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Segundo Karl Marx, um dos principais filósofos do movimento, o socialismo é um regime político e econômico

em que não existe a propriedade privada nem as classes sociais. Todos os bens seriam de todas as pessoas e
não poderia haver diferenças econômicas entre os indivíduos.
O socialismo é uma doutrina política e econômica que surgiu no final do século 18 e na primeira metade do
século 19. Depois, no século 20, houve várias tentativas de colocá-la em prática, em diversos países. Através
de movimentos revolucionários, regimes comunistas foram implantados em nações tão diferentes quanto a
Rússia, a China, Cuba, o Vietnã e a Coréia do Norte.

Do ponto de vista político e econômico, o comunismo seria a etapa final de


um sistema que visa a igualdade social e a passagem do poder político e
econômico para as mãos da classe trabalhadora. Para atingir este estágio,
deveria-se passar pelo socialismo, uma fase de transição onde o poder estaria
nas mãos de uma burocracia, que organizaria a sociedade rumo à igualdade
plena, onde os trabalhadores seriam os dirigentes e o Estado não existiria.

Características do socialismo

Diferentemente do que ocorre no capitalismo, onde as desigualdades sociais


são imensas, o socialismo é um modo de organização social no qual existe
uma distribuição equilibrada de riquezas e propriedades, com a finalidade de
proporcionar a todos um modo de vida mais justo.

Sabe-se que as desigualdades sociais já faziam com que os filósofos


pensassem num meio de vida onde as pessoas tivessem situações de
igualdade, tanto em seus direitos como em seus deveres; porém, não é
possível fixarmos uma data certa para o início do comunismo ou do socialismo
na história da humanidade. Podemos, contudo, afirmar que ele adquiriu
maior evidência na Europa, mais precisamente em algumas sociedades de
Paris, após o ano de 1840 (Comuna de Paris).

Na visão do pensador e idealizador do socialismo, Karl Marx, este sistema visa


a queda da classe burguesa que lucra com o proletariado desde o momento
em que o contrata para trabalhar em suas empresas até a hora de receber o
retorno do dinheiro que lhe pagou por seu trabalho. Segundo ele, somente
com a queda da burguesia é que seria possível a ascensão dos trabalhadores.

A sociedade visada aqui é aquela sem classes, ou seja, onde todas as pessoas
tenham as mesmas condições de vida e de desenvolvimento, com os mesmos
ganhos e despesas. Alguns países, como, por exemplo, União Soviética (atual
Rússia), China, Cuba e Alemanha Oriental adotaram estas idéias no século XX.
A mais significativa experiência socialista ocorreu após a Revolução Russa de
1917, onde os bolcheviques liderados por Lênin, implantaram o socialismo na
Rússia.

Porém, após algum tempo, e por serem a minoria num mundo voltado ao
para o lucro e acúmulo de riquezas, passaram por dificuldades e viram seus
sistemas entrarem em colapso. Foi a União Soviética que iniciou este
processo, durante o governo de Mikail Gorbachov ( final de década de 1980),
que implantou um sistema de abertura econômica e política (Glasnost e
Perestroika) em seu país. Na mesma onda, o socialismo foi deixando de existir
nos países da Europa Oriental.
Atualmente, somente Cuba, governada por Fidel Castro, mantém plenamente
o sistema socialista em vigor. Mesmo enfrentando um forte bloqueio
econômico dos Estados Unidos, o líder cubano consegue sustentar o regime,
utilizando, muitas vezes, a repressão e a ausência de democracia.

http://www.suapesquisa.com/geografia/socialismo/

Não há como negar o eterno dilema das teorias outrora “modernas” sobre o
desenvolvimento socioeconômico de um país. De um lado, o capitalismo de Adam
Smith com suas teorias sobre Decisões Racionais, e do outro lado, o socialismo de Karl
Marx com suas teorias sobre Conflito de Classe. Aliás, muitos morreram lutando e
acreditando fielmente em uma dessas correntes como doutrina quase religiosa.
Chegamos ao Século XXI e o que vemos na realidade, é que nenhuma das duas
doutrinas isoladamente conseguiu trazer plena harmonia aos povos.
A resposta para um desenvolvimento mais pleno dos países parece estar na
harmonização das duas teorias e no fortalecimento do conceito de Capitalismo Social.
Quando o banqueiro de Bangladesh, Muhammad Yunus, ganhou o prêmio Nobel da
Paz de 2006, com suas linhas de financiamento para a baixa renda, o mundo pôde
conhecer um pouco mais sobre os benefícios de sistemas capitalistas que incorporam

segmentos populacionais mais vulneráveis. O Banco


Mundial trabalha para a erradicação da pobreza no mundo para garantir a geração de
riqueza econômica para os países. Tenho certeza de que o Banco Mundial não virou
uma entidade socialista, muito pelo contrário, pois seus propósitos de livre mercado
continuam intactos. Porém, não há como fortalecer sistemas políticos e econômicos
sem a inserção de segmentos menos abastados no sistema econômico. Uma outra teoria
que se encaixa bem na nova corrente de Capitalismo Social é o próprio Marketing
Social. Compreendendo as dinâmicas sociais; o preço para a adoção de novos
conhecimentos, atitudes e práticas (CAPs); e a melhor distribuição desses CAPs para
segmentos da população mais
vulneráveis, não há como negar que as teorias de Marketing Social podem ser utilizadas
como uma excelente ferramenta de inserção social, garantindo, ao mesmo tempo, a
correta gestão dos programas sociais e a geração de riqueza econômica.
Outros termos e conceitos como Responsabilidade Social Empresarial (RSE),
Desenvolvimento Sustentável e Investimento Social Privado (ISP), também se
encaixam perfeitamente nessa fusão das teorias econômicas clássicas. No caso da RSE,
demonstra-se que não há como as empresas privadas progredirem, sem definir
estratégias claras em seus planos de negócios sobre a utilização de práticas e interfaces
éticas com seus principais stakeholders, em relação ao desenvolvimento humano.
Empresas que apenas reforçam a lógica de que o social é problema do governo e o lucro
é seu único objetivo, já viram claramente que seus negócios estão fadados ao fracasso
quando crises financeiras ocorrem em nível global. Para o desenvolvimento sustentável
e ambiental, todos os setores estão sentindo o impacto da falta de compromisso
ambiental. O aumento na incidência de doenças respiratórias, a mudança do clima e a
falta de água e de outros recursos básicos já são realidade em todos os países do globo.
Ou seja, não há mais como fortalecer as relações de mercado e de consumo, sem uma
sustentável fonte de geração de riquezas que enfatizem o uso de recursos renováveis.
Finalmente, investimentos sociais privados

de empresas, em comunidades com


diversas necessidades sociais, se fazem necessários para garantir a força de trabalho e o
consumo de gerações futuras. Mesmo levando em consideração que pouquíssimas
iniciativas que se intitulam ISP conseguem comprovar sua capacidade de geração de
riquezas econômicas e redução das diferenças sociais, o ISP é hoje uma realidade do
capitalismo do novo século.
Há outros diversos conceitos e teorias que podem fortalecer ainda mais essa lógica de
fusão das clássicas teorias econômicas, como Capital Social, economia solidária, etc. O
domínio dessa nova linguagem está se tornando essencial tanto para aqueles que
querem trabalhar na iniciativa privada, como aqueles que desejam fortalecer as
políticas e bens públicos.

Fonte: http://robertofeijo.blogspot.com/2009/09/capitalismo-vs-socialismo-ou.html

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