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DIAGNÓSTICO DE ANOMALIAS EM ARGAMASSAS E REBOCOS

Porosidade

 Absorção de superfície

 O método de execução consiste em:

 molhar ligeiramente o revestimento;


 se a água for absorvida em menos de um minuto, a superfície é muito
absorvente;
 se a água escorre sem penetrar no revestimento, este não é absorvente.

 Avaliação da porosidade por meio do ensaio de Karsten

 O método de execução do ensaio consiste em:

 a superfície do bordo do tubo que irá ficar em contacto com a parede é coberta
com mástique e pressionada contra a superfície;
 após endurecimento do mástique, o tubo é cheio da água até ao nível máximo;
 o abaixamento do nível de água é medido três vezes, com intervalos de 5
minutos.

Dureza

 Dureza do reboco
 O seu método de execução consiste em:

 utilizando uma chave de fendas ou um prego, pressionar na superfície através


de movimentos rotativos;
 se não penetra, é considerado um reboco duro;
 se penetra ligeiramente, considera-se um reboco com coesão suficiente;
 se além de penetrar facilmente, penetra em profundidade, então o reboco é
considerado sem coesão e deve ser removido na totalidade.

 Suporte friável ou a farinar


 O método de execução do ensaio consiste em:

 passar com a mão ou com a escova pela superfície


 se a mão ficar limpa e não se soltarem partículas o reboco é sólido;
 se a mão ficar da cor do paramento e se se soltarem partículas, então o
revestimento é friável ou a farinar.

Aderência

 Aderência do reboco
 O método de execução do ensaio consiste em:

 sondar com um martelo as zonas que se encontrem fissuradas;


 sondar na totalidade da superfície;
 onde soar a oco, o reboco não se encontra aderente;
 se as zonas que soarem a oco forem muito extensas, deve-se retirar o reboco na
totalidade;
 se forem localizadas, devem ser removidas e saneadas.
 Ensaio de arrancamento por tracção (pull off)
 O método de execução do ensaio consiste em:

 execução de um entalhe circular


 lavagem do paramento;
 colagem da peça metálica de ensaio (pastilha), pressionando com uma força
moderada durante alguns segundos

Humidade

 Humidade superficial em paredes


 Repetindo as observações ao longo de um dado tempo, é possível acompanhar a
evolução da distribuição da humidade na parede, podendo-se avaliar o efeito de
medidas correctivas introduzidas.
 As observações são feitas electronicamente, através de um aparelho com dois
eléctrodos pontiagudos, que se vão colocando ao longo de uma malha predefinida na
parede

 Medição da humidade no interior das paredes


 O método de execução do ensaio consiste em:

 executa-se na parede um pequeno orifício, com profundidade suficiente para


chegar ao seu núcleo;
 se a parede tiver reboco, o primeiro furo será feito com uma profundidade mais
reduzida (5 cm); depois deste bem limpo, volta-se a fazer um furo, este segundo
até chegar ao núcleo da parede;
 os detritos de tijolos, pedra e argamassa que forem extraídos durante a furação
são recolhidos e, com a ajuda de um aparelho próprio (Fig. 37), determina-se o
teor de humidade.

 Identificação de sais em eflorescências e na água em contacto com as


construções
 Estes ensaios podem ser feitos através de uma análise na qual se usa uma solução
específica que é adicionada progressivamente até a um ponto de viragem, detectado
geralmente por mudança de cor ou de condutividade, ou por análise colorimétrica,
onde se usa um excesso de reagente específico, que é adicionado formando-se um
produto corado e sendo a intensidade da cor proporcional à concentração da espécie
a analisar

Fissuras

 Monitorização da abertura de fissuras e fendas

 Para a medição de fissuras utiliza-se:


 Um fissurómetro
 um comparador de fissuras
 um medidor óptico de fissuras que permite quantificar a abertura das fissuras e
fendas, podendo completar os dados recolhidos pelo fissurómetro.

 Para além dos revestimentos, esta técnica permite acompanhar o desempenho


estrutural das paredes.

 Medição de deslocamentos em juntas e fissuras com o alongâmetro


 Se as fissuras ou as fendas forem ocasionadas por diferenças na estrutura, é
importante que se acompanhe a variação da sua abertura ao longo do tempo, em
diversos pontos do seu desenvolvimento. Para tal, utiliza-se o alongâmetro;
Resistência ao choque

 Ensaio de choque de esfera


 serve para avaliar a resistência dos revestimentos de paredes ao choque de corpos
duros não cortantes, através da medição do diâmetro da mossa produzida pelo
impacto duma esfera de aço sobre o revestimento;

 Ensaio de quadriculagem
 avaliar a resistência dos revestimentos ao choque de corpos duros cortantes.
 Faz-se a verificação do comportamento do revestimento quando submetido a acções
de choque com energias crescentes transmitidas por meio de um bloco metálico
denteado, registando a mossa de choque mais elevada que o revestimento resiste sem
escamar nem descolar.

DIAGNÓSTICO E ENSAIOS DE REVESTIMENTOS CERÂMICOS E PÉTREOS

 Descolamento

 a identificação das causas pode implicar:

 a avaliação numérica da expansão / retracção do revestimento e da camada de


suporte, sob as acções climatéricas ou outras a que esteja sujeito;
 a determinação laboratorial da expansão irreversível do revestimento;
 a execução de testes de arrancamento in situ.

 Resistência à tracção

 Este teste possibilita a determinação da força necessária para provocar o arrancamento


por tracção de uma determinada área de revestimento, calculando-se a tensão que provoca
a rotura

 Zonas de colagem

 Para avaliar a área efectiva de colagem, recorre-se à diferença de som produzido pelos
ladrilhos, quando percutidos: um som limpo é sinal de contacto integral, um som cavo
denuncia uma reduzida aderência. Para percutir os ladrilhos, utiliza-se um martelo de
borracha ou o cabo de madeira da colher de pedreiro

 A análise termográfica permite identificar com maior clareza as zonas de colagem. Fazendo
o aquecimento da superfície e utilizando uma câmara de infravermelhos, podem-se
detectar as variações de temperatura ao longo da superfície, que ilustram as zonas de
colagem do revestimento

 Fissuração

 É particularmente importante determinar o grau de estabilização das fissuras do suporte,


uma vez que essa é uma condicionante decisiva no processo de reabilitação
Ensaios em revestimentos cerâmicos e pétreos

 Análise química
 Permite determinar a composição química do material, característica que influencia,
de modo decisivo, o comportamento do revestimento face aos agentes de alteração
e/ou deterioração;

 Análise mineralógica
 Permite identificar compostos cristalinos e realizar análises mineralógicas de
materiais pétreos, de produtos cerâmicos e de ligantes hidráulicos;

 Análise microestrutural
 permitem caracterizar os elementos constituintes e diagnosticar os processos de
deterioração, bem como ajudar no controlo da eficácia de tratamentos de limpeza, de
consolidação e de protecção

 Análise orgânica
 Permite detectar e identificar a presença de constituintes orgânicos nas amostras.
Para o estudo do meio poroso, podem realizar-se vários tipos de ensaios de
porosidade.

 Avaliação da porosidade por meio do ensaio de Karsten


 permite avaliar a porosidade superficial de um revestimento pétreo ou cerâmico;

 Absorção de água por capilaridade


 Em função dos valores dos coeficientes de absorção, os materiais podem ser
classificados em quatro grupos:

 A > 2.0 kg/m2.h0.5 - sucção rápida;


 A < 2.0 kg/m2.h0.5 - preventivo contra a água;
 A < 0.5 kg/m2.h0.5 - quase impermeável;
 A < 0.001 kg/m2.h0.5 - impermeável.

 Permeabilidade ao vapor de água


 Permite calcular a permeabilidade ao vapor do material, sendo para isso fundamental
saber qual o coeficiente de permeabilidade dos diversos materiais de revestimento

 Permeabilidade líquida
 É um ensaio que se destina a determinar a permeabilidade à água do material em
questão

 Caracterização hídrica de materiais


 Trata-se de ensaios não destrutivos que têm por objectivo estudar a cinética de
embebição e secagem e determinam os coeficientes de difusividade hídrica dos
materiais.

 Variação dimensional
 Trata-se de um ensaio que permite determinar o coeficiente de expansão (dilatação)
térmicoem função da variação da temperatura.
 É também importante a determinação da expansão / retracção devida à acção da água
líquida e à acção da humidade relativa

 Durabilidade / envelhecimento
 Estes ensaios permitem apreciar o envelhecimento acelerado dos materiais de
revestimento, produzido pelos agentes climáticos (temperatura, humidade relativa,
precipitação e radiação), recorrendo a equipamento muito especializado;
 Ensaios mecânicos por tracção
 Estes ensaios permitem analisar a resistência dos revestimentos ao choque duro
(cortantes ou não cortantes), à degradação e à riscagem

Ensaios de fissuração do vidrado dos azulejos

 Categorias ensaios para avaliar a tendência do vidrado para a abertura de fissuras:

 ensaios de imersão e secagem ao ar = têm como principais vantagens a simplicidade


da sua execução e o seu baixo custo

 ensaios de autoclave = são os mais rápidos de executar e de mais baixo custo.


Permitem uma graduação da sua severidade de actuação de acordo com a duração e
pressão do ensaio e podem ser aplicados em peças de dimensões relativamente
grandes;

 ensaios de choque térmico = são algo demorados e levam a elevados gastos em


energia eléctrica

Medição do ângulo de contacto água-pedra

 Ao colocar-se uma gota de água sobre a superfície da pedra a área de contacto será tanto
menor quanto menor for a capacidade de absorção do material;

 O ângulo de contacto entre a água e a superfície será tanto maior quanto maior for a
hidrorepelência da superfície

 Através de ensaios, poder-se-á determinar a duração e eficácia desses tratamentos, após


vários ciclos de envelhecimento.

ANOMALIAS MAIS CORRENTES EM ARGAMASSAS E REBOCOS

Fendilhação e fissuração

 causas de fendilhação ou fissuração atribuíveis à constituição do reboco:

 Retracção do reboco

 Podem estar na causa deste tipo de anomalia uma forte dosagem em ligante o
uso de areias com alto teor de finos, a aplicação de camadas muito espessas, o
excesso de água de amassadura, a aplicação em condições climáticas
desfavoráveis.

 Dilatações e contracções higrotérmicas

 pode estar muitas vezes associado ao facto de haver uma falta de continuidade
construtiva entre o reboco e o suporte sobre o qual está aplicado;

 cada material tem coeficientes de dilatação térmica e higrotérmica que podem


ocasionar um deficiente adaptação entre os mesmos;

 Deste modo, ao haver distintas dilatações e contracções higrotérmicas, é usual


dar-se uma ruptura pelo elemento mais fraco, originando desta forma o
aparecimento de fendas ou fissuras.
 Gelo
 Deficiente dosagem na execução da argamassa
 Espessura inadequada do revestimento =quanto maior a espessura da camada, maior
será a resistência à fissuração do revestimento

 causas de fendilhação ou fissuração atribuíveis ao suporte

 Fendilhação e deslocamentos de suporte = Deslocamentos do suporte, tais como


assentamentos diferenciais das fundações, flechas excessivas das vigas e dos lintéis,
deformações de paredes estruturais ou, ainda, dilatações térmicas da própria
estrutura, são uma das principais causas de fendilhação no reboco

 Reacções com sais existentes no suporte = os sais contidos no suporte sobre o qual
um dado revestimento está aplicado, podem ser transportados para o mesmo através
da água que existe no seu interior reagindocom os componentes deste. Ao reagirem,
os sais existentes cristalizam expandindo-se e provocando a fendilhação do reboco

 Absorção excessiva do suporte = Quando o suporte onde vai ser aplicado o reboco é
demasiado absorvente, este retira rapidamente a água do reboco no momento da sua
aplicação, produzindo desta forma microfissuras internas que podem vir a manifestar-
se à superfície sob a forma de fendas.

 outras causas de fendilhação ou fissuração

 Concentração de tensões junto a pontos singulares = É muito comum as fendas


surgirem nas esquinas dos vãos ou partindo de outras aberturas devido à
concentração de tensões existentes nestes pontos, ocorrendo com maior frequência
quando há movimentos diferenciais significativos entre o revestimento e o suporte;

 Corrosão de elementos metálicos = A corrosão de elementos metálicos inseridos no


suporte ou no próprio reboco dá origem à formação de sais expansivos, que originam
fendilhações

Eflorescências e criptoflorescências

 É necessária a presença de três factores para que se produza o fenómeno de


eflorescência:
 a presença de humidade;
 a existência de sais solúveis nos materiais constituintes;
 pressão hidrostática para propiciar a migração da solução para a superfície

Biodeterioração

 Faz parte desta anomalia todo o tipo de organismos ou microrganismos vivos, animais ou
vegetais - algas, musgos, líquenes, fungos, plantas diversas e animais de pequeno porte -
que vão deteriorando a superfície do revestimento, quer pela sua simples presença, quer
pelo ataque dos mesmos ou dos produtos químicos que expelem;

 As causas que favorecem a ocorrência deste tipo de anomalia são:

 a presença prolongada de humidade


 falta de ventilação
 iluminação,
 acumulação de pó
 terra e sujidade na superfície do revestimento
 acumulação de poluentes resultantes da actividade industrial
 porosidade elevada do material.
Perda de aderência (descolamento, abaulamento, destacamento)

 descolamento - afastamento do reboco em relação ao seu suporte, que pode ser


facilmente identificado pelo som cavo quando submetido à percussão;
 abaulamento - formação de convexidade na superfície do reboco; pode ter como causa a
presença prolongada de água dando-se o já referido fenómeno de criptoflorescências;
 destacamento - separação definitiva do reboco ao seu suporte, sendo perfeitamente
visível

Perda de coesão ou desagregação

 consiste na desunião dos vários componentes do reboco seguida por uma considerável
perda das partículas que o compõem, convertendo-o num material frágil e susceptível à
degradação;

 São as seguintes as causas prováveis para o aparecimento deste tipo de anomalia:

 Humidade seguida de cristalização de sais;


 Acção de microrganismos e organismos
 Reacções químicas

Erosão

 Esta anomalia compreende a destruição ou o desgaste do reboco, implicando perda de


material ou apenas a alteração da superfície do reboco, uma modificação do seu aspecto
ou textura. Estes fenómenos são resultantes da acção erosiva de agentes mecânicos,
físicos ou químicos.

 São as seguintes as causas prováveis para o aparecimento deste tipo de


anomalia:

 Humidade = A água, quando infiltrada no interior dos poros superficiais do reboco,


pode provocar a dissolução de algumas das suas partículas o que posteriormente
pode originar a sua erosão;

 Esforços mecânicos de natureza diversa = A erosão mecânica deve-se a atrito gerado


na superfície do reboco ou através de golpes de pessoas, animais ou objectos sobre a
superfície do material.

 Acções físicas dos agentes atmosféricos = Quando a superfície do revestimento está


muito exposta aos agentes atmosféricos e a sua estrutura é muito porosa, a acção
continuada e prolongada dos agentes atmosféricos (chuva, vento, variações de
temperatura) leva à erosão do reboco

 Perda de coesão = A deficiente coesão do reboco favorece a sua erosão

Sujidade

 A sujidade é uma anomalia muito comum e caracteriza-se pelo recobrimento dos


revestimentos por poeiras, fuligem e outras partículas poluentes existentes na atmosfera

 causas prováveis para o aparecimento:


 Escorrimento da água da chuva = a água da chuva pode originar acumulações visíveis
de sujidade em determinadas zonas da fachada, quando esta forma caminhos
preferenciais de escorrimento
 aspectos que condicionam a gravidade desta anomalia = A textura do
paramento, os elementos protectores ou a falta deles e a orientação da fachada
em relação ao vento e ao sol.

 Acção do vento = O vento arrasta partículas de sujidade pela superfície do


revestimento

 Textura superficial do reboco (rugosidade) = A textura do reboco influencia a maior e


menor disponibilidade para a retenção de partículas de sujidade na sua superfície

 Acções humanas = A estas acções estão associados os grafitti (Fig. 76, à direita), bem
como a colagem de cartazes entre outras.

PATOLOGIA DE REVESTIMENTOS CERÂMICOS E PÉTREOS

Acções degradantes de revestimentos de paredes

 Acções físicas

 Acção da água

 Sedimentos de partículas presentes na atmosfera = tendem a depositar-se sobre os


revestimentos exteriores provocando, com a sua acumulação, diversos efeitos que os
degradam

 Dilatação térmica = As variações de temperatura provocam dilatações e contracções


dos materiais que, ultrapassando a tolerância das ligações das rectículas cristalinas,
podem determinar desagregações localizadas

 Acção abrasiva do vento transportando poeiras ou areias = aumenta a rapidez de


evaporação da água contida nos poros dos revestimentos e, consequentemente,
acelera-se a cristalização dos sais contidos em solução. Este agente tem também uma
acção erosiva mecânica provocando cavidades nos revestimentos pétreos e desgaste
dos vidrados nos revestimentos cerâmicos

 Acções químicas

 Alteração dos silicatos = Ocorre nas pedras constituídas principalmente por SiO2 -
granito, sienito, basalto e arenito.

 Alteração dos carbonatos = Ocorre nas pedras constituídas essencialmente por


carbonato de cálcio (calcário) e naquelas em que os carbonatos estão presentes em
percentagens variáveis (alguns arenitos) que podem sofrer ataques do tipo ácido.

 Crostas brancas e crostas negras = O efeito das agressões químicas é visível na


corrosão superficial do material, quer sejam crostas brancas ou negras.

 As crostas negras são depósitos visualmente inestéticos, capazes de originar


produtos nefastos.
 São compostas de cristal de gesso, calcite e partículas carbónicas provenientes
da combustão dos óleos.
 As crostas negras formam-se nas zonas mais porosas
 Alterações e manchas devido ao mineral de ferro = Nas pedras brancas, podem
aparecer manchas, devido à oxidação da pirite que pode estar presente na
composição da pedra, mesmo em pequenas quantidades.
 O efeito mais evidente é a alteração da cor (de tons amarelos claros até aos
avermelhados e castanhos) que pode surgir na superfície da pedra.
 Estas alterações poderão também surgir, tanto em revestimentos pétreos como
em cerâmicos, devido à oxidação de elementos de fixação metálicos ou de
quaisquer outros elementos metálicos na superfície

 Acções biológicas

 As agressões biológicas são provocadas quer por macrorganismos, quer por


microrganismos, de origem vegetal ou animal.

 Poderão ser agressões de vária ordem: a colonização biológica, do tipo das algas,
líquenes, fungos e musgo (microrganismos), que podem, pela sua acção físico-
química, deteriorar o revestimento.

 a vegetação (macrorganismos), cujas raízes se insinuam nas fendas dos


materiais;
 os danos provocados pelas aves que depositam excrementos corrosivos para
os materiais

Deterioração dos revestimentos cerâmicos

 Causas de anomalias que deterioram os revestimentos cerâmicos:

 deficiências de concepção do revestimento;


 material inadequado à situação onde foi utilizado;
 deficiências de execução em obra.

 Desprendimento

 O desprendimento é a anomalia que aparece relacionada com os revestimentos


cerâmicos aderentes com mais frequência, representando mais de 50% dos casos de
anomalias verificados neste tipo de revestimento.

 Poderão existir as seguintes relações efeito-causa:

Efeito Causa
 associados à elevada expansão dos
ladrilhos
 à falta de qualidade do material de
descolamentos generalizados, com ou sem
colagem
empolamento prévio do revestimento
 a erros de aplicação
 incompatibilidade entre as várias
camadas do sistema
concentração de grandes cargas no suporte  movimento no suporte conduzindo à sua
originando desprendimento dos ladrilhos fissuração
 deficiente produto de assentamento ou
sua incompatibilidade com o
desprendimento ou eminência de revestimento
desprendimento dos ladrilhos em  falta de preparação do suporte ou do
praticamente toda a extensão revestimento
 inobservância dos tempos de cura do
produto de assentamento
desprendimento de peças isoladas ou grupos  penetração de água por juntas mal
vedadas originando o aparecimento de
sais à superfície cuja expansão provoca
o desprendimento dos ladrilhos
de peças aleatoriamente na superfície  quantidade insuficiente de produto de
assentamento
 aplicação deficiente deste ou seu
envelhecimento
ocorre com maior frequência nas paredes
desprendimento devido ao atrito ou golpes de
situadas ao nível do piso térreo, não só por
pessoas ou objectos sobre a superfície do
choques acidentais mas também por
revestimento
vandalismo

 As principais consequências do descolamento dos revestimentos cerâmicos são:

 queda, com perigo de danos pessoais e materiais, principalmente em edifícios


com mais de dois pisos;
 condições para a entrada de água no suporte e na interface da colagem com
risco de descolagem progressiva e acelerada do revestimento e possibilidade de
infiltrações no interior;
 degradação do aspecto visual e sensação de insegurança para os utentes.

 Fissuração

 principais causas de fissuração:

 deformações do suporte devido a movimentos diferenciais da estrutura do


edifício ou de assentamentos diferenciais das suas fundações;
 acções de choque mecânico;
 deficiências de concepção, de programação ou de execução da aplicação do
revestimento.

 tipos de fissuração mais frequente:

 fissuração fina, sem orientação definida, distribuída por toda a extensão do


paramento - devido à retracção durante a secagem do produto de assentamento
que causa movimentos diferenciais entre este e os ladrilhos, ou por alterações
do teor de água e de variações de temperatura;

 Fractura, com orientação definida e de largura relevante - causada por rotura do


suporte por movimento próprio ou da estrutura.

 A fissuração do vidrado, no caso dos azulejos, resulta da conjugação de três factores:

 coeficiente de dilatação térmica do vidrado superior ao da chacota;


 expansão da chacota por molhagem;
 pouca resistência do vidrado à tracção

 Escamação

 A aplicação de azulejos sem espaços de junta adequados vai contribuir para o


aparecimento de tensões, que conduzem à escamação dos azulejos na zona das
juntas;

 Começa por saltar o vidrado, em forma de lascas (Figs. 88 e 89, à esquerda), até atingir
a chacota, que pode igualmente saltar
 Perda do vidrado

 A acção isolada ou conjunta de agentes atmosféricos tem alguma incidência em


superfícies deste tipo.

 A sua exposição ao vento (transporta poeiras e areias, provocando o desgaste do


vidrado de forma contínua), à chuva e a variações de temperatura, em que a
alternância entre o calor e o frio provoca contracções e expansões sucessivas,
provoca a perda do vidrado originando posteriormente a degradação do ladrilho

 Eflorescências

 Manchas de ferrugem

 Em situações de elementos cerâmicos aplicados com apoios metálicos, se estes


forem mal isolados ou inadequados à função ou ao local de aplicação, como zonas
marítimas com forte presença de cloretos, poderá dar-se a sua corrosão originando
manchas de ferrugem;

 Sujidade

 Poderão ocorrer situações de acumulação de sujidade, principalmente por poluição


 Outra causa de sujidade poderá ser a inscrição de graffiti devida a actos de
vandalismo.

Deterioração dos revestimentos pétreos

 Desprendimento

 O sistema de fixação tem de ser calculado ou ensaiado de modo a garantir a


estabilidade, de forma durável (Fig. 98), na situação concreta de aplicação.

 Descolamento

 O descolamento do revestimento poderá ser devido à:


 deformação do suporte por flexão, retracção;
 dilatação ou assentamento;
 ao fraccionamento do suporte em juntas periféricas;
 juntas de rotura, ou juntas de elementos de pedra;
 à deformação do material de suporte por empolamento do elemento de pedra;
 à falta de aderência da colagem e selagem com argamassa

 Fendilhação e fractura

 Estas anomalias são provocadas por acções mecânicas de origens diversas, tais
como:

 choques acidentais;
 movimentos de natureza estrutural do suporte por flexão, retracção, dilatação ou
assentamento;
 fraccionamento do suporte em juntas periféricas, juntas de rotura ou juntas
entre elementos de pedra

 Desgaste da pedra

 água das chuvas provoca a dissolução de algumas pedras, principalmente os


calcários, originando rugosidade na superfície, pondo em causa a sua aparência e
função.
 Sujidade

 A deposição na superfície da pedra de componentes como os sulfatos, sais, ferro e


partículas carbonosas, pode originar a formação de crostas e posteriormente, causar
degradações graves.
 Outra causa de sujidade poderá ser a inscrição de graffiti.

 Eflorescências

 Desta anomalia resulta o destacamento de placas e a degradação sob a forma de areia


ou pó.

 Manchas

 A utilização de produtos de assentamento não adequados ao tipo de pedra aplicada


origina manchas nos revestimentos que irão implicar reabilitações muito dispendiosas

REABILITAÇÃO DE ARGAMASSAS E REBOCOS

Eliminação de problemas associados às humidades ascendentes

 Muitas vezes, é necessária a injecção no paramento de produtos hidrófugos ou a


colocação de uma membrana de estanqueidade.
 Só em geral depois do problema de humidade do paramento estar resolvido é que se
podem iniciar as reparações no revestimento

 Procedimento:

 eliminar o antigo revestimento até 50 cm acima das marcas de humidade;

 lavar bem o paramento com solução ácida (1 volume de ácido mureático para 10 de
água)

 sobre pedras pouco duras ou sobre alvenarias de vários materiais, fixar uma rede de
metal galvanizado

 aplicar um reboco de drenagem com uma espessura de 3 a 5 mm

 endireitar com a régua, deixando a superfície rugosa para nova aplicação, e deixar
secar durante 12 horas

 fazer nova aplicação com uma espessura de 20 mm, endireitando com a régua;

 aplicar o acabamento final

 O reboco drenante evita o aparecimento de manchas de humidade, pois no seu interior é


composto por uma rede de canais que facilitam a evaporação da água.
 Também tem no seu interior pequenas câmaras que permitem guardar os sais e suportar
as suas expansões de forma a evitar a sua destruição.
 Para um bom funcionamento do reboco, é essencial que este tenha a capacidade de deixar
respirar a parede

Remoção de sais de carbonatação

 A reparação deste tipo de anomalia implica a eliminação das causas de infiltração de água
que provocam o transporte dos sais para a superfície;
 Em seguida, é suficiente, em geral, deixar secar totalmente o revestimento e eliminar os
sais formados por escovagem suave a seco;

 No caso de o fenómeno se ter prolongado durante tempo suficiente para danificar de forma
irreversível o revestimento, será necessário extrair a zona danificada, deixar secar bem e
refazer com os mesmo produtos e pintar ou repintar o paramento

Eliminação de bolores e fungos

 A humidade que provoca esta anomalia deve ser eliminada, evitando a ocorrência de
condensações nos paramentos.
 Para isso, é necessário melhorar a ventilação dos espaços afectados e, se possível,
reforçar o isolamento térmico.

 Depois deve-se proceder à reparação das zonas afectadas por crescimento


biológico:

 lavagem esterilizante com uma solução a 10% de lixívia;


 lavagem do paramento apenas com água (enxaguadela);
 deixar o paramente secar totalmente;
 aplicação de um produto fungicida deixando actuar durante 3;
 extracção do produto por escovagem
 aplicação geral no paramento de um sistema anti-fungos: isolante / selante anti-
fungos; pintura com tinta anti-fungos

Resolução de situações de empolamento / destacamento de placas

 É o seguinte o método preconizado para resolução de situações de empolamento /


destacamento de placas:

 detecção e eliminação das causas de empolamento / destacamento de placas;

 reparação das zonas deterioradas:

 corte e extracção do revestimento descolado;


 corte em esquadria ou chanfragem dos bordos expostos do revestimento
antigo;
 tratamento da superfície exposta do suporte
 pincelar os bordos do revestimento antigo com um produto que melhore a
aderência;
 aplicação de um revestimento tão idêntico quanto possível ao antigo.

 Se a causa do empolamento / destacamento for a deficiente aplicação ou a má


qualidade do revestimento, procede-se da seguinte forma:

 extracção até ao suporte de todo o revestimento;


 limpeza do suporte;
 aplicação do revestimento de acordo com as boas regras de aplicação

Resolução de problemas de Fendilhação

 Podem ocorrer no revestimento fendas muito superficiais e quase imperceptíveis, de cuja


reparação é preferível abdicar, para evitar a ocorrência de manchas e diferenças do
aspecto final.
 São, no entanto, de reparar todas as fendas que põem em causa a durabilidade e as
funções do revestimento, quer se desenvolvam apenas no revestimento ou tenham
correspondência com o suporte

 Fendas que apenas se manifestam no revestimento

 Este tipo de fendas pode ou não ser acompanhado de perdas de aderência. Para isso,
é necessário começar por se efectuar o diagnóstico da situação.

 Fendas acompanhadas de perda de aderência


 modo de reparação:

 retirar todo o material não aderente;


 preparar o suporte para nova aplicação do reboco;
 reboco a utilizar em tudo idêntico ao anterior;
 depois de seco, aplicar uma camada de acabamento de revestimento plástico
espesso, com características flexíveis

 Fendas de largura inferior a 0.2 mm


 Se o revestimento se encontrar em boas condições e as fendas foram estreitas e finas,
o tratamento pode reduzir-se à aplicação de um revestimento delgado de acabamento,
com base em ligantes minerais, com boas características flexíveis

 Fendas de largura superior a 0.2 mm

 Neste caso, existem dois tipos de opções de eliminação das fendas;

 Primeira opção:
 corte e extracção do revestimento adjacente à fenda numa faixa de 75 mm para
cada lado;
 o corte deve ser realizado com um berbequim munido de disco carborundo,
minimizando desta forma o risco de propagação do deslocamento do
revestimento;
 os bordos devem ser perpendiculares ao suporte ou, preferencialmente,
chanfrados;
 pincelar os bordos com um produto que melhore a aderência do futuro reboco;
 aplicação do revestimento idêntico ao anterior.

 Segunda opção:
 alargamento da fenda para uma largura de 5mm;
 limpeza das zonas cortadas;
 preenchimento das fendas com mástique de poliuretano;
 recobrimento geral de todo o paramento com revestimento de
impermeabilização de ligante sintético compatível com o mástique

 Fendas do revestimento que provêm ou afectam também o suporte

 Quando as fendas que afectam o revestimento provêm do suporte, antes de iniciar a


sua reparação, há que detectar e eliminar as respectivas causas.

 Pode-se recorrer ao uso de grampos para reforçar a estabilidade das fissuras;

 Quando se eliminam por completo as causas da fissuração, pode-se proceder à


reparação das fissuras como já foi descrito anteriormente.

 Quando não se consegue eliminar as causas por completo terá que se seguir
esta sequência:
 corte e extracção de uma faixa de revestimento com uma largura não inferior a
150 mm;
 preparação do suporte nas zonas onde foi extraído o revestimento;
 colocação de uma tira de mástique ao longo da fenda;
 se a fenda for inferior a 6 mm, resta a execução de um revestimento tão
semelhante quanto possível ao anterior, mas este armado com armadura
metálica ou fibra de vidro;
 se a fenda for superior a 6 mm, será necessária a colocação de uma folha
dessolidarizante

 Fendas na junção de materiais diferentes

Execução de um reboco armado independente do suporte

 Uma solução possível para que se possam evitar possíveis fendas do suporte e,
principalmente, evitar a passagem dos sais existentes nas alvenarias que ataquem o
reboco consiste em fixar uma rede metálica (protegida contra a corrosão) dessolidarizada
do suporte por meio de um suporte secundário (estrutura intermédia);

 A lâmina de ar definida por essa estrutura (réguas de madeira ou metálicas), que de


preferência será ventilada, impede a pássagem dos sais dissolvidos da alvenaria para o
reboco.

 A sequência de execução é a seguinte:

 execução de um suporte secundário, de madeira ou metálico;


 aplicação da rede a esse suporte;
 execução do reboco em duas ou três camadas

REABILITAÇÃO DE REVESTIMENTOS CERÂMICOS

Desprendimento de ladrilhos

 Os sintomas são a perda de função das fixações metálicas com queda de peças

 As verificações a fazer são:

 verificar se na zona dos apoios metálicos houve fractura do ladrilho que indicie
movimentos significativos do suporte;
 observar se houve rotura das peças de fixação por fissuração, oxidação, ou se um
eventual movimento do suporte originou a separação da peça;
 detectar se existiu descuido por parte da mão de obra.

 Se o ladrilho estiver irrecuperável, deverá ser substituído.


 Dependendo da causa de desprendimento, deverá ser recolocada a peça de fixação ou
substituída por uma nova.

Descolamento de ladrilhos

 Os sintomas são perda de aderência dos ladrilhos, relativamente ao suporte, com


queda de peças isoladas ou de áreas extensas.

 As verificações a fazer são:


 observar se o desprendimento ocorreu gradualmente, peça por peça em locais
díspares por todo o paramento, ou se aconteceu bruscamente numa grande extensão;
 verificar se, no local do desprendimento, o suporte apresenta fissuras que indiciem
movimentos significativos;
 verificar se, na sequência de humedecimento, o produto de assentamento fica húmido,
recorrendo-se ao arrancamento de ladrilhos;
 averiguar qual o período de tempo que terá decorrido entre a execução do paramento
e a aplicação do revestimento;
 analisar o produto de assentamento utilizado e qual o seu comportamento;
 detectar se existiu descuido por parte da mão-de-obra.
 Verificar se na zona dos apoios metálicos houve fractura do ladrilho que indicie
movimentos significativos do suporte;
 observar se houve rotura das peças de fixação por fissuração, oxidação, ou se um
eventual movimento do suporte originou a separação da peça;
 detectar se existiu descuido por parte da mão de obra.

 Se as anomalias forem devidas a deficiências de projecto ou de execução, a


reparação deverá começar pela sua eliminação.

 A recolocação de ladrilhos poderá realizar-se de duas formas:

 se o produto de assentamento de mantém aderente ao ladrilho, ou seja, se se


destacou do suporte, a totalidade dos ladrilhos deverá ser retirada e assente de novo
com um produto mais adequado;

 se os ladrilhos se soltam do produto de assentamento, deverão ser recolocados com


um novo produto de assentamento com uma boa aderência aos azulejos e ao produto
antigo.

 No caso de azulejos antigos, sempre que a argamassa no tardoz estiver deteriorada, pode-
se optar por uma de duas soluções:

 efectuar injecções de argamassa


 consolidar a argamassa existente através de injecções de uma emulsão de silicato de
sódio ou de magnésio

Fissuração de ladrilhos

 Existem dois tipos de fissuração:


 fissuração fina, distribuída pela generalidade do paramento revestido, sem orientação
definida;
 fissuração de largura mais significativa, concentrada e com orientação definida.

 Os ladrilhos que se encontrem partidos ou deteriorados deverão ser substituídos por


outros novos, tendo o cuidado de utilizar no seu assentamento e no refechamento das
juntas produtos tão elásticos quanto possível;

 Caso se trate de azulejos antigos, com desenho avulso ou fazendo parte de um painel
decorativo, deverão ser alvo de um levantamento fotográfico e os seus desenhos devem
ser copiados para acetato ou papel vegetal;

 No caso da fissuração orientada, há que eliminar as causas da fissuração do suporte (que


poderá implicar a execução de juntas de dilatação) e reparar as fissuras existentes. Deverá
posteriormente proceder-se à substituição dos ladrilhos, como atrás descrito, tendo o
cuidado de respeitar as juntas de dilatação eventualmente criadas no suporte

Fissuração ou perda do vidrado


 Caso o vidrado dos azulejos antigos esteja fissurado ou a destacar-se, a sua “recolagem”
à chacota poderá ser feita com produtos adequados;

Consolidação da escamação

 A consolidação de eventuais escamações poderá ser feita por impregnação com silicones,
silicato de etilo ou polímeros acrílicos.

Dessalinização e desparasitação de azulejos

 Em azulejos antigos com sais, deve proceder-se à sua dessalinização, ou seja, à remoção
dos sais solúveis.

 Esta operação poderá ser feita através da imersão dos azulejos em água oxigenada ou
numa solução de álcool com água destilada.

 Se o azulejo estiver muito degradado, utilizam-se compressas de pastas de papel, ou


sepolite moída em pó, embebidas em água destilada, que se aplicam sobre os ladrilhos

Manchas de ferrugem

 Para a limpeza de manchas de ferrugem, pode-se utilizar um removedor de ferrugem que


remove as manchas de oxidação.

 Aplica-se o produto e deixa-se actuar por breves minutos. Depois de retiradas as manchas,
lava-se bem a peça com água limpa e sabão para que todo o produto seja removido

Remoção de graffiti

 O melhor método é a prevenção, utilizando produtos adequados para que a tinta não adira
aos ladrilhos

 Em revestimentos porosos, aconselha-se o uso de xileno, de diluentes ou de decapantes.

 Aplica-se o produto, raspa-se e lava-se com água. Também se podem utilizar recentes
técnicas de limpeza com raios laser e ultra-sons.

REABILITAÇÃO DE REVESTIMENTOS PÉTREOS

 Métodos de limpeza

 Limpeza com ácidos = A utilização de ácidos, como o sulfúrico ou o clorídrico, pode


provocar erosão no revestimento, além de que se reveste de alguma perigosidade
para os utilizadores, não sendo geralmente recomendada.

 Os ácidos nunca deverão ser usados em rochas calcárias. Soluções básicas


com o pH muito elevado, acima de 10, também deverão ser evitadas.

 Jacto de partículas abrasivas a seco = O processo é semelhante ao anterior mas com


a agravante de a água poder penetrar na pedra, principalmente se esta for porosa ou
se encontrar muito deteriorada.
 Pulverização com água = É um método apropriado para a limpeza de superfícies que
tenham crostas de pó ou de materiais facilmente solúveis.

 As juntas da pedra deverão estar em bom estado para evitar infiltrações.


 A água é pulverizada em pequenas quantidades e é necessário utilizar escovas
manuais para a remoção da sujidade amolecida.
 Não devem ser utilizadas escovas metálicas.

 Pastas de argila absorventes


 Estas pastas são aplicadas camadas de argila (silicatos de alumínio e de
magnésio) de 2 a 3 cm sobre a superfície a limpar.

 Após a aplicação, deixa-se secar retraindo a argila após o que se retira esta,
tendo entretanto agarrado as impurezas da pedra.

 Os detritos ainda presentes na superfície a tratar são lavados com água


destilada.

 O processo deve repetir-se até que o pH da água de lavagem seja o mesmo


antes e depois da utilização, o que se detecta com a utilização de papel
indicador de pH.

 Pastas de argila absorventes


 Pastas gelatinosas dissolvidas
 Micro-jacto de precisão de partículas abrasivas
 Limpeza laser
 Limpeza de graffiti

 Limpeza de sujidades = Podem-se utilizar os seguintes produtos:

 detergente básico - limpa fuligem, gorduras, resíduos de tinta;


 removedor de turvação de cimento - retira resíduos de argamassa, eflorescências,
aguada de betão;
 removedor de ferrugem - remove nódoas de ferrugem e protege;
 removedor de algas e fungos - limpa dejectos de aves e outras impurezas.

 Métodos de consolidação
 A consolidação restabelece a coesão da pedra quando esta se encontra em
desagregação.

 Para obter uma consolidação eficaz, o produto deverá penetrar o suficiente para
atingir a pedra sã.

 Em pedras pouco porosas, em que apenas a camada superficial se encontra


degradada, a penetração do produto é feita com uma camada pouco espessa.

 Em pedras mais porosas, e por conseguinte mais degradadas, a penetração do


produto deverá ser feita em profundidade.

 Métodos de substituição

 Desprendimentos de placas = Os sintomas são perda de função das fixações


metálicas com queda de peças.

 As verificações a fazer são:


 verificar se na zona dos apoios metálicos houve fractura da placa que indicie
movimentos significativos do suporte;
 observar se houve rotura das peças de fixação por fissuração, oxidação, ou se
um eventual movimento do suporte originou a separação da peça;
 detectar se existiu descuido por parte da mão de obra.

 Se a placa estiver irrecuperável, deverá ser substituída.


 Dependendo da causa de desprendimento, deverá ser recolocada a peça de fixação ou
substituída por uma nova.

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