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Mestranda:
INTRODUÇÃO.....................................................................................................................2
ENQUADRAMENTO TEÓRICO.........................................................................................2
PARTE I.................................................................................................................................3
1. COMPETÊNCIA...............................................................................................................3
PARTE II...............................................................................................................................4
2. ÉTICA................................................................................................................................4
PARTE III..............................................................................................................................6
3. COMPETÊNCIA ÉTICA...................................................................................................6
CONCLUSÃO.......................................................................................................................9
BIBLIOGRAFIA..................................................................................................................11
LEGISLAÇÃO CONSULTADA.........................................................................................12
WEBGRAFIA......................................................................................................................12
OUTRAS REFERÊNCIAS..................................................................................................13
INTRODUÇÃO
O trabalho está dividido, em três partes. Na primeira parte pretende-se definir de uma
forma sucinta a competência, na segunda parte a ética e na terceira parte a competência
ética.
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ENQUADRAMENTO TEÓRICO
A questão da qualidade da educação tem que ser questionada pela acção educativa e
também eticamente, para se dissecar as não conformidades na comunidade escolar, uma
vez que fazer bem, implica um compromisso que sustenta na dimensão afectivas e éticas,
para encaminhar a um objectivo determinado - ensino aprendizagem.
“[...]conquanto a ética se reporte às acções humanas, não se reporta a quaisquer acções,
mas às que são perfeitamente boas, independentemente das circunstâncias da sua
realização.” “Segundo Sócrates e Platão foram, incontestavelmente, os iniciadores”
apontado por Seiça, (2010:84)1.
Para a FENPROF:
“A profissão de educador pode beneficiar com o debate sobre os valores fundamentais da
profissão. Assim, uma crescente consciencialização das normas e da ética da profissão
pode contribuir para aumentar a satisfação profissional dos professores e do pessoal de
apoio, e de potenciar o seu prestígio e auto-estima, aumentando o respeito que a
sociedade
Sente por estes profissionais.”
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Textos de apoio Projecto “ Pensamento e formação ético-deontológico de professores”
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PARTE I
1. COMPETÊNCIA
Falar em competência significa “falar em saber fazer bem” afirma Valvidino Alves de
Sousa (2006:1).
O que é uma competência? Segundo Cró (1998:19):
“ [...]a verdade é que já em 1978 Sundberg et al. O definem como sendo [...] uma
habilidade cognitiva, capacidades interpessoais ou sociais, objectivos para programas
educativos[...],isto é, uma consequência seria um conjunto de características pessoais que
implicam conhecimentos, capacidades e atitudes que corresponderiam a desempenhos na
prática profissional.”
PARTE II
2. ÉTICA
Ética é uma palavra grega e a sua origem etimológica encontra-se em dois vocábulos:
éthos, que significa costume e êthos, propriedade de carácter. Por sua vez, a moral tem
origem no latim, mos ou mores, significando usos e costumes, logo diz respeito ao
conjunto das normas para o agir específico ou concreto. Já a ética é a ciência que estuda os
juízos morais referentes à conduta humana, conduzida pelos actos pessoais segundo os
valores do bem. Por outro lado, enquanto a moral se reporta a comportamentos concretos
de índole particular, pressupondo a existência de liberdade por parte de quem os leva a
cabo, a ética é universal, pois os seus valores são obrigatórios para todos os membros da
sociedade, dizendo respeito ao princípio normativo daqueles comportamentos. Pensou
Barros (2004).
Atendendo ao que ficou exposto, verifica-se a existência de uma relação entre ética e
educação. Esta pressupõe o desenvolvimento das capacidades humanas, tendo em vista a
integração social e a cidadania.
As preocupações éticas abrangem, no entanto, outros domínios com consequências directas
na educação assim, as rápidas e múltiplas transformações sociais e históricas das últimas
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décadas ocorridas na família, no mundo do trabalho, nos “mídia”, nas relações entre as
pessoas, nos padrões de comportamento e na educação dos filhos, proporcionaram uma
vivência mais flexível, diversificada e democrática.
No entanto, por vezes, estas transformações constituem a origem da instabilidade, na
medida que se tornaram grandes motivos de preocupação e discussão entre as pessoas. A
questão ética é constantemente apontada em torno destas discussões, uma vez que se
referem a valores, acções e condutas.
Como refere Demiray, (2009:2), o “campo da educação não está resguardado desta
ameaça”, pelo que nos dias de hoje se verifica uma crise nas instituições educativas, o que
se reflecte pela tomada de atitudes não éticas, como o plágio e a fraude. Alunos e
professores são pessoas morais, mas não significa que tenham sempre uma postura ética.
Para que haja conduta ética, é necessário que a pessoa seja consciente e que distinga entre,
o certo e o errado, o bem e o mal, a virtude e o vício, o permitido e o proibido. A
consciência moral reconhece estas diferenças, é capaz de julgar actos e condutas e agir em
conformidade com os valores morais, sendo, por isso, responsável pelos seus sentimentos,
acções e consequências do que sente e faz. Sendo assim, a consciência e a responsabilidade
são condições indispensáveis à vida ética.
O campo da ética é constituído, assim, por um outro elemento, além do sujeito moral e dos
valores morais: os meios utilizados pelo sujeito para que este atinja determinados fins.
Nem todos os meios são justificáveis e, por isso, fins éticos exigem meios éticos.
Citou Estrela (2010:69),“[...]utilizamos o termo ética reportando-o à fundamentação dos
princípios de bem e de mal e moral como a aplicação desses princípios a situações
particulares.”
Para Platão, a ética, a política e a pedagogia estão intimamente ligadas à formação do
docente, não obstante há transmissão de conhecimentos (Caetano & Silva, 2009), mas
existe a dimensão ética assumindo um grande papel na formação do docente.
Reforça Caetano & Silva (2009:51) “[...] que as referências aos deveres profissionais,
pelos professores, parecem sugerir, à luz de uma ética da virtude” “e apontam para a
necessidade de formar os alunos mediante a transmissão de valores”. Estrela & Freire
(2009:51).
Com o mesmo pensamento, Estrela (2003:18) afirma:
”a formação ética dos professores, quer inicial, quer contínua, poderá dar um contributo
decisivo para o salto qualitativo que representa a passagem da consciencialização para a
conscientização[...] e poderia partir da reflexão sobre as situações de ensino que devem
ser exploradas e questionadas à luz da ética pessoal e profissional, elas próprias sujeitas a
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reflexão e questionamento[...], e ser confrontadas com o pensamento de grandes
pensadores da ética”.
PARTE III
3. COMPETÊNCIA ÉTICA
Salienta Gohier que competência ética é “um equilíbrio entre razão e sensibilidade, a
certeza da norma e a incerteza da vida” (Gohier; cit.por Estrela, 2010:69).
Mencionou Cró (2010) que o campo de aplicação deste conceito varia entre o
comportamento do docente, o desempenho e os resultados obtidos dos alunos.
Estrela (1991) defendeu que “ atribui ao conceito um sentido mais abrangente e diferente
do treino de Skills. É antes um conjunto de conhecimentos, saberes-fazer e atitudes que
são indispensáveis para definir o professor competência”. (Cró; cit. por Estrela, 2010:19).
Estamos a vivenciar a formação por competências, que envolve a formação inicial,
contínua e de reciclagem de conhecimentos, que temos que assegurar segundo o plano de
princípios Cró ( 2010:20):
“a) nível prático, empírico, validado pelos resultados obtidos na sua acção educativa;
b) nível de inspiração prática. Integração dos conhecimentos e concepções novas, que
resultam da investigação, nas aplicações quotidianas da intervenção pedagógica;
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c) nível do prodessor/educador-investigador na sua própria acção.”
E em síntese, o docente necessita de saber, saber- fazer, o poder fazer- Competências e ser
pessoal, argumenta Cró (2010).
Por outro lado, (Alves; cit. por Sá- Chaves, 1997:141)”Sabendo nós que a formação ética
é sobretudo uma tarefa de construção pessoal da responsabilidade de cada interveniente
em que se comprometer com a sua própria mudança e não uma mera aquisição de
conteúdos programáticos, [...].”
Contrapondo no Decreto-Lei n.º 43/2007 de 22 de Fevereiro, artº 14,no número um as
competências/componentes profissionais exigidas ao docente dividem-se em:
“No presente decreto-lei incluem as seguintes componentes de formação, garantindo a sua
adequada integração em função das exigências do desempenho profissional:
a) Formação educacional geral;
b) Didácticas específicas;
c) Iniciação à prática profissional;
d) Formação cultural, social e ética;
e) Formação em metodologias de investigação educacional;
e
f) Formação na área de docência.”
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de ajudar os profissionais a julgar e decidir, em cada caso, à luz dos valores fundamentais
da profissão.”
E segundo D`Orey da Cunha refere que “Se é certo que, em Portugal, a profissão
docente sempre foi considerada como actividade eminentemente moral, não existe,
paradoxalmente, tradição de sistematizar a deontologia de tal actividade, nem muito
menos a de a cristalizar em códigos”.
Sugere A Associação Nacional de Professores nos princípios orientadores (2009:209) que
a:
“Consagração de um Código Deontológico da Profissão Docente e de Normas de
Exercício da Profissão Docente que constituam um quadro de referência dos
conhecimentos, das competências, da qualificação das práticas, dos valores e dos
princípios éticos inerentes ao exercício da profissão. “
CONCLUSÃO
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Na perspectiva deontologista, o dever do professor será ensinar, mas para agir movido por
um sentido abstracto de dever, ou por um desejo de “fazer o que está certo”, não é a mesma
coisa, que ter as qualidades evidenciadas na teoria das virtudes, tais como “Autoconfiança,
Autodisciplina, Benevolência, Compaixão, Civilidade, Coragem, Cortesia, Equidade,
Generosidade, Honestidade, Justiça, Lealdade, Moderação, Paciência, Prudência,
Ponderação, Sensatez, Tolerância”, que são adquiridos pelo hábito bom e com
profissionalidade. Cita Leite (2010:9).
Contrapondo com a perspectiva do Consequencialismo que considero estreita o seu
alcance, pois tenho que fazer, a destrinça entre o bem do mal, o “justo meio” para saber se
as boas acções produzem boas consequências. Azevedo, (2010) O que é bom para mim
pode não ser bom, para o outro. Ao contrário Kant,”praticamente bom é porém aquilo
que determina a vontade por meio de representações da razão [...].”Pela razão vê as
acções oriundas de crenças ou desejos. Alves et al, (1991:273).
Mas,
“Hoje em dia impõe-se como evidência a impossibilidade de conceber a educação como
um projecto «científico» ou «racional». A acção pedagógica realiza-se a partir de uma
pluralidade de valores e de crenças, de ideais e de situações, que é ilusório tentar
controlar a priori. A educação não encontra a sua razão de ser apenas no razoável, mas
também no trágico; a educação não é unicamente um acto racional, mas também
dramático.”Segundo Nóvoa (1991:65).
“De forma simples, podemos dizer que é ética toda a acção susceptível de ser elogiada,
por referência a valores universais, da liberdade, do respeito e da justiça, devidos a todos
os seres humanos – e também a valores comummente aceites pela comunidade onde nos
inserimos – valores particulares, de origem familiar, social, religiosa e cultural.” “Agir
em vista de um bem ou agir por dever é o modo como justificamos as nossas acções, desde
o agir mais familiar, ao agir social, profissional, etc.”Subscreve Afonso (2010:18).
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BIBLIOGRAFIA
ALVES, F.; ARÊDES, J.& CARVALHO, J.(1991) – Filosofia Pensar e Ser. Texto
Editora, Lda., pp.264-265.
ESTELA, M.T. (2003). Profissão Docente - Dimensões afectivas e éticas. Editores Areal.
Estratégias de Intervenção. Colecção CIDInE. Porto: Porto Editora.
11
ESTRELA, M. T. & Caetano A. P. (Coord.) (2010). Ética Profissional Docente. Do
Pensamento dos professores à sua formação. Educa, pp. 43-49.
LEGISLAÇÃO CONSULTADA
WEBGRAFIA
http://eticadocente.uidce.fpce.ul.pt/?page_id=9
http://www.eses.pt/usr/ramiro/docs/etica_pedagogia/etica_comunicacao.pdf
FENPROF- http://www.fenprof.pt/?aba=27&cat=165&doc=489&mid=115
http://www.webartigos.com/articles/23318/1/A-Etica-
Aristoteles/pagina1.html#ixzz185pzdjtR
12
http://www.anprofessores.pt/portal/PT/535/default.aspx
http://translate.google.pt/translate?hl=pt-
MACINTYRE,A.
(2010)PT&sl=en&u=http://en.wikipedia.org/wiki/Alasdair_MacIntyre&ei=F3AOTZK7F5
OBhQfhpv23Dg&sa=X&oi=translate&ct=result&resnum=1&ved=0CCsQ7gEwAA&prev
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%3Divnsb
LEITE, (2010)-www.pedroleite.pro.br/.../Ética%20das%20Virtudes%20(J.%20Rachels)
OUTRAS REFERÊNCIAS
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