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Casos clínicos

Caso clínico 1

• Paciente A.S.P, sexo feminino, 23 anos, proveniente de Anápolis-GO, admitida no


pronto socorro com história de distensão abdominal, parada de eliminação de
fezes há 10 dias. Referia flatos e negava vômitos. Negava febre. Relata que desde
o nascimento havia constipação intestinal, com necessidade de uso de laxantes
orais para evacuação. Nega hipertensão, nega diabetes. Refere história de
laparotomia há um ano devido quadro de distensão abdominal, na qual segundo
relato do cirurgião, foi evidenciado distensão importante de cólon transverso e
descendente, hiperemia em apêndice cecal e foi, então, realizado
apendicectomia. Paciente refere morar em fazenda.
Caso clínico 1

• Ao exame físico a paciente apresentava-se emagrecida com sinais de desnutrição


grave e com abdômen globoso e hipertimpânico. Foi solicitado uma radiografia
de abdômen e tomografia de abdômen, a qual identificou importante distensão
de cólon e, assim, iniciado tratamento clínico para semioclusão intestinal.
• - Qual o possível diagnóstico da paciente?
• - Qual tratamento (farmacoterapia) indicado?
• - Qual o mecanismo de ação do medicamento a ser utilizado?
• - Qual o risco do tratamento?
• - Há riscos de interação medicamentosa?
• - Qual o papel do farmacêutico nesta situação?
Caso clínico 2
• R.G.P, Idosa de 69 anos, chega ao atendimento com queixas sobre suas “idas ao
banheiro”, diz que demora muito para ir ao banheiro, e relata que suas fezes são
muito duras, gerando dor ao defecar.
• Quando questionada diz que sempre demorava para ir ao banheiro, mas que isso
piorou há alguns anos (não sabe precisar quanto tempo exato), e que suas fezes
estão cada vez mais endurecidas. Por conta disso, relata ainda que se sente
“inchada” e com muitos flatos que a incomodam. Revela ainda que em alguns
momentos precisa manipular o próprio ânus para conseguir evacuar. Paciente
também possui Hipertensão Arterial Sistêmica controlada com uso de
Hidroclorotiazida.
Caso clínico 2
• Ao exame físico se apresenta com bom estado geral, lúcida,
bem orientada no tempo e no espaço, acianótica, afebril,
anictérica. FR = 21 irpm, PA = 140×80, FC = 89bpm. Sem
alterações no exame cardiovascular e respiratório. Ao exame
do abdome, revela abdome globoso distendido, indolor à
palpação. Paciente disse que a última vez que defecou foi na
manhã anterior à consulta.

• Qual a melhor maneira de tratar esse paciente?


• A idosa toma medicamentos para hipertensão, o uso desses
medicamentos pode ser motivo para o problema da
paciente?
Caso clínico 3

• Paciente M.S.L 46 anos, professora, casada chega ao atendimento com queixas de


constipação. Relata que passa dias sem ir ao banheiro e que suas fezes são muito
duras, gerando dor ao defecar. Quando questionada, diz que fica uma semana
inteira sem ir ao banheiro, que se senti inchada e com muitos gases. E que piorou
após a gravidez e que faz força a maior parte do tempo, que apresenta
sangramento anal retal. Hipertensa controlada faz uso de losartana 100 mg +25
mg de Hidroclotiazida. Usa laxante a longo prazo, sedentária, fumante a vinte
anos e mantém hábitos alimentar irregulares ao exame físico, paciente
consciente, orientada, afebril, dispnéica.
Caso clínico 3

• Peso: 80 kg, Altura: 1.68 m, FR: 22 bpm, PA: 143x 78, FC: 80 bpm, Abdome
globoso, distendido dor a palpação, última vez que defecou foi a 05 dias, após
uso do laxante.

• Oriente sobre os tratamentos farmacológicos e não farmacológicos.


Caso clínico 4

• A SAMU recebe um chamado do esposo de uma senhora de 80 anos que relatou


que a mesma estava com a face do lado esquerdo paralisada, não conseguia falar
direito e além disso, era hipertensa e diabética.
• Paciente idosa, aposentada, casada, mora no interior da Bahia com o marido e
tem cinco filhos. Não tem plano de saúde, adquire os medicamentos no
ambulatório da unidade básica de saúde e/ou em farmácias comunitárias
privadas.
• Na SAMU, o enfermeiro ao aferir sua pressão arterial o resultado foi
180mmHg/120mmHg, relatou, com dificuldade, perda de força, sensibilidade e
cefaleia intensa súbita.
Caso clínico 4

• Ao chegar ao hospital ela foi submetida a alguns exames, como TC de crânio,


hemograma, PA, glicemia, colesterol, Na e K. Foi transferida para sala de urgência
na unidade de tratamento intensivo, unidade de AVC agudo ou unidade vascular.
• PA (mmHg) = 158/84; glicemia (jejum) = 195 mg/dL; peso = 83 kg; colesterol total
= 317 mg/dL; triglicerídeos = 212;
• Ela foi estabilizada, e ao entrar em contato com a família foi informado que os
medicamentos que ela fazia uso anteriormente do ocorrido eram: ramipril 5mg e
Meritor (glimepirida 4mg e cloridrato de metformina 1000mg), além disso
informaram que a paciente tinha esquecido de tomar o medicamento da pressão.
Caso clínico 4
AVALIAR:
• Possível quadro da paciente
• Reações adversas e mecanismo de ação (dos medicamentos que ela utiliza)
• Tratamento recomendado
• Riscos do tratamento
• Farmacoterapia recomendada
• Riscos da interação entre os medicamentos descritos pelo paciente, e não
descritos
• Uso de outro fármacos (e papel do farmacêutico)
Caso clínico 5
L.A.S. é uma mulher de 24 anos, imc=20, que sofre de artrite
reumatoide e é tratada com ibuprofeno (AINE). L.A.S. comparece à
emergência da maternidade da sua cidade com hemorragia. L.A.S.
refere estar grávida de três meses e não realiza o acompanhamento
pré-natal por morar na área rural e longe do posto de saúde.

1 - O que pode ter causado a hemorragia de L.A.S.?


2 - Que alternativa você sugere em relação ao tratamento da artrite
reumatóide da paciente? Podemos usar um glicocorticoide?
3 - Quais as consequências caso a paciente retomasse o tratamento
com AINE em um período mais próximo ao parto?
Caso clínico 5

• J.P, 32 anos, sexo masculino, casado, operário.


• Paciente queixa-se de desconforto estomacal intenso e impotência sexual. Relata
que há algumas semanas sentiu fortes dores nas costas, como consequência da
alta intensidade física exigida no seu trabalho, e fez uso do medicamento
ALIVIUM 400 mg, 6 vezes ao dia (2400 mg/dia), devido a intensidade da sua dor,
durante 10 dias.
• J.P também relatou que faz o uso diário de AAS, 100 mg, para redução do risco de
infarto por possuir hiperlipidemia grave, resultado da sua má alimentação,
diagnosticada após exame de rotina e avaliação do perfil lipídico do paciente.
Caso clínico 5

• -AVALIAR:

- Reações adversas e mecanismo de ação.


- Riscos do tratamento.
- Relação entre impotência sexual e uso do ALIVIUM.
- Riscos da interação entre os medicamentos descritos pelo paciente, e não
descritos.
- Uso de outros fármacos (e papel do farmacêutico).
- Terapias alternativas (medicamentosa ou não).
Caso clínico 6

• JPS, 44 anos, sexo masculino, natural de Cabo Verde, divorciado, a residir em


Queluz. Trabalhou como músico profissional até aos 25 anos, estando atualmente
desempregado. [...] Aos 39 anos sua irmã começou a notar uma mudança de
comportamento. Segundo a mesma, ele dizia acreditar ser um profeta, cuja
missão era reescrever a Bíblia, no sentido de a corrigir, uma vez que tinha sido
adulterada no passado, por Lutero. Ouvia ele relatar de ouvir uma voz masculina,
que identificou como a voz de Deus, que o instruía sobre como corrigir a Bíblia,
mas que ele não apresentava alterações da forma do pensamento ou
embotamento afetivo.
Caso clínico 7

• A.B.C.D, sexo feminino, 21 anos. Queixa principal: desânimo com a vida e com os
estudos. História da doença atual: paciente relata que começou a “perder a
vontade” de realizar atividades corriqueiras, bem como acadêmicas no início de
2018 com o início do semestre acadêmico. A.B.C.D. possuía crises de desânimo e
anedonia frequentes, durantes as quais não podia realizar atividades domésticas
simples como varrer a casa, bem como não sentia vontade e tão pouco prazer ao
estudar – atividade anteriormente muito prazerosa segundo relata. Em função
destas crises afetarem seus estudos, A.B.C.D. começou a fazer uso de Cloridrato
de Metilfenidato por conta própria – conseguiu o medicamento com um amigo,
de forma a “ignorar” suas crises e se forçar a continuar estudando.
Caso clínico 7

Durante a faixa terapêutica desta droga, A.B.C.D. sentia-se muito estressada e, após
isto, a paciente sentia-se incapaz de fazer qualquer coisa, novamente, além de
profundo sentimento de tristeza. A.B.C.D. conseguiu com dificuldades terminar o
semestre letivo. Durante o término daquele semestre, a paciente começou a ter
ideações suicidadas. A paciente pensou em suicidar-se tomando toda a cartela de
Metilfenidato. Não consumou o fato, porém os pensamentos suicidadas eram
recorrentes. História médica pregressa: paciente portador de Ambliopia esquerda,
hipermetropia e estigmatismo, ambos bioculares. Fez uso de Metilfenidato há 9
anos para tratar Transtorno de Défcit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) com
neurologista. Relata frequentes crises de cefaleia – cerca de 2 por semana.
Caso clínico 7

• Consultou-se com neurologista há 7 anos para investigar sobre as cefaleias.


Tomografias da época foram normais. Em julho de 2016 consultou-se com
cardiologista para estudar sobre palpitação. O Ecg acusou repolarização
ventricular precoce demais exames foram pedidos, aguarda resultado.
Medicamentos em uso: Escitalopram 20mg, Remilev.

• RESOLUÇÃO CASO CLÍNICOS:


• Qual é a Hipótese diagnóstica? Quais medidas podem ser adotadas para
melhorar a condição da paciente?
Caso clínico 8

• M.A.C., 48 anos, trabalha como digitadora na empresa Lexaton.


Funcionária exemplar, ela foi convidada para trabalhar na
recepção da diretoria, ganhando o dobro do salário. Ao
receber o convite deu um grande sorriso falso para o chefe,
aceitou (com medo de ser demitida se recusasse) e passou o
restante da semana sem dormir.
• Na última vez em que trabalhou com público ela quase
morreu. Achava que os clientes estavam observando seus
gestos e fazendo comentários maldosos sobre a sua maneira
de agir. Evitava olhar diretamente para os clientes e, com o
comportamento modificado por estes receios, acabava por agir
de maneira realmente diferente, o que aumentava seu medo
de ser criticada.
Caso clínico 8

• Ela percebia a face enrubescer e sabia que os clientes percebiam que ela estava
suando mais do que deveria. Passou a ter uns “brancos” em que não conseguia se
lembrar de perguntas básicas, como o horário de funcionamento da empresa. E
passou a temer antecipadamente os brancos. A única hora do dia em que estava
tranquila era logo após bater o ponto da saída, quando caminhava sozinha e
pegava o metrô para casa. Mas todos os dias, ao acordar, ela já sentia o coração
bater mais forte com receio de ser ridicularizada, em plena recepção, no meio do
público e das colegas. A história não terminou bem: passou a tomar uma dose de
Campari antes de ir trabalhar, outra no almoço, e em pouco tempo foi demitida.
Caso clínico 8

• Passou meses em casa, morando apenas com sua mãe, já idosa e bastante surda.
Seu enorme desejo de se relacionar com as pessoas, só era menor que seu medo
de se expor em público. Quando finalmente recebeu um telefonema oferecendo
o emprego de digitadora achou que sua vida mudaria. A alegria de trabalhar não
durou mais que dois anos, e terminou naquela tarde, naquele sorriso falso para o
chefe.
• Na farmácia do bairro o balconista receitou bromazepam 3 mg, para tomar ½
comprimido antes de ir trabalhar. Antes de começar sua nova função e o
medicamento ela decidiu se consultar com você.
Caso clínico 8
1) O quadro de ansiedade parece ser patológico, diferente da ansiedade que
acomete a maioria das pessoas? Justifique.
2) Você acha que, além da psicoterapia, ela poderá se beneficiar do tratamento
farmacológico? Justifique.
3) Quais medicamentos são comprovadamente eficazes para o tratamento da
paciente?
4) A “prescrição” do balconista foi adequada? Quais serão os benefícios e riscos
de utilizar o benzodiazepínico no curto e longo prazo?
5) Quais são os efeitos adversos mais prováveis? O que fazer para evitar que ela
abandone o tratamento neste período?
Caso clínico 9
• Uma paciente pergunta para você porque o médico psiquiatra
trocou o medicamento Tioridazina (Melleril®) pelo
medicamento Quetiapina (Seroquel®), sendo que o médico
apenas mencionou que a única desvantagem nesta troca era a
questão do preço do fármaco.

• Argumente para o paciente o motivo desta troca.


Caso clínico 10

• Aline, jovem de 24 anos, não consome bebida alcoólica, não fuma, não utiliza
remédios controlados, ela acabou de sair de uma cirurgia de hérnia umbilical e
inguinal.
• A cirurgia foi um sucesso, porém depois de algumas horas quando já estava no
quarto, foi administrado para Aline um medicamento contra dor e um para
diminuir enjoo. Poucos segundos depois Aline começou a gritar e fazer
escândalos, perdeu completamente o controle dos membros inferiores e
superiores, tendo espasmos incontroláveis. A língua começou a retrair tendo de
vir uma enfermeira para evitar o sufocamento. Logo mais, todo o corpo de Aline
também se retraiu como em posição fetal, dificultando assim a respiração dela.
Caso clínico 10

• A cabeça dela tendeu apenas para um lado, ela sentia todo o seu corpo muito
rígido sem obedecer aos comandos naturais de movimento como de costume.
• Essa situação durou cerca de 15 minutos.

• Não foi administrado para Aline nenhum medicamento fora do padrão clínico. O
que aconteceu?
Caso clínico 11

• Paciente em tratamento farmacológico para a depressão, apresenta náusea leve,


fezes amolecidas, ansiedade, dor de cabeça, insônia, sudorese, nervosismo,
inquietação, tensão muscular e sono agitado. Esses sintomas surgiram logo após
o início do tratamento com Fluoxetina. Assim a paciente ao consultar com você
relata que abandonará o tratamento farmacológico devido a esses sintomas.

• Qual a sugestão e/ou conselho que você daria para esta paciente?

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