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METODOLOGIA PARA COLETA DE AMÔNIA VOLATILIZADA ORIUNDA DA

ADUBAÇÃO NITROGENADA

Os coletores serão construídos a partir de PVC com 35 cm de altura e 15 cm de


diâmetro.
Para coleta de amônia serão adicionadas em cada coletor duas espumas de
poliuretano na forma de disco, com densidade de 20 Kg m-3 ou 3cm de espessura,
embebidas com solução de ácido Sulfúrico H2SO4 (0,25 mol ml L-1) + glicerina (30ml L-
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) conforme descrito em trabalhos realizados por Lara Cabezas, Korndorfer e Motta
(1997) e Lara Cabezas e Souza (2008). As espumas serão dispostas a primeira a 10 cm
do solo, para capturar o N proveniente da volatilização da amônia dos fertilizantes e a
segunda a 20 cm desta, também embebida para evitar a contaminação das espumas pela
entrada de outros compostos oriundos de fora da câmara (EMBRAPA, 2008; LARA
CABEZAS, SOUZA, 2008; ARAÚJO et al., 2009).
Para proteger os coletores das chuvas, será colocado um chapéu ou tampa também
de PVC, com abertura de 2 cm entre a parte mais baixa do chapéu e o coletor. O mesmo
será preso ao coletor e fixado ao solo por meio de estacas de aço com 3 mm de espessura.
Serão seis bases fixas ou 3 moveis em cada parcela sobre as quais os coletores
serão rotacionados após cada coleta, conforme modificação sugerida por Cantarella et al.
(1999). As coletas e trocas das espumas e mudança de bases dos coletores serão realizadas
aos 1, 2, 3, 4, 6, 9, 12 e 15 dias após a adubação.
Serão descartadas as espumas localizadas na parte superior do coletor, utilizando
para análise apenas as espumas que se encontram mais próximas ao solo. Após as coletas
as mesmas serão acondicionadas em sacos plásticos e mantidas sobre refrigeração a 5ºC
para posterior quantificação do N volatilizado (LARA CABEZAS, KORNDORFER,
MOTTA, 1997; LARA CABEZAS, SOUZA, 2008).
A extração do N-NH3 da espuma será efetuada de acordo com metodologia de
Lara Cabezas et al. (1997), mediante lavagem forçada com 500 mL de solução de KCl (1
mol L-1), com quatro lavagens consecutivas com a solução para completa remoção do
nitrogênio amoniacal retido, através de um sistema funil de Büchner kitassato, (COSTA,
VITTI, CANTARELLA, 2003) acidulado com H2SO4 0,05 mol L-1 e concentrado a
volume aproximado de 50ml. A alíquota (50ml) dos extratos serão transferidas para
Erlenmeyer 500 ml e analisadas no sistema microKjeldahl (ALVES et al., 2011), sendo
o destilado recolhido em solução de H3BO3 20 g L-1 e um indicador vermelho de metila,
L-1
e posteriormente titulado com H2SO4 0,25 mol padronizado por Lara Cabezas et al.
(1997) (destilação e titulação).

PARA QUANTIFICAR O N VOLATILIZADO.

A NH3 volatilizada do solo e proveniente do fertilizante absorvida pelo coletor em


cada intervalo de avaliação será calculada utilizando a seguinte equação:

NH3 volatilizada = = (( Nesp /A ) x 10) x 1,74, no qual: Nesp corresponde ao N


capturado pela esponja; A corresponde a área ocupada pela câmara; 10 é a transformação
dos valores para kg ha-1 ; e 1,74 é o fator de correção da câmara (Araújo et al. 2009). Ou
a metodologia de (LARA CABEZAS, W. A. R. et al. 1999 que eu não consegui acessar.

PROJETO 01: ADUBAÇÃO NITROGENADA ASSOCIADA A INIBIDORES DE


URÉASE EM BRACHIARIA BRIZANTHA CV. MARANDU.
Com 3 tratamentos e 4 repetições: 3*5*4 = 60 parcelas.
Cálculos utilizando 3 coletores por parcela com 8 dias de coletas com 2 coletas/dia.
QUANT. ESPUMA: 60*3 = 180 coletores *4 espumas = 720 *8 dias = 5. 760 espumas

PROJETO 03: VOLATILIZAÇÃO DE AMÔNIA EM MISTURA DE


FERTILIZANTES NITROGENADO E POTÁSSICO NA PRODUÇÃO DE
FORRAGEM DE BRACHIARIA BRIZANTHA CV. MARANDU.
Esquema 2*2*8 = 32 parcelas *3 = 96 coletores *4 = 384 *8 dias = 3. 072 espumas

TOTAL DE ESPUMAS = 5760 + 3072 = 8. 832 espumas.


TOTAL ESPUMAS P/ANALISE: 4. 416 espumas* 500 ml = 2,208L (KCl ou usar
somente agua destilada/deionizada).

 4. 416* 0,05 mol L-1 = 220,8 mol L-1 de H2SO4


 4. 416* 0,20 Kg L-1 de H3BO3 = 883,2 g
 4. 416* 0,25 mol L-1 de H2SO4 = 1,104

PARA EMBEBER AS ESPUMAS:


Agua destilada: 8. 832* 0,50L = 44. 160 L
 8. 832* 0,30L de glicerina = 22. 496L
 8. 832* 0,25 mol L-1 de H2SO4 = 22. 080
PARA CONFECÇÃO DOS COLETORES.
180* 0,35m = 63m de cano
 Ver material para confeccionar a tampa ou tentar achar pronta.

REFERÊNCIAS
ARAÚJO, Ednaldo Silva et al. Calibração de câmara semiaberta estática para
quantificação de amônia volatilizada do solo. Pesquisa agropecuária brasileira,
Brasília, v.44, n.7, 769- 776 p. jul. 2009. Disponivel em:
https://www.scielo.br/j/pab/a/nXFjntn5tyv6SBp4cbrPRQF/?lang=pt. Acesso em: 04
dez. 2021.
CANTARELLA, H.; ROSSETO, R.; BARBOSA, W.; PENNA, M.J. & RESENDE,
L.C.L. Perdas de nitrogênio por volatilização da amônia e resposta da cana-de-açúcar à
adubação nitrogenada, em sistema de colheita de cana sem queima prévia.
CONGRESSO NACIONAL DA STAB, 7. Londrina, 1999. Anais. Álcool Subpr.
Londrina, 1999. p.82-87.
COSTA, M. C. G.; VITTI, G. C.; CANTARELLA, H. VOLATILIZAÇÃO DE N-NH3
DE FONTES NITROGENADAS EM CANA-DE-AÇÚCAR COLHIDA SEM
DESPALHA A FOGO. Revista brasileira de ciência do solo, Brasília, v.27, n.4, 8p.
2003. Disponível em:
https://www.scielo.br/j/rbcs/a/ypz6D4LPzWDNv9zVvgT7bhL/?lang=pt. Acesso em: 04
dez. 2021.
EMBRAPA. Métodos para avaliar as perdas de nitrogênio por volatilização da
superfície do solo e por emissão de amônia pela folhagem de Brachiaria brizantha
cv. Marandu. São Paulo, 2008. Disponível em: https://www.embrapa.br/en/busca-de-
publicacoes/-/publicacao/48446/metodos-para-avaliar-as-perdas-de-nitrogenio-por-
volatilizacao-da-superficie-do-solo-e-por-emissao-de-amonia-pela-folhagem-de-
brachiaria-brizantha-cv-marandu. Acesso em: 04 dez. 2021.
LARA CABEZAS, W. A. R.; KORNDORFER, G. H.; MOTTA, S. A.
VOLATILIZAÇÃO DE N-NH3 NA CULTURA DE MILHO: II. AVALIAÇÃO DE
FONTES SÓLIDAS E FLUIDAS EM SISTEMA DE PLANTIO DIRETO E
CONVENCIONAL. Revista brasileira de ciência do solo, Brasília, v. 21, n.3, 8p.
1997. Disponível em:
https://www.scielo.br/j/rbcs/a/8KNxnGsZRkGWFxQZbzjj74d/abstract/?lang=pt.
Acesso em: 04 dez. 2021.
LARA CABEZAS, W. A. R.; KORNDORFER, G. H.; MOTTA, S. A.
VOLATILIZAÇÃO DE N-NH3 NA CULTURA DE MILHO: I. EFEITO DA
IRRIGAÇÃO E SUBSTITUIÇÃO PARCIAL DA URÉIA POR SULFATO DE
AMÔNIO. Revista brasileira de ciência do solo, Brasília, v. 21, n.3, 481-487p. 1997.
Disponível em:
https://www.scielo.br/j/rbcs/a/F7VjSKLPYSm65RKFGMCzTXh/abstract/?lang=pt.
Acesso em: 04 dez. 2021.
LARA CABEZAS, W. A. R.; SOUZA, M. A. VOLATILIZAÇÃO DE AMÔNIA,
LIXIVIAÇÃO DE NITROGÊNIO E PRODUTIVIDADE DE MILHO EM RESPOSTA
À APLICAÇÃO DE MISTURAS DE URÉIA COM SULFATO DE AMÔNIO OU
COM GESSO AGRÍCOLA. Revista brasileira de ciência do solo, Brasília, v.32, n.6,
12p. disponível em:
https://www.scielo.br/j/rbcs/a/JL87ZTKYdNjNfytrbm76YSw/abstract/?lang=pt. Acesso
em: 04 dez. 2021.

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