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FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIA - UNIR

NÚCLEO DE CIÊNCIAS HUMANAS – NCH


DEPARTAMENTO DE HISTÓRIA

MATHEUS G. DE AMORIM

MEMORIAL DE ESTAGIO

PORTO VELHO
2020
FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIA - UNIR
NÚCLEO DE CIÊNCIAS HUMANAS – NCH
DEPARTAMENTO DE HISTÓRIA

MATHEUS G.DE AMORIM

MEMORIAL DE ESTAGIO

Memorial apresentado ao Curso de História da


Universidade Federal de Rondônia – UNIR, como
requisito parcial para obtenção do título de Licenciatura
em História

PORTO VELHO

2020
AGRADECIMENTOS

A Deus por me proporcionar o dom da vida e a interpretação de como viver neste


mundo. Aos meus pais, que se não fosse o apoio deles financeiramente e emocional não
conseguiria chegar até aqui, e para mim eles foram a principal importância de eu concluir
minha graduação minha amada que desde sempre me apoio nessa caminhada. Aos meus
colegas que formei na universidade que foram fundamentais e proveitosos a amizade de cada
um deles.
Ao meu grupo de trabalho Tiago, Longman, Ivanderson, Gabriel, e outros amigos
que formei durante essa caminhada, que são pessoas e amigos compreensíveis nas
dificuldades e companheiros nos momentos drásticos e nos felizes aos professores do curso
que foram pacientes e perseverantes ao ensinar a prática e a formulação do meu senso crítico
com os autores historiadores importantes para a construção dessa base.

Enfim, obrigado por tudo, amo todos vocês.


Sumário
APRESENTAÇÃO......................................................................................................................................5
INTRODUÇÃO.........................................................................................................................................6
REFLEXÕES TEÓRICAS.............................................................................................................................7
VISÃO GERAL DA CIENCIAS HUMANAS É O PAPEL DA HISTORIA..........................................................11
MINHA PRATICA COM ESTAGIÁRIO DE HISTÓRIA.................................................................................12
CONTATO INICIAL.................................................................................................................................14
VISITANDO UMA ESCOLA.....................................................................................................................16
PRIMEIRO CONTATO COM A SALA DE AULA.........................................................................................17
PRIMEIRA INTERVENÇÃO.....................................................................................................................19
ESCOLA DE COMUNIDADE....................................................................................................................20
CONCLUSÃO.........................................................................................................................................23
REFERÊNCIAS........................................................................................................................................24
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APRESENTAÇÃO
Eu Matheus Gomes de Amorim, sou nascido e criado na cidade de Porto velho que é
a capital do estado de Rondônia que ficar localizado no norte do Brasil mais precisamente na
região amazônica do meu país. Onde fica localizada a Universidade Federal De Rondônia em
Porto Velho desde 1995, na minha vida nunca tive muitas oportunidades profissionais e
qualificação.

Filho de uma mãe semianalfabeta que lutou bravamente para me criar e me


alimentar junto com meu pai que tinha o ensino técnico em administração ambos me deram
forças para trilhar nessa vida, foi a pessoa que me ajudava nas lições de casa, e me ajudava
em matemática que era um bom professor para mim então, até aqui meus pais foram os atores
principais para a minha chegada a graduação.

De fato, que para chegar até aqui foi muita luta, terminei meu ensino médio com
20 anos, mas foi pelo fato de ter ocorrido um acontecido, uma enchente na minha cidade onde
as escolas foram cedidas para ocuparem os atingidos das enchentes daquele ano, dessa
maneira não consegui ter acesso a uma vaga em outra escola e fiquei parado por um ano, mas
depois matriculado no Ensino de Jovens e Adultos (EJA).

Conclui meu ensino médio no ano de 2015 e no mesmo ano sabendo da


oportunidade que tinha para ingressar na universidade federal do meu estado, fiz então o
Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) e por ventura consegui conseguir lograr êxito,
pois fui aprovado na Universidade Federal de Rondônia (UNIR) no curso de História (DHIS)
onde tive excelentes professores, agradeço pelo papel que eles tiveram na minha vida durante
a minha longa caminhada para a graduação.

Dessa forma, onde darei início a uma outra etapa da minha vida, para relatar
minhas experiências que obtive como acadêmico de licenciatura apresento-lhe o meu projeto
memorial onde relatarei todas as minhas experiências que obtive na minha formação
profissional de professor do ensino de História. Estabeleço relações entre o que eu obserei em
sala de aula com a minha trajetoria acadêmica com os estágios, em cada situação que vivi em
diversas instituiçoes de ensino, busco relacionar a teoria e prática vivenciadas por mim.

Trazendo para a discussão o referencial teórico. Destacando quanto é importante


essa experiência na formação de qualquer profissional na área da educação e também na
formação individual de cada pessoa, na convivência tanto no ambiente escolar quanto nas
Instituições de Educação, e no ambiente acadêmico da universidade.
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INTRODUÇÃO
O estágio é um momento importante no processo de formação do futuro professor, é
uma atividade que traz imensos benefícios para a aprendizagem, para a melhoria do ensino e
principalmente para o estagiário, pois e um momento que nós futuros professores teremos que
vivenciar o que foi aprendido nas escolas, tendo como função integrar e consiliar as teorias que
foram aplicadas nos estagios seguintes com a pratica em sala de aula buscando sempre manter
o contato mais proximo entre professor e aluno.

Entretanto, a importancia dos estágios para a minha formação de professor é


extremamente excelente para o meu desenvolvimento, porque as primeiras iniciais
caminhadas em sala de aula, o momento que começamos adquirir as primeiras experiencias de
um professor, onde colocamos em pratica as teorias desenvolvidas em salas de aulas, e após
as experiencias dos estágios tenho a convicção da minha escolha como futuro professor de
ensino básico.

No entanto, ao meu ver é importante ter uma contato proximo com a realidade que
futuramente será meu ambiente de trabalho, e atraves da vivencia e dos exemplos praticos
que construirei uma base para o meu conhecimento cientifico e como disse, no estágio tenho a
oportunidade de analisar a realidade profissional, e então, o aprendizado adquirido com a
realidade educaional, vou entendendo como é o funcionamento instituicional da educação e
tambem da comunidade do entorno.

Sendo assim , os estágios supervionados contribuiram muito na minha experiencia


de formação, dessa maneira eu me coloco como educador tenho uma visão onde procurei
entender a realidade do ensino atraves de obervaçoes ,e tambem de como a os estudantes se
comportam perante o professor em sala de aula , como professores, profissionais que auxiliam
na escola, diretores, orientadores e entre outros que fazem parte dos componentes da
instituiçao de ensino como e não é somente no proprio curso que me tornarei um profissional.

Dessa froma , um dos objetivos primordias dos estágios é levar o academico do


curso de licenciatura a sua pratica em um espaço de construção de aprendizagens
significativas no processo de formação dos profissional. Isso significa que a construção de
conhecimentos relacionados à docência não ocorre apenas no componente teórico dos cursos
de formação, de modo que a prática se torne apenas a aplicação destes conhecimento.
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REFLEXÕES TEÓRICAS

Ao longo do tempo da história a formação da profissão do professor era fortemente


atrelada a igreja católica que na época era uma entidade tutelava e designava a função e a
formação da educação para o povo mais precisamente o próprio professorado que seria de
antemão um guia tanto para a formação da educação quando para o ensino de educar.
Pensando nisso o estado resolveu quebrar as amarras que a igreja tinha com a educação,
passando assim a responsabilidade para o estado que também futuramente ficaria responsável
pela iniciação dos professores e no enquadramento da profissão de uma maneira que o ensino
do professor em si passaria a ter melhores condições profissionais. A criação de uma rede de
ensino deveria ser adotada pelo estado baseada no poder estatal para que houvesse um
processo que reformulação social e educacional no século XVIII, pois segundo Antônio
Novoa:

Neste período, uma série de fenómenos configuram uma verdadeira mutação


sociológica do professorado, primeiro dos professores do ensino primário e, mais
tarde, dos professores do ensino secundário; cite-se, a título de exemplo, a
consolidação das instituições de formação de professores, o incremento do
associativismo docente, a feminização do professorado e as modificações na
composição socioeconômica do corpo docente (Antônio Novoa, ano, pág: 3).

Com o passar do tempo os professores passaram a ter um controle mais


rigoroso de recrutamento e seleção que era delegado pelo estado para que os
mecanismos de progresso sejam aplicados de maneira mais organizada possível. As
escolas normais e instituições criadas pelo estado passaram a se um espaço de
teoria e pratica da profissão docente, pois a expectativas do estado era fazer com
que o profissional de educação, ou seja, o professor aplique os métodos de ensino e
desenvolva suas capacidades baseado no " saber e do saber fazer" dentro do
âmbito físico da escola.

Baseado nisso a grande pergunta seria quem desenvolveria os critérios para


selecionar os profissionais mais bem qualificados para houvesse um melhor
desempenho possível da profissão? Ou ainda qual currículo seria adotado para
avaliar os futuros professores e também os alunos em si. Com essa indagação o
estado não poderia assumir essa questão, pois além de ser uma entidade política
muitos acreditavam que o estado político fosse responsável pela educação com
certeza as políticas ideológicas tomariam conta sobre as bases pedagógicas do
ensino segundo Adolfo Lima:
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O poder político é, por definição, incompetente para exercer a função educadora e


tratar de assuntos doutra técnica que não seja a da política. [...]. Um recrutamento de
professores só pode ser feito por quem conheça perfeitamente as necessidades do
ensino. O recrutamento de técnicos só pode ser conscientemente feito pelos seus
iguais (Adolfo Lima, 1915, pp. 360-361).

Pensando assim o estado não poderia ficar com tamanha responsabilidade,


pois caberia os próprios profissionais da educação que exercem a função poderia
elaborar matéria, programas de curso de extensão para professores, e avaliações
para o corpo docente.

O Estado organiza o plano geral dos estudos, formula os objetivos a realizar, mas
aos professores e só a eles compete a organização dos programas dos cursos, isto é,
a seleção das matérias, a concretização dos exemplos e a escolha dos métodos e
processos adequados à realização dos fins que se tem em vista (Eusébio Tamagnini,
1930, p. 94).

Ao o que tudo indica que o profissional da área da educação tem que ter como
componentes básicos as seguintes habilidades como: pedagógicas, disciplinas teóricas, e
estratégias metodológicas. Isso nos mostrar que o oficio de professor vem alcançando os mais
altos níveis de desenvolvimento profissional, basicamente os professores devem estar ligados
com as escolas, pois seriam os aplicadores dos métodos, e de quaisquer outras atividades
curriculares ou extracurriculares, e para finalizar seriam avaliadores de desempenho de cada
aluno.

Podemos dizer que os saberes dos profissionais da educação são temporais, pois a
cada ano os educadores sempre se reinventam durante toda a sua trajetória acadêmica quanto
na pratica em sala de aula, pois a pratica levar a perfeição dos seus saberes e também o
aprimoramento de tudo, dessa maneira o professor usa técnicas ou estratégias de adaptação do
oficio de professor para se adaptar em relação a realidade da escola segundo Maurice Tadif:

Uma boa parte do que os professores sabem sobre o ensino, sobre os papéis do
professor e sobre como ensinar provém de sua própria história de vida,
principalmente de sua socialização enquanto alunos. Os professores são
trabalhadores que foram imersos em seu lugar de trabalho durante aproximadamente
16 anos, antes mesmo de começarem a trabalhar. Essa imersão se expressa em toda
uma bagagem de conhecimentos anteriores, de crenças, de representações e de
certezas sobre a prática docente. Ora, o que se sabe hoje é que esse legado da
socialização escolar permanece forte e estável através do tempo. (Tadif Maurice,
Ano, p.8)

Ao observamos os Professores trabalhando em sala de aula, na presença dos alunos,


percebemos que eles procuram atingir, muitas vezes de forma simultânea, diferentes tipos de
objetivos: procuram controlar o grupo, motivá-lo, levá-lo a se concentrar em uma tarefa, ao
mesmo tempo em que dão uma atenção particular a certos alunos da turma, procuram
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organizar atividades de aprendizagem, acompanhar a evolução da atividade, dar explicações,


e fazer com que os alunos compreendam e aprendam.

A gestão de classe exige a capacidade de implantar um sistema de regras sociais


normativas e de fazer com que sejam respeitadas, graças a um trabalho complexo de
interações com os alunos que irá prosseguir durante todo o ano letivo. Para respeitar os
programas escolares, os professores precisam interpretá-los, adaptá-los e transforma-los em
função da turma e da evolução das aprendizagens dos alunos.
Do ponto de vista profissional e da carreira, saber como viver numa escola é tão
importante quanto saber ensinar na sala de aula. Nesse sentido, a inserção numa
carreira e o seu desenrolar exigem que os professores assimilem também saberes
práticos específicos aos lugares de trabalho, com suas rotinas, valores, regras. (Tadif
Maurice. Ano. P. 9)

Muitos professores que foram formados no período do magistério carregam consigo


mesmo as marcas do ensino durante anos. A época do magistério era uma espécie de escola
preparadora para futuros professores que iriam assumir a pratica de ensino em sala de aula ou
cargo de chefia como diretor. Dessa forma esse professor do antigo magistério ganhar uma
vasta experiência pratica e cultura em relação ao conhecimento educacional de ensino.

Pensando nisso nós os estagiários temos como objetivo de se familiariza com o nosso
ambiente que é a sala de aula e o cotidiano da vida de professor e assimila progressivamente
os saberes necessários para a realização das nossas tarefas e assimilar as rotinas e práticas do
trabalho, ao mesmo tempo em que se cria uma espécie de adaptação referente às regras e
valores da organização de ensino e no âmbito dos estabelecimentos escolares.

Contudo essa formação inicial precisar de uma formação continuada para que o
profissional possa usar de tal meio para avaliar os seus próprios alunos, ou seja, nós futuros
professores devemos conseguir tal exceto, através dos meios universitários para que assim o
docente tenha a consciência de que aquilo que tanto estudar e tanto aprimora seja uma
verdadeira amplitude para o seu saber e conhecimento profissional.

Ao falamos sobre isso o movimento de profissionalização faz com que professores


alcance altos níveis em suas respectivas áreas para que o indivíduo o professor entre no
mercado de trabalho com alto intelecto. O que se percebe na pratica entre os professores que
muito daquilo que eles aprendiam não condir muito com o que aprenderam nas universidades,
pois além do curso está voltado para outro viés que é o da profissionalização e a carreira do
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professor muito acabam entrando em espécie de “choque com a realidade” ao se defrontar-se


com o cotidiano nas salas de aula.

O que se percebe nos relatos e no contato próximo com cada profissional da área de
educação que tive em sala de aula, é que muitos professores adoram ensinar não por causa de
ser letrado na área, mas sim por sua paixão pela profissão , pois muito já ensinavam desde de
pequenos os seus próprios irmãos , vale a pena ressalta que uma parcela do professorado que
vi tinha ou pai ou a mãe que trabalhava na área do ensino e que acabou se tornando uma
espécie de carreira super bem valorizada na época do magistério.

Outro fato a ser mencionado e que esses professores do antigo magistério tiveram
grande inspirações através de outros professores no seu período de infância ou de magistério e
isso podemos observar que tanto a paixão por ensinar como e motivação , sempre andaram
lado a lado em relação a busca pelo ensino e conhecimento mutuo, pois creio que essas duas
palavras definem muito bem esses professores que estão até hoje buscando sempre motivar
seus alunos a cada dia mais, pois é cada dia e realmente um desafio a ser cumprido por eles.

A experiência nova proporciona a nós estagiários, progressivamente convicções em


relação a aprendizagem com a pratica escolar em sala de aula, possibilitando assim a sua
integração no ambiente profissional, que são a escola e a sala de aula. Ela vem também como
forma de confirmação para nos estagiários em relação a nossa capacidade de ensinar. São
existenciais, no sentido de que um professor “não pensa somente com a cabeça”, mas “com a
vida”, com o que foi, com o que viveu, com aquilo que acumulou em termos de experiência
de vida, em termos de lastro de certezas. Em suma, ele pensa a partir de sua história de vida
não somente intelectual, no sentido rigoroso do termo, mas também emocional, afetiva,
pessoal e interpessoal.

Para finalizar tiver o prazer imenso que conhecer diversos professores que me
falaram de suas experiências importantes e positivas durante toda a sua vida como professores
sejam eles do magistério o um recém-formado, pois pelo que pude ver o sentimento e o
mesmo como, por exemplo, o prazer que tinham em ajudar os outros alunos da sala sempre
que havia oportunidade. Baseando-se nisso pude perceber que quando nós os estudantes
passamos pela fase do idealismo de ser novo professores e cheios de ideias que pretendemos
aplicar em sala de aula a realidade da escola mais precisamente da sala de aula temos um
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choque de realidade tanto do trabalho como também da rotina do professor, pois saímos do
seio da universidade e passamos para a realidade do trabalho que teremos que enfrentar pela
frente de agora em diante se queremos uma educação libertadora.

VISÃO GERAL DA CIENCIAS HUMANAS É O PAPEL DA HISTORIA

Percebemos que o papel das Ciências Humanas na escola básica, tem como base
essencial na formação dos alunos. E no período do Ensino Médio tem como iniciativa de
relembrar as chamadas “humanidades”, que é um nome genérico que faz a alusão da
linguagem e cultura clássicas, a língua e a literatura e a História.
Durante o processo de desenvolvimento das Ciências Humanas, as humanidades
foram progressivamente “superadas” na cultura escolar, não só no Brasil, mas também em
outros países, principalmente na América Latina.
A disciplinas como a História, a Sociologia e a Ciência Política foram anexadas
sobre determinações que as fizeram se desenvolver como ciências autônomas. E a História
cumpriu o seu objetivo em construir uma identidade e uma memória coletivas, a fim de
reverenciar e legitimar os feitos dos Estados nacionais, o conviver e o ser e síntese de uma
educação que prepara o indivíduo e a sociedade para os desafios futuros, em um mundo em
constante e acelerada transformação. (PCNEM pag:12 /Avelino romero simões pereira)
A História, como disciplina escolar, ao se incorporada à área de Ciências Humanas e
suas Tecnologias, possibilita explorar estudos sobre as problemáticas contemporâneas,
situando-as nas diversas conjecturas do tempo, servindo como uma estrutura para a reflexão
sobre possibilidades e necessidades de mudanças ou continuidades. (PCNEM pag:20 Avelino
romero simões pereira)

Segundo o PCN (Parâmetros-Curriculares-Nacionais) de História que nós


fornecemos uma gama de possibilidade que levar o aluno a estabelecer ligações e produzir
reflexões sobre culturas, espacialidades e temporalidades variadas através do processo de
noções que contemplem os seus valores e os de seu grupo, desenvolvendo para isto relações
cognitivas que o levem a intervir na sociedade.

Baseado também no PCN (Parâmetros- Curriculares-Nacionais) a História pode


também possibilitar ao aluno refletir sobre a existência da história crítica e da história
interiorizada e a viver conscientemente as especificidades de cada uma delas. O estudo das
sociedades de outros tempos e lugares pode possibilitar a constituição da própria identidade
coletiva na qual o cidadão ou indivíduo comum está inserido, à medida que introduz o
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conhecimento sobre a dimensão do ‘outro’, de uma ‘outra sociedade’, ‘outros valores e


mitos’, de diferentes momentos históricos. (Ensino de história, memoria e história local /
pag:6 /Carlos Henrique farias de barros.)
No processo de aprendizagem de História, o professor é o principal portador da
criação das situações de troca, de estímulos na construção de relações entre o estudado e o
vivido, de ligação com outras áreas de conhecimento, de possibilidade de acesso aos alunos a
novas informações, de confronto de opiniões O ensino de História fornece aos alunos a
capacidade de compreensão da construção do conhecimento histórico oferecendo habilidades
e competências para o seu aprendizado.

MINHA PRATICA COM ESTAGIÁRIO DE HISTÓRIA

O que eu pude notar durante os meus estágios no ensino de história em sala de aula
está fortemente voltado ao mercado de trabalho, que tem como objetivo transformar o aluno
voltado para o trabalho, fazendo assim um cidadão não pensante que futuramente nossa
sociedade necessita e tanto deseja ter. E em alguns momentos isso fica bem evidente, pois
uma boa parte dos alunos visam a educação como um meio de conseguir um emprego melhor
e com menos sacrifícios, pois seus país passavam mais tempo no trabalho do que em sala de
aula. Acredito que isso pode ser relativo, pois épocas passadas, o valor do trabalho, desde
cedo, tinha mais valor de formação de caráter do que o próprio conhecimento em si, e isso
tanto no ensino fundamental como em diversos níveis da educação ainda é bem evidente.
Em relação aos conteúdos de história nas escolas que eu pude visitar e dar aula e
auxiliar, posso dizer que há um grande abismo entre o que os conteúdos que são explicados e
colocados nos materiais dos alunos, principalmente no livro didático. Pois se verifica que
muitos assuntos são abordados de maneira muito rasa ou somente alguns temas são pontuados
sem aprofundamento ou criticidade e muitas vezes apresentados como se fossem apenas um
resumo rápido sem importância na construção do seu conhecimento, em que o professor deve
ampliar ainda mais os horizontes de determinados conteúdos, e ainda tem que observar
sempre os horários de aulas, pois muitos assuntos são amplos e as vezes o professor não pode
ficar preso somente em um assunto. Literalmente nessa parte o tempo e o material deixa o
ensino de história de maneira muito rasa e sem profundidade alguma.
Seguindo esse raciocínio cabe ao próprio professor mostrar que aquele conteúdo
além de estar bem resumido contém muitas vezes erros de informações ou quando tem uma
difícil compreensão para o aluno.
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Dessa maneira concluo que o professor terá que saber muito mais sobre o livro didático e
o que contém e a ideologia que transmite, conforme utiliza no seu dia a dia, para que possa explica
sobre o que realmente falta e aprofundar detalhes a fundo que o próprio material não relata. Outro
problema que eu acredito ser bem grave é o caso de muitos professores nem sequer ter estudado sobre
determinados temas que estão no material didático, e assim abordam basicamente aquilo que está
resumido para o aluno.
Talvez o professor imagina que esse aluno irá pesquisar por iniciativa própria sobre o
assunto que foi passado durante a aula. Alguns alunos poderão até realizar a pesquisa, mas a maioria
não fará, pois, a abordagem do material fica limitada em duas partes, ao professor está limitado por si
mesmo e outra, pelo material didático que foi disponibilizado pela escola. Se observarmos, a maneira
como está posto, este procedimento de trabalho pode induzir alunos e professores a erros analíticos,
adquirindo até mesmo uma ingênua visão sobre os fatos históricos.
Dessa forma posso afirmar que a prática do professor de ensino de história é bem
desafiadora, pois vai muito além de simplesmente ensinar fatos, movimentos sociais e cronologias
temporais que visam entender tais fatos que foram concretizados naquela época. O desempenho do
professor de história tem sigo muito sacrificante tanto de material didático como uso de fontes que ele
tem que ter consigo mesmo, e utilizar estratégias para que o aluno se interesse e preste atenção no que
realmente o professor de história deseja explicar e como ele vai desempenhar tal explicação é uma
tarefa que cabe muita determinação e desempenho constante.
O ensino de história nas escolas tem um papel vital na educação do indivíduo na
sociedade. Com esta afirmação não estou afirmando que a disciplina de história é mais importante do
que as demais , mas essa função de relacionar os episódios do mundo com as relações do aluno, isto é,
relacionar o passado com o presente, sem anacronismos. E para isso é necessário construir noções que
possam ajudar a entender, e compreender o ensino de história em sala de aula.
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CONTATO INICIAL
O Conselho Municipal de Educação iniciou suas atividades em 1998 com
amparo da Lei Complementar n° 071, de 21/10/1997, e a partir de 2002 está sendo regulado
pela Lei Complementar n° 137 de 27/12/2001 e sequencialmente por seu Regimento Interno,
homologado pelo Decreto n° 9.375, de 20 de abril de 2004. Vinculado à Secretaria Municipal
de Educação de Porto Velho, é um órgão do Sistema Municipal de Ensino, com as seguintes
funções: consultiva, propositiva, mobilizadora, deliberativa, avaliativa e fiscalizadora.

*Foto 1: Conselho Municipal de Educação. Fotografia de: Matheus G. de Amorim em 23/05/2017.

Marquei uma visitar exploratória ao Conselho Municipal de Educação de Porto


Velho no dia 23 de maio de 2017 e fui recebido pela técnica: Rosálina Trajano Diniz Diretora
do Departamento Técnico, que nos mostrou o prédio onde a instituição funciona, e nos
informou sobre as precariedades que estão sendo enfrentadas em relação as estruturas físicas
das escolas. Nesta visita observamos que o Conselho Municipal de Educação estimula a
inovação pedagógica, com audiências, análises e estudos de políticas educacionais.
Essa experiência é fundamental para mim em relação ao curso de licenciatura que
estou cursando, porque é nesse órgão de educação que conhecemos todas as seus deveres e
finalidades para educação municipal da minha cidade Porto Velho, e para um docente que
está graduando na licenciatura conhecer este órgão é fundamental para qualquer indivíduo da
área de educação , porque ali entendemos como é a estrutura do órgão , que tem como
prioridade primordiais de fiscalizar o processo de autorização do funcionamento das escolas e
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criando um elo mediador entre sociedade e a gestão educacional do município e de seus polos
administrativos.
Estabelece normas para o sistema municipal de ensino tem como finalidade de
promove estudos sobre o sistema Municipal de ensino propondo modificações e medidas que
visam expandir e aperfeiçoa nosso ensino municipal, para que ocorra o funcionamento das
escolas municipais é necessário um procedimento que é iniciado pelo Conselho Municipal de
educação onde a instituição assegura para que a escola tenha o seu funcionamento temporário
como instituição de ensino. Baseando-se nisso os procedimentos dever conter consigo os
seguintes documentos necessários para que a análise seja aprovada e assim a regulamentação
é concedida pelo conselho Municipal de educação.

Políticas de educação como sistemas de avaliação institucional são medidas para


melhorar o fluxo de rendimento escolar propondo cursos de capacitação para os docentes, tendo
como papel entidade mobilizadora para estimular a formação docente para que o futuro
profissional de educação possa educar futuras gerações que ainda estão por vir na sociedade.

Após esta experiência pude perceber, quanto é importante para o meu aprendizado
entender os mecanismos de funcionamento do órgão público educacional que prezam pela
educação de qualidade e a capacitação dos professores, recebendo as demandas, trabalhando
nas resoluções de problemas ligados as escolas do município de Porto Velho e principalmente
fiscalizando com o objetivo de manter a qualidade da educação fornecida.
16

VISITANDO UMA ESCOLA


No quarto período, no Estágio II na minha grade curricular, tivemos o nosso
primeiro contato com uma instituição de ensino na pratica como estagiários. O objetivo foi
conhecer a escola e seu entorno, para que a partir da exploração de campo fossem observadas
as estruturas educacionais e a rotina de trabalho de cada funcionário que está inserido ou
ligado com a escola. A escola escolhida para o Estágio foi a Escola Estadual de Ensino
Fundamental e Médio 04 de Janeiro, localizada na região Leste do município de Porto Velho-
RO.

*Foto 2: Fachada de Escola. Fotografia de: Matheus G. de Amorim em 03/09/2017.


E fato que , esse segundo momento do estágio que se inicia a partir do 4º
Período da licenciatura, é onde é a proposta do estágio presente, e o nosso objetivo nesse
estágio foi analisar a comunidade escolar que tem fortes ligações com a escola EEEFM 04 DE
JANEIRO, que para minha vivencia em campo como um discente de uma universidade teve
uma significância importante para mim, pois foi essa escola que eu terminei meu ensino
médio antes de ingressar na universidade, e tenho uma história de vida muito próxima com
esta escola, e nesse momento realizamos entrevistas com os alunos, com os professores,
moradores, consultamos os documentos institucionais da escola, e conhecemos a estrutura
pedagógica e curricular da instituição, onde observei diversos problemas com a precariedade
e o desamparo do estado, mas que com muito esforço eles fazem o possível para o alcançar
um ensino de qualidade.
A escola projeta tomada de decisões em relação as questões administrativas, pedagógicas e
financeiras com a participação de toda a comunidade escolar. A gestão democrática se efetiva
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por intermédio de Conselho Escolar, eleição direta para diretor e vice-diretor e Grêmio
Estudantil. A falta de participação da comunidade e dos país dos alunos é um problema
reconhecido pelos profissionais do ensino, porém não percebe nenhuma iniciativa da
instituição para contornar esta situação, o comodismo de alguns professores faz com que a
participação da comunidade escolar seja fatalmente nula.
Devemos considerar que todos os participantes do processo educativo têm a capacidade de
elaboração propostas para a melhoria da educação, esse processo de interação deve ser
pautado no diálogo e na confiança, para isso a escola deve criar oportunidades a fim de
conhecer os recursos da comunidade e os aspectos da sua realidade, visando à melhoria do
ensino-aprendizagem.

PRIMEIRO CONTATO COM A SALA DE AULA


Nosso estágio foi realizado na Escola Estadual Marechal Castelo Branco que fica
em Porto Velho/RO, essa escola atende alunos do ensino fundamental, médio e educação para
jovens e adultos EJA, que funciona nos horários de três turnos: matutino, vespertino e
noturno.

*Foto 3: Fachada de Escola. Fotografia de: Matheus G. de Amorim em 12/04/2018.


Nesta próxima fase do Estágio III, foi realizado em traçado os seguintes objetivo que
estão de acordo com a ementa do estágio III que: “Apreender estratégia para conhecer seu
objeto social de trabalho profissional”. Através do reconhecimento de campo do estágio: a
comunidade e tudo aquilo que agrega ao redor da instituição de ensino.
Este primeiro contato com o meio escolar permite ao estagiário relacionar aquilo que
se aprende na universidade, o teórico, com a prática em sala de aula. Realizar essa leitura da
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realidade escolar é essencial para a formação de um professor, pois permite que durante a
formação construa-se uma compreensão da pluralidade que existe na escola, e também uma
vivencia de trabalho de maneira experimental que tem como finalidade o contato com a
pratica e a teoria que foi ensinada durante todo o meu período na universidade como
acadêmico da UNIR.
A prática de observação pedagógica tem então o objetivo de mostrar ao estagiário
que a escola é muito muito mais do que a estrutura física em si , pois a instituição
educacional vai muito além da simples sala de aula , acredito que e de vital importância
conhecer todas as nuâncias da escola desde da sala de aula , o corpo docente e os
representantes da escola , ou seja , os diretores, que resolve diversos problemas sociais,
estruturais , educacionais que ficam em torno da escola que precisa ser superadas e muito
bem trabalha por cada funcionário do corpo docente.
Neste momento, buscamos observar a prática pedagógica adotada pelos professores e
observar o cotidiano da sala de aula. Atentando para várias questões como: identificar as
estratégias de ensino utilizadas pelo professor, os recursos utilizados por ele, a utilização do
livro didático, os métodos avaliativos adotados por pelos professores, a receptividade dos
alunos com relação à aula desenvolvida pelo professor, a forma de orientar os alunos em sala
de aula, a participação de cada discente na matéria de História, a relação professor-aluno,
entre outras coisas.
Durante o período de estágio foi possível observar a forma e a relação entre
professor/aluno e como isso acontecer. Na sala de aula, os jovens são estimulados o tempo
todo a se expressar, seja durante as conversas, seja durante a realização de atividades, tal
atitude permite que o relacionamento professor/aluno promova um ambiente de aprendizado
constante, despertando o interesse em participar de forma ativa das atividades propostas.
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PRIMEIRA INTERVENÇÃO
A primeira intervença foi no colegio E.E.F.M Castelo Branco que tinha como
objetivos primordiais que foram baseados na Segundo ementa do Estágio supervisionado IV
(2015) o objetivo é: Dominar técnicas de criação e implementação de um projeto de atividede
pedagógica. Este estágio envolveu o planejamento e a implementação de diversas atividades
pedagógicas que iriam produzir melhorias nos processos de ensino e aprendizagem e a
posterior avaliação dos resultados

*Foto 4: Fachada de Escola. Fotografia de: Matheus G. de Amorim em 08/11/2018.


Esse estágio buscava oferecer uma alternativa didática para o ensino de História. O
uso de aulas que irão ultrapassar as paredes da sala de aula justifica-se pelas contribuições que
pode oferecer ao desenvolvimento do pensamento histórico do estudante, utilizando
procedimentos metodológicos diferenciados dos tradicionais, para que os estudantes se
apropriassem dos processos históricos em estudo.
Como objetivo geral buscamos planejar e implementar uma proposta para o ensino
de História, utilizando o Patrimônio Histórico Cultural como um fio condutor para provocar
para nós do Estágio Supervisionado IV, que basicamente foi uma experiência desafiadora, que
nos proporcionou conhecer ainda mais o universo dos alunos.
Percebendo a importância de estarmos conectados e próximos aos alunos em sala de
aula. A grande conclusão que chegamos, é que uma aula bem preparada passa
necessariamente pelo envolvimento dos alunos. Ela cumprirá seus objetivos se convidar os
alunos a participarem e se envolverem nas atividades propostas, despertando neles a
consciência do conhecimento e aprendizagem.
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ESCOLA DE COMUNIDADE
Nesta última fase do meu estagio fui conhecer e entender o funcionamento de Escola
Quilombola que tinha na região , Porém como a Universidade não pode disponibilizar meios
para que pudesse fazer tal exploração entre em contato com uma escola que atende uma
comunidade quilombola, decidir fazer uma vasta coleta de dados ,busquei através de revisão
bibliográfica para tentar entender a origem do tema em questão, e projetos relevante do
Estado para ampara essas escolas e a realidade em que elas si encontram no estado de
Rondônia.
A Escola Quilombola e uma conquista recente dos descendentes de escravos no
Brasil. Apenas em 2003 conseguimos perceber mudanças nessa discussão. Em termos de
políticas educacionais, podemos destacar a Lei nº 10.639/2003, que trata da obrigatoriedade
do estudo da História da África e da Cultura afro-brasileira e africana e do ensino das relações
étnico-raciais.
Art. 26-A. Nos estabelecimentos de ensino fundamental e médio, oficiais e
particulares, torna-se obrigatório o ensino sobre História e Cultura Afro-brasileira. §
1o O conteúdo programático a que se refere o caput deste artigo incluirá o estudo da
História da África e dos Africanos, a luta dos negros no Brasil, a cultura negra
brasileira e o negro na formação da sociedade nacional, resgatando a contribuição do
povo negro nas áreas social, econômica e política pertinentes à História do Brasil. §
2o Os conteúdos referentes à História e Cultura Afro-Brasileira serão ministrados no
âmbito de todo o currículo escolar, em especial nas áreas de Educação Artística e de
Literatura e História Brasileiras. (BRASIL, 2003).

Em 2010 ocorreu a Conferência Nacional de Educação (CONAE), que trouxe a


questão da educação nas comunidades quilombolas e por conta dessa discussão, foi
implementada a Resolução da Câmera de Educação Básica e Conselho Nacional de Educação
CNE/CEB 04/2010, que institui as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Escolar
Quilombola na Educação Básica:

Art. 41 – a Educação Escolar Quilombola é desenvolvida em unidades


educacionais inscritas em suas terras e cultura, requerendo pedagogia própria
em respeito à especificidade étnico-cultural de cada comunidade e formação
específica de seu quadro docente, observados os princípios constitucionais, a
base nacional comum e os princípios que orientam a Educação Básica
brasileira. (Brasil, 2010).

Por meio da Resolução Nº 08 de 2012 do Conselho Nacional de Educação foi


aprovado o Plano Nacional de Educação que prevê políticas específicas destinadas as
comunidades quilombolas. Onde foi definido as Diretrizes Curriculares Nacionais para a
Educação Escolar Quilombola na Educação Básica, que apresenta:
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Uma proposta de educação quilombola necessita fazer parte da construção de um


currículo escolar aberto, flexível e de caráter interdisciplinar, elaborado de modo a
articular o conhecimento escolar e os conhecimentos construídos pelas comunidades
quilombolas. Isso significa que o próprio projeto político-pedagógico da instituição
escolar ou das organizações educacionais deve considerar as especificidades
históricas, culturais, sociais, políticas, econômicas e indenitárias das comunidades
quilombolas, o que implica numa gestão democrática da escola que envolve a
participação das comunidades escolares, sociais e quilombolas e suas lideranças.
(Brasil, 2012, p. 26).

Essas ações representam avanços significativos na história da educação brasileira,


principalmente na forma como se inseriram os afrodescendentes não somente na escola, mas
na própria sociedade. Segundo Miranda:

A implantação da modalidade de educação quilombola insere-se no conjunto mais


amplo de desestabilização de estigmas que definiram, ao longo de nossa história, a
inserção subalterna da população negra na sociedade e, consequentemente, no
sistema escolar. (2012, p. 374).

O estado de Rondônia conta com 8 Comunidades Quilombolas certificadas pela


Fundação Cultural Palmares. Elas estão localizadas nos municípios de Alta Floresta
(Comunidades Rolim de Moura do Guaporé), Costa Marques (Comunidade Forte Príncipe da
Beira e Santa Fé), São Francisco (Comunidade Santo Antônio do Guaporé e Pedras Negras),
São Miguel do Guaporé (Comunidade de Jesus), Pimenteiras (Comunidade Laranjeiras e
Santa Cruz).
As Comunidades que possuem escolas são: Forte Príncipe da Beira, Escola General
Sampaio, Santo Antônio do Guaporé Escola Tiradentes, Pedras Negras Escola Euclides da
Cunha, Comunidade de Jesus Escola Paula de Matos, e Comunidade de Rolim de Moura do
Guaporé Escola Ana Nery.
Segundo dados apresentados pela professora Francinete, por serem comunidades
com pequenas o número de estudantes é bem reduzido, o que em certa medida dificulta a
captação e execução de ações educacionais para essas comunidades, porém a Resolução
número 08/2012/CNE/CEB, prevê que independente do quantitativo de alunos o Estado é
obrigado a ofertar atendimento educacional.
A Secretaria de Estado da Educação oferta Formação Continuada para os Professores
que atuam nas Escolas existentes nas Comunidades Quilombolas. No mês de agosto de 2018
foi realizada a formação para 60 professores que atuam nas comunidades no município de
Porto Velho. A primeira oficina foi de “Inclusão da Educação Especial em áreas
Quilombola”, com a professora Dulcilene Saraiva Reis. A oficina, de “Produção de texto em
uma perspectiva Interculturalidade no espaço escolar” foi com a professora Luciana Dermani
de Aguiar. O professor Dr. Marcos Domingues Teixeira, fez uma palestra sobre “Diversidade
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no ambiente escolar é uma questão de Direitos Humanos”. O professor Alécio Valois Pereira
de Araújo abordou o tema “Políticas Públicas para Educação Quilombola e as garantias dos
direitos humanos”.
Com a formação, o governo de Rondônia cumpre à legislação que prevê atendimento
educacional às populações tradicionais, por intermédio do Núcleo de Educação Escolar
Quilombola da SEDUC e colocou a temática “Diversidade no ambiente escolar é uma questão
de direitos humanos”, onde os professores receberam conteúdos voltados para as questões
afro-brasileira, como: respeito à diversidade, costumes, religiosidade e cultura das
comunidades tradicionais.
Segundo os dados apresentados pela professora Francinete nas 05 Escolas
Quilombolas estudam cerca de 400 alunos, e atuam 60 profissionais entre professores e
técnicos que acompanham as ações pedagógicas.
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CONCLUSÃO
O presente memorial me fez descobrir diversas sensações que tive em cada instituição
educacional que estive presente, e pude perceber o quanto eu tive que aprender sobre como
ser um docente na área da educação, E de fato, a importância dessa experiência no meu
processo de formação. Foram os pontos cruciais para que no futuro eu me tornasse um
profissional dedicado e interessado na resolução dos problemas que os meus futuros alunos
poderiam apresentar.

E nos estágios, as minhas expectativas foram todas atendidas para a compreensão de


como posso servir no desenvolvimento do aluno e enfim, acredito que essa trajetória foi, e
continua sendo proveitoso para minha vida profissional e também pessoal. Contudo, ao final
dessa experiência percebi o choque entre a teoria e a pratica, pois são importantes para
entendemos como podemos lidar com as barreiras que tanto eu como qualquer pessoa da área
de licenciaturas irão passar.

É simplesmente neste momento que pensamos seriamente se queremos ou não seguir a


profissão de professor, porque a sala de aula não é uma tarefa fácil, principalmente ser
professor neste país, tem que ter muita força de vontade para continuar. Em minha vivencia
pratica em diversas instituições de ensino, percebi um fato curioso durante as minhas
observações, uma professora que tinha grandes problemas em lidar com a turma mesmo
usando todos os métodos disciplinares, mas com tudo isso, ela se mostrou perseverante e
continuo a utilizar os métodos que ela aplicava durante anos é me leva a crer que com todos
esses problemas disciplinares ela não iria abater. E foi nesse momento que percebi o quanto
estágio foi fundamental para o meu desenvolvimento acadêmico e pedagógico.
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REFERÊNCIAS

BRASIL. Congresso Nacional. Lei n. 10.639, de 9 de janeiro de 2003. Altera a lei n. 9.394, de
20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para
incluir no currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da temática “História e Cultura
Afro-Brasileira”, e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 10 jan.
2003.

BRASIL. Ministério da Educação. Conselho Nacional de Educação. Câmara da Educação


Básica. Resolução n.8, de 20 de novembro de 2012. Define Diretrizes Curriculares Nacionais
para a Educação Escolar Quilombola na Educação Básica.

BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Caderno 1 - Conselhos


Escolares: democratização da escola e construção da cidadania. Brasília – DF, 2004
Disponível em: http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/Consescol/%20ce_cad1.pdf Acesso
em: 05/04/2019.

BRASIL. Ministério da Educação. Conselho Nacional de Educação/Câmara da Educação


Básica. Diretrizes Curriculares Gerais para a Educação Básica. Brasília, DF: CNE, 2010.

EMENTA Estágio Supervisionado I.


http://www.historia.unir.br/uploads/47474747/Ementas/Estagio%20Supervisionado%20I.pdf.
Acesso em: 06/12/2019.

EMENTA Estagio Supervisionado II.


http://www.historia.unir.br/uploads/47474747/Ementas/Estagio%20Supervisionado
%20II.pdf. Acesso em: 07/12/2019.

EMENTA Estagio Supervisionado III.


http://www.historia.unir.br/uploads/47474747/Ementas/Estagio%20Supervisionado
%20III.pdf . Acesso em:07/12/2019.

EMENTA Estágio Supervisionado IV.


http://www.historia.unir.br/uploads/47474747/Ementas/Estagio%20Supervisionado
%20IV.pdf. Acesso em: 07/12/2019.

EMENTA Estágio Supervisionado V.


http://www.historia.unir.br/uploads/47474747/Ementas/Estagio%20Supervisionado
%20V.pdf. Acesso em: 07/12/2019.
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EMENTA Estágio Supervisionado VI.


http://www.historia.unir.br/uploads/47474747/Ementas/Estagio%20Supervisionado
%20VI.pdf. Acesso em: 07/12/2019.

EMENTA Estágio Supervisionado VI.


http://www.historia.unir.br/uploads/47474747/Ementas/Estagio%20Supervisionado
%20VI.pdf. Acesso em: 07/12/2019.

Fundação Palmres. http://www.palmares.gov.br/?page_id=37551 acesso em:03/12/2019.

HORTA, Maria de Lourdes Parreiras; GRUNBERG, Evelina. MONTEIRO, Adriane Queiroz.


Guia Básico de educação Patrimonial. Brasília: IPHAN/Museu Imperial, 1999.

Projeto Político Pedagógico (PPP) da Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médico 04 de


Janeiro 2015.

Projeto Político Pedagógico (PPP) da Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médico


Marechal Castelo Branco de 2016.

Regimento Interno da Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio 04 de Janeiro 2014.

Regimento Interno da Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médico Marechal Castelo


Branco de 2014.

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