Este documento relata a experiência da campanha "É só uma Criança: Exploração Sexual, uma das Piores Formas de Trabalho Infantil" realizada pelo Fórum Estadual de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil do Maranhão em 2017 para sensibilizar a população sobre a exploração sexual infantil. A campanha contou com a adesão de 70 municípios e apoio de rádios e TVs para alcançar todo o estado. Também realizou um workshop para dar visibilidade ao tema da camp
Descrição original:
Este artigo teve como objetivo relatar a experiência com a Campanha “É só uma criança: Exploração Sexual, uma das piores formas de trabalho infantil” realizada pelo Fórum Estadual de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil do Maranhão/FEPETIMA em 2017.
Este documento relata a experiência da campanha "É só uma Criança: Exploração Sexual, uma das Piores Formas de Trabalho Infantil" realizada pelo Fórum Estadual de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil do Maranhão em 2017 para sensibilizar a população sobre a exploração sexual infantil. A campanha contou com a adesão de 70 municípios e apoio de rádios e TVs para alcançar todo o estado. Também realizou um workshop para dar visibilidade ao tema da camp
Este documento relata a experiência da campanha "É só uma Criança: Exploração Sexual, uma das Piores Formas de Trabalho Infantil" realizada pelo Fórum Estadual de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil do Maranhão em 2017 para sensibilizar a população sobre a exploração sexual infantil. A campanha contou com a adesão de 70 municípios e apoio de rádios e TVs para alcançar todo o estado. Também realizou um workshop para dar visibilidade ao tema da camp
RELATO DE EXPERIENCIA DO FORUM ESTADUAL DE PREVENÇÃO E
ERRADICAÇÃO DO TRAVALHO INFANTIL DO MARANHÃO/FEPETIMA:
Campanha “É só uma Criança: Exploração Sexual, uma das Piores Formas de Trabalho Infantil”
RESUMO: Este artigo teve como objetivo relatar a
experiência com a Campanha “É só uma criança: Exploração Sexual, uma das piores formas de trabalho infantil” realizada pelo Fórum Estadual de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil do Maranhão/FEPETIMA em 2017. Para tanto, a campanha contou com a adesão dos 70 municípios com maiores índices de trabalho infantil e com apoio das rádios e redes televisivas com objetivo de alcançar todos os municípios do Estado. Foi realizado o II Workshop de Trabalho Infantil em que foi dado visibilidade para o tema da campanha. Além da realização de ações de prevenção realizada pelos municípios em todo o Estado.
Palavras-chave: Exploração Sexual. Trabalho Infantil.
FEPETIMA.
ABSTRACT Keywords:
1 INTRODUÇÃO
A violência contra crianças e adolescentes representa grande incidência no
Estado do Maranhão, conforme o número do Disque 100, apontado no Balanço Geral 2011 a 2016, em que foram analisados os dados de 2014 a 2016 no que diz respeito às denúncias de violência sexual contra esse público. A exploração sexual ocupa 21% dos registros da violência sexual, somando 462 registros, ficando atrás apenas do abuso sexual. Nesse contexto, “a exploração sexual de crianças e adolescentes” foi o tema escolhido para a campanha de 12 de junho – Dia Mundial de Combate ao Trabalho Infantil, a ser desenvolvida pelo FEPETIMA em 2017. Apesar das evidências dessa prática no Maranhão, há uma invisibilidade e, consequentemente, a subnotificação dessa forma de exploração e violação de direitos pelas diversas camadas sociais e órgãos do Sistema de Garantia de Direitos. A exploração sexual de meninas e meninos é silenciada por inúmeros motivos, dentre os quais se apontam a culpabilização da própria criança ou adolescente pela exploração e a justificativa desta como meio de sobrevivência própria ou da família. Compreendendo que o fenômeno retrata um cenário em que: “É violado o direito de não ser explorado economicamente, de não trabalhar antes dos 14 anos, e, após os 14 anos, de trabalhar em condições dignas, sem perigo e não estigmatizantes. A violência sexual contra crianças e adolescentes é inaceitável, além de ilegal. Ela fere a ética e transgride as regras sociais e familiares de convivência mútua e de responsabilidade dos adultos para com as crianças. Essa violência se contrapõe aos direitos humanos conquistados pela sociedade. Ela nega a dignidade do outro, do ponto de vista de sua integridade física e psicológica.” (FALEIROS; FALEIROS 2008, p.38).
Além de representar uma violação aos direitos humanos, revela um papel
inverso da sociedade que tem o dever constitucional de proteger, mas acaba transgredindo, seja por que é quem violenta ou por que é quem silencia a violência. É importante ressaltar que há mecanismos legais nacionais e internacionais que protegem a infância e a adolescência dessa violação. A Constituição Federal, no Artigo 227, fala que é “dever da família, da sociedade do Estado [...] colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão”. O Estatuto da Criança e do Adolescente/ECA também discorre sobre o assunto em seu artigo 5º, em que: “Nenhuma criança ou adolescente será objeto de qualquer forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão, punido na forma da lei qualquer atentado, por ação ou omissão, aos seus direitos fundamentais”. (BRASIL, 1990) O Brasil regulamentou a Convenção 182 da Organização Internacional do Trabalho (OIT) que trata da proibição das piores formas de trabalho infantil, em que, de acordo com a lista TIP da OIT, que definida pelo Decreto Nº 6.481, de 12 de junho de 2008, no artigo 4ª e inciso II: Art. 4o Para fins de aplicação das alíneas “a”, “b” e “c” do artigo 3 o da Convenção no 182, da OIT, integram as piores formas de trabalho infantil: II - a utilização, demanda, oferta, tráfico ou aliciamento para fins de exploração sexual comercial, produção de pornografia ou atuações pornográficas. (BRASIL, 2008).
Destaca-se, ainda, a existência de instrumentos como o Plano Nacional de
Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil e Proteção ao Adolescente Trabalhador e o Plano Nacional de Enfrentamento da Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes, ambos se constituem de propostas e metas que orientam ações integradas e articuladas com vistas a eliminar as piores formas de trabalho infantil e ao enfrentamento a violência sexual. Diante da necessidade de sensibilização e mobilização social para o enfrentamento da exploração sexual contra crianças e adolescentes, as instituições que compõe o FEPETIMA resolveram por deliberar sobre a realização da Campanha Estadual “É só uma Criança!”.
2 O FÓRUM ESTADUAL DE PREVENÇÃO E ERRADICAÇÂO DO TRABALHO
INFANTIL DO MARANHÃO – FEPETIMA O Fórum Estadual de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil do Maranhão (Fepetima) foi criado em 16 de novembro de 1999, originando-se enquanto estratégia de articulação e aglutinação de atores sociais institucionais, envolvidos com políticas e programas de prevenção e erradicação do trabalho infantil no Estado do Maranhão. Trata-se de um espaço democrático, coletivo, que tem a finalidade de fomentar, fortalecer e disseminar propostas e estratégias conjuntas entre governo e sociedade civil para o combate ao trabalho infantil. O FEPETIMA faz parte de uma Rede Nacional de Combate ao Trabalho Infantil formada pelos Fóruns de Erradicação do Trabalho Infantil e Proteção ao Adolescente Trabalhador, presentes nas 27 unidades da Federação, coordenada pelo Fórum Nacional de Combate ao Trabalho Infantil/FNPETI, criado em 1994, com o apoio da Organização Internacional do Trabalho - OIT e do Fundo das Nações Unidas para a Infância - UNICEF. A composição inicial do Fórum contou com o apoio do Fundo das Nações Unidas para a Infância – Unicef, do Centro de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente Pe. Marcos Passerine, e posteriormente da Organização Internacional do Trabalho – OIT, Departamento de Serviço Social e o Programa de Pesquisas de Pós- Graduação em Políticas Públicas da Universidade Federal do Maranhão, antiga Delegacia Regional do Trabalho, atualmente, Superintendência Regional do Trabalho, Ministério Público do Trabalho, a Secretaria Municipal da Criança e Assistência Social de São Luís a Agência de Notícias da Infância Matraca. Dentre as atuações marcantes do Fepetima, destaca-se a elaboração do Mapa do Trabalho Infantil no Maranhão na década de 90, a realização do Prêmio Cataventos de Liberdade, que premiou as melhores produções da imprensa maranhense sobre o combate ao trabalho infantil no Estado, vale ressaltar, que uma das ações apoiadas pelo Fórum nos anos 2000 foi a implantação do Programa de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil da OIT, bem como o Programa Bolsa Família com transferência de renda, que interviu diretamente na realidade de famílias em situação de vulnerabilidade social, sobretudo aquelas que se encontrava no trabalho infantil. Nos últimos anos o FEPETIMA vem fomentando a realização de campanhas de sensibilização de prevenção e erradicação do trabalho infantil em períodos estratégicos, como por exemplo: durante o carnaval; dia 18 de maio (Dia Nacional de Combate ao Abuso e a Exploração Sexual Contra Criança e Adolescente); 12 de junho (Dia Mundial de Combate ao Trabalho Infantil), festejos junino, finados, 12 de outubro, entre outras. A escolha das datas deve-se à maior visibilidade da ocorrência da contratação de mão de obra infantil, como o período do carnaval e festas juninas, como também por serem datas conhecidas mundialmente como de luta pelos direitos das crianças e adolescentes. As campanhas são realizadas sob orientação da OIT e do Fórum Nacional de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil/FNPETI. Destaca-se ainda, o compromisso com o incentivo ao protagonismo juvenil e a inserção desses nas discussões, como a Promoção do I Concurso de Poesia do Fepetima envolvendo a Região Metropolitana de São Luís, que aconteceu com o apoio da Secretaria de Estado da Educação e do Ministério Público do Trabalho, além da Criação do Comitê Estadual de Adolescentes pela Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil no Maranhão/CEAPETIMA, que congrega mais de vinte e dois municípios com representação de adolescentes. O FEPETIMA tem atuado no sentido de mobilizar e apoiar os munícipios (secretarias municipais), o Estado (Secretarias Estaduais de Educação, Saúde, Desenvolvimento Social, Direitos Humanos, Educação, dentre outras), Órgãos de Defesa e Responsabilização (Justiça do Trabalho, Ministério Público do Trabalho, Superintendência Regional do Trabalho, Conselho Tutelar), sociedade civil, além da mobilização dos meios de comunicação em massa. Uma vez que o Fórum é um espaço que aglutina todos esses agentes sociais. Por sua natureza, o Fórum deve ser considerado de importante relevância social, pois representa uma necessidade coletiva interinstitucional e intersetorial de combater o trabalho infantil no Estado do Maranhão, no qual busca a soma entre o cumprimento do dever institucional de cada órgão que o compõe e o compromisso dos representantes desses órgãos para atingir a finalidade do Fórum Estadual de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil no Maranhão.
3 – RELATO DE EXTERIÊNCIA: CAMPANHA “É SÓ UMA CRIANÇA:
EXPLORAÇÃO SEXUAL, UMA DAS PIORES FORMAS DE TRABALHO INFANTIL”
A campanha foi pensada em plenária do FEPETIMA, e a partir daí deu-se início
ao processo de construção da mesma com a formação de uma subcomissão de trabalho para a elaboração e divulgação da ação. Com o objetivo de alcançar o maior número possível de pessoas, foram realizadas sensibilizações das mídias de grande circulação Estadual, em especial rádios e jornal televisivos. Também contou com a articulação das Secretarias Estaduais de Saúde, de Educação e, em especial, de Desenvolvimento Social, por coordenar as Ações Estratégicas do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil, que é executado em setenta municípios maranhenses, realizando, assim, a mobilização em massa dos municípios para adesão à campanha. Foi construída uma agenda integrada com órgãos de proteção, defesa e responsabilização para a realização de blitz nos municípios da Região Metropolitana de São Luís. A Campanha também buscou inserir as crianças e os adolescentes como atores principais para o enfrentamento da exploração sexual, realizando rodas de conversas com crianças e adolescentes na capital do Estado e estimulando a realização das atividades com adolescentes pelos municípios. O Fórum realizou, ainda, em parceria com o TRT/MA e a SRT/MA, o II Workshop de Trabalho Infantil, abordando o tema “Exploração Sexual, uma das piores formas de trabalho infantil”, evento em que foi lançada a Campanha Estadual. Quanto aos materiais de divulgação para a sensibilização do tema, foram elaborados e distribuídos panfletos, cartazes, informes digitais para redes sociais (facebook, Instagram, WhatsApp, e-mail), além de outdoor expostos em pontos estratégicos de algumas cidades do Maranhão e aplicação de busdoor (aplicados na parte superior da traseira dos ônibus) que percorreram toda a Região Metropolitana de São Luís na vigência da Campanha.
4 RESULTADOS ALCANÇADOS
Foi realizado o II Workshop de Trabalho Infantil, em que também foi lançada a
Campanha “É só uma Criança!” Exploração sexual, uma das piores formas de trabalho infantil. O evento contou com, aproximadamente, 180 participantes, dentre Magistrados do TRT 16ª Região, membros do MPT/MA, Prefeitos, Policiais Rodoviários Federais, Secretários de Estado, representantes da Universidade Federal do Maranhão, Servidores Públicos, Universitários, Organizações da Sociedade Civil e população em geral. Foi um momento de apresentação da situação da Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes no Estado, bem como das estratégicas de combate a esse problema. Dividido em painéis, foram trabalhados os temas “Trabalho Infantil: entre o necessário e o digno”, proferido por Maria do Socorro Almeida de Sousa (Juíza do Trabalho); “Exploração sexual, uma das piores formas de trabalho infantil”, apresentado pela professora Carla Cecília Serrão Silva (UFMA); e apresentado o aplicativo Mapear, da Polícia Rodoviária Federal, que é utilizado no mapeamento dos pontos vulneráveis à exploração sexual de crianças e adolescentes em rodovias e estradas. Os principais meios de comunicação do Estado divulgaram o lançamento da Campanha, que contou com o apoio das rádios e emissoras de São Luís, realizando matérias acerca do tema e da programação, contribuindo para que a Campanha atingisse todo o Estado. Vale salientar, ainda, que houve adesão das Campanhas pelas rádios que apoiaram a veiculação dos spots na grade da programação e promoveram momentos de debates a respeito do tema por meios de presenças de representantes do FEPETIMA. As TV’s também oportunizaram esse diálogo nos programas diários de jornalismo, abrindo espaço para entrevistas nos principais jornais televisivos com a participação de membros do Fórum na abordagem da temática. Os Setenta municípios que executam as Ações Estratégicas do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil no Estado do Maranhão aderiram a Campanha, levando aos territórios ações de sensibilização e combate à exploração sexual de crianças e adolescentes. O FEPETIMA estimulou os órgãos a desenvolverem o tema em suas atividades, como, por exemplo, o CEREST Regional São Luís que trabalhou o tema ‘Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes’ em 03 Escolas, 02 Unidades de Saúde da Capital e com equipes multiprofissionais de 02 municípios da Região Metropolitana. Nessas ações foi alcançado um total de 114 profissionais de Educação, Saúde e Assistência Social. Houve a promoção de espaços de discussão do tema com os donos de bares, feirantes, comerciantes, trabalhadores e população de forma geral, por meios da realização de blitz nos municípios com esse foco, o que se caracterizou como um momento de conscientização e de ressignificação da visão sobre o trabalho infantil, com destaque para o enfrentamento à exploração sexual. As crianças e adolescentes foram incentivadas para atuarem como protagonistas na prevenção e denúncia ao trabalho infantil, o que se tornou possível com o apoio das gestões municipais que aderiram à campanha e somaram no envolvimento destes, tanto nos espaços escolares, como no Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos. Diante do exposto, a Campanha “É só uma criança” buscou a integração e fortalecimento da rede inter e intrasetorial de combate ao trabalho infantil e de toda a sociedade no intuito de tirar da invisibilidade crianças e adolescentes que estão sendo vítimas da Exploração Sexual no Estado do Maranhão. 4 CONCLUSÃO
Diante da realidade da exploração de crianças e adolescentes no Estado, existe
uma necessidade de fortalecer o trabalho em rede, juntando forças com os demais movimentos sociais, com os Poderes Judiciário, Legislativo e Executivo para efetivamente garantir a dignidade às crianças e adolescentes, criando uma articulação intersetorial de proteção por cada uma e cada um, visando o acesso aos direitos fundamentais, dando-lhes a oportunidade de viver seus ciclos de vida sem que lhes sejam furtados a vivência e inocência da infância e adolescência, não permitindo ou aceitando a imposição de atribuições indiferentes à sua faixa etária e, acima de tudo, se colocando no papel de corresponsável no enfrentamento da exploração sexual. Além de ser considerada uma das piores formas de trabalho infantil, a exploração sexual trata-se de uma prática criminosa, com penas previstas pelo Código Penal e pelo próprio ECA. Essa conduta não pode ser vista como trabalho, a criança ou adolescente não pode ser vista como responsável pela situação de exploração. O adulto que explora, induz, agencia ou facilita essa prática é quem deve ser responsabilizado. O FEPETIMA tem pautado, junto aos órgãos das diversas esferas de poder, a abordagem do combate ao trabalho infantil no Maranhão, em especial as piores formas como a exploração sexual, integrando as agendas nacionais e estaduais relacionadas ao tema, estimulando e promovendo a proteção integral de nossas crianças e adolescentes.
REFERÊNCIAS
BRASIL. Balanço 2011 a 2016 - Crianças e Adolescentes. Balanço da Ouvidoria
de Direitos Humanos. Ministério dos Direitos Humanos, Brasília, 2016. Disponível em http://www.mdh.gov.br/disque100/balancos-e-denuncias/2016-xls/balanco-2011-a- 2016-crianca-e-adolescente Acesso em Mar/2018. _________. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Presidência da República, 1988. Disponível em http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicaocompilado.htm Acesso em Mar/2018.
_________. Decreto nº 6.481, de 12 de junho de 2008. Disponível em: