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CONTABILIDADE DE CUSTOS
( Atualizado com as novas exigências fiscais )
OBJETIVOS
Apresentar de forma prática e objetiva os princípios e conceitos básicos de custos e
como integrá-los com a contabilidade geral para atender a legislação fiscal.
CONTABILIDADE DE CUSTOS
SUMÁRIO
FUNDAMENTOS TEÓRICOS
CASOS PRÁTICOS
Gestão Societária
Gestão Econômica
Gestão Estratégica
Custos Diretos – são aqueles que podem ser identificados perfeitamente com uma
unidade de produto.
Custos Indiretos – são aqueles que para serem apropriados aos produtos necessitam
ser rateados.
Despesas
Investimento
Corresponde a gasto que tenha por objeto bens destinados a manutenção das
atividades da empresa.
Perda
Corresponde a um gasto consumido de forma anormal, como danos causados por
ação da natureza como enchente, incêndio ou roubo.
ADMINISTRATIVA
DESPESA COMERCIAL
GASTO FINANCEIRA
Segundo este método somente são alocados aos produtos os custos variáveis. Os
custos fixos são separados e considerados como despesa do período pois existem,
quer os produtos sejam elaborados ou não.
Por esse método todos os gastos de natureza industrial são incluídos no custo do
produto. Os custos diretos são apropriados mediante apontamentos de forma objetiva,
já os indiretos são distribuídos segundo um critério de rateio, que normalmente conduz
a um certo grau de arbitrariedade.
Nesse método todos os gastos da empresa, tanto custos como despesas, são
apropriados aos produtos através dos direcionadores de custo.
Custos Pré-calculados
. Custos Estimados
. Custos Padrões
Como esse método segue o princípio contábil de custos e despesas, foi adotado pela
legislação fiscal como o método oficial para fins contábeis.
Apesar da legislação não mencionar o nome Absorção, ela segue os mesmos
princípios de separação de custos e despesas, ou seja:
Por esse método todos os gastos de natureza industrial são incluídos no custo do
produto. Os custos diretos são apropriados mediante apontamentos de forma objetiva,
já os indiretos são distribuídos segundo um critério de rateio, que normalmente conduz
a um certo grau de arbitrariedade.
O custo por absorção é o método validado pela legislação fiscal para valorização dos
estoques e apuração do custo dos produtos e serviços vendidos.
A auditoria independente tem-no como básico. Apesar de não ser totalmente lógico e
de muitas vezes falhar como instrumento gerencial, é aceito tanto pela legislação
tributária como pelos auditores externos.
Os custos indiretos - overheads - por serem irrelevantes não são apropriados aos
produtos fabricados, sendo incluidos somente no mark-up para cálculo do preço de
venda.
Portanto, a principal distinção de custos, nessa sistemática, é o tratamento dado aos
custos fixos industriais, que são considerados como custos do período, necessários
para manter a estrutura fabril, quer os produtos sejam fabricados ou não.
Devido aos custos fixos industriais não incorporarem os estoques, esse método não é
aceito pela legislação fiscal para fins de valorização de inventários.
Margem de Contribuição
V - CV - DVV = MC = CF + DF + L
É o volume de vendas para o qual não se tem lucro nem prejuízo. Nesse ponto a
Margem de Contribuição se iguala ao Custo Fixo.
Para determinar o Ponto de Equilíbrio basta dividir o total do Custo Fixo ( CF ) pela
diferença da Venda ( V ) e do Custo Variável ( CV ).
CF
Ponto de Equilíbrio = ----------------------
V – CV
As atividades são classificadas em aquelas que adicionam valor e que não adicionam
valor para o cliente e são encontradas tanto na categoria das primárias como de apoio.
A alocação de custos pode ser efetuada em etapas. A primeira etapa aloca os custos
das atividades para determinados centros de atividades. Na segunda etapa os
direcionadores de custos alocam os custos acumulados nos centros de atividades para
os produtos fabricados.
Como exemplo de direcionadores de custos pode-se citar a quantidade de
recebimento de materiais, que medirá o desempenho das várias atividades
relacionadas:
- recebimento de materiais, pesagem, inspeção, etc...
LISTA DE ATIVIDADES
AV - agrega valor
NAV - não agrega valor
As atividades são identificadores naturais, uma vez que são facilmente entendidas
pelos diversos grupos: engenheiros, pessoal da produção, da administração e da alta
direção.
Objetivos do ABC:
Dentro deste contexto o método ABC pode ser definido como um sistema gerencial de
planejamento e controle de custos com os seguintes objetivos:
7. CUSTO PADRÃO
Definição
O padrão deve ser imaginado em termos de itens específicos, como quilos de material
, horas de trabalho de mão-de-obra direta requerida e horas de capacidade da fábrica
a serem usadas. Esses padrões de determinação físicas, que formam a base para o
cálculo de um custo padrão, devem ser determinados com a melhor precisão. Na
realidade, em muitas situações um padrão jamais se modifica a não ser que ocorram
mudanças tecnológicas nos métodos de operação ou nas especificações dos materiais
usados. Apenas parte referente ao valor será modificada a cada alteração significativa
nos salários ou custos dos materiais.
Finalidades
. Que o fluxo da produção através dos vários processos é adequado e que não
ocorrem interrupções desnecessárias;
. Que os materiais auxiliares estão sendo utilizados da melhor maneira possível e que
não há desperdício;
. Que a eficiência ou ineficiência na produção não está sendo ocultada pelas variações
dos preços de compra ou de venda;
. Que os custos não estão sendo distorcidos pelas mudanças no volume de produção.
O uso de custo padrão pode simplificar a apuração dos custos e colaborar para a
redução de despesas de um departamento de custos.
O custo padrão é usado para uma estimativa inteligente dos preços de venda. Quando
existem custos unitários detalhados, os preços de venda podem ser calculados com
base no custo padrão.
Variações
As variações são dados que mostram os desvios ocorridos entre os valores reais e os
respectivos padrões. A variação total é a diferença entre o lucro que seria obtido se
todos os padrões tivessem sido alcançados e o lucro, ou perda, que realmente se
conseguiu. Esse valor, variação total, pode, na realidade, ser obtido em qualquer
sistema que compare o resultado real com um resultado orçado, porém,
gerencialmente não é a variação total que é realmente importante ou significativa.
O custeio padrão permite a separação das variações de acordo com cada elemento de
custo, possibilitando a análise do que aconteceu e dando indicações sobre o
desempenho dos setores por ela responsáveis. As variações apuradas no mês são
registradas em mapas específicos e proporcionalmente ao custo dos produtos
vendidos são lançadas contra o resultado do próprio mês em que são constatadas,
constituindo um fator de correção do resultado mensal.
A variação total de materiais diretos é obtida pela simples comparação entre os valores
padrões e os reais incorridos no período, sendo favorável quando o real for inferior ao
padrão e desfavorável no caso inverso.
. Variação de Preço
Efetuando o cálculo dessa forma a variação de preço teria, incluída uma variação que
podemos chamar de variação mista:
Essa variação mista é fruto da existência das outras duas. Como comumente a
variação de preço é difícil de ser atribuída a algum departamento, pois depende de
fatores externos à empresa, optamos então por englobar a variação mista a ela.
Além da análise por produto/linha, neste caso é fundamental a análise das variações
de mão-de-obra direta por centro de custo:
Mercadorias e Matérias-primas
Devem ser avaliados pelo custo por Absorção. Caso a empresa não mantenha sistema
de contabilidade de custo considerado integrado e coordenado com o restante da
escrituração, os estoques serão avaliados seguindo os critérios definidos pela
legislação fiscal.
Matérias-prima e materiais
9. DEMONSTRATIVO DO RESULTADO
Apuração do Resultado
Principais vantagens
maior clareza e objetividade nas demonstrações do resultado.
menor quantidade de dados para serem analisados.
nítida segregação das causas que afetam o resultado, tais como:
volume de vendas em quantidades,
volume de vendas em faturamentos,
custos,
ociosidade de produção, etc...
maior rapidez na apresentação dos resultados.
maior segurança na tomada de decisões.
A Análise Vertical
A Análise Horizontal
Portanto, podemos definir que Mark-up é um índice que multiplicado pelo custo de
produção, comercialização ou de serviços, fornece o preço de venda com a margem
de lucro desejada.
Preço de
Venda
Custo X Mark-up
Despesas financeiras
Nesse conceito moderno, os custos são resultantes da diferença entre o preço que o
mercado está disposto a pagar e o lucro desejado pelo fabricante.
Portanto, o produto só será competitivo se os custos de fabricação ou de serviços,
enquadrarem-se nessa equação.
Dessa forma, os custos são fatores preponderantes na formação de preços, devendo
ser apurados segundo as mais avançadas técnicas de custeio que possibilitem à luz
do mercado, a avaliação do lucro sobre o preço praticado.
O sistema de custos deve ser mais uma ferramenta gerencial e estratégica do que
uma contabilidade formal. Devem ser utilizados conceitos de preço de reposição, valor
presente, provisões, estimativas, etc...
Composição do Mark-up
5. O destino da venda
- mercado interno
- operação estadual
- operação interestadual
- mercado externo
Descrição % Observações
Descrição % Observações
A base de cálculo do ICMS não integra o valor do IPI, quando o produto é destinado à
industrialização ou à comercialização.
Entretanto, se esse produto for destinado ao uso e consumo, o valor do IPI passa a
integrar a base de cálculo do ICMS.
Nesse caso, a alíquota do ICMS a ser inclusa no mark-up deve ser acrescida do
percentual correspondente a alíquota do IPI.
3. Custos e Despesas
Descrição % Observação
Custos Indiretos ( fixos ) em relação ao Quando a empresa utiliza o método
faturamento do Custo Direto
4. Lucro
Descrição % Observações
Margem de Lucro estabelecido deve corresponder ao retorno do
pela empresa investimento
R$
Preço de Venda 497,64
- ICMS ( 18% ) 89,57
- PIS/COFINS ( 4,65% ) 23,14
-IR/CS ( 2,16% ) 10,75
- COMISSÃO ( 5% ) 24,88
- DESP. ADMINISTRATIVAS ( 10% ) 49,76
- CUSTO DO PRODUTO 200,00
= LUCRO 99,53
A taxa financeira a ser utilizada para que o preço a prazo permita o mesmo retorno da
venda a vista, corresponde a soma de três elementos:
1. expectativa de inflação;
O preço a prazo sofre influência das despesas variáveis de vendas sob dois
aspectos:
Portanto, a taxa financeira a ser utilizada no cálculo do preço a prazo deve considerar
as perdas dessas influências.
A taxa real de juros pode ser entendida como taxa do custo de oportunidade, ou seja,
quanto a empresa obteria no período de financiamento pela utilização do dinheiro, se
recebido a vista.
Exemplo:
( 0,000660 ) 60
Taxa = ---------------------------------------------------- x 100
100 - ( 18% + 2,65% + 2,16% + 5% )
4,04
Taxa = ------------ x 100
72,19
Taxa = 5,60%
x taxa 5,60%
R$
Preço de Venda 525,51
(-) ICMS ( 18% ) 94,59
(-) PIS/COFINS ( 3,65% ) 24,44
(-) IR/CS ( 2,16% ) 11,35
(-) Comissão ( 5% ) 26,28
(-) Despesas Administrativas ( 10% s/ PVV ) 49,76
(-) Custo financeiro ( 4,04% s/ PVV ) 19,91
- Custo do Produto 200,00
= Lucro 99,19
Fretes e Seguros
Comissão de venda
IPI
ICMS
PIS
COFINS
Fica evidente, portanto, que um software não deve ser imposto ao pessoal da empresa
e sim resultar da sua própria participação.
ESTUDO ESPECIAL
Indústria que não mantém contabilidade de custos
ANEXO
2o. – O valor dos bens existentes no encerramento do período-base poderá ser o custo
médio ou o dos bens adquiridos ou produzidos mais recentemente.
Admitir-se-á a avaliação com base no preço de venda, subtraída a margem de lucro,
desde que a avaliação por este critério não resulte em diferença em relação à
avaliação procedida pelos critérios anteriores, cabendo à autoridade fiscal provar a
eventual diferença.
6o. – O custo de aquisição ou produção dos bens existentes na data do balanço deverá
ser ajustado, mediante provisão ao valor de mercado, se este for menor.
2.1. A avaliação do custo médio, embora não prevista na legislação anterior ao D.L.
1.598, tem sido admitida desde há muito pela administração tributária. Consiste em
avaliar o estoque a custo médio de aquisição, apurado em cada entrada de mercadoria
ou matéria-prima, ponderado pelas quantidades adicionadas e pelas anteriormente
existentes; à guisa do exemplo, suponhamos tenha ocorrido a seguinte movimentação
de determinado item:
Observe-se que cada entrada ( a preço unitário diferente do preço médio anterior )
modifica o preço médio; e que cada saída, conquanto mantenha inalterado o preço
médio, altera o fator de ponderação, e assim o preço médio que for calculado na
entrada seguinte. Todavia não é incompatível com o método – e portanto aceitável do
ponto de vista fiscal – que as saídas sejam registradas unicamente no fim de cada
mês, desde que avaliadas ao preço médio que, sem considerar o lançamento de baixa,
se verificar naquele mês.
2.2. Se, ao invés de adotado o custo médio, fosse considerado o custo das aquisições
mais recentes ( método contábil denominado PEPS, abreviatura de “o primeiro a entrar
é o primeiro a sair” ), o registro permanente de estoques mostraria, para os mesmos
dados:
2.4. Pode ocorrer, entretanto, que o contribuinte não possua registro permanente de
estoques. Nesse caso o inventário, no final do exercício, é definido: em quantidades,
por contagem física; em preço, segundo aqueles praticados nas compras mais
recentes e constantes de notas fiscais ( no caso trivial em que o estoque é menor que
a última compra, o preço unitário desta é o relevante para avaliação ); em valor, pela
multiplicação de preço por quantidade.
b. O Decreto Lei no. 1.598/77, fez clara opção pelo custeio por absorção.
Sendo assim, as matérias-primas são avaliadas a custo de aquisição (
conf. subitens 2.1 e 2.2 ); os produtos em elaboração receberão
contabilmente carga pelas matérias-primas aplicadas e pelos demais
elementos formadores de custo; a conta de estoque de produtos
acabados, eventualmente desdobrada em subcontas, será debitada pelo
total dos custos incorridos em produtos acabados no exercício.
1- o exercício social;
2- ciclo usual de produção, entendido como tal o tempo normalmente despendido
no processo industrial do produto avaliado.
Essas variações, aliás, haverão que ser identificadas a nível de item final de estoque,
para permitir verificação do critério de neutralidade do sistema adotado de custos
sobre a valoração dos inventários.
I - Mercadorias e matérias-primas:
II – que permite determinação contábil, ao fim de cada mês, do valor dos estoques de
matérias-primas e outros materiais, produtos em elaboração e produtos acabados;
Livro de Inventário
Art. 261 – No Livro de Inventário deverão ser arrolados com especificações que
facilitem sua identificação, as mercadorias, os produtos manufaturados, as matérias-
primas, os produtos em fabricação e os bens em almoxarifados existentes na data do
balanço patrimonial, levantamento ao final de cada período de apuração.
Custo de Aquisição
Art. 289 – O custo das mercadorias revendidas e das matérias-primas utilizadas será
determinado com base em registro permanente de estoques ou no valor dos estoques
existentes, de acordo com o Livro de Inventário, no fim do período de apuração.
Parágrafo Único – A aquisição de bens de consumo eventual, cujo valor não exceda a
cinco por cento do custo total dos produtos vendidos no período de apuração anterior,
poderá ser registrada diretamente como custo.
Quebras e Perdas
Art. 292 – ao final de cada período de apuração do imposto, a pessoa jurídica deverá
promover o levantamento e avaliação dos seus estoques.
II – que permite determinação contábil, ao fim de cada mês, do valor dos estoques de
matérias-primas e outros materiais, produtos em elaboração e produtos acabados.
Parágrafo 1o. – Para aplicação do disposto no inciso II, o valor dos produtos acabados
deverá ser determinado tomando por base o preço de venda, sem exclusão de
qualquer parcela a título de Imposto sobre Operações relativas à Circulação de
Produtos Rurais
ESTUDO ESPECIAL
Indústria que não mantém Contabilidade de Custos
Toda empresa deveria dispor de um sistema de custos adequado o suficiente para
atender as suas necessidades internas de gestão. A regra fiscal surgiu a fim de
resolver um problema próprio de natureza tributária – e não contábil – até para evitar
nas empresas uma “eventual desclassificação de escrita pela inexistência de um
sistema de custo que apure os valores corretos dos produtos em elaboração e
elaborados”.
A escrituração dos itens de estoques em uma indústria é feita pelo custo de aquisição
para matérias-primas, materiais auxiliares, componentes e embalagens, enquanto,
para os produtos acabados ou ainda em elaboração, toma-se como base o custo de
produção.
Quando ainda, por algum motivo, o valor de mercado de algum dos itens for inferior
àquele apurado conforme as práticas anteriormente descritas, ajustam-se os valores
originais com base no custo aos valores de mercado pela constituição de uma
provisão.
Com relação ao custo de aquisição, a legislação tributária não diverge dos preceitos
emanados pela legislação societária e pela Contabilidade.
Se os requisitos descritos não forem atendidos, os estoques deverão ser avaliados por
meio dos seguintes critérios arbitrados pelo Fisco, que “geralmente resultam em
prejuízo à empresa”:
Determina ainda a Lei das S/A que nas notas explicativas devem estar indicados “os
principais critérios de avaliação dos elementos patrimoniais, especialmente estoques, (
... ) de constituição de provisões para encargos ou riscos, e dos ajustes para atender
as perdas prováveis na realização de elemento ativo”.
Ainda sob o ponto de vista societário, a Comissão de Valores Mobiliários ( CVM ), ditou
que “os critérios de avaliação de estoques devem estar consoantes com a Lei das S/A,
inaceitando-se critérios estabelecidos por legislação especial ou tributária que
contrariem a referida lei”.
Como depreende o IBRACON , “a lei fiscal admite que, se o contribuinte não tiver um
sistema de Contabilidade de Custos integrado, deverá avaliar os estoques de produtos
em processo e produtos acabados com base em porcentagens estabelecidas pela
própria lei fiscal, aplicáveis sobre o valor das matérias-primas e/ou preços de vendas
dos produtos”, o que, não pode ser considerado como princípio contábil geralmente
aceito”.
Aliás, a posição do Fisco foi até que branda, pois, “a rigor, poderia a lei até penalizar
mais fortemente o contribuinte que não lograsse comprovar o custo de fabricação de
seus produtos ( ... ), resolveu o legislador fiscal aceitar uma regra tecnicamente
incorreta, mas que permitisse não obrigar o Fisco a tomar medidas drásticas”.
Mesmo reconhecendo que o comportamento do Fisco poderia ser mais severo contra
as empresas, não há como desconsiderar que a forma arbitrada de determinação dos
estoques não somente fere os Princípios Contábeis, como também gera conflitos com
a própria legislação societária, uma vez que a última não admite os critérios fiscais e a
primeira estabelece que seu modo deva ser reconhecido na escrituração comercial.
Dada sua natureza e o fato de ser objeto de atenção de diferentes áreas, como
Vendas, Marketing, Controladoria e Produção, os estoques conservam importante
espaço nas tomadas de decisões das empresas.
Tal como uma “reserva de valor”, sujeitam-se às mais variadas formas de
contingências ( deterioração, roubo, excesso, etc...), recebendo inclusive, atenção
prioritária nos modernos conceitos de gestão empresarial como o JIT, Kanban, MRP e
Suply Chain.
Considerações finais
Reconhecendo que “acima dos critérios fiscais, devem estar sempre os princípios
gerais de contabilidade, dos quais a própria auditoria independente deve ser fiel
observadora”, não se pode negar que a Lei se aplica a todos e, portanto, deve ser
cumprida.
Sua fiel obediência não implica por desconsideração por seus reflexos por “não haver
nada mais a fazer a não ser seguir a Lei”, pelo contrário, deve receber dos gestores a
mais alta consideração, uma vez que seus resultados podem ser bastante
significativos.
O critério ditado pelo Fisco, por superavaliar os estoques, acaba por aumentar
também a carga tributária das empresas, ainda que tal efeito possa ser compensado.
Conclusão
IMPOSTOS
FEDERAIS SUJEITO A CONFERÊNCIA
IMPOSTOS
ESTADUAIS ( 1 ) consultar o site www.fiesp.com.br
Receita Bruta Anual
RECEITA REGIME DE EPP R$ 2.133.222,00
ICMS
BRUTA ANUAL TRIBUTAÇÃO ME R$ 433.755,14
Até ou superior a LUCRO REAL OU 18%, 12%, 7% ou 0%
R$ 48 milhões LUCRO PRESUMIDO incluso no preço de venda ( 2 ) PIS e Cofins recuperável
De R$ 720 mil a EPP 2,1526%
( 3 ) PIS e Cofins não
R$ 1.200 mil SIMPLES PAULISTA (4) recuperável
De R$ 150 mil a EPP 3,1008%
( 4 ) ICMS sem direito a
R$ 720 mil SIMPLES PAULISTA (4) crédito do imposto
Até ME Isento na entrada
R$ 150 mil SIMPLES PAULISTA