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COLÉGIO PARAENSE

TÉCNICO DE ENFERMAGEM

ANA CLAUDIA SOUZA ARAÚJO


CLEICIANE
MÔNICA SOUSA

SARNA

ITAITUBA/PARÁ
DEZEMBRO DE 2021
ANA CLAUDIA SOUZA ARAÚJO
CLEICIANE
MÔNICA SOUSA

SARNA

Trabalho apresentado ao curso técnico em


enfermagem do colégio paraense, como parte
dos requisitos necessários para obtenção de
nota.

Profa. Lara Sussan.

ITAITUBA/PARÁ
DEZEMBRO DE 2021
INTRODUÇÃO

A sarna é uma dermatose parasitária causada por ácaros que


vivem na pele ou dentro do animal susceptível. A variabilidade das
manifestações clínicas dessa dermatose parasitária reflete provavelmente as
variações na duração e na intensidade da reação de hipersensibilidade e
na capacidade do hospedeiro em limitar a multiplicação do parasita . A
exposição a esses ácaros e a ocorrência de dermatoses parasitárias se
relacionam intimamente a fatores ambientais. O Notoedres cati é um ácaro
escavador encontrado em gatos e coelhos. A principio as lesões são notadas
na face e pavilhão das orelhas e em regiões de pele mais fina e pêlos
escassos, mas podem se espalhar para outras partes do corpo. As lesões são
crostosas com alto gau de prurido (coceira), podendo levar a lesões
traumáticas devido ao ato deles se coçarem com as unhas. O objetivo deste
trabalho foi fazer uma revisão sobre este parasita e a patologia desenvolvida
nos felinos.
HISTÓRIA/EPIDEMIOLOGIA
A escabiose é uma doença disseminada no mundo, ocorrendo cerca de
300 milhões de casos por ano. Em países de primeiro mundo, ocorre
esporadicamente ou em epidemias com pacientes institucionalizados (como
hospitais, prisões, escolas), mas nos países em desenvolvimento a doença é
endêmica e a prevalência pode chegar a 29% da população em geral.
A incidência dessa infestação aumenta muito no inverno, acometendo
ambos os sexos igualmente e sendo mais frequente em crianças. As diferenças
étnicas na epidemiologia da escabiose estão provavelmente relacionadas a
diferenças socioeconômicas e de comportamento, tendo como fatores de risco:
pobreza, mau estado nutricional, estados demenciais, desabrigo e
aglomeração populacional.
Trata-se de uma infestação, causada por um artrópode comum, o ácaro
Sarcoptes scabiei var. hominis, que é parasita humano obrigatório (morre entre
5 a 6 dias fora do hospedeiro). Apenas a fêmea tem capacidade de parasitar o
ser humano, uma vez que o macho morre após a cópula.
Após a fecundação, a fêmea escava pequenos túneis na camada córnea
da epiderme, local onde deposita seus ovos. Em duas semanas, novos ácaros
estarão prontos para seguir a infestação.
A principal via de transmissão é por contato pessoal, sendo mais comum
entre membros da mesma família ou que pessoas que residem em instituições
de longa permanência. A aquisição do parasita através de fômites (roupas,
toalhas ou lençóis) é pouco frequente, assim como pela via sexual.
Na primeira infestação, o período de incubação para início dos sintomas
é de 2 a 6 semanas, quando o indivíduo se sensibiliza ao agente ou a seus
produtos (ovos, dejetos e secreção). Em uma segunda infestação, a
sintomatologia se inicia em 1 a 2 dias.
Os ácaros que infestam animais domésticos ou silvestres causando
escabiose também podem atingir o homem, mas causam apenas lesões
papulosas com prurido nas regiões de contato, sendo um quadro autolimitado,
já que as variantes animais não conseguem completar seu ciclo de vida tendo
o ser humano como hospedeiro.
AGENTE CAUSADOR OU POSSÍVEL CAUSA
Sarna ou escabiose é uma parasitose humana causada pelo ácaro
Sarcoptes scabiei variedade hominis. O contágio se dá somente entre
humanos, por contato direto com pessoa ou roupas e outros objetos
contaminados. O contato deve ser prolongado para que ocorra a
contaminação.
A fecundação do ácaro ocorre na superfície da pele. Logo após o macho
morrer, a fêmea penetra na pele humana, cavando um túnel, por um período
aproximado de 30 dias. Depois, deposita seus ovos. Quando eles eclodem,
liberam as larvas que retornam à superfície da pele para completar seu ciclo
evolutivo. Este processo de maturação é de 21 dias. Importante: animais como
gato e cachorro não transmitem a sarna humana.

TRANSMISSÃO
A transmissão acontece de pessoa para pessoa, seja por meio de
contato com alguém com a doença, roupas infectadas, objetos, tecidos, uma
poltrona ou um banco estofado de tecido que você ficou sentado por muito
tempo e que estava contaminado.
A sarna é altamente transmissível, então se eu ficar em contato com essa
criança no meu colo, eu vou pegar, eu vou passar, ela mesma vai passar pros
irmãos e vai contaminar uma casa inteira. Se você pensar na população de
baixa renda que mora em ambientes pequenos e divide tudo, fica mais
complicado, o controle é mais difícil.
A médica relata que quando alguém tem contato com o ácaro, em
questão de horas, já está doente. "Ele perfura a sua pele e se reproduz nela. O
macho morre e a fêmea vai fazendo túneis por ela. Ela começa a depositar
ovos nos túneis, são as larvas. Essas larvas vão se rompendo, em média,
durante 21 dias, depois começam a explodir. Então, esses bichinhos vão para
a superfície da sua pele, se reproduzem, mais túneis e mais ovos".

SINAIS E SINTOMAS
As manifestações clínicas são decorrentes da ação direta do ácaro,
quando este se movimenta nos túneis. E, também, em grande parte pela
hipersensibilidade desenvolvida pelo paciente contaminado. O principal
sintoma da escabiose é a coceira ou prurido, que é sentido principalmente à
noite. As principais lesões na pele são os túneis e, nas suas extremidades,
pequenas vesículas. Estas lesões aparecem principalmente entre os dedos das
mãos, nas axilas, na parte do punho que segue a palma da mão, auréolas e
genitais. A cabeça sempre é poupada. Escoriações na pele são frequentes, por
causa da coceira intensa.
O diagnóstico é geralmente clínico, pelo achado dos túneis e pelas áreas
características do aparecimento das lesões de escabiose. Pacientes idosos, ou
já tratados com corticoides, podem ser difíceis de ser diagnosticados. Neste
caso é preciso fazer uma pesquisa do parasita na pele, coletando o material
nas lesões dos sulcos.

PREVENÇÃO
A prevenção consiste, basicamente, em evitar contato com pessoas e
roupas contaminadas. Uma vez detectado um paciente com escabiose, todos
que com ele tenham contato direto devem ser examinados e tratados. Caso
estejam infectados, devem também ser tratados. Desta forma, é interrompida a
cadeia de transmissão da parasitose.

TRATAMENTO
O tratamento consiste em usar medicamentos tópicos em todo o
tegumento (pele, pelos e cabelo) ou uso de medicamentos orais. A escolha vai
depender das características da doença em cada paciente e também das suas
condições gerais de saúde. Portanto, o tratamento é individualizado pelo
médico para cada paciente.
CONSIDERAÇÕES FINAIS

Podemos concluir que a melhor maneira de se controlar esta parasitose


é
higienizando o local onde os gatos vivem e também evitando que eles tenham
contato com animais infectado, o que é difícil devido ao comportamento dos
felinos.
REFERÊNCIAS

MARTINS, Milton de Arruda FMUSP-HC ; CARRILHO, Flair José FMUSP-HC ;


ALVES, Venâncio Avancini Ferreira FMUSP-HC ; CASTILHO, Euclides Ayres
de. Clínica Médica Vol. 7 – Alergia e Imunologia Clínica, Doenças da Pele,
Doenças Infecciosas. Editora Manole. Barueri – São Paulo, 2013.

GOLDMAN, Lee; AUSIELLO, Dennis. Cecil Medicina Interna. 24. ed. Saunders
Elsevier, 2012.]

LONG, Dan L. et al. Medicina Interna de Harrison. 18 ed. Porto Alegre, RS:
AMGH Ed., 2013. 2v.

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