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Instalações elétricas

Grandezas elétricas:
• Tensão Elétrica unidade Volts (V)

• Corrente elétrica unidade Amperes (A)

• Potência elétrica:

✓ Aparente (Ps): unidade Volt-Amperes (VA)


✓ Reativa (Pq): unidade Volts-Amperes reativos (Var)
✓ Ativa (P): Unidade Watts (W)

Fator de potência:
Relação entre a potência ativa e a potência aparente
𝑷
𝑭𝑷 =
𝑷𝒔

Histórico da NBR 5410


A norma ABNT NBR 5410 – Instalações elétricas de baixa tensão tem a
seguinte cronologia:
1914 – É publicado o Código de Instalações Elétricas da extinta Inspetoria
Geral de Iluminação, situada na Cidade do Rio de Janeiro, então Capital
Federal;
1941 – Com a contribuição de especialistas da época, o Código de 1914 foi
aperfeiçoado e transformado em uma norma publicada pelo Departamento
Nacional de Iluminação e Gás, sob o título de Norma Brasileira para Execução
de Instalações Elétricas com abrangência em todo o País;
1960 – O documento de 1941 foi substituído pela norma NB-3, baseada na
norma NFPA-70 – National Electrical Code, dos Estados Unidos, tendo sido
publicado neste ano pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT);
1980 – A NB-3 foi substituída pela primeira edição da NBR 5410, baseada na
norma IEC 60364 e na norma francesa NF C 15-100.
1990 – 2ª revisão da NBR 5410;
1997 – 3ª revisão da NBR 5410;
2004 – 4ª revisão da NBR 5410;
2012 – Início dos trabalhos da 5ª revisão da NBR 5410 – sem data prevista de
conclusão.
Baixa tensão: toda instalação até 1000V em corrente alternada
Temos também: média e alta tensão
Média tensão: 1,0 kV a 36,2 kV
Alta tensão: acima de 36,2kV

De modo geral, um projeto de instalação elétrica seguro deve levar em conta:


• O cumprimento das normas técnicas especificas da ABNT e da
concessionaria local fornecedora de energia.
• A qualidade dos materiais e dispositivos empregados.
• O modo de utilização.
• A manutenção preventiva e corretiva.

Uma instalação elétrica bem feita garante:


• Economia de energia;
• Funcionamento correto dos dispositivos;
• Segurança para as pessoas e animais;
• Durabilidade de condutores e dispositivos de segurança.

Vamos falar sobre os procedimentos de uma instalação elétrica residencial e


seguir as normas de instalação da NBR 5410.
Quando é possível, o instalador e o proprietário devem conversar a respeito da
instalação.
Previsão de cargas de uma instalação elétrica: faz parte de um documento
denominado “memorial de cálculo” da instalação. Um dos itens é a previsão do
número de pontos e potência elétrica de cada ponto. Em uma instalação
elétrica residencial consideramos como ponto as lâmpadas e tomadas que
serão instaladas na casa. Nesta previsão a NBR considera a previsão mínima
que pode ser considerada.

Previsão de iluminação:
Quantidade:
Prever, no mínimo, 1 ponto de luz no teto independente da área.
Potência de iluminação:
(Considerando luz incandescente)
Depende da área do cômodo.
Para os primeiros 6m2 atribuir uma potência de 100VA, e um acréscimo de
60VA para cada 4m2 inteiros adicionais.
Exemplo:

Um cômodo com área de 20m2.

𝐴 = 20𝑚2 = 6 + 4 + 4 + 4 + 2
Potência de iluminação: 100+60+60+60=280VA
Podemos calcular também deste modo:
(20 − 6)
= 3,5 𝑡𝑒𝑚𝑜𝑠 3 𝑖𝑛𝑡𝑒𝑖𝑟𝑜𝑠, (3𝑥60) + 100 = 280𝑉𝐴
4

Para este cômodo é previsto um mínimo de 280VA

Nota: A NBR não define potencia de iluminação para áreas externas (jardins
por exemplo) fica a critério do proprietário e/ou projetista.

Pontos de tomada de uso geral (PTUG)


São pontos onde serão instaladas tomadas para alimentação de aparelhos
portáteis ou móveis.

A quantidade de PTUG depende do tipo de cômodo, perímetro e da área.

• Banheiros: independentemente da área, no mínimo um ponto de tomada


próximo ao lavatório, com distância de pelo menos 60 cm do boxe.

• Cozinhas, copas, copas-cozinhas, áreas de serviço, lavanderias e


dependências semelhantes: no mínimo um ponto de tomada para cada
3,5 m, ou fração, de perímetro; acima da bancada da pia, devem ser
previstas pelo menos duas tomadas de corrente, no mesmo ponto ou em
pontos separados.

• Varandas: no mínimo um ponto de tomada. Admite-se que o ponto não


seja instalado na própria varanda, mas próximo a seu acesso, quando,
por razoes construtivas, a varanda não comportar o ponto de tomada, for
menor que 2 m2 ou apresentar profundidade inferior a 0,80 m.
• Salas e quartos: um ponto de tomada para cada 5 m, ou fração, de
perímetro, devendo os pontos ser espaçados tão uniformemente quanto
possível.

Demais cômodos e dependências de habitação:


• Área igual ou inferior a 2,25 m2: no mínimo um ponto de tomada, que
pode ser posicionado externamente ao cômodo ou dependência a no
máximo 0,80 m de sua porta de acesso.

• Área superior a 2,25 m2 e igual ou inferior a 6,00 m2: no mínimo um


ponto de tomada.

• Área superior a 6 m2: um ponto de tomada para cada 5 m, ou fração, de


perímetro, devendo os pontos ser espaçados tão uniformemente quanto
possível.
Exemplo:
Área de serviço: cômodo retangular 6mx4m
Área=24m2
Perímetro=20m
Um ponto a cada 3,5m do perímetro ou fração.
20 = 3,5 + 3,5 + 3,5 + 3,5 + 3,5 + 2,5
Total: 6 PTUGs
Podemos calcular também deste modo:
20
= 5,71428 … 𝑜𝑢 𝑠𝑒𝑗𝑎 5 𝑖𝑛𝑡𝑒𝑖𝑟𝑜𝑠 𝑚𝑎𝑖𝑠 𝑢𝑚𝑎 𝑓𝑟𝑎çã𝑜. 𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 6 𝑝𝑜𝑛𝑡𝑜𝑠.
3,5

Quanto a potência das tomadas, a norma NBR 5410:2004, estabelece:

• Banheiros, cozinhas, copas, copas-cozinhas, áreas de


serviço, lavanderias e dependências semelhantes: no
mínimo 600 VA por ponto de tomada, até três, e 100 VA
por ponto excedente. Caso o número total de tomadas seja
superior a seis, admite-se para critério de distribuição de
potencias: 600 VA nos dois primeiros pontos e 100 VA nos
excedentes.
• Varandas, salas, quartos e demais cômodos e
dependências: no mínimo 100 VA por ponto de tomada.

Referências Bibliográficas:
• Gozzi, Giuseppe G. M. Eletrônica: máquinas e instalações
elétricas / Giuseppe Giovanni Massimo Gozzi, Tera Miho Shiozaki
Parede (autores); Edson Horta (coautor); Jitsunori Tsuha (revisor);
Jun Suzuki (coordenador). – São Paulo: Fundação Padre
Anchieta, 2011 (Colecao Técnica Interativa. Serie Eletrônica, v. 3)

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