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Fundação Centro de Ciências e Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro

Centro de Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro

UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO

CURSO DE LICENCIATURA EM TURISMO

AVALIAÇÃO A DISTÂNCIA AD1 - 2019/02

DISCIPLINA POLÍTICAS PÚBLICAS DE TURISMO

MEDIADORA PRESENCIAL: MÁRCIA CAVALCANTI MOREIRA


ALUNO: FELIPE SOUSA DOS SANTOS MATRÍCULA: 18115100170
POLO: SAQUAREMA -RJ DATA: 23 / 08 / 2019
O presente artigo sob o signo - Análise das principais políticas públicas de turismo no
Brasil, da década de 1990 à atualidade - reúne tópicos centrais e nos convida a pensar sobre as
transformações do turismo. Abrange desde os idos de 1930 até o porvir 2020 sob a égide do
plano Aquarela. Além disso, tem como propósito colocar a nu questões prementes acerca do
planejamento e excelência na gestão. Abarca a opinião de especialistas de renome. Lança luz
nos acertos e eventuais descaminhos dessa trajetória e aponta possíveis soluções. Assevera-se
focalizar aqui a gênese da corrupção endêmica e como irmanar parcerias e financiamentos
coletivos com o fito de catapultar nosso ramo.
A era Varguista, a despeito das controvérsias, assume papel seminal devido ao
aparecimento das leis trabalhistas, as quais trouxe ganhos significativos no que se refere ao
tempo de lazer. A princípio, impõe barreiras na tônica voraz do capital hegemônico.
A década de 60 traz inúmeras transformações. A saber: crescimento do turismo de
massa nacional com a ascensão do “rodoviarismo” e da classe média do “Fusca”, criações do
CNTur ( Conselho Nacional de Turismo) e da Empresa Brasileira de Turismo ( Embratur), o
plano de metas 50 e 5 do governo JK entre outros.
No começo de 1970, inaugura-se o Fundo Geral do Turismo (Fungetur), primeiro de
cunho econômico no Brasil. Este ganha novos contornos ao irrigar investimentos para o
Nordeste, a Amazônia e Setorial, respectivamente - Fundo de Investimento do Nordeste
(Finor), Fundo de Investimento da Amazônia (Finam) e Fundo Setorial (Fiset). Todos
primordiais para a linha de pensamento desenvolvimentista tão em voga à época.
No começo dos anos 1990, a crise se instaura com o pedido de impeachment de
Fernando Collor de Mello. Nesse turbilhão surge a fase embrionário PNMT - Plano Nacional
de Municipalização do Turismo que viria a ser o carro-chefe futuro - e, de certa maneira,
muda a maneira de se enxergar o turismo.
Nesse contexto, Itamar Franco, novo mandatário nacional, contempla-nos com o
primeiro plano PNMT, o qual recebe incremento nas gestões futuras - governos Fernando
Henrique Cardoso e, por derradeiro, do período lulopetista. Aquele se pauta pelas
privatizações e sanha neoliberal; este desfralda a bandeira da socialdemocracia e procura
enveredar pelo percurso da inclusão social com o intuito de diminuir o abismo entre ricos e
pobres. Posições completamente ambivalentes.
O PNT de 1996 se finca no Programa de Ação para o Desenvolvimento do Turismo no
Nordeste (Prodetur-NE) à base do pacote Avança Brasil de FHC cujo mote abarca melhorar a
imagem do Brasil no estrangeiro. Em suma, desfazer as políticas anteriores centradas na
pulsão sexual e no desejo, motivo de grande histeria e alvo de críticas na imprensa
especializada e afins.
O excerto objeto da leitura, incorpora de maneira ímpar não só os avanços e
conquistas, mas busca mapear por meio do olhar acurado, atento e de veia crítica às políticas
públicas relativas ao campo de estudo. Pela amplitude do debate, chama a atenção o fato de
como acabar com o câncer da corrupção entranhado nas três esferas do poder - federal,
estadual e municipal. Eis o grande nó. O empresariado necessita de segurança jurídica, menos
burocracia e que não tenha que ser assaltado por impostos impagáveis. Sabe-se que todo
empreendedor tem como algoz o próprio Estado, o qual inventa diversas maneiras para
arrecadar. Para quê?
Os atores desse jogo político merecem plataformas sustentáveis baseadas na
transparência e diretrizes lúcidas calcadas na prevenção e controle no trato com as verbas,
sejam elas públicas ou privadas. E para aumentar a sensação favorável para os players do
mercado e que os responsáveis sujeitem-se ao primado da lei.
Pela conjuntura, destaquemos a adoção do compliance a fim de aplacar mais
confiabilidade, frear desmandos e possíveis apadrinhamentos, casos clássicos de nepotismo
etc.
Segundo Candeloro compliance denota:

é um conjunto de regras, padrões, procedimentos éticos e legais, que, uma vez definido e
implantado, será a linha mestra que orientará o comportamento da instituição no mercado em
que atua, bem como a atitude dos seus funcionários. (CANDELORO; RIZZO; PINHO, 2012,
p. 30).

Chegamos ao calibre do Plano Nacional de Turismo gestado entre os anos 2003 - 2007
e 2007 - 2010, corresponsáveis por oxigenar o turismo nacional. Nessa toada, no início do
governo Lula - pela primeira vez - vem à tona o Ministério do Turismo. Decerto, possui
prerrogativas e se instala no seio governamental. Contudo, no decorrer sofreram distorções e
desprezaram os turismólogos e a expertise inerente. Na queda de braço, as indicações e o
famoso “toma-lá-dá-cá” levaram a premiação.
O planejamento e a descentralização das políticas públicas voltados para o turismo a
enriqueceu, gerou autonomia e brindou os municípios envolvidos no que diz respeito ao
protagonismo. Os planos Aquarela e Cores do Brasil emplacaram a vocação brasileira para
com a atividade. Quer seja no plano internacional, quer seja no nacional.
De fato, ganha corpo os mecanismos de controle às práticas ilícitas pois resultam em
melhor ambiência de negócios. Urge convocar atores compromissados em bem servir e
alicerçados na ética e moral. Percebe-se que trabalhar em conjunto com vistas a combater a
incúria estatal hão de dinamitar ainda mais os aspectos extraordinários do turismo.
Dessa forma, por meio da união de esforços entre poder público, iniciativa privada e
comunidade local o turismo se destina a colher bons frutos. Sem esquecermo-nos de que
governança saudável, sustentabilidade e pensamento a longo prazo cristalizam a discussão.
Isso nos induz a levar em conta os anseios das camadas populares e a terceira idade para que
desfrutem das mesmas maravilhas do turismo. Pensamento holístico. Apregoa-se ambicionar
uma agenda de nação. Cabe o apelo para que as políticas públicas de turismo zelem pela
continuidade e não cedam aos caprichos de legendas partidárias para que não fiquemos à
deriva e ao sabor dos ventos. Convém lembrar de que a corrupção se pulveriza mundialmente.
Certa vez, Thomas Hobbes disse: “O homem é o lobo do homem”. Instiga a reflexão de que
não se aplica apenas ao Brasil. Todo e qualquer ser humano possui propensão ao erro. Por
isso, o terreno fértil para que os agentes responsáveis usufruam do ​compliance se baseia em
metas cristalinas em prol da pacificação e sob a chancela de uma judiciário imparcial e com
jaez humanista. Tal alternativa converge no sentido de refrear a natureza humana que, por
vezes, focaliza em benesses mil. Esse ciclo virtuoso se vale da colocação de fronteiras entre o
público e o privado cuja penalização garanta o ecossistema propício para o crescimento do
trade turístico e, em consequência, contribuir para a elevação do PIB (Produto Interno Bruto),
vulgo PIBINHO.
REFERÊNCIAS:

CANDELORO, Ana Paula P.; RIZZO, Maria Balbina Martins de; PINHO, Vinícius.
Compliance 360º: riscos, estratégias, conflitos e vaidades no mundo corporativo​. São
Paulo: Trevisan Editora Universitária, 2012.

DA COSTA, Michele Leandro; GALDINO, Letícia Cristina Fernandes​. Análise da


principais políticas públicas de turismo no Brasil, da década de 1990 à atualidade.
Observatório de Inovação do Turismo - Revista Acadêmica. Vol. VI, nº4, Rio de Janeiro,
2011.

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