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JERÔNIMO DE ALBUQUERQUE MARANHÃO

Filho do português Jerônimo de Albuquerque e da filha do cacique Arcoverde a princesa Ameraba Uira-Ubi, batizada com o nome cristão de Maria do Espírito santo,
nasceu em Olinda no ano de 1548. Foi educado no Colégio dos Jesuítas, onde aprendeu a ler e escrever, mas dominava o tupi, língua de seus familiares maternos, sendo então
respeitado pelos portugueses e amado pelos índios.
Os franceses, expulsos da Paraíba, rumaram para a costa do Rio Grande. O Capitão-Mor de Pernambuco, Manuel Mascarenhas Homem, contava com três companhias
de infantaria, e outras peças de manobra. A tropa vinda por terra sofreu pesadas baixas devida a peste de bexiga, que dizimava de dez a doze homens por dia. Jerônimo de
Albuquerque foi o único que com sua companhia continuou para se encontrar com Mascarenhas Homem, que em 25 de dezembro de 1597, desembarcou nas margens do Rio
Potengi. Iniciada a construção da Fortaleza dos Reis Magos em 06 de janeiro de 1598, em 24 de junho do mesmo ano, recebe Jerônimo de Albuquerque a missão de comandá-la.
Com muita sabedoria e paciência, consegue a paz com vários chefes indígenas potiguares. Em 25 de dezembro de 1599 ergue o pelourinho e a matriz. Assim, para alguns
historiadores se fundava a cidade do Natal. Após viajar para Lisboa, retorna em 1603 reassumindo comando da província, tenda a preocupação de alargar a área de colonização e
progresso. Funda o Engenho Cunhaú, fator determinante para o desenvolvimento econômico do Rio Grande do Norte. Sua administração vai fazendo escola e outros engenhos
são fundados.
Uma nova tentativa de invasão francesa faz com que o Rei Felipe II, de Castela, o convoque novamente. A expedição parte para o Maranhão e desembarca em
Jericoacoara no Ceará, onde funda o Forte de Nossa Senhora do Rosário. Em 1614 chega à costa maranhense onde ergue o Forte de Santa Maria. Na madrugada de 10 de
novembro o forte é atacado pelos franceses. Com seu espírito mameluco e com argúcia, Jerônimo de Albuquerque reverte a batalha: apenas onze baixas contra mais de cem dos
franceses se rendem e Jerônimo de Albuquerque é nomeado Capitão-Mor do Maranhão.
A bravura e determinação em comandar índios, portugueses e brasileiros fizeram dele um exemplo de brasilidade como até então nunca se tinha visto. Pernambuco,
Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará, Maranhão e o Norte são conquistas deste mameluco e gênio militar.

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