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Fundamentos de
Enfermagem

“Enfermagem se faz com evidência


científica somada a arte do cuidar”.
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SUMÁRIO

1- História da Enfermagem..............................................................................................4

2- Entidades de classe.......................................................................................................5

3-O Hospital.....................................................................................................................6
4- Necessidades Humanas Básicas..................................................................................8
5-Prontuário do Cliente...................................................................................................9
6-Anotação de Enfermagem..........................................................................................10
7-Sistematização de Enfermagem..................................................................................9
8-Higienização das mãos...............................................................................................20
9-Equipamento de proteção individual........................................................................13
10-Técnicas de esterilização..........................................................................................14
11-Técnica de enluvamento...........................................................................................15
12-Isolamentos................................................................................................................17
13-Segurança e conforto do cliente..............................................................................20
14-Sinais Vitais...............................................................................................................22
15-Medidas Antropométricas.......................................................................................28
16-Higiene do cliente......................................................................................................30
17-Sondagens..................................................................................................................37
18-Punção intravascular...............................................................................................41
19-Dreno de tórax..........................................................................................................50
20-Intubação Endotraqueal..........................................................................................52
21-Traqueostomia..........................................................................................................55
22-Cateterismo Vesical..................................................................................................58
23-Lesão de pele.............................................................................................................62
24-Curativo.....................................................................................................................66
25-Ostomias....................................................................................................................68
26-Eletrocardiógrafo.....................................................................................................74
27-Glicosimetro..............................................................................................................79
28-Cálculo de Medicamento..........................................................................................81
29-Enteroclisma.............................................................................................................86
3

30-Exames Laboratoriais..............................................................................................89
31-Glossário....................................................................................................................98
32-Referencia Bibliográfica........................................................................................119
1- HISTÓRIA DA ENFERMAGEM

Florence Nightingale (1820-1910), foi a precursora da enfermagem moderna e


por mais de cinquenta anos, incansável trabalhadora e defensora de uma enfermagem
pioneira. Jovem fina, e recatada de tradicional família inglesa, nasceu em Florença na
Itália no dia 12 de maio de 1820. Foi educada nos mais altos padrões sociais de sua
época, mas não deixou de sensibilizar-se com a doença e a pobreza, tendo senso crítico
para enxergar os contrastes da sociedade em que vivia. Aos 24 anos, percebeu que
poderia ser útil trabalhando nos hospitais entre os doentes, entretanto, naquela época,
esse tipo de trabalho não era bem visto e as enfermeiras tinham péssima reputação.
Corajosa e inteligente Florence não se deixou intimidar e enfrentou os líderes
militares e outras autoridades que se opunham às reformas que implantou na
enfermagem. Com pesquisas pioneiras e trabalho incansável, mudou completamente a
prática da enfermagem, criando uma nova profissão, humanizada e respeitada em todo
mundo.
Em 1854 inicia-se a Guerra da Criméia no qual a Inglaterra, França e Turquia
declaram guerra à Rússia. Em condições precárias, passa existir alta mortalidade entre
os soldados hospitalizados, atingindo 40% de óbitos. Florence e mais 38 voluntárias
partem para os Campos de Scurati, incorporam-se ao atendimento e a mortalidade cai
para 2%. Respeitada e adorada, Florence torna-se importante figura de decisão, sendo
referência entre os combatentes. Contudo, o destino lhe reservou um grande golpe
quando contrai tifo e permanece com sérias restrições físicas, retornando em 1856 da
Criméia.
Dama do Lampião por que fazia as rondas humanitárias iluminando o caminho
com um lampião turco, tornou-se lenda viva.
Impossibilitada de exercer seus trabalhos físicos, dedica-se a formação da escola
de enfermagem em 1959 na Inglaterra, onde já era reconhecida no seu valor profissional
e técnico, recebendo prêmio concedido através do governo inglês. Fundou a Escola de
Enfermagem no Hospital Saint Thomas, com curso de um ano, era ministrado por
médicos com aulas teóricas e práticas. Florence viveu até 90 anos de idade, nesse
mesmo ano mais de 1000 escola havia sido fundadas, faleceu em 13 de agosto de 1910;
deixando legado de persistência, capacidade, compaixão e dedicação ao próximo,
estabeleceu as diretrizes e caminho para enfermagem moderna.
No Brasil Ana Nery foi o símbolo da assistência a feridos graves, uma grande
heroína, quebrou normas para salvar vidas, era chamada “MAE DOS BRASILEIROS”.
Nascida em Vila de Cachoeira do Paraguaçu, na Bahia, Ana Justina Ferreira, se
casou aos 23 anos com o capitão de fragata da Marinha, Antônio Isidoro Néri, do qual
adotou o sobrenome.
O decreto 48202/60 de Juscelino Kubitschek, instituiu a Semana da
Enfermagem, que é comemorada todos os anos no período de 12 a 20 de maio, datas
que correspondem respectivamente ao nascimento de Florence Nightingale e a morte de
Ana Nery.
Em 1973, criação do Conselho Federal de Enfermagem, órgão disciplinador do
exercício profissional, e dos Sindicatos, defensores dos direitos e das condições de
trabalho dos profissionais de enfermagem, vieram junto com Associação Brasileira de
Enfermagem (ABEn), constituir as três entidades de classe que se completam no que diz
respeito à assistência, à educação, e à defesa dos enfermeiros Brasileiros.
A enfermagem no Brasil e no mundo é representada por essas duas mulheres,
Ana Nery e Florence Nightingale.
2- ENTIDADES DE ClASSE
Associação Brasileira de Enfermagem (ABEn)
Sociedade Civil, sem fins lucrativos que congrega enfermeiros e técnicos em
enfermagem, fundada em agosto de 1926, sob a denominação de “Associação Nacional
de Enfermeiras Diplomatas Brasileiras”.

FINALIDADES DO ABEn
 Congregar os enfermeiros e técnicos em enfermagem, incentivar o
espírito de união e solidariedade entre as classes
 Promover o desenvolvimento técnico, científico e profissional dos
integrantes de enfermagem no país
 Promover integração às demais entidades representativas da enfermagem,
na defesa dos interesses da profissão.

SISTEMA COFEN/ CORENs


Criado em 12 de julho de 1973, com a lei 5.905, órgãos disciplinadores do
exercício da profissão de Enfermeiros, Técnicos e Auxiliares de Enfermagem. Em cada
estado existe um Conselho Regional, os quais estão subordinados ao Conselho Federal,
que é sediado no RIO de Janeiro, e com Escritório Federal em Brasília. O sistema
COREN/COFENs encontra-se representado em 27 estados brasileiros, o objetivo
primordial é zelar pela qualidade dos profissionais de enfermagem e cumprimento da
Lei do Exercício Profissional.

COMPETENCIAS
 Conselho Federal de Enfermagem (COFEN)
 Normatizar e expedir instruções, para uniformidade de procedimento e
bom funcionamento dos Conselhos Regionais
 Esclarecer dúvidas apresentadas pelos CORENs
 Apreciar decisões dos CORENs
 Aprovar contas e propostas orçamentárias de Autarquia, remetendo aos
órgãos competentes
 Promover estudos e campanhas para aperfeiçoamento profissional
 Exercer as demais atribuições que forem conferidas por lei

COREN
 Deliberar sobre inscrições no Conselho e seu cancelamento
 Disciplinar e fiscalizar o exercício profissional, observando as diretrizes
gerais do COFEN
 Executar as instruções e resoluções do COFEN
 Expedir carteira e cédula de identidade profissional, indispensável ao
exercício da profissão, a qual tem validade em todo território nacional
 Fiscalizar e decidir os assuntos referentes à Ética Profissional, impondo
as penalidades cabíveis
 Zelar pelo conceito da profissão e dos que à exercem

3-O HOSPITAL
O hospital é uma criação dos cristãos da Idade Média, a palavra vem do latim
hospitale (lugar onde se recebem as pessoas que necessitam de cuidados, de
alojamentos, hospedaria). Esses hóspedes eram, originalmente, quaisquer pessoas que
necessitassem de algum tipo de cuidado, como abrigo, alojamento ou assistência e não
somente os pacientes, geralmente os hospitais ficavam próximos de igrejas ou
monastérios.
Segundo a definição da Organização Mundial de Saúde (OMS) o hospital é uma
parte integrante de um sistema coordenado de saúde, cuja função é dispensar à
comunidade completa assistência médica, preventiva e curativa, incluindo serviços
extensivos à família em seu domicílio e, ainda, um centro de formação dos que
trabalham no campo da saúde e para pesquisas biopsicossociais.

Braz Cubas, fidalgo português e líder do povoado do porto de São Vicente,


posteriormente vila de Santos, auxiliado por outros moradores, iniciou em 1542 a
construção da Santa Casa da Misericórdia de Santos, o mais antigo hospital brasileiro,
inaugurando-a em novembro de 1543. D. João III concedeu-lhe o alvará real de
privilégios em 2 de abril de 1551. A construção do segundo prédio foi concluída em
1665, no Campo da Misericórdia, atual Praça Visconde de Mauá.
O terceiro, inaugurado pelo Dr. Claudio Luiz da Costa em 1836 junto ao morro
de São Jerônimo, atual Monte Serrat, foi parcialmente destruído por um deslizamento
de terra em 1928. O conjunto atual, único remanescente, foi inaugurado pelo Presidente
Getúlio D. Vargas em 1945, com 1400 leitos, dia do hospital é comemorado em 2 de
julho, data na qual foi fundada a Santa Casa de Misericórdia da cidade de Santos.
FUNÇÕES DO HOSPITAL
 Tratamento
 Promoção da Saúde
 Prevenção de Doenças
 Reabilitação
 Pesquisa
 Ensino

CLASSIFICAÇÃO DOS HOSPITAIS


 Hospital Geral- atende pacientes de várias especialidades
 Hospital Especializado-destinado a receber portadores de doenças
específicas
 Hospital Particular-patrimônio de pessoa jurídica ou física, com a
finalidade de obter lucro
 Hospital Filantrópicos-aqueles que não visam lucros, não distribui
dividendo e aplicam os resultados financeiros nos fins da instituição ex: Casa de Saúde
Santa Marcelina.

CAPACIDADE DE LEITOS HOSPITALARES


Pequeno porte até 49 leitos
Médio porte 50 a 149 leitos
Grande porte 150 a 500 leitos

4- NECESSIDADES HUMANAS BÁSICAS

Abraham Maslow foi um psicólogo de grande destaque por causa de seu estudo
relacionado às necessidades humanas. Segundo ele, o homem é motivado segundo suas
necessidades que se manifestam em graus de importância onde as fisiológicas são as
necessidades iniciais e as de realização pessoal são as necessidades finais.

Cada necessidade humana influencia na motivação e na realização do indivíduo


que o faz prosseguir para outras necessidades que marcam uma pirâmide hierárquica.

O ser humano busca sempre melhorias para sua vida, dessa forma, quando uma
necessidade é suprida aparece outra em seu lugar; tais necessidades são representadas na
pirâmide hierárquica.

Quando as necessidades humanas não são supridas sobrevêm sentimento de


frustração, agressividade, nervosismo, insônia, desinteresse, passividade, baixa
autoestima, pessimismo, resistência a novidades, insegurança e outros.
Tais sentimentos negativos podem ser recompensados por outros tipos de
realizações.
5- PRONTUARIO DO CLIENTE
Conforme a Resolução CFM nº 1.638/ 2002, prontuário médico é o documento
único constituído de um conjunto de informações, sinais e imagens registradas, geradas
a partir de fatos, acontecimentos e situações sobre a saúde do Cliente e a assistência a
ele prestada, de caráter legal, sigiloso e científico, que possibilita a comunicação entre
membros da equipe multiprofissional e a continuidade da assistência prestada ao
indivíduo.
O prontuário é, na verdade, do cliente, e não do médico, é um documento único,
elaborado para cada cliente, a equipe multiprofissional comunica-se por meio do
prontuário para planejamento do cuidado, garantindo a continuidade da assistência.
Portanto o prontuário deve ser elaborado de forma completa e com letra elegível, sendo
um documento de caráter legal, sigiloso e cientifico, pode ser utilizado como prova em
processos judiciais e disciplinares, responsabilizando ou não o profissional da saúde e a
instituição onde a assistência foi prestada.
A responsabilidade pelo prontuário é de todos os profissionais que utilizam,
devendo cada um se conscientizar-se da importância da completude e qualidade das
informações ali registradas.
O Conselho Federal de Medicina, determina que em todas as instituições onde se
preste assistência médica é obrigatório a criação de uma Comissão de Revisão de
Prontuários, assim como de uma comissão permanente de avaliação de documentos
(Resolução CFM nº1.638, de 10 de julho de 2002).
Cabe à instituição a guarda segura dos prontuários em qualquer meio de
armazenamento (físico ou digital). O princípio básico é que o prontuário pertence ao
cliente, portanto os registros ali contidos são sigilosos e devem ser protegidos por
segredo profissional.
6- ANOTAÇÕES DE ENFERMAGEM
As anotações de enfermagem são todos os registros das informações do cliente,
das observações feitas sobre o seu estado de saúde, das prescrições de enfermagem e
sua implantação, da evolução de enfermagem e de outros cuidados, entre outros a
execuções de prescrições médicas.
Pode se afirmar que é um instrumento valorativo de grande significado na
assistência de enfermagem e na sua continuidade, tornando-se, pois, indispensável na
aplicação do processo de enfermagem. A anotação de enfermagem é obrigatória na
assistência de enfermagem, uma vez que a Resolução COFEN 311/2007 que aprova a
reformulação do Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem, traz os seguintes
artigos:
 Art.41. Prestar informações, escritas e verbais, completas e fidedignas
necessárias para assegurar a continuidade da assistência
 Art. 68. Registrar no prontuário e em todos os documentos próprios da
Enfermagem informações referentes ao processo de cuidar da pessoa
 Aet. 71. Incentivar e criar condições para registrar as informações
inerentes e indispensáveis ao processo de cuidar.
Anotação de enfermagem, quando cientificamente estruturada, apresenta
elementos valiosos para o diagnóstico das necessidades do cliente, da família e da
comunidade, facilitando o planejamento de assistência ao cliente e apresentando
elementos para o ensino e pesquisa no campo profissional.
No dia a dia as anotações de modo geral, não são completas em relação ao
cuidado integral que o cliente necessita recebe, e não satisfazem os requisitos
necessários para sua padronização, essas falhas ocorrem devido à falta de consciência
do valor que tem pela enfermagem, quanto mais conscientização a enfermagem tiver
sobre a finalidade dos registros de enfermagem, mais riqueza de conteúdo terá,
colaborando assim, efetivamente para elaboração de cuidados de enfermagem,
individualizados, ao cliente.

7- SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM (SAE)


Sistematização da Assistência de Enfermagem é um método de prestação de
cuidados com objetivo de reduzir as complicações durante o tratamento de forma
facilitar a adaptação e recuperação do paciente. A implantação da SAE, nas instituições
hospitalares brasileiras, demonstra a importância e a necessidade do apoio dos gestores,
e dentro do ambiente hospitalar, um trabalho que sistematize a assistência, direcionando
o cuidado que resulte num atendimento humanizado e seguro ao cliente. A construção
de uma nova identidade profissional iniciou a partir da década de 1970, com um
movimento para a introdução da SAE nas instituições de saúde brasileiras.
Atualmente, segundo a Resolução 358/2009 do COFEN, o enfermeiro deverá
realizar o processo de enfermagem, constituindo cinco etapas:
 Histórico de Enfermagem
 Diagnóstico de Enfermagem
 Planejamento
 Implementação
 Avaliação

PROCESSO DE ENFERMAGEM
Atuação do enfermeiro, técnico de enfermagem
Ao enfermeiro, observadas as disposições da Lei nº 7.498, de 25 julho de 1986, e
do Decreto nº 94.406, de 8 de junho de 1987, que a regulamenta, incube a liderança na
execução e avaliação do Processo de Enfermagem, de modo a alcançar resultados de
enfermagem esperados, cabendo-lhe, privativamente, o diagnóstico de enfermagem
acerca das respostas da pessoa, família ou coletividade humana em um dado momento
do processo saúde doença, bem como as prescrições das ações ou intervenções de
enfermagem a serem realizadas.
O técnico de Enfermagem, em conformidade com o disposto na Lei nº 7498, de
25 de junho de 1986, e do Decreto 94.406, de 8 de junho de 1987, que regulamenta,
participam da execução do processo de enfermagem, naquilo que lhes couber, sob a
supervisão e orientação do Enfermeiro.
Destacamos a importância da formação do TE, e sua participação ativa e
colaboração da SAE, levando-se em conta que as competências para o exercício
profissional são desenvolvidas no desenrolar do seu processo de formação, que inicia no
curso técnico e estende-se ao longo da sua trajetória profissional, envolvendo praticas
que transformam e se consolidam no cotidiano do trabalho.

OBJETIVOS DOS PROCEDIMENTOS BASICOS


 Garantir a qualidade assistencial do serviço de Enfermagem, por meio de
padrões previamente aceitos
 Contribuir com o conhecimento e aprendizado por meio de um roteiro de
procedimentos das ações de enfermagem, para os docentes, cuidadores e profissionais
de enfermagem na área da saúde
 Contribuir no controle de infecção e complicações para o cliente e
profissionais
 Prevenir e tratar doenças

PRINCÍPIOS BÁSICOS
Para realizar os procedimentos básicos na assistência de enfermagem, é
necessário seguir os roteiros para conduzir os profissionais de forma segura, evitar
riscos, falhas, esquecimentos ou outros danos ao cliente. Em cada instituição existe
uma realidade diferente, de acordo com o tipo de atendimento, recursos disponíveis e
quadro de pessoal. É necessário reduzir custos, poupar tempo, simplificar as ações de
enfermagem, executar as técnicas com método e organização, planejar o trabalho,
evitar movimentos desnecessários, utilizar materiais adequados e quantidade
adequada, mantê-los sempre
em ordem e local correto.

PLANEJAMENTOS PARA PRESTAÇÃO DE CUIDADOS


 Fazer a leitura da prescrição médica e de enfermagem
 Providenciar e checar o material necessário, verificar a quantidade, data
de validade, condições e qualidade do material
 Comunicar ao cliente todo procedimento que será realizado
 Ter postura ética durante toda assistência
 Manter a privacidade do cliente
 Higienizar as mãos antes e após qualquer procedimento
 Executar técnica corretamente, agir com rapidez e segurança, observar
possíveis complicações de saúde do cliente
 Realizar procedimentos com atenção e evitar acidentes
 Seguir as precauções conforme orientação da CCIH
 Manter o cliente confortável
 Ao término do procedimento realizar anotação, registrando horário, o
procedimento e observações importantes
 Comunicar ao enfermeiro qualquer intercorrência
 Sempre que necessário pedir auxílio para outro profissional de
enfermagem, evitar sobrecarga
 Orientar sempre os acompanhantes

ADMISSÃO
É o momento de entrada do cliente no serviço de saúde, para ocupar um leito,
com a finalidade de se submeter a um tratamento clinico, cirúrgico ou realização de
procedimentos específicos. Preferencialmente é realizado pelo enfermeiro, momento em
que ele aplicará a SAE. Porem o técnico de enfermagem pode estar realizando a
admissão do cliente, desde que obtenha informações necessárias e faça anotação dos
dados corretamente. O cliente procura a instituição por vontade própria, da família ou
responsável e a internação ocorre por indicação médica até mesmo processo legal, casos
de doenças mental, infectocontagiosa, cirúrgico, casos clinico e exame.

PASSAGEM DE PLANTÃO
É considerada um elo no processo de trabalho da enfermagem com o turno
subsequente, é essa ligação que assegura a continuidade da assistência, tem como
assegurar o fluxo de informações entre as equipes de enfermagem nos diferentes turnos,
que se sucedem no período de 24hs.

ALTA HOSPITALAR
É a saída do cliente da unidade hospitalar, por escrito assinatura e carimbo do
médico, o familiar deverá ser comunicado

ALTA CONDICIONAL
Concedida pelo médico apenas em datas comemorativas

ALTA A PEDIDO
Quando solicitada pelo cliente, mesmo que ele não apresente melhora, o mesmo
assina o termo de responsabilidade.

TRANSFERENCIA
Deve-se avisar diversos serviços, pode ser interna e externa entre instituições,
comunicar a unidade o qual o mesmo será transferido afim que esteja preparado para
recebe-lo, o cliente deverá ser transportado de acordo com seu estado geral, todo os
pertences devem ser identificados, e protocolado para unidade de destino, realizar
anotação de enfermagem.

8- HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS UTILIZANDO ÁGUA E SABÃO

1-Abra a torneira e molhe as mãos, evitando encostar na pia


2-Aplique na palma da mão quantidade suficiente de sabão líquido, para cobrir
todas as superfícies das mãos
3-Ensaboe as palmas das mãos, friccionando-as entre si
4-Esfregue a palma da mão direita contra o dorso da mão esquerda (e vice-versa)
entrelaçando os dedos
5-Entrelace os dedos e friccione os espaços interdigitais
6-Esfregue o dorso dos dedos de uma mão com a palma da mão oposta (e vice-
versa), segurando os dedos, com o movimento de vaivém.
7-Esfregue o polegar direito, com auxílio da palma da mão esquerda (e vice-
versa), utilizando movimento circular.
8-Friccione as polpas digitais e unhas da mão esquerda contra a palma da mão
direita, fechada em concha (e vice-versa), fazendo movimento circular
9-Esfregue o punho esquerdo, com auxílio da palma da mão direita (e vice-
versa), utilizando movimento circular
10- Enxágue as mãos, retirando os resíduos de sabão, evite contato direto com as
mãos ensaboadas com a torneiras
11-Seque as mãos com papel toalha descartável, iniciando pelas mãos e
seguindo para os punhos.

5 MOMENTOS DA LAVAGEM DAS MÃOS

9-EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL (EPI)


Aventais de manga longa: devem ser usados quando há possibilidade de
projeção de fluidos orgânicos. O uso de avental limpo e não esterilizado é necessário
para proteger a pele e seu vestuário durante procedimentos que possam apresentar
fluídos corpóreos, é necessário avental impermeável e mangas longas.
Máscaras descartáveis, óculos de proteção e protetor facial: uso indicado na
realização de procedimentos de risco de projeção, em que haja sangue e fluídos
orgânicos, em certos procedimentos cirúrgicos.
Materiais perfurocortantes: manusear de tal forma, que não haja cortes ou
perfurações acidentais, desprezar agulhas, vidros, alumínio, lâminas de bisturi, giletes,
cada qual no seu recipiente próprio, não reencapar agulhas, dobrar ou quebrar agulhas
após sua utilização, não remover agulhas das seringas, evitar deixar material exposto no
meio ambiente.
Vacinação do profissional: é recomendação incluída na NR-32 que todos os
profissionais da área de saúde, como medida profilática, vacinem-se contra hepatite B,
difteria e tétano.

10- TÉCNICAS DE ESTERILIZAÇÃO

Definição
Assepsia é o processo pelo qual se consegue afastar os germes patogênicos de
determinado local ou objeto. Portanto para diminuir os riscos de uma infecção é
fundamental a aplicação das técnicas de assepsia cirúrgica para todos os profissionais
que atuam no ambiente hospitalar.
Quando agentes patogênicos penetram em um organismo vivo, eles se
desenvolvem, crescem e multiplicam-se dando origem a uma infecção.
Sabemos que os micro-organismos são tão pequenos, que a olho nu não
podemos vê-los. Além do mais, estão em toda parte; e como não podemos separar e
escolher para destruir só os que causam doenças, de modo geral, consideramos todas as
coisas, objetos e seres vivos como “contaminados”, isto é, portadores de micro-
organismos.
Tudo aquilo que fizermos para evitar infecções e impedir contaminação
chamamos de assepsia. Há meios pelos quais conseguimos destruir todos os micro-
organismos e esporos; chamamos estes meios de esterilização.
Quando um material sofreu esterilização, isto é, está livre da presença de micro-
organismos, diz-se que o material está estéril.
Nos processos que destroem somente alguns micro-organismos, chamamos de
desinfecção para seres inanimados, o termo antissepsia é utilizado quando nos referimos
a seres vivos, é a destruição de micro-organismos em mãos, da pele, da ferida operatória
etc.

PRINCÍPIOS CIENTIFÍCOS DO MANUSEIO DE MATERIAL ESTÉRIL


 Não falar em cima do material
 Não passar o braço por cima do material estéril
 Não dar as costas ao material estéril exposto
 Pegar sempre os pacotes pela parte externa
 Segurar o pacote sem contaminar
 Abrir os pacotes sempre em sentido contrário ao nosso corpo, deixando
por último o nosso lado
 Não esbarrar no material estéril exposto
 Não usar material duvidoso
 Armazenar em local limpo
 Não pegar material estéril diretamente com as mãos
 Não usar os mesmos materiais para clientes diferentes
 Não abrir o material sobre o leito do cliente

11- TÉCNICA DE ENLUVAMENTO

Luvas não estéreis e luvas estéreis


As luvas não estéreis são destinadas à proteção do profissional ou do cliente nos
casos em que não é necessário a manutenção ambiente estéril, devem ser utilizadas
sempre que o profissional apresenta risco de contato com fluidos e secreções corpóreas.
O uso de luvas deverá ser procedido da higienização das mãos e após realização de
atividades fazer retirada das luvas e higienizar as mãos.
As luvas podem ser encontradas em embalagens individuais e em pares, é
necessário a troca ao mudar-se de atividade ou de outro cliente, luvas estéreis são
destinadas à proteção do cliente em situações em que é necessário manter o ambiente
estéril, podem ser encontradas de acordo com o tamanho das mãos, 6,0 até 9,0,
embalagem individual em par diferenciando mão direita de mão esquerda.
Normalmente apresenta maior aderência nas mãos, e seu cano é mais longo que
dá luva de procedimento, sua colocação requer técnica específica e treinamento pela
necessidade de manter estéril.
12-ISOLAMENTO
O isolamento é um conjunto de medidas técnicas para formar uma barreira
asséptica, com intuito de impedir a disseminação de agentes infecciosos de um paciente
para o outro, aos funcionários, visitantes e ao meio ambiente, cujo o objetivo é reduzir a
contaminação por meio da desinfecção concorrente e limpeza terminal, proteger a
equipe de saúde da unidade de tratamento por meio de medidas assépticas.

CONTAMINAÇÃO
É o processo por meio do qual ocorre a presença de micro-organismo no
epitélio, sem haver penetração tecidual, reação fisiológica e dependência metabólica
com o hospedeiro.

DOENÇA
Doença é um conjunto de sinais e sintomas específicos que afetam um ser vivo,
alterando o seu estado normal de saúde. O vocábulo é de origem latina, em que
“dolentia” significa “dor, padecimento”
Em geral, a doença é caracterizada como ausência de saúde, um estado que ao
atingir um indivíduo provoca distúrbios das funções físicas e mentais. Pode ser causada
por fatores exógenos (externos, do ambiente) ou endógenos (internos, do próprio
organismo).

COLONIZAÇÃO
Termo usado para indicar que o paciente está com uma bactéria em seu
organismo, mas sem apresentar infecção ou qualquer outra doença. Para os casos de
colonização, não há sequer necessidade de tratamento.

INFECÇÃO
Ocorre quando uma bactéria que colonizava previamente um paciente passa a
causar dano à sua saúde. Nestes casos, o tratamento é feito com antibióticos específicos
para o tipo de bactéria identificada.
SAÚDE
Em seu sentido mais abrangente, a saúde é resultante das condições de
alimentação, habitação, educação, renda, meio ambiente, trabalho, transporte, emprego,
lazer, liberdade, acesso e posse da terra e acesso a serviços de saúde.

PRECAUÇÃO PADRÃO
Conjunto de medidas preventivas que têm como objetivo evitar a transmissão de
infecções (conhecidas ou não) do paciente para o profissional de saúde, pressupondo
que todos os pacientes possam estar potencialmente contaminados por patógenos. Os
profissionais da saúde devem adotar essas precauções utilizando medidas de barreira
quando for realizado o cuidado a qualquer tipo de paciente, quando houver manuseio de
artigos contaminados, quando houver risco de contato com sangue e qualquer fluido
corporal, contato com secreções, excretas, mucosas e leite materno.
Cada tipo de precaução deve ter imagem na plaquinha, que será posta na porta
do quarto do paciente.
 Lavagem das mãos
 Luvas e aventais
 Máscara e óculos de proteção
 Caixa para perfurocortantes

PRECAUÇÃO DE CONTATO
Precauções de contato são instituídas quando ocorre colonização, suspeita ou
infecção causada por micro-organismo epidemiologicamente passíveis de transmissão
por contato direto ou indireto do paciente para o profissional de saúde. Esse tipo de
transmissão ocorre, principalmente, pelas mãos dos profissionais ou por contato com
artigos e equipamentos contaminados.

 Lavagem das mãos


 Avental
 Luvas
 Quarto privativo

PRECAUÇÃO POR AEROSSÓIS


Infecção suspeita ou confirmada, transmitida por pequenas partículas contendo
micro-organismos eliminados durante a ventilação, tosse ou espirro, podendo
permanecer
durante horas suspensas no ar e dispersa-se por longas distâncias, são capazes de atingir
distâncias maiores que 1 metro.

 Lavagem das mãos


 Máscara PPF2 (N95)
 Máscara cirúrgica
 Quarto privativo

PRECAUÇÕES POR GOTÍCULAS


A transmissão ocorre por gotículas produzidas por fala, tosse e espirro e durante
a aspiração orotraqueal de pacientes portadores ou com suspeita de infecção causada por
micro-organismos, as gotículas podem atingir 1 metro de distância, rapidamente
depositam no chão, não permanecendo suspensas no ar.

 Lavagem das mãos


 Máscara cirúrgica (profissional, transporte)
 Quarto privativo

PRECAUÇÃO IMPIRICA
Precauções empíricas, são aquelas situações nas quais ainda não sabemos qual o
micro-organismo envolvido, mas de acordo ao quadro clínico, existe uma suspeita de
um agente causador e tomamos as medidas de precaução de acordo a essa suspeita.
PRECAUÇÃO REVERSA
O isolamento reverso é usado para impedir que o paciente seja infectado por
outros, é necessário quando o sistema imunológico do paciente não está funcionando
bem, como depois de um transplante de medula óssea ou após ter recebido
quimioterapia.

13-SEGURANÇA E CONFORTO DO CLIENTE


Tipos de posição
O posicionamento do paciente no leito é fundamental para realização de exames,
procedimentos e como medida preventiva nos casos dos pacientes que apresentem risco
de desenvolvimento de lesões por pressão. É importante que os profissionais de
enfermagem conheçam todas as posições utilizadas pelo paciente e avaliem suas
condições antes de posiciona-lo evitando desconforto e até mesmo lesões ou piora do
quadro clinico.
Decúbito dorsal horizontal
Posição na qual o paciente permanece com a região dorsal (costas) em contato
com o colchão, sem alteração de inclinação do leito, o cliente poderá ou não utilizar
travesseiros, essa posição é utilizada em várias situações, entre elas para:
 Realizar higiene corporal
 Mensurar sinais vitais (SSVV)
 Proceder eletrocardiograma
 Realizar curativos na região abdominal e torácica

Decúbito ventral horizontal


Posição na qual o paciente permanece com região abdominal em contato com o
colchão, sem alteração do leito, essa posição é utilizada em varias situações, entre elas
para:
 Realizar massagem de conforto na região dorsal
 Realizar curativos na posição dorsal
 Em pós-operatório de algumas cirurgias na coluna vertebral

Posição prona
Posição na qual o paciente permanece em decúbito ventral, no entanto com a
cabeceira mais baixa que a parte das pernas, essa posição facilita a drenagem dos
pulmões e estômago. A posição prona é utilizada principalmente como coadjuvante no
tratamento de Síndrome do Desconforto Respiratório Agudo.

Decúbito Fowler
Posição na qual o paciente é colocado em posição dorsal com elevação da
cabeceira até um ângulo aproximado entre60º e 75º, ficando praticamente sentado com a
região dorsal apoiada no colchão, para maior conforto do cliente é indicada uma
pequena elevação de membros inferiores, podendo ser feita com a própria cama
ou com a colocação de coxins sob o joelho, essa posição é muito utilizada para:
 Alimentar paciente
 Realizar higiene oral
 Administrar medicamento por via oral e inalatória
 Realizar passagem e retirada de sonda gástrica e sonda nasoenteral
Posição semi-Fowler
Essa posição é semelhante à posição Fowler, alterando o ângulo de elevação, que
nesse caso é entre 30º e 45º, essa posição é utilizada para facilitar o descanso do cliente,
pois oferece maior conforto, também é indicada para facilitar movimentos ventilatórios,
conforto após ingestão de alimentos, entre outros.

Decúbito lateral direito


O cliente é posicionado lateralmente com a região direita apoiada sobre o
colchão, nessa posição é necessário proteger as prominências ósseas pois a pressão entre
elas poderá levar a formação de LPP- lesão por pressão, essa posição é utilizada para
rodizio de posições, feito com a finalidade de mudança de decúbito para prevenção de
LPP.

Decúbito lateral esquerdo


A posição semelhante ao posicionamento lateral direito, com o cliente apoiando
o lado esquerdo do corpo sobre o colchão, nesse caso os cuidados são os mesmos
adotados para o decúbito lateral direito.

Decúbito de Trendelemburg
O cliente é posicionado em decúbito dorsal com elevação dos membros
inferiores, esta indicada para cliente em período pós-operatório de cirurgias de varizes r
para redução de edema em membros inferiores.

Decúbito de Trendelemburg Reversa


A posição anti-Trendelenburg, também conhecida como posição reversa-
Trendelemburg, é bastante auto-explicativa; a cabeça é elevada 15 a 30 graus mais alta
que os pés. Colocadas de costas, indicado para cirurgias, onde é necessária uma maior
exposição em áreas como a próstata e região abdominal superior.

Posição Ginecológica
Essa posição o cliente deverá ser colocado em decúbito dorsal horizontal, fletir
as pernas encostando os calcanhares e afastando os joelhos, é utilizada para realizar
cateterismo vesical em mulheres e administração de medicamentos por via vaginal.

Decúbito de SIMS
Nessa posição, o cliente é colocado em decúbito lateral esquerdo e os membros
inferiores são fletidos, esse procedimento está indicado quando envolvam a região anal
do cliente, como sondagem retal, lavagem intestinal e administração de medicamentos
por via retal, entre outros procedimentos.

Posição genupeitoral
Nessa posição o cliente é colocado em decúbito ventral, com os membros
inferiores fletidos e os joelhos próximos à região torácica, é indicada para facilitar a
eliminação de gases intestinais, melhor visualização da região anal, exames retais e
vaginais.

Posição de litotomia
É uma variação da posição ginecológica, indicado para cirurgias e exames da
vagina, bexiga e períneo, o cliente fica em posição dorsal, os joelhos flexionados sobre
o abdômen e coxa bem distanciadas.

Posição de proclive
Posição contraria à de Trendelemburg, indicada para melhorar a circulação dos
membros inferiores.
14-SINAIS VITAIS

Sinais vitais evidenciam o funcionamento e as alterações da função corporal, são


utilizados na pratica diária para o auxílio do exame clinico, destacam-se pela sua
importância, a pressão arterial (PA), o pulso (FP), frequência cardíaca (FC), temperatura
(T), frequência respiratória (FR) e dor.
Os sinais vitais de um cliente, durante um período de 24hs variam dentro de
certos limites, por isso é necessário realizar o controle de todos os sinais vitais a cada
plantão, clientes graves deverão ser verificadas a cada 2 horas e em casos de emergência
a cada 15 minutos, o profissional deverá verificar a prescrição de enfermagem ou
médica.
É responsabilidade do profissional de enfermagem, realizar o controle dos sinais
vitais e verificar com precisão, e se houver duvidas verificar novamente, em seguida
registrar com segurança e clareza na anotação de enfermagem, hora, registros dos sinais
vitais (SSVV), conduta em caso de alterações, assinatura e carimbo (COREN).

Indicações
 Na admissão, alta e transferência de uma cliente em uma unidade de saúde
 Em alterações das condições gerais do cliente
 Antes de procedimentos que possam alterar os sinais vitais
 Antes e após procedimento cirúrgicos e invasivos
 Durante a rotina de cada setor ou prescrição médica

Materiais necessários
 Algodão com álcool 70%
 Esfigmomanômetro
 Estetoscópio
 Termômetro

 Oxímetro de Pulso
 Escala de dor
 Relógio

Pressão arterial
O cirurgião russo Nicolai Sergeyevich Korotkoff (1905) apresentou a técnica da
ausculta na medida da pressão sistólica e diastólica na academia militar imperial de São
Petersbugo.
Pressão arterial (PA) ou tensão arterial (TA), é a mensuração da pressão exercida
pelo sangue na parede das artérias, ela depende do débito cardíaco, resistência vascular
periférica (determinada pelo lúmen, elasticidade dos vasos), ao verificar a pressão
arterial consideramos a pressão máxima, denominada sistólica, a contração dos
ventrículos para ejetar sangue nas grandes artérias é a pressão mínima, também
denominada diastólica, são medidas assim que o coração relaxa. A pressão arterial é
medida em milímetros de mercúrio (mmhg).
Pressão sistólica- é o pico da pressão sanguínea obtida no interior da aorta e dos
vasos periféricos durante a contração ventricular (sístole).
Pressão diastólica- é o valor da pressão sanguínea final obtida com o
relaxamento do coração (diástole).
A série de sons que o operador ouve, ao verificar a pressão sanguínea, são
chamados de sons de Korotkoff, primeiro som claro, quando o sangue flui, através da
artéria comprimida, é a pressão sistólica. A pressão diastólica ocorre no ponto em que o
som muda ou desaparece.
Locais para verificação de pressão arterial (PA)
 Artéria braquial
 Artéria poplítea
 Artéria pediosa.
CLASSIFICAÇÃO DE PA
Classificação de Has

Temperatura
Temperatura é o resultado das funções do organismo, tais como: alimentação,
esforço físico, eliminações, infecções, a temperatura normal do corpo é mantida pelo
equilíbrio perfeito entre a produção de calor (Termogênese) e a eliminação de calor
(Termólise), a temperatura não é a mesma nas diferentes partes do corpo:
Temperatura axilar- 35,8 ºC a 37 ºC
Temperatura oral- 36.3 °C a 37,4
ºC Temperatura retal- 37 ºC a 38 ºC
A vida tolera no máximo até 42 °C, a partir dai os centros termorreguladores se
descontrolam, o ser humano entra em coma e há convulsões, podendo chegar a morte.

Frequência cardíaca e frequência de pulso


Pulso é a expansão e contração alternada de uma artéria após a ejeção de um
volume de sangue na aorta com a contração do ventrículo esquerdo.
A frequência cardíaca é a velocidade do ciclo cardíaco medida pelo número de
contrações do coração por minuto (bpm)
Cada vez que o ventrículo esquerdo se encontra repleto de sangue arterial e se
contrai para ejetar sangue para a aorta, todo sistema arterial se dilata para receber o
sangue, essa dilatação provoca aparecimento de ondas de pulso, e a sensação do
impacto do batimento recebe o nome de pulso.
Lactente- 120 a 160
Criança até 3 anos- 90 a 140
Adolescentes- 60 a 90
Adultos 72 a 100

Verificação da respiração
A respiração é o mecanismo que o organismo utiliza para realizar a troca de
gases entre a atmosfera e o sangue, bem como entre o sangue e as células, ou seja, a
troca de gases chamada hematose.
A ventilação é o ato de inspirar e expirar, promovendo a respiração pulmonar,
troca de gases, a ventilação esta sujeita a controle voluntario deve ser contada sem que o
cliente perceba.
Valores aceitáveis de frequência
Respiratória Recém- Nascido-30 a 60
Lactante- 30 a 50
Pré-escolar- 25 a 32
Criança- 20 a 30
Adulto- 16 a 20
Dor
A dor é uma complicação que interfere na evolução do tratamento do cliente, este fato
pode modificar a evolução clínica do cliente e ainda aumentar sua permanência na
unidade de internação, a dor não controlada pode levar o individuo a reações
neurovegetativas, tais como:

 Aumento da pressão arterial


 Taquicardia
 Taquipneia
 Agitação psicomotora, causando alterações nos parâmetros vitais.

O aferimento da dor como o 5º sinal vital, respectivas condutas terapêuticas podem


proporcionar alívio, conforto e melhora da evolução do indivíduo hospitalizado,
atendendo suas necessidades biopsicoespirituais.
A dor é uma
experiencia sensorial e emocional desagradável, associada a um dano real ou potencial
dos tecidos, ou descrita em termos de tais danos, a dor aguda está relacionada a afecções
traumáticas, infecciosas ou inflamatórias, há expectativas de desaparecimento após a
cura da lesão e a dor crônica é aquela persistente após o tempo razoável para cura de
uma lesão ou que está associada a processos patológicos crônicos, que causam dor
contínua ou recorrente.
Característica da dor
 Data e hora de inicio
 Localização
 Irradiação
 Intensidade
1. Leve
2. Moderada
3. Intensa
4. Muito intensa
 Qualidade
1. Queimação
2. Dor pulsátil
3. Dor em cólica
4. Dor constritiva
5. Dor contínua
6. Dor do membro fantasma

Prejuízos da dor
 Movimentação e deambulação
 Respiração profunda
 Apetite
 Trabalho
 Humor
 Relacionamento interpessoal
 Prazer de viver
Os instrumentos para avaliação da dor podem ser observação de comportamento e
autorrelato descrevendo as características da dor, os clientes apresentam
comportamentos como:
 Vocalização- choro e gemidos
 Expressão facial- contração muscular
 Movimento corporal- postura de proteção
 Biológico- PA, FR e FC
ESCALA VISUAL ANALÓGICA
15-MEDIDAS ANTROPOMÉTRICA

A antropometria é o ramo das ciências biológicas que tem como objetivo o estudo dos
caracteres mensuráveis da morfologia humana. Especificamente no setor da saúde,
muitos procedimentos e condutas terapêuticas necessitarão dessas informações para
uma prescrição correta.

O cálculo da dosagem de medicações, muitas vezes dependem do peso ou do índice de


massa corpórea do paciente (IMC). Certos equipamentos como tamanho de tubo
orotraqueal, sondas, colar cervical, próteses ortopédicas, por exemplo, também
dependem das medidas corporais para a escolha correta.

A avaliação nutricional, fundamental no acompanhamento de portadores de hipertensão


arterial, nefropatias, diabetes, gestantes e crianças também se baseiam nas medidas
corporais dos indivíduos.

As principais medidas antropométricas utilizadas nos serviços de saúde são: peso,


altura, circunferência abdominal e cefálica. Mais do que realizar uma ação rotineira,
essas medidas fazem parte da vigilância em saúde.
INFANTROMETO ANTROPOMETRICO INFANTIL

BALANÇA DIGITAL PEDRIATRICA

BALANÇA ANTROPOMÉTRICA DIGITAL E MECÂNICA


Observações gerais
 A verificação da altura e do peso normalmente é feita quando existe
solicitação médica oi de enfermagem, não sendo medida de rotina na maioria das
unidades de internação.
 As medidas antropométricas são muito importantes em algumas unidades
como a pediatria, nefrologia, endocrinologia, oncologia e cardiologia.
 O controle de peso é fundamental para subsidiar a conduta terapêutica
 O peso deve ser verificado preferencialmente pela manhã, em jejum com
a bexiga vazia
 O cliente não deve apoiar-se em nada e permanecer sem movimentação
para verificação do peso
 Se houver impossibilidade de pesar alguma criança, devemos pesar o
adulto, depois pesa-lo com a criança no colo e descontar o peso do adulto.
 A criança deve ser pesada em bala apropriada, a maneira correta é deitada
 Crianças devem ser pesadas sem fralda.

16-HIGIENE DO CLIENTE
 Tricotomia

 Higiene oral

 Higiene dos cabelos

 Higiene intima

 Comadres e Papagaio

 Banho

Tricotomia
É a remoção dos cabelos ou dos pelos de uma determinada região do corpo,
dentre as inúmeras medidas para reduzir as infecções do sitio cirúrgico, há a limitação
de tricotomia, não realizar tricotomia no pré-operatório a não ser que os pelos no local
da incisão ou ao seu redor interfiram com o procedimento.
O ideal é realizar a tricotomia mais próximo possível do momento da cirurgia, 2
hs antes da cirurgia.
TRICOTOMIZADOR

APARELHO BARBEADOR CONVENCIONAL PARA TRICOTOMIA


Áreas de tricotomia
 Cirurgia de crânio: todo o couro cabeludo ou conforme prescrição médica;
 Cirurgias torácicas: região torácica até umbigo e axilas;
 Cirurgia cardíaca: toda extensão corporal (face anterior e posterior),
menos o couro cabeludo;
 Cirurgia abdominal: desde a região mamaria até o púbis;
 Cirurgia dos rins: região abdominal anterior e posterior;
 Cirurgia de membros inferiores: todo o membro inferior e púbis.

Indicações- Realização de ECG, cirurgias, cateterismo cardíaco, monitorização


cardíaca, remoção de micro-organismo.
Contraindicações- Clientes em uso de anticoagulantes, Antiagregante
plaquetários, distúrbio de coagulação, imunodeprimidos (clientes portadores de
Leucemias, HIV.), pessoas alérgicas a lâmina convencional.
Material
 Tricotomizador
 Cuba -rim ou bacia
 Tesoura sem ponta
 Gases
 Luva de procedimento
 Sabão Degermante
 Toalha
 Biombo

Higiene oral
É a remoção mecânica de sujidade para garantir a limpeza da cavidade oral, que
abrange a língua, os dentes e outras estruturas que participam do processo digestório.
Na cavidade bucal existem milhares de micro-organismo, portanto assegurar uma
frequente e rigorosa higienização oral contribui para conservação dos dentes e para uma
saudável condição bucal do cliente.
Deve ser realizada pela manhã, após as refeições e sempre que necessário, temos
hábitos de realizar higienização 3 vezes ao dia.

Objetivos
 Proporcionar conforto ao cliente

 Favorecer ao asseio da cavidade bucal

 Prevenir acúmulo de secreções, formação de crostas e odores


desagradaveis

 Facilitar a alimentação

 Estimular glandulas salivares


 Evitar cáries dentarias e ortras complicações

Materiais
 Creme dental, solução antisséptica bucal

 Escova dental ou espátulas com gaze

 Copo com agua

 Cuba-rim ou jarro

 Luvas de procedimento, óculos de proteção e máscara

 Sugador, se necessário

Observações: Observar se o cliente possui prótese, se houver protese dentaria, remova


para realizar hogienização.
Higiene dos cabelos e couro cabeludo
É a realização da higiene dos cabelos e couro cabeludo em clientes dependentes ou
acamados

Materiais
 Luva de procedimento, óculos de proteção e máscara
 Shampoo e condicionador
 Jarro ou balde com água morna
 Bacia
 Forro impermeável
 Gaze para proteção do conduto auditivo
 Pente de uso único
 Hamper
 Biombo

Higiene Intima feminina


É a higiene (lavagem) da região genital e perineal, é indicada após eliminações
vesicointestinais, na troca de fralda e antes da realização do cateterismo vesical ou
exames.
Objetivos
 Proporcionar conforto e bem-estar pela higiene
 Prevenir infecções
 Auxiliar no tratamento de infecções
 Preparar o cliente para cateterismo vesical ou exames
Material
 Luva de procedimento, máscara e óculos de proteção
 Biombo
 Toalha de banho
 Sabonete liquido
 Comadre
 Compressas descartáveis
Higiene Masculina
Na higiene intima masculina, um pouco diferente da feminina, deve afastar o
prepúcio expondo a glande peniana e ensaboar com compressa no sentido meato uretral,
raiz do pênis e bolsa escrotal, enxaguar e secar e voltar o prepúcio na posição normal.

Comadre e Papagaio
São dispositivos externos usados para eliminação urinária e intestinal para
clientes acamados, ou com restrições no leito, mulheres utilizam comadre para
eliminação vesicointestinais, homens utilizam comadre para eliminações intestinais e
papagaio para eliminação urinária.
Observação:
Oferecer a comadre ou papagaio em intervalos regulares, não esperar apenas a
solicitação do cliente

 Proporcionar tempo suficiente para o cliente urinar ou evacuar

 Deixar a campainha para chamada e o papel higiênico ao alcance do cliente

 Permanecer próximo caso o cliente encontra-se fraco ou instável

 O papagaio deve ser colocado entre os membros inferiores, e o pênis


dentro do papagaio

 Manter privacidade do cliente

 Papagaio e comadre deveram estar com o nome do cliente para não ser
usado em outro cliente

 Se o cliente estiver impossibilitado de ajudar na colocação da comadre,


lateralizar o cliente.
Banho
O banho proporciona bem-estar, estimula a circulação, remove odores, abre os
poros, satisfazer as necessidades de higiene e conforto da paciente acamada.
proporcionar conforto e atividade muscular, estimula a circulação sanguínea,
oportunizando a observação da integridade da pele e estado da cliente acamada ou
qualquer cliente impossibilitado de locomoção.
Tipos de banho
 Banho de chuveiro com ou sem auxílio
 Banho de imersão
 Banho no leito

Banho de chuveiro
Banho de chuveiro é a higienização corporal do cliente para a remoção de
sujidades e odores, proporcionando conforto e bem-estar, banho de chuveiro com
auxílio consiste na oportunidade para retirar o cliente do leito em um momento
importante para realizar atividade física motora, além disso é um ato cultural de limpeza
e torna-se importante no seu tratamento e recuperação, pois o ideal é sempre incentivar
o cliente a sair do leito o banho é uma oportunidade para seu autocuidado, existem duas
formas para auxiliar e encaminhar o cliente ao banho, uma delas é deambulando e a
outra com auxílio da cadeira higiênica.
17- SONDAGEM: Nasogástrico, Orogastrico, Nasoduodenal, Oroduodenal,
Nasojejunal

Sonda nasogástrica
Sonda nasogástrica, também conhecida como sonda de Levine, é uma das mais
usadas na área medicinal. É fabricada em material de PVC, totalmente maleável,
transparente e atóxica. Diferentemente da sonda nasoenteral, não possui fio-guia e não
requer exame de raio X para verificar sua localização. Nesse procedimento, o tubo é
introduzido pela narina e posicionado no estômago.
Indicações
finalidade de administrar medicamentos ou alimentos, descomprimir o
estômago para a remoção de líquidos, avaliar a motilidade intestinal, intubação, pós-
operatório de grandes cirurgias, obstruções, ou ainda, coletar conteúdo gástrico para a
análise, lavagem gástrica, na preparação para cirurgias, para o estancamento de
hemorragias e na drenagem de líquidos. A sonda pode ser utilizada aberta e fechada.

Contraindicações
 Obstrução nasofaríngea ou esofágica
 Trauma maxilofacial grave
 Distúrbios de coagulação não tratados
 Clientes com desvio de septo
 Retirada acidental
 Mal posicionamento da sonda
 Perfuração no sistema digestivo
 Distinção abdominal

Sonda Nasoduodenal (nasoenteral)


A sonda nasoenteral é colocada da narina até o sentido pré-pilórico (no
estômago) ou pós-pilórico (no intestino, duodeno ou jejuno).

Possui calibre fino, fio-guia maleável no seu interior, tarja radiopaca que permite
controle radiológico e sistema de fechamento exclusivo. Para esse tipo de sonda, é
necessário fazer um exame de raio X para verificação do posicionamento correto.

A sonda nasoenteral tem como única função a alimentação, ou seja, auxilia os


procedimentos da nutrição enteral. No entanto, em alguns hospitais, também é utilizada
para fazer drenagem. Os alimentos devem ser administrados em forma líquida para
fornecer todos os nutrientes necessários para o paciente.
É muito utilizada em pacientes que estão em internação prolongada ou que não
têm tempo determinado para fazer uma alimentação via oral. É empregada tanto na
internação hospitalar quanto na internação domiciliar.

A introdução de uma sonda nasoenteral é feita somente por um enfermeiro.


Aliás, o profissional deve ter a confirmação da locação da sonda por meio do exame de
raio X antes de liberar a infusão da dieta.
A TNE tem grande importância da preservação da mucosa intestinal pela
administração de nutrientes, como também a manutenção da homeostase e da
imunidade. A Resolução RDC nº 63, da Agencia Nacional de Vigilância Sanitarista do
Ministério da Saúde, de 06/07/2000, define a TNE como alimento para fins especiais,
como a nutrição controlada de nutrientes, na forma isolada ou combinada,
especialmente elaborada para o uso por sonda ou via oral, industrializada ou não,
utilizada para substituir ou complementar a alimentação oral em pacientes desnutridos
ou não, conforme suas necessidades nutricionais, em regime hospitalar, domiciliar ou
ambulatorial.

Indicações
 Impossibilidade de ingestão adequada de nutrientes por via oral
 Quando a via oral estiver contraindicada
 Desnutrição
 Politraumatismo
 Pacientes com rebaixamento de nível de consciência e risco de broncoaspiração
 Pacientes submetidos a procedimentos cirúrgicos
 Pacientes com disfagia grave secundário a processos neurológicos

Contraindicações de TNE
 Obstrução intestinal
 Diarréia grave
 Hemorragia digestiva
 Peritonite
 Doenças terminais
 Vômitos, Diarréia sem etiologia.
 Inflamação do TGI e Doença de Crohn em atividade
 Trauma de face

Alimentação enteral sistema aberto


São aquelas cujo sistema de gotejamento é controlado manualmente em equipo,
não são industrializadas, com administração imediata, validade até 3 h.
Alimentação Enteral Sistema Fechado
São aquelas industrializadas, controladas em bomba de infusão, com validade até
24hs.

Complicações com TNE


 Aspiração de dieta enteral
 Pneumonia aspirativa
 Vômitos
 Diarréia, por grande quantidade de dieta, contaminação e intolerância à lactose.
 Náuseas
 Obstrução da sonda
 Mal posicionamento da sonda
 Alterações hidroeletrolíticas- desidratação,
 Realizar balanço hídrico rigoroso
 Emagrecimento
 Anotação de enfermagem
Cuidados de enfermagem TNE
 Lavagem das mãos
 Manter a cabeceira do cliente sempre elevada no ângulo de 30 a 45º
 Testar a sonda a cada 6 horas e antes de administrar medicação
 Em caso de tração da sonda, nunca reintroduzir, saque a sonda e comunique o
enfermeiro da sua unidade.
 Verificar a validade da dieta, dos equipos, e o tempo de infusão em bomba.
 Diluir medicação adequadamente para não obstruir a sonda
 Lavar a sonda antes e após administração de medicamento
 Em casos de vômitos comunicarem o enfermeiro e abrir a sonda
 Atenção para não encostar o equipa ao chão
 Em caso de dúvidas, sempre pedir orientação ao enfermeiro.
 Antes de iniciar Dieta, verificar se foi realizado RX e se está liberada pelo médico.
 Realizar anotação de infusão de água e dieta adequadamente
 Realizar anotação de enfermagem

18-PUNÇÃO INTRAVASCULAR

Punção venosa periférica consiste na introdução de um cateter venoso na luz de


uma veia superficial, de preferência de grande calibre. Envolve a seleção de um
dispositivo para venopunção e um local de inserção dependendo do tipo de solução a ser
utilizada; da frequência e duração da infusão, da localização de veias acessíveis; da
idade e do estado do cliente; e, sempre que possível, serão levadas em consideração as
preferências do cliente.
Objetivo: instalar cateter em trajeto venoso periférico para manutenção de uma
via de acesso para infusão de soluções ou administração de medicamentos (contínua ou
intermitente).
Aplicação: aos pacientes internados com prescrição médica de soluções ou
medicamentos intravenosos.
Responsabilidades: enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem.
Contra indicações: absoluta fistula arteriovenosa, esvaziamento ganglionar
(mastectomia), veia esclerosada relativa: braço ou mão edemaciados ou que apresentem
algum tipo de comprometimento, presença de queimadura, plegias no membro a ser
puncionado e área de fossa cubital.

MATERIAIS PARA PUNÇÃO INTRAVASCULAR


 Bandeja
 Garrote
 Clorexidina alcoólica 0,5% ou álcool à 70%, quando não houver clorexidina
alcoólica;
 Bolas de algodão/gazes;
 Cateter intravenoso periférico sobre agulha apropriado ao calibre da veia e rede
venosa do paciente (ex: Jelco nº 24 – 22 em neonatologia/pediatria; Jelco nº 20 a
14 em adultos).
 Filme transparente estéril para fixação, curativo IV 300
 Luvas de procedimento;
 Dispositivo a ser conectado ao cateter venoso de acordo com o objetivo da
punção (Dânula, tubo extensor em Y polifix);
 Material para permeabilização do cateter.

Técnica para punção intravascular


 Lavar as mãos;
 Verificar na prescrição médica: nome do cliente, número do leito, solução a ser
infundida, volume, data e horário;
 Datar o equipo com o prazo de validade, conforme recomendação da CCIH do
hospital
 Identificar o cliente pelo nome completo;
 Explicar o procedimento ao cliente e acompanhante;
 Calçar as luvas de procedimento;
 Posicionar o cliente de maneira confortável e adequada à realização do
procedimento;
 Expor a região a ser puncionada;
 Palpar a rede venosa para escolher o local a ser puncionado, de preferência
vasos periféricos superficiais de grosso calibre e distante das articulações.
Indicadas: cefálica, basílica, mediana, as do antebraço e as do plexo venoso do
dorso da mão; sentido distal para proximal;
 Escolher o cateter adequado ao calibre do vaso periférico;
 Prender o garrote acima do local escolhido (não o colocar sobre as articulações);
 Pedir ao cliente para abrir e fechar a mão e, em seguida, mantê-la fechada;
 Fazer a antissepsia da área usando algodão/gaze embebido em clorexidina
alcoólica 0,5%, com movimentos no sentido do retorno venoso ou circular do
centro para fora;
 Tracionar a pele do cliente (no sentido da porção distal do membro) com a mão
não dominante, posicionando o dedo polegar cerca de 2,5 cm abaixo do local
selecionado para a punção;
 Informar ao cliente o momento da punção, solicitando que faça uma inspiração
profunda;
 Inserir a agulha com o bisel voltado para cima, até observar o refluxo do sangue;
 Retirar o mandril quando puncionar com cateter sobre agulha, fazendo pressão
acima da ponta do cateter com o indicador da mão não dominante;
 Soltar o garrote e solicitar ao cliente para abrir a mão;
 Adaptar a conexão de duas vias ao cateter;
 Testar a permeabilidade do sistema. Observar se não há formação de soroma local;
 Fixar o cateter à pele do cliente, utilizando película transparente estéril de
maneira que fique firme, visualmente estético e que não atrapalhe os
movimentos;
 Identificar no próprio curativo do cateter o dia e hora da punção, o responsável
pela mesma e o calibre do cateter utilizado;
 Colocar o cliente em posição confortável;
 Recolher o material utilizado, desprezar o lixo em local adequado;
 Retirar as luvas de procedimento;
 Higienizar as mãos;
 Realizar as anotações de enfermagem no prontuário do paciente
Terapia intravascular
É a via de administração que consiste na introdução de agulha ou cateter, por via
intravenoso, contendo princípios ativos, vacinas ou hemoderivados nas veias
periféricas, tipicamente nos membros superiores e inferiores. Não existe absorção nesta
via de administração, pois a droga é introduzida diretamente na corrente sanguínea, não
podendo assim ser revertida, um meio ótimo de administrar medicamentos, pela
velocidade e eficiência.
É a via de preferência para fármacos que não podem ser aplicados por via
intramuscular ou subcutânea, quando o objetivo é o início rápido de ação ou quando a
via oral não é possível por intolerância à medicação (como vômitos e dor de estômago)
ou por condição que reduza a absorção do medicamento (como diarreia). A infusão
contínua, consiste na administração de solução controlada através de bomba de infusão,
já a infusão intermitente consiste na administração de solução controlada através de
equipo e controlador de infusão.

Indicações
 Administração de medicamentos e solução em bolus
 Infusão intermitente de medicamentos
 Infusão contínua de medicamentos
 Monitorização da pressão venosa central (PVC)
 Instalação de marca-passo de emergência
 Administração de quimioterápicos
 Monitorização da PAI consequentemente a PAM
 Realização de exames (angioplastia, cateterismo, angiografia)
 Hemodiálise
Cateteres de Longa Permanência
 Cateter Venoso Central (CVC)
 Port-a-catch-implantado
 Cateter de Permcath
 Cateter de PICC

Cateter curta permanência


 Caterer venoso periférico
 Cateter agulhado scalp
 Cateter Shilley
Complicações com Cateteres
 Infiltração- edema e desconforto
 Flebite química, causada por medicamentos
 Flebite bacteriana, causada por inflamação da veia associada com infecção
 Flebite mecânica, uso de um cateter grande em uma veia pequena,
punção inapropriada, manipulação do cateter.
 Bacteremia- manuseio e técnica não asséptica, contaminação.
 Embolia gasosa- grande quantidade de ar dentro dos vasos
 Hemorragia- conexão frouxa,
 Trombose venosa- infusão de soluções irritantes
 Falha mecânica- posicionamento da agulha, dobra no equipo ou cateter.

Cuidados de Enfermagem e Medidas preventivas com Cateteres


 Lavagem das mãos antes e após cada procedimento
 Realizar curativo estéril
 Clorex Degermante 0, 2%, SF0, 9%, Clorex Alcoólico 0,5%
 Luva estéril
 Gaze estéril
 Máscara comum
 Manter Assepsia do local
 Dispor de Conectores, dispositivo de segurança.
 Realizar higiene do hab do cateter
 Realizar limpeza do conector antes e após cada procedimento
 Monitorar a velocidade do fluxo de infusão
 Retirar todo o ar do equipo antes de infundir no paciente
 Tampar as linhas centrais e conectoras corretamente
 Usar assepsia rigorosa, mudar local de inserção a cada 96 horas.
 Certificar que o dispositivo utilizado está bem fixado
 Verificar frequentemente a infusão para permeabilidade, dobras e
movimento excessivo do paciente.
 Anotação de Enfermagem
19-Dreno de Tórax
São tubos transparentes, radiopacos, com marcadores de distância, todas as
aberturas do dreno devem ser mantidas dentro do tórax, para que não ocorra
extravasamento de ar no tecido subcutâneo ou fora da parede torácica, para drenar
sangue e secreções espessas são utilizados drenos de nº 36 a 40, para remoção de ar
drenos de 16 a 28.

Drenagem Torácica
A drenagem torácica reestabelece a pressão pulmonar, remove ar e líquidos do
espaço entre as pleuras permitindo a expansão pulmonar, e impede que o fluxo do
material drenado volte ao tórax.
Sistema de Drenagem
Para estabelecer a pressão intrapleural é necessário um selo para o dreno
torácico (sistema de drenagem subaquática) que impede a quantidade de ar vindo de
fora, temos vários tipos de sistema de drenagem.
 Sistema Câmara única- frasco com uma tampa vedada que tem duas
aberturas, uma para saída de ar e outra para saída de secreção dos pulmões, a água
estéril é colocada no frasco até que a ponta do tubo fique submersa 2 cm criando
vedação aquática fechando o sistema de ar externo.
 Sistema de duas Câmaras-a primeira câmara é o receptor de coleta de
secreção, e a segunda o selo d’água, nesse sistema é aplicado sucção ao frasco do selo
d’água mediante sua conexão à abertura de ar.
 Sistema de três câmaras- há adição de uma câmara para o controle da
sucção ao sistema de duas câmaras, é a maneira mais segura de regular
quantitativamente a sucção.

Complicações com Dreno de Tórax


 Hemorragias
 Obstrução do dreno
 Enfisema subcutâneo
 Ausência de borbulhamento no frasco
 Infecções
 Laceração pulmonar
 Saída acidental do dreno

Cuidados de Enfermagem com Dreno de Tórax


 Manter a permeabilidade do sistema e monitorar a drenagem
 Clampar dreno no transporte do paciente
 Não elevar o frasco selo d’água ao nível do tórax sem clampar
 Não ordenhar o dreno de tórax
 Nunca clampar o dreno quando estiver em sistema de aspiração
 Nunca conectar à rede o vácuo direto no respiro do frasco do selo d’água
 Realizar anotação da quantidade drenada
 Manter o paciente em posição semi-fowler
 Monitorar e administrar medicação prescrita, aliviando a dor.
 Realizar troca diária do curativo de forma asséptica e estéril
 Observar se o dreno apresenta oscilação
 Observar oximetria de pulso
 Restringir o paciente se apresenta confusão mental
 Realizar anotação de enfermagem

20-Intubação Orotraqueal
Tubo
Dispositivo flexível de plástico, radiopaco, que é inserido através da boca para
dentro da traqueia, procedimento de suporte avançado e invasivo, realizado pelo médico
com a ajuda de um laringoscópio introduz o tubo.
Permite oxigenação adequada para clientes com grave comprometimento
respiratório, insuficiência respiratória, parada cardiorrespiratória, embolia pulmonar,
septicemia, doenças do SNC, intoxicações.

O cliente pode necessitar de intubação por diversas razões:


 Manutenção de oxigenação adequada
 Proteção de vias aéreas
 Acesso para aspiração de secreção pulmonar
 Insuficiência respiratória
 Cirurgias
Materiais para Intubação Orotraqueal
 Tubo Orotraqueal
 Fio guia
 Luva estéril
 Seringa de 20 ml
 Cadarço
 Ambu e máscara de oxigênio ligado ao fluxometros para ventilação
 Laringoscópio
 Lâmina de Laringoscópio
 Medidor de Cuff
 Materiais para aspiração, máscara cirúrgica, óculos de proteção.
Indicações para Intubação
 SARA-insuficiência pulmonar por acumulo de liquido e lesão
 Pneumonia-inflamação dos pulmões
 Bronquite aguda-inflamação dos brônquios
 Embolia pulmonar-obstrução da artéria pulmonar
 Pleurisia-inflamação da pleura
 DPOC- Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica
 Fibrose Pulmonar-endurecimento das paredes pulmonares, dificultando a
elasticidade dos pulmões.

Complicações da Intubação
 Deslocamento de mandíbula
 Traumas dentários
 Lesões de lábios, língua e mucosas.
 Intubação Esofágica
 Lesões e perfurações das vias aéreas e esôfago
 Erro de técnica levando a hipoxemia

Cuidados de Enfermagem com o Cliente Intubado


 Lavagem das mãos
 Retirar prótese dentária
 Após intubação fixar o tubo
 Realizar aspiração endotraqueal consequentemente vias aéreas
 Monitorar oximetria de pulso e SSVV
 Realizar higiene da cavidade bucal
 Promover mudança de decúbito a cada 2 horas
 Manter assepsia e cuidados com circuitos ventilatórios
 Reconfirmar a fixação correta do tubo e observar a válvula do cuff
 Observar o mecanismo de ventilação, e fluxometros de parede. Manter
higiene adequada do sistema
 Acompanhar a realização de exames no leito, sempre que realizado por
outros profissionais.
 Anotar parâmetros do ventilador mecânico
 Manter o cliente com a cabeceira levantada 45º
 Deixar o paciente bem posicionado no leito
 Restringir o cliente até que inicie o coma induzido
 Realizar anotação de enfermagem

Extubação
Ato de retirar o tubo endotraqueal da boca do cliente, quando existe indicação e
condições clinicas. O termo de extubação é para clientes intubados, e o termo
decanulação é para clientes traqueostomizado. Antes de iniciar a extubação e a
decanulação, a cliente passa pelo processo de desmame, onde os parâmetros do
ventilador e dispositivos de oxigênio, são diminuídos aos poucos, exige um olhar clinico
rigoroso, é necessário cabeceira elevada, aspiração endotraqueal, cliente consciente,
oximetria de pulso, frequência respiratória adequada, estabilidade hemodinâmica.

21-Traqueostomia
Procedimento cirúrgico, realizado pelo médico no Centro Cirúrgico o qual se
cria um orifício na frente do pescoço do cliente entre 2º e 3º anel da traqueia
introduzindo uma cânula, permitindo uma ventilação adequada, prolongada pode
comprometer as funções motoras e sensoriais dos mecanismos de deglutição, resultando
em disfagia, e favorecer o aparecimento de complicações tardias, incluindo estenose
traqueal, sangramento, fístulas, infecções, hemorragias e broncoaspiração- pneumonias.
Indicações para Traqueostomia
É indicado á cliente entre 10 e 16 dias de internação em uma UTI, mediante a
assinatura de um termo de responsabilidade assinado pela família, clientes
hospitalizados devem ser suspensos os anticoagulantes, também são indicados em casos
de traumas faciais onde á um comprometimento grave de obstrução das vias aéreas, via
aérea definitiva de respiração, favorece aspiração de secreção.
Complicações com Traqueostomia
 Sangramentos externos ligados aos vasos sanguíneos não cauterizados
 Sangramentos internos relacionados diretamente com aumento da
pressão arterial, aspiração inadequada e ulceração da parede traqueal.
 Traqueite
 Enfisema subcutâneo
 Contaminação e proliferação de bactérias

Cuidados de Enfermagem Cliente traqueostomizado


 Realizar higiene das mãos
 Fixar a cânula adequadamente, proteger ao redor da cânula com gaze
 Realizar higiene da cânula e do orifício,
 Realizar aspiração endotraqueal.
 Observar balonete, observar obstrução da cânula, ruídos como roncos.
 Nunca deve insuflar o balonete
 Em casos de perda acidental de cânula, não reintroduzir comunique o
enfermeiro imediatamente, não manipular a cânula bruscamente.
 Observar sangramento, acúmulo de secreção excessivo.
 Realizar anotação de enfermagem
22-CATETERISMO VESICAL
O cateterismo vesical é uma técnica que consiste na introdução de um cateter,
também conhecido por sonda vesical, pela uretra até à bexiga de forma a fazer a
permitir a saída de urina em pessoas que não conseguem controlar esse ato, devido a
obstruções como hipertrofia da próstata, dilatação uretral ou mesmo em casos em que se
pretende realizar exames em urina estéril ou preparar a pessoa para uma cirurgia.

A irrigação da bexiga com cateter de sistema fechado é utilizada procedimentos


cirúrgicos com ressecção de próstata e cirurgia de bexiga ou lesão traumática, que
exigem irrigação frequente ou contínua da bexiga, sendo usada para administração de
medicamentos, favorecer a homeostasia ou remover coágulos e detritos do cateter e da
bexiga. O cateter de três vias é usado para a irrigação fechada, sendo que nos casos
cirúrgicos, o cirurgião o coloca durante a operação, quando necessário.

A bolsa de irrigação, o equipo e os sistemas de drenagem devem ser mantidos


como um sistema estéril fechado para reduzir o risco de infecção. Ressalta-se que deve
ser monitorada rigorosamente a igualdade entre a quantidade de irrigante instilado e
retornado

INDICAÇÕES
 Alívio da retenção urinária aguda ou crônica;
 Controle da produção de urina pelo rim;
 Doença renal pós-renal, por obstrução infra-vesical;
 Perda de sangue pela urina;
 Recolha de urina estéril para exames
 Medição do volume residual;
 Controle de incontinência urinária
 Dilatação ureteral;
 Avaliação da dinâmica do aparelho urinário inferior;
 Esvaziamento da bexiga antes, durante e após cirurgias e exames;
 Além disso, o cateterismo vesical, também pode ser usado para realizar a
administração de medicamentos diretamente na bexiga, em casos de infecções
graves.
Cuidados de enfermagem com cateterismo vesical
 Observar o aspecto e a quantidade de urina drenada;
 Manter uma boa fixação da sonda, intercalando as fixações a cada troca;
 Realizar troca da fixação a cada 24 horas ou quando for necessário;
 Manter a bolsa coletora abaixo do nível da bexiga, para que a drenagem seja
feita de forma adequada;
 Não encostar a bolsa coletora no chão, isso causa contaminação;
 Se necessário manter a bolsa acima da altura da bexiga, deve-se manter o clamp
fechado, que acima de tudo impede o refluxo urinário;
 Esvaziar a sonda sempre que estiver cheia ou a cada 6 horas em caso de controle
hídrico;
 Manter o clamp fechado por 30 minutos antes de realizar coleta de urina para
exames;
 Realizar assepsia com álcool a 70% no local apropriado para punção do sistema
fechado de sondagem, no silicone para coleta de urina;
 Realizar a punção com agulha 25×7 e seringa de 10 ml no silicone para coleta de
urina;
 Utilizar contenção mecânica em membros superiores para a segurança do
paciente quando for indicado, consequentemente evita que a sonda seja
tracionada.
 Manter sempre o cateter e o saco coletor bem limpos, assim como os órgãos
genitais lavados e secos, para evitar contaminação e uma infecção urinária.
 Observar se a cor e aspecto da urina se mantém normal, (amarelada e sem
coágulos de urina) caso esteja alterada (rosada, marrom ou verde) pode ser sinal
de complicações que devem ser imediatamente informadas ao médico para evitar
prolongar o uso do cateter.
 Manter o cateter e o saco coletor limpos para manter limpa e sem cristais de
urina, que podem obstruir ou provocar infecção, deve-se:
 Evitar puxar ou empurrar o cateter vesical, pois pode provocar feridas na bexiga
e na uretra;
 Não levantar a bolsa coletora acima do nível da bexiga, mantendo-o pendurado
na beira da cama ao dormir, por exemplo, para a urina não entrar na bexiga
novamente;
 Nunca colocar a bolsa no chão, transportando-o sempre que for preciso dentro
de uma sacola de plástico ou amarrado na perna, para evitar que as bactérias do
chão contaminem o cateter.
 Esvaziar a bolsa coletora sempre que estiver com metade da sua capacidade
preenchida de urina.
 Secar bem o saco coletor e a sonda depois do banho.

Observar sinais de alerta que indicam que se deve ir imediatamente no hospital


ou pronto socorro, para trocar o cateter e fazer exames, são:

 Sangue dentro do saco coletor da sonda vesical;


 Urina vazando fora da sonda;
 Febre acima de 38º C e calafrios.
 Dor na bexiga.
23-LESÃO DE PELE
A pele humana é o maior órgão do corpo em termos de superfície e peso, como
todo órgão é um conjunto de tecidos que possuem células de diferentes funções, a pele é
formada por três camadas, epiderme, derme e hipoderme.

FERIDA
É qualquer interrupção na continuidade da pele, que afeta sua integridade,
causando deformidades pode ser superficial ou profunda, fechada ou aberta, simples ou
complexa, aguda ou crônica.
As feridas são superficiais quando limitadas à epiderme, derme e hipoderme, e
profundas quando outras estruturas são atingidas, fácies, músculo, articulações,
cartilagens. Tendões, ligamentos, ossos, vasos e órgãos cavitários. Nos ferimentos
fechados, a continuidade da pele e dos tecidos não é violada ou danificada, eles podem
ser tanto superficiais quanto profundas.
Nas feridas abertas ocorrem a descontinuidade e o rompimento da barreira de
proteção da pele, acentuando os riscos de infecção, as feridas simples evoluem
rapidamente para cicatrização, já as complexas evoluem lenta e progressiva, evoluindo
para cronicidade, podem estar contaminadas, colonizadas ou infectadas quando
mostram processo infeccioso com tecido desvitalizados, exsudação e odor
característico.

TIPOS DE FERIDA

Feridas agudas
São acidentais, agudas ou traumáticas, cicatrizam sem complicações, a lesão é
provocada por objetos cortantes, contundentes, perfurantes ou lacerantes, introdução de
venenos, mordeduras, queimaduras, entre outros fatores.
Além disso, esses traumas podem resultar em outros tipos de feridas, como
amputação e avulsão, ferimentos corto-contusos, escoriações, esmagamentos, incisões,
lacerações e lesões perfurantes. As feridas podem ser classificadas pelo tipo de agente
causal, grau de contaminação, tempo de traumatismo e profundidade das lesões.
Agentes causais
Incisas ou cortantes
Essas feridas são causadas por objetos cortantes como facas, bisturis ou lâminas.
Suas principais características são o predomínio do comprimento sobre a profundidade,
as bordas regulares e nítidas, na maioria dos casos, retilíneas.
Na ferida incisa, a profundidade do corte é igual de um extremo ao outro. Já na
ferida cortante, a parte do meio é mais profunda.

Corto-contusa
O agente causal não tem corte tão acentuado. O que causa a penetração do objeto
(ex.: machado) é a força do traumatismo.

Perfurante
São causadas por agentes longos e pontiagudos (ex.: prego). Pode atravessar um
órgão (lesão transfixantes) e a gravidade da ferida está na importância do órgão
atingido.

Perfuro-contusas
São causadas por armas de fogo. Nesse tipo de ferida, podem ou não existir dois
“buracos” (entrada e saída da bala).

Perfuro-incisas
São feridas causadas por objetos perfuro-cortante, como um punhal.
Externamente, pode-se ter uma pequena marca na pele, mas, profundamente, pode-se ter
o comprometimento de órgãos importantes.

Grau de
contaminação Limpas
São feridas provocadas em ambiente cirúrgico e nenhum sistema foi aberto
(digestório, respiratório ou genito-urinário). Tem baixa probabilidade de infecção (1 a
5%).

Limpas-contaminadas
As feridas limpas-contaminadas, ou potencialmente contaminadas, há
contaminação grosseira. Situações cirúrgicas em que houve a abertura de algum dos
sistemas são consideradas como limpas-contaminadas. O risco de infecção é de 3 a
11%.
Contaminadas
Feridas contaminadas têm reações inflamatórias, ou seja, tiveram contato com
materiais como terra, fezes, etc. Se já se passou seis horas após o surgimento da ferida,
ela também é considerada como contaminada. Seu risco de infecção é de 10 a 17%.

Infectadas
São feridas que apresentam nítidos sinais de infecção, sofrem a invasão de
microorganismos patogênicos que causam Infecção.

Feridas crônicas
São associadas a doenças como diabetes, hipertensão arterial sistêmica,
hanseníase, neoplasias, problemas neurológicos, entre outros. Não cicatrizam no tempo
esperado e complicações ao longo do processo de reparação do tecido são recorrentes.
A cura ou controle da doença é, na maioria das vezes, essencial para que cicatrização
aconteça.
Entre as feridas crônicas estão a úlcera vasculogênica, a úlcera venosa, a úlcera
arterial, a úlcera neuropática, a úlcera do pé diabético e a úlcera por pressão.
Lesão por pressão
São localizadas em uma área de necrose celular. Esse tipo de úlcera é resultante
da compressão do tecido mole entre uma proeminência óssea e uma superfície dura por
um período prolongado.
As pessoas mais propensas a desenvolverem uma úlcera por pressão são pessoas
com alterações de mobilidade, de percepção sensorial, de circulação periférica e do
nível de consciência, além daqueles que sofrem com incontinência, má nutrição e
imunodepressão.

Lesões vasculares
Úlceras vasculares podem ser definidas como a perda da continuidade da pele
nos membros inferiores (abaixo dos joelhos). O processo de cicatrização dura por mais
de seis semanas.
Tem altas chances de reaparecer depois de um determinado período e afetam
principalmente pessoas idosas ou com alguma doença como: diabetes, artrite,
hipertensão arterial, hanseníase, entre outras, podem causar dor, depressão, redução da
movimentação, incapacidade para o trabalho, perda da autoestima e isolamento.

Lesões neuropáticas
Úlcera plantar na hanseníase: o comprometimento dos nervos periféricos é uma
das características da hanseníase, podendo diminuir ou causar a perda da sensibilidade
nos membros. É imprescindível que os pacientes hidratem e lubrifiquem a pele para
prevenir a úlcera plantar.
Lesão diabética o aumento da glicose (hiperglicemia) pode causar a perda de
sensibilidade das pernas e dos pés. Além disso, a hiperglicemia pode causar o
endurecimento e estreitamento das artérias, diminuindo o fluxo sanguíneo para os
membros inferiores, desencadeando uma doença vascular.
Cicatrização cutânea
Cicatrização cutânea é o termo que se refere ao processo de reparação tecidual
da pele, no qual o tecido lesionado é substituído por um tecido novo, reparação das
camadas da pele é composta por diversos fatores, como a regeneração de células
especializadas e a formação do tecido de granulação.

Tipos de cicatrização
Cicatrização de primeira intenção: ocorre, geralmente, em lesões causadas
por objetos cortantes. A ferida é fechada por aproximação de suas bordas, pois há pouca
perda tecidual e baixo índice de complicações. A lesão fecha entre 4 e 10 dias e a
cicatriz é linear.

Cicatrização de segunda intenção: quando há perda acentuada de tecido. As


bordas da ferida não se unem e, portanto, esse espaço precisa ser preenchido por tecido
de granulação que, na sequência, irá reepiteliza. O processo todo pode durar meses.
Cicatrização de terceira intenção: o processo envolve limpeza,
desbridamento (retirada dos tecidos mortos) e, posteriormente, fechamento da lesão por
meio de suturas, enxertos ou retalhos. O resultado estético é intermediário.

Fases da
cicatrização Fase
Inflamatória
Pode durar de 1 a 4 dias, variando de acordo com a extensão e o tipo da lesão. É
caracterizada pela presença de secreção (exsudato). Nessa fase pode haver edema,
vermelhidão e dor porque ocorre a liberação de mediadores químicos e a ativação do
sistema de coagulação sanguínea.
Fase Proliferativa
É a fase da regeneração, que pode durar de 5 a 20 dias. Como o nome diz, as
células se proliferam, resultando em rica vascularização e infiltração de macrófagos.
Somados, esses processos formam o tecido de granulação, parte essencial da
cicatrização da pele.

Fase de Reparo
Essa última fase pode durar meses. O tecido formado na fase anterior é
remodelado para aumentar sua resistência. Para amenizar o aspecto da cicatriz, as fibras
são realinhadas, o que melhora progressivamente sua tonalidade, passando do vermelho
escuro ao tom rosa claro. Fatores importantes sobre o tecido de granulação:
É resistente a infecções, epitélio migrará sobre sua superfície, dá suprimento
para os fibroblastos produzirem colágeno, ajuda no processo de contração da ferida
(redução do tamanho da lesão).

24-CURATIVO
Curativo ou cobertura é definido como um meio terapêutico que consiste na
limpeza e aplicação de material sobre uma ferida para sua proteção, absorção e
drenagem, com o intuito de melhorar as condições do leito da ferida e auxiliar em sua
resolução.

Finalidade
 Limpar a ferida;
 Promover a cicatrização, eliminando fatores que possam retardá-la;
 Tratar e prevenir infecções;
 Prevenir contaminação exógena;
 Remover corpos estranhos;
 Proteger a ferida contra traumas mecânicos;
 Promover hemostasia;
 Fazer desbridamento mecânico e remover tecidos necróticos;
 Reduzir edemas;
 Drenar e/ou absorver secreções e exsudatos inflamatórios;
 Diminuir odor;
 Manter a umidade da ferida;
 Fornecer isolamento térmico;
 Dar conforto psicológico ao paciente;
 Diminuir a intensidade da dor;
 Limitar a movimentação em torno da ferida.

Tipos de curativo
Variando de acordo com a natureza, a localização e o tamanho da ferida, os
curativos, em alguns casos, necessitam de compressão, em outros, a lavagem exaustiva
com solução fisiológica e há os que exigem imobilização com ataduras, veja:
Curativo semi-oclusivo: curativo absorvente e utilizado em feridas cirúrgicas,
drenos e feridas exsudativas;
Curativo oclusivo: não permite a entrada de ar ou fluídos, atua como barreira
mecânica, impedindo a perda de fluídos. Também promove o isolamento térmico e veda
a ferida, para impedir enfisema e formação de crosta;
Curativo compressivo: para reduzir o fluxo sanguíneo
Curativos abertos: realizados em ferimentos que não há necessidade de serem
ocluídos.
Os curativos são divididos em:
Primários – quando usados em contato direto com o tecido lesado.
Secundários – colocados sobre o curativo primário.

Produtos para cobertura


Hidrogel: mantém o meio úmido; promove desbridamento autolítico; estimula a
cicatrização.
Indicado para remoção de crostas e tecidos desvitalizados de feridas abertas.

Alginato de cálcio: auxilia o desbridamento; tem alta capacidade de absorção;


forma um gel que mantém o meio úmido; induz à hemostasia.
Indicado para feridas abertas, sangrando, altamente exsudativas, com ou sem
infecção.

Filme transparente: proporciona meio úmido, favorece a cicatrização. Indicado


para a proteção de proeminências ósseas e cobertura secundária em curativos oclusivos.

Hidrocoloide extrafino: absorve exsudatos, mantém o pH ácido e o meio


úmido; estimula o desbridamento autolítico e a angiogênese; protege terminações
nervosas.
Indicado para tratamento de feridas abertas não infectadas e pouco exsudativas.

Papaína: provoca dissociação das moléculas de proteína, resultando em


desbridamento químico; bactericida e bacteriostático; estimula a força tênsil das
cicatrizes; acelera o processo de cicatrização.
Indicado para o tratamento de feridas abertas e desbridamento de tecidos
desvitalizados.

Gaze não aderente e não impregnada: protege a ferida; preserva o tecido de


granulação; evita aderência ao leito da ferida.
Indicado para quando há a necessidade de evitar a aderência do curativo ao leito
da ferida, resultando numa troca sem dor e com proteção do tecido e na cobertura
primária na ferida aberta.

Curativo absorvente com prata: promove meio úmido ideal para processo de
cicatrização; não adere na ferida; é fácil de aplicar e retirar; tem efetividade
antimicrobiana por até 7 dias.
Indicado para feridas de espessura parcial a total, infectadas, não infectadas,
úlceras venosas e áreas doadoras de enxerto.

Ácidos graxos essenciais: protege, hidrata o leito da ferida, restaura a pele na


formação de tecido de granulação.
Indicado para ferida em fase de granulação, sem infecção; Prevenção e
tratamento das LPP de graus I, II e III; tratamento de feridas crônicas ou agudas na
ausência de processos infecciosos.

Carvão ativado: tem ação de absorção bactericida e desodorizante. Indicado


para feridas exsudativas, limpas ou infectadas, crônicas ou agudas, superficiais ou
profundas e com odor desagradável, como carcinomas fúngicos, feridas ulcerativas
traumáticas e deiscências cirúrgicas.
Pasta hidrocoloide: interage com o exsudato da ferida formando um meio
úmido que favorece o processo de cicatrização, propiciando o desbridamento autolítico
e permitindo a remoção não traumática do curativo, sem danificar os tecidos recém-
formados.
Indicado para o tratamento de úlceras de pele exsudativas, incluindo feridas
profundas.

Curativo de hidrofibra: altamente absorvente. Forma um gel macio que


interage com o exsudato da ferida, mantendo o meio úmido ideal para a cicatrização da
ferida e desbridamento autolítico.
Indicado para abrasões, lacerações, queimaduras de segundo grau, úlceras
vasculogênica, feridas cirúrgicas e traumáticas.

Membracel: membrana porosa capaz de substituir temporariamente a pele


humana, promovendo a rápida regeneração.
Indicada para tratamentos preventivos e curativos de lesões resultantes da perda
do epitélio, especialmente as com grande potencial de infecção, que sejam
caracterizadas como ferimento superficial ou profundo, com exsudação abundante ou
escassa.

Cavilon Spray: barreira que oferece total proteção contra irritações de pele
decorrentes de incontinência urinária e fecal, e danos causados pelos adesivos em
curativos repetitivos.
Indicado para proteção da pele ao redor de ostomias, fístulas e feridas drenantes;
processos alérgicos a adesivo (fitas); peri-estomas; feridas exsudativas; ao redor de
cânulas de entubação, traqueostomias, gastrostomias; dermatite e irritação de pele;
lesões de pele decorrentes de incontinências urinárias e/ou fecais, sucos digestivos
(ostomias), fricção, cisalhamento e agressões de adesivos devido trocas constantes de
curativos.

25-OSTOMIAS
Ostoma, ostomia, estoma ou estomia são palavras que possuem o mesmo
significado, derivado do grego em que “osto” é boca e “tomia” abertura, é uma cirurgia
realizada com objetivo de construir um caminho alternativo de comunicação com o
meio exterior, para eliminar a urina ou as fezes, assim como auxiliar na respiração ou na
alimentação. É um procedimento que promove a qualidade de vida do paciente. Mas,
ainda têm pessoas com preconceito ou que olham torto quando alguém diz ou mostra
que é ostomizado.

Jejunostomia
A jejunostomia é um acesso ao intestino (mais precisamente o segundo
seguimento do intestino delgado) com o objetivo principal de fornecer aporte
nutricional devido a alguma condição que impeça a alimentação por via oral ou gástrica.
Indicações para jejunostomia
 Via de acesso à nutrição enteral, nas situações de impedimento da utilização das
porções altas do tubo digestivo, como nos processos estenosantes do esôfago e
do estômago;
 Interrupção alimentar temporária do esôfago após operações extensas sobre os
mesmos;
 Descompressão luminal, após a correção cirúrgica de traumatismos que
envolvem o confluente biliopancreático-duodenal;
 Recuperação de fístulas de portadores de deiscências em anastomoses
gastrintestinais;
 Tumores gástricos inextirpáveis, carcinoma de esôfago, proteção de suturas
gastrintestinais, pancreatite aguda necrohemorrágica;

Gastrostomia
A gastrostomia é um procedimento cirúrgico para criação de uma abertura
artificial externa do estômago ao exterior para suporte nutricional ou descompressão
gástrica.
Indicações para gastrostomia
 Via de drenagem do conteúdo gástrico;
 Via de administração de nutrientes;
 Prevenir distensão e refluxo do conteúdo gástrico;
 Doenças neurológicas (derrame cerebral, Alzheimer, Parkinson, esclerose
lateral);
 Amiotrófica (demência senil, trauma da face e cranioencefálico, paralisia
cerebral etc.)
 Câncer (onde haja viabilidade do trato gastrointestinal com expectativa
prolongada de vida);
 Uso prolongado de Nutrição Enteral por sonda

Cuidados de enfermagem com gastrostomia e jejunostomia


 Lavagem das mãos antes e após o procedimento
 Higienização do local da gastrostomia ou jejunostomia
 Manter sonda fixada na pele com micropore antialergenico
 Não tarcionar
 Manter a sonda sempre fechada se não estiver em uso
 Tentar para rubor, secreção purulenta no local de inserção do cateter
 Observar diariamente a marcação ou numeração da sonda
 Observar extravazamento pelo ostio da gastrostomia ou jejunostomia
 Fornecer dieta com a cabeceira elevada
 Passar de 20 a 50ml de agua filtrada após cada alimentação
 Diluir bem as medicações antes de administrar
 Em caso de saida acidental da sonda de gastrostomia e jejunostomia comunicar
o enfermeiro e o medico
 Não pinçar ou clampear os cateteres com pinça
 Realizar anotação de enfermagem
Colostomia
A colostomia é um tipo de ostomia que
consiste na ligação do intestino grosso
diretamente à parede do abdômen, permitindo a
saída de fezes para uma bolsa, quando o
intestino não pode ficar ligado ao ânus. Isto
normalmente acontece após cirurgias para tratar
problemas no intestino, como câncer ou
diverticulite.

A colostomia podem ser temporárias, pois geralmente só são utilizadas para


facilitar a cicatrização do intestino após a cirurgia, algumas podem ser mantidas por
toda a vida, especialmente quando é preciso remover uma parte muito grande do
intestino, que não permite voltar a ligar ao ânus. A colostomia é indicada pelo médico
quando são identificadas alterações no intestino grosso de forma que as fezes não
conseguem ser eliminadas corretamente pelo ânus. Assim, a colostomia é indicada após
de realização de cirurgias para câncer de intestino, diverticulite ou doença de Crohn.

Cuidado da bolsa da colostomia


 Retirar a bolsa, descolando lentamente para não magoar a pele. Uma boa dica
consiste em colocar um pouco de água morna na região para ajudar a descolar
mais facilmente;
 Limpar o estoma e a pele em volta com um pano macio limpo umedecido em
água morna. Não é necessário utilizar sabão mas, caso se prefira, pode-se utilizar
um sabão neutro, que deve ser bem retirado com água limpa antes de colocar a
nova bolsa;
 Secar bem a pele em volta da colostomia para permitir que a nova bolsa fique
colada na pele. Não é recomendado utilizar qualquer creme ou produto na pele
sem indicação do médico;
 Cortar um pequeno buraco na bolsa nova, do mesmo tamanho da colostomia;
 Colar a bolsa nova de volta no local correto.
O conteúdo da bolsa suja deve ser colocado no vaso sanitário e depois a bolsa
deve ser jogada no lixo, pois não deve ser reutilizada devido ao risco de desenvolver
infecções. Porém, se a bolsa for reutilizável, deve-se seguir as instruções do fabricante
para fazer uma lavagem correta e garantir que fica desinfectada.

Ileostomia
A ileostomia é um tipo de procedimento em que é feita uma ligação entre o
intestino delgado e a parede abdominal com o objetivo de permitir que as fezes e os
gases sejam eliminados quando estes não podem passar pelo intestino grosso devido à
doenças, sendo direcionadas para uma bolsa que fica ajustada ao corpo.
A ileostomia serve para redirecionar o fluxo do intestino delgado quando o
intestino grosso possui alterações, sendo indicada principalmente após cirurgias para
tratamento de câncer no intestino ou no reto, colite ulcerativa, doença de Crohn,
diverticulite ou perfurações no abdômen. Assim, as fezes e os gases são direcionados
para uma bolsa coletora que fica ajustada ao corpo e que precisa ser trocada de forma
regular. No intestino há absorção de água e ação dos microrganismos que fazem parte
da microbiota intestinal, deixando as fezes com consistência mais pastosa e sólida.
Assim, no caso da ileostomia, como não há passagem pelo intestino grosso, as fezes são
bastante
líquidas e ácidas, o que pode causar bastante irritação na pele.
A ileostomia é um tipo de ostomia, que corresponde a um procedimento
cirúrgico que tem como objetivo ligar um órgão ao meio externo e, nesse caso, o
intestino delgado à parede abdominal.
Como consequência desse procedimento, há formação de um estoma, que
corresponde ao local da pele em que foi feita a ligação, que pode ser permanente,
quando é verificado que não há possibilidade de manter a função normal do intestino,
ou temporária, em que permanece até que o intestino esteja recuperado.
O principal cuidado após a ileostomia é relacionado à bolsa e ao estoma, de
forma a evitar inflamações e infecções no local. Assim, é importante que a bolsa de
ileostomia seja trocada de forma regular, de preferência quando atingir 1/3 de sua
capacidade máxima, evitando vazamentos, devendo o conteúdo ser jogado no vaso
sanitário e a bolsa descartada para evitar infecções, no entanto, algumas bolsas são
reutilizáveis e, por isso, é importante que a pessoa siga as instruções de desinfecção.

Para evitar grande irritação na pele devido à acidez das fezes, é importante que a
abertura da bolsa seja do tamanho do estoma, para evitar que as fezes liberadas entrem
em contato com a pele, além disso, mesmo que não haja contato entre o conteúdo
liberado na bolsa e a pele, após retirar a bolsa é importante limpar bem a região e o
estoma, de acordo com as orientações do enfermeiro, secar bem a pele e colocar a outra
bolsa.

Pode ser indicado também pelo médico o uso de um spray ou pomada protetora,
que evita a irritação da pele causado pelo conteúdo liberado da ileostomia. É importante
também que a pessoa beba bastante água durante o dia, já que há maior risco de
desidratação, uma vez que as fezes são bastante líquidas e não há reabsorção de água
pelo organismo devido ao fato da fezes não passarem pelo intestino grosso.
Eletrocardiógrafo
Eletrocardiógrafo é um equipamento médico, utilizado na realização do exame
eletrocardiograma (ECG), que registra variações na atividade elétrica do coração,
através de uma série de eletrodos fixados em pontos específicos da pele do paciente.

BRAÇADEIRAS
ELETRODOS VENTOSAS

Eletrocardiograma
O Eletrocardiograma também é chamado de ECG ou eletrocardiografia. É um
exame que avalia a atividade elétrica do coração por meio de eletrodos fixados na pele.
Através desse exame, é possível detectar o ritmo do coração e o número de batimentos
por minuto. Eletrodos cardíacos são pequenos dispositivos que conectam o paciente ao
monitor do aparelho de ECG, os eletrodos são as partes do eletrocardiógrafo que ficam
em contato com pele do paciente durante o eletrocardiograma.
Vale lembrar que o ECG é um exame que registra a atividade elétrica do
coração, mostrando informações sobre o ritmo, átrios e ventrículos, válvulas cardíacas e
a condução dos impulsos elétricos. Essas informações são coletadas através de eletrodos
cardíacos, que devem respeitar determinadas posições, por isso que é tão importante
saber como colocar eletrodos no paciente.
Os dispositivos captam dados sobre o funcionamento do coração, que são
transmitidos a um monitor e, então, registrados em gráficos de linha.

Classificação e localização dos eletrodos do eletrocardiograma


A forma padrão de eletrocardiograma, chamada ECG de 12 derivações, precisa
de 10 eletrodos para ser realizada, derivações são as atividades elétricas captadas de
cada eletrodo e que mostram a atividade elétrica de cada parte do coração no ECG.

Os 10 eletrodos utilizados no exame são classificados em dois grupos:


periféricos e precordiais, eletrodos periféricos são quatro dispositivos usados para obter
registros em plano frontal. Em geral, esses eletrodos possuem cores diferentes, de
acordo com padrões da International Electrotechnical Commission (IEC).

Os eletrodos periféricos devem ser fixados de modo a evitar que fiquem sobre os
ossos do pulso ou calcanhar.
Observe, então, como colocar eletrodos no paciente:
Vermelho (R): no braço direito (Right)
Amarelo (L): no braço esquerdo (Left)
Verde (F): na perna esquerda (Foot)
Preto (N): na perna direita (Neutro).
Caso o paciente tenha algum dos membros amputado, o dispositivo deve ser
colocado na extremidade mais próxima ao membro, usando um adesivo descartável para
fixar.
A posição correta para os seis eletrodos precordiais costuma gerar mais dúvidas,
pois nem sempre eles vêm em cores, sendo nomeados por número de 1 a 6, sua fixação
deve ocorrer no tórax do paciente, uma recomendação para encontrar os locais corretos
é achar o ângulo de Louis, também conhecido como ângulo esternal, ele pode ser
encontrado tateando a parte central da base da garganta. Se você mover os dedos um
pouco para baixo, vai sentir um nódulo formado por ossos: é o ângulo de Louis. A partir
dele, mexa os dedos para a direita até localizar um vão entre as costelas – é o 2º espaço
intercostal, próximo espaço abaixo é o 3º espaço intercostal, e assim segue.

1. O primeiro eletrodo torácico (V1), precisa ficar no 4º espaço intercostal, à


margem direita do esterno (VERMELHO)
2. O segundo (V2) fica no 4º espaço intercostal, à margem esquerda do esterno
(AMARELO)
3. O terceiro (V3) deve ser inserido no espaço entre V2 e V4 (VERDE)
4. O quarto (V4) fica no 5º espaço intercostal esquerdo, na linha abaixo do ponto
médio da clavícula (hemicavicular) (MARROM)
5. O quinto eletrodo (V5) deve ser posicionado também no 5° espaço intercostal,
nível que V4, mais para a esquerda, na linha axilar anterior (PRETO)
6. O último dispositivo (V6) deve ficar no mesmo nível que V4 e V5, pouco mais
para a esquerda, na linha axilar média. (ROXO)
Indicação para ECG
 Irregularidades no ritmo cardíaco (arritmia), seja por um coração acelerado
(taquicardia), devagar (bradicardia) ou fora do ritmo;

 Aumento de cavidades cardíacas;

 Patologias coronarianas;

 Infarto do miocárdio;

 Distúrbios na condução elétrica do órgão;

 Problemas nas válvulas do coração;

 Pericardite - Inflamação da membrana que envolve o coração;

 Hipertrofia das câmaras cardíacas - átrios e ventrículos;

 Doenças que isolam o coração - derrame pericárdico ou pneumotórax;


 Infarto em situações emergenciais;

 Doenças genéticas;

 Doenças transmissíveis (Doença de Chagas)


Além disso, o exame também pode monitorar se dispositivos mecânicos
implantados no coração estão funcionando, tais como marca-passos, e se o uso de
determinados medicamentos está causando efeitos colaterais no coração, exame também
são comumente solicitados na avaliação pré-operatória.

Procedimentos
 Lavagem das mãos
 Orientar o cliente sobre o procedimento
 Posiciona-lo em uma maca de modo que esteja confortável
 Realizar antissepsia com álcool 70%, afim de limpar e desengordurar a pele
 Em homens realizar tricotomia para remoção de pelos
 Colocar os eletrodos de forma correta no tórax do cliente os conectar os fios do
cardiógrafo
 Colocar o papel para ECG termossessível para registrar os impulsos elétricos em
forma de traçado (ondas P, QRS, ST...)
 Se não tiver eletrodos, a monitorização deverá ser feita com perinhas, utilize gel
condutor para contato
 Ligue o aparelho, certifique-se que todas as derivações estão conectadas ao
cliente corretamente
 Não é necessário solicitar que o cliente retire relógios, alianças, anéis, pulseiras
ou celulares, o coração não emite impulsos eletromagnéticos
 Se o cliente for mulher não expor o cliente de forma que o deixará constrangida
 Após exame, de um papel toalha para o cliente se limpar, ou em caso de
impossibilidade limpe o gel do tórax do cliente
 Limpe os fios com álcool 70%, organize o equipamento, sempre deixe-o
carregando na energia elétrica
 Identifique o exame com nome, data de nascimento do cliente, unidade, data do
exame e hora, em seguida o nome e carimbo do responsável.
 Realize anotação de enfermagem.
Monitorização Hemodinâmica

27- Glicosimetro

O glicosímetro é um aparelho utilizado para medir os níveis de glicose no


sangue, sendo principalmente utilizado por pessoas que possuem diabetes do tipo 1 e 2,
já que permite saber quais os níveis de glicose ao logo do dia.

O teste de glicemia capilar, permite acompanhar os níveis de glicemia no sangue


durante o período de internação, avaliando a eficiência da dieta, da medicação oral e da
administração da medicação, e também por meio desses resultados que o médico
consegue avaliar a saúde do paciente e indicar a melhor conduta. Valores recomendados
pela Associação Americana de Diabetes (ADA):
 Glicemia em jejum: 70 a 99 mg/dL.
 Glicemia pós-prandial até 2 horas após alimentação: 70 a 140 mg/dL.
Indicado para uso externo, deve ser usado apenas para testes de glicemia, com
amostra de sangue capilar fresco, no entanto não deve ser usado para diagnóstico de
diabetes.

Como evitar erros de leitura


 Limpeza inadequada do aparelho.
 Uso do glicosímetro ou da fita em temperaturas diferentes da temperatura
ambiente.
 Fitas fora do período de validade.
 Glicosímetro não calibrado para a caixa de fitas em uso.
 Gota de sangue muito pequena.
28- CALCULO DE MEDICAMENTO
Para aprendermos a calcular corretamente as medicações, é necessário que
conheçamos alguns conceitos fundamenta
Dose: é a quantidade de medicamento que foi prescrito pelo profissional
(médico, enfermeiro, farmacêutico, etc.) que, quando administrado causa o efeito
desejado.
Dosagem máxima: é uma quantidade grande de medicamento, mas que é bem
tolerada pelo organismo humano e não causa efeitos colaterais ou tóxicos.
Toxicidade: é a chamada dose tóxica, e ocorre quando a quantidade de
medicamento ultrapasse a dose máxima recomendada.
Dosagem letal: é a quantidade de medicamento que, ao ser administrada, causa
a morte do paciente.
Dose de manutenção: é uma quantidade de medicamento que se mantém
concentrado no sangue/organismo do paciente por muito tempo. Por exemplo: insulina
de longa duração.
Posologia: Posologia é a forma de utilizar os medicamentos, ou seja, o número
de vezes e a quantidade de medicamento a ser utilizada a cada dia, que varia em função
do paciente, da doença que está sendo tratada e do tipo de medicamento utilizado. A
posologia está relacionada com o tempo de ação e a dose terapêutica do medicamento
em questão.

Tabela de cálculo de medidas e conversões


1 mililitro = 20 gotas
20 gotas = 60 microgotas
1 gota = 3 microgotas
1 grama = 1.000 miligramas
(mg)
1 litro = 1.000 mililitros (ml)
1 colher de sopa = 15 mililitros (ml)
1 colher de sobremesa = 10 mililitros (ml)
1 colher de chá = 5 mililitros (ml)
1 colher de café = 3 mililitros (ml)
Muitas vezes, devido a própria correria do dia-a-dia, nos deparamos com
prescrições que pedem para fracionar ou calcular o gotejamento de alguns
medicamentos. E muitas vezes nos esquecemos de fazer os cálculos que aprendemos
durante a formação.

Agora, vamos conferir como fazer as conversões dividindo ou multiplicando os


valores que você encontrar nas prescrições de medicamentos que são líquidos, como
soros ou suspensões:

Microgotas Gotas Dividir por 3


Gotas Microgotas Multiplicar por 3
Microgotas Mililitros Dividir por 60
Mililitros Microgotas Multiplicar por 60
Gotas Mililitros Dividir por 20
Mililitros Gotas Multiplicar por 20

Calculo de insulinoterapia
O frasco ampola possui gradação em unidades internacionais (UI), deve ser
preservado em temperatura de 2 ºC a 8 ºC graus. Geralmente, os frascos e as ampolas
são proporcionais (nas ampolas também estão detalhadas as UI), sendo desnecessário
calcular a quantidade correta desse medicamento. Nesses casos, basta aspirar a
quantidade prescrita e administrar.

Portanto, se temos na unidade frascos de 80 UI, também devemos aspirar com


seringas graduadas em 80 UI, no entanto, quando as seringas e os frascos são
desproporcionais, é necessário realizar o cálculo.

Em uma unidade de saúde, foi prescrito a administração de 10 UI de insulina


regular. No entanto, há apenas frascos de 40 UI e seringas de 80 UI. Portanto, quanto de
insulina deverá ser aspirada do frasco?

UI = P x S
F
As letras significam:
P: quantidade prescrita pelo médico
S: graduação da seringa
F: concentração do frasco
EXERCICÍOS DE FIXAÇÃO
1- Foi prescrito 1000 ml de soro fisiológico 0,9% para ser infundido em 12 horas.
Aplicando a formula de gotas
2- Qual o valor em microgotas por minuto para infundir os 1000 ml de soro em 12
horas? Aplicando a fórmula microgotas.
3- Foi prescrito metronidazol 500 mg via endovenosa em 100 ml de SF 0,9%
para infundir em 50 minutos.
a-Quantas gotas deverão ser infundidas por minuto? Aplicar fórmula tempo dado em
minutos para gotas.
b- Quantas microgotas deverão ser infundidas por minuto? Aplicar formula dado em
minutos para microgotas.
4- Foi prescrito 2500 ml de soro glicosado a 5% para ser infundido em 24 horas.
O cálculo de gotas por minuto deve ser de?
5- Foi prescrito 250 ml de soro glicofisiológico para serem infundidos em 3
horas. O gotejamento em microgotas deverá, aproximadamente, ser de:
6- Foi prescrito 1500 ml de soro glicofisiológico para ser administrado em 8 horas.
Qual deverá ser o gotejamento?

Calculo de medicação Penicilina


A penicilina cristalina é um antibiótico que é apresentada em ampolas com as seguintes
concentrações de soluto (pó):
5.000.000 de Unidades Internacionais (UI)
10.000.000 de Unidades Internacionais (UI)
UI, são medidas farmacêuticas que tem a intenção de quantificar o volume do
medicamento. Cada ml de penicilina equivale a 2.500.000 UI de penicilina.
5.000.000 de UI equivalem a 2 ml;
10.000.000 de UI equivalem a 4 ml.
Sempre que ao diluir a penicilina, devemos adicionar diluente no frasco até
atingir a sua capacidade máxima de armazenamento que é de 10 ml. Neste sentido,
sempre que formos realizar cálculo de penicilina, deveremos considerar o volume de 10
ml.
Na ampola de 5.000.000 de UI temos 2 ml de soluto, vamos adicionar 8 ml de
água destilada, totalizando 10 ml de solução;
Já na ampola de 10.000.000 de UI, tempos 4 ml. Ao adicionar 6 ml de água destilada,
teremos 10 ml de solução.
Portanto:
5.000.000 de UI equivalem a 2 ml + 8 ml = 10 ml;
10.000.000 de UI equivalem a 4 ml + 6 ml = 10 ml.
Formula regra de três

Coluna Volume Coluna


Medicamento 1 ml
—————————————–500 mg
X ———————————————250 mg
(Multiplique cruzado)
Exercícios:
1- Paciente internado na unidade de clínica médica, apresentando quadro inflamatório
e infeccioso. Foi prescrito pela equipe médica penicilina cristalina 3.800.000UI de 6/6
horas. Na unidade dispõe desse medicamento em frasco de 5000000UI. Quantos ML o
paciente receberá:
2- Para administrar 5.000.000 UI (unidades internacionais) de penicilina cristalina, o
auxiliar de enfermagem deverá aspirar de um frasco de 5.000.000 UI, que foi diluído em
8 ml de água destilada, o volume, em mililitros, de:
3- Para atender uma prescrição de 3.000.000UI de penicilina cristalina, o técnico de
enfermagem deverá aspirar de um frasco de 5.000.000 UI, que foi diluído em 8 ml
de água destinada, o volume, em mililitros, de:
4- O médico prescreveu penicilina cristalina 3.500.000 UI EV, de 8 em 8 horas. Na
unidade, temos apenas o frasco ampola apresentando 10.000.000 UI, que deve ser
diluído em 6 ml de água destilada. Ao calcular quantos ml da medicação devem ser
administrados em cada horário, o profissional de enfermagem chega ao resultado,
em ml, de:
5- O médico prescreveu 1.000 ml de solução fisiológica 0,9% para serem
administrados em cinco horas.
Qual será o número de gotas por minutos que o profissional deverá colocar no equipo?
6- O profissional de enfermagem instalou, em um paciente portador de diabetes, uma
solução endovenosa contendo 100 UI de insulina Regular (1 ml) + 239 ml de soro
fisiológico 0,9% em bomba de infusão contínua a 9 ml por hora. Após 7 horas, qual é a
dosagem de insulina que esse paciente recebeu?
7- O médico prescreveu para uma criança de 10 meses de vida 35 ml de Soro
Glicosado a 5%, enriquecido com 1 ml de tiamina e 4 ml de gluconato de cálcio a 10%.
Na prescrição é orientado a infusão em bureta de microgotas em 1h20. Qual é o valor
do gotejamento para essa solução?

MEDICAMENTO

SE
Vias de administração
As formas farmacêuticas foram desenvolvidas para facilitar a administração de
medicamentos a pacientes de faixas etárias diferentes ou em condições especiais, e para
permitir seu melhor aproveitamento.
Cada via de administração é indicada para uma situação específica, e apresenta
vantagens e desvantagens. Sabemos, por exemplo, que uma injeção é sempre incômoda
e muitas vezes dolorosa. No entanto, seu efeito é mais rápido. Lembre-se que não é
apenas a forma do medicamento que é importante, a sua via de administração também
deverá ser escolhida pelo médico, no ato da prescrição. No quadro abaixo estão
relacionadas as vias de administração e as principais formas farmacêuticas existentes.

29- ENTEROCLISMA

O enteroclisma (também chamado de lavagem intestinal) é um procedimento


médico que consiste na remoção de fezes do intestino grosso do paciente mediante
introdução, com pressão, de líquidos e soluções por meio da via retal.

Assim, o procedimento com a solução auxilia a romper e dissolver a massa fecal.


Dentro das indicações para executar o procedimento, destacam-se o esvaziamento do
cólon nas condições em que o organismo não consiga eliminar o conteúdo fecal por
meios fisiológicos; para remoção de melena ou enterorragia; e para o preparo de cólon
nas situações de exames e/ou cirurgias.

O Enteroclisma é feito com o auxílio de materiais médicos hospitalares. O


principal deles é a Sonda Retal, que tem como finalidade aliviar a tensão provocada por
gases e líquidos presentes no intestino grosso. É por ele que é introduzido o líquido e a
solução laxativa.

Sonda Retal
A Sonda Retal (ou endotraqueal) e demais sondas, são produzidas em material
PVC (cloreto de polivinila) transparente, flexível e atóxico, em forma de cilindro reto e
inteiriço, com extremidade proximal arredondada, aberta, isenta de rebarbas, possuindo
um orifício. Esse orifício é dimensionado de acordo com o calibre de cada sonda,
apresentando diâmetro perfeitamente acabado, delimitado e regular em toda a
superfície. A extremidade distal apresenta, devidamente acabado e fixado, dispositivo
conector, com as seguintes dimensões: comprimento aproximado de 40 cm, calibres
usuais de 4 a 32 Fr., com conector e tampa apenas até o calibre 24 Fr. Esterilizado pelo
processo de raio gama (cobalto-60) quando embalada em plástico, e pelo processo de
óxido de etileno caso embalada em P.G.C.

Indicações
A sondagem é indicada para preparação pré-operatória, exames e pacientes
constipados. A constipação pode ocorrer por diversas razões, como: alimentação pobre
em fibras, desidratação e falta de exercícios físicos, entre outras causas menos
conhecidas.

Na maioria das cirurgias, principalmente nas que são utilizadas anestesia geral, é
recomendado que o reto esteja vazio para evitar que o paciente evacue durante o
procedimento cirúrgico. O método utilizado para isso deve ser indicado pelo médico
responsável, podendo ser tanto por meio da utilização de laxante quanto com lavagem
intestinal.

Da mesma forma, para alguns exames, o médico responsável pode indicar a


sondagem retal para ter uma melhor visualização das vias intestinais. Um intestino
limpo permite a visualização detalhada e previne traumas intestinais ou contaminação
acidental por fezes.

Profissional que executa a sondagem renal


Normalmente, para preparar o cólon, são utilizadas soluções hiperosmolares,
criando um gradiente osmótico, atraindo água para dentro da luz intestinal, acelerando o
trânsito do intestino.

O procedimento não é isento de risco, considerando que ocorre significante


perda de líquidos nesse tipo de preparo, podendo haver alterações hidroeletrolíticas,
diminuição do volume urinário, hemoconcentração e tendência à retenção de sódio.
Nesses casos, é indispensável a ingestão de líquidos imediatamente após o preparo ou,
quando isso não for possível, a reposição do líquido poderá ser indicada por via
parental.

Sendo assim, o procedimento pode ser realizado pelos membros da equipe


auxiliares e técnicos de enfermagem, com supervisão do enfermeiro ou pelo próprio
enfermeiro em casos de maior complexidade técnica e que necessitam de
conhecimentos científicos e capacidades e tomar decisões imediatas. O profissional
deve, durante o procedimento, monitorar as respostas do paciente e dar atenção para
possíveis alterações hidroeletrolíticas.
30- EXAMES LABORATORIAIS

O objetivo da dos exames laboratoriais são, identificar doenças, bem como


avaliar o estado de saúde geral de um cliente, e outras complicações de saúde antes
mesmo que elas se manifestem.
Além disso, com os resultados dos exames de sangue é possível traçar
estratégias para um melhor tratamento de um cliente.

Materiais para coleta de exames


 Bandeja de inox ou plástica
 Luvas de procedimento
 Máscara cirúrgica;
 Óculos de proteção;
 Agulha e seringa descartáveis;
 Algodão e álcool 70%;
 Garrote.

Ordem dos tubos na coleta de exame


 Azul: contém citrato de sódio, que permite a análise da coagulação de um
paciente.
 Vermelho: contém sílica, que, quando entra em contato com o sangue, o
coagula. Com ele é possível identificar anticorpos e fenótipos específicos.
 Amarelo: contém também um ativador de coágulos, junto de um gel
separador. Neste tubo pode se coletar amostra de sangue para testagem de sorologias,
imunologia e ainda marcadores tumorais e cardíacos.
 Lilás ou rosa: contém EDTA, que é também um tipo de anticoagulante.
Nele é possível coletar sangue para análise hematológica.
 Verde: contém heparina de lítio, o que viabiliza o estudo de plasma
sanguíneo, permitindo o estudo de enzimas antiplaquetárias.
 Cinza: contém fluoreto de sódio e EDTA, que permite o estudo de
glicose e ainda outros fatores relacionados com o açúcar presente no sangue.

Coleta de exame com agulha


 Coloque a agulha na ponta da seringa, sem retirar dela a sua capa
protetora. Tome cuidado para não tocar na parte inferior da agulha e a manuseie apenas
pela capa;
 Pressione o êmbolo da seringa, retirando dela todo o ar;
 Coloque o garrote no braço do seu paciente e peça para que ele feche a
mão;
 Escolha a veia que será puncionada delicadamente;
 Faça a assepsia da pele, utilizando álcool 70% e algodão e não toque mais
no local que foi limpo;
 Retire a capa da agulha, peça que o paciente abra a mão e faça
rapidamente e cuidadosamente a punção da veia;
 Solte o garrote apenas após a coleta de sangue pela seringa;
 Retire 10 ml de sangue entre adultos e entre crianças, no máximo 5 ml;
 Retire, então, a agulha da seringa e coloque-a em uma embalagem
apropriada para perfurantes;
 Pressione delicadamente o local da punção e depois peça que o paciente
repita o movimento com a mesma pressão;
 Coloque, então, o sangue da seringa no tubo apropriado para a sua amostra;
 Descarte também a seringa em local apropriado.

Hemograma
O hemograma é um dos exames laboratoriais mais solicitados. E isso não é por
acaso, afinal ele oferece informações importantes aos médicos – as quais unidas a outros
exames podem indicar problemas de saúde, recuperação de doenças e outros pontos.
Esse exame oferece informações como:
hemácias (glóbulos vermelhos): se estiverem abaixo do ideal podem indicar
um quadro de anemia, mas para isso é fundamental também considerar o número de
hematócritos e de hemoglobina. As mulheres podem ter taxas menores devido à perda
de sangue mensal pela menstruação;
leucócitos (glóbulos brancos): são as células responsáveis por defenderem
nosso corpo de invasões. Se há um aumento no número de leucócitos, chamada de
leucocitose, é sinal que um processo infeccioso está em curso, ou ainda a presença de
uma leucemia. Já quando os leucócitos estão diminuídos chamamos o quadro de
leucopenia e significa uma supressão da imunidade, deixando o paciente sujeito à
infecções;
plaquetas: são responsáveis pela coagulação sanguínea. Se estão aumentadas,
chamamos de trombocitose e quando diminuídas, trombocitopenia. Pessoas com uma
quantidade baixa de plaquetas estão sujeitas à sangramentos e com um número muito
alta à formação de trombos. As plaquetas podem indicar quadros de dengue, por
exemplo.

Exames de urina
O exame de urina tipo 1 é o mais conhecido e solicitado pelos médicos, afinal
ele permite identificar a presença de uma infecção urinária ou até de algumas doenças
renais. Com ele, é possível detectar a presença anormal de glicose, sangue, pus,
proteínas ou outras substâncias que não deveriam estar na urina – indicando deficiências
ou doenças dos rins e do trato urinário.
Outro exame que pode ser solicitado é a urocultura, principalmente nos casos de
infecção urinária, com ele é possível identificar qual bactéria está causando o problema
e assim o médico conseguirá definir corretamente o tratamento
.
Exames de fezes
São muitos os tipos de exames de fezes que podem ser solicitados
rotineiramente, o parasitológico é o mais comum e capaz de identificar a presença de
parasitas que trazem muitos transtornos à saúde. Em geral, esse exame costuma ser mais
solicitado às crianças que têm uma tendência maior a se contaminar.
No caso dos adultos, o exame de sangue oculto é o mais solicitado e ajuda a
detectar previamente a presença de câncer colorretal ou de hemorragias que podem
significar o caso de uma doença inflamatória intestinal ou outros problemas no sistema
digestivo.

Colesterol
A taxa de colesterol presente no exame é composta do:
HDL: colesterol “bom” e capaz de proteger os vasos do acúmulo de placas de
gordura. É importante que esse item esteja elevado;
LDL e VLDL: é o colesterol “ruim”, ou seja, capaz de levar ao acúmulo de
placas de gordura nos vasos, favorecendo o desenvolvimento de doenças como infarto
ou AVC. É importante que esse item esteja abaixo do valor limite do exame;
Triglicerídeos: em geral equivale a 5 vezes o valor do VLDL.
Assim, na hora de analisar o resultado desse exame, mais do que se atentar a
taxa de colesterol total, é fundamental analisar cada uma dessas informações. Afinal,
você pode ter um colesterol total de 200mg/dl, por exemplo, mas devido a uma alta taxa
de HDL, o que não indicará possíveis problemas.
Ureia e Creatinina
São exames importantes para avaliar a função renal. Normalmente, altos níveis
de ureia e de creatinina indicam que os rins estão filtrando menos do que deveriam.
Alguns laboratórios realizam o cálculo de forma automática para o médico,
apresentando os valores com nomes como “taxa de filtração glomerular” ou “clearence
de creatinina”. Valores menores que 60 ml/minuto podem indicar insuficiência renal,
sem que necessariamente o paciente apresente sintomas.
Porém, vale destacar que este exame precisa muito da interpretação do médico,
já que é fundamental avaliar outros pontos antes de indicar se um paciente está ou não
com a função renal comprometida.

Transaminases (ALT e AST) ou TGP e TGO


Esses são os tipos de exames laboratoriais que se referem à saúde do fígado, são
enzimas responsáveis pela metabolização das proteínas e se encontram em maior
quantidade nas células do fígado. Se os exames vierem com níveis elevados de TGP ou
de TGO isso pode indicar um problema hepático. Outro dado importante é quando
apenas o TGO está elevado, o que pode indicar uma lesão cardíaca. Isso porque o TGO
também está presente nas células do músculo e do coração.
As principais doenças que elevam as transaminases e a TGP e a TGO são:
 cirrose;
 hepatites virais ou autoimunes;
 esteato-hepatite;
 lesão do fígado devido a bebidas alcoólicas, drogas e medicamentos;
 isquemia do fígado;
 câncer de fígado;
 Doença de Wilson;
 hemocromatose.
 Normalmente, TGO e TGP acima de 150 U/L indicam doenças do
fígado, necessitando de exames complementares para se definir quais são. Se os valores
estiverem acima de 1000 U/L, o indicativo é para hepatites virais, isquêmicas ou por
drogas (por exemplo, intoxicação de Tylenol.

TSH e T4 livre
São os principais tipos de exames laboratoriais para analisar o funcionamento da
tireoide.
Se o TSH estiver elevado, pode ser indício de hipotireoidismo, ou seja, de que a
tireoide não está funcionando como deveria. Normalmente o hipotireoidismo é
diagnosticado com níveis de TSH acima de 10 mU/L e baixos níveis de T4 livre.
Caso o TSH esteja alto e o T4 livre também, o problema pode estar na hipófise,
um tipo de hipotireoidismo mais raro, mas que também pode acontecer.
Nos casos de TSH abaixo do limite normal, o caso é de hipertireoidismo, com
aumento do T4 livre. Se o TSH e T4 livre estiverem menores que o normal, o caso pode
ser de hipertireoidismo central.
Todos esses tipos de exames laboratoriais são muito importantes – e devem ser
feitos regularmente, garantindo que a sua saúde estará em dia. Porém, vale a pena
destacar que apenas o seu médico poderá lhe diagnosticar com alguma doença, afinal o
resultado de um exame isolado não é capaz de identificar problemas de saúde.

BNP- peptídeo nucleico


Indicado como auxiliar no diagnóstico e avaliação da gravidade da insuficiência
cardíaca. Nos doentes com síndromes coronárias agudas (ACS), este teste, em conjunto
com outros fatores de risco conhecidos, também pode ser utilizado para prever a
sobrevivência, bem como a probabilidade de uma futura insuficiência cardíaca.
BK
Pesquisa de Bacilo de Kock, do bacilo da tuberculose, de BAAR e de
micobacteria, Para a coleta desse exame, antes do café-da-manhã, o cliente deve escovar
os dentes e bochechar com bastante água, tossir profundamente (tosse tipo
diafragmática, respirar fundo várias vezes e tossir profundamente, procurando obter o
material de dentro do peito.) e colocar o material no recipiente de coleta (frasco estéril
com tampa de rosca), observando bem o processo para que a amostra obtida seja
realmente escarro, e não saliva.
Esse exame requer um jejum mínimo de quatro horas, enviar em frasco seco
estéril com tampa de rosca em temperatura ambiente, encaminhar imediatamente ao
laboratório após a coleta, resultado: Em até 3 a 5 dias úteis.

CA 15-3
O CA15-3 é um marcador tumoral utilizado para auxiliar na detecção do câncer
de mama.
CA 19-9
O CA19-9 é indicado no auxílio ao estadiamento e monitoramento no tratamento
em primeira escolha de câncer de pâncreas e trato biliar e, em segunda escolha no
câncer colo retal.
Dedimero D
O dímero D é um produto da degradação da fibrina, podendo estar elevado na
presença de trombos, mas também em outras situações, como no pós-operatório, na
gestação, no puerpério, na doença vascular periférica.

Mioglobina
A mioglobina está presente no músculo cardíaco e esquelético, responsável pelo
transporte de oxigênio dentro das células musculares, e funciona como reservatório de
oxigênio. Quando aumentado, pode indicar um diagnóstico precoce de infarte do
miocárdio, pois o aumento é evidenciado após 2 horas de sua ocorrência. Pode estar
elevado também em casos de exercícios severos, convulsões, traumas, hipertermia,
infecções virais, sepses, uso de esteroides, intoxicação medicamentosa, imobilização
prolongada.

Urina 24hs
O exame de urina de 24 horas serve para avaliar a função dos rins para detectar
possíveis alterações renais através da determinação da quantidade de algumas
substâncias na urina como: Clearance de Creatinina que avalia a taxa de filtração dos
rins.
Procedimento de coleta
 Para fazer o exame de urina de 24 horas, o indivíduo deve seguir os
seguintes passos:
 Buscar o recipiente próprio do laboratório;
 No dia seguinte, logo de manhã, após acordar, urinar no vaso sanitário,
desprezando a primeira urina do dia;
 Anotar a hora exata da micção que fez no vaso sanitário;
 Depois de ter urinado no vaso sanitário, coletar todas as urinas do dia e
da noite no recipiente;
 A última urina a ser coletada no recipiente deve ser à mesma hora da
urina do dia anterior que fez no vaso sanitário, com uma tolerância de 10 minutos.
 Por exemplo, se o indivíduo urinou às 8 horas do dia, a coleta de urina
deve terminar exatamente às 8 horas do dia seguinte ou no mínimo às 7h50 e no
máximo às 8h10.
 Enviar anotado o peso e altura do cliente.
 Cuidados durante a coleta da urina
 Durante a coleta de urina de 24 horas, é necessário ter certos cuidados
como:
 Se for evacuar, não deverá urinar no vaso sanitário porque toda a urina
deve ser colocada no recipiente;
 Se for tomar banho, não pode urinar no banho;
 Se sair de casa, tem que levar o recipiente junto ou não pode urinar até
regressar a casa;
 Não pode fazer o exame de urina de 24 horas menstruada.
 Alimentação normal, a não ser em casos especiais, quando haverá
instruções em separado.
 Anotar na solicitação a data e hora de início e data e hora do término da
coleta.
 Entre as coletas de urina, o recipiente deve estar em um local fresco, de
preferência refrigerado.
 Quando a coleta estiver terminada, o recipiente deve ser levado o mais
rapidamente possível ao laboratório

Glicemia
Esse tipo de exame laboratorial é muito importante tanto para a detecção do
diabetes, como para o controle da doença. Porém, é fundamental que o paciente respeite
as 8 horas mínimas de jejum antes de fazer a coleta de sangue.
Os resultados indicam:
glicemia normal: quando ela está abaixo de 100 mg/dl;
pré-diabetes: quando a taxa está entre 100 e 125
mg/dl; diabetes: quando o nível está acima de 126
mg/dl.
Lembrando que, embora o exame de glicemia seja muito importante, ele não é o
único na hora de diagnosticar o diabetes, os resultados também podem estar alterados
dependendo da dieta do paciente no dia anterior.
31- Glossário
A
Abasia – Impossibilidade de ficar em pé e
andar. Abcesso – Coleção de pus externa ou
interna.
Abdução – Afastamento de um membro do eixo do corpo.
Ablepsia – Cegueira.
Abrasão – Esfoladura, arranhão.
Absorção – Penetração de líquido pela pele ou mucosa.
Abstinência – Contenção, ato de evitar.
Acinesia – Impossibilidade de movimentos voluntários, paralisia.
Acne – Doença inflamatória das glândulas sebáceas.
Acromia – Ausência de cor normal.
Acusia – Perda da audição.
Adenoidectomia – Remoção do adenoide.
Adenosa – Tumor de uma glândula e que reproduz a estrutura
dela. Adiposo – Gordura.
Adução – Mover para o centro ou para linha mediana.
Aeremia – Presença de ar no sangue.
Aerofagia – Deglutição anormal de ar, provocando eructação freqüente.
Afagia – Impossibilidade de deglutir.
Afasia – Incapacidade de se expressar por palavras, podendo ser sensorial ou motora.
Afebril – Sem febre, apirético.
Afonia – Perda mais ou menos acentuada da
voz. Agalactia – Ausência de leite na puérpera.
Albuminúria – Presença de albumina na urina.
Algia – Dor em geral.
Algidez – Resfriamento das extremidades.
Alopecia – Queda de cabelo.
Aloplastia – (Prótese), substituto de uma parte do corpo por material estranho.
Alucinação – Percepção de um objeto, que na realidade não existe.
Amaurose – Enfraquecimento ou perda total da visão.
Ambliopia – Perturbação da visão, provocada por intoxicação, alteração nervosa,
avitaminose, e outras causas; diminuição da acuidade visual.
Amenorréia – Ausência de menstruação.
Amigdalectomia – Remoção das amídalas.
Amputação – Remoção de um membro ou parte do corpo
necrosada. Analgesia – Abolição da sensibilidade á dor.
Anasarca – Edema generalizado.
Anastomose – Sutura de dois órgãos ou vasos.
Andropausa – Diminuição progressiva das funções sexuais masculinas.
Anemia – Diminuição dos números de hemácias.
Aneurismectomia – Remoção do aneurisma.
Anfiantrose – Articulação que se movimenta muito pouco. Ex: falange.
Anidrose – Ausência ou diminuição de suor.
Aniridia – Ausência ou falta da íris.
Anisocoria – As pupilas apresentam tamanhos diferentes.
Anodontia – Ausência congênita ou adquirida dos dentes.
Anorexia – Perda do apetite.
Anosmia – Diminuição ou perda completa do olfato.
Anóxia – Ausência de suprimento de oxigênio dos tecidos cerebrais
Anquitose – Diminuição ou supressão dos movimentos de uma
articulação. Anuperineal – Região referente ao ânus e períneo.
Anúria – Ausência da eliminação urinária.
Apático – Sem vontade ou interesse para efetuar qualquer esforço físico ou mental.
Apelo –
Sem pele; não cicatrizado; aplicado a feridas. 2. Desprovido de prepúcio; circuncidado.
Apendicectomia – Remoção do apêndice.
Apirexia – Ausência de febre.
Apirético – Sem febre.
Apnéia – Parada dos movimentos respiratórios.
Apojadura – Subida do leite à glândula mamária.
Aposia ou Adpsia – Ausência de sede.
Aptialismo – Deficiência ou ausência da saliva.
Arquejar – Respirar com dificuldade; dispnéia intensa.
Arterioplastia – Correção da artéria.
Artrodese – Imobilização de articulação.
Artroplastia – Articulação com finalidade de restaurar o movimento e a função da
mesma.
Artroscopia – Consiste em introduzir aparelho ótico através de orifício para
inspecionar a articulação.
Artrotomia – Abertura cirúrgica das articulações.
Ascite – Acúmulo de líquido na cavidade peritoneal.
Ascite – Edema localizado na cavidade peritoneal com acumulo de liquido.
Asfixia – Sufocação, dificuldade da passagem do ar.
Astasia – Incoordenação motora que torna impossível ao paciente permanecer em pé.
Astenia – Fraqueza, cansaço.
Astenia – Enfraquecimento.
Ataxia – Falta de Coordenação muscular.
Atresia – Ausência ou fechamento de um orifício natural.
Atrofia muscular – Definhamento do músculo, decorrente da desnutrição ou por desuso.
Auricular – Referente a orelha.
Azia – Sensação de ardor estomacal, eructação azeda e ácida.

B
Balanite – Inflamação da glande ou da cabeça do pênis.
Balanopostite – Inflamação da glande e do prepúcio.
Bartholinectomia – Remoção da glândula de Bartholin.
Bilioso – Referente a bile, causado por excesso de bile.
Binasal – Referente a ambos os campos visuais nasais.
Biópsia – Retirada de um fragmento de órgão ou tecido para análise.
Blefarite – Inflamação das pálpebras.
Blefaroplastia – Correção das pálpebras.
Blenorréia – Secreção abudante das mucosas, especialmente da vagina e uretra.
Blenúria – Presença de muco na urina.
Bradicardia – Diminuição das batidas cardíacas (FC
Bradipnéia – Movimento respiratório abaixo do normal. (FR < 16rpm).
Braquialgia – Dor no braço.
Broncoscopia – Consiste em introduzir aparelho ótico através de orifício para
inspecionar a os brônquios.
Broncotomia – Incisão cirúrgica nos brônquios.
Brotoeja – Erupção cutânea com coceira.
Bucal – Oral referente a boca.
Bulectomia – Retirada de bolhas do
pulmão. Bulemia – Fome exagerada e
patológica.
Bursite – Inflamação da bolsa sinovial.

C
Cacofonia – Voz anormal e desagradável.
Cantoplastia – Qualquer reparação plástica de uma anomalia do canto.
Caquexia – Emagrecimento intenso, mau estado geral.
Cardiotomia – Operação em que a terminação cardíaca do estomago ou orifício cardíaco
é incisado.
Cauterização – Destruição do tecido por meio de agente caustico ou calor (Bisturi
elétrico).
Cavum – Cavidade.
Cárdia – Abertura entre o esôfago e porção cardíaca do estomago, se caracteriza pela
ausência de células ácidas.
Cãibra – Contração muscular, espasmódica e dolorosa.
Cefaléia – Dor de cabeça.
Cerclagem – Sutura da cérvix do útero incapaz de reter o feto unido, as suturas são
retiradas no final da gestação.
Cervicite – Inflamação do colo do útero.
Cetonúria – Presença de corpos cetônicos na urina.
Cianose – Coloração azulada das extremidades por falta de oxigênio.
Cianótico – Com cianose.
Circuncisão – Ressecção da pele do prepúcio que cobre a glande.
Cistectomia – Remoção da bexiga.
Cistite – Inflamação da bexiga.
Cistocele – Hérnia da bexiga.
Cistopexia – Fixação da bexiga.
Cistoscopia – Consiste em introduzir aparelho ótico através de orifício para inspecionar
a bexiga.
Cistostomia – Abertura na parede da bexiga para drenagem de urina.
Claudicação – Fraqueza momentânea de um membro.
Climatério – Menopausa.
Clister – Introdução de pequena quantidade de água, medicamento ou alimento no
intestino.
Cloasma – Manchas escuras na pele, principalmente no rosto da gestante.
Coagulação – Espaçamento de um liquido formando coágulo.
Colecistectomia – Retirada da vesícula biliar.
Colectomia – Retirada do cólon.
Coledocotomia – Exploração e drenagem do ducto
biliar. Colicistostomia – Abertura do colédoco.
Colonoscopia – Consiste em introduzir aparelho ótico através de orifício para
inspecionar o colon.
Colostomia – Abertura do cólon através da parede abdominal afim de desviar o trânsito
intestinal.
Colpoperineoplastia – Correção do períneo e vagina.
Colporrafia – Sutura da vagina.
Colposcopia – Consiste em introduzir aparelho ótico através de orifício para inspecionar
a vagina.
Colúria – Presença de bilirrubina ou bílis na urina.
Constipação – Retenção de fezes ou evacuação insuficiente.
Contratura – Rigidez muscular.
Cordialgia – Dor no coração.
Coriza – Eliminação acentuada de secreções
nasais. Cólica – Dor espasmódica.
Cranioplastia – Correção do crânio.
Crâniotomia – Abertura do crânio.
Curetagem Uterina – Raspagem e remoção do conteúdo uterino.
Cutâneo – Referente a pele.

D
Dacriadenectomia – Extirpação de uma glândula
lacrimal. Dacriocistéctomia – Extirpação de parte do saco
lacrimal. Dacriocistotomia – Incisão do saco lacrimal
(drenar).
Dactilite – Inflamação de um dedo ou um artelho.
Debilidade – Fraqueza, falta de forças.
Decolostomia – Cirurgia para desfazer a colostomia.
Deglutir – Engolir.
Dermatite – Inflamação da pele.
Dermatose – Doença da pele.
Dermoabrasão – Procedimento cirúrgico para remoção das cicatrizes de acne, sinais e
tatuagens.
Desidratação – Perda de líquidos e eletrólitos pelo organismo.
Desmaio – Ligeira perda dos sentidos.
Diaforese – Sudorese excessiva.
Diarréia – Evacuações frequentes e líquidas.
Diplopia – Visão dupla.
Disfagia – Dificuldade de deglutir.
Disfonia – Distúrbio na voz.
Dismenorréia – Menstruação difícil e
dolorosa. Dispnéia – Dificuldade respiratória.
Disquesia – Evacuação difícil e
dolorosa. Dissecção – Corte,
retalhamento.
Distensão – Estiramento de alguma fibra muscular, entumecimento ou expansão.
Distrofia – Perturbação da nutrição
Disúria – Micção difícil e dolorosa, dor ao urinar.
Diurese – Volume urinário coletado; secreção urinária.
Duodenectomia – Remoção do duodeno.
Duodenoscopia – Consiste em introduzir aparelho ótico através de orifício para
inspecionar o duodeno.
Duodenotomia – Incisão no duodeno.

E
Edema – Retenção de líquidos nos tecidos.
Embolectomia – Remoção do embolo
Endometrite – Inflamação do endométrio.
Endoscopia – Consiste em introduzir aparelho ótico através de orifício para inspecionar
os órgãos internos.
Enema – Clister, lavagem, introdução de líquidos no reto.
Enteralgia – Dor intestinal.
Enurese – Incontinência urinária geralmente
noturna. Enxaqueca – Dor de cabeça unilateral.
Enxerto – Inserção de pedaço de pele ou osso para corrigir defeito ou falha em orgão ou
tecido.
Episiotomia – Incisão perineal para evitar a ruptura do períneo durante o parto.
Epistaxe – Hemorragia nasal.
Equimose – Extravasamento do sangue no tecido subcutâneo.
Eritema – Vermelhidão patológica da pele, devido à congestão de capilares.
Eructação – Emissão de gases estomacais pela boca, arroto.
Erupção – Pequenas lesões cutâneas caracterizado por rubor ou proeminência, ou
ambos.
Erupção na pele – Vermelhidão da pele com vesículas.
Escabiose – Sarna; moléstia cutânea contagiosa caracterizada por lesões multiformes,
acompanhadas por prurido intenso.
Esclerodermia – Afecção cutânea com endurecimento da pele.
Esclerose – Endurecimento dos vasos ou perda da elasticidade.
Esclerose – Endurecimento patológico de tecidos ou vasos; perda de elasticidade;
endurecimento da pele, devido a uma proliferação exagerada de tecido conjuntivo;
alteração do tecido ou órgão, caracterizada pela formação de tecido fibroso.
Escoriação – Ato de esfolar superficialmente; abrasão; erosão.
Escrotal – Relativo ao escroto.
Escrotite – Inflamação do escroto.
Escrotocele – Hérnia do escroto.
Esfacelodermia – Gangrena da
pele.
Esmegma – Secreção caseosa em redor dos pequenos lábios ou prepúcio.
Esofagectomia – Remoção do esôfago.
Esofagogastroduodenoscopia – Consiste em introduzir aparelho ótico através de orifício
para inspecionar o esôfago, estomago e duodeno.
Esofagoscopia – Consiste em introduzir aparelho ótico através de orifício para
inspecionar o esôfago.
Esofagostomia – Extirpação do esôfago.
Esparmatite – Inflamação do canal deferente.
Esperma – Liquido especulado durante o ato sexual pelos seres machos.
Espermatocele – Cisto em uma parte do epidídimo.
Espermatocistite – Inflamação da vesícula seminal.
Espermatorréia – Incontinência de esperma.
Espermatúria – Presença de esperma na urina.
Espinha Bífida – Anomalia do desenvolvimento embrionário em que a medula e o saco
que a envolve não estão contidos dentro do canal medular.
Epidemiologia – Estudo da frequência, da distribuição e dos determinantes dos
problemas de saúde em populações humanas, bem como a aplicação desses estudos no
controle dos eventos relacionados com saúde.
Esplenectomia – Remoção do baço.
Espondilolistese – Deslocamento de uma vértebra sobre a outra devido a anomalia
genética ou degenerativa.
Estertor – Ruído respiratório anormal percebido na ausculta dos pulmões, devido a
passagem do ar pelas vias brônquicas estreitadas ou contendo secreções mais ou menos
espessas ou ao nível de uma caverna pulmonar.
Estertorosa – Respiração ruidosa.
Estomatite – Inflamação da boca.
Estomatologia – Estudo das doenças da boca.
Estomatorragia – Hemorragia da boca.
Estrabismo – Falta de orientação dos eixos visuais para o objeto devido a incoordenação
dos músculos motores oculares.
Estrófulo – Dermatose benigna, comum em recém-nascido.
Euforia – Sensação de bem estar.
Eupnéia – Respiração normal
Eutrofobia – Boa alimentação.
Eventração – Saída total ou parcial de vísceras na parede abdominal, mas a pele
continua íntegra.
Evisceração – Saída das vísceras de sua situação normal.
Exantema – Qualquer erupção cutânea.
Exodontia – Extração dos dentes.
Exoftalmia – Saliência exagerada do globo ocular.
Expectoração – Expelir, secreção pulmonar (escarro).

F
Fadiga – Cansaço, esgotamento.
Faringite – Inflamação da faringe.
Febril – Caracterizado pela febre, que tem febre.
Febrilidade – Estado febril.
Febrícula – Febre pouco elevada e passageira.
Fecaloma – Massa fecal endurecida, formada no intestino, em casos de retenção fecal
prolongada.
Fecalóide – Que parece com a matéria fecal. Ex.: vômito fecalóide.
Ferida – Lesão traumática.
Fibrilação – Atividade continua, incoordenada, anormal, do miocárdio, do diafragma ou
de outros músculos, caracterizada por uma sucessão rápida e irregular de contrações e
relaxamentos.
Filopressão – Compressão de um vaso sanguíneo por um fio.
Fimose – Estreitamento natural do prepúcio; este não pode ser puxado para trás.
Fisiatria – Fisioterapia, tratamento pôr meios físicos.
Fissura – Abertura ou sulco superficial, fenda; ulceração de mucosa.
Fistulectomia – Remoção da fistula.
Fístula – Orifício ou condutor anormal, acidental ou congênito, que dá passagem a
matéria orgânicas (fezes, urina) a produtos de secreção ou ao pus.
Flato – Ar ou gases no intestino.
Flatulência – Distensão do intestino pelo acúmulo de fezes e gases.
Flebite – Inflação de uma veia.
Flebotomia – incisão de uma veia.
Flebotomia – Dissecção de veia.
Flictena – Pequena bolha cheia de liquido; vesícula.
Flogístico – Inflamatório.
Flogose - Inflamação
Fobia – Temor mórbido sem motivo
Folículo – Órgão microscópico existente no ovário, e que ao amadurecer forma o óvulo;
também pequeno saco ou cavidade.
Fonação – Emissão de sons vocais.
Fotofobia – Dificuldade de visão na
claridade. Fratura – Divisão de ossos
Frenalgia – Dor no diafragma.
Frenite – Inflamação no diafragma.
Frêmito – Fina palpação ou trepidação percebida a palpação

G
Galactocele – Dilatação da glândula mamaria em forma de cisto cheio de leite.
Galactorréia – Secreção excessiva de leite que se derrama.
Gangrena – Morte dos tecidos, tendo como causa diversos fatores. Geralmente devido à
falta de irrigação sanguínea.
Gastralgia – Dor de estômago.
Gastrectomia – Retirada parcial ou total do estômago.
Gastrectomia – Ressecção total ou parcial do estomago.
Gastrite – Inflamação do estomago.
Gastrocele – Hérnia do estomago.
Gastromalácia – Amolecimento do estomago.
Gastropatia – Qualquer doença ou distúrbio do estomago.
Gastroplegia – Paralisia do estomago.
Gastroptose – Prolapso do estomago.
Gastrorrafia – Sutura do estomago.
Gastrorréia – Secreção excessiva pelo estomago.
Gastroscopia – Consiste em introduzir aparelho ótico através de orifício para
inspecionar o estomago.
Gastrostomia – Abertura da fistula gástrica em parede abdominal para introduzir
alimentos.
Gastrotaxia – Hemorragia do estomago.
Gastrólito – Presença de cálculo no
estomago. Gástrico – Relativo ao estomago.
Gengival – Referente a gengiva.
Gengivite – Inflamação da gengiva.
Genitália – Órgãos genitais.
Glicosúria – Presença de glicose na urina.
Glomerulite – Inflamação dos glomérulos do rim.
Glossalgia – Dor na língua.
Glossite – Inflamação da língua.
Glutural – Relativo a garganta.
Goniotomia – Cirurgia de glaucoma.

H
Halitose – Mau hálito.
Hallux Valgus – Proeminência da articulação metatarso – falangica (joanete).
Hálito – Cheiro da boca e da respiração.
Hálito diabético – Hálito associado, cheiro de maça estragada.
Hálito fético – No abcesso do pulmão, nas nasolaringites, nas amigdalites.
Hematêmese – Vômito com sangue.
Hematêmese – Vômitos com sangue.
Hematoma – Extravasamento de sangue fora da
veia. Hematúria – Presença de sangue na urina.
Hemeralopia – Cegueira diurna. Diminuição da visão á luz do dia.
Hemiparesia – Diminuição da mobilidade muscular de um lado do corpo.
Hemiplegia – Paralisia da metade do corpo.
Hemocaterese – Destruição das hemácias pelo baço.
Hemocultura – Cultura de sangue através de técnicas laboratoriais.
Hemodiálise – Extração de substancias tóxicas contidas em excesso no sangue.
Hemofílico – Doença congênita na qual a pessoa está sujeita a hemorragias frequentes,
por deficiência de coagulação.
Hemoglobina – Pigmentos de glóbulos vermelhos, destinados a fixar o oxigênio do ar e
leva-los aos tecidos.
Hemoptise – Hemorragia de origem pulmonar, escarro com sangue.
Hemorragia – Sangramento, escape do sangue dos vasos sanguíneos.
Hemorroidectomia – Remoção das hemorroidas.
Hemostasia – Processo para conter a hemorragia, coagulação do sangue.
Hemotórax – Coleção de sangue na cavidade pleural.
Hemólise – Destruição dos glóbulos vermelhos do sangue.
Heniorrafia – Sutura de uma Hérnia.
Hepatalgia – Dor no fígado.
Hepatectomia – Retirada parcial do fígado.
Hepatoesplenomegalia – Aumento do volume do fígado e do
baço. Hepatomegalia – Aumento do volume do fígado.
Hepatotomia – Incisão cirúrgica no fígado.
Heteroplástia – Enxerto de tecidos de outra
pessoa.
Hérnia Discal – Deslocamento do disco intravertebral para dentro do canal medular.
Hidramnio – Excesso de líquido amniótico.
Hidratação – Introdução de água e sais minerais no organismo pela boca ou mais
comumente pela veia (soro); hidratado.
Hidremia – Excesso de água no sangue.
Hidrocefalia – Aumento anormal da quantidade de liquido na cavidade craniana.
Hipercalemia – Quantidade excessiva de cálcio no sangue.
Hipercapnia – Excesso de gás carbônico no sangue.
Hiperêmese – Vômitos excessivos ou incoercíveis.
Hiperpirexia – Febre muito alta acima de 40 graus C.
Hiperpnéia – Respiração anormal acelerada com movimentos respiratórios exagerados.
Hipertensão – Elevação, acima do normal, da pressão em um órgão ou sistema.
Hipertricose – Excesso de pelos, ou sua localização anormal.
Hipertricose – Desenvolvimento anormal da pele ou de cabelo
Hipertrofia – Aumento anormal de um órgão ou tecido.
Hipofisectomia – Retirada da hipófise.
Hipomenorréia – Menstruação
escassa. Hipoxia – Falta de oxigênio.
Histerectomia – Retirada do
útero. Histeropexia – Fixação do
útero.

I
Icterícia – Coloração amarelada da pele e mucosa.
Ileostomia – Colocação de uma sonda ou dreno no íleo.
Impetigo – Dermatose caracterizada pelo aparecimento de vesículas/ pústulas de vários
tamanhos, agrupadas ou isoladas.
Inapetência – falta de apetite.
Infarto – Necrose das células de um determinado tecido por falta de nutrientes, causada
pela oclusão de vasos; pode ocorrer rupturas.
Insônia – Falta de sono, impossibilidade de
dormir. Intradérmico – Dentro da pele.
Intramuscular – Dentro do tecido muscular.
Intranasal – Dentro da cavidade nasal.
Isquemia – Insuficiência local de sangue.
Isquialgia – Dor no quadril.

J
Jejunostomia – Abertura no jejuno através da parede abdominal para administrar
alimentos e líquidos através de uma sonda.
L
Laparoscopia – Exame sobre anestesia que consiste em introduzir aparelho ótico através
de orifício na parede abdominal para inspecionar a pelve.
Laparotomia – Abertura da cavidade
abdominal. Laringéctomia – Retirada da
laringe.
Laringoscopia – Consiste em introduzir aparelho ótico através de orifício para
inspecionar a laringe.
Lipotímia – Estado de mal estar, com transpiração abundante, fraqueza muscular e
distúrbios visuais, não produzindo geralmente desmaio.
Litotomia – Incisão cirúrgica de um órgão para remoção de cálculos.
Lobéctomia – Retirada de um dos lobos do pulmão.
Luxação – Separação das superfícies óssea de uma articulação.

M
Mama – Glândula mamária.
Mamilo – Pequena papila, o bico do seio.
Mamoplastia – Correção da mama.
Mastalgia – Dor no seio.
Mastectomia – Ablação da mama.
Mastéctomia – Retirada da mama.
Mastite – Inflamação da mama.
Mastoidectomia – Retirada do músculo mastoideo.
Mácula – Mancha rósea na pele, sem elevação.
Melanúria – Eliminação de urina escura.
Melena – Fezes escuras e brilhantes, com presença de sangue preto digerido isolado ou
misturado com as fezes às quais ele dá um aspecto de pixe
Memoftalmia – Hemorragia no olho.
Menarca – Primeira menstruação.
Menorragia – Menstruação anormalmente abundantes e que se prolongam além da
duração habitual.
Menorréia – Fluxo menstrual.
Metrorragia – Hemorragia pelo útero; sangramento fora do período menstrual.
Miastemia – Fraqueza muscular.
Micção – Expulsão de urina da bexiga pela uretra; ato de urinar.
Midriase – Pupilas dilatadas.
Mioma – Tumor do miométrio.
Mioméctomia – Retirada do mioma.
Miopia – Estado que o indivíduo ver melhor de perto do que de longe.
Miose – Pupilas contraídas.

N
Náuseas – Desconforto gástrico com impulsão para vomitar.
Necrose – Morte dos tecidos localizados.
Nefrectomia – Retirada do rim.
Nefropexia – Fixação do rim.
Nefrostomia – Abertura para colocação de sonda no rim.
Nictalopia – Cegueira noturna.
Nictúria – Micção frequente a noite.
Nidação – Implantação do blastocisto (embrião com cinco a seis dias) na mucosa
uterina, no endométrio.
Nistagmo – Movimentos involuntários do globo ocular.
Nodulectomia – Retirada de nódulos
Notalgia – Dor na região dorsal.

O
Obeso – Gordo.
Obstipação – Constipação rebelde, prisão de ventre.
Odontalgia – Dor de dentes.
Oligomenorréia – Menstruação insuficiente.
Oligúria – Diminuição da frequência urinária.
Omalgia – Dor no ombro.
Onfalectomia – Retirada do umbigo.
Ooforectomia – Retirada dos ovários.
Ooforite – Inflamação do ovário.
Operação de Bursh – Levantamento da bexiga.
Operação de Hammsted – Correção de estenose pilórica.
Operação de Manchester – Correção de prolapso uterino
Orquidopexia – Fixação cirúrgica do testículo, em bolsa escrotal.
Orquidotomia – Incisão em testículo.
Orquiectomia – Extirpação dos testículos.
Orquiocele – Hérnia escrotal, tumor
testículo. Orquite – Inflamação dos
testículos.
Osteorrafia – Colocação de um fio metálico no osso.
Osteotomia – Cortar o osso, corrigir deformidades e impedir o aparecimento de desgaste
ósseos.
Otalgia – Dor de Ouvido.

P
Palatorrafia / Estafilorrafia – Sutura da fenda palatina.
Palpitação – Batimento rápido do coração despertando sensação da existência deste
órgão.
Pancreatéctomia – Retirada do pâncreas.
Paralisia – Diminuição ou abolição da motricidade em uma ou várias partes do corpo,
devido a lesões nervosas, motoras ou musculares, com perda ou não de sensibilidade.
Paresia – Paralisia leva ou incompleta, há diminuição da mobilidade.
Parestesia – Sensação de queimação ou formigamento, diminuição da sensibilidade por
modificação na percepção objetiva.
Parotidectomia – Retiradas da parótida.
Pápula – Elevação eruptiva da pele, pequena e circunscrita, que em geral termina por
descamação.
Pediculose – Infestação por piolhos ou pedículos.
Perineorrafia – Sutura do períneo.
Periocardiocentese – Punção do pericárdio.
Perspiração – Eliminação de vapor de água pela superfície da pele e pulmões (sudorese)
Petéquias – Pequena mancha de pele, de cor vermelha ou púrpura, semelhante a picada
de pulga; consiste numa hemorragia na pele.
Piloroplastia – Correção do piloro.
Pirose – Sensação de ardência do estômago a garganta.
Piúria – Presença de pus na urina.
Plenitude gástrica – Sensação de estufamento.
Pleuroscopia – Consiste em introduzir aparelho ótico através de orifício para
inspecionar a pleura e pulmão.
Pneumatose – Presença de ar ou gases em qualquer ponto do corpo.
Pneumectomia – Retirada do pulmão.
Pneumotórax – Infiltração de ar ou gás na cavidade
pleural. Podialgia – Dor no pé.
Polaciúria – Eliminação urinária freqüente.
Polidispsia – Sede excessiva.
Poliúria – Excessiva eliminação urinária.
Postéctomia – Possibilidade de exteriorização da glande peniana devido anel prepucial
estreito (fimose).
Precordial – Relativo a área torácica que corresponde ao coração.
Proctalgia – Dor no reto.
Proctorragia – Hemorragia retal.
Proctorréia – Escorrimento mucoso pelo ânus.
Prolapso – Queda de órgãos ou vísceras ou desvio de sua posição natural devido ao
afrouxamento físico.
Prostatéctomia – Retirada da próstata.
Prostatite – Inflamação da próstata.
Prostração – Exaustão, grande estafa, esgotamento extremo.
Prurido – Coceira intensa.
Ptialismo – Hipersecreção salivar.
Ptose – Pálpebra caída.
Puérpera – Mulher que acaba de parir.
Pulso filiforme – Pulso mole e muito pequeno.
Pulso intermitente – Pulso em que algumas pulsações não são percebidas pela mão que
apalpa.
Pústula – Elevação cutânea pequena e cheia de pus.

Q
Quadriplegia – Paralisia das duas pernas e dos dois braços.
Queiloplastia – Correção dos lábios.
Queilose – Afecção dos lábios e dos ângulos da boca.
Quelóide – Cicatriz; tumoração cutânea; excesso de tecido conjuntivo na cicatriz, que
fica exuberante.

R
Regurgitação – Volta da comida do estômago a boca.
Ressecção – Remoção cirúrgica de uma secção ou segmento de um órgão ou estrutura
corporal.
Retenção urinaria – Incapacidade de eliminar urina.
Retinopexia – Fixação da retina.
Retocele – Protusão de parte do reto.
Retosigmoidectomia – Retirada do reto/ sigmóide.
Retossigmoidoscopia – Consiste em introduzir aparelho ótico através de orifício para
inspecionar o reto e sigmóide.
Revascularização do Miocárdio – Revascularização do músculo cardíaco.
Rinoplastia – Correção dos defeitos do nariz.
Rinorréia – Coriza, descarga mucosa pelo nariz.
Rinosséptoplastia / Séptoplastia – Correção do septo nasal.
Ritidoplastia – Eliminação de rugas da pele.

S
Safenectomia – Retirada da safena.
Salpingectomia – Retirada das trompas.
Salpingite – Inflamação das tubas uterinas.
Salpingoplastia – Correção da trompa para recanalização.
Sarna – Infestação da pele de mamíferos pôr larvas se insinuam na camada epidérmica,
caracteriza se pôr lesões múltiplas cutâneas, com formação de vesículas e papulas,
acompanhadas de prurido intenso.
Seborréia – Hipersecreção das glândulas sebáceas, couro cabeludo oleoso.
Sialorréia – Salivação excessiva.
Sialosquiese – Salivação deficiente (boca seca)
Simpatectomia – Retirada dos segmentos selecionados do sistema nervoso simpático
produzindo vaso dilatação.
Sinusectomia – Abertura dos seios da face para drenagem.
Sublingual – Abaixo da língua, via de administração de medicamentos.
Sudorese – Aumento da transpiração.
Supuração – Formação de pus.

T
Talagia – Dor no calcanhar.
Taquicardia – Aceleração das pulsações cardíacas (FC > 110bpm)
Taquipnéia – Movimentos respiratórios acelerado. (FR >24 rpm)
Tarsalgia – Dor no pé.
Tenalgia – Dor no tendão.
Tenorrafia – Sutura do tendão.
Tenotomia – Abertura do tendão.
Timpanoplastia – Correção da membrana do tímpano.
Tireoidectomia – Retirada da tireoide.
Toracocentese – Punção torácica / Drenagem torácica.
Toracoplastia – Correção do tórax.
Toracostomia – Abertura da parede de tórax para drenagem.
Toracotomia – Incisão cirúrgica na parede torácica.
Traqueostomia – Abertura da traquéia com colocação de cânula para auxiliar a
respiração.
Traqueotomia – Abertura de um orifício na traquéia.
Tratamento cirúrgico de Peyroni – Reconstrução da membrana (túnica) do pênis.
Trepanação – Remoção de um disco de osso ou de outro tecido compacto por meio de
um trépano.
Trombectomia – Retirada dos trombos.
Trombose – Coagulação do sangue nos vasos sanguíneos do indivíduo vivo.

U
Ulceração – Formação de úlceras.
Ureterolitotomia – Incisão do ureter para remoção de cálculo.
Ureteropiose – Inflamação purulenta do ureter.
Ureterorretostomia – Criação de uma desembocadura do ureter no reto.
Ureteroscopia – Consiste em introduzir aparelho ótico através de orifício para
inspecionar o ureter.
Ureterostenose – Estreitamento do ureter.
Uretralgia – Dor na uretra.
Uretrite – Inflamação ou infecção da uretra.
Uretrorréia – Escorrimento anormal proveniente da uretra.
Uretroscopia – Consiste em introduzir aparelho ótico através de orifício para
inspecionar a uretra.
Uricemia – Quantidade de ácido úrico no sangue (normal :0,02 a 0,04g por litro
de sangue total.)
Urticária – Doença que apresenta erupção súbita de placas na pele com forte prurido.

V
Varicocele – Correção de veias dilatadas no escroto.
Varicocelectomia – Extirpação de veias espermáticas dilatadas acompanhada ou não
pela. extirpação de uma parte do escroto.
Vasectomia – Corte e retirada de um segmento do canal deferente.
Vasocontrição – Contração dos vasos com estreitamento do seu canal ou luz.
Vasodilatação – Dilatação dos vasos sanguíneos.
Veias Varicosas – Veias dilatadas em que as válvulas funcionam mal.
Ventriculoscopia – Consiste em introduzir aparelho ótico através de orifício para
inspecionar o ventrículo cerebral.
Vertigem – Distúrbio neurovegetativo, tontura.
Vesícula – Bexiga pequena; elevação cheia de liquido seroso.
Vulvectomia – Retirada da vulva.

X
Xantorréia – Corrimento vaginal amarelo, acre e purulento.
Xaradérmia – Secura da pele.
Xerasia – Secura exagerada dos cabelos.
Xerofagia – Ingestão habitual de alimentos secos ou dessecados.
Xeromicteria – Falta de umidade nas vias nasais
Xerose – Secura anormal da pele ou mucosa.
Xerostomia – Secura da boca.

Z
Zoantropia – Perturbação mental em que o indivíduo julga estar transformado em
animal.
Zoolagnia – Atração sexual por animais.
Zoomania – Afeição exagerada por animais.
Zoonose – Doença animal capaz de ser transmitida ao homem.
Zoopatia – Delírio psicótico em que o paciente acredita ter animais dentro de si
Zoster – Herpes – Virose que acomete a pele, com formação de vesículas ao longo do
trajeto dos nervos.
32- Referências bibliográficas

Manual de Cuidados com Feridas e Curativos, GEOVANINI TERMA, editora: Corpus;


ANO-2020
Boas Práticas de Enfermagem, Viana Laplaca Dirce, editora: Yendis; ANO- 2018
A Arte de Cuidar, Procedimentos de Enfermagem, Miniaci Renata, Santana Elizangela,
Ferreira Luana, editora: Corpus; ANO-2020
ENFERMAGEM/ Técnicas e Procedimentos, Jeronimo Sala A. Rosangela, Cheregatti
Laurenti Aline, editora: RIDEELANO-2018
TECNICAS BASICAS DE ENFERMAGEM, 5º Edição, Santos Cristina Vanda,
Volpato Bersani Cristine Andrea, editora MARTINARI ANO 2018

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