Você está na página 1de 12

DIREITO PENAL

Canal Carreiras Policiais – Instituto de Ensino das Carreiras Policiais Ltda.


Todos os direitos reservados. www.canalcarreiraspoliciais.com.br
ORIENTAÇÕES PRELIMINARES
1. Este material foi desenvolvido pelo editorial do Instituto de Ensino
das Carreiras Policiais e é protegido por Direitos Autorais, sendo
completamente vedada a reprodução parcial ou integral sem
que haja a devida autorização, sob pena de responsabilização
cível e criminal.

2. Nosso material é de uso exclusivo e interno aos nossos


alunos/coachees, sendo atualizado semanalmente por nossa
coordenação de materiais didáticos.
“A vida vai testar
3. Nossos materiais possuem a profundidade específica para o
você. A vida vai
concurso-meta de cada aluno, com o foco para o que testar a sua força
efetivamente é exigido pela banca examinadora do certame. de vontade e você
4. Havendo dúvidas sobre o conteúdo ou dificuldade de terá que mostrar a
assimilação, o aluno deve se utilizar do livro para potencializar a ela que é isso
compreensão e informar ao coach através do relatório semanal.
mesmo o que você
quer e que você
merecedor disso!
Levante a cabeça,
aceito os desafios e
mostre que você
merece conquistar
os seus sonhos!”

“Para chegar aonde


poucos chegam é
preciso fazer o que
DIREITO PENAL |

Nosso site: www.canalcarreiraspoliciais.com.br


poucos fazem.”
E-mail: coach@canalcarreiraspoliciais.com.br
Instagram: @canalcarreiraspoliciais

1
DIREITO PENAL
EFICÁCIA DA LEI PENAL EM RELAÇÃO ÀS
PESSOAS. IMUNIDADES E PRERROGATIVAS.

Legislação básica: arts. 29, 30, 37, 22, 24 e 27, 2 da Convenção de Viena de
1961 sobre Relações Diplomáticas – CVRD, promulgada pelo Brasil pelo
Decreto 56.435/65. Arts. 27, §1º, 29, VIII e 53 da CF.

INTRODUÇÃO:
O Brasil hoje tem sua lei validada pelo princípio da territorialidade
mitigada, onde se baseia para solucionar problemas das leis penais no
espaço. Este princípio diz que a lei brasileira será aplicada nos crimes
cometidos em território nacional, porém há exceções.

Todas as imunidades (diplomáticas, parlamentares: relativas e


absolutas) foram criadas para proteger o individuo enquanto no exercício de

2
suas funções, para que estas sejam realizadas sem pressões, e ter como
consequência um desempenho agradável e satisfatório para a população.

As imunidades são irrenunciáveis, pois protegem as funções e não o


indivíduo. Começam com a diplomação, ou quando se assume um cargo
diplomático, e têm suas prerrogativas encerradas com o fim do mandato, ou
com o fim do serviço diplomático.

Na imunidade diplomática todos aqueles que exercem no Brasil suas


funções internacionais para outro Estado, são inalcançáveis pela legislação
brasileira, devendo ao cometer um crime ser levado ao seu país de origem
para que lá cumpra suas penas ou seja processado. Quando o Estado
originário não e dispõe a julgar, cabe ao Brasil substituí-lo, porém se lá o fato
não for tipificado pela legislação o agente se torna inimputável, não
podendo o Brasil assumir essa responsabilidade.

A imunidade parlamentar relativa da aos parlamentares prerrogativas


processuais, prisionais, e testemunhais. Sendo que no âmbito prisional só
poderão ser presos diante de flagrante de crime inafiançável, devendo os
autos ser encaminhados a Casa respectiva no prazo de 24 horas, para que
com a maioria absoluta dos votos se resolva sobre a prisão. Nos processos,
eles poderão após a diplomação ser processados diante do Supremo
Tribunal Federal, e logo após a Casa será avisada para que no prazo
improrrogável de 45 dias apresente vontade de sustação do processo, que
após o mandato será corrido normalmente. As imunidades parlamentares
relativas existem mesmo diante de estado de sítio.

A imunidade parlamentar absoluta protege os parlamentares no quis


diz respeito as suas opiniões, palavras e votos, não podendo estes serem
responsabilizados por estes fatos quando em exercício de suas funções,
dentro o fora do Congresso Nacional. Ele não poderá ser processado por
atos cometidos durante o mandato, mesmo com o fim deste. Nem poderão
ser processados para reparação de danos.

Todas imunidades regulam as leis penais em relação ás pessoas, seu


território de aplicação, e a proteção de uma representação popular digna,
sem pressões ou medo.
DIREITO PENAL |

Essas exceções permitem que através de tratados sejam criadas


possibilidades de imunidades em relação à aplicação da lei penal para
algumas pessoas.

3
IMUNIDADE DIPLOMÁTICA:
São prerrogativas outorgadas aos agentes diplomáticos, observado o
princípio da reciprocidade. São restrições impostas ao princípio da
territorialidade temperada. As imunidades dos diplomatas são amplas
(aplicam-se a qualquer tipo de crime, inclusive homicídios, agressões, etc.).

Espécies:
(i) inviolabilidades (imunidade material): a pessoa do diplomata,
inclusive sua família, residência e pertences, são invioláveis, não
podendo sofrer nenhuma forma de detenção ou prisão;
(ii) imunidade de jurisdição penal e civil (imunidade formal, para o
processo): o agente diplomático deve ser processado e julgado
no Estado que representa, o que é extensível à sua família e aos
membros do corpo diplomático (art. 37, §§1º, 2º e 3º da CVRD).
Não está obrigado a comparecer a qualquer juízo ou tribunal do
país acreditado para testemunhar ou prestar informações (art.
31 da CVRD).

As imunidades (material e formal) são extensíveis à família do


diplomata, desde que esta tenha sido incluída na lista diplomática e seus
membros não sejam nacionais do Estado acreditado. O pessoal de serviços
da missão diplomática, custeado pelo Estado acreditante, só goza de
imunidade penal no que concerne a seus atos de ofício. Criados
particulares, pagos pelo próprio diplomata, não têm qualquer imunidade.

NATUREZA JURÍDICA: A natureza jurídica desse privilégio é de causa


pessoal de exclusão de pena (majoritária). Há, no entanto, quem defenda
que a natureza jurídica seja impeditiva de punibilidade (minoritária).

A imunidade pode ser renunciada pelo Estado acreditante, mas não


pelo próprio agente diplomático. Os funcionários da ONU e de outras
organizações internacionais (OEA), quando em missão no território nacional,
também gozam de imunidade (art. 105 da Carta da ONU).

IMUNIDADE PENAL RELATIVA DOS AGENTES


CONSULARES:

4
Segundo a convenção de Viena sobre Relações Consulares de 1963, a
inviolabilidade física e a imunidade de jurisdição dos cônsules apenas se
aplicam aos seus atos de oficio (p. ex.: outorga fraudulenta de passaporte).
O privilégio não se estende a membros da família do cônsul nem às suas
instalações residenciais. A prisão preventiva é permitida, desde que
autorizada por juiz e em caso de crime grave. No julgamento do HC n.
81.158-RJ, o STF, em 2002, confirmou a legalidade da prisão preventiva do
cônsul de Israel.

IMUNIDADE DE CHEFES E EX-CHEFES DE ESTADO


E MINISTRO DAS RELAÇÕES EXTERIORES:
Os Chefes de Estado se beneficiam de imunidade cível e penal, extensiva a
sua família e comitiva, inclusive em viagens particulares ou de férias. Tal
imunidade abrange, a princípio, ex-Chefe de Estado. Entretanto, há uma
tendência mundial de querer se responsabilizar ex-Chefe de Estado quando
tiver cometido grave violação aos direitos humanos, crimes de guerra,
contra a paz e os crimes contra humanidade, em razão do princípio da
justiça universal.

Precedente: Conforme decidiu a CIJ no caso da Rep. Dem. do Congo vs


Bélgica, o Ministro das Relações Exteriores possui imunidade racione
personae absoluta, não podendo lhe ser aplicado o referido princípio da
justiça universal no enforcement indireto.

IMUNIDADE EM RELAÇÃO AO DIREITO INTERNO:


Presidente da República: imunidade formal para prisão (somente com
condenação transitada em julgado por crime comum); imunidade formal
para o processo penal (instauração depende de 2/3 dos votos da Câmara –
art. 51, I, da CF); imunidade penal relativa (somente para crimes não
relacionados à função, anteriores ou concomitantes ao mandato) – não
inclui responsabilização civil, política, administrativa, tributária ou fiscal.
DIREITO PENAL |

Imunidade parlamentar: Os parlamentares têm imunidade material,


imunidade formal e prerrogativa de foro (que não é considerada uma
imunidade...).

5
Imunidade Parlamentar Relativa – Imunidade à Prisão – Art. 53, §2º da CF:

CF Art. 53 § 2º Desde a expedição do diploma, os membros do Congresso Nacional


não poderão ser presos, salvo em flagrante de crime inafiançável. Nesse caso, os
autos serão remetidos dentro de vinte e quatro horas à Casa respectiva, para que,
pelo voto da maioria de seus membros, resolva sobre a prisão.

ATENÇÃO: Perceba que a análise, para resolver a prisão (como diz no


código) por votos dos membros, é política e não jurídica.

ATENÇÃO: o STF pode impor a Deputado Federal ou Senador qualquer das


medidas cautelares previstas no art. 319 do CPP. No entanto, se a medida
imposta impedir, direta ou indiretamente, que esse Deputado ou Senador
exerça seu mandato, então, neste caso, a Câmara ou o Senado poderá
rejeitar (“derrubar”) a medida cautelar que havia sido determinada pelo
Judiciário. Aplica-se, por analogia, a regra do §2º do art. 53 da CF/88
também para as medidas cautelares diversas da prisão. STF. Plenário. ADI
5526/DF, rel. orig. Min. Edson Fachin, red. p/ o ac. Min. Alexandre de Moraes,
julgado em 11/10/2017 (Info 881).

A imunidade alcança crimes comuns, crimes eleitorais, e às contravenções


penais, portanto após o fim do mandato o processo deverá seguir de forma
comum. Aos Congressistas que cometeram delito contra a administração
pública não é válida essa regra, mesmo com o fim de seu mandato, e com a
abertura da ação após o fim do mesmo, o processo continuará sendo
julgado pelo Supremo Tribunal Federal.

Imunidade Parlamentar Relativa – Imunidade ao processo – Art. 53, §§3º,4º e


5º da CF.

CF Art. 53
§ 3º Recebida a denúncia contra o Senador ou Deputado, por crime ocorrido após
a diplomação, o Supremo Tribunal Federal dará ciência à Casa respectiva, que, por
iniciativa de partido político nela representado e pelo voto da maioria de seus
membros, poderá, até a decisão final, sustar o andamento da ação.
§ 4º O pedido de sustação será apreciado pela Casa respectiva no prazo
improrrogável de quarenta e cinco dias do seu recebimento pela Mesa Diretora.
§ 5º A sustação do processo suspende a prescrição, enquanto durar o mandato.

Quando houver denúncia contra o Senador ou Deputado Federal, por


delitos cometidos após a diplomação, a ação penal é instaurada e logo

6
após a Casa é informada de sua existência, para que por voto da maioria
absoluta a andamento processual possa ser sustado. Essa sustação irá durar
até o fim da ação, ou até o fim do mandato, onde acaba a imunidade.

ANTES EC 35/01 DEPOIS EC 35/01


Abrangia qualquer crime, praticado Abrange qualquer crime praticado
antes ou depois da diplomação. APÓS a diplomação.
O STF para o processo iniciar-se O STF não mais depende de
dependia de autorização da casa autorização para iniciar o processo.
respectiva. Porém, a casa respectiva pode
sustar o seu andamento.
Enquanto não autorizado a Suspenso o processo não corre a
prescrição não corria. prescrição.

A Casa respectiva terá o prazo de 45 dias para decidir sobre o pedido de


sustação. Se o crime tiver sido cometido antes da diplomação a Casa não
precisará ser informada, isso ocorre, pois antes da diplomação o
parlamentar não possui imunidade. Mesmo diante desses benefícios, o
parlamentar pode ser investigado através de inquérito policial.

STF: A prerrogativa extraordinária da imunidade parlamentar prevista no art.


53 §§3º,4º e 5º não se estende e nem alcança os INQUÉRITOS POLICIAIS que
tenham sido instaurados contra membros do Congresso Nacional.

Cleber Masson sobre as Imunidades e o estado de sítio diz: os atos se forem


praticados no recinto do Congresso Nacional, a imunidade é absoluta, não
comportando a suspensão pela Casa respectiva. é uma garantia
importante, porque se harmoniza com o disposto no art. 139, parágrafo
único, da Lei Suprema, e porque afasta qualquer pretensão de aplicar a
parlamentares as restrições previstas nos incisos desse artigo.

Logo, mesmo diante de estado de sítio as Imunidades Parlamentares


Relativas serão válidas, só podendo ser suspensas diante do voto e dois
terços dos membros da Casa, em atos praticados fora do Congresso
Nacional, caso estes atos sejam incompatíveis com a execução.
DIREITO PENAL |

O Deputado Federal ou Senador pode ser preso se for condenado em


processo criminal com trânsito em julgado? SIM. O § 2º do art. 53 da CF/88
veda apenas a prisão penal cautelar (provisória) do parlamentar, ou seja,
não proíbe a prisão decorrente da sentença transitada em julgado, como
no caso de Deputado Federal condenado definitivamente pelo STF. STF.

7
Plenário. AP 396 QO/RO, AP 396 ED-ED/RO, rel. Min. Cármen Lúcia, 26/6/2013
(Info 712).

RESUMO:
Regra: o parlamentar é insuscetível de prisão provisória (mas cabe prisão
definitiva – STF).
Exceção: admite flagrante quando o crime é inafiançável, por exemplo:
racismo, tráfico de drogas.

ATENÇÃO: existe divergência na doutrina sobre a possibilidade de o


Deputado ou Senador ser preso por conta de atraso no pagamento da
pensão alimentícia (prisão civil). Admitem: Uadi Bulos e Marcelo Novelino.
Não admitem: Pedro Lenza e Bernardo Fernandes. Jurisprudência:
parlamentares são insuscetíveis de prisão civil.

IMUNIDADE PARLAMENTAR ABSOLUTA: De acordo com o art. 53, caput, da


Constituição Federal, os membros do Congresso Nacional são imputáveis,
civil e penalmente, por quaisquer de suas opiniões, palavras e votos emitidos
em razão do exercício do mandato.

Art. 53. Os Deputados e Senadores são invioláveis, civil e penalmente, por


quaisquer de suas opiniões, palavras e votos.

ATENÇÃO MÁXIMA: além de civil e penal, a imunidade é também


administrativa e política (STF)

- LIMITES DA IMUNIDADE ABSOLUTA:

1) Exige nexo funcional (fato praticado no exercício ou em razão das


funções). STF.

2) Palavra desonrosa nas dependências do congresso, o nexo funcional é


presumido (presunção absoluta), porém palavra desonrosa fora do
congresso mantém a imunidade, porém não mais se presume o nexo
funcional. O nexo funcional tem que ser comprovado (presunção relativa).

OBS.: A imunidade substantiva não abrange a propaganda eleitoral, embora


a processual continue atuante.

OBS.: Não abrange caráter disciplinar (quebra de decoro parlamentar, art.


55, II CF).

8
Os representantes do Congresso Nacional não são passíveis de reparação
de danos, desde que suas opiniões, palavras e votos, sejam proferidas como
causa de suas atividades funcionais, dentro ou fora do Congresso, e
também após ao mandato, pois estas são por ele protegidas.

Para Julio Fabbrini Mirabete: “a regra que concede a imunidade absoluta


aos parlamentares na Constituição é lei penal e por força da própria Carta
Magna tem efeito retroativo. É auto-aplicável, sem necessitar, portanto de
outra lei que empreste validade e exequibilidade ao dispositivo está extinta,
pois, a punibilidade quanto aos deputados e senadores que estão sendo
processados ou foram condenados por crimes de opinião. Essa
retroatividade refere-se também aos crimes praticados por deputados
estaduais e prefeitos municipais, com as restrições inerentes às imunidades
destes."

Está imunidade ganha o título de absoluta, pois atinge qualquer


manifestação parlamentar, independentemente de sua relação com o
exercício de suas funções.

O parlamentar atua no exercício regular de direito, e de suas funções, logo a


imunidade absoluta não protege a pessoa, e sim suas funções, não
podendo ser renunciada.

Contra o parlamentar não poderá ser instalado inquérito policial, ou


processo-crime por delito de opinião, palavra ou voto. Com o fim do
mandato a imunidade se esgota, porém não poderá ser processado por
qualquer infração cometida durante seu mandato.

Hoje há inúmeras posições sobre a imunidade adotada, porém qualquer que


seja este posicionamento o agente nunca terá responsabilidade civil, penal
por suas opiniões, palavras e votos.

O STF tem considerado que a natureza jurídica da inviolabilidade é de causa


de atipicidade. Há 3 correntes sobre a sua natureza jurídica: (i) excludente
de crime [majoritário]; (ii) excludente de pena; e (iii) causa de incapacidade
penal; (b) imunidade formal, processual: Tem duas espécies: (b.1) para a
prisão (freedom from arrest - art. 53, §2º) – desde a expedição do diploma, os
DIREITO PENAL |

parlamentares não poderão ser presos, salvo em flagrante de crime


inafiançável, hipótese em que os autos deverão ser remetidos à Casa
respectiva, para que, pelo voto da maioria (votação aberta), resolva sobre a
prisão.

9
O STF já decidiu que essa regra não se aplica na hipótese de prisão fixada
por sentença transitada em julgado; (b.2) para o processo (art. 53, §§3º, 4º e
5º) – a partir da EC 35/2001, o STF passou a ter poderes para receber
denúncia contra parlamentar, por crime praticado após a diplomação,
independentemente de prévia licença da casa respectiva; recebida a
denúncia, o STF dará ciência à respectiva Casa, que, por iniciativa de
partido político nela representado e pelo voto da maioria absoluta de seus
membros, poderá, até a decisão final do processo penal, sustar o seu
andamento.

Essa ciência à Casa respectiva não é necessária em relação à denúncia por


crime praticado pelo parlamentar antes da diplomação; em relação a esses
crimes, não poderá haver sustação do processo por decisão da Casa.

OBS.1: As imunidades parlamentares não se aplicam aos suplentes.

OBS. 2: As imunidades parlamentares não se mantêm durante o afastamento


do parlamentar do exercício de suas funções (embora o foro por
prerrogativa de função se mantenha), para o exercício, por exemplo, do
cargo de Ministro, Secretário de Estado ou de Município e encerram-se com
o término do mandato.

OBS. 3: Aplicam-se aos Deputados Estaduais (art. 27, §1º da CF/88). Segundo
se extrai do art. 29, VIII da CF/88, os vereadores possuem imunidade material
no exercício de seu mandato e na circunscrição do Município, mas não
possuem imunidade formal (nem para o processo, nem para prisão).

QUANTO AO TESTEMUNHO DOS PARLAMENTARES:


CF Art. 53, § 6º
CF, 56, § 6º Os Deputados e Senadores não serão obrigados a testemunhar
sobre informações recebidas ou prestadas em razão do exercício do
mandato, nem sobre as pessoas que lhes confiaram ou deles receberam
informações.

Prerrogativa do art. 221 do CPP.


CPP Art. 221. O Presidente e o Vice-Presidente da República, os senadores e
deputados federais, os ministros de Estado, os governadores de Estados e
Territórios, os secretários de Estado, os prefeitos do Distrito Federal e dos
Municípios, os deputados às Assembleias Legislativas Estaduais, os membros

10
do Poder Judiciário, os ministros e juízes dos Tribunais de Contas da União, dos
Estados, do Distrito Federal, bem como os do Tribunal Marítimo serão
inquiridos em local, dia e hora previamente ajustados entre eles e o juiz.

ATENÇÃO CAVEIRAS: Esta prerrogativa é válida somente quando o


parlamentar for TESTEMUNHA, quando for INVESTIGADO NÃO.

FORO POR PRERROGATIVA DE FUNÇÃO (NÃO É UMA IMUNIDADE...)

Para estudo da temática, recomendamos a leitura do artigo abaixo, que


possui um excelente resumo do panorama atual do tema:

https://www.dizerodireito.com.br/2018/06/foro-por-prerrogativa-de-funcao.html
DIREITO PENAL |

11

Você também pode gostar