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A3 – Processo Penal

CRIME CULPOSO

"É o comportamento voluntário desatencioso, voltado a um determinado objetivo, lícito ou


ilícito, embora produza resultado ilícito, não desejado, mas previsível, que podia ter sido
evitado. Por que se pune a culpa? O negligente, se bem que não tenha querido a lesão do
direito, quis, pelo menos, o ato no qual deveria reconhecer a possibilidade ou a probabilidade
dessa lesão” (apud Raul Machado, A culpa no direito penal, p. 186).

“ São assim elementos do crime culposo:

a) A conduta;
b) A inobservância do dever de cuidado objetivo;
c) O resultado lesivo involuntário;
d) A previsibilidade; e
e) A tipicidade

Evidentemente, a inobservância do dever de cuidado objetivo apesar de atípico, trás ação


descuidada do agente quando há resultado lesivo.

Então oque se pune é a violação ao dever de cuidado e não precisamente o resultado que a
conduta ocasionou; pode ocorrer mediante uma ação positiva ou negativa descrita no art 18, II
do CP, que define como culposo o crime “quando o agente deu causa ao resultado por
imprudência, negligência ou imperícia”

Para o caso perscrutado fica inferido que classifica-se NEGLIGÊNCIA; caracterizada


pela ausência de precaução ou indiferença em relação ao ato realizado. Caracteriza-
se por uma atitude negativa do agente que não faz algo que deveria, um estado de
inércia, como, por exemplo, deixar uma arma de fogo ao alcance de uma criança.
Outrossim podemos falar; graus de culpa não existe no contexto do direito penal,
pouco importando se a culpa é levíssima, leve ou grave. Desde que seja suficiente
para caracterizar a imprudência, a negligência ou a imperícia do agente, há punição.
Os graus só interessam para a individualização da pena e para excluir do campo da
culpa os casos em que a imprudência ou negligência sejam insignificantes e não
possam ser considerados requisitos para a concretização do tipo penal.

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