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Teoria do Ginocentrismo
http://sexoprivilegiado.blogspot.com/
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Leitura Nº 1
A batalha dos sexos tem sido degenerada em uma guerra suja, e estamos, cada
um de nós, sendo convocados para essa guerra por forças que não se importam nem um
pouco com igualdade nem com justiça.
Para você ver, quando a propaganda deixa de ser uma ferramenta eficaz de
controle, simplesmente as feministas procuram controlar outros meios. O controle do
Estado — o monopólio da violência física — é o meio que as feministas têm
procurado. Mas ao contrário da propaganda, a qual manipula a mente, o controle estatal
brutaliza somente o corpo. O poder dos controladores, em última análise, sempre repousa
sobre a resiliência do controlado, daí a necessidade em quererem forjar um consentimento
3
geral. O Império Romano não durou quinhentos anos pelo exercício da força bruta, mas,
sim, pelo apoio das massas; o Imperador era glorificado como um deus vivo, e até mesmo
os menores distritos em seu reino voluntariamente erigiam estátuas e altares em sua
homenagem. Durante muito tempo, os homens têm adorado diante do altar do sexo
feminino, e é tentador acreditar que essa submissão psicológica não irá se render nem
mesmo diante da opressão física ou do extermínio — e que os homens irão marchar para
sua morte como cordeiros oferecidos em sacrifício, na esperança de ganhar, com suas
últimas ações servis, o favor das mulheres. Mas as declarações a respeito do Fim dos
Homens podem muito bem virem a ser tão vazias quanto àquelas que foram feitas há quase
vinte anos, a respeito do Fim da História. O então chamado Choque de Civilizações que se
sucedeu levou o autor a refutar sua própria posição. Nós devemos ficar otimistas quanto a
termos, dentro em breve, um verdadeiro conflito entre os sexos, e daí, vermos as feministas
aficcionadas “comendo corvos”5.
Como o feminismo torna-se cada vez mais poderoso, e começa a realizar suas
ambições mais radicais, simultaneamente, ele irá esgotar sua capacidade de
forjar consentimento. Essas ilusões de cavalheirismo que asseguram o consentimento dos
homens e em que, em última análise, o feminismo se apóia — “mulheres-vítimas-de”,
“mulheres-preciosas”, “mulheres-indefesas”, e assim por diante — tornar-se-ão bastante
mais difíceis de se manter no tempo. Quanto mais forças avançam contra os homens,
controlam e dificultam suas vidas, mais descontentamento será fomentado entre eles. A
bolha misândrica está prestes a estourar, e com toda forma de excesso, e quanto mais
vermos bons homens sendo representados como criminosos e sujeitos a
punições humilhantes e cruéis, uma outra rachadura aparecerá na parede, e outro
passo daremos até o dia em que todo o odioso edifício desmoronará sob seu próprio peso
— e, fundamentamente, sob o nosso.
conhecimento dos mesmos, de forma diligente e sem pedir desculpas. Como um notável
ativista da área explanou recentemente, ele não precisa atacar as feministas — ele diz que
tudo o que precisa é mencioná-las. Basta expor o ódio feminista, usando a luz do sol como
desinfetante e isso bem que poderá ser suficiente para se inverter a maré — razão pela
qual serão gastas enormes energias contra direcionamentos errados, desacreditando,
neutralizando e obscurecendo os argumentos e os defensores da oposição.
Friedrich Nietzsche, escrevendo no fim do século 19, advertiu que, se alguém olha muito
tempo para o abismo, então esse alguém encontrará o abismo olhando de volta para
ele. Deve ser profundamente perturbador para as feministas acordarem em uma manhã e
encontrar outras pessoas desconstruindo-as, tendo como missão de vida expor e corrigir as
injustiças feministas.
Esta parece ser a razão para a violenta resposta do setor feminista à idéia de
homens discutindo questões de gênero e de sexismo sem a supervisão das mulheres. Não
importa o que as feministas pensam a respeito dos Estudos do Sexo Masculino, pois, as
feministas não são o público-alvo da disciplina; o êxito nesses estudos não depende da
aprovação das feministas, um fato que sem dúvida haverá problemas em conciliações.
Independentemente disso, mesmo que lancem uma campanha orquestrada para evitar que
os homens discutam suas experiências em fóruns acadêmicos, elas são incapazes de impedir
que isso aconteça em todo lugar. O ponto mais delicado para pretensos ditadores é que
hoje vivemos na Era da Informação. É muito difícil controlar a circulação de informações
quando a nossa própria época é definida por ela. Então vamos discutir tudo isso aqui e a
partir de agora — e contanto que as pessoas possam usar a internet para se reunirem e
falarem o que pensam, nada pode nos parar. Vamos discutir, também, em um milhão de
outros lugares do mundo real — porque se os homens nunca tivessem falado sobre suas
experiências, enquanto homens, nós não estaríamos ansiosos para iniciarmos os Estudos do
Sexo Masculino num futuro próximo.
O acima exposto, sem dúvida, fará as cabeças das pessoas girarem a respeito
do que elas antes supunham de que o poder em todos os níveis possa ser identificado com
o tipo de genitália daqueles que tomam importantes decisões — independentemente daquilo
que eles realmente decidam.
Qualquer coisa a mais deve estar além do escopo desta leitura introdutória. E
assim, vamos continuar com essa linha de pensamento na próxima semana. As Leituras
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serão atualizadas aos sábados, e estudiosos de todo o mundo estão convidados a participar
— ou acompanharem em seu próprio ritmo e tempo, se preferirem. As discussões serão
realizadas imediatamente após. Diferentemente da maioria dos blogs feministas, cujos
autores tomam Mary Daly como sua mentora ao negar sistematicamente a voz dos
homens, todos serão bem-vindos a falar aqui, apesar de expulsões serem garantidas no caso
de postagens de conteúdos obscenos ou de informações pessoais. Eu prefiro que as
feministas sejam refutadas ponto a ponto do que ter que bani-las, mas os destinos
das trolls realmente persistentes ficarão ao meu critério.
Eu convido você a ter um dia inteiro para refletir sobre isso. Vejo você
novamente.
__________
Notas do Tradutor:
[1] Termo utilizado para designar alguém ou grupo que costuma colocar a culpa nos outros por seus próprios
fracassos, por tudo, e que não assume a responsabilidade pelos resultados em suas vidas.
[2] Solução Final ou Solução Final da Questão Judaica (do alemão Endlösung der Judenfrage)
refere-se ao plano nazista de genocídio sistemático contra a população judaica durante a Segunda Guerra
Mundial.
[3] SCUM Manifesto é um livro escrito por Valerie Solanas em 1967 que apresenta uma proposta para a
destruição total do sexo masculino.
[4] Livro da jornalista israelense Hanna Rosin, a qual decretou o Fim dos Homens e a ascenção das mulheres
no atual mercado de trabalho.
[5] Humilhadas pela prova de que estavam erradas.
[6] Memética é o estudo formal dos memes. A idéia de meme pode ser resumida por tudo aquilo que é
copiado ou imitado e que se espalha com rapidez entre as pessoas.
__________
KOSTAKIS, Adam. Olhando Fixamente para fora do Abismo [Staring Out From the Abyss]
[em linha]. Tradução e notas de Charlton Heslich Hauer. [S.l.]: Gynocentrism Theory, 2011.
Disponível em: <http://gynotheory.blogspot.com/2011/01/staring-out-from-abyss.html>.
Acesso em: 07 out. 2015.
Este é o segundo artigo (de uma série de doze) sobre a Teoria do Ginocentrismo.
Clique aqui para ler o 1º artigo: Olhando Fixamente para fora do Abismo
Leitura N° 2
"Não fui feito com o seu molde. Não leio a mesma história repetida" — Pennywise
(E se você prestar especial atenção, você irá notar que a frase nunca é
pronunciada como “crianças e mulheres, primeiro”. Só de pensar nisso é um
absurdo! Isto porque o que realmente a frase quer dizer é “as mulheres em
primeiro lugar, crianças em segundo.”)
A razão pela qual o Movimento dos Direitos dos Homens desperta tanta
hostilidade, tanto da Esquerda quanto da Direita, é porque é a primeira tentativa na
história de um sexo tentar abdicar de seu papel tradicional. O feminismo não é
assim; ele é o fortalecimento do poder que as mulheres já detinham. Hoje, o
Movimento dos Direitos dos Homens vai muito além de simples acusações dos
delitos feministas. Seus adeptos trabalham na análise histórica e em crítica social,
e, com a vantagem de dois séculos e meio de imaginação e de inovação
decorrente do Iluminismo, pôde facilmente conceber um mundo em que os
homens, pela primeira vez na história, não são obrigados a se sacrificar pelas
mulheres.
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Adam
__________
KOSTAKIS, Adam. A Mesma História Repetida [The Same Old Story] [em linha]. Tradução de
Charlton Heslich Hauer. [s.l.]: Gynocentrism Theory, 2011. Disponível em:
<http://sexoprivilegiado.blogspot.com.br/2012/04/mesma-repetida-
historia.html>. Acesso em: 21 jan. 2015.
Clique a seguir para ler o 1º artigo: Olhando Fixamente para fora do Abismo
Clique a seguir para ler o 2º artigo: A Mesma História Repetida
Leitura Nº 3
Isso pode, muito bem, levar a muito mais artigos até ser completamente
elucidado, mas eu o menciono aqui por dois motivos. O primeiro é um lembrete de
que a referência a esse ponto comum, passa por todas estas reflexões: que o
Ginocentrismo tem estado conosco há muito, muito tempo, e só mudou a sua
forma, e não seu conteúdo. Este é o cerne da Teoria do Ginocentrismo, e essa é a
perspectiva a qual eu assumo uma ampla gama de assuntos.
Melhor o diabo que você conhece! Dizem que é melhor conhecer o teu
inimigo, mas as feministas são altamente eficazes em obscurecer suas próprias
intenções, ações, história e sua propensão para o uso da erística. Em meio a
fumaça e espelhos, um coro de vozes estridentes vindo de todas as direções pode
ser ouvido proclamando: “não é o nosso trabalho elucidar pra vocês sobre o que
seja o feminismo!”
Vejamos outro exemplo. Uma feminista pode muito bem criar uma
partição falsa no problema dos Direitos dos Pais, definindo-o de tal forma que a
culpabilidade feminista seja ignorada. Ela poderia, por exemplo, dizer que “o
patriarcado é o culpado pelo tratamento desigual dado aos pais.” E mais uma vez,
ela teria controlado a linguagem — os significados são divididos entre os termos,
ou eles são compactados em apenas um, e o resultado pretendido é que a
parte culpada não seja responsabilizada pelo que faz.
Agora, você pode pensar – “O que isso importa? Uma feminista pode
dizer isso ou aquilo, mas eu não acredito nela; minhas próprias experiências me
dizem que aquilo que ela diz não é verdadeiro, e eu dificilmente serei enganado
pelo o que ela diz.”
Bom, está tudo muito bem. Mas há um monte de gente por aí afora
que vai ser enganada por aquilo que ela diz — incluindo aquelas pessoas que
possuem o poder físico real para encarcerá-lo, destruí-lo ou afastá-lo de seus
entes queridos. As feministas não estão apenas dizendo isso a pessoas como
você e como eu — seus absurdos jorram em todas as direções, como petróleo
bruto a partir de um ducto estourado, fluindo para os ouvidos de todas as pessoas,
e, especialmente, para aquelas que podem “fazer algo a respeito”. A mensagem é
concretizada, mais forte do que uma cachoeira, queira você ouvi-la ou não, e todo
o projeto delas depende da repetição incansável de uma dúzia ou mais de
mantras, e o investimento de suas opiniões para dentro do inconsciente coletivo.
É por isso que elas tagarelam incansavelmente, normalmente papagueando frases
feitas, como células subordinadas em uma mente-colméia2! Elas fazem isso
porque funciona — pelo menos, até que alguém se levante e aponte que “o
Imperador está nu”3.
história. Este simples fato é a razão pela qual foi possível para as prescrições de
feministas radicais serem alcançadas em primeiro lugar — e para os dissidentes
terem sido tão facilmente marginalizados.
Adam
__________
Notas do Tradutor:
[1] Aspas minhas. Aquela expressão já foi tocada na postagem anterior: “todos cantam e todos
dançam o tremendo ato final”. Talvez o autor tenha se referido a Macbeth, a maior tragédia
criada por Shakespeare, onde no Ato III, cena IV, no primeiro encontro entre as bruxas e os
generais Macbeth e Banquo, fica evidente a excitação das bruxas quando dançam e cantam:
“Bruxas da terra e do mar, / Toca, Toca A Cirandar, / E roda que rodopia! Três voltas para a
direita, Três para a esquerda, e está feita / A preceito a bruxaria” (p. 23). Esse discurso é
alusivo a Newes From Scotland, no qual, a dança feminina, em círculos à beira mar, fazia parte
da celebração das bruxas.
Ou talvez o autor tenha cunhado essa expressão por influência de Nietzsche. Na
visão “Nietzscheneana”, isso seria o mesmo que “já que todos estão participando disso sem
nenhuma escolha, é melhor viver, lutar, ou seja, cantar e dançar”. Nietzsche sempre costumou
usar a expressão “dançar diante do abismo”.
Ou ainda, "all-singing, all-dancing" também é uma expressão idiomática nos EUA, que quer
dizer "cheio de vitalidade". Talvez o autor quisesse sugerir que é assim que o feminismo
deveria ser combatido.
[2] A mente-colméia, que também é muitas vezes referida como consciência coletiva, é um
conjunto de atitudes, crenças e conhecimentos que são compartilhados por um grupo de
pessoas. Na maioria dos casos, os indivíduos de uma sociedade estão conscientes de suas
individualidade e informação na mente-colméia, muito embora, são casos extremos que podem
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levar muitas pessoas a se tornarem absorvidas pelo pensamento de grupo. Os grupos podem
formar comunidades inteiras ou subgrupos dentro de uma comunidade.
[3] Aspas minhas. Refere-se ao livro de mesmo nome “O Imperador está nu” escrito por Jack
Herer que por sua vez colocou esse título em homenagem ao famoso conto de fadas de Hans
Christian Andersen: A roupa nova do rei. O livro oferece $100,000 para quem puder provar que
uma premissa nele está errada (ver a premissa e demais informações em:
http://pt.wikipedia.org/wiki/The_Emperor_Wears_No_Clothes)
[4] Uma conversa, ou parte de uma conversa, entre um homem e uma mulher em que ambos
são atraídos um pelo outro. Ao utilizar Gamespeak, significados literais não são muito
importantes. É preciso “ler nas entrelinhas” sobre o que o homem ou a mulher realmente quer
dizer. (Fonte: http://www.urbandictionary.com/define.php?term=gamespeak).
__________
KOSTAKIS, Adam. Refutando o Apelo ao Dicionário [Refuting the Appeal to
Dictionary] [em linha]. Tradução e notas de Charlton Heslich Hauer. [S.l.]:
Gynocentrism Theory, 2011. Disponível em:
<http://gynotheory.blogspot.com.br/2011/01/refuting-appeal-to-dictionary.html>.
Acesso em: 02 dez. 2014.
Clique aqui para ler o 1º artigo: Olhando Fixamente para fora do Abismo
Clique aqui para ler a 2º artigo: A Mesma História Repetida
Clique aqui para ler a 3º artigo: Refutando o Apelo ao Dicionário
“É como se a língua comum que usamos todos os dias tivesse um conjunto oculto de sinais,
uma espécie de código secreto” - William Stafford
tomado forma na mente de uma feminista, a tarefa dela agora é fazer você
reconhecer isso. Ela irá dizer algo emotivo como, “oh, então você acha que os
homens devem ter permissão para violar as mulheres impunemente?”
Sua resposta inicial, é claro, será uma testa franzida. Então você irá
dizer: “é claro que eu não acho isso. E ainda continuo sendo, sem dúvida alguma,
um patriarca.”
niilisticamente indiferentes. Nenhuma feminista, penso eu, iria negar que isto é, no
mínimo, o “esqueleto” do feminismo, mesmo que ela prefira discorrer sobre o tema
em muito mais detalhes. Mas isso não fará, para além desta estreita inferência,
com que nós discordemos uns dos outros. Para sermos o mais objetivo possível,
então, devemos levar em conta apenas o que todo mundo concorda acima, e essa
é a nossa definição universalmente aplicável.
Note que ali não há menção sobre igualdade. Isto porque, como eu
desmascarei na semana passada, com a ajuda de um Nick Levinson, há um
número de feministas que explicitamente não buscava a igualdade, mas sim, a
supremacia. Assim, a igualdade não se encaixa na definição universal de
feminismo, uma vez que certas próprias feministas — que eram muito famosas,
inequivocamente feministas — desmentiram isso. Dizer que o feminismo fala
“sobre igualdade”, então, seria colocar-se em oposição diametral a várias
feministas extremamente influentes! E por isso, seria algo... misógino!
Então, para recapitular: a única coisa que todos nós vamos ser capazes
de concordar é que o feminismo é o projeto para ampliar o poder das mulheres.
Como você deve ter notado, as feministas vão um pouco mais longe ao falar sobre
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o que elas pensam sobre o que seja o feminismo, e elas terão muitas meias-
verdades e mistificações para oferecer se você lhes perguntar educadamente o
suficiente — mas lembre-se, não é trabalho delas nos esclarecer sobre estas
coisas.
Ambas as definições são bastante longas, embora eu ache que é útil ter
uma definição do que queremos dizer exatamente com o termo. Poderia ser muito
reduzida e apresentada da seguinte forma: o feminismo é igual ao supremacismo
feminino.
Adam
__________
Notas do Tradutor:
[1]. Pig Latin é um jogo de alterações de linguagem em Inglês. Para formar a Pig Latin de uma
palavra em Inglês, a primeira consoante (ou encontro consonantal ) é movida para o final da
palavra e um ay é afixada (por exemplo, pig yields igpay and computer yields omputercay or
truancy yields uancytray). O objetivo é esconder o significado das palavras de outras pessoas
não familiarizadas com as regras. A referência a Latin é um deliberado equívoco, pois é
simplesmente uma forma de jargão, usado somente para as suas conotações em inglês como
"língua estranha e de estrangeira sonoridade." [Fonte:Wikipedia]. No Brasil, um jogo
semelhante a esse é a "Língua do P".
[2]. Classismo: (Sociologia) é o preconceito ou discriminação com base na classe social; crença
de que pessoas de determinadas classes sociais ou econômicas são superioras a outras.
__________
KOSTAKIS, Adam. "Pig Latin" – Brincando com as palavras [Pig Latin] [em
linha]. Tradução e notas de Charlton Heslich Hauer. [s.l.]: Gynocentrism Theory,
31
Clique aqui para ler o 1º artigo: Olhando Fixamente para fora do Abismo
Clique aqui para ler o 4º artigo: "Pig Latin"¹ – Brincando com as palavras
Leitura Nº 5
“A maior fraqueza dos homens é sua fachada de força; a maior força das mulheres é sua
fachada de fraqueza” — Warren Farrell
Deixemos isso bem claro. Toda vez que você subestimou as feministas,
ao considerá-las um bando de bruxas velhas mal-humoradas que ninguém leva a
sério, você ajudou a obscurecer o programa delas e, de fato, suas próprias
existências como uma forma de poder organizado. Depreciá-las, você deve — mas
fazê-lo de uma forma que as exponha, não que as obscureça! O feminismo está
muito longe de ser uma relíquia do passado. O movimento feminista é levado
muito a sério por aqueles que têm o poder de impor os seus principais objetivos:
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Você vai notar que, enquanto o primeiro objetivo traz o grupo “vítima”
para mais perto do grupo “inimigo”, em termos de status, expectativas, autonomia
etc., o segundo amplia o abismo entre eles. O primeiro objetivo, como dissemos,
vai nos unir em nossa humanidade comum, e trazer a liberdade para todos, e
outras coisas bonitas como essa. Mas assim que chegamos perto disso, tende-se
a haver uma inclinação para proclamações a respeito da importância do segundo
objetivo. Nada será suficiente o bastante para satisfazer as pessoas do
grupo “vítima” , porque elas se vêem como essencial e inerentemente vítimas do
grupo “inimigo”, independentemente do que possa ter mudado na realidade. A
ideologia da vitimização é anticontextual, e seus seguidores — os autodesignados
“vítimas” — nunca se vêem como nada mais além disso. A condição de vítima
dessas pessoas é afirmada a priori, e os fatos devem ser montados para se
enquadrar nessa narrativa. Em outras palavras, elas vão reinterpretar qualquer
situação como sendo elas as mais duramente tratadas.
Esta é a razão pela qual feministas como a Hillary Clinton podem sair
por aí dizendo coisas como:
não iriam mais para alguma das 15 prisões femininas do país, as quais todas
seriam fechadas. Em vez disso, assassinas como Rose West, em vez de pegarem prisão
perpétua pelo assassinato de dez jovens mulheres e meninas, seriam enviadas para “singelas”
unidades de custódia locais. Lá, elas seriam autorizadas a: viver como uma “unidade familiar”
com entre 20 e 30 outras prisioneiras, organizar suas próprias compras e orçamentos, além
de cozinhar. As unidades também permitiriam que elas ficassem mais próximo de suas
famílias … Todas as prisões femininas iriam fechar na próxima década, e poderiam, em vez
disso, ser convertidas em prisões para os homens ... O relatório afirma: “Mulheres e
homens são diferentes. A igualdade de tratamento entre homens e mulheres não resulta em
desfechos iguais.”
Além disso, as mulheres (sic) nunca serão enviadas para a cadeia para
“ensinarmos a elas uma lição”.
É claro que elas não devem. As mulheres não deveriam ter, realmente,
que aprender a respeitar a lei, muito menos a se comportar como membros da
civilização. Elas devem ser autorizadas a comportar-se de maneira desregrada e
livre, abusar e destruir qualquer coisa que quiserem, com a licença absoluta. Elas
não devem nem mesmo levar uma bronca pelo mau comportamento delas — já
que isso seria violência doméstica, você não sabe?
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Que estes dois objetivos estão em contradição não é apenas uma falha
lógica, é parte de uma estratégia que permite que o grupo “vítima” mude sua
postura de acordo com as circunstâncias necessárias. O objetivo (1) poder ser
sistematicamente perseguido até certo tempo. Mas, se o movimento está sob
análise por estar desfavorecendo o grupo “inimigo”, as “vítimas” podem
simplesmente mudar para o objetivo (2) e enfatizar a importância de suas próprias
singularidades, de maneira que a igualdade não seja suficiente. Ou, como a
feminista Germaine Greer coloca:
diferenças, dotando essas diferenças com dignidade e prestígio, e insistindo sobre elas como
condição de autodefinição e autodeterminação. … as feministas visionárias do final dos
anos sessenta e início dos anos setenta sabiam que as mulheres nunca poderiam
encontrar a liberdade por concordar em viver a vida dos não-livres homens.
elas fazem, serve para que ele aceite que compartilha as características abusivas
daquele que o abusou. Por outro lado, o elevado nível de culpabilidade do sexo
feminino em casos de abuso infantil, tanto sexual quanto não-sexual, é ignorado
ou negado.
Poder em que sentido? Poder para fazer o que? Tais questões surgem,
inevitavelmente. A resposta, se você estiver acompanhando de perto, é óbvia — o
que quer que elas queiram, não importa quem esteja sendo prejudicado. Calar não
é consentir, mas é cumplicidade, quando você tem o poder de chamar a atenção
para o abuso e para os recursos para parar tudo isso, e ainda assim deixa de fazê-
lo, alegando que os abusadores têm órgãos genitais que se assemelham aos
seus.
Adam
___________
KOSTAKIS, Adam. Anatomia de uma Ideologia da Vitimização [Anatomy of a
Victim Ideology] [em linha]. Tradução e introdução de Charlton Heslich
Hauer. [S.l.]: Gynocentrism Theory, 2011. Disponível em:
<http://gynotheory.blogspot.com/2011/01/anatomy-of-victim-ideology.html>. Acesso
em: 12 set. 2016.
Leitura n º 6
“O que esmaga a individualidade é o despotismo, seja lá o nome pelo qual isso possa ser
chamado” — J.S. Mill
novos tomarem o seu lugar. Tal era a ciência de Polybius, cujas obras históricas
não dispunham eventos em ordem cronológica, mas que apresentavam a
experiência humana como uma unidade. Dinastias, impérios, culturas, pessoas e
suas comunidades nasciam e morriam nas oscilações do pêndulo cósmico.
Uma das grandes inovações conceituais da modernidade é
o progresso como o ideal orientador na política e na sociedade. Não apenas
assumimos que estamos constantemente mudando nossa própria história; a
crença persiste que tudo é apenas questão de tempo para que cada problema
tenha uma solução. A fé no conhecimento humano nunca foi tão grande quanto
agora na Era da Informação; nós buscamos ativamente superar o que por muito
tempo eram considerados fatos insolúveis da vida.
O propósito dessa digressão não é lançar dúvidas sobre as
possibilidades do conhecimento humano, nem sugerir que uma tentativa de
melhorar a condição humana seja uma busca ignóbil. É salientar que somos todos
filhos do Iluminismo, independente de qual espectro político possamos cair. É
salientar que existem determinados pressupostos peculiares, que formam a base e
os andaimes do pensamento político ocidental, e é sobre estes pressupostos que
ideologias tão diversas como o conservadorismo, o liberalismo, o nacional-
socialismo e o feminismo são construídos.
O –ismo em si é um fenômeno totalmente moderno. Um ismo (ou
poderíamos dizer, uma “ideologia”) assume uma diferença entre como a sociedade
é e como ela deveria ser, pautada numa visão moral específica do mundo. Isto é
obviamente verdadeiro para aquelas ideologias que defendem explicitamente a
mudança — o socialismo, o liberalismo, o feminismo, e assim por diante. Isso é
verdade para o conservadorismo e o tradicionalismo também, ideologias que
(como se vê) pretendem ressuscitar o bebê que foi jogado fora junto com a água
do banho dos séculos.
Normalmente, o que os ideólogos acham tão censurável sobre o mundo
é sua existente configuração de poder. Os grandes textos e articuladores da
ideologia descrevem uma configuração de poder, argumentam para seu
reconhecimento sobre a injustiça, e em seguida, apresentam os meios para
alcançar a mudança desejada. Os meios podem envolver um trabalho por meio
das existentes instituições do Estado, ou eles podem exigir sua derrocada, ou
podem evitar práticas tradicionais de uma maneira geral e defender a magia do
trabalho deles por meio da sociedade civil.
Qualquer que seja a ideologia implicada na prática, essa é uma
diferença marcante do que se passou anteriormente. É o progresso, não a
47
Adam
__________
Notas do Tradutor:
* passos de ganso eram uma forma especial de marchar com as pernas levantadas e retas. Os
soldados de Hitler costumavam a marchar dessa forma.
E como eu já afirmei anteriormente, ainda continuo escrevendo seguindo a “antiga” Ortografia
Brasileira.
___________
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KOSTAKIS, Adam. Vinho Velho, Garrafas Novas [Old Wine, New Bottles] [em
linha]. Tradução e notas de Charlton Heslich Hauer. [S.l.]: Gynocentrism Theory,
2011. Disponível em: <http://gynotheory.blogspot.com/2011/02/old-wine-new-
bottles.html>. Acesso em 31 out. 2012.
Leitura Nº 7
terem feito o mal. Isto é, de acordo com um padrão moral invasivo e alienígena
que eles são convidados a obedecer, não compreender, e certamente, não
questionar ou refutar.
Mas quando o comportamento criminalizado cai dentro do domínio de
ações em que ambos, homens e mulheres, estão envolvidos, o argumento exige
um corolário de que isso é diferente, e é pior, quando os homens é que o fazem.
Por exemplo, certos indivíduos desagradáveis de ambos os sexos se envolvem
em assédio sexual, mas temos a obrigação de entender que quando os homens
fazem isso às mulheres, isso é giz, e quando as mulheres fazem aos homens, isso
é queijo. Os dois, assim nos garantem, são incomparáveis, independentemente de
como um homem vitimado possa ver as coisas — afinal, mesmo sendo vítima, ele
está míope por seu privilégio2.
Todo o conto de fadas é apropriadamente resumido no mantra
feminista, o pessoal é político. Conforme foi discutido na semana passada, o
próprio contexto em que essa afirmação deve ser visualizada é a história recente
do mundo ocidental. O enfoque particular deve ser dado a uma corrente dentro de
nossa cultura política comum, que deu origem ao governo despótico e que ameaça
fazê-lo novamente. Senão, como é que vamos interpretar uma declaração de que
todas as coisas dentro do domínio do indivíduo são, de fato, o negócio do
governo? Se não possuirmos ou controlarmos as coisas que são pessoais para
nós, não pode haver nada a falar do que possuímos ou controlamos, incluindo
nossas vidas.
Mas seria um erro ver aquele mantra simplesmente como uma
declaração de crença, ou seja, que seu articulador apenas acredite que o pessoal
seja político. Todos os tipos de pessoas têm todo o tipo de teorias excêntricas, e
um grupo de pessoas comunicando sua crença de que todos os aspectos de
nossas vidas são geridos pelo Estado, seria tão preocupante quanto os teóricos da
conspiração “papel de alumínio”3 ou os da “Sociedade da Terra Plana”4. Quando
uma feminista diz que o pessoal é político, no entanto, ela não está simplesmente
declarando uma crença, ela está fazendo uma chamada à ação. Há implicações
ocultas dentro da frase.
A discussão da semana passada envolveu uma parte sobre as
ideologias, e os pressupostos progressistas nas raízes da cultura política ocidental.
Para recapitular, ideologias assumem uma diferença entre como a sociedade
é e como ela deveria ser, dependente de uma visão moral específica do mundo. O
que isso significa, no que diz respeito à análise feminista, é que se o pessoal não é
atualmente político, então ele deve ser feito dessa forma. Praticamente toda a
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não é nenhuma surpresa que uma mudança paralela se inicie, sob a forma do
movimento Homens que Seguem o Seu Próprio Caminho (MGTOW 5). Os MGTOW
têm rejeitado a demanda ginocêntrica de que os homens devem se definir de
acordo com a sua proeza sexual. Conseqüentemente libertados, muitos MGTOW
têm tomado a deliberação introspectiva sobre a natureza do homem e da
masculinidade — discussões que são androcêntricas e, portanto, que não prestam
contas à ortodoxia feminista. Na sua essência, o movimento MGTOW se afasta do
mundo — do casamento, dos filhos, do emprego do auto-sacrifício, e se afasta
completamente até de relacionamentos com mulheres — buscando o consolo em
meio aos agentes hostis como fizeram os ascetas e místicos do mundo antigo.
Embora eu apoie o estilo de vida MGTOW, estou consciente de que
não é o suficiente — para que os homens sintam-se plenamente realizados ou
para a sua sobrevivência. O feminismo não é apenas o negócio de deixar os
homens sozinhos. É uma ideologia progressista, o que significa que ele só
continua a crescer, com a ausência de controles internos sobre as suas
atividades; Ele não tem freios! Todas as tentativas de autocrítica cederam à
radicalização. Incapazes de perceber o mundo do lado de fora da bolha feminista,
seus discípulos pensam e agem de forma anticontextual, abstrata. As únicas
fiscalizações sobre as atividades de tais ideologias devem vir de fora — ou seja,
do resto da sociedade. Se o feminismo não vai abrandar e parar por conta própria,
então os agentes externos é que devem construir uma parede de tijolos em sua
trajetória. Essa é uma exigência moral — a alternativa é permitir que ele reine
livremente, caso em que, inevitavelmente, acabará em despotismo. Até agora, o
feminismo tem se mostrado extraordinariamente sociodinâmico, e tem muito pouco
enfrentado a resistência política — o que significa que a velocidade de
perseguição ainda vai aumentar.
Eu gostaria de esclarecer. A palavra “feminismo” pode se referir a mais
de uma coisa. Obviamente com maior frequência, o feminismo movimento não é
exatamente a mesma coisa que o feminismo ideologia; mais precisamente, o
primeiro é impulsionado pelos ditames do último. O Feminismo ideologia é uma
ideologia de vitimização, o que significa que ele existe em defesa de uma certa
classe de pessoas que tenham sido declaradas como as vítimas. O duplo objetivo
de uma ideologia da vitimização é, como eu havia observado anteriormente:
__________
Notas do Tradutor:
[1]
Ao estudar a "Sociedade Disciplinar", Foucault constata que a sua singularidade reside na
existência do Desvio diante a Norma. E assim, para "normalizar" o sujeito moderno, foram
desenvolvidos mecanismos e dispositivos de vigilância, capazes de interiorizar a culpa e
causar no indivíduo remorsos pelos seus atos.
Dentre os dispositivos de vigilância do início do século, podemos destacar o Panóptico, de
Jeremy Bentham, um mecanismo arquitetural, utilizado para o domínio da distribuição de
corpos em diversificadas superfícies (prisões, manicômios, escolas, fábricas).
O Panóptico era um edifício em forma de anel, no meio do qual havia um pátio com uma torre
no centro. O anel dividia-se em pequenas celas que davam tanto para o interior quanto para o
exterior. Em cada uma dessas pequenas celas, havia, segundo o objetivo da instituição, uma
criança aprendendo a escrever, um operário a trabalhar, um prisioneiro a ser corrigido, um
louco tentando corrigir a sua loucura, etc. Na torre havia um vigilante.
Como cada cela dava ao mesmo tempo para o interior e para o exterior, o olhar do vigilante
podia atravessar toda a cela; não havia nenhum ponto de sombra e, por conseguinte, tudo o
que o indivíduo fazia estava exposto ao olhar de um vigilante que observava através de
persianas, de postigos semicerrados de modo a poder ver tudo sem que ninguém ao contrário
pudesse vê-lo. O panoptismo corresponde à observação total, é a tomada integral por parte do
poder disciplinador da vida de um indivíduo. Ele é vigiado durante todo o tempo, sem que veja
o seu observador, nem que saiba em que momento está a ser vigiado. Aí está a finalidade do
Panóptico,
...nduzir no detido um estado consciente e permanente de visibilidade que assegura o
funcionamento autoritário do poder. Fazer com que a vigilância seja permanente nos seus
efeitos ... que a perfeição do poder tenta tornar inútil a atualidade do seu exercício...
Foucault,(1997),pag:166
Fonte: http://www.educ.fc.ul.pt/docentes/opombo/hfe/momentos/sociedade%20disciplinar/Pan
%C3%B3ptico.htm
[2]
Ali o autor faz uma ironia.
[3]
Aspas minhas. Era uma teoria onde as pessoas usavam touca de alumínio em suas cabeças
na crença de que ele protegeria o cérebro de campos eletromagnéticos, para evitar o controle
59
__________
KOSTAKIS, Adam. O Pessoal em Contraste ao Político [The Personal, as
Contrasted to the Political] [em linha]. Tradução e notas de Charlton Heslich Hauer.
[S.l.]: Gynocentrism Theory, 2011. Disponível em:
<http://gynotheory.blogspot.com/2011/02/personal-as-contrasted-to-political.html>.
Acesso em 26 jun. 2014.
Perseguindo Arco-íris
Leitura Nº 8
1
“Igualdade, corretamente entendida como nossos pais fundadores a entenderam, leva à
liberdade e à emancipação de diferenças criativas; mal compreendida, como tem sido tão
tragicamente em nosso tempo, leva primeiro à conformidade e, em seguida, ao despotismo." —
Barry Goldwater
O que é que nos permite viver a vida de uma forma mais significativa?
Esta é uma questão com uma longa história, e depois de mais de dois mil anos
coçando a cabeça tentando encontrar as respostas, nossa espécie não está muito
mais sábia quanto a isso. Respostas são descartadas tão facilmente quanto elas
surgem. Talvez a única e verdadeira sabedoria a ser transmitida por séculos de
busca espiritual é a de que a solução não pode ser reduzida à percepção de
apenas um valor. Esforços para trazer um sistema social baseado em cima da
percepção de um valor em particular — seja ele a doutrina religiosa, a vontade da
nação, ou a igualdade social — invariavelmente resultaram em repressão
generalizada, e não numa era de ouro de paz e virtude como postulada por seus
ideólogos. Ao contrário disso, as sociedades que conseguiram criar e manter o
espaço para que as pessoas vivessem o que poderíamos chamar de “vidas mais
significativas” foram aquelas que mantiveram uma série de valores em equilíbrio.
Esta não é uma solução muito empolgante, mas é melhor estar insatisfeito com os
grandes mistérios da vida do que se tornar servo ou se transformar num
“desaparecido” por um regime, em busca de um imperativo mais atraente.
Qualquer que seja o caso, o argumento de autonomia parece
convincente — equilibrada, como deve ser, com outros valores. É difícil ver como
uma vida poderia ser considerada mais significativa, se ela não possuísse sequer
os mais básicos direitos de autodeterminação. Sobre este ponto, eu estou,
superficialmente, de acordo com as feministas, que fizeram da autonomia
(e não da igualdade) seu princípio orientador. É claro que, no caso delas, é só a
autonomia das mulheres o que importa, e que esta deve ser estendida tanto
61
não podem ser consideradas livres. As mulheres não estão autorizadas a gozar de
liberdade, que deve ser negada para que a ideologia sobreviva. Ela deve ser
reiterada, até que venha reflexivamente à mente, que “ainda vivemos em um
patriarcado”, e que “as mulheres ainda não alcançaram a igualdade”, e assim por
diante. Adeptas do feminismo nunca podem descansar, porque elas não se
permitem. Elas estão sempre perseguindo arco-íris.
são homens, será verificado pela maioria das experiências das pessoas do mundo;
isso, então, pode ser elaborado no discurso feminista como um exemplo
de Opressão.
Perdoe-me por estar sendo demasiado simplista. Deve ficar claro como
o processo de fabricação de Luta está desempenhando um papel fundamental na
natureza mutável dos direitos.
exige obrigações dos outros — se eu tenho o direito de não ser agredido, então
você não deve me agredir, e vice-versa. A diferença entre tal afirmação e as
afirmações do Novo Liberalismo é que o primeiro é uma obrigação de inação,
enquanto o último é uma obrigação de ação. Minhas obrigações de inação
significam que eu não posso transgredir certos limites — os direitos de outras
pessoas. Eu não posso machucá-las, roubá-las ou danificar os seus pertences.
Estou proibido de fazer certas coisas nas quais interfeririam com a autonomia dos
outros, mas, fora isso, eu sou livre para fazer o que eu quiser. As obrigações de
ação são de um tipo completamente diferente: o que me prende a tal obrigação
tem o poder de me comandar. Disseram-me como agir, e eu estou proibido de agir
de outra maneira. Isso restringe a minha autonomia.
primeiros dias, a idéia de Luta era mais meritória, e até parecia admirável em
retrospecto. As mulheres lutaram por direitos que os homens possuíam: o direito
ao voto, o direito à propriedade, o direito ao divórcio, o direito ao mesmo salário
que um homem fazendo o mesmo trabalho. Uma vez, era perfeitamente plausível,
para um observador imparcial, que o feminismo pretendesse trazer a igualdade
entre os sexos. Isso não quer dizer que esta visão está inerentemente correta,
apenas que era crível, a partir de um ponto de vista externo ao feminismo, que o
projeto feminista carregava essa meta altruísta.
__________
Notas do Tradutor:
[1] Os Pais Fundadores dos Estados Unidos (em inglês: Founding Fathers of the United States)
são os líderes políticos que assinaram a Declaração de Independência ou participaram da
Revolução Americana como líderes dos Patriotas, ou que participaram da redação da
Constituição dos Estados Unidos da América onze anos mais tarde. Durante a Guerra da
Independência, os Pais Fundadores se opuseram aos Lealistas, que apoiavam a monarquia
britânica e eram contra a independência (grande parte dos Lealistas permaneceram nos EUA
após 1783 e apoiaram o novo governo). A expressão Founding Fathers ("Pais Fundadores") é
creditada a Warren G. Harding, senador e 29ª presidente dos Estados Unidos.
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Pais_Fundadores_dos_Estados_Unidos
[2] Traduzido do inglês também para libertarismo.
[3] Não confunda com Neoliberalismo. Apesar de “neo” significar novo, Novo Liberalismo (ou
Liberalismo Social) e Neoliberalismo não são exatamente a mesma coisa.
[4] Nos Estados Unidos, o Medicare é o programa nacional de seguro social, administrado pelo
governo federal dos EUA desde 1965, que garante o acesso ao seguro de saúde para os
americanos com mais de 65 anos e os jovens com deficiência, bem como pessoas com doença
renal terminal. Saiba mais sobre em: http://en.wikipedia.org/wiki/Medicare_(United_States)
[5] A Lei de Proteção ao Paciente e Serviços de Saúde Acessíveis ("The Patient Protection and
Affordable Care Act", em inglês), conhecida também como Obamacare, é uma lei de reforma
de saúde assinada pelo presidente Barack Obama, prevista para começar em 2014, que,
basicamente, estabelece que todo mundo que vive nos EUA está obrigado a ter um seguro de
saúde — quem não tiver terá que pagar uma taxa (chamada de "imposto" pelo novo texto da
lei). Saiba mais sobre em: http://guiadoestudante.abril.com.br/blogs/atualidades-
vestibular/tag/obamacare/ e
aqui: http://en.wikipedia.org/wiki/Patient_Protection_and_Affordable_Care_Act
[6] É o termo que a Comunidade Masculina dos EUA dá ao casamento bíblico ou
casamento tradicional.
__________
KOSTAKIS, Adam. Perseguindo Arco-íris [Chasing Rainbows] [em linha].
Tradução e notas de Charlton Heslich Hauer. [S.l.]: Gynocentrism Theory, 2011.
Disponível em: <http://gynotheory.blogspot.com/2011/02/chasing-rainbows.html>.
Acesso em: 26 jun. 2014.
Leitura N º 9
que reflete a verdade, enquanto a burguesia capitalista possui apenas uma “falsa
consciência”. Nunca é explicado como se sabe que as coisas são dessa maneira e
não de outra — isto é, por que a burguesia não pode possuir a verdadeira
ideologia, e o proletariado estar sujeito à falsa consciência? Essa pergunta não
precisa ser respondida, porque o marxismo é um sistema fechado de pensamento.
É como um homem que não está no chão, mas de alguma forma, sobre seus
próprios pés; qualquer parte do marxismo se sustenta sobre as outras partes da
teoria, e não depende dos caprichos do mundo experiencial como apoio. Em
outras palavras, o que acontece no mundo real não importa — o marxismo
é autoconfirmante. A verdade que fundamenta suas alegações está
localizada dentro da teoria, totalmente independente de qualquer evidência em
contrário que pode ser obtida a partir das experiências reais de pessoas reais.
Agora, eu odeio estragar a diversão delas por ser um homem que diz
coisas que não diria se não fosse um homem, mas há algo que não faz sentido em
tudo isso. O que as feministas estão tentando transmitir é uma espécie
de determinismo sexual. Ou seja, a noção que elas estão tentando propagar é
75
Essa teoria só teria sentido se ela pudesse nos dizer como os homens
e as mulheres agem ou pensam. No entanto, tanto homens quanto mulheres são
muito menos previsíveis do que as estereotipadoras do mundo gostariam que eles
fossem. Há, por exemplo, feministas que são homens, MRAs que são mulheres, e
pessoas de ambos os sexos que contrariam todas as tendências que possamos
imaginar. O determinismo sexual feminista, então, tornou-se uma teoria inútil; se
há alguma verdade nela, está limitada aos aspectos do comportamento humano
que não podem ser identificados. Ela foi reduzida à tautologia: nós sempre vamos
fazer as coisas que sempre vamos fazer!
mulher antifeminista (talvez mais ainda: no caso dos homens feministas, não existe
argumento equivalente ao da “falsa consciência” usado para repudiar mulheres
antifeministas). Deve ser negada a idéia de que os homens feministas possam ser
considerados feministas o suficiente! A ilusão de que os homens são “o inimigo”
deve ser mantida — e isso significa repudiar as intenções amigáveis de aliados
masculinos. Ao declararem-se feministas, os homens não estão em conformidade
com o determinismo sexual feminista, contrariando, assim, a teoria feminista, e
ameaçando o progresso de todo o movimento. Mas não é tão fácil pintá-los como
selvagens primitivos, e isso se deve em grande parte a seus próprios esforços em
se tornarem receptivos — que é precisamente por isso que eles recebem tal
mordaz desprezo.
Modelo A de Manipulação-Kafka
Sua recusa em reconhecer que você é culpado de sexismo confirma que você é
culpado de sexismo.
Modelo C de Manipulação-Kafka
Mesmo que você não se sinta culpado de sexismo, você é culpado porque você
tem se beneficiado com o comportamento sexista de outros no sistema.
Modelo P de Manipulação-Kafka
Mesmo que você não se sinta culpado de sexismo, você é culpado porque você
tem uma posição privilegiada no sistema sexista.
Modelo S de Manipulação-Kafka
O ceticismo sobre qualquer relato anedótico de sexismo em particular, ou qualquer
tentativa de negar que o específico episódio implica um problema sistêmico em
que você é um dos culpados, é em si suficiente para estabelecer a sua culpa.
Modelo L de Manipulação-Kafka
80
Modelo D de Manipulação-Kafka
O ato de exigir uma definição de sexismo que pode ser consequentemente
verificada e falsificada prova que você é sexista.
[Imagem com tradução do texto da imagem anterior (clique nela para ampliá-la):]
82
Modelo J de Manipulação-Kafka
Mesmo que sua inocência seja provada em um tribunal de justiça, isso não só
confirma a sua culpa; também confirma a culpa do sistema (legal) que o declarou
inocente.
Nesse meio tempo, eu estive meio que por acaso, enquanto estava na
sala de espera, escutando a CNN apregoando em alto e bom som, e, porra, bom
Deus!, aquele canal é pura maldade. Por um longo tempo eu tive que escutar
como os pobres queridos jogadores do Lacrosse da [Universidade de] Duke
estavam sendo perseguidos só porque eles dominaram-na e foderam-na contra a
vontade dela — estupro, não, é claro, porque as acusações foram descartadas.
Não é possível que alguns meninos brancos abusem sexualmente de mais uma
mulher negra sem que as pessoas se revoltem contra isso? Tão injusto.
Tudo bem, então. Já que ela não teve uma boa educação, vou
recomendar um regime de disciplina que, em breve, deixará ela falando como uma
boa moça! Sugiro, em primeiro lugar, que Amanda Marcotte tenha a boca
83
Adam
__________
Notas do Tradutor:
1: MRA: Men's Rights Advocate/Actvist, ou seja, Defensor/Ativista dos(por) Direitos dos
Homens.
2: Eric S. Raymond. Kafkatrapping [artigo em inglês]
__________
KOSTAKIS, Adam. Falsa Consciência e Manipulação-Kafka [False
Consciousness & Kafka-Trapping] [em linha]. Tradução e notas de Charlton
Heslich Hauer. [s.l.]: Gynocentrism Theory, 2011. Disponível em:
<http://gynotheory.blogspot.com.br/2011/02/false-consciousness-kafka-
trapping.html>. Acesso em 30 maio 2016.
“Os fundadores de uma nova colônia, seja qual for a utopia sobre a virtude e a felicidade
humanas que tenham projetado de partida, invariavelmente aceitam, como uma de suas
primeiras necessidades práticas, escolher um pedaço de terra virgem para servir de cemitério e
uma segunda porção de terreno para construir uma prisão” — Nathaniel Hawthorne
Parece sensato, nesta fase, colocar a seguinte questão: por que tudo
isso está acontecendo? A resposta que posso oferecer, para efeito da presente
leitura, não é histórica, mas psicológica: ela oferece uma explicação mediante
referência ao estado mental dos operadores do feminismo. Há, certamente,
processos históricos em curso, explorados em outros campos, mas nenhum
movimento social sobrevive unicamente por causa de sua história. Ninguém nasce
feminista. Deve haver algum estímulo, ou estímulos, trabalhando previamente para
remodelar homens e mulheres não-feministas em feministas atuantes. Mas não
podemos explicar a conversão feminista em circunstância da agitação dos já
existentes ativistas feministas. Podemos certamente acreditar que o ativismo
feminista desempenha um papel no recrutamento, mas isso não é suficiente como
explicação. Por que um indivíduo, então, compromete-se com o feminismo, em vez
de com qualquer outro movimento social particular cujos defensores se engajem
em agitação para efeitos de recrutamento ideológico?
85
será esquecido, e um novo bode expiatório será descoberto. Até lá, as feministas
vão tentar superar umas às outras em editoriais, discursos e nas seções de
comentários dos jornais e blogs, apelando para as mais grotescas mutilações e
atos de violência contra ele.
“Eu quero ver um homem espancado até sangrar e com um salto alto
enfiado na sua boca, tipo uma maçã enfiada na boca de um porco” — Andrea
Dworkin
Allecto: Eu acho que há uma solução muito simples para o “problema” do esporte
coletivo de estupro coletivo que é tão popular quanto uma forma de união gay
masculina entre jogadores de futebol. Castração obrigatória de todos os homens
que jogam futebol e de todos os homens que assistem futebol. Esta seria uma
solução rápida e fácil.
bonobobabe: Eu gosto da sua idéia de castração. Eu daria um passo adiante e
castraria todos os bebês do sexo masculino ainda no nascimento.
Mary Sunshine: Não há outro remédio para esta situação além de impedir o
surgimento de quaisquer seres humanos do sexo masculino.
__________
Notas do Tradutor:
[1] Propriedades características do sexo masculino [grifo meu]: é a tradução da palavra
inglesa: maleness. Geralmente, essas características são propriedades biológicas associadas
com o sexo.
[2] câmaras de eco [grifo meu]: Uma câmara de eco é um espaço de comunicação insular onde
todo mundo concorda com a informação e que nenhuma intervenção externa é permitida
(Fonte: http://www.urbandictionary.com/define.php?term=echo%20chamber); Na mídia, uma
câmara de eco é uma situação na qual informações, idéias ou crenças são amplificadas ou
reforçadas pela transmissão dentro de um espaço "fechado", muitas vezes abafando opiniões
externas.(Fonte: http://en.wikipedia.org/wiki/Echo_chamber_(media)).
__________
KOSTAKIS, Adam. A Conseqüência Final do Feminismo, Parte I [The Eventual
Outcome of Feminism, Part I] [em linha]. Tradução e notas de Charlton Heslich
Hauer. [s.l.]: Gynocentrism Theory, 2011. Disponível em:
<http://gynotheory.blogspot.com/2011/03/eventual-outcome-of-feminism-part-
i.html>. Acesso em: 08 nov. 2015.
Leitura Nº 11
1
“A propaganda , como patriotismo invertido, alimenta-se dos pecados do inimigo. Se não
houver pecados, ela inventa-os! O objetivo é fazer com que o inimigo pareça um monstro tão
grande que ele perca os direitos de um ser humano.” — Sir Ian Hamilton
Observe que eu não estou usando meias palavras. Eu não vou pegar
leve em torno deste assunto. Não recorrerei ao eufemismo ou esconderei a minha
mensagem nas “entrelinhas”. Eu não vou deixá-lo com a mera insinuação de que o
Holocausto Masculino seja a conseqüência final do feminismo, antes de passar
rapidamente a falar de outras coisas, como se ventilar a idéia devesse causar um
constrangimento no interlocutor. Estou plenamente ciente de que a minha visão é
uma visão marginal do feminismo, e pode ser considerada por alguns como
“extrema”, mas a verdade é que o mal-entendido e a deturpação generalizados
do que é o feminismo são apenas mais um sintoma da doença sobre a qual estou
descrevendo. Vou afirmar, com toda a franqueza, que esta é a conclusão à qual
cheguei, depois de ter considerado todas as evidências disponíveis, e é uma
conclusão que eu não encorajaria ninguém a tomar de ânimo leve. A iminente
tentativa de erradicação de metade da raça humana exige a escrita desimbuída de
leviandade ou fantasia. Isso não me permite entrar em debate civil com aquelas
que estão se esforçando por essa erradicação ou que estariam aclamando-a à
margem. Não há nenhuma matéria em questão para um respeitoso intercâmbio de
opiniões com essas pessoas; a própria idéia parece, para mim, ser uma feia
paródia do discurso verdadeiramente civilizado — algo como Neville Chamberlain
tentando apaziguar Adolf Hitler. Não, o meu objetivo é convencer o maior número
de pessoas possível de que esta é, de fato, a verdade, e, portanto, impulsioná-las
a fazer o que podem para impedir uma catástrofe humana antes que ela comece.
Para esse efeito, vou descrever as coisas tais como elas são, e denominar as
inimigas da humanidade como eu as vejo — e elas são as feministas, que estão
neste exato momento, enquanto você lê estas palavras, trabalhando duro para
estampar esse selo oficial em seu princípio fundamental de Culpa Coletiva
Masculina.
98
Feministas não têm interesse pela verdade. Elas não formulam seus
princípios com base na análise das verdades colhidas. O ponto de partida para
99
Seja qual for o caso, a Culpa Coletiva deveria ser descartada — mas
nós subestimamos a criatividade feminista. Enquanto algumas das seguidoras
mais dementes do feminismo têm afirmado que “toda relação sexual é estupro”,
transformando quase todos os homens em estupradores por terem praticado sexo
consensual em algum momento, inclusive aquele iniciado por mulheres — a maior
parte da “terceira onda” gravitou para uma racionalização fajuta de que uma
“cultura do estupro” persiste em massa entre os homens. A doutrina da cultura do
estupro sustenta que, apesar de uma minoria de homens de fato cometer o ato de
estupro, os outros setenta e cinco por cento (ou, se quisermos ser realistas, uma
porcentagem significativa maior) estariam aclamando-os à margem, vicariamente
tendo prazer no conhecimento de que as mulheres estão sendo atacadas
sexualmente. A Culpa Coletiva, então, estaria assegurada. E a verdade — que os
100
declarou seu objetivo sincero de que a “Revolução Feminista” não iria conseguir
“um estado falso de igualdade”, mas “um altivo mundo ginocrático.”
O que temos, então, é a indiferença hostil para com homens como uma
característica de todo um organismo social, e é dentro de burocracias estatais que
as feministas se reúnem para construir perseguição ativa em cima dessa
indiferença hostil normalizada. A hostilidade e a indiferença para com os homens
permitem a elas que saiam impunes disso, porque isso proporciona a cada pessoa
misândrica, o anonimato e a irresponsabilidade. Ela não cria esta situação; ela não
é pessoalmente responsável por isso. Ela não é a única pressionando pela
perseguição ativa; todas as outras são (no mínimo) indiferentes a este respeito, ou
seja, existem muitas outras trabalhando no mesmo sentido. Sendo
antecipadamente “deixadas impunes” por meio do anonimato e da
irresponsabilidade, cada feminista faz parte de um bando cujos membros podem
desfrutar de um sentimento de poder invencível, o que lhes permite ceder a
emoções que, do contrário, teriam sido contidas. Considerações puramente
numéricas — a força delas em números — permitem a cada operadora se livrar de
todas as questões de culpa e culpabilidade. Elas se tornam meras engrenagens,
cuja existência e cujo propósito ficam sem sentido quando elas são separadas da
máquina maior. Elas simplesmente fazem o que lhes é dito; elas simplesmente “se
alinham” com o que todas as outras estão fazendo — algo aparentemente
inofensivo, normal e respeitável.
psicologia das massas. Todo coletivo age coletivamente, isto é, sem nenhuma
pausa para permitir que os indivíduos reflitam, sem consultar os indivíduos, sem
exigir que eles dêem seu parecer de forma entusiástica. O coletivo age com
imediatismo, de acordo com a sua vontade, não deixando absolutamente nenhum
espaço para críticas de indivíduos de dentro ou de fora. Os indivíduos dentro do
coletivo agem como todos os outros. Eles são, por definição, anônimos e livres de
qualquer responsabilidade. Entusiasmados com uma idéia, e entregando-se ao
poder dos números, um coletivo não permite ou não admite que alguma coisa
possa impedir o cumprimento da sua vontade.
Tente olhar para a menina em contexto com a palavra FEMINISTE a qual está
diretamente atrás dela. Observe a sinergia entre os dois elementos, como eles se combinam em
uma unidade visual-conceitual da mensagem — efetivamente ampliando e reforçando um ao
outro.
Eu tenho que descobrir o seu verdadeiro nome, e então, se algum dia eu encontrá-
lo por aí, eu poderei dar um soco surpresa nos genitais dele.
Eu penso que Roosh seja um grande exemplo ... daquilo que realmente precisa ser
expurgado.
Pergunto-me se o blog dele não é violento o suficiente para notificá-lo ao gabinete
da promotoria.
são todas caracterizadas por padrões duplos nas suas relações com homens e
mulheres, compreender-se-á que não há “dissonância” de maneira nenhuma aqui,
cognitiva ou não — o seu comportamento é totalmente coerente com seus dois
pressupostos: o de que todos os inconvenientes que uma mulher enfrenta é uma
tragédia humanitária, e o de que os que homens enfrentam não significam
absolutamente nada. Assim, após décadas de um ranger de dentes feminista a
respeito dos “horrores da violência doméstica”, falando de como este é um assunto
tão sério, e que nunca deveria ser levado na brincadeira ou tomado de ânimo leve,
agora vemos o site feminista Jezebel produzindo um infame artigo se regozijando
sobre a maior incidência de violência doméstica perpetrada por mulheres, e
emitindo ameaças diretas aos homens em geral, onde as autoras do site
prometem que vão agir de forma abusiva em relação aos homens sempre que eles
“ferrarem com” elas. Mas como os homens são as vítimas, torna-se aceitável
postar fotos de homens agredidos de forma cômica; referir-se ao abuso perpetrado
por mulheres como “chutar a bunda deles”; referir-se a vítimas do sexo masculino
como “os caras”, e empregar-se táticas de constrangimento de forma velada,
impingindo culpa nos próprios homens por eles não reagirem. Se você clicar no
link, confira os comentários, por gentileza — certifique-se de clicar em “Todos” e
role para baixo para ter uma idéia adequada do que as feministas realmente são
quando elas pensam que estão seguramente fora dos olhares do mundo.
mulheres atinjam cada vez mais uma posição de superioridade, e que os homens
desçam a uma condição cada vez mais de inferioridade. É conceder mais direitos
às mulheres, por tempo indeterminado, e forçar novas obrigações para os
homens, por tempo indeterminado. Dois pesos e duas medidas são a regra
feminista, não a exceção.
A destruição dos homens não requer nem mesmo que uma maioria de
feministas esteja “a bordo”; é um processo orgânico que se desenvolve
naturalmente no tempo, e depois que um certo ponto for ultrapassado, não haverá
nenhuma interrupção do intento. Mulheres como Hannah Rosin, que não desejam
a igualdade, mas a supremacia feminina, com os homens sendo uma classe
inferior permanente, descobrirão que as forças psíquicas que as levaram a agitar
por tudo isso, não desaparecerão simplesmente depois que o feudalismo sexual
for alcançado. O feminismo é um movimento baseado na gratificação dessas
forças psíquicas, as permanentes e odiosas necessidades de mulheres
misândricas, e sem estarem sujeitas a quaisquer limites enquanto for necessário
fazer os homens sofrerem ainda mais.
foram travadas na premissa de que o antigo regime daria lugar a uma nova era da
perfeição humana. Ambas terminaram em fracasso, mas não antes de banhar
seus países em sangue. O historiador Hippolyte Taine escreveu que, foi invocando
“a liberdade, a igualdade, a fraternidade” que os arquitetos da Revolução Francesa
foram capazes de “instalar um despotismo digno de Daomé, um tribunal
semelhante ao da Inquisição, e de realizar hecatombes humanas semelhantes às
do Antigo México”. Da mesma forma, presumia-se que o Comunismo era a
realização da liberdade e de todo o potencial humano — até ser efetivamente
realizado. Países comunistas reprimiam e matavam de fome suas populações,
faziam-nas trabalharem até o ponto de exaustão, proibiram a liberdade de
expressão, expurgaram os dissidentes e invadiram outros países com um
entusiasmo para a conquista imperial que deve ter se mostrado muito
surpreendente para aqueles que viam o comunismo como uma ideologia de paz. E
tudo isso, não para qualquer objeto existente — não por terras, ou por recursos, ou
pela liberdade — mas por uma ordem social que nunca existiu e que apenas
foi imaginada.
__________
Notas do Tradutor:
1 Refere-se à propaganda política.
2 Uma imagem das tais réguas disponível em: <http://www.neatoshop.com/product/Great-
Women-Rulers-of-Science>
3 Ver em: <http://en.wikipedia.org/wiki/Snake_oil>
4 Pick-Up Artist [PUA] é um homem ou grupo de homens [PUAs] não-feminista que possui uma
maior preocupação em fornecer aos homens, ferramentas para que eles possam ter maiores
habilidades sexuais e sedutoras com as mulheres; O sexo é sua meta. PUAs também se
preocupam com o estilo de vida dos homens, incentivando o auto-aperfeiçoamento deles em
vários campos de suas vidas, como técnicas de auto-ajuda.
5 Softcore: Soft core ou softcore é um gênero pornográfico contendo apenas nudez, sexo e
cenas sexualmente sugestivas. A presença de cenas (ou fotos) contendo pênis eretos,
penetração e ejaculação é vetada. [Citação em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Softcore>].
__________
KOSTAKIS, Adam. A Conseqüência Final do Feminismo, Parte II [The Eventual
Outcome of Feminism, Part II] [em linha]. Tradução de Charlton Heslich Hauer.
[s.l.]: Gynocentrism Theory, 2011. Disponível em:
<http://gynotheory.blogspot.com/2011/03/eventual-outcome-of-feminism-part-
ii.html>. Acesso em 05 out. 2015.
Leitura Nº 12
contestar que não é esse o futuro que ela espera, e, portanto, que ela Não É
Assim — e ela não estaria necessariamente errada.
briguentas estão muito próximas umas da outras. Sim, podemos apenas vê-las no
horizonte — duas pequenas figuras, berrando de um buraco.
Agora, eu presumo que tal arranjo que existe entre as Feministas Bem-
intencionadas e as Radicais é próprio da necessidade. O feminismo requer tanto a
plausível face visível do vendedor (confiável, apenas tentando ganhar a vida
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obrigação moral de sê-lo, especialmente porque a guerra foi declarada contra ele,
e as próprias pessoas pelas quais ele está sendo chamado a proteger são aquelas
que desejam destruí-lo. Torna-se direito feminino puro — privilégio Ginocêntrico —
esperar que os homens devam agir como os seus guarda-costas pessoais. E
aqueles homens que são atuantes contra as mulheres abusivas não são
admirados por suas contribuições para a humanidade, é claro — eles são ainda
mais odiados por isso.
do finallyfeminism101, irão lembrá-lo daquilo que dizem o tempo todo: que você
precisa ser o único a assumir a responsabilidade para discutir suas próprias
questões. Você vê como isso funciona? Não é culpa deles. É sua.
perseguido. Se você puder manter isso em mente, torna-se muito fácil de recusar
até mesmo o menor compromisso com uma feminista.
Por fim, as feministas devem ser ignoradas. Não adianta tentar debater
com elas, pois sua motivação ideológica supera a possibilidade de admitir
incorreção. Lembre-se de que a ideologia feminista é adotada a fim de saciar
emoções violentas e vingativas, não como um resultado do pensamento lógico.
Aqueles em que devemos fazer um esforço em atrair são os não-feministas, mas
eles não são contrafeministas. Ou seja, eles ainda não estão ativos na luta contra
o feminismo. É possível dividir as pessoas em três categorias conforme a seguir:
Revolucionários (contrafeministas)
Reacionários (feministas)
Civis (não-feministas)
Adam
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KOSTAKIS, Adam. Como Quebrar uma Dialética [How to Break a Dialectic] [em
linha]. Tradução de Charlton Heslich Hauer. [S.l.]: Gynocentrism Theory, 2011.
Disponível em: <http://gynotheory.blogspot.com/2011/03/how-to-break-
dialectic.html>. Acesso em: 05 out. 2015.