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I
S É R I E
A
Esta 1.a série do Diário
da República é apenas
constituída pela parte A
DIÁRIO DA REPÚBLICA
Sumario269A Sup 0
SUMÁRIO
Presidência da República Decreto do Ministro da República para a Região
Autónoma da Madeira n.o 2/2004:
Decreto do Presidente da República n.o 79/2004: Nomeia Presidente do Governo Regional da Região
Ratifica as emendas aos artigos 7.o, 24.o, 25.o e 74.o Autónoma da Madeira o Dr. Alberto João Cardoso
da Constituição da Organização Mundial de Saúde, Gonçalves Jardim . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6750
adoptadas em Genebra, respectivamente em 1965, 1998
Decreto do Ministro da República para a Região
e 1978, no decurso da 18.a, 51.a e 31.a sessões da Assem-
Autónoma da Madeira n.o 3/2004:
bleia Mundial de Saúde . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6738
Exonera, sob proposta do Presidente do Governo
Decreto do Presidente da República n.o 80/2004: Regional, o Vice-Presidente do Governo Regional,
Ratifica a Concordata entre a República Portuguesa Dr. João Carlos Cunha e Silva, o Secretário Regional
e a Santa Sé, assinada em 18 de Maio de 2004 na dos Recursos Humanos, Dr. Eduardo António Brazão
cidade do Vaticano . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6738 de Castro, o Secretário Regional do Turismo e Cultura,
João Carlos Nunes Abreu, o Secretário Regional do
Equipamento Social e Tansportes, engenheiro Luís
Assembleia da República Manuel dos Santos Costa, a Secretária Regional dos
Assuntos Sociais, Dr.a Conceição Maria de Sousa
Resolução da Assembleia da República n.o 73/2004: Nunes Almeida Estudante, o Secretário Regional de
Educação, Dr. Francisco José Vieira Fernandes, o
Aprova, para ratificação, as emendas aos artigos 7.o, Secretário Regional do Plano e Finanças, Dr. José
24.o, 25.o e 74.o da Constituição da Organização Mun- Manuel Ventura Garcês, e o Secretário Regional do
dial de Saúde, adoptadas em Genebra, respectivamente Ambiente e Recursos Naturais, Dr. Manuel António
em 1965, 1998 e 1978, no decurso das 18.a, 51.a e Rodrigues Correia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6750
31.a sessões da Assembleia Mundial de Saúde . . . . . . . . 6738
Decreto do Ministro da República para a Região
Resolução da Assembleia da República n.o 74/2004: Autónoma da Madeira n.o 4/2004:
Aprova, para ratificação, a Concordata entre a Repú- Nomeia, sob proposta do Presidente do Governo
blica Portuguesa e a Santa Sé, assinada em 18 de Maio Regional, o Dr. João Carlos Cunha e Silva Vice-Pre-
de 2004 na cidade do Vaticano . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6741 sidente do Governo Regional, o Dr. Eduardo António
Brazão de Castro Secretário Regional dos Recursos
Humanos, João Carlos Nunes Abreu Secretário Regio-
Gabinete do Ministro da República nal do Turismo e Cultura, o engenheiro Luís Manuel
dos Santos Costa Secretário Regional do Equipamento
para a Região Autónoma da Madeira Social e Transportes, a Dr.a Conceição Maria de Sousa
Decreto do Ministro da República para a Região Nunes Almeida Estudante Secretária Regional dos
Autónoma da Madeira n.o 1/2004: Assuntos Sociais, o Dr. Francisco José Vieira Fernan-
des Secretário Regional de Educação, o Dr. José
Exonera do cargo de Presidente do Governo Regional Manuel Ventura Garcês Secretário Regional do Plano
da Região Autónoma da Madeira o Dr. Alberto João e Finanças e o Dr. Manuel António Rodrigues Correia
Cardoso Gonçalves Jardim . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6750 Secretário Regional do Ambiente e Recursos Naturais 6751
6738 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A N.o 269 — 16 de Novembro de 2004
as it thinks proper, suspend the voting privileges and au Conseil, étant entendu qu’au moins trois de ces Mem-
services to which a Member is entitled. The Health bres doivent être élus parmi chacune des organisations
Assembly shall have the authority to restore such voting régionales établies en application de l’article 44. Chacun
privileges and services. de ces Etats enverra au Conseil une personnalité, tech-
(b) If a Member ignores the humanitarian principles niquement qualifiée dans le domaine de la santé, qui
and the objectives laid down in the Constitution, by pourra être accompagnée de suppléants et de con-
deliberately practising a policy of racial discrimination, seillers.»
the Health Assembly may suspend it or exclude it from
the World Health Organization. Articlé 25 — supprimer et remplacer par le texte
Nevertheless, its rights and privileges, as well as its suivant:
membership, may be restored by the Health Assembly
«Ces Membres sont élus pour trois ans et sont rééli-
on the proposal of the Executive Board following a de-
gibles; cependant, parmi les Membres élus lors de la
tailed report proving that the State in question has
première session de l’Assemblée de la Santé qui suivra
renounced the policy of discrimination which gave rise
l’entrée en vigueur de l’amendement à la présente Con-
to its suspension or exclusion.»
stitution portant le nombre des membres du Conseil
de trente-deux à trente-quatre, le mandat des Membres
ANNEXE D supplémentaires élus sera, s’il y a lieu, réduit d’autant
Texte français qu’il le faudra pour faciliter l’élection d’au moins un
Membre de chaque organisation régionale chaque
Article 7 — supprimer et remplacer par: année.»
tituição, e que o outro será conservado nos arquivos Reconhecendo que a Concordata de 7 de Maio
de Organização Mundial de Saúde. de 1940, celebrada entre a Santa Sé e a República
3 — Decide que a notificação de aceitação destas Portuguesa, e a sua aplicação contribuíram de
emendas pelos membros, em conformidade com as dis- maneira relevante para reforçar os seus laços
posições do artigo 73.o da Constituição, se efectuará históricos e para consolidar a actividade da Igreja
pelo depósito de um instrumento oficial junto do Secre- Católica em Portugal em benefício dos seus fiéis
tário-Geral da Organização das Nações Unidas, con- e da comunidade portuguesa em geral;
forme previsto no artigo 79.o, alínea b), da Constituição Entendendo que se torna necessária uma actua-
para a aceitação da própria Constituição. lização em virtude das profundas transformações
ocorridas nos planos nacional e internacional,
(10.a sessão plenária, 16 de Maio de 1998 — Comissão
de modo particular, pelo que se refere ao orde-
B, 4.o relatório.)
namento jurídico português, a nova Constituição
democrática, aberta a normas do direito comu-
WHA31.18 — Constituição da Organização Mundial de Saúde:
adopção do texto em árabe e da emenda ao artigo 74.o nitário e do direito internacional contemporâ-
neo, e, no âmbito da Igreja, a evolução das suas
A 31.a Assembleia Mundial de Saúde: relações com a comunidade política;
1 — Adopta a emenda ao artigo 74.o da Constituição,
em anexo, sendo os textos em inglês, árabe, chinês, acordam em celebrar a presente Concordata, nos termos
espanhol, francês e russo igualmente autênticos. seguintes:
2 — Adopta a versão árabe da Constituição em anexo Artigo 1.o
(esta versão apenas será reproduzida na edição árabe
1 — A Santa Sé e a República Portuguesa declaram
da OMS, Actos Oficiais, n.o 247, 1978), considerando
o empenho do Estado e da Igreja Católica na cooperação
esta versão como sendo o texto árabe autêntico da Con-
para a promoção da dignidade da pessoa humana, da
stituição, logo a partir da entrada em vigor da emenda
justiça e da paz.
da Constituição acima mencionada.
2 — A República Portuguesa reconhece a persona-
(12.a sessão plenária, 18 de Maio de 1978 — Comissão lidade jurídica da Igreja Católica.
B, 2.o relatório.) 3 — As relações entre a Santa Sé e a República Por-
tuguesa são asseguradas mediante um núncio apostólico
Emenda ao artigo 74.o da Constituição junto da República Portuguesa e um embaixador de
Portugal junto da Santa Sé.
Artigo 74.o — suprimir e substituir por:
«Os textos em árabe, chinês, inglês, francês, russo Artigo 2.o
e espanhol desta Constituição serão considerados igual-
mente autênticos.» 1 — A República Portuguesa reconhece à Igreja
Católica o direito de exercer a sua missão apostólica
e garante o exercício público e livre das suas actividades,
Resolução da Assembleia da República n.o 74/2004 nomeadamente as de culto, magistério e ministério, bem
como a jurisdição em matéria eclesiástica.
Aprova, para ratificação, a Concordata entre a República Portu- 2 — A Santa Sé pode aprovar e publicar livremente
guesa e a Santa Sé, assinada em 18 de Maio de 2004 na qualquer norma, disposição ou documento relativo à
cidade do Vaticano. actividade da Igreja e comunicar sem impedimento com
A Assembleia da República resolve, nos termos da os bispos, o clero e os fiéis, tal como estes o podem
alínea i) do artigo 161.o e do n.o 5 do artigo 166.o da com a Santa Sé.
Constituição, aprovar, para ratificação, a Concordata 3 — Os bispos e as outras autoridades eclesiásticas
entre a República Portuguesa e a Santa Sé, assinada gozam da mesma liberdade em relação ao clero e aos
em 18 de Maio de 2004 na cidade do Vaticano, cujo fiéis.
texto, nas versões autenticadas nas línguas portuguesa 4 — É reconhecida à Igreja Católica, aos seus fiéis
e italiana, se publica em anexo. e às pessoas jurídicas que se constituam nos termos do
direito canónico a liberdade religiosa, nomeadamente
Aprovada em 30 de Setembro de 2004. nos domínios da consciência, culto, reunião, associação,
expressão pública, ensino e acção caritativa.
O Presidente da Assembleia da República, João
Bosco Mota Amaral.
Artigo 3.o
CONCORDATA ENTRE A REPÚBLICA PORTUGUESA E A SANTA SÉ 1 — A República Portuguesa reconhece como dias
A Santa Sé e a República Portuguesa: festivos os domingos.
2 — Os outros dias reconhecidos como festivos cató-
Afirmando que a Igreja Católica e o Estado são, licos são definidos por acordo nos termos do artigo 28.o
cada um na própria ordem, autónomos e inde- 3 — A República Portuguesa providenciará no sen-
pendentes; tido de possibilitar aos católicos, nos termos da lei por-
Considerando as profundas relações históricas tuguesa, o cumprimento dos deveres religiosos nos dias
entre a Igreja Católica e Portugal e tendo em festivos.
vista as mútuas responsabilidades que os vincu- Artigo 4.o
lam, no âmbito da liberdade religiosa, ao serviço
do bem comum e ao empenho na construção A cooperação referida no n.o 1 do artigo 1.o pode
de uma sociedade que promova a dignidade da abranger actividades exercidas no âmbito de organiza-
pessoa humana, a justiça e a paz; ções internacionais em que a Santa Sé e a República
6742 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A N.o 269 — 16 de Novembro de 2004
Portuguesa sejam partes ou, sem prejuízo do respeito competente pelo bispo da diocese onde tenham a sua
pelo direito internacional, outras acções conjuntas, bila- sede, ou pelo seu legítimo representante, até à data
terais ou multilaterais, em particular no espaço dos da entrada em vigor da presente Concordata.
países de língua oficial portuguesa. 3 — A personalidade jurídica civil das pessoas jurí-
dicas canónicas, com excepção das referidas nos arti-
Artigo 5.o gos 1.o, 8.o e 9.o, quando se constituírem ou forem comu-
nicadas após a entrada em vigor da presente Concordata,
Os eclesiásticos não podem ser perguntados pelos é reconhecida através da inscrição em registo próprio
magistrados ou outras autoridades sobre factos e coisas do Estado em virtude de documento autêntico emitido
de que tenham tido conhecimento por motivo do seu pela autoridade eclesiástica competente de onde conste
ministério. a sua erecção, fins, identificação, órgãos representativos
e respectivas competências.
Artigo 6.o
Os eclesiásticos não têm a obrigação de assumir os Artigo 11.o
cargos de jurados, membros de tribunais e outros da
mesma natureza, considerados pelo direito canónico 1 — As pessoas jurídicas canónicas reconhecidas nos
como incompatíveis com o estado eclesiástico. termos dos artigos 1.o, 8.o, 9.o e 10.o regem-se pelo direito
canónico e pelo direito português, aplicados pelas res-
pectivas autoridades, e têm a mesma capacidade civil
Artigo 7.o que o direito português atribui às pessoas colectivas de
A República Portuguesa assegura, nos termos do idêntica natureza.
direito português, as medidas necessárias à protecção 2 — As limitações canónicas ou estatutárias à capa-
dos lugares de culto e dos eclesiásticos no exercício do cidade das pessoas jurídicas canónicas só são oponíveis
seu ministério e bem assim para evitar o uso ilegítimo a terceiros de boa fé desde que constem do Código
de práticas ou meios católicos. de Direito Canónico ou de outras normas, publicadas
nos termos do direito canónico, e, no caso das entidades
a que se refere o n.o 3 do artigo 10.o e quanto às matérias
Artigo 8.o aí mencionadas, do registo das pessoas jurídicas canó-
A República Portuguesa reconhece a personalidade nicas.
jurídica da Conferência Episcopal Portuguesa, nos ter- Artigo 12.o
mos definidos pelos estatutos aprovados pela Santa Sé.
As pessoas jurídicas canónicas, reconhecidas nos ter-
Artigo 9.o mos do artigo 10.o, que, além de fins religiosos, pros-
sigam fins de assistência e solidariedade, desenvolvem
1 — A Igreja Católica pode livremente criar, modi- a respectiva actividade de acordo com o regime jurídico
ficar ou extinguir, nos termos do direito canónico, dio- instituído pelo direito português e gozam dos direitos
ceses, paróquias e outras jurisdições eclesiásticas. e benefícios atribuídos às pessoas colectivas privadas
2 — A República Portuguesa reconhece a persona- com fins da mesma natureza.
lidade jurídica das dioceses, paróquias e outras juris-
dições eclesiásticas, desde que o acto constitutivo da
sua personalidade jurídica canónica seja notificado ao Artigo 13.o
órgão competente do Estado.
1 — O Estado Português reconhece efeitos civis aos
3 — Os actos de modificação ou extinção das dioceses,
casamentos celebrados em conformidade com as leis
paróquias e outras jurisdições eclesiásticas, reconhecidas
nos termos do número anterior, serão notificados ao canónicas, desde que o respectivo assento de casamento
órgão competente do Estado. seja transcrito para os competentes livros do registo civil.
4 — A nomeação e a remoção dos bispos são da exclu- 2 — As publicações do casamento fazem-se não só
siva competência da Santa Sé, que delas informa a Repú- nas respectivas igrejas paroquiais mas também nas com-
blica Portuguesa. petentes repartições do registo civil.
5 — A Santa Sé declara que nenhuma parte do ter- 3 — Os casamentos in articulo mortis, em iminência
ritório da República Portuguesa dependerá de um bispo de parto, ou cuja imediata celebração seja expressa-
cuja sede esteja fixada em território sujeito a soberania mente autorizada pelo ordinário próprio por grave
estrangeira. motivo de ordem moral, podem ser contraídos inde-
pendentemente do processo preliminar das publicações.
Artigo 10.o 4 — O pároco envia dentro de três dias cópia integral
1 — A Igreja Católica em Portugal pode organizar-se do assento do casamento à repartição competente do
livremente de harmonia com as normas do direito canó- registo civil para ser aí transcrita; a transcrição deve
nico e constituir, modificar e extinguir pessoas jurídicas ser feita no prazo de dois dias e comunicada pelo fun-
canónicas a que o Estado reconhece personalidade jurí- cionário respectivo ao pároco até ao dia imediato àquele
dica civil. em que foi feita, com indicação da data.
2 — O Estado reconhece a personalidade das pessoas 5 — Sem prejuízo das obrigações referidas no n.o 4,
jurídicas referidas nos artigos 1.o, 8.o e 9.o nos respectivos cujo incumprimento sujeita o respectivo responsável à
termos, bem como a das restantes pessoas jurídicas canó- efectivação das formas de responsabilidade previstas no
nicas, incluindo os institutos de vida consagrada e as direito português e no direito canónico, as partes podem
sociedades de vida apostólica canonicamente erectos, solicitar a referida transcrição, mediante a apresentação
que hajam sido constituídas e participadas à autoridade da cópia integral da acta do casamento.
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Articolo 9
Articolo 2
1 — La Chiesa Cattolica può liberamente creare,
1 — La Repubblica Portoghese riconosce alla Chiesa modificare o estinguere, a norma del diritto canonico,
Cattolica il diritto di svolgere la sua missione apostolica diocesi, parrocchie e altre giurisdizioni ecclesiastiche.
e garantisce il pubblico e libero esercizio delle sue atti- 2 — La Repubblica Portoghese riconosce la perso-
vità, segnatamente quelle di culto, magistero e ministero, nalità giuridica delle diocesi, delle parrocchie e di altre
nonché la giurisdizione in materia ecclesiastica. giurisdizioni ecclesiastiche, a condizione che l’atto costi-
2 — La Santa Sede può liberamente approvare e pub- tutivo della loro personalità giuridica canonica venga
blicare qualsiasi norma, disposizione o documento rela- notificato al competente organo dello Stato.
tivi all’attività della Chiesa e comunicare senza impe- 3 — Gli atti di modifica o estinzione delle diocesi,
dimento con i Vescovi, il clero e i fedeli, potendo questi parrocchie e altre giurisdizioni ecclesiastiche, che sono
fare altrettanto con la Santa Sede. state riconosciute nei termini dei numero precedente,
3 — I Vescovi e le altre autorità ecclesiastiche godono saranno notificati al competente organo dello Stato.
della medesima libertà riguardo al clero e ai fedeli. 4 — La nomina e la rimozione dei Vescovi sono di
4 — Alla Chiesa Cattolica, ai suoi fedeli e alle persone esclusiva competenza della Santa Sede, che ne informa
giuridiche che si costituiscano a norma del diritto cano- la Repubblica Portoghese.
nico, è riconosciuta la libertà religiosa, segnatamente 5 — La Santa Sede dichiara che nessuna parte del
negli ambiti di coscienza, culto, riunione, associazione, territorio della Repubblica Portoghese dipenderà da un
espressione pubblica, insegnamento e attività caritativa. Vescovo che abbia la sua sede in territorio soggetto
a sovranità straniera.
Articolo 3
Articolo 10
1 — La Repubblica Portoghese riconosce le dome-
1 — La Chiesa Cattolica in Portogallo può organiz-
niche come giorni festivi.
zarsi liberamente in armonia con le norme del diritto
2 — Gli altri giorni riconosciuti come festivi cattolici
canonico e costituire, modificare ed estinguere persone
sono definiti di comune accordo a norma dell’articolo 28.
giuridiche canoniche, alle quali lo Stato riconosce per-
3 — La Repubblica Portoghese provvederà affinché
sonalità giuridica civile.
sia reso possibile ai cattolici, nei termini della legge por-
2 — Lo Stato riconosce la personalità delle persone
toghese, l’adempimento dei doveri religiosi nei giorni
giuridiche, di cui agli articoli 1, 8 e 9, nei termini rispet-
festivi.
tivamente indicati, come anche la personalità delle
Articolo 4 restanti persone giuridiche canoniche, inclusi gli Istituti
di vita consacrata e le Società di vita apostolica cano-
La cooperazione, di cui al n. 1 dell’articolo 1, può nicamente eretti, che siano state costituite e comunicate
includere attività svolte nell’ambito di Organizzazioni alla competente autorità dal Vescovo della diocesi dove
internazionali delle quali facciano parte la Santa Sede esse hanno la loro sede o dal suo legittimo rappresen-
e la Repubblica Portoghese oppure, senza venir meno tante, fino alla data di entrata in vigore del presente
al rispetto del diritto internazionale, altre azioni con- Concordato.
giunte, bilaterali o multilaterali, in particolare nel ter- 3 — Alle persone giuridiche canoniche, eccetto quelle
ritorio dei Paesi di lingua officiale portoghese. riferite negli articoli 1, 8 e 9, che si costituiscano o siano
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comunicate dopo l’entrata in vigore del presente Con- avviene, produrrà effetti relativamente a terzi soltanto
cordato, è riconosciuta la personalità giuridica civile a cominciare dalla data della trascrizione.
mediante l’iscrizione nell’apposito registro dello Stato 2 — Non osta alla trascrizione la morte di uno o di
in forza di un documento autentico, emesso dalla com- ambedue i coniugi.
petente autorità ecclesiastica, da cui risultino la loro
erezione, gli scopi, l’identità, gli organi rappresentativi
e le rispettive competenze. Articolo 15
3 — L’autorità ecclesiastica competente ha il diritto costituite dalle competenti autorità ecclesiastiche per
di previa consultazione quando siano necessari restauri il perseguimento di scopi religiosi, una volta che sia
o quando si avvii la procedura di inventariazione o clas- stata loro riconosciuta la personalità civile ai sensi degli
sificazione come bene culturale. articoli 9 e 10, sono esenti dalla marca da bollo e da
tutte le imposte relative alla trasmissione di beni che
incidano su:
Articolo 25
1 — La Repubblica Portoghese dichiara il suo impe- a) Acquisti onerosi di beni immobili con finalità
gno a destinare spazi a fini religiosi. religiose;
2 — Gli strumenti di pianificazione territoriale b) Qualsiasi acquisto a titolo gratuito di beni com
dovranno prevedere la destinazione di spazi a fini finalità religiose;
religiosi. c) Atti di istituzione di fondazioni, una volta
3 — La Chiesa Cattolica e le persone giuridiche cano- iscritte nell’apposito registro dello Stato nei ter-
niche hanno il diritto di previa consultazione, da eser- mine dell’articolo 10.
citare nei termini del diritto portoghese, per quanto
riguarda le decisioni sulla destinazione di spazi a fini 4 — L’autorità ecclesiastica responsabile per i fondi,
religiosi negli strumenti di pianificazione territoriale. destinati alla Chiesa Cattolica ai sensi dell’articolo
seguente, è esente da qualunque imposta su detta fonte
Articolo 26 di reddito.
5 — Le persone giuridiche canoniche citate nei
1 — La Santa Sede, la Conferenza Episcopale Por- numeri precedenti, quando svolgono anche attività com
toghese, le diocesi e le restanti giurisdizioni ecclesia- fini diversi da quelli religiosi, considerati tali dal diritto
stiche, nonché le altre personi giuridiche canoniche portoghese, ossia, fra gli altri, quelli della solidarietà
costituite dalle competenti autorità ecclesiastiche per sociale, dell’educazione e della cultura, insieme a quelli
il perseguimento di scopi religiosi, una volta che sia commerciali e lucrativi, sono soggette all’ordinamento
stata loro riconosciuta la personalità civile ai sensi degli fiscale che si applica alla rispettiva attività.
articoli 9 e 10, non sono soggette ad alcuna imposta 6 — La Repubblica Portoghese assicura che i donativi
su: fatti alle persone giuridiche canoniche, di cui ai pre-
a) Le offerte dei credenti per l’esercizio del culto cedenti numeri e alle quali sia stata riconosciuta la per-
e dei riti; sonalità civile ai sensi del presente Concordato, pro-
b) I donativi per la realizzazione dei loro scopi ducono l’effetto tributario di deduzione nella dichia-
religiosi; razione del redditi, nei termine e nei limite del diritto
c) Il ricavato delle collette pubbliche a fini religiosi; portoghese.
d) La distribuzione gratuita di pubblicazioni con- Articolo 27
tenenti dichiarazioni, avvisi o istruzioni religiose
e la loro affissione nei luoghi di culto. 1 — La Conferenza Episcopale Portoghese può eser-
citare il diritto di includere la Chiesa Cattolica nel
2 — La Santa Sede, la Conferenza Episcopale Por- sistema per la riscossione delle entrate fiscali, previsto
toghese, le diocesi e le restanti giurisdizioni ecclesia- nel diritto portoghese.
stiche, nonché le altre persone giuridiche canoniche 2 — L’inclusione della Chiesa Cattolica nel sistema
costituite dalle competenti autorità ecclesiastiche per di cui al numero precedente può essere oggetto di intesa
il perseguimento di scopi religiosi, alle quali sia stata fra gli organi competenti della Repubblica e le autorità
riconosciuta la personalità civile ai sensi degli articoli ecclesiastiche competenti.
9 e 10, sono esenti da qualunque imposta o tributo gene-
rale, regionale o locale, su:
Articolo 28
a) I luoghi di culto e altri beni immobili oppure
parti di essi direttamente adibiti alla realizza- Il contenuto del presente Concordato può essere svi-
zione di fine religiosi; luppato tramite intese stipulate fra le autorità compe-
b) Le installazioni al servizio diretto ed exclusivo tenti della Chiesa Cattolica e della Repubblica Por-
delle attività con fini religiosi; toghese.
c) I seminari o qualsiasi istituto destinato alla for-
mazione ecclesiastica o all’insegnamento della
religione cattolica; Articolo 29
d) Le dipendenze o annessi ai beni immobili,
descritti nei precedenti punti da a) a c), a uso 1 — La Santa Sede e la Repubblica Portoghese con-
di istituzioni private di solidarietà sociale; vengono di creare, nell’ambito del presente Concordato
e) I giardini e gli spazi antistanti ai beni immobili e come sviluppo del principio della cooperazione, una
descritti nei punti da a) a d), quando non siano commissione paritetica.
destinati a fini di lucro; 2 — Compita della Commissione paritetica prevista
f) I beni mobile di carattere religioso integrati al numero precedente sono:
negli immobili, di cui ai punti precedenti, o loro
accessori. a) Cercare, in caso di dubbi sull’interpretazione
del testo del Concordato, una soluzione di
3 — La Santa Sede, la Conferenza Episcopale Por- comune accordo;
toghese, le diocesi e le restanti giurisdizioni ecclesia- b) Suggerire qualsiasi altra misura per la sua buona
stiche, nonché le altre persone giuridiche canoniche esecuzione.
6750 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A N.o 269 — 16 de Novembro de 2004
Articolo 31
Decreto do Ministro da República
Sono fatte salve le situazioni giuridiche esistenti e para a Região Autónoma da Madeira n.o 2/2004
costituite in base al Concordato del 7 maggio 1940 e de 16 de Novembro
all’Accordo Missionario.
Nos termos do n.o 3 do artigo 231.o da Constituição
Articolo 32 da República Portuguesa e do n.o 1 do artigo 57.o do
Estatuto Político-Administrativo da Região Autónoma
1 — La Santa Sede e la Repubblica Portoghese pro- da Madeira, aprovado pela Lei n.o 13/91, de 5 de Junho,
cederanno all’elaborazione, revisione e pubblicazione com as alterações introduzidas pelas Leis n.os 130/99,
delta legis-lazione complementare eventualmente neces- de 21 de Agosto, e 12/2000, de 21 de Junho, nomeio
saria. Presidente do Governo Regional da Região Autónoma
2 — In vista di quanto disposto al numero precedente, da Madeira o Dr. Alberto João Cardoso Gonçalves
Jardim.
la Santa Sede e la Repubblica Portoghese effettueranno
consultazioni reciproche.
Assinado em 16 de Novembro de 2004.
Articolo 33 Publique-se.
Il presente Concordato entrerà in vigore con lo scam- O Ministro da República para a Região Autónoma
bio degli strumenti di ratifica, sostituendo il Concordato da Madeira, Antero Alves Monteiro Diniz.
del 7 maggio 1940.
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