; p o r q u e n o c o n c i b o ó r d e n m o r a l e n q u i t a n d o á D i o s del
m u n d o . S i n la i d e a d e D i o s , la m o r a l i d a d n o p u e d e s e r o tra
c o s a q u e u n s e n t i m i e n t o c i e g o , ta n a b s u r d o e n s u objeto c o
m o e n sí m i s m o ; la filosofía q u e n o lo f u n d e e n D i o s , n o p o
d r á llegar j a m á s á u n a e x p l i c a c i o n científica ; d e b e r á li mi
tr a á r c s t e r á y c o o n r s i i g g e n n a r s e e l i g h n e o c r h a o n d c e o l m t o o d o u . n a n e c e s i d a d , c u y o c a -

273. A ñ a d i r é u n a o b s e r v a c i o n q u e c o m p e n d i a t o d a m i
teoría , y q u e p o n e d e m a n i f i e s t o lo q u e la d i f e r e n c i a d e las
o t r a s q u e r e c o n o c e n e n D i o s el f u n d a m e n t o del ó r d e n m o r a l ,
y el a m o r d e D i o s . p o r el p r i m e r o d e los d e b e r e s . L o s siste
m a s á q u e m e refiero s u p o n e n la i d e a d e m o r a l i d a d distinta
d e la del a m o r d e D i o s , p e r o y o d i g o q u e la esencia d e la m o
r a l i d a d es el m i s m o a m o r d e Dios. A sí a f i r m o q u e la s a n t i d a d
infinita es esencialmente el a m o r c o n q u e D i o s se a m a á sí m i s
m o ; q u e el acto p r i m i t i v o y e s e n c i a l m e n t e m o r a l d e la cria
tura es el a m o r d e D i o s ; ' q u e la m o r a l i d a d d e t o d a s s u s a c
c i o n e s consiste e n c o n f o r m a r s e explícita ó i m p l í c i t a m e n t e
c o n la v o l u n t a d d e D i o s ; lo q u e e q u i v a l e á u n a m o r explíci
to ó implícito d e Dios.
U n o d e los r e s u l t a d o s m a s n o t a b l e s d e esta teoría q u e p o n e
la e s e n c i a d e la m o r a l i d a d e n el a m o r d e D i o s ó del b i e n in
finito, es el q u e h a c e d e s a p a r e c e r la d i f e r e n c i a e n t r e la for
m a d e las p r o p o s i c i o n e s metafísicas y las m o r a l e s , m a n i f e s
t a n d o c ó m o el se debe y se h a, q u e se e n c u e n t r a e n estas, s e
r e d u c e al es a b s o l u t o d e a q u e l l a s (V. 2 1 0 , 2 1 1 , 2 1 2 y 213).
H é a q u í la a p l i c a c i o n d e este i m p o r t a n t e resultado.
L a p r o p o s i c i o n : El a m a r á D i o s es b u e n o m o r a l m e n t e ; e s
u n a p r o p o s i c i o n a b s o l u t a é idéntica , p o r q u e la b o n d a d m o
ral n o es otra c o s a q u e el a m o r d e D i o s
l a p r o p o s i c i o n : El a m a r al p r ó j i m o es b u e n o ; se r e d u c e á
la p r i m e r a , p o r q u e a m a r al p r ó j i m o es u n cierto m o d o d e
a m L a a r p ár o D p i o o s s i . c i o n : E l s o c o r r e r a l p r ó j i m o e s b u e n o ; s e r e d u

c e á la a n t e r i o r , p o r q u e s o c o r r e r es a m a r .
L a p r o p o s i c i o n : El h o m b r e debe c o n s e r v a r s u v i d a ; se e x
plica p o r esta otra a b s o l u t a : la c o n s e r v a c i o n d e la v i d a d e l
 h o m b r e , a q u e r i d a p o r Dios. Así la p a l a b r a debe , si gnifica la
n e c e s i d a d d e q u e el h o m b r e c o n s e r v e s u vida, si n o q u i e r e
o p o n e r s e al o r d e n q u e r i d o p o r Dios.
E s t o s e j e m p l o s b a s t a n p a r a q u e se v e a c o n c u á n t a facilidad
p u e d e n r e d u c i r s e á u n a f o r m a a b s o l u t a , las p r o p o s i c i o n e s
m o r a l e s . E s t o , n o a l c a n z o d e q u é m a n e r a se p o d r á c o n s e g u i r ,
si e n v e z d e d e c i r s e : el a m o r d e D i o s es la m i s m a m o r a l i
d a d : se dijese : el a m o r d e Dios es u n a c l o m o r a l , distin
g u 2 i 7 e 4 n . d o S e e n a t r c e u a e l f a u m e o r r e e y l jl a u i m c o i r o a q l u i e d a s d e . f o r m e d e e s t a e x p l i c a

cion, n o p u e d e n e g a r s e q u e c o n ella se r e c o n o c e u n a sabi

d u r í a p r o f u n d a , a u n a t e n i é n d o n o s a l s o l o o r d e n n a t u r a l y fi
losófico, e n a q u e l l a a d m i r a b l e d o c t r i n a del D i v i n o M a e s t r o ,
e n q u e l l a m a al a m o r d e Dios el m a y o r y el p r i m e r o d e los
m a n d a m i e n t o s , y e n q u e , c u a n d o q u i e r e s e ñ a l a r el c a r á c t e r
del b i e n m o r a l , r e c u e r d a , m u y e s p e c i a l m e n t e , el c u m p l i
m i e n t o d e la v o l u n t a d divina.
275. P u e s t a la e s e n c i a d e la m o r a l i d a d e n el a m o r , lo m o
ral d e b e p a r e c e m o s bello, p o r q u e n a d a m a s bello q u e el
a m o r ; d e b e s er a g r a d a b l e al a l m a , p o r q u e n a d a m a s g r a t o
q u e el a m o r . E n t o n c e s s e c o m p r e n d e t a m b i e n p o r q u é las
i d e a s d e d e s i n t e r é s , d e sacrificio , se n o s p r e s e n t a n tan bellas
e n el ó r d e n m o r a l , y n o s h a c e n r e c h a z a r i n s t i n t i v a m e n t e la
teoría del interés p r o p i o : n a d a m a s d e s i n t e r e s a d o q u e el
a m o r ; n a d a m a s c a p a z d e g r a n d e s sacrificios q u e el a m o r .
276. A s í el e g o í s m o q u e d a d e s t e r r a d o d e l ó r d e n m o r a l :
D i o s se a m a á sí m i s m o , p o r q u e es i n f i n i t a m e n t e p e r fec to;
f u e r a d e sí n o e n c u e n t r a n a d a q u e a m a r , q u e él n o h a y a cria
do. El a m o r q u e tiene á las criaturas es c o m p l e t a m e n t e d e s
i n t e r e s a d o , p o r q u e n a d a p u e d e recibir d e las m i s m a s . L a
criatura se a m a á sí p r o p i a y a m a t a m b i e n á las d e m á s ; p e r o
este a m o r n o es d e u n e g o í s m o e s t r e c h o , s i n o q u e a m a e n
si m i s m a , y e n s u s s e m e j a n t e s , el reflejo del b i e n infinito.
D e s e a u n i r s e c o n el b i e n s u p r e m o , y e n esto p o n e s u ú l t i m a
felicidad ; p e r o este d e s e o lo e n l a z a c o n el a m o r de l b i e n s u
p r e m o e n sí m i s m o , y n o le a m a p r e c i s a m e n t e p o r q u e d e ello
d e b a resultar s u p r o p i a felicidad.
 - 2 3 7 -

C A P Í T U L O X X I .

Ojeada sobre la obra .

477. L l e g o al t é r m i n o d e m i trabajo ; y así c o n v i e n e e c h a r
u n a o j e a d a s o b r e el l a r g o c a m i n o q u e a c a b o d e r e co r re r.
M e h a b i a p r o p u e s t o e x a m i n a r las i d e a s f u n d a m e n t a l e s d e
n u e s t r o espíritu, y a c o n s i d e r a d o e n sí m i s m o , y a e n s u s re
l a c i o n e s c o n el m u n d o .
278. C o n r e l a c i o n á los objetos , h e m o s e n c o n t r a d o e n
n u e s t r o espíritu d o s h e c h o s p r i m i t i v o s : la in t ui c io n d e la e x
t e n s i o n ; la i d e a del ente. E n la intuicion d e la e x t e n s i o n se
f u n d a t o d a la sensibilidad objetiva; e n la i d e a del e n t e s e
f u n d a t o d o el ó r d e n intelectual p u r o e n lo t o c a n t e á las i d e a s
i n d e t e r m i n a d a s . D e la i d e a del e n t e , h e m o s visto salir las d e
i d e n t i d a d , distincion, u n i d a d , n ú m e r o , d u r a c i o n , t i e m p o ,
s i m p l i c i d a d , c o m p o s i c i o n , finito, infinito, n e c e s a r i o , c o n
t i n g e n t e , m u t a b l e , i n m u t a b l e , s u s t a n c i a , a c c i d e n t e , c a u s a ,
efecto.
279. E n el ó r d e n subjetivo, h a l l a m o s c o m o h e c h o s d e c o n
c i e n c i a , la sensibilidad , ó el ser sensitivo ( i n c l u y e n d o e n es
to n o solo la s e n s a c i o n , s i n o t a m b i e n el s e n t i m i e n t o ) ; la in
teligencia y la v o l u n t a d ; lo q u e n o s d a i d e a s intuitivas d e m o
d o s d e ser d e t e r m i n a d o s , y distintos de l d e los s e r e s e x t e n s o s .
c e 2 n 8 0 á . l a s A s i í d e t a o s d i o n s t u l i o s t i e v l a e s m d e e n t e o x ts e d n e s i n o u n e s , t d r e o s e n s s p i í b r i t l u i d s a e d r , e i n d t u e -

l i g e n c i a y v o l u n t a d , y á las ideas i n d e t e r m i n a d a s , q u e á s u
v e z s e f u n d a n t o d a s e n la i d e a d e ser.
281. D e la i d e a d e s er , c o m b i n a d a c o n la del n o ser, n a c e
el p r i n c i p i o d e c o n t r a d i c c i o n ; q u e p o r sí, d a o r i g e n s o l a m e n
te a c o n o c i m i e n t o s i n d e t e r m i n a d o s . P a r a q u e la c i e n c i a t e n g a
u n objeto realizable, es n e c e s a r i o q u e el s e r se le p r e s e n t e
b a j o a l g u n a f o r m a . N u e s t r a intuicion n o s o f r e c e d o s : e x t e n
s i o n y c o n c i e n c i a .
28í. L a c o n c i e n c i a n o s o f r e c e tres m o d o s d e ser: sensi
bilidad, ó el ser sensitivo, inteligencia y v o l u n t a d .
 - 2 3 8 -
283. L a e x t e n s i o n c o n s i d e r a d a e n t o d a s u p u r e z a , c u a l la
i m a g i n a m o s e n el e s p a c i o , es la b a s e d e la g e o m e t r í a .
284. L a m i s m a e x t e n s i o n m o d i f i c a d a d e varias m a n e r a s ,
y p u e s t a e n r e l a c i o n c o n n u e s t r a se n si b il i d ad , es la b a s e d e
t o d a s las c i e n c i a s n a t u r a l e s , 6 q u e t i e n e n p o r objeto el u n i
v e r s o c o r p ó r e o .
285. L a inteligencia d a o r i g e n á la i d e o l o g í a y á la psico
l ogía.
286. L a v o l u n t a d , e n c u a n t o m o v i d a p o r fines , d a o r i g e n
á las c i e n c i a s m o r a l e s .
287. L a i d e a d e ser e n g e n d r a el p r i n c i p i o d e c o n t r a d i c
c i o n ; y c o n él, las i d e a s g e n e r a l e s é i n d e t e r m i n a d a s , d e c u y a
c o m b i n a c i o n n a c e l a o n t o l o g í a ; y q u e a d e m á s c i r c u l a n p o r
t o d a s las d e m á s c i e n c i a s c o m o u n flúido vivificante.
288. A s í c o n c i b o el á r b o l d e las ciencias h u m a n a s : e x a
m i n a r las raices d e este á r b o l , e r a m i objeto e n la Filosofía
F u n d a m e n t a l .
 N O T A S

( S O B R E E L L I B R O VIII.)

(I) Qui zá s n o (altarán a l g u n o s lectores p o c o versados e n la

historia d e la filosofía , á q u i e n e s p a r e z c a q u e m e b e extendido
d e m a s i a d o e n la explicacion d e la idea d e lo infinito, consideran
d o estas cuestiones e n la clase de aquellas q u e sirven m a s bien
p a r a sutilizar, q u e p a r a adquirir c o n o c i m i e n t o s sólidos. Este es
u n error d e m u c h a g r a v e d a d . E n todos t i e m p o s h a n o c u p a d o u n
lugar preferente entre las cuestiones filosóficas , las q u e ve rsa n
sobre la idea d e lo infinito; y en nuestra é p o c a a p e n a s h a y nin
g u n a q u e d e b a m e r e c e r m a s a t e n c i o n , si s e q u i e r e n a t a j a r los
progresos del panteísmo. N o m e c a n s a r é d e repetir q u e m u c h o s
errores gravísimos d i m a n a n d e confusion e n las ideas f u n d a m e n
tales; p a r a q u i e n esté bien radicado e n el c o n o c i m i e n t o d e estas,
dejarán de ser peligrosas ciertas obras, c u y o secreto, p a r a extra
viar, consiste ó e n e m p l e a r palabras I n c om p re n si b le s , ó e n d a r
falsas acepciones á las q u e se p u e d e n c o m p r e n d e r . C o m o quiera,
los q u e creyeren q u e aquí solo se trata d e cavilaciones escolásti
cas, r e c u e r d e n q u e d e b e r á n tener p o r caviladores á los metafísi-
cos m a s e m i n e n t e s antiguos y m o d e r n o s .
(SOBRE E L LIBRO IX.)
(II) N o ignoro q u e a l g u n o s filósofos m o d e r n o s , y m u y parti
c u l a r m e n t e M. C ous in , tratan d e sincerarse d e la acusacion d e
p anteísmo, explicando á s u m a n e r a los pasajes d e sus obras d o n
d e se halla profesado este error. N o s i é n d o m e posible extender
m e e n u n a cuestión q u e exigiría la insercion y cotejo d e largos
p asajes , m e contentaré c o n remitir al lector á lo q u e tengo dicho
 — 2 4 0 -
e n el c u e r p o d e la o b r a , y c o n respecto á H. Co u si n , á los troxos
q u e llevo citados e n m i s Cartas á u n estíptico en materia d e reli
gion (Carta X). S e a c o m o fuere , los i m p u g n a d o r e s de H. C o u s i n
n o tienen la c u l p a de q u e este filósofo se valiese de palabras tan
claras y terminantes , q u e á n i n g u n h o m b r e d e s a n o juicio le p o -
dia q u e d a F n i n g u n a d u d a d e q u e contenían lisa y l l a n a m e n t e la
profesion del panteísmo. D e j a n d o p u e s a este filósofo la r e spo n
sabilidad d e sus intenciones , m e contentaré c o n rogar encareci
d a m e n t e á nuestros jóvenes, q u e n o j u z g u e n c o n ligereza sobre
las disputas q u e se agitan e n el vecino reino, c u y o ruido llega
hasta nosotros por ó r g a n o s n o s i e m p r e fieles ; y q u e se a b s t e n g a n
d e d a r fe á los q u e se e m p e O a n e n persuadirles q u e las a l a r m a s
d e los h o m b r e s d e s a n a s doctrinas e n m a t e r i a s filosóficas , care
c e n d e f u n d a m e n t o .

FIN D« LIS NOTAS.

 Í N D I C E

D E LAS

M A T E R L I I A SB R D O E L O T C O T M A O V O C U . A R T O .

l O I N F I N I T O

PlS.
O j e a d a ¡ o b C r A e P e l Í eT s U t L a d O o P a c R t I u M a l E R d O e . l a f i l o s o f í a .

U s o d e ciertas palabras. Q u é i ndican. Filosofía del siglo p a

sado. Reaccion. Carác ter de l p a n t e í s m o actual. C ó m o se
av i e ne c o n lo infinito. P or q u é la n u e v a filosofía se coloca
e n el yo. Indicio de u n a as pi racion sublime. S u s preten
siones orgullosas é in fund ad as. N o inventa ni restaura la
v e r d a d 5
C A P Í T U L O II.
I m p o r t a n c i a y a n o m a l í a d l e o l i n a f s i n c i u t e o .s t i o n e s s o b r e l a i d e a d e

I m p o r t a n c i a del e x a m e n d e esta idea. A n o m a l í a . Disputas

sobre s u naturaleza y existencia 9
T. IV. 1 6
 ÍNDICE.

C A P Í T U L O III.
Si t e n e m o s i d e a d e lo infinito .
T e n e m o s esta idea. Prueba. L o infinito y lo indefinido. L a
i d e a d e lo infinito e s fija. E j e m p l o . L a d i s t i n c i o n e n t r e l o
infinito y lo finito se f u n d a e n el principio d e contradic
cion

C A P Í T U L O IV.
E l limi te.
N e g a c i o n e s q u e afirman. El limit e filosófico y el m a t e m á t i
co. L o finito e n v u e l v e negacion. L o infinito afirmacion. .

C A P Í T U L O V.
C o n s i d e r a c i o n e s sobre la aplicacion de la idea d e lo infinito á la
r c i a e ns . t i d a d c o n t i n u a , y á l a d i s c r e t a e n c u a n t o s e e x p r e s a e n s é -

Posibilidad d e aplicar dicha idea á m u c h o s órdenes. R a z o

n e s e n pro y e n contra d e la infinidad lineal , d e la n u m é
rica e x p r e s a d a e n séries, d e las superficies y sólidos. . .

C A P Í T U L O VI.
Origen de la v a g u e d a d y aparentes contradicciones en la
aplicacion de la idea d e lo infinito.
L a s dificultades e n la aplicacion de la idea p r u e b a n s u exis
tencia. V a g u e d a d d e la m i s m a . N o es intuitiva. Q u é seria
si f u e s e intuiti va. Ef ecto d e s u naturaleza actual. Carácter
d e las ideas i n d e t e r m i n a d a s

C A P Í T U L O VII.
Explicacion f u n d a m e n t a l de la idea abstracta de lo infinito.
El límite y varias n e g a c i o n e s del m i s m o . C ó m o generaliza
m o s estas ideas. Se r y n e g a c i o n de límite , constituyen la
idea abstracta d e lo infinito . N o nos h a c e c o n o c e r u n a cosa
infinita. E j e m p l o s d e otras ideas s e m e j a n t e s
 ÍNDICE.

C A P Í T U L O VIII.
Se c o m p r u e b a con aplicaciones a la extension , la definicion
de la infinidad.
D e q u é p r o v i e n e n las a n o m a l í a s e n la aplicacion. Inf inidad
d e u n a recta. D e u n valor lineal. S e explican las c ontra
dicciones aparent es. Si se concibe u n valor lineal a bsolu
t a m e n t e infinito. Dif erencia entre s u c o n o e p t o y su intui
cion sensible 24

C A P Í T U L O IX.
Concepto d e u n n ú m e r o infinito.
C ó m o se f o r m a esta idea. N o representa n a d a d e t e r m i n a d o .
Aplicaciones . M

C o n c e p t o C d A e P l Í a T e U x L t e O n s X i .o n i n f i n i t a .

E n q u é consiste. S u i m a g i n a c i o n es imposible. O b s e r v a c i o
n es sobre u n a dificultad del párrafo 40. . 30

S o b r e l a p o s i b i C l A i d P a Í d T d U e L Ol a X e I x . t e n s i o n i n f i n i t a .

Dificultad sobre la posibilidad intrínseca y extrínseca. O m

nipotencia. Solucion 33

C A P Í T U L O XII.
Solucion de varias dificultades contra la posibilidad de u n a
extension infinita.
L a q u e se f u n d a e n la rela cion d e las p r o p i e d a d e s c o n la sus
tancia. L a q u e estriba e n la di ferenci a entre lo finito y lo
infinito. Varias conside raci one s sobr e estas d iferencias.
N n e v a dificultad f u n d a d a e n l a apari cion y de saparicion
d e extensiones infinitas 33
 ÍNDICE.

C A P Í T U L O XIII.
Si existe la extensión infinita.
Opinion d e Descartes y d e Leibnitz. O b s e r v a c i o n e s del autor. $8

C A P Í T U L O X I V .
Sobre la posibilidad de u n n ú m e r o infinito actual.
Si existiese n o se podría multipl icar. N o se p u e d e e x p r e s a r
ni algebráica ni g e o m é t r i c a m e n t e . Infinidad d e especies y
d e individuos. Posibilidad d e especies infinitas. Si b a y u n
limite e n la perfectibilidad d e las especies. Imposibilidad
d e la existencia s i m u l t á n e a d e todas las modificaciones.
C o n esto se d e m u e s t r a la imp osibilidad d e u n n ú m e r o in
finito actual 39

I d e a d e l s Ce r A Pa bÍ s T o U l L u tO a m X e V n . t e i n f i n i t o .

Dificultades d e esta idea. Si se explica bastante c o n la idea

d e u n ser sin n e g a c i o n d e ser. Q u é es la perfeccion. S e b a
d e bailar c o n p r o p i e d a d e s formales e n el ser infinito. Q u é
se entiende po r toda perfeccion. D o s negaciones. S e d e b e
afirmar del ser infinito todo lo q u e n o implica contradic
cion -. 46

C A P Í T U L O XVI.
Se afirma d$ Dios toda la realidad contenida en los
conceptos indeterminados.
ReseOa. Ser. Sustancia. Simplicidad. Causalidad. Necesidad.

C A P Í T U L O XVII.
C ó m o se afirma de Dios todo lo n o contradictorio , contenido
en las ideas intuitivas.
Sensibilidad pasiva. Materia. Sensibilidad activa. Inteligen
cia. Voluntad. Libertad. . 51
 ÍNDICE.

L a i n t e l i g e n c i a C y A P e l Í sT e U r L a O b s X o V l I u I t I a . m e n t e i n f i n i t o .

C ó m o concibe á Dios la h u m a n i d a d . Caracteres d e la inteli

gencia : es activa, inofensiva, pura. E n g e n d r a la libertad
y la moral. Idea del ser a b s o l u t a m e n t e infinito. . . . . 54

C A P Í T U L O X I X .
R e s u m e n ó?

L I LB A R O S U S N T A O N V C I E A N . O .

C A P Í T U L O I.
N o m b r e é id ea general de la sustanc ia.
Existencia d e la idea. S u falta d e claridad. S u importancia.
N o se d e b e c o m e n z a r po r u n a definicion. Méto do. N o m b r e .
E x p r e s a algo consta nte entre las m u d a n z a s . . . . . . 61

C A P Í T U L O II.
Aplicacion de la idea de sustancia á los objetos corpóreos.
Explicaciones analíticas. C ó m o se aplica á los cuerpos. C ó m o
y p o r q u é n o se aplica á las sensaciones. Particularidad d e
la extension. L a z o d e las sensaciones 63

C A P Í T U L O III.
Definicion de la sustancia corpórea.
Dificultad. Aplicacion. Análisis d e las ideas q u e c o m p o n e n la
d e sustancia corpórea. Resultado. C o n los accidentes la
sustancia se nos manifiesta 07
 ÍNDICE.
C A P Í T U L O IV.
Relacion de la sustancia corpórea con sus accid entes.
Incluye multiplicidad. Disposicion d e partes. El a ccide nte
d e p e n d e d e la sustancia , n o esta d e aquel. Apli cacio n á
las figuras. C a m b i o s d e figuras. C ó m o entre estas h a y se
m e j a n z a y n o identidad. S e explica el sentido d e la c o m u
nicacion del m o v i m i e n t o 69
C A P Í T U L O V.
N e c e s i C d o an s d i d e r a a c c i c o i n d e e s n t s o e b s r e p a l r a a s u s s u t a d n e c t i e a r c m o i r n p a ó c r i e o a n e . n E s s i t m o i e s s m a s . e

g u n nuestro m o d o de concebir. Identidad de la sustancia

corpórea. R e s e ñ a de opiniones. Ignorancia del h o m b r e so
b r e este p u n t o 72
C A P Í T U L O VI.
Suslancialidad del yo h u m a n o .
C ó m o se halla la u n i d a d e n los cuerpos. L a u n i d a d del yo.
S u p e r m a n e n c i a 75
C A P Í T U L O VII.
Relaciones de la proposicion , Y o pienso , con la
sustancia del yo.
Los f e n ó m e n o s internos se distinguen individualmente. T a m
bién los semejantes. O b s e r v a c i o n e s sobre el recuerdo. T o
dos los f e n ó m e n o s p a s a n e n nuestro interior p a r a n o vo l
ver. Sin sujeto , fo rma rían u n a série sin ley ni lazo. Sin la
sust ancialidad del alma, n o se podría decir : yo p e n s a b a ,
yo p ienso ; sino : h a b i a p e n s a m i e n t o , h a y p e n s a m i e n t o . . 77
C A P Í T U L O V I H .
C o n s i d e r a c i o n e s s o b r e la intuicion q u e el a l m a tiene
ó p u e d e tener en sí m i s m a .
Exi stencia d e cierta intuicion. C ó m o se implica e n todas las
a fecciones internas. S u u n i d a d p r o b a d a p o r la m i s m a v a
r iedad. Si esto se n e g a s e , se n e g a r í a el testimonio d e la
c onciencia. C o n o c e m o s el a l m a c o m o objeto. C o n j e t u r a s
s obre la posibilidad d e otras intuiciones. El a l m a sola se
p a r a d a 79
 ÍNDICE.

C A P Í T U L O IX.
E x a m e n de la opinion de K a n t sobre los argumentos con que
se prueba la sustaneialidad del alma.

V o t i v o personal d e su opinion. H a l a exposicion del a r g u m e n

to. C ó m o d e b e p r e s e n t a r s e . C ó m o a p l i c a a q u í s u e r r a d a
teoría sobre las categorfas puras. D o s sentidos d e la p a
labra sujeto. N i n g u n o es exclusivo al tratar del alma. N o
se necesita la intuicion sensible. S u falso s u p u e s t o sobre
el a r g u m e n t o psicológico. N o se prescinde d e la experien
cia. Contradiccion d e K a n t , c u a n d o confiesa la presencia
del y o en todo p e n s a m i e n t o . L a interrupcion del p e n s a
m i e n t o c o n f i r m a la p e r m a n e n c i a del alma. D e m o s t r a c i o n .

C A P Í T U L O X.
E x á m e n d e la o p i n i o n d e K a n t s o b r e el a r g u m e n t o q u e él l l a m a
el p a r a l o g i s m o d e l a p e r s o n a l i d a d .

Inexactitud e n el u s o d e la palabra persono. E q u i v o c a d a e x

presion d e la
c o n respecto á
cion d e la tras
P a r a la trasmi
K a n t , fijando
K a n t sobre la
C o n s e c u e n c i a s
legítimo
identidad d e conciencia. Identidad del yo
u n o b s e r v a d o r extraño. Singular explica
mision d e la conciencia. Metáfora del lazo.
sion no basta la sucesion. Se estrecha á
m a s el estado d e la cuestion. Confesion d e
necesidad d e la conciencia d e la identidad.
d e n o admitir esta necesidad po r criterio

C A P Í T U L O XI.
Simplicidad del alma.

Q u é se entien de por simple. P r u e b a del sentido Intimo e n

pr o d e la si mpl icidad del alma. O t r a f u n d a d a e n la m i s m a
naturaleza del p e n s a m i e n t o . Otra f u n d a d a en' el acto d e
voluntad. Q u e el p e n s a m i e n t o n o p u e d e ser u n p r o d u c t o
d e distintas su stancias. D i l e m a f u n d a d o e n la divisibili
d a d
 ÍNDICE.

C A P I T U L O III.
E x á m e n d e la o p i n i o n d e K a n t s o b r e el a r g u n m t o c o n q u e se
prueba la simplicidad del alma.
S o f i s m a d e Kant. N o es v e r d a d q u e todo p e n s a m i e n t o resul
te d e m u c h a s representaciones. C ó m o e n la diversidad d e
las representaciones h a y la unidad. S e m e j a n z a del m o v i
miento. Grosería d e esta idea. U n e j e m p l o de la m e c á n i
ca. Disparidad. Resultado e n contra d e los adversarios.
C ó m o p o d e m o s sacar d e la experiencia la u n i d a d del su
jeto pensante. Valor d e la experiencia. S u enlace c o n las
v e r d a d e s necesarias. C ó m o la d e m o s t r a c i o n se extiende á
todos los sujetos pensantes. I n d e t e r m i n a c i o n del conoci
m i e n t o q u e t e n e m o s del alma. Doctrina d e S a n t o T o m á s . . IOS

C A P Í T U L O XIII.
C ó m o la id ea de sustancia es aplica ble a Dios.
N o es esencial á toda sust ancia el ser m u d a b l e . Cotejo d e
dos definicion es d e las escuelas. Q u e p u e d e existir u n a
sust ancia inmu table . C ó m o c o n v i e n e á D ios toda la per
fecc ion e n c e r r a d a e n la idea d e sustancia 114

C A P Í T U L O XIV.
U n a aclaracion importante y u n resumen.
C ó m o se e n t i e n d e q u e la sustancia es subsistente p o r sf m i s
m a . D o s relaciones : negacion d e inherencia , y n e g a c i o n
d e d e p e n d e n c i a . Se fijan las ideas sobre este punto. R e
s u m e n llfr

C A P Í T U L O X V .
E l p a n t e í s m o e x a m i n a d o e n el o r d e n d e las ideas.
D o s m é t o d o s : la idea y la experiencia. U n a p r e g u n t a á los
panteistas. S o b r e la palabra sustancia. E l ser necesario
n o e x c l u y e la existencia d e ios contingente s. E x p e r i e n c i a
f u n d a d a e n las m i s m a s ideas. T a m p o c o exc luye la sustan
cia d e los c ontingentes. Prueba. Principal sofisma d e los
panteistas. C l a v e de la solucion. 118
 ÍNDICE.

C A P Í T U L O XVI,
E l p a n t e í s m o e x a m i n a d o e n el ó r d e n d e los h e c h o s externos.
Multiplicidad e n el m u n d o externo. L e g i t i m i d a d del criterio
d e los sentidos p a r a la multiplicidad. L a extension encier
ra e s e n c i a l m e n t e multiplicidad. N e c e s i d a d del Id ealismo
e n el panteísmo. L a doctrina d e Descartes sobre la exten
sion es contraria al panteísmo. L a extension n o p u e d e ser
atributo ni modificacion d e u n a sustancia simple. A r g u
m e n t o concluyente contra E s p i n o s a 121

C A P Í T U L O XVII.
E l p a n t e í s m o e x a m i n a d o e n el ó r d e n d e los h e c h o s internos.
El p a n t e í s m o está e n contradi ccion c o n la distincion ent re
el yo y el n o yo. E s contrario á la exp erie ncia d e la c o m u
nicacion de los espíritus. A b s u r d o d e u n a concienci a ú n i
ca, Sentido c o m ú n . Sentido intimo. Indi vidualidad d e la
conciencia 12*
S i s t e C m A a P p Í a T n Ut e L i O s t a X V d I e I I F . i c h t e .

Legitimo sentido d e la proposicion : yo soy. E x t r a ñ a s d e d u c

ciones d e Fichte. S e tantea u n a explicacion racional. N o
la consienten las palabras d e Ficbte. Las proposiciones :
yo soy yo: A = A . El p a n t e í s m o idealista e x p r e s a m e n t e c o n
signado. El y o sin conciencia. Fichte elude la dificultad.
D i l e m a contra su doctrina. N u e v a s p r u e b a s del p a n t e í s m o
d e Fichte. C ó m o diviniza al yo. Aclaracion f u n d a m e n t a l .
C ó m o Fichte saca del y o el m u n d o externo. A b s u r d i d a d d e
esta doctrina, llft
C A P Í T U L O X I X .
Relaciones del sistema de Fichte con las doctrinas de Kant.
La s doctrinas d e E a n t sobre el espacio y el t i e m p o c o n d u c e n
al idealismo. Pasajes d e E a n t , d o n d e h a c e salir del y o el
n o yo. O p i n i o n d e R o s e n k r a n z sobre la trascendencia d e
las doctrinas de Eant. C o m o se e q u i v o c a n m u c h o s consi
d e r a n d o á E a n t c o m o el restaurador del esplritualismo.
C u á n d a ñ o s o s son sus escritos i8"¡
 ÍNDICE.
C A P Í T U L O X X .
Contradiccion del panteísmo con los hechos primordiales
del espíritu h u m a n o .
Contradiccion del p a n t e í s m o c o n la idea del n ú m e r o . C o n la
d e distincion. C o n los juicios negativos. C o n la idea d e re
lacion. C o n el sentido u s u a l del principio d e contradic
cion. C o n la idea d e contingencia. C o n la d e finito é infini
to. C o n la d e o r d e n . C o n la d e libertad d e al bedrio. C o n los
sentimientos del c o r a z o n 141
C A P Í T U L O X X I .
R á p i d a ojeada sobre los principales a r g u m e n t o s de los
panteistas.
Ciencia. Ente. Sustancia. Infinito. Confusion d e los panteis
tas en estas Ideas. O r i g e n del m a l y su r e m e d i o 14*

L I B R O D E C I M O .

N E C E S I D A D Y C A U S A L I D A D

C A P Í T U L O r.
Necesidad.
N o c i o n f u n d a m e n t a l . Diversas aplicaciones. N e c e s i d a d é i m
posib ilidad son ideas correlativas. D o s ó r d e n e s d e n ec esi
dad. C ó m o la existencia d e b e contenerse e n la i dea d el ser
neces ario. Defecto del raciocinio d e Descartes. D e m o s t r a
cion d e la existencia d e u n ser necesario. R e s u m e n . . . 149
L oC A i P n Í c o T n U d L i c O i o n I I a . l .

Definiciones S e p r u e b a la existencia d e lo incondicional.

Imposibilidad de u n a serie infinita d e t é r m i n o s condicio
nales . . 1 5t
 ÍNDICE.

C A P Í T U L O III.
Inmutabilidad del ser necesario é incondicional.
A s u estado le r e p u g n a el n o estado. Aclaracion. Dific ultad.
Solucion. Ficcion de varios seres incondicionales, y d e s u
accion re cíproca. Q u e dich o ser no es perfectible. C ó m o
contiene todas la s perfecci ones reales y posibles. . . . 154

I d e a Cs A d P e Í c T a U u L s a O x j I V e . f e c t o .

N o c i o n y existencia d e la noticia d e la causalidad. T e n e m o s

idea d e causa. Q u é se contiene e n ella. A x i o m a s . . . . 157

O r i g e n d e C l A a P n Í o c T i U o L n O d e V .c a u s a l i d a d .

Q u e existe n c a usa s y efectos. T e s t i m o n i o d e n u e s t r a c o n

ciencia. L a idea d e c a u s a n o es simple. Actividad. D e d ó n
d e n a c e su idea. Idea d e la creacion es la d e causalidad
perfectf sim a 159

S e f o r m u l a y d e m u e C s A t rP a Í T e l U L p r O i n cV i I p . i o d e c a u s a l i d a d .

Sentido del principio. P e q u e ñ a série: n o A , A. O r d e n d e los

conceptos. Aclaracion. P a r a n g o n d e las doctrinas o p u e s
tas. Los sensualistas 161
C A P Í T U L O VII.
El principio de la procedencia.
Análisis d e este principio. C ó m o c o n d u c e á u n a cosa preexis
tente. O p i n i o n d e Gallupi. Observaciones. D u d a s s o b r e el
valor d e esta demostracion. P a r e c e n o d e m o s t r a r el prin
cipio d e causalidad , sino el d e sucesion. C ó m o se auxilian
estos dos principios. N u e v a s aclaraciones. Se ma nifiesta
el valor d e esta prueba. C ó m o viene á parar a las ideas de
ser y n o ser 164
 ÍNDICE.

C A P Í T U L O VIII.
L a c a u s a l i d a d e n si m i s m a . Insuficiencia y error d e
algunas explicaciones.
L a causalidad implica relacion á otro. Actividad y causali
d ad. Dios y las criaturas. Se plantea la cuestion. Explica
c iones insuficientes. Palabras metafóricas. C a u s a l i d a d n o
ep s r i l o o r i m d i a s d m d o e q u u n e a s d u e c e e s l i l a o s n . . N N i i e l e l e n e l n a l c a ec e e d x e p r l e a s a i d d o e a e s n . c N i e r l a •

tas proposiciones condicionales. E j e m p l o . Sentido inverso

d e las proposiciones 17i
C A P Í T U L O IX.
Condicionei necesarias y suficientes p a r a la verdadera
causalidad absoluta.
D o s condiciones. F ó r m u l a q u e las expresa. Aplicaciones.
Oc asion. R e m o c i o n d e obstáculos. E nl a ce d e ó r d e n e n el
ti empo. O b s e r v a c i o n sobre las c a u s a s libres . Aplicacion á
la p r i m e r a Vfl
C a u s a C l A i P d aÍ d T U s L e O c u n X d . a r i a .

Diferencia entre la causalidad p r i m a r l a y la secundaria. C o n

diciones pa ra la causalidad secundaria. E j e m p l o s aclara
torios 180
C A P Í T U L O X I.
Explicacion fundamental del origen de la oscuridad de las
ideas e n lo tocante á la causalidad.
S e r e c u e r d a u n a doctrina del Lib. IV. Aplicaciones. Disputa
filosófica sobre las causas segundas . M o d o d e terminarla. 181
C A P Í T U L O XII.
Ca usalidad de puro imperio de la voluntad.
D e f e n s a d e la doctrina d e la creacion. Consideraciones sobre
s u incompren sibilidad. Reflexiones sobre la causalidad in
telectual. Re lacion d e lo existente c o n lo n o existente. E s t a
! solo p u e d e n tenerla los seres inteligentes. C o n s e c u e n c i a
e n favor d e la existencia d e Dios. . 18 8
 índick.

C A P Í T U L O XIII.
L a actividad.
Inercia, inaccion. Tres condiciones. Actividad. Accion. T r e s
clases. D e c u a l t e n e m o s idea intuitiva. N o toda actividad
es transitiva. Q u e n o t e n e m o s intuicion d e la actividad cor
pórea. Análisis. O r d e n subjetivo y objetivo. E je m p lo s . C o
n o c e m o s dos m o d o s d e ser ; Extension y conciencia. A q u e
lla es tipo d e inercia; esta d e actividad. Varias considera
ciones sobre la actividad. Voluntad. Libertad. P a r a n g o n
entre la extension y la conciencia 181

C A P Í T U L O X I V .
Se e x a m i n a si es posible la actividad corpórea.
Imposibilidad d e p r o b a r q u e la m a t e r i a es incapaz d e acti
vidad. S e e x a m i n a la prueba. Se refuta 193

C A P Í T U L O X V .
Conjeturas sobre la existencia de la actividad corpórea.
R a z o n e n p ro f u n d a d a e n el o r d e n d e los f e n ó m e n o s . E s p e c
táculo d e actividad ofrecido p o r el universo corpóreo. R e s
puestas evasivas ; réplicas. . . 196
C a C u A s P a Íl i T d U a L d O i X n tV e I r . n a .

R e c u e r d o s . C o n c e p t o s bijos d e reflexion. Libre albedrio. C a

rácter activo d e todos los f e n ó m e n o s internos. Objecion.
Sensaciones. P e n s a m i e n t o s y sentimi entos espontáneos.
Relaciones d e la e s p o n t a n e i d a d c o n la organizacion. . . 200
A c l a r a c i o Cn e A s P Ís o T b U r L e O l a X e V s I p I o . n t a n e i d a d .

S e c o n s i g n a n varios h e c h o s sobre las condiciones del desar

rollo d e nuestro espiritu. N e c e s i d a d d e u n a e n s e ñ a n z a pri
m i a t n i a v . a . N L o e n g h u a a y j e n . i I n m g p u o n s a i b ic i l v i i d l a i d z a d c e i o q n u e s s p e o a n t i á n n v e e a n . c i E o s n c b a u s - o
 índice. píg-
n ú m e r o d e ideas á q u e v a n á parar las d e m á s . D e d u c
cion e n favor d e u n a inteligencia , c a u s a y m a e s t r a de las
otras 20 1
C a u s a C l A i P d a Í d T U f i L n a O l . X M V o I r I a I l. i d a d .

Diferencia entre la c a u s a l i d a d eficiente y la final. N e c e s i d a d

y libertad. Universalidad de
san los m i s m o s q u e las nie
u n a preocupacion. F u e r z a d
rales. S u origen divino. Las
d u d a r de su existencia. S u s
las ideas morales. L a s confie
gan. N o p u e d e n ser hijas d e
e las ideas y sentimientos m o
dificultades n o p u e d e n h a c e r
efectos 211

C A P Í T U L O X I X .
E x a m e n de algunas explicaciones de la moralidad.
L a l ey eterna. L a razon. L a voluntad divina. L a represent a
ci on e n Dios. Diferencia d e f o r m a entre las proposicion es
m o r a l e s y las metafísicas. Si la m o r a l i d a d consiste e n c o n
du cir al fin último. Si se identifica c o n la felicidad. Si es
po sible u n a explicacion 2 11
C A P Í T U L O X X .
Explicacion fundamental del orden moral.
H a y algo m o r a l , absoluto. Santidad de Dios. U n a criatura
sola. Carácter i n m a n e n t e de la moralidad. Resultado c o n
tra erradas teorías. Sabiduría d e la Religion cristiana. El
a m o r d e Dios , f u n d a m e n t o d e toda moralidad. Si e n Dios
b a y deber. L a m o r a l i d a d se p u e d e expresar d e u n m o d o
a b s o l u t o . £ 1 s e r Infinito s e a m a - á sí m i s m o . Q u e t o d o s e
o r d e n a á D i o s . C ó m o s e o r d e n a n á D i o s l a s c r i a t u r a s li
bres. Po r q u é Dios n o es a m a d o p o r la criatura necesaria
m e n t e . L a m o r a l i d a d e n la criatura es el a m o r explícito ó
implícito d e Dios. Aplicaciones. Acto explícito del a m o r d e
Dios. O b s e r v a c i o n sobre los a r g u m e n t o s d e analogía e n
p r o del a m o r d e Dios. E j e m p l o s d e a c c i o n e s m o r a l e s e n sí
m i s m a s ; c o m o se m a l e a n p o r el fin. G r a d o s e n la m o r a l i
dad. Aplicaciones d e la teoría general á las ideas m o r a l e s
e n particular. C ó m o se concilian e n esta teoría la morali
d a d y la utilidad. Diferencia entre ella y las d e otros a u t o
res q u e a d m i t e n el a m o r d e Dios c o m o el p r i m e r o d e los
 ÍNDICE. PÁG-
deberes. C ó m o se explican c o n ella las relaciones d e la
m o r a l c o n nuestros afectos. C ó m o se concilian el desinte
rés y la felicidad 223

C A P Í T U L O X X I .
O j e a d a sobre la obra 237

N O T A S .
(I.) 239
(II.) id.

FIN.
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