Unidade I: Introdução ao Estudo da História das Sociedades Objectivos
• Definir conceitos de sociedade e cultura;
• Enumerar as formas de organização social; • Explicar a natureza de grupo Social; • Caracterizar os grupos sociais. Conceito de Sociedade e de Cultura Sociedade: conjunto de pessoas que vivem em estado gregário, ou é o conjunto de indivíduos unidos pelas leis comuns para atingir um fim determinado. Cultura: é um sistema complexo de códigos e padrões partilhados por uma sociedade ou um grupo social e que se manifesta nas normas, crenças, valores, criações e instituições que fazem parte da vida individual e colectiva dessa sociedade ou grupo. Cont. Os grupos sociais, são mais duradouros, resultam em formas mais estáveis de integração social. Nestes existem normas, hábitos e costumes próprios, divisão de funções e posições sociais bem definidas. Por exemplo, na família, na escola, na igreja, no clube, no estado, etc. O grupo social é a reunião de duas ou mais pessoas associadas pela interação e, por isso capazes de realização de acção conjunta visando atingir um objectivo comum. Unidade II: Padrões Culturais Objectivos • Definir padrões culturais; • Conceitualizar a cultura; • Explicar a dinâmica da Cultura; • Identificar os factores da variabilidade da cultura humana. Os Vários Conceitos de Cultura Cultura: é um conjunto complexo que inclui conhecimentos, crenças, arte moral, leis e costumes e quaisquer outras capacidades ou hábitos adquiridos pelo indivíduo como membro da sociedade (E.B. Taylor – 1871) Se existe várias culturas, pode haver aquelas que sejam superiores ou inferiores? Não! Uma cultura não pode ser inferior nem superior a outra. Elas são apenas diferentes. A cultura urbana, por exemplo, não é inferior nem superior da cultura da zona rural, porque são dois modos de vida diferentes, cada uma tem seus valores, com suas necessidades e sua lógica. Cont. Qualquer cultura ou subcultura contém três elementos: o símbolo, mitos e rituais. • Símbolo: é qualquer realidade que pelo seu próprio dinamismo ou força conduz em direcção, isto é, faz a pessoa pensar em imaginar, entrar em contacto com o mais profundo e misterioso dentro da realidade através da comunhão com o que o símbolo oferece e não somente pela mera explicação verbal. • Mito: são símbolos na forma narrativa – por exemplo, a estória da criação no livro Génesis. Estas são estórias ou tradições que buscam de maneira imaginativa e simbólica, apresentar uma verdade fundamental sobre o mundo e a vida humana. • Rituais: são as maneiras visíveis de representar ou dramatizar o mito e estes são muitos e variáveis, assim como as necessidades humanas. Dinâmica da Cultura – algumas considerações importantes 1. Cultura é orgânica e supra orgânica Orgânica: porque não há cultura sem os seres humanos, e supra orgânica, porque cultura vai além fora do indivíduo e para além dos tempos. 2. Cultura é aberta e coberta Aberta, quando consideramos os artefactos como casas, roupas e formas de linguagem que podem ser observados diariamente; e Coberta, quando consideramos atitudes em relação ao mundo e a interpretação do mesmo. Conceitos básicos dentro do Contexto Cultural Sobre os conceitos básicos dentro do Contexto Cultural, iremos caracterizar e identificar os seguintes: Subcultura, Enculturação, Aculturação, Dominação cultural, Inculturação, Choque cultural, Etnocentrismo, Pluralismo cultural, A endoculturação ou socialização cultural. • Subcultura: são as diferenças significativas que aparecem no interior da cultura (grupos que se distinguem no interior de uma sociedade, jovens que apresentam costumes diferentes dos da população adulta, afirma-se que criam uma Subcultura). • Aculturação: é o encontro de uma cultura com a outra ou encontro de culturas. Talvez este seja a principal causa da mudança cultural. Unidade III: A Exaltação de uma Nova Época Objectivos • Explicar o surgimento da humanidade e da sociedade; • Diferenciar a teoria fixista ou criacionista da evolucionista ou transformista; • Explicar a importância que teve a libertação das mãos e o domínio do fogo para o Homem pré-histórico.
O surgimento da humanidade e da sociedade.
Como é sabido, a História do ser humano é marcada por uma luta constante para manter-se como espécie e assegurar sua reprodução. Processo de Surgimento do Homem A África é tida como Berço da Humanidade, porque registos fósseis indicam que o primeiro hominídeo – australopithecus, surgiu na África há cerca de um milhão de anos; pos, as condições apresentavam-se mais favoráveis relativamente às outras regiões. Foi em África onde com a prospeção arqueológica se descobriu a mais numerosa, mais completa e mais contínua série de vestígios pré-históricos; Cont. O processo de surgimento do Homem, começado durante a Era Primária, quando certos vertebrados, abandonaram o seu habitat – o mar – e deslocaram-se para a terra firme, onde deram origem a animais mais complexos, como os répteis e as aves. Na Era Secundária predominaram na Terra os anfíbios e os répteis, alguns enormes, como os dinossauros. Possivelmente, os répteis de dimensões menores e de sangue quente deram origem os mamíferos propriamente ditos, que predominavam na natureza durante a Era Terciária. Cont. A libertação da mão possibilitou igualmente o fabrico de utensílios que materializavam a inteligência, do mesmo modo que a inteligência deu forma aos utensílios. Outro passo importante foi o domínio do fogo. O fogo não só servia para alumiar a caverna e aquecer os seus ocupantes, como também servia para a defesa. Com o fogo o homem dissipava o medo e, durante o aquecimento, estimulava a vida social, importante para o progresso e eclosão da inteligência e da linguagem ao mesmo tempo que desenvolvia a vontade de comando. A Expansão Surgimento do Homem Por volta de 100 000 a.n.e, com o fim da última era glacial ocorreram profundas alterações climáticas e ambientais que estimularam a migração de animais e seres humanos. Foi assim que os homens primitivos, surgidos em África, foram ocupando de formas dispersa, as diversas regiões do Globo: da África à Europa, da Ásia à Austrália. Tais transformações ambientais, favoreceram a sedentarização dos grupos humanos, a sua fixação na terra. Este processo ocorreu por volta de 10 000 a.n.e., quando as condições se reuniram para que o Homem descobrisse a agricultura e aprende-se a dominar animais. Unidade IV: O Facto Social, a Unicidade do social e a Politicidade do social. Objectivos • Definir facto social • Explicar a natureza e identificação do facto social • Mencionar as características do facto social • Diferenciar socialização da politicidade; • Explicar as implicações antropológicas da sociabilidade do ser humano. O facto social: definição, natureza e identificação Facto social, são os modos de pensar e agir de um grupo social; embora existam na mente do indivíduo, são exteriores a ele e exercem sobre ele um poder coercivo, exemplo: usar uniforme escolar, içar a bandeira em sentido, etc. Características do facto social • Exterioridade, conjunto das maneiras de agir, de pensar e de sentir com um à medida dos membros de determinada sociedade e que compõe a herança própria dessa sociedade. • Coercitividade, as normas de conduta ou de pensamento são além de externas aos indivíduos dotados de poder coercitivo (ou coercivo) porque se impõe aos indivíduos independentemente de suas vontades (usando medidas punitivas em certos casos) • Generalidade, a consciência colectiva, isto é, o conjunto das maneiras de agir, de pensar e de sentir, é característica geral de determinado grupo ou sociedade; A Unicidade do social e a politicidade do social O ser humano não nasce membro de uma sociedade. A infância, a adolescência e a juventude são etapas de socialização e de maturação do ser humano que só podem ser compreendidos em referência ao contexto social em que são vividas.
Na sociedade actual, o processo de socialização nunca está
acabado e mesmo aqueles que a sociedade considera adultos vivem vários processos de socialização. Muitos dos adultos actuais foram educados para uma sociedade que, entretanto evoluiu muito, o que os obriga a viver outros tantos processos de socialização para poderem sobreviver no seio destas mudanças. Unidade V: O Lugar da História Social e Cultural nas Ciências Sociais Objectivos • Explicar o posicionamento da história social e cultural em relação as outras ciências sociais. • Explicar a interdisciplinaridade das ciências sociais; • Mostrar como esta relação efectivamente se efectua; • Demonstrar o impacto que os novos conceitos representam no aprendizado da história. A Interdisciplinaridade das Ciências Sociais O posicionamento da história social e cultural em relação as outras ciências sociais, manifesta-se pela interdependência destas ciências ao dar-nos uma visão mais amplas da sociedade humana nos múltiplos aspectos e particularidade.
Cabe ao professor estar atento aos seus alunos e
às possibilidades do meio, para determinar até que ponto, o seu ensino, poderá utilizar na explicação histórica, os contributos de outros ramos do saber. Unidade VI: Organização Social das Comunidades de Caçad e Recolectores Objectivos • Caracterizar o modo de vida dos homens do paleolítico ou primitivo; • Explicar a organização social das comunidades de caçadores e recolectores. Cont. Sobre as Comunidades de Caçadores e Recolectores, chama-se por paleolítico a primeira e a mais longa divisão da pré-história: é a época da pedra antiga, ou seja, da pedra lascada. Os homens desse período eram dependentes dos rigores e variações do clima, estes travavam lutas constantes contra dois inimigos mortais: o frio e a fome. A caça, a recolha de vegetais (frutos, raízes, folhas e sementes) e a pesca constituíram, sem dúvida, os recursos alimentares dos homens do paleolítico. Neste sentido, eles praticavam uma economia recolectora. Cont. Devido a prática de uma economia recolectora e ainda as condições de modificações de clima o homem do paleolítico era obrigado a deslocar- se de região para região a procura de alimentos: por isso se diz que era nómada.
A utilização do fogo provocou alterações físicas,
demográficas e sociais na vida das primeiras comunidades. Cont. O homem recolector–caçador vivia em bandos, em actividades de sobrevivência bem distintas das nossas. Estas comunidades ditas primitivas, o trabalho era colectivo, dividido em sexo e idade, e o produto era partilhado por igual. O que identifica de facto, estas comunidades é a sua economia recolectora, nomadismo e uso de instrumento de trabalho – a pedra. MUITO OBRIGADO