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Autoria
ANGELICA CIDALIA GOUVEIA DOS SANTOS - angelicacidalia@gmail.com
Prog de Pós-Grad em Admin – PPGA - Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais
Outro - Outra
Resumo
Este estudo investiga os efeitos gerados pela Compensação Financeira pela Exploração
Mineral (CFEM) como norma, no tocante à promoção de bem-estar social em municípios de
Minas Gerais no período de 2017 a 2019. Para tal, ponderam-se os objetivos de
desenvolvimento sustentável da Organização das Nações Unidas (ONU), mais
especificamente a educação, sob a perspectiva da Análise Econômica do Direito (AED). Em
vista disso, propõe-se a avaliação da eficiência dos gastos com educação, utilizando-se a
Data Envelopment Analysis (DEA), e da associação entre o volume de CFEM e as variáveis
eficiência dos gastos de educação e Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB)
da rede municipal de ensino, por meio da correlação de Spearman. Os resultados indicam
que, mesmo os municípios mineradores possuindo um volume de recursos maior e
realizando investimentos maiores em educação, seus resultados não são melhores que os
apresentados por municípios não mineradores. Não se verifica correlação entre a CFEM, o
índice de eficiência dos gastos com educação e o IDEB. Os resultados obtidos apontam para
a necessidade de um aprimoramento da legislação pertinente à CFEM, de modo que a CFEM
se torne, de fato, um instrumento para o fomento do desenvolvimento sustentável dos
municípios mineradores.
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Resumo:
Este estudo investiga os efeitos gerados pela Compensação Financeira pela Exploração
Mineral (CFEM) como norma, no tocante à promoção de bem-estar social em municípios de
Minas Gerais no período de 2017 a 2019. Para tal, ponderam-se os objetivos de
desenvolvimento sustentável da Organização das Nações Unidas (ONU), mais
especificamente a educação, sob a perspectiva da Análise Econômica do Direito (AED). Em
vista disso, propõe-se a avaliação da eficiência dos gastos com educação, utilizando-se a Data
Envelopment Analysis (DEA), e da associação entre o volume de CFEM e as variáveis
eficiência dos gastos de educação e Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB)
da rede municipal de ensino, por meio da correlação de Spearman. Os resultados indicam que,
mesmo os municípios mineradores possuindo um volume de recursos maior e realizando
investimentos maiores em educação, seus resultados não são melhores que os apresentados
por municípios não mineradores. Não se verifica correlação entre a CFEM, o índice de
eficiência dos gastos com educação e o IDEB. Os resultados obtidos apontam para a
necessidade de um aprimoramento da legislação pertinente à CFEM, de modo que a CFEM se
torne, de fato, um instrumento para o fomento do desenvolvimento sustentável dos municípios
mineradores.
1. INTRODUÇÃO
A atividade mineradora desempenha um papel relevante no desenvolvimento do
Brasil. Desde o período colonial, essa atividade faz parte de uma engrenagem que ajudou a
promover a ocupação e o desenvolvimento do país, e representa, até os dias de hoje, uma
fonte de recursos importante no desenvolvimento social e econômico em alguns estados,
nomeadamente Minas Gerais e Pará. Contudo, as características inerentes às atividades de
exploração mineral também têm seu lado perverso, suscitando aspectos cada vez mais
relevantes frente à sociedade (Fernandes & Araujo, 2016).
O dilema existente entre o bônus e o ônus gerado pela mineração, é tema bastante
debatido. O estudo de Enríquez (2008), um dos mais destacados na abordagem do dilema
entre “maldição ou dádiva mineral”, dá ênfase ao fato de, na maioria dos grandes municípios
mineradores, os recursos da CFEM entrarem no caixa das prefeituras e serem diluídos nas
despesas correntes, não desenvolvendo oportunidades de geração de emprego e renda que
poderiam amenizar os efeitos da pobreza e da dependência excessiva da mineração. Com esta
constatação, a autora demonstra que, os efeitos subjacentes resultantes não aderem aos
objetivos propostos em relação à CFEM. Na literatura internacional também existem diversos
estudos que consideram a existência de uma maldição gerada pelos recursos naturais,
abordando aspectos envolvidos na atividade minerária e sua relação com a promoção de
desenvolvimento ou melhorias de bem-estar para a população (Cust & Viale, 2016; Lawer;
Lukas & Jørgensen, 2017; Tyburski, Egan & Schneider, 2020).
Apesar do tema ser bastante estudado, ainda existem aspectos pouco claros,
principalmente no âmbito subnacional. Entre estas questões está o papel das instituições no
contexto da aplicação dos recursos oriundos da atividade de extração de recursos naturais
(Enríquez, 2008; Mehlun, Moene & Torvisk, 2006; Rodrigues & Rodrigues, 2019; Vijge,
Metcalfe, Wallbott & Oberlack, 2019).
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4. MATERIAIS E MÉTODOS
Para efetivar a avaliação da eficiência da CFEM como instrumento econômico
promotor de melhorias e bem-estar social para a população de municípios mineradores,
empregou-se os métodos DEA e de análise de correlação de Spearman.
Os cálculos pertinentes à avaliação aqui proposta foram realizados utilizando-se o
programa DEAP®, para o cálculo da eficiência, e o programa estatístico Minitab®, para a
realização dos testes de hipótese e análise de correlação de Spearman.
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max 𝜃0
Sujeito a, ∑𝑛𝑗=1 𝜆 𝑋𝑘𝑗 𝜃 ≤ 𝑋𝑘0; ∑𝑛𝑗=1 𝜆𝑌𝑖𝑗 ≥ 𝜃0 𝑌𝑖0 ; ∑𝑛𝑗=1 𝜆𝑗 = 1; 𝜆𝑗 ≥ 0, ∀𝑗
Em que, a eficiência é dada por 1/𝜃0 ; e varia entre 0 e 1; 𝑋𝑘𝑗 representa o input k da
DMUj; 𝑌𝑖𝑗 representa o output i da DMUj; 𝜆𝑗 é a combinação ponderada de desempenho de
todas DMUs, em que para cada input, a combinação ponderada de inputs não excede a
combinação de inputs da DMU0; e ∑𝑛𝑗=1 𝜆𝑗 = 1 é uma restrição.
A utilização da DEA permite superar diversas dificuldades encontradas,
principalmente em avaliações do setor público, sendo adotada frequentemente em estudo
desse setor (Emrouznejad, Banker, Lopes & Almeida, 2014; Faria, Jannuzzi & Silva, 2008;
Reis, Silveira & Braga, 2013; R. R. Santos & Rover, 2019). Nesse sentido, Zhu (2014)
destaca que, na maioria das aplicações em gestão ou ciências sociais, os níveis de eficiência,
teoricamente possíveis, não serão conhecidos. Dessa forma, a definição inicial é substituída
por uma definição de eficiência relativa, que considere apenas informações disponíveis.
Assim, uma DMU pode ser avaliada como totalmente eficiente se, e somente se, o
desempenho das outras DMUs em análise não demonstrar que seus resultados podem
melhorar sem piorar qualquer dos outros resultados. Por essa perspectiva, obtém-se uma
medida de eficiência relativa, também denominada, “eficiência de Pareto”.
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Equivalendo a,
6 ∑𝑛 2
𝑖=1 𝑑𝑖
𝑟𝑠 = 1 − (2)
𝑛3 −𝑛
Onde,
𝑑𝑖 = 𝑥𝑖 − 𝑦𝑖 (diferença de postos dos escores X e Y).
𝑛 = número de pontos de dados das duas variáveis.
O valor de 𝑟𝑠 varia entre [−1 ,1]. A força da correlação entre as variáveis cresce na
medida em que 𝑟𝑠 se aproxima desses limites. A correlação pode ser negativa 𝑟𝑠 = −1 ou
positiva 𝑟𝑠 = 1. Valores positivos indicam que quando uma variável aumenta a outra tende a
aumentar, e valores negativos indicam que quando uma variável aumenta a outra tende a
diminuir (Minitab, 2020). A verificação da significância do valor observado de 𝑟𝑠 pode ser
obtida pela expressão de 𝑡 de Student
𝑟𝑠 √𝑛−2
𝑡= (3)
√1−𝑟𝑠2
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Quadro 1
Descrição e fonte das variáveis inputs e outputs
Variável Descrição Fonte
Compensação Financeira Valor per capita pago como
pela Exploração Mineral Contrapartida financeira para cada ANM (n.d.-b)
(CFEM) município em análise.
Somatório das receitas tributárias do
município, referentes a contribuições, Fundação João Pinheiro (FJP,
Inputs
Escolas
municipal de ensino.
Razão docente por matrículas na rede
Docentes INEP (n.d.)
municipal de ensino.
Média dos resultados obtidos no IDEB
no ano de 2019 pela rede municipal de
IDEB 2019
educação Anos Iniciais e Anos Finais
do Ensino Fundamental.
Nota: Todos os outputs representam os valores médios no período de 2017 a 2019, com exceção do IDEB 2019.
5. RESULTADOS
Na comparação entre as médias obtidas para municípios mineradores e não
mineradores, os resultados apresentados na Tabela 1 indicam que para as variáveis de input,
RCL e gastos per capita educação, as médias dos municípios mineradores são
significativamente maiores que as médias dos municípios não mineradores, a um nível de
significância de 5%. Tal resultado está de acordo com o esperado, uma vez que, os municípios
mineradores analisados possuem, em médias, RCL mais elevadas, justificando maiores
investimentos em educação fundamental.
Os municípios mineradores não apresentam médias maiores para os outputs, tais
como, Escolas, Turmas e Docentes. Essas variáveis representam o acesso ao serviço de
educação, o que contrasta com o fato de apresentarem médias maiores das variáveis RCL e
Gastos Educação, que representam a disponibilidade de recursos. Referentemente à variável
IDEB, que reflete a qualidade do ensino da rede municipal, a média dos municípios
mineradores é maior que a média de municípios não mineradores, a um nível de confiança de
5%.
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Tabela 1
Resultado do Teste t para média de duas amostras (α = 0,05)
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Tabela 2
Resultado do Teste t da análise de eficiência (α = 0,05)
Unidades Eficiência Média
Indicadores Municípios Mínimo Máximo p-valor
Eficientes (desvio-padrão)
0,8349
Mineradores 1 0,7100 1,000
(0,0745)
Educação 0,533
Não 0,8461
20 0,5290 1,000
mineradores (0,0963)
Nota: O teste T foi realizado para verificar se as médias dos municípios mineradores são diferentes da média dos municípios
não mineradores, nível de confiança de 5%.
A análise de correlação, disponível na Tabela 3, indica que não existe uma correlação
significativa entre a CFEM, o Índice de eficiência e o IDEB, ao nível de confiança de 5%.
Contudo, é possível verificar uma forte correlação positiva entre a CFEM e os gastos com
educação. Tal resultado reforça a necessidade de uma maior atenção à aplicação aos efeitos
gerados pela CFEM nos municípios mineradores, uma vez que a maior disponibilidade de
recursos influência no aumento de gastos com educação, mas gera resultados aquém do que
poderia ser gerado.
Tabela 3
Resultados da análise de correlação de Spearman entre os resultados de eficiência, gastos educação, IDEB
e a CFEM nos anos de 2017 a 2019 (α = 0,05)
Tendo como método de análise a AED, o presente estudo aborda o tema sob a
perspectiva da eficiência da norma da CFEM e do papel das instituições envolvidas. Tal
perspectiva contribui com o melhor entendimento dos efeitos gerados pela CFEM, permitindo
apontar falhas e pontos críticos no tocante à aplicação e a gestão eficiente dos recursos
oriundos da CFEM.
Devido à falta de clareza na legislação federal, ausência de legislação municipal,
referente à aplicação dos recursos da CFEM e pouca transparência na destinação efetiva
desses recursos, há uma grande dificuldade no direcionamento dos estudos e na escolha de
variáveis para análise.
O presente estudo, tendo como orientação os ODS, optou por abordar a dimensão
educação. A escolha é embasada no papel primordial da educação no desenvolvimento
municipal, ao gerar melhorias em outras dimensões, tais como saúde e economia.
Mediante os resultados obtidos, verifica-se que os gastos com educação estão
correlacionados com a CFEM de forma positiva e significativa no nível de 5%, sendo tal
resultado esperado. O que chama atenção é o fato dos municípios mineradores, em análise,
não apresentarem, em média, uma proporção de escolas, docentes e turmas, todos por
matrícula, superior a municípios mineradores, ao nível de 5% de significância.
Quando analisado o resultado em relação ao IDEB, verifica-se que os municípios
mineradores obtiveram, em média, resultados melhores que os municípios não mineradores.
Um ponto de ressalva é o fato do município com melhor resultado para o IDEB da rede
municipal de ensino ser não minerador. Entretanto, o IDEB e o índice de eficiência obtido por
este estudo, não apresentam correlação significativa com a CEFM Tal resultado, em conjunto
com os obtidos para as variáveis que representam o acesso ao sistema municipal de educação
(escola, docentes e turmas) indicam a necessidade de estudos que abranjam mais variáveis e
informações que permitam a melhoria da análise.
No tocante a eficiência dos gastos em educação, os municípios mineradores não
apresentaram uma média de eficiência superior à dos municípios não mineradores, a um nível
de significância de 5%. Contudo, entre os municípios mineradores apenas 1 município foi
considerado eficiente, e 20 municípios não mineradores foram considerados eficientes. Este
resultado converge com o apresentado em estudos que tratam da existência de uma maldição
de recursos minerais, ou seja, a abundância de recursos pode levar a comportamentos
oportunistas dos agentes levando a ineficiência.
Tendo em vista o volume significativo de recursos envolvidos na atividade de
exploração mineral, assim como, os aspectos sociais e ambientais, o desenvolvimento de
estudos que abordem a questão da eficiência da norma e do papel das instituições em outras
dimensões, tais como, saúde, saneamento e diversificação econômica, assim como na própria
dimensão educação, são de grande importância na busca do desenvolvimento sustentável e de
melhorias do bem-estar social.
6. Conclusões
Este estudo sinaliza que a CFEM, como instrumento jurídico econômico, não gerou
resultados eficientes no sentido de promover melhorias de bem-estar social nos municípios
mineradores do estado de Minas Gerais. Nesse sentido, sob a perspectiva da AED, destaca-se
a necessidade de aprimoramento da legislação, para que haja orientação mais clara sobre a
destinação dos recursos oriundos da CFEM e, possibilite maior transparência destas ações
para a população. Destaca-se ainda a necessidade do fortalecimento dos conselhos municipais
de educação, para capacitá-los a aplicar os recursos adicionais oriundos da CFEM de forma
eficiente, promovendo de fato melhorias no bem-estar social e desenvolvimento sustentável
nos municípios mineradores.
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Notas:
1
§ 1º É assegurada, nos termos da lei, à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios a participação
no resultado da exploração de petróleo ou gás natural, de recursos hídricos para fins de geração de energia
elétrica e de outros recursos minerais no respectivo território, plataforma continental, mar territorial ou zona
econômica exclusiva, ou compensação financeira por essa exploração (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 102, de 2019).
2
De acordo com a legislação vigente, Lei 13.540, de 18 de dezembro de 2017 e Decreto Nº 9.407, de 12 junho
de 2018, o total de recursos arrecadados pela CFEM é distribuído na proporção de 60% para os municípios
produtores, 15% para os municípios afetados, 15% para o estado produtor e 10% para União (ANM 7%, Centro
de Tecnologia Mineral (CETEM) 1,8%, Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais
Renováveis (IBAMA) 0,2%, Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT) 1%).
3
O STF já decidiu que não se trata de tributo (gênero) do qual imposto, taxa, contribuição são espécies. A
CFEM é receita patrimonial do ente federativo, oriunda da exploração de bem da União ((artigo 20, IX, CF).
Recurso Extraordinário nº 228.800, de 25 de novembro de 2001.
4
Art. 167. São vedados:
[...] IV - a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou despesa, ressalvadas a repartição do produto da
arrecadação dos impostos a que se referem os arts. 158 e 159, a destinação de recursos para as ações e serviços
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