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2014
PROGRESSO E RAÇA -
ILUMINISMO E DESCOLONIALIDADE EPISTÊMICA *
RESUMO
O principal objetivo desse texto é dar a perceber como a
ideia de progresso linear da humanidade e o dever de
desenvolver as potencialidades racionais dele esperadas
se relacionam na obra kantiana. Dando sequência a
nossa reflexão, exporemos algumas críticas à noção de
progresso racional a partir da Descolonialidade
epistêmica na América Latina. Para isso, o debate sobre
a ideia de raça será de fundamental importância.
PALAVRAS-CHAVE
Progresso. Raça. Descolonialidade epistêmica.
Immanuel Kant. Iluminismo.
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E
RESUMEN
JOÃO ROBERTO. PROGRESSO E RAÇA - ILUMINISMO
PALABRAS-CLAVE
Progreso. Raza. Descolonialidad epistémica. Immanuel
Kant. Iluminismo.
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1 NTRODUÇÃO
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Descolonialidade epistêmica.
2. A IDEIA DE PROGRESSO EM IMMANUEL KANT
É possível considerar que a ideia de progresso seja
uma decorrência necessária da reflexão empreendida na
Crítica da Razão Pura, identificando-a com o sentido do
Iluminismo (Aufklärung). Considerando o ambiente de
pujante avanço tecnológico e científico, Kant assimila
as tendências de seu tempo e concebe o progresso como
sendo intermediariamente técnico e essencialmente
moral (PHILONENKO, 1974, p. 436).
Há de se levar em consideração dois pontos
problemáticos para se falar da ideia de progresso em Kant:
(1) a apresentação dispersa em várias obras, sem um
tratamento cuidadoso em nenhuma delas, e (2) a variação
de sua acepção em diferentes obras durante os anos.
Não obstante, salientamos que malgrado essa
dispersão, é possível considerar o texto Resposta à
pergunta: o gênero humano está em constante progresso?
um escrito privilegiado para se discutir o tema do
progresso (PHILONENKO, 1986, p. 177).
Kant assevera nessa obra que
[...] não se trata de uma questão sobre a história
natural dos homens (saber se no futuro surgirão
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econômico-financeiro.
Ao perdurar no tempo, o mundo colonial do
capitalismo enraizou de forma profunda e perene a
ideia de diferenças biológicas que estariam na raiz de
disparidades sociais e econômicas. Colonizador e
colonizado estariam separados por algo que os
antecedia, uma determinação natural que
predeterminava todos os processos sociais e históricos
10 que pudessem derivar de sua interação. Dessa forma o
0 poder colonial foi elaborado também como uma
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. colonização do imaginário, segundo a qual o
-
- colonizado tira sua verdade do próprio colonizador.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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I9: Ideas para una historia universal en clave
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