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FACULDADE ALENCARINA DE SOBRAL

CURSO DE BACHARELADO EM DIREITO

FILOSOFIA E O DIREITO NA MODERNIDADE

Autores: Antonio Jair Lima de Melo; Francisco José Lourenço de Sousa; Marcos Lopes de
Oliveira; Pedro Ivo Lima Magalhães

Orientador: Prof. Me. Marco César de Souza Melo

RESUMO

O direito é um fenômeno histórico e social, que tendo em vista a sua complexidade, está
sujeito a transições e intercorrências nas mais diversas dimensões. Neste sentido é um
tema que claramente passa por constantes transformações ao longo dos séculos. Desta
feita, essas mudanças requerem uma reflexividade sobre o que é realmente o direito. Por
conseguinte, não é tarefa lógica chegar a uma conclusão a este questionamento, sobretudo
porque esta indagação atravessa séculos e sua definição normalmente relaciona-se ao
contexto e sua aplicabilidade. Destarte, muitos pensadores e filósofos buscam explicar o
direito e o sentido de suas alterações, especialmente num enfoque do pensamento crítico.
Sendo assim, cabe à Filosofia do Direito a busca para encontrar as questões fundamentais
nas quais estão alicerçadas o universo jurídico. Não obstante as indagações filosóficas, este
trabalho evidencia em contornos relevantes, a conjuntura do pensamento moderno, por
meio de um mergulho na contextualidade do direito neste período histórico. Na produção
desta pesquisa levou-se em conta as contribuições de diversos autores, a saber: Maquiavel,
Hobbes, Locke, Montesquieu e Rousseau, Bodin, Kant e Nietzsche. Em suma, o presente
trabalho delineia o pensamento moderno de direito e justiça numa abordagem generalista de
cada autor, de modo que ofereça aos leitores, subsídios que os tornem capazes de refletir e
lidar com a diversidade dos aspectos teóricos que permeiam a filosofia do direito na idade
moderna.
Palavras-chave: Filosofia. Direito. Pensamento.
INTRODUÇÃO

A presente pesquisa objetiva repassar aos leitores conhecimento acerca da filosofia


e direito na modernidade e o pensamento de alguns filósofos que tiveram um importante
papel para a formação da filosofia do direito, as reflexões acerca da filosofia e direito na
modernidade é um período que se dá do absolutismo ao iluminismo, foi produzido por uma
série de pensadores. Maquiavel em seu posicionamento político reconhece uma vontade de
dominação do homem pelo homem, mostrando que o homem tem uma predisposição à
corrupção, o homem mostra um desejo de poder e quer mantê-lo independente da moral, o
pensador afirma que “os fins justificam os meios”. Hobbes, Lock e Rousseau influenciaram
decisivamente seus tempos no que tange a política e as lutas sociais, são eles todos
defensores do contrato social, mas com pensamentos diferentes no que diz respeito aos
horizontes postulados, pois cada um desses filósofos desenha o contrato social de forma
específica, para proveitos políticos também específicos. Montesquieu em seus estudos
sobre as leis e o estado de direito diz que as leis representam o contexto da realidade de
cada lugar, não existindo leis justas ou injustas, e sim leis adequadas à realidade de um
povo, época ou lugar. O pensador também definiu as três formas de governo: República,
Monarquia e Nepotismo, criticando duramente a última e acreditava que as duas primeiras
fracassariam se fossem governadas de forma corrupta, criou também a separação de
poderes. O filósofo Kant, marcou o período conhecido como iluminismo, alguns autores o
consideram como o pai do iluminismo, e tem também grande importância para o direito, pois
através dos seus conceitos, da sua perspectiva de moral, ética e razão nos traz discursões
que contribuem efetivamente para o pensamento do direito.

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METODOLOGIA

Na elaboração deste resumo, foram desenvolvidas pesquisas envolvendo diversos


procedimentos, levando em conta um referencial teórico que pudesse proporcionar ao leitor
a compreensão do enfoque filosófico acerca do pensamento moderno sobre o direito, com
uma abordagem comparativa das concepções dos principais pensadores e suas
contribuições para a Filosofia do Direito, a contextualização aconteceu de forma clara e
sucinta dos aspectos relevantes do tema exposto. Foi aplicado uma revisão bibliográfica de
obras contextualizadas e traduzidas, uma análise documental com consultas em textos
publicados em seus periódicos acadêmicos, sítios eletrônicos e acesso a material em vídeo
e pesquisas já realizadas e publicadas em meios científicos.
Ao revisarmos estas obras bibliográficas buscamos sintetizar num estudo claro,
dinâmico e de grande entendimento com uma objetividade sucinta de fazer para com o leitor
possa ter uma melhor compreensão ao realizar sua leitura. Usamos também etapas de
discussão dos assuntos abordados para melhor organização na elaboração dos tópicos do
trabalho e demos ênfase na escolha do tema e dos autores estudados, referenciados
principalmente pela importância da temática desenvolvida, dando ênfase na estruturação e
resultados esperados. Diante dos fatores norteadores da pesquisa, buscamos estruturar
este trabalho dentro dos procedimentos e normas, com o intuito de favorecer uma base
sólida de estudos sobre o pensamento filosófico do direito na idade moderna e sua
relevância para o homem e para a sociedade nos dias atuais.

RESULTADOS E DISCUSSÕES

A filosofia do direito na época do renascimento e no modernismo, é bastante


influenciada pelos pensamentos antigos e atuais, acrescido de um fortalecimento do espírito
crítico, pois os grandes filósofos e pensadores tem esses quesitos que diferenciam um do
outro, forma de pensar, maneira de interagir e praticar seus estudos e descobertas de uma
forma ampla e coerente, pois suas experiências traz grandes formas de como ver uma real
situação de propósitos que contribuem para melhorias na vida da sociedade, pois esses
pensamentos e contribuições vêm de um fortalecimento do espírito crítico, como no período
do renascimento, podemos comparar com uma esplêndida “flor brotada de improvisos no
meio do deserto” (Chabod, F. apud Barros – 2012 – p. 16). Então chegamos a uma
interpretação que o renascimento e a filosofia moderna, foi e continua sendo uma
revivificação das capacidades do homem, um novo despertar da convivência de si próprio e
do universo.
Diante desses fatos podemos fazer uma discussão e comparação de grandes
resultados, com alguns pensadores e filósofos. Como Maquiavel, Hobbes, Locke,
Montesquieu e Rousseau. Podemos apresentar uma breve comparação e exemplificar a
respeito dos pensadores mencionados a esses resultados e discussões. Aqui vamos
apresentar alguns resultados e ligações e distinções com alguns referenciais teóricos dos
pensadores. Maquiavel, nesse período se destaca o pensamento de Maquiavel como o
primeiro a refletir sobre os problemas das ciências políticas como o espírito da modernidade,
Maquiavel revoluciona o pensamento político o qual tratava anteriormente das questões
relativas a polis, sobre uma perspectiva normativa.
O pensamento de Maquiavel rompe com o ideal moral com fortes influências do
cristianismo presente na idade média essencial do poder da república. Já o pensamento
Hobbes está relacionado com alguns problemas vivenciados pelo homem, na sua teoria do
conhecimento, Hobbes afirma que a experiência era a mãe das ciências, estudando o
problema do conhecimento humano a partir de sensações, movidas pela qual os entes
sensíveis afetam o corpo humano. Para Hobbes o estado deve ser forte e no mais alto grau.
Montesquieu propõe uma definição para as leis, autor de espírito das leis, diz que leis são
relações necessária, que derivam da natureza das coisas. A natureza das coisas para
Montesquieu é tomada em acepção totalmente empírica, resultante do passado histórico,
integrado por fatos físicos, por tendências e costumes. Montesquieu contribuiu bastante
para o mundo jurídico, ao apresentar a teoria da divisão tríplice dos poderes, em executivo,
legislativo, e judiciário, que o autor hauriu do direito e governo.

CONCLUSÃO

O que podemos observar com essa pesquisa é que, não é fácil generalizar o
pensamento filosófico sobre o direito na Idade Moderna. Entretanto, para um fim teorético,
podemos dizer que a Idade Moderna foi, para o direito, o início do pensamento ontológico.
As relações entre o ser foram excessivamente estudadas pelos pensadores modernos, com
o único propósito de determinar o ser enquanto membro da sociedade, assim como o
nascimento e a aplicação do direito natural. Com a vinda do renascimento, os pensamentos
do direito estão voltados mais para esse âmbito da função social, ainda que sob diferentes
ideologias.
A seleção de alguns pensadores é de extrema relevância para compor o resumo do
pensamento moderno, cada um focado na sua área específica, como por exemplo: a relação
dos mesmos com a função social estudada na Idade Moderna. Maquiavel e Bodin
focalizaram seus estudos no ser enquanto instrumento de poder; Hobbes, Locke,
Montesquieu e Rousseau tomaram como objetivo a natureza humana e o direito natural;
Nietzsche e Kant, por fim, trabalharam a razão. Faz-se tal afirmação sem dúvidas sobre o
fato do pensamento de todos esses filósofos se estender a grandes outras áreas, contudo,
para a filosofia do direito, estas são as mais importantes. É através do poder, da natureza
humana e da razão que é possível traçar as características de um pensamento filosófico
moderno voltado para o direito.
REFERÊNCIA

BARROS. V. S. C. 10 Lições sobre Maquiavel. 3 ed. – Rio de Janeiro: Vozes, 2012.


BOBBIO, N. Direito e Estado no pensamento de Emanuel Kant
Tradução: Alfredo Fait. 4 ed. Brasília: UNB, 1997.
BRUNELLI, C. Filosofia Do Direito: Introdução à Filosofia Jurídica. [s. l.] CANAL ME
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DzBpioow Acesso em: 04 dez. 2021
CANAL TRILHANTE. Filosofia do Direito na Modernidade: O Início da Modernidade no
Século XIII Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=LmLY5n_Al-s Acesso em: 04
dez. 2021
Constituição e direito na modernidade periférica: Uma abordagem teórica e uma
interpretação do caso brasileiro (livro) (COMPLETAR AS INFORMAÇÕES???

CRETELLA JR, J. Curso de filosofia do direito – Rio de Janeiro: Forense, 2004.


HOLANDA RAMOS, V. A. C. A filosofia do direito na idade moderna: caracterização do
pensamento moderno do direito. In. Âmbito Jurídico. Caderno Filosofia. [s. l.], 2014
Disponível em: https://ambitojuridico.com.br/edicoes/revista-127/a-filosofia-do-direito-na-
idade-moderna-caracterizacao-do-pensamento-moderno-do-direito/ Acesso em: 05 dez.
2021
LEITE, F. T. Manual de filosofia geral e jurídica: das origens a Kant – RIO DE Janeiro:
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OLIVEIRA, A. O. Direito na modernidade: Um passeio pela história do Direito moderno.
In.Jusbrasil. Recife, 2015
Disponível em: https://adeilsonfilosofo.jusbrasil.com.br/artigos/236729171/o-direito-na-
modernidade Acessado em 04 dez. 2021

MORRINSON, W. Filosofia do Direito: dos gregos ao Pós-modernismo. Tradução:


Jefferson Luiz Camargo. São Paulo: Martins Fontes, 2006. 676 p.
MAQUIAVEL, N. O Príncipe. Tradução: Leda Beck. v. 2. São Paulo: Martin Claret, 2012,
172 p. (Coleção a obra de cada autor; vol.2).
PEREIRA, R. C. B.; PEREIRA, R. O. Kant e os fundamentos do direito moderno. Rio de
Janeiro: Caderno de EMARF, Fenomenologia e Direito, 2012.

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