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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE

INSTITUTO DE EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA

LICENCIATURA EM ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

RESUMO DE TEMAS I, II , III, IV, V e VI


HISTÓRIA DAS SOCIEDADES -I – 2021

Email: loissediego@gmail.com

Contacto: 847480362

Mestre, Luís D. Alberto


Unidade I: Introdução ao Estudo da
História das Sociedades
Objectivos

• Definir conceitos de sociedade e cultura;


• Enumerar as formas de organização social;
• Explicar a natureza de grupo Social;
• Caracterizar os grupos sociais.
Conceito de Sociedade e de Cultura
Sociedade: conjunto de pessoas que vivem em
estado gregário, ou é o conjunto de indivíduos
unidos pelas leis comuns para atingir um fim
determinado.
Cultura: é um sistema complexo de códigos e
padrões partilhados por uma sociedade ou um
grupo social e que se manifesta nas normas,
crenças, valores, criações e instituições que
fazem parte da vida individual e colectiva dessa
sociedade ou grupo.
Cont.
Os grupos sociais, são mais duradouros,
resultam em formas mais estáveis de integração
social. Nestes existem normas, hábitos e
costumes próprios, divisão de funções e
posições sociais bem definidas. Por exemplo, na
família, na escola, na igreja, no clube, no estado,
etc.
O grupo social é a reunião de duas ou mais
pessoas associadas pela interação e, por isso
capazes de realização de acção conjunta visando
atingir um objectivo comum.
Unidade II: Padrões Culturais
Objectivos
• Definir padrões culturais;
• Conceitualizar a cultura;
• Explicar a dinâmica da Cultura;
• Identificar os factores da variabilidade da
cultura humana.
Os Vários Conceitos de Cultura
Cultura: é um conjunto complexo que inclui
conhecimentos, crenças, arte moral, leis e costumes e
quaisquer outras capacidades ou hábitos adquiridos
pelo indivíduo como membro da sociedade (E.B. Taylor
– 1871)
Se existe várias culturas, pode haver aquelas que sejam
superiores ou inferiores? Não! Uma cultura não pode
ser inferior nem superior a outra. Elas são apenas
diferentes. A cultura urbana, por exemplo, não é
inferior nem superior da cultura da zona rural, porque
são dois modos de vida diferentes, cada uma tem seus
valores, com suas necessidades e sua lógica.
Cont.
Qualquer cultura ou subcultura contém três elementos: o símbolo,
mitos e rituais.
• Símbolo: é qualquer realidade que pelo seu próprio dinamismo
ou força conduz em direcção, isto é, faz a pessoa pensar em
imaginar, entrar em contacto com o mais profundo e misterioso
dentro da realidade através da comunhão com o que o símbolo
oferece e não somente pela mera explicação verbal.
• Mito: são símbolos na forma narrativa – por exemplo, a estória
da criação no livro Génesis. Estas são estórias ou tradições que
buscam de maneira imaginativa e simbólica, apresentar uma
verdade fundamental sobre o mundo e a vida humana.
• Rituais: são as maneiras visíveis de representar ou dramatizar o
mito e estes são muitos e variáveis, assim como as necessidades
humanas.
Dinâmica da Cultura – algumas
considerações importantes
1. Cultura é orgânica e supra orgânica
Orgânica: porque não há cultura sem os seres
humanos, e supra orgânica, porque cultura vai
além fora do indivíduo e para além dos tempos.
2. Cultura é aberta e coberta
Aberta, quando consideramos os artefactos
como casas, roupas e formas de linguagem que
podem ser observados diariamente; e Coberta,
quando consideramos atitudes em relação ao
mundo e a interpretação do mesmo.
Conceitos básicos dentro do Contexto Cultural
Sobre os conceitos básicos dentro do Contexto Cultural,
iremos caracterizar e identificar os seguintes: Subcultura,
Enculturação, Aculturação, Dominação cultural,
Inculturação, Choque cultural, Etnocentrismo, Pluralismo
cultural, A endoculturação ou socialização cultural.
• Subcultura: são as diferenças significativas que
aparecem no interior da cultura (grupos que se
distinguem no interior de uma sociedade, jovens que
apresentam costumes diferentes dos da população
adulta, afirma-se que criam uma Subcultura).
• Aculturação: é o encontro de uma cultura com a outra
ou encontro de culturas. Talvez este seja a principal
causa da mudança cultural.
Unidade III: A Exaltação de uma Nova Época
Objectivos
• Explicar o surgimento da humanidade e da sociedade;
• Diferenciar a teoria fixista ou criacionista da
evolucionista ou transformista;
• Explicar a importância que teve a libertação das mãos
e o domínio do fogo para o Homem pré-histórico.

O surgimento da humanidade e da sociedade.


Como é sabido, a História do ser humano é
marcada por uma luta constante para manter-se
como espécie e assegurar sua reprodução.
Processo de Surgimento do Homem
A África é tida como Berço da Humanidade,
porque registos fósseis indicam que o
primeiro hominídeo – australopithecus, surgiu
na África há cerca de um milhão de anos; pos,
as condições apresentavam-se mais favoráveis
relativamente às outras regiões.
Foi em África onde com a prospeção
arqueológica se descobriu a mais numerosa,
mais completa e mais contínua série de
vestígios pré-históricos;
Cont.
O processo de surgimento do Homem, começado
durante a Era Primária, quando certos vertebrados,
abandonaram o seu habitat – o mar – e deslocaram-se
para a terra firme, onde deram origem a animais mais
complexos, como os répteis e as aves.
Na Era Secundária predominaram na Terra os anfíbios e
os répteis, alguns enormes, como os dinossauros.
Possivelmente, os répteis de dimensões menores e de
sangue quente deram origem os mamíferos
propriamente ditos, que predominavam na natureza
durante a Era Terciária.
Cont.
A libertação da mão possibilitou igualmente o
fabrico de utensílios que materializavam a
inteligência, do mesmo modo que a inteligência deu
forma aos utensílios. Outro passo importante foi o
domínio do fogo. O fogo não só servia para alumiar a
caverna e aquecer os seus ocupantes, como também
servia para a defesa. Com o fogo o homem dissipava
o medo e, durante o aquecimento, estimulava a vida
social, importante para o progresso e eclosão da
inteligência e da linguagem ao mesmo tempo que
desenvolvia a vontade de comando.
A Expansão Surgimento do Homem
Por volta de 100 000 a.n.e, com o fim da última era
glacial ocorreram profundas alterações climáticas e
ambientais que estimularam a migração de animais e
seres humanos. Foi assim que os homens primitivos,
surgidos em África, foram ocupando de formas
dispersa, as diversas regiões do Globo: da África à
Europa, da Ásia à Austrália.
Tais transformações ambientais, favoreceram a
sedentarização dos grupos humanos, a sua fixação na
terra. Este processo ocorreu por volta de 10 000 a.n.e.,
quando as condições se reuniram para que o Homem
descobrisse a agricultura e aprende-se a dominar
animais.
Unidade IV: O Facto Social, a Unicidade do
social e a Politicidade do social.
Objectivos
• Definir facto social
• Explicar a natureza e identificação do facto social
• Mencionar as características do facto social
• Diferenciar socialização da politicidade;
• Explicar as implicações antropológicas da sociabilidade do ser
humano.
O facto social: definição, natureza e identificação
Facto social, são os modos de pensar e agir de um grupo
social; embora existam na mente do indivíduo, são
exteriores a ele e exercem sobre ele um poder coercivo,
exemplo: usar uniforme escolar, içar a bandeira em
sentido, etc.
Características do facto social
• Exterioridade, conjunto das maneiras de agir, de pensar
e de sentir com um à medida dos membros de
determinada sociedade e que compõe a herança
própria dessa sociedade.
• Coercitividade, as normas de conduta ou de
pensamento são além de externas aos indivíduos
dotados de poder coercitivo (ou coercivo) porque se
impõe aos indivíduos independentemente de suas
vontades (usando medidas punitivas em certos casos)
• Generalidade, a consciência colectiva, isto é, o conjunto
das maneiras de agir, de pensar e de sentir, é
característica geral de determinado grupo ou sociedade;
A Unicidade do social e a politicidade do social
O ser humano não nasce membro de uma sociedade. A
infância, a adolescência e a juventude são etapas de
socialização e de maturação do ser humano que só podem ser
compreendidos em referência ao contexto social em que são
vividas.

Na sociedade actual, o processo de socialização nunca está


acabado e mesmo aqueles que a sociedade considera adultos
vivem vários processos de socialização. Muitos dos adultos
actuais foram educados para uma sociedade que, entretanto
evoluiu muito, o que os obriga a viver outros tantos processos
de socialização para poderem sobreviver no seio destas
mudanças.
Unidade V: O Lugar da História Social e
Cultural nas Ciências Sociais
Objectivos
• Explicar o posicionamento da história social e
cultural em relação as outras ciências sociais.
• Explicar a interdisciplinaridade das ciências
sociais;
• Mostrar como esta relação efectivamente se
efectua;
• Demonstrar o impacto que os novos conceitos
representam no aprendizado da história.
A Interdisciplinaridade das Ciências Sociais
O posicionamento da história social e cultural em
relação as outras ciências sociais, manifesta-se
pela interdependência destas ciências ao dar-nos
uma visão mais amplas da sociedade humana nos
múltiplos aspectos e particularidade.

Cabe ao professor estar atento aos seus alunos e


às possibilidades do meio, para determinar até
que ponto, o seu ensino, poderá utilizar na
explicação histórica, os contributos de outros
ramos do saber.
Unidade VI: Organização Social das
Comunidades de Caçad e Recolectores
Objectivos
• Caracterizar o modo de vida dos homens do
paleolítico ou primitivo;
• Explicar a organização social das comunidades
de caçadores e recolectores.
Cont.
Sobre as Comunidades de Caçadores e Recolectores,
chama-se por paleolítico a primeira e a mais longa
divisão da pré-história: é a época da pedra antiga, ou
seja, da pedra lascada. Os homens desse período eram
dependentes dos rigores e variações do clima, estes
travavam lutas constantes contra dois inimigos mortais:
o frio e a fome.
A caça, a recolha de vegetais (frutos, raízes, folhas e
sementes) e a pesca constituíram, sem dúvida, os
recursos alimentares dos homens do paleolítico. Neste
sentido, eles praticavam uma economia recolectora.
Cont.
Devido a prática de uma economia recolectora e
ainda as condições de modificações de clima o
homem do paleolítico era obrigado a deslocar-
se de região para região a procura de alimentos:
por isso se diz que era nómada.

A utilização do fogo provocou alterações físicas,


demográficas e sociais na vida das primeiras
comunidades.
Cont.
O homem recolector–caçador vivia em
bandos, em actividades de sobrevivência
bem distintas das nossas.
Estas comunidades ditas primitivas, o
trabalho era colectivo, dividido em sexo e
idade, e o produto era partilhado por igual. O
que identifica de facto, estas comunidades é
a sua economia recolectora, nomadismo e
uso de instrumento de trabalho – a pedra.
MUITO OBRIGADO

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