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RESUMO

DIRECIONADO
PARA
PC/MT

Nathany de Oliveira Assunção


@podevimdistintivo

“Seu futuro está nas suas mãos”


INFORMÁTICA
Redes de computadores
A Wlan é uma rede local sem fio para fazer a conexão com a internet ou entre os dispositivos da rede
Wifi é um padrão específico, uma marca comercial registrada
Wirelles refere-se genericamente à transmissão de dados sem a utilização de meios físicos

Backbone → Possui alta velocidade, desempenho e interliga várias redes, garantindo o fluxo da informação por dimensões
continentais. Todos os dados da internet passam por essa infraestrutura de redes principal chamada backbone.

Provedores de Serviço de internet → exemplos mais conhecidos atualmente – NET/Claro, Vivo/GVT e Sky

Níveis de Hierarquia: ISP Nível 1 – Cobertura Internacional conectando países e continentes


ISP nível 2 – Cobertura nacional conectando um ou mais ISP Nível 1 e oferecendo serviço a
vários ISP nível 3
ISP nível 3 – Cobertura regional – conectando pessoas, casas, escritórios ou conectando
provedores locais.

Arpanet → foi a propulsora da internet


Placa de rede → permite uma comunicação bidirecional (transmissão e recebimento de dados), logo é um dispositivo híbrido de
ENTRADA/SAÍDA DE DADOS
Internet → uma rede MUNDIAL de computadores

IOT (Internet das coisas) → pense em todos os objetos que possuem acesso à internet, além dos mais comuns, câmeras de
segurança, geladeiras, TV, máquinas de lavar roupa, micro-ondas, sistema de som e iluminação, etc.

→ A proposta é que a conectividade auxiliará esses objetos a ficarem mais eficientes em seus contextos específicos.
→ É um conceito que se refere à interconexão digital de objetos cotidianos com a internet, conexão dos objetos mais do
que das pessoas.
→ Em outras palavras, a internet das coisas nada mais é que uma rede de objetos físicos capazes de reunir e de transmitir
dados.
→ NFC é uma sigla para “Near Field Communication”. Trata-se de uma tecnologia de troca de dados sem fio por
aproximação entre dois dispositivos, e que pode ser utilizada para diversas finalidades – inclusive pagamentos –> cartão por
aproximação

Alcance Das Redes:

 PAN ou Personal Area Network: rede sem fio de curto alcance. Ex: redes bluetooth.

 LAN ou Local Area Network: rede local, como as domésticas  WLAN quando sem fio.

 MAN ou Metropolitan Area Network: conecta diferentes redes locais pelo espaço de alguns Km  WMAN quando sem
fio.

 WAN ou Wide Area Network: conecta diferentes redes locais por todo o mundo  WWAN quando sem fio.

 SAN ou Storage Area Network: faz a ligação de computadores e dispositivos de armazenamento em uma área limitada.

Transmissão De Dados

→ Transmissão guiada utiliza cabo e a não guiada é sem fio.

• Cabo coaxial: tem largura de banda similar aos cabos de par trançado  está sujeito a interferência de ruídos elétricos e
a corrosão  faz comunicação em um perímetro limitado.

• Cabo de par trançado: a taxa de transmissão vai de 10 Mbps a 10 Gbps.

Transmissão: pode ser com fio ou sem fio


- Simplex: transmissão em um único sentido.
- Half-Duplex: transmissão nos dois sentidos, mas não ao mesmo tempo.
- Full-Duplex: transmissão nos dois sentidos e ao mesmo tempo.
Protocolos de Comunicação

IP – Protocolo de Internet – É o protocolo de distribuição de pacotes, sendo a base que forma a internet

É um octeto binário pode ir do 0 ao 255 em decimal

IPv6 → NOVA VERSÃO – 2¹²8 possíveis endereços ou 340 undecilhões


DNS → Domain Name Systen → Trata-se de um protocolo da camada de aplicação responsável por atribuir endereços léxicos aos
recursos da rede.
Um servidor DNS permite identificar os endereços IP de usuários e servidores da Internet, por meio da associação de um
conjunto de números com domínios.

Quem?
WHOIS → Trata-se de um serviço que permite consultar informações sobre os responsáveis por domínios e
blocos de IP registrados na internet
HTTP → É utilizado por programas de navegação(browsers) para acessar dados na WEB
HTTPS > Camada adicional (S) de segurança que utiliza outro protocolo chamado SSL/TLS

A mensagem será criptografada e permanecerá ilegível mesmo que seja interceptada por usuários não autorizados.

• Surface web: parte que temos acesso através dos motores de busca;
• Deep web: conteúdo acessível, mas não indexado pelos motores de busca;
• Dark web: pequena parte da deep web  Conteúdo não é indexado pelos motores de busca e não é acessível pelos meios
convencionais.
URL → Endereço virtual utilizado na Web, que pode estar associado a um sítio, computador ou arquivo.
TELNET → protocolo standard de Internet que permite a interface de terminais e de aplicações através da Internet.
- Fornece regras básicas para permitir ligar um cliente a um intérprete de comando.}
- Baseia-se numa conexão TCP para enviar dados em formato ASCII codificado em 8 bits entre os quais se intercalam
sequências de controle para o Telnet  Fornece assim um sistema orientado para a comunicação, half-duplex, codificado em 8 bits
fácil de aplicar.
- Com essa conexão é possível o acesso remoto para qualquer máquina ou equipamento que esteja sendo executado em
modo servidor.
- É um protocolo de transferência de dados não seguro, o que quer dizer que os dados que veicula circulam às claras na
rede  Não é criptografado.
SSH ou Secure Shell→ Programa de computador e protocolo de rede que permitem a conexão com outro computador na rede de
forma a permitir execução de comandos de uma unidade remota.

- Possui as mesmas funcionalidades do TELNET, com a vantagem da criptografada na conexão entre o cliente e o servidor.

FTP → Responsável pela realização de transferência de arquivos entre o cliente FTP e um servidor FTP
SMTP → Protocolo da Camada de Aplicação que é responsável pelo envio de e-mail através da rede. POP e IMAP recuperam e-mails
de um Servidor de E-Mail – SMTP envia e-mails para um Servidor de E-Mail.
VoIP → Comunicação por voz baseada no Protocolo de Internet.

TCP → É aquele protocolo que realiza uma conexão prévia antes de transferir os dados e que realiza um controle para garantir que
as informações sejam entregues em perfeito estado.
UDP → Não realiza a conexão prévia antes de transferis os dados, logo é um protocolo não confiável e não orientado a conexão
O VoIP utiliza o UDP, pois não faz sentido receber as partes que foram perdidas de uma ligação (POR EXEMPLO)
O VoIP utiliza o SIP junto com o UDP, é uma aplicação orientada à conexão e não-confiável(o foco aqui é a agilidade da
comunicação)

Videoconferência → Tecnologia que permite interação sonora e visual entre pessoas que estão em locais diferentes, dando a
sensação de que os interlocutores se encontram em um mesmo local

Diferença de videoconferência e webconferência: A primeira geralmente utiliza equipamentos mais sofisticados como câmeras
específicas para apresentação de documentos e geralmente ocorrem em salas equipadas para esse tipo de reunião, é utilizada em
ambientes corporativos e a segunda utiliza equipamentos básicos como smartphones, notebooks e webcams, é utilizada em
ambientes domésticos.
Com a pandemia essa diferença tem desaparecido!

* Quando duas câmeras estão conectadas é chamado de ponto-a-ponto quando três ou mais câmeras estão conectadas o
sistema é chamado de multiponto.

Modos de funcionamento da videoconferência:

Modo VAS ( Switch Ativado por Voz) a janela de vídeo que fica em destaque é a da pessoa que estiver falando no
momento
Modo Presença Contínua as janelas de todas as câmeras conectadas são exibidas simultaneamente.

Sistema Operacional
→ Conjunto de instruções que controlam o funcionamento de um PC  Parte lógica da informática.

Software proprietário ou não livre:


- Não disponibiliza o código fonte
- Cópia, redistribuição ou modificação sofrem restrições, mas pode ser gratuito.

Software livre: possui o código fonte aberto e seus direitos autorais são regulados por uma licença de software livre.
• Licença de software livre ou licença pública geral (GPL): garante a liberdade de uso, cópia, distribuição e aperfeiçoamento do
software.
- Permite a modificação do código fonte.
- Impede que um software livre seja transformado em proprietário.
Software Livre ≠ Software Gratuito
• Copyleft: característica que faz com que o software livre tenha uma livre distribuição.
- Existem softwares livres que não têm essa cláusula, o que permite que versões modificadas possam ser redistribuídas de
forma não livre.
Software de domínio público: quando expira o tempo de exploração da licença  Pode ser livre ou proprietário.
• Portal do software público brasileiro: ambiente de compartilhamento de softwares.
- Para ser publicado no portal, o software deve ser 100% livre e não possuir dependência de softwares proprietários.
Firmware: Software específico embutido em um dispositivo.
- Cada firmware é desenvolvido para um tipo de peça, então se for instalado em outro dispositivo que não o original não
funcionará corretamente. - Nos PCs, o mais importante é o BIOS.
Drivers: software que faz com que o SO reconheça o hardware  É específico para o hardware e para o SO.

Tipos De Software:
Aplicativos: permite que os usuários façam tarefas do dia a dia.
Programação: utilizados para criar outros programas.
SO: principal software do PC  É dividido em núcleo e interface.
- Controla o hardware e outros programas e faz a interface entre o usuário e o PC.
• Núcleo do SO ou Kernel: parte do SO que controla os dispositivos do computador.
• Interface: parte do SO que interage com o usuário
- O Windows possui apenas uma interface gráfica  No W10 é chamada de Style.
- O Linux tem várias, como a GNOME e KDE  Inclusive há a possibilidade de não utilizar interface gráfica.
• SO Monousuário: não permite ser utilizado por mais de um usuário simultaneamente.
• SO Multiusuários: permite ser utilizado por mais de um usuário simultaneamente.
• SO Monotarefa: não executa mais de uma tarefa ao mesmo tempo.
- Precisa parar uma tarefa para iniciar outra e o trabalho não finalizado é perdido.
• SO Multitarefa: executa mais de uma tarefa ao mesmo tempo.

Windows
• Para fazer o Backup dos arquivos do usuário devemos escolher a pasta do usuário que fica em C:/Users
• Na atualização do W8 para o W8.1, se a atualização for interrompida, ela pode ser retomada novamente de onde parou  Basta
que o usuário se conecte novamente, que o Windows se encarregará de lembrá-lo da continuidade.
• O Windows é um sistema de tempo compartilhado  Diversos programas utilizam o processador em um determinado período de
tempo, assim, se um desses programas não terminar sua execução no tempo determinado para ele, o SO fará a interrupção desse
processo e imediatamente coloca outro processo em execução, e o SO manterá essa ação até que esse segundo processo se encerre
e o processo anterior volte a ser executado.
•É perfeitamente possível instalar mais de um sistema operacional no mesmo computador, tal recurso é denominado dual boot.
•O Windows permite que mais de um usuário acesse seus arquivos e pastas, com segurança.
•O Windows possui recurso que permite compartilhar determinadas pastas e unidades de disco existentes na máquina de um
usuário com outros usuários conectados a uma rede de computadores.
•As unidades de armazenamento que representam memórias permanentes do computador são identificadas, no Windows, por
uma letra seguida do sinal de dois-pontos, como C: A: D:
- Diretório raiz: C:\

Aplicativos: pode-se colocar os aplicativos em ordem alfabética, adicionados recentemente e de mais usados.
Continue de onde parou: permite uma troca entre diferentes aparelhos sem que o usuário tenha que salvar e enviar os arquivos.
→ A principal função da barra de tarefas é: disponibilizar sobre a forma de botões, as janelas dos aplicativos que estão sendo
executados no momento. *

Novidades do W10:
- É possível o desbloqueio por reconhecimento facial.
- Pode ser desligado e reiniciado por comando de voz.

Cortana: assistente pessoal que pode ser acionado por comando de voz  Surgiu no W10.
- Tem várias funções, como enviar e-mails, abrir arquivo etc.
- Windows + Q ou + S.

Área de trabalho:
- É possível criar e manipular múltiplas áreas de trabalho  Função exclusiva do W10  Isso pode ser feito por meio do recurso
Visão de tarefas.
Visão de tarefas: permite visualizar miniaturas das janelas em execução no sistema.
- A caixa de pesquisa fica na barra de tarefas  Por ela é possível fazer buscas no PC e na internet.

Ferramentas:
BitLocker: ferramenta de criptografia do Windows.
Microsoft Edge: ferramenta destinada à navegação em páginas web por meio de um Browser interativo.
OneDrive: ferramenta destinada ao armazenamento de dados na nuvem da Microsoft.
Windows Defender: usado para impedir que vírus, Spywares e outros softwares indesejados sejam instalados no computador sem
você saber.
- Também tem a função de Firewall.
- O Firewall nada mais é que um dispositivo de rede que é responsável pela entrada e saída de um determinado ponto.
“Tranca” todas as portas e janelas do seu computador para que só os autorizados possam entrar e sair.
Características
- É para filtrar as portas de conexão
- Não é antivírus
- Não analisa o conteúdo de mensagens de e-mail
- Não criptografa mensagem
Windows SmartScreen: usado para proteger seu computador, recebendo avisos antes que sejam executados aplicativos e arquivos
não reconhecidos baixados da Internet.
Windows Hello: permite o acesso ao Windows por meio de biometria, como reconhecimento facial, de íris ou impressão digital.
Registro do Windows: banco de dados do sistema no qual são guardados todas as configurações dos app que instalamos.
- Sempre que trocamos um papel de parede ou algo do tipo, efetuamos modificações nesse banco de dados.
Acessórios padrão:
Bloco de notas: editor de texto puro  Não aceita imagens
- Salva em TXT, mas aceita outras formas  TXT só aceita texto.
- É possível mudar a fonte, o estilo da fonte e o tamanho da fonte, mas não a cor dela  As características devem ser as
mesmas para todo o texto.
- Pode ser utilizado para criar Scripts (pequenos programas).
Conexão de área de trabalho remota: com as devidas configurações, é possível ter acesso a todos os programas, arquivos e
recursos de rede, como se estivesse de frente ao PC.
- Pode ser feita pela internet, usando contas de e-mail da Microsoft, ou pela intranet.
- Por padrão, vem desabilitada.
Gravador de passos: printa a tela em cada interação do usuário e, no fim, realiza uma descrição textual das ações.
Paint: salva arquivos nos formatos BMP, JPEG, PNG, GIF e TIF.
Wordpad: editor de texto que faz parte do Windows.
- Formato padrão é o RTF, mas também é possível TXT, DOCX etc.
Java - é o ambiente computacional, ou plataforma, criada pela empresa estadunidense Sun Microsystems, e vendida para a Oracle
depois de alguns anos. A plataforma permite desenvolver programas utilizando a linguagem de programação Java.

DRIVE X DRIVERS

→ drive é um componente físico da sua máquina que serve como uma unidade de armazenamento. Internamente, temos os
clássicos drives de Pen Drive, CD, DVD e Blu-ray.
→ “driver” significa motorista — e é essa mesmo a função de um driver em um computador. Ele atua como um verdadeiro
controlador, transmitindo e interpretando dados entre o sistema operacional e uma peça de hardware.

Drivers
São módulos de código específicos para acessar dispositivos físicos. Possuem instrução de como o SO deve utilizar o dispositivo.
Existe um driver especifico para cada tipo de dispositivo, como discos rígidos IDE, SCSI, portas USB, placas de vídeo, etc.

Perda de arquivos----------------------------------------------------------BACKUP
Para monitorar o tráfego de entrada e saída da Rede-------------FIREWALL
Para conter vírus------------------------------------------------------------ANTIVÍRUS
Para evitar

CTRL --- tem a função de Copiar


Alt---- tem a função de Atalho
ShifT----- tem a função de Transportar/ mover.

Atalhos:
Windows + TAB: acessa a visão de tarefas.
Windows + Ctrl + D: cria uma nova área de trabalho.
Windows + Ctrl + F4: fecha a área de trabalho.
Windows + Ctrl + setas: altera entre áreas de trabalho.
Windows + D: minimiza ou restaura as janelas da área de trabalho.
Windows + M: minimiza tudo.
Windows + Shift + M: restaura o que foi minimizado.
Windows + L: bloqueia a sessão de usuário.
Windows + E: abre o explorador de arquivos.
Windows + I: abre a central de configurações.
Windows + Pause Break: abre o Gerenciador de Dispositivos
Ctrl + Alt + Tab ou Alt + Tab: mostra os aplicativos abertos e permite alterar entre eles.
Ctrl + Shift + Esc: abre o Gerenciador de Tarefas.
Alt + F4: fecha o aplicativo

Painel de controle: ferramenta de configuração do sistema.


- Pode ser visualizado no modo de ícone ou no modo de categoria, onde as ferramentas são agrupadas de acordo com sua
similaridade.
Programas e recursos: utilizado para desinstalar programas.
Rede e Internet: por meio dele, é possível excluir o histórico de navegação e cookies do navegador de Internet instalado no PC.
Sistema: onde fica as infos acerca do hardware e do PC.
- Permite gerenciar videos, notificações, energia, etc.
Disco de restauração: cópia do que é essencial para o funcionamento do Windows.
Restauração de sistema: retorna o SO a um ponto anterior ao da instalação de um programa.
Histórico de arquivos: Só faz backup de cópias dos arquivos que estão nas pastas Documentos, Músicas, Imagens, Vídeos e Área de
Trabalho e dos arquivos do OneDrive disponíveis off-line em seu computador
- Permite que o usuário configure rotinas de Backup, podendo escolher em que mídia o backup será feito, inclusive a
internet.

Gerenciador de Tarefas: permite visualizar os arquivos que estão abertos, o consumo de energia, o uso da CPU, o uso da memória,
etc.
- Utilizado para fechar programas que pararam de responder.
Explorador de arquivos:
- Windows + E.
• Acesso rápido: mostra as páginas fixadas pelo usuário, as usadas com frequência e os arquivos usados recentemente.
• É possível criar arquivos sem conteúdos, basta nomeá-los.
• Os arquivos podem ser apresentados como  Ícones extragrandes, grandes, médios, pequenos, lista, detalhes, blocos e
conteúdo.
- As pastas podem ser cortadas, copiadas ou excluídas.
Arquivo → coletânea de dados gravados em uma mídia para restauração posterior
Extensão → vincula o arquivo ao aplicativo de origem

Pastas e Diretório:
Local para se guardar os arquivos
- Organizados de forma hierárquica
- Sua localização pode ser especificada por seu nome completo (caminho) a partir do topo da hierarquia (diretório raiz)

* Caracteres inválidos: (não podem estar no nome)


“ aspas
: dois pontos
* Asterisco<>Menor/maior que
| pipe
\/ barras
? Interrogação

Como DESCONECTAR com segurança um Pen-drive identificado como Unidade de USB (D:):

1) Este Computador
2) Unidade de USB (D:)
3) Ferramentas de Unidade
4) Aba Gerenciar
5) EJETAR

Desfragmentador de disco ou Otimizar unidades: organiza as infos que foram guardadas de modo a tornar o processo de leitura
mais eficiente.

Diretórios: o diretório raiz do Windows é o C: ou C:\.


Diretórios em árvore: os usuários podem criar pastas e subpastas.
C:\Windows: armazena os arquivos do SO.
C:\Arquivos de programas: armazena os arquivos dos programas instalados no PC.
C:\Usuários: armazena as configurações, arquivos e pastas de cada usuário do sistema.
Pasta pública: seu conteúdo é compartilhado automaticamente com os usuários conectados à rede.
- Pastas e arquivos não podem ser movidas, renomeadas ou excluídos se estiverem abertos.

Limpeza de disco: exclui arquivos desnecessários, como itens da lixeira, cache, arquivos e programas baixados, downloads e
arquivos temporários.
Lixeira  É um local, não uma pasta.
• Nem todo arquivo excluído vai para lixeira.
- Não vão para a lixeira os arquivos maiores que ela, arquivos de pastas compartilhadas, arquivos de unidades removíveis
e arquivos removidos permanentemente.
- Shift + Del remove o arquivo permanentemente, sem passar pela lixeira.

→ O Windows é um sistema operacional que baseia sua interface gráfica no conceito de janelas. Elas são a alma da interface do
Windows. Em princípio, podemos dizer que todos os programas que são exibidos pelo sistema, o são através de janelas.
O ambiente gráfico torna a utilização do computador prática através de representações visuais do sistema operacional.
Esse ambiente gráfico NÃO é um prompt de comando.
→ O promt de comando permite que se execute tarefas no computador (através da digitação desses comandos - texto) SEM utilizar
a interface gráfica - representações visuais.
Ambiente gráfico --> representação visual / Ícones ≠ Prompt de comando = Shell --> tela preta / comando de Texto*
→ Em termos de sistemas operacionais, uma característica importante, consiste no fato de as versões de 64 bits serem capazes de
reconhecer uma quantidade maior de memória RAM do que as de 32 bits.
32 bits suporta o máximo de 4 GB de RAM
64 bits reconhece memórias de mais de 100GB.
CARACTERÍSTICAS DO WINDOWS **
→ Multitarefas ou Multiprogramável
→ Multiusuários
→ Multiprocessável (+ de um processador na placa-mãe)
→ Monolítico (MONOBLOCO)

→ No explorador de arquivos do Windows 10, é possível fixar as pastas favoritas na funcionalidade Acesso Rápido, que lista, além
das pastas fixadas, as usadas com frequência e também os arquivos usados recentemente.
→ O sistema “oferece” que seus documentos sejam salvos em "Meus documentos", mas não são automaticamente salvos, como os
downloads, caso você não especifique um caminho.
- Não é possível alterar a data de criação de um arquivo.

Swapping: Transferir temporariamente um processo da memória para o disco e depois do disco para a memória.
É uma forma temporária de estender a quantidade de memória para aplicativos em execução.
Lembrando que esse processo também se da como swapping-In e swapping-Out
Diga para não esquecer: SwapPING = PING-PONG = "VAI e VOLTA"

Ações com fins corretivos ==》RegEdit


Ações com fins preventivos ==》MS-Config
remove vírus (varrer a ameaça) do computador ==》ANTIVÍRUS (softwares)

→ O desfragmentador de disco funciona como uma arrumação de um quarto.


- Funciona como um reorganizador dos arquivos, realocando suas partes de forma que facilite a busca e processamento, gerando,
dessa forma, maior rapidez.

Ambiente Intranet, Internet e Extranet


Internet: conglomerado de redes públicas interligadas  Rede pública mundial.

- Rede de acesso amplo e gratuito, mas é necessário o intermédio de algum provedor que cobra pelo serviço

Intranet: rede interna, fechada e privada, restrita a um determinado ambiente físico. → trata-se de uma rede privada, restrita e
exclusiva a um público específico (ex: Empresa, órgão, instituição, banco..)

Extranet: extensão da Intranet de uma organização disponibilizada para usuários externos. → Trata-se do acesso remoto a uma
Intranet, permitindo que empresas envolvidas em um sistema inter-organizacional se conectem.

→ A Extranet é uma rede privada de computadores que funciona como uma extensão da Intranet, permitindo o acesso
restrito a usuários externos de uma organização via Internet – em geral, parceiros, fornecedores e clientes

- Permite o acesso externo controlado.


- O acesso remoto pode ser feito pela Internet ou por Intranet
- Muito utilizado hoje principalmente no home office
→ Internet, intranet e extranet, utilizam OS MESMOS
protocolos
Proxy: é o termo utilizado para definir os intermediários entre o usuário e seu servidor. E por isso desempenha a função de
conexão do computador (local) à rede externa (Internet).
O servidor proxy possui funções de autenticação, de forma que um novo computador conectado na rede, para poder navegar na
internet, precisa de credenciais válidas.
- é um computador que funciona como intermediário entre um navegador da Web (como o Internet Explorer) e a
Internet.
- Os servidores proxy ajudam a melhorar o desempenho na Web armazenando uma cópia das páginas da Web utilizadas
com mais frequência. Quando um navegador solicita uma página que está armazenada na coleção do servidor proxy (o cache), ela é
disponibilizada pelo servidor proxy, o que é mais rápido do que acessar a Web.
- Ajudam a melhorar a segurança porque filtram alguns tipos de conteúdo da Web e softwares mal-intencionados.
- Proxy implementa uma política de controle de comportamento para determinar que tipos de serviços de Internet podem ser
acessados na rede.

World Wide Web (WWW) - rede de alcance mundial. Sistema de documentos em hipermídia que são interligados e executados na
Internet.**
→ NÃO É PROTOCOLO.
- O final do domínio é conhecido como domínio de primeiro nível ou TLD (top level domain):
.gov – governamental
.edu – educacional
.leg – legislativo
.com – comercial
.org – organização sem fins lucrativos
.net – network (rede)

VPN
VANTAGENS
É bem mais barata que os links dedicados;
Permite acesso remoto a recursos de uma rede local;
Escalabilidade e Flexibilidade;
Garante a privacidade.

Mas atenção! O nível de custo-benefício das redes VPN em comparação com os links dedicados aumenta à medida que as distâncias
entre as conexões também aumentam.

DESVANTAGENS
Depende da velocidade da Internet disponível;
Ocasiona perda de desempenho;
Falha no envio local;
NÃO disponibiliza um alto nível de confiabilidade e segurança.

VPN → Vai Pelo Noel rosa. Mas o que é Noel Rosa? É um TÚNEL, aqui no Rio.
- TUNELamento criptografado
- Baixo custo (afinal, não tem pedágio)

E-mail
• Campos do e-mail
Para: destinatário original.
Cc: recebe a cópia da mensagem
Cco: recebe a mensagem, mas os outros remetentes não visualizam que a mensagem foi pra ele  Cópia oculta.

• Utiliza o protocolo SMTP para enviar e o protocolo POP ou IMAP para receber.
- O SMTP pode ser utilizado para enviar e receber dentro de uma intranet.
- O comando USER é utilizado para autenticar o usuário, precedendo o comando PASS, onde o usuário digitará sua senha.
- O @ tem sentido de preposição, sendo utilizado para separar o nome do usuário do nome do provedor
Webmail: interface da internet que permite utilizar o e-mail por meio de um navegador.
Cliente de E-mail: software que permite que os usuários acessem, gerenciem e armazenem os e-mails localmente.
- Os e-mails podem ser lidos e enviados off-line.
- Os e-mails salvos localmente geram um arquivo com a extensão .pst.
- Tem um filtro anti-spam, que avalia as mensagens recebidas e detecta se são ou não indesejadas.

• Mozilla Thunderbird:
- Software livre.
- Permite a pesquisa na web a partir dele próprio.
- Permite utilizar várias contas simultaneamente.
- É possível importar as configurações de conta de outros clientes de e-mail.
- Verifica se há mensagens novas no servidor toda vez que inicializado.
• MS Outlook 2016:
- Faz parte do Office.
- Tem a função “atrasar entrega”, que permite definir uma data e hora para o e-mail ser entregue.
- Tem o recurso de definir regras sobre o recebimento de mensagens (ex: sempre encaminhar o e-mail recebido de um
certo cliente).
- É possível configurar acesso a mais de uma conta  Outlook separará os e-mails recebidos e enviados de cada uma.
-É possível selecionar a opção de baixar apenas mensagens de determinada caixa de correio, configurando grupos de
envio/recebimento; e assim, especificar as tarefas que serão executadas no grupo ou na caixa de correio durante uma operação de
envio/recebimento.
- Você pode configurar o Outlook Express para enviar mensagens assinadas digitalmente usando um certificado e enviar
mensagens criptografadas usando outro certificado. É necessário obter pelo menos um certificado antes de continuar.

Navegadores
- Interpretam os arquivos HTML a fim de exibir o conteúdo que vemos nos sites.
- Por padrão, os Pop-Ups vem bloqueados.
- Utilizam os protocolos HTTP, HTTPS, FTP e DNS
- O Internet Explorer, Firefox e Chrome já vem com filtro antiphishing nativo.
→ Antiphishing não é plug-in, é add on.

Plugins X Add-ons ou extensões:

Plug-ins: são recursos que "ajudam" a processar tipos de conteúdo na web. Ex: Java;
Add-ons ou Extensões: Programas instalados em um navegador que permite novos recursos ou funcionalidades, auxilia na
navegação e/ou torna mais agradável, Ex. Proteção antiphishing.

Favoritos: links salvos para facilitar um acesso futuro sem precisar digitar o endereço
Navegação privativa ou anônima: permite navegar sem guardar os dados de navegação
- Guarda apenas os dados de cache e cookies, mas ao fechar a janela eles são apagados.
Trabalhar off-line: o navegador salva o conteúdo da página localmente para que continue sua exibição ao desconectar da Internet.

Dados de navegação: CTRL+SHIFT+DEL limpa os dados de navegação.


Cache: armazena os conteúdos multimídias (videos, áudios e textos) para que depois esse conteúdo seja acessado pelo usuário
mais rapidamente.
Cookies: arquivos de texto com as preferências de navegação do usuário  Ao acessar um site, ele é enviado ao PC do usuário, e
passa a registrar os hábitos de navegação, permitindo uma interação personalizada nas próximas visitas.
- É possível impedir que os cookies sejam armazenados no computador
- Contêm infos para identificar o visitante, como preferências de navegação etc.
- É possível apagá-los através do navegador.

Dados de formulários: armazena dados digitados, para complementar os campos futuramente.


Plugins: programas instalados em um navegador que permite utilizar recursos que não estão disponíveis nativamente por meio do
HTML.
- Conteúdos com Java e Flash é necessário instalar plugins.
Google Chrome: software livre.
- Se a opção de sincronizar estiver ativada, infos como favoritos, históricos e senhas serão salvas e poderão ser integradas
em uma nova máquina.
- É possível fazer a impressão com um dispositivo não conectado à impressora através de um segundo dispositivo
conectado à impressora.
Atalhos:
Ctrl + A  Seleciona o conteúdo da página exibida;
Ctrl + H  Abre o histórico;
Ctrl + J  Abre a página de download;
Ctrl + N  Abre uma nova janela;
Ctrl + Shift + N  Abre uma nova janela anônima;
Ctrl + W  Fecha a aba ativa;

Mozilla Firefox: software livre.


- É possível verificar o histórico de atualização instalada, com a data que foi feita (mas não é possível verificar quem
instalou).
- O Firefox verifica a ortografia automaticamente em textos com mais de uma linha, porém, nem todos os idiomas estão
presentes.
Firefox sync: armazena infos como senhas, favoritos e histórico na nuvem e permite sincronizar os dados em vários dispositivos em
que o usuário esteja logado no Firefox.
Firefox monitor: permite consultar se um endereço de e-mail consta em listas de dados vazados.
Firefox Lockwise: sincroniza senhas do navegador para utilizá-las em aplicativos no Android e iOS.
Firefox Send: permite o envio de arquivos pela internet de modo criptografado.

Atalhos:
Crtl+Shift+P  Abre uma janela para navegação privada;

Internet Explorer:
- O recurso de salvar senhas vem ativado por padrão.

Ferramentas de busca e pesquisa


Motores De Busca: utilizam robôs chamados Crawler (Bot ou Spider) para varrer servidores e encontrar e indexar páginas.
- O + equivale a E.
- É possível fazer uma pesquisa com base no horário de funcionamento de um local;
- É possível filtrar a pesquisa de imagens com base no tamanho, cor, tipo, tempo, direitos de uso etc.
• Busca com “aspas”: serão listadas apenas as páginas que apresentem os dois termos inseridos e na ordem disposta  “termo 1
termo 2”
• Busca por conteúdo rastreável  #políciafederal
• Pesquisa dentro de um site  termo + site:alfaconcursos.com.br  Retorna opções específicas dentro do próprio site.
• site: youtube.com  o espaço faz com que a busca procure sites relacionados com a expressão youtube.
• Busca com * entre termos: serão buscados sites com que contenha uma palavra qualquer entre os termos  termo 1 * termo 2
• Busca com *: busca por expressão ou frase incompleta.
• Excluir palavra da busca  cookies – receita – biscoitos
• Busca por arquivo com extensão específica: filetype: + extensão de arquivo desejado  filetype:pdf
• Busca por conteúdos relacionados ou similares: related:termo buscado
• Coloque "info:" antes do endereço do site para ver detalhes sobre ele
• Combinar pesquisa: expressão OR  termo 1 OR termo 2

- Operadores booleanos são palavras que têm o objetivo de definir para o sistema de busca como deve ser feita a
combinação entre os termos ou expressões de uma pesquisa. ''AND'' ''OR'' ''NOT'' ***
- É possível pesquisar por intervalos de datas, basta colocar entre pontos. Por exemplo, de 2005 até 2009 seria
2005..2009.
- O Google não é case sensitive. Ou seja, não distingue maiúsculas de minúsculas. *
- PageRank™ é um algoritmo utilizado pela ferramenta de busca Google para posicionar websites entre os resultados de
suas buscas.
→ Sites de buscas não possuem catálogos de páginas, possuem algoritmos de indexação para otimizar a resposta das buscas.
Quando digitamos o que queremos pesquisar, os primeiros resultados são os que mais se adequam ao que nós
queremos buscar, isso porque os algoritmos de rede viabilizam a melhor abrangência na resposta.
Crawler, Spider, Bot = Pesquisa a informação em bilhões de sites
Indexador = Coloca em índice por ordem de relevância/data/tipo de arquivo/ preferências
- Cache → última vez que o google a visualizou.
- Pesquisa Google → lista todos as páginas sobre o assunto pesquisado, para que o usuário faça a escolha do site.
- Estou com sorte → Automaticamente conduzido à primeira página web que o Google devolveu para a sua pesquisa.
Não sendo possível ver as opções de páginas.
Quando você está na aba: imagens no Google, poderá filtrar de acordo com:

TAMANHO;
COR;
DIREITOS DE USO;
TIPO;
TEMPO;
MAIS FERRAMENTA

Atalhos de Teclado
Segurança da informação
Malwares:
Botnet: Pode ser controlado remotamente e atacar outros PCs  Processo de infecção e propagação automático  Utilizados para
DdoS.
Rootkit: conjunto de programas e técnicas que permite esconder e assegurar a presença de um invasor ou de outro Malware em
um computador comprometido.
- Remove evidências em arquivos de log;
- Instala outros códigos maliciosos;
- Mapeia potenciais vulnerabilidades no PC;
• A remoção do Rootkit não necessariamente trará o computador de volta às suas condições originais.
Ransomware: cifra os dados do computador da vítima e pede um pagamento pelo “resgate” dos dados.
- Também sequestra dispositivos, como pen-drives ou a nuvem.
- Uma das melhores formas de se prevenir é fazendo Backups.
• Crypto: sequestra os dados.
• Locker: sequestra o equipamento.
Spywares: programa espião que busca adquirir infos pessoas de usuários.
- Para ser instalado, é necessário ser executado.

• Keylogger: captura o que é digitado no teclado.


- Pode ser utilizado para fins maliciosos ou não, por exemplo, pode ser usado para recuperar infos.
• Screenlogger: armazena a posição do cursor e a tela apresentada no PC.

Vírus: Insere seu código dentro de um outro arquivo e precisa ser executado  Espalha-se pela rede.
• Vírus de Script: pode ser automaticamente executado, dependendo das configurações do navegador.
• Vírus de Macro: infecta arquivos do Office  Cada novo arquivo ali criado estará infectado.
• Vírus de Boot: atuam no processo de inicialização do PC e impede que o SO seja executado corretamente.
• Vírus Time Bomb: são programados para agirem apenas em uma determinada dada, antes eles só se replicam.
Worm: propaga-se automaticamente pela rede, enviando cópias de si mesmo entre PCs.
- Utilizado em ataques DDoS  Pois consomem muitos recursos devido a grande quantidade de cópias de si mesmo.
- Não precisa de um programa hospedeiro para se propagar
- Podem ser usados de forma útil e não maliciosa.
Trojan Horse: vírus ou malware que faz o que aparenta como disfarce para realizar funções maliciosas  Precisa ser executado.
- Não infecta outros arquivos e não consegue se replicar.
Scareware ou Software de engano: faz com que o usuário acesse sites infestados de Malwares.

Ataques:
Phishing: páginas ou e-mails falsos que se passam por legítimos para roubar dados do usuário.
• Pharming ou Envenenamento de DNS: redireciona um usuário que digitou o ID do site legítimo para um site falso.
- Ocorre LOCALMENTE, alterando a DNS do navegador, ou em ESCALA, alterando a cache de DNS que busca o site.

Smishing (SMS + Phishing): feito através de SMS.


Spear Phishing: a pessoa a ser atacada é escolhida a dedo, ou seja, o ataque é altamente direcionado.

Spam: mensagens não solicitadas enviadas em massa, que podem ou não conter malwares  Ex: hoax.
Brute force ou tentativa e erro: utilizado para a quebra de senhas.
- Pode resultar em um DoS.
Spoofing: técnica utilizada para esconder o endereço real do atacante por meio de alteração do cabeçalho do pacote IP.
- É utilizado em qualquer protocolo.
Sniffing: captura pacotes e os analisam  Escuta ou fareja a rede
- Nem sempre é um ataque, pois é o que o IDS faz.
DoS: uma máquina sobrecarrega um serviço
• DDoS: quando várias máquinas menores atuam para sobrecarregar um serviço.
- SMURF  quando o serviço responde o DoS para uma máquina diferente da que solicitou.
Técnicas De Proteção  Pode ser física ou lógica.
IDS ou Sistema de Detecção de Intrusão:
- Age passivamente
- Monitora o tráfego da rede
- Não bloqueia uma ação, mas verifica se esta ação é ou não uma ameaça
- Não interfere no fluxo de tráfego da rede.
- Pode ser baseado em Host, em Rede, ou em ambos.

IPS ou Sistema de Prevenção de Intrusão:


- Age ativamente
- Complemento do IDS
- Identifica uma intrusão, analisa a relevância do evento/risco
- Bloqueia determinados eventos
- Usa a capacidade de detecção do IDS junto com a capacidade de bloqueio de um firewall;
- Age em diversos pontos de uma arquitetura de rede.
Detecção por assinatura: detecta apenas ataques conhecidos  Precisa ser constantemente atualizado.
Detecção por anomalias: identifica ações diversas das normais  Causa muitos falsos-positivos.
- Ambos podem ser utilizados no modo Passivo (alerta o usuário), ou Reativo (alerta o usuário e responde com ações pré-
programadas).

Antivírus:
- Pode ser executado no computador, no navegador ou na rede.
- Quando detecta algo, pode colocá-lo em quarentena ou levá-lo à sandbox.

Métodos utilizados para detecção:


1ª Geração  Detecção baseada em Assinatura
- Depende de atualização constante e veloz dos antivírus para serem capazes de capturarem os diversos códigos que
surgem diariamente.
2ª Geração  Detecção baseada em Heurística
- Permite ao antivírus identificar vírus que não constem do seu banco de dados, através da análise do comportamento de
um arquivo ou programa.
3ª Geração  Interceptação de Atividade
4ª Geração  Proteção Completa

Honey pot: ferramenta que simula falhas, servindo como uma armadilha para monitorar quem o invade  Não oferece nenhum
tipo de segurança.
Firewall: software ou hardware que monitora a entrada e a saída de dados, permitindo ou negando o tráfego.
• Abre e fecha portas, funcionando como um filtro.
- Protege a rede interna de ataques vindos da internet.
- Analisa e bloqueia dados indevidos ou indesejados  Pode ser configurado pelo usuário.
- Não precisa ser atualizado constantemente.
- Pode ajudar a impedir que hacker e worms tenham acesso ao computador.

• O que ele não faz:


- Não protege de contra ataques DdoS
- Não detecta Phishing
- Não criptografa mensagens
- Não é anti-spam ou antivírus.
- Não pode ser configurado para ser antivírus.
- Não faz controle de comportamento
- Não cria VPN.

Gerenciamento Unificado de Ameaças ou UTM: sistema de segurança que faz tudo, trazendo funções de Firewall, Antivírus, VPN
etc.
- Pode substituir o Firewall e o Antivírus, por exemplo.
VPN  Rede privada virtual que permite utilizar a infraestrutura pública da internet para a transmissão de infos de maneira segura.
- É uma forma mais segura de acessar uma intranet via internet.
- É um tunelamento criptografado e não precisa de Firewall.
VPNs: túneis criados em redes públicas para que essas redes apresentem nível de segurança equivalente ao das redes privadas.
- Na criação desses túneis, utilizam-se algoritmos criptográficos, devendo o gerenciamento de chaves criptográficas ser
eficiente, para garantir-se segurança.
Principais objetivos na implantação de um VPN:
- Disponibilizar acesso por meio de redes públicas a baixo custo.
- Isolar uma rede distribuída contra interferência externa.
- Proteger a privacidade e a integridade de mensagens atravessando redes públicas.
- Manipular toda faixa de protocolos da internet correntemente em uso de forma transparente.

Principais aplicações da VPN:


- Acesso remoto a rede corporativa via internet.
- Conexão de LAN via internet.
- Criação de VPN dentro de uma intranet.

Proxy: "computador" que atua como intermediário entre uma rede local e a Internet, desempenhando a função de conexão do PC à
rede externa.
Ex: uma empresa que tenha um link de internet em apenas um computador, pode instalar um servidor proxy neste
computador, e todos os outros podem acessar a Internet através do proxy.
• Ajuda a melhorar o desempenho na Web armazenando uma cópia das páginas da Web utilizadas com mais frequência.
- Quando um navegador solicita uma página que esta armazenada na coleção do servidor proxy, ela é disponibilizada pelo
proxy, sendo mais rápido do que acessar a Web.
• Ajudam a melhorar a segurança porque filtram alguns tipos de conteúdo da Web e softwares mal-intencionados, mas não é
antivírus.
• Implementa uma política de controle de comportamento para determinar que tipos de serviços de Internet podem ser acessados
na rede.

Princípios Básicos Da Segurança Da Info: DICA.


Disponibilidade: conteúdo disponível para acessos autorizados.
Integridade: garante que a info não sofreu alterações indevidas.
- Feita por meio do código Hash  Se uma vírgula for alterada, o código muda  Não é possível gerar a mensagem
original por meio do Hash.
Confidencialidade: garante o sigilo da info através de criptografia.
Autenticidade: garante a fonte do dado, que a info é verdadeira.

Autenticidade ≠ Autenticação
Autenticação de dois fatores: utiliza uma senha pessoal e algum token ou código enviado.
Autenticação de três fatores: utiliza uma senha pessoal, algum token ou código enviado e características da pessoa, como
biometria, retina e voz.

BACKUP:
- Deve ficar fisicamente distante do original, para evitar que o mesmo evento comprometa as duas cópias  Backup em nuvem tem
a vantagem de guarda as infos em um ambiente seguro e distante.
- A frequência dos backups variam conforme a importância e a alteração dos dados.
- Os LOGS registram os eventos ocorridos, então, após o backup, é importante analisar os logs, pois eles podem apontar erros.
• Backup quente: feito enquanto os dados estão sendo alterados  Como em servidores operando 24/7
• Backup frio: os dados não estão em uso
Backup de cópia: copia os arquivos selecionados.
Backup diário: copia os arquivos criados ou alterados no dia.
Backup completo, normal ou total: salva tudo em uma única cópia de segurança.
Backup diferencial: copia os dados alterados desde o último backup completo.
- Mais lento para copiar e mais rápido para restaurar;
Backup incremental: copia os dados alterados desde o último backup completo ou incremental.
- Mais rápido para copiar e mais lento para restaurar.
Deduplicação  eliminar cópias de dados repetidos.
• Deduplicação In-Line  feita durante o backup.
• Deduplicação Pós-processamento  feita após o backup.
• Deduplicação de Origem  Verifica dados redundantes antes de enviá-los  Diminui o tráfego na rede.
• Deduplicação de Destino  feita quando o dado chega ao servidor.

Criptografia: escrever em códigos para tornar o arquivo ilegível.


Simétrica, de senha ou de chave secreta: utiliza a mesma chave para cifrar e decifrar;
- Mais rápida do que a assimétrica;
- Criptografia de César e da maçonaria são deste tipo;
- Ex: AES; DES; 3DES; Twofish; blowfish; CAST5; RC4; IDEA
Assimétrica ou de chave pública: utiliza duas chaves, uma pública e outra privada, que deve ser guardada sob estrito sigilo;
- Ex: RSA; Diffie-Hellman; curvas elípticas; ElGamal;

Computação em nuvem
Cloud Storage  Utilizado para o armazenamento de dados.
Nuvem pública: pode ser acessada por qualquer um.
- Pode ser paga ou gratuita.
- Infraestrutura é compartilhada. *
- Recursos de software, infraestrutura de aplicações, ou infraestrutura física são responsabilidades do provedor de serviço,
assim como a instalação, gerenciamento, provisionamento e manutenção.
Nuvem privada: restrita ao público de uma empresa.
- De propriedade de um ÚNICO cliente; *
- Configurada pela equipe de TI da empresa;
- A empresa decide quais usuários têm autorização para usar infraestrutura ;
usada quando requer níveis mais rigorosos de segurança e privacidade
Nuvem híbrida: combinação de diferentes tipos de nuvem  Geralmente é uma combinação da privada com a pública.
Nuvem comunitária: utilizada por um grupo de empresas que têm características em comum.

Google Docs: serviço que permite criar, editar e visualizar documentos de texto e compartilhá-los com amigos e contatos
profissionais.
- Com a possibilidade de trabalhar off-line, esta ferramenta pode salvar os arquivos tanto no Google Drive quanto na
memória do dispositivo.

Cloud Computing  Utiliza computadores interligados na internet para armazenar e processar infos  Conjunto de servidores
físicos e virtuais interligados na rede.
- Quem realiza as tarefas de armazenamento, atualização e backup é o servidor (Datacenter), não o usuário.
- Possível acessar de qualquer lugar do mundo, basta ter acesso à internet  Implementada através da WAN.
- Não é mais necessário instalar apps, dada a disponibilidade do conteúdo na internet.
- O usuário envia os dados aos servidores, que trabalham essas infos e devolvem a resposta, permitindo que o usuário
utilize dispositivos mais simples.
- Tem a vantagem de a aplicação ser executada diretamente na nuvem.
- Traz mais segurança no armazenamento dos dados e economiza energia.

A computação na nuvem envolve:


- Entrega sob demanda de poder computacional.
- Armazenamento de banco de dados.
- Aplicações e outros recursos de tecnologia da info por meio de uma plataforma de serviços na internet.

Níveis de serviço:
• SaaS: Software que pode ser acessado por meio da nuvem  Serviços oferecidos ao usuário, como Gmail etc.
- Software como serviço.
- Sua característica principal é o usuário não ter que pagar por licenças, mas sim pelo uso do serviço.
• PaaS: Plataforma para programadores desenvolverem seus apps  Aluguel de máquina para programação.
- Plataforma como serviço.
• IaaS ou HaaS: Aluguel de uma infraestrutura de hardware completa, como servidores.
- Infraestrutura como serviço ou Hardware como serviço.
*lembrar que o cliente pode gerenciar os recursos contratados. Isso cai muito em prova! (fornece recursos computacionais)
Quando, de algum modo, a questão fala em componentes (drive, peças) é um indicativo de IaaS. IMAGINE UMA FESTA ONDE A
PESSOA CONTRATA O LOCAL, ALUGA MESAS, CADEIRAS E GERENCIA ESSES RECURSOS CONTRATADOS. ELA CONTRATA UMA
INFRAESTRUTURA COMPLETA.
• BdaaS: Permite que as empresas manuseiem e aproveitem um volume explosivo de dados.
- Big data como serviço.

O IaaS é fornecido para a infraestrutura da organização, como servidores, virtualização e redes.


Já o PaaS, o usuário utilizará da plataforma fornecida pelo provedor e desenvolverá suas aplicações.
O SaaS, são os serviços de aplicativos que se encontram na web, como, por exemplo, serviço de webmail ou o office 365

Quando se fala em utilização de recursos na nuvem em HARDWARE e SOFTWARE, pode associar ao IAAS.

- “Dados” de redes sociais estão armazenados na nuvem *

•Características essenciais
a) Serviços mensurados => Serviços mensurados [paga pelo uso, por isso há serviços de mensuração]
b) Elasticidade rápida => capacidade de aumentar ou diminuir os serviços ofertados de acordo com a demanda.
c) Amplo acesso a serviços da rede => A possibilidade de acesso é ampla, ou seja, de qualquer lugar, de qualquer plataforma
(multiplataforma).
d) Compartilhamento de recursos [pool resource] => várias pessoas utilizando o mesmo serviço simultaneamente.
e) Autosserviço sob demanda => Serviço sempre disponível.
→ O armazenamento de arquivos no modelo de computação em nuvem (cloud computing) é um recurso moderno que permite ao
usuário acessar conteúdos diversos a partir de qualquer computador com acesso à Internet.
É Ubíquo = ONIPRESENTE. Ou seja, modelo em computação em nuvem possui esta característica, haja vista que podemos acessar
em qualquer lugar há qualquer momento

 Empresa contratou serviços em nuvem:


Os serviços contratados podem ser desligados em horários predeterminados, para economia de custos.
Além de poupar espaço físico, optar pela computação em nuvem também pode gerar economia de energia.

CONCEITUALMENTE a computação em nuvem é implementada pela WAN


→ No Google Docs, é possível compartilhar o link do documento, sem precisar enviar por e-mail a vários usuários.
Você pode atualizar e compartilhar seus arquivos a partir de qualquer dispositivo com o OneDrive for Business. Você até pode
trabalhar em documentos do Office simultaneamente com outras pessoas.
OneDrive do Windows 10 é destinada ao armazenamento de dados na nuvem da Microsoft, que está associada a cada conta de
usuário Microsoft, Live ou Hotmail.
O backup na nuvem também é uma forma extremamente eficaz de garantir que os dados fiquem armazenados em um ambiente
seguro. Para maior segurança seus data centers estão geograficamente distantes. *
A infraestrutura de cloud é operada por uma organização e pode ser gerida pela própria organização ou por empresa terceira.

Transformação digital (Internet das coisas, Big Data, etc)


Internet das coisas (ioT): interconexão digital de objetos físicos (veículos, sensores) com a rede.
- A evolução do IPv4 para o IPv6 vai de encontro às necessidades da IoT.
• Tecnologia RFID: utiliza frequência de rádio para identificar produtos.
- Dinamizadora da internet das coisas
- Utilizada na medicina, em esportes (chip de rastreamento) etc.

Big data  Capacidade de lidar com grande volume de dados, em alta velocidade, a fim de se atingir uma finalidade.
- Os dados são gerados/colhidos e processados.
- É utilizado para analisar grandes volumes de dados.
- Quanto maior a quantidade de dados, maior é o esforço para extrair infos úteis.
- Pode ser utilizada no EAD para entender as preferências e necessidades de aprendizagem dos alunos e, assim, contribuir
para soluções mais eficientes de educação mediada por tecnologia.
- As infos extraídas podem ser de todos os tipos, como fotos, redes sociais, comportamentos, tráfego aéreo etc.
- A corporação que utiliza a big data, através da colheita e processamento dos dados, terá subsídios para tomar melhores
decisões.

Tipos de dados:
• Dados não estruturados: não possuem organização definida.
- Não estão organizados seguindo qualquer padrão.
- A maior parte dos dados gerados no mundo é desse tipo.
• Dados estruturados: há um padrão definido de estruturação dos dados.
- Dados de um mesmo registro possuem relação entre eles  Banco de Dados.
• Dados semiestruturados: há uma estrutura em cada campo de dados, porém sem um formato específico.

Os 5 V’s relacionados à Big Data:


• Volume: capacidade de lidar com uma infinidade de volume de infos/dados.
• Velocidade: capacidade de analisar os dados criados em grande velocidade, objetivando que os dados sejam tratados em tempo
real.
• Variedade: pode lidar com todo tipo de dado e toda forma de organização de dados ou relações entre uns e outros.
• Veracidade: ao lidar com os dados, é necessário que se verifique quais são verdadeiros e quais são falsos.
• Valor: está relacionado ao uso que a organização fará com a ferramenta  Uma infinidade de dados, por si só, não possui valor,
mas quando processados, com o objetivo de atingir uma determinada finalidade, o valor é alcançado.

Principais tarefas de processamento:


- Limpeza
- Seleção
- Integração
- Redução
- Transformação
- Discretização.

Inteligência artificial:
- Busca simular a capacidade humana de pensar, como acontece com os veículos autônomos.
- Pode ser utilizada conjuntamente com a big data e com itens relacionados a ideia de internet das coisas.
• Aprende com experiências (machine learnig), performando de forma semelhante ao ser humano.
- O mecanismo de aprendizagem das máquinas envolve o conceito de deeplearning, utilizando algoritmos complexos para
imitar a aprendizagem humana, tal como se fosse uma rede neural.
PORTUGUÊS

GÊNEROS TEXTUAIS

TEXTO DISSERTATIVO
-- >Apresentar um ponto de vista.
-- >Focaliza uma opinião.
-- >Seu discurso é objetivo.
-- >Tempo verbal privilegiado é o presente do indicativo. (semântica de verdade universal).
EXPOSITIVO ->. É a exposição de ideias, teorias, conceitos sem necessariamente tentar convencer o leitor.

MORFOLOGIA

Pronomes
eSSe (PaSSado); eSTe, (PreSenTe) eSSe, (tá “próSSimo”); eSTe (tá Só um Tanto longe); AqueLe (Ai, tá Longeeee)

eSSe (termo que tá pra trás, foi ultrapaSSado); eSTe, (termo poSTerior). “Não troque seu cujo por nada, nem coloque artigo
no seu cujo, seja na frente ou atrás”

- COERÊNCIA é diferente de SENTIDO

- Preposições essenciais: a, ante, após, com, até, contra, de, desde, em, entre, para, perante, por, sem, sob, sobre, trás.

COORDENADAS (CALADADEX)
ADITIVA E Nem...mas Tanto.. Tampouco
também quanto

ADVERSATIVA Mas Porém Contudo Todavia Não No entanto Entretanto


obstante

ALTERNATIVA Ou Ou…ou Ora...ora Já...já Quer… Seja… seja


Quer

CONCLUSIVA Portanto [verbo],Pois Por Assim Logo Por isso Dessa forma Destarte
conseguinte

EXPLICATIVA Porque Pois [verbo] Porquanto Visto que Dado que Já que Eis que NÃO

OBS: Conjunção Explicativa (coordenada) se refere a um evento posterior; Conjunção Causal (subordinada) de refere a um evento
anterior.

SUBORDINADAS
FINAL Para Com vistas A fim de

TEMPORAL Desde Quando Enquanto Assim Logo que Desde que Até que Mal Ao Sempre Que

CAUSAL Porque Na medida em Porquanto Visto que Pois que Pois [verbo] Uma vez que Como Desde que **
que

CONSEQUÊNCIA Para De modo que De maneira Tão…que De sorte Sem que *


que que

PROPORÇÃO À medida Quanto mais… Ao passo que Quanto


que mais mais

CONDICIONAL Se Contanto que Dado que Salvo se

CONCESSIVO Embora Conquanto Não obstante Ainda que Apesar De Por mais Posto que Se bem A despeito ******
que que de

COMPARATIVO Como Mais do que Menos do Tão como Assim


que como

ALTERNATIVO Ou... ou Já.... já Seja.... seja Quer... Ora... ora


quer

CONCLUSIVO Logo Pois Portanto Por Destarte Então ***


conseguinte
- Conjunções causais: introduzem uma oração que é causa da ocorrência da oração principal.
- Conjunções consecutivas: introduzem uma oração que expressa a consequência da principal.
Toda vez que o COM iniciar a oração terá valor de conjunção causal.
- Coordenativas conclusivas: errado o seu uso no desenvolvimento do texto. Conclusão da ideia iniciada na primeira oração
- Conjunções concessivas: Introduzem uma oração que expressa ideia contrária à da principal, sem, no entanto, impedir sua
realização
→ "embora, conquanto..." exigem os verbos no subjuntivo
- As conjunções adversativas são aquelas que indicam oposição e contraste dentro de uma mesma oração.
- Conjunção "E" com sentido do "MAS" é adversativa.

Classificação "como":
a) Causal: No início. Já que/uma vez que, visto que, etc.
b) Comparativo: comparação, “igual a”
c) Conformativa: conformidade, “conforme”

1) Oração com sentido positivo "e" Oração com sentido positivo (CONJUNÇÃO ADITIVA)
2) Oração com sentido negativo "e" Oração com sentido negativo (CONJUNÇÃO ADITIVA)
Note que acima temos as duas orações com sentidos iguais, por isso aditivas!

3) Oração com sentido positivo "e" Oração com sentido negativo (CONJUNÇÃO ADVERSATIVA)
4) Oração com sentido negativo "e" Oração com sentido positivo (CONJUNÇÃO ADVERSATIVA)
Note que acima temos duas orações com sentidos opostos, por isso adversativas!

Ex1.: Estudei muito (positivo) e não passei (negativo) » ADVERSATIVA


Ex2.: Não estudei nada (negativo) e passei (positivo) » ADVERSATIVA

- "MAS" pode ser adversativo ou aditivo, se ficar na dúvida, substitua o "mas" pelo "e":
- Mais do que / mais que - Menos do que / menos que - Maior do que / maior que - Menor do que / menor que
Nessas expressões o "do" é facultativo.
- À medida que → locução conjuntiva proporcional
Na medida em que → locução conjuntiva causal.
Causa X consequência:
O fato de...(causa) faz com que...(consequência)

Sempre que estiver na dúvida entre CAUSA x EXPLICAÇÃO, substitua o verbo por "por + infinitivo". Se der "certo", é causal. Senão é
explicativa.
Veja:
Paulo estuda muito, visto que pretende passar no concurso -> ...por pretender passar no concurso (ok -> causa)
Paulo está com dinheiro, visto que comprou um carro . -> Paulo está com dinheiro por comprar um carro (viu que não tem nexo? ->
Explicação

*REGRA DO PAVÊ= Pois Antes do Verbo é EXPLICATIVO. *

Caso viesse após o verbo, seria CONCLUSIVO.

 PORQuanto -----> PORQue (explicativa)


por CONseguinte --------> por CONclusão = conclusiva
 CONquanto ----------> CONcessiva (embora)

Se o ''como'' começar o período, geralmente carregará consigo uma ideia de causa. Fique ligado
- Conectivos: 
''Como'' pode se apresentar de três formas: 
Como: causal vc troca por ''ja que''.
Como: comparativo vc troca por ''igual a''. 
Como: conformativo vc troca por ''conforme ou segundo''. 
- O conectivo ''se'' é condicional, percebe-se isso trocando ele por ''caso''
- Partícula expletiva é um termo da oração considerado desnecessário, podendo ser retirado sem qualquer prejuízo para ela =
partícula de realce
CESPE ADORA!
(Mais, menos, maior, melhor, pior) (do) que. → “do” é facultativo → particula expletiva “É que as coisas não são bem assim” →
termo em negrito é DISPENSÁVEL → partícula expletiva.
... o papel do educador é .. o de ajudar o discípulo (o de) → Partícula Expletiva/de Realce.
... o papel do educador é .. ajudar o discípulo.

- A palavra "onde", quando se refere a lugar, corresponde gramaticalmente a um pronome relativo (nas quais).
Ø SE x CASO (CONJUNÇÕES CONDICIONAIS):
· A alteração de uma conjunção pela outra gera:
- Incorreção gramatical se o verbo não for alterado;
- Não gera alteração semântica;
· SE – o verbo deve ficar no futuro do subjuntivo;
· CASO – o verbo deve ficar no presente do subjuntivo;
VERBOS

→ Depreender → explícito
→ Inferir → implícito

- A função conativa ou apelativa tem a finalidade de convencer o destinatário da informação = propaganda


- O verbo VIR assim como seus derivados SACIP (Sobrevir, advir, convir, intervir e provir) apresentam particípio e gerúndio iguais.
→ Para diferenciar as formas, é necessário substituir por outro verbo.
- O pretérito mais que perfeito do indicativo é o passado do passado. Exemplo: Quando Ana chegou a aula começara. = tinha
começado/ Havia começado
- Indicativo:
Pretérito Perfeito Simples: Amei (acabou).
Pretérito Perfeito Composto: Tenho amado (Continua).

- Modo Imperativo
1- Se o verbo tiver terminação no infinitivo -AR:
A conjugação para 'você' será terminada em -E; e acessar>acesse
para 'tu' será terminada em -A acessar>acessa
2- Se o verbo tiver terminação no infinitivo -ER/-IR:
A conjugação para 'você' será terminada em -A; e conhecer>conheça
para 'tu' será terminada em -E conhecer>conhece

Acessar ---------- acesse (regra 1)


Conhecer --------- conheça (regra 2)
Consultar --------- consulte (regra 1)
- Pretérito Imperfeito do Indicativo  Expressa um fato ocorrido num momento anterior ao atual, mas que não foi
completamente terminado. *
- Pretérito Imperfeito do Subjuntivo  Expressa um fato passado, mas posterior a outro já ocorrido.
- Futuro do Pretérito do Indicativo  Expressa hipótese, incerteza, suposição, surpresa e indignação, sendo utilizado para se referir
a algo que poderia ter acontecido posteriormente a uma situação no passado.
- O futuro do presente pode ser substituído pelo presente do indicativo.
- O Pretérito Imperfeito do Indicativo pode ser usado no lugar do Futuro do Pretérito do Indicativo (palavras terminadas em -ria, -
rei), exprimindo um fato categórico ou a segurança do narrador em relação aos acontecimentos futuros.
- O verbo TER no sentido de HAVER OU EXISTIR → NÃO PODE – SÃO INTERCAMBIÁVEIS -
- Haver – no sentido de existir → 3ª pessoa do singular – Sempre tentar colocar o existir
Existir – concorda com o sujeito
- Regra do que → concorde com o antecedente
- Presente do Indicativo:*
a). Pontual ou exato, categórico
b) Habitual (ideia frequentativa);
c). Enfático (valor de futuro);
d) Histórico (valor de pretérito)

- Verbo no gerúndio dá uma ideia de CONTINUIDADE, uma ação prolongada no tempo.


- Dir-se-á ---- Dirá-se ---- Será Dito
- Verbo impessoal  datas, horas, fenômenos na natureza, peso, medida, distancia, etc. Não tem sujeito, fica invariável (terceira
pessoa do singular)
- Verbo de ligação  principal função é "ligar" característica do sujeito (predicativo do sujeito) ao próprio sujeito.

- # VOZES VERBAIS:

Na transformação da:
Voz ativa --------> Voz passiva (ou vice-versa)
-> altera o sentido? Sim
-> ocorre prejuízo gramatical? Não

Voz passiva sintética ---------> Voz passiva analítica


ex: quebrou-se a vidraça ------> a vidraça foi quebrada
-> altera o sentido? Não
-> ocorre prejuízo gramatical? Não

Tem - singular e têm – plural. *


vem e vêm;
detém e detêm;
mantém e mantêm;
contém e contêm.

- ATENDER
PARA PESSOAS = TRANSITIVO DIRETO E INDIRETO
PARA COISAS = TRANSITIVO INDIRETO

SINTAXE
- Período composto: é aquele constituído por mais de uma oração.
No período composto por coordenação as orações se ligam pelo sentido, mas não existe dependência sintática entre elas.
- Sujeito
O sujeito oculto ou elíptico ocorre quando não está presente na oração, mas pode ser identificado pelo contexto. (= subentendido,
desinencial ou implícito.)
Sujeito indeterminado: quando a afirmação expressa pelo predicado repousa num elemento que não pode ser determinado dentro
de um conjunto. *
~Verbo na 3ª pessoa do plural sem sujeito expresso, (efeito genérico)
~Verbo na 3ª pessoa do singular mais partícula SE (índice de indeterminação do sujeito).
- Quando numa estrutura houver: verbo ser + predicativo, o sujeito sempre estará determinado logo a frente.
Apareceu verbo de Ligação, se liga, tem sujeito e Qualidade atribuída a ele.
É difícil...
É possível...
É necessário...

Substituições:**
Que: O qual, A qual
A que: Ao qual, À qual
Em que: No qual, Na qual, Onde
De que: Do qual, Da qual
“O bacalhau pode ser saboreado assado, grelhado, ensopado, na brasa ou em forma de bolinhos”
Os termos em vermelho estão caracterizando "bacalhau". Trata-se de um predicativo do sujeito.
APOSTO é um termo que explica, esclarece, discrimina e retoma algo anteriormente dito. Vem separado dos demais termos da
oração por vírgula, dois-pontos ou travessão.

- Termos:
Anafórica (ANTES) - o referente foi dito anteriormente no texto
Catafórica (à frente) - referente vai ser dito em situação futura no texto.
Adjunto adverbial de grande extensão em início de frase = obrigatório o uso da vírgula para separar da oração.
Adjunto adverbial de pequena extensão no início de frase, o uso da vírgula será facultativo.
Adjunto adverbial ~> É o termo de valor adverbial que denota alguma circunstância em relação ao fato expresso pelo verbo, ou
intensifica o sentido deste, de um adjetivo ou de um advérbio.

Os advérbios são termos acessórios, não podem ser objeto direto.


Classes de Palavras que podem ser objeto direto: substantivo, pronome, numeral, palavra ou expressão substantivada e, ainda,
oração substantiva.
O verbo “haver” usado com o sentido de “existir” (=é um verbo impessoal, não possui sujeito e deve ser mantido no singular). Ele é
transitivo direto (O termo "uma queixa recorrente" é o objeto direto do verbo "há").

COMPLEMENTO NOMINAL *
-completa o sentido de adjetivo, substantivo abstrato e advérbio;
-sempre preposicionado
-sofre a ação
COMplemento nominal = COM preposição
ADJUNTO ADNOMINAL
-completa o sentido de substantivo abstrato e concreto
-pode ser preposicionado ou não
-faz a ação
Adjunto adnominal é o termo acessório da oração que tem a função de caracterizar ou determinar um substantivo. Isso pode ser
feito através de artigos, adjetivos e outros elementos que desempenhem a função adjetiva

Em locuções verbais/perífrases, quem flexiona em número e pessoa é o auxiliar, já o principal ficará numa forma nominal
(gerúndio, particípio ou infinitivo) seguida ou não de "S"

- EXPRESSÕES PARTITIVAS, COLETIVOS, PORCENTAGENS:


O VERBO PODE CONCORDAR COM O NÚCLEO OU COM O ESPECIFICADOR.
Ex.: maioria, minoria... Grande parte...

- Vírgula usada antes da conjunção coordenativa aditiva "e" para marcar orações com sujeitos diferentes = facultativo

- Encontrar o que? UM AMIGO (objeto direto)


- Estão (verbo de ligação) PREPARADOS (predicativo do sujeito)

No mínimo um terço das crianças morriam.


No mínimo um terço das crianças morria.
No mínimo dois terços das crianças morriam.

- "Louva-se"---> VTD+SE = PARTÍCULA APASSIVADORA


Neste caso não teremos objeto direto. Teremos o sujeito !
OBS: SUJEITO INDETERMINADO---> VI+SE / VL+SE / VTI+SE
- O substantivo intenção permite a regência com a preposição em.
"intenção em difamar"
"nem em deplorar"
- Geralmente, quando for:
PARA + INFINITIVO= Finalidade
POR+ INFINITIVO= Causa
A + INF: condição (se)
- Quando o sujeito composto é resumido por um pronome indefinido (tudo, toda, nada, cada um etc.), o verbo concordará com este
pronome resumitivo

- A vírgula é obrigatória para orações coordenadas adversativas.


ex: Faz frio, mas não nevou.
Peculiaridades do Cespe ao utilizar o "mas".
*O mas não desloca na frase.
EX: Estudo, não aprendo, mas
*O mas não aceita virgula após ele (salvo quando termo explicativo)
EX: estudo muito, mas, hoje em dia, aprendo pouco

Partícula “se”:
Partícula apassivadora. O verbo encontrar é transitivo direto e "alguns desses povos" é o sujeito paciente.
Voz passiva sintética: Alguns desses povos encontram-se também…
Colocando na Voz passiva analítica: Alguns desses povos são encontrados

Índice de indeterminação do sujeito: partícula "se" + VTI ou VI


Ex: Precisa-se de caminhoneiros
É essencial que haja a implementação de um modelo de policiamento...
Troque a parte azul por 'ISTO" e inverta a frase
ISTO é essencial
ISTO = sujeito
é = verbo de ligação
essencial = predicativo do sujeito

Voz passiva sintética se faz com o "se"


Ex:
Vendem-se casas
Aluga-se carro
Compram-se joias
**Bizu: o verbo tem que estar na 3° pessoas do singular ou plural. Tem que ter transitividade direta.
Índice de indeterminação do sujeito também se faz com o "se"
Ex:
Trabalha-se de dia.
Precisa-se de vendedores
***Bizu: verbo tem que estar na 3° pessoas do singular. Tem que ter transitividade indireta.

Os Pronomes Relativos exercem Dupla Função:


A de Conectivo, pois ligam duas orações;
A de termo da oração que introduzem, porque representam o nome anterior.
“Basta introduzir “O QUAL”, caso mantivesse o sentindo seria caso de pronome relativo. ”

Conjunção Integrante
Sua ética diz que bom é o que... =. Sua ética diz Isto (conjunção integrante)
Sua moral concreta reza que empregar menos...=. Sua moral concreta reza Isto... (conjunção integrante)
“a palavra "ISSO" ao contrário: Oração Subordinada Substantiva encabeçada por uma conjunção Integrante.
Em algumas construções, os pronomes pessoais oblíquos átonos assumem valor de possessivo.

Orações Subordinadas
1º). Olhe o verbo - o verbo é quem manda em tudo, ele é o senhor de todas as coisas! Por isso no princípio era o verbo e o verbo
era Deus! (João 1.1)
2º) Mais de 1 verbo? Então existe mais de uma oração! Cada verbo é uma oração.
3º). Note que: Uma oração é a principal a outra será a subordinada.
4ª). Olhe qual é o elemento que está ligando uma oração a outra (oração principal a subordinada)
5º) O "SE” e o "QUE" - Quando a 2ª oração, puder ser substituída pela palavra "ISSO" será Oração Subordinada Substantiva
(gênero), que possui duas espécies:
A) Objetiva Direta = sem preposição
B) Objetiva Indireta = com preposição
6º) Quando o "QUE" for substituído por: pelo (a) qual/ pelos (a) quais - Oração Subordinada ADJETIVA (gênero), que possui duas
espécies:
A) Explicativa = isolada por vírgulas
B). Restritiva = sem vírgulas
O concurseiro guerreiro não sabia se havia acertado a questão
O concurseiro guerreiro não sabia / se havia acertado a questão 
            Oração principal                        Oração Subordinada Objetiva Direta 

Nota: todo pronome relativo introduz uma oração substantiva adjetiva. Exemplo Clássico da CESPE é perguntar sobre o CUJO. Sim,
ele também introduz oração subordinada substantiva adjetiva, mas o CESPE não chama desse nome, chama de "O termo que está
qualificando”, ou ainda "formação que está especificando ou qualificando"
Outras Bancas = Oração Subordinada Objetiva Direta 
CESPE = ORAÇÃO COMPLETIVA (Gênero) 

Característica da oração reduzida:


- Apresenta o verbo em uma forma nominal (gerúndio, particípio e infinitivo);
- NUNCA são iniciadas por conjunções;
-Podem ser iniciadas por preposição ou locução prepositiva;
 
EX: Agindo Deus, quem pode impedi-lo? (Reduzida)
Se (condicional) deus age, quem pode impedi-lo? (Desenvolvida) 
 
Notem que as desenvolvidas sempre vêm com uma conjunção, vamos para outro exemplo:
Terminada a prova, fomos ao restaurante (reduzida)
Quando (Temporal) terminou a prova, fomos ao restaurante (desenvolvida)
PONTUAÇÃO

COM VÍRGULA: EXPLICA ******


SEM VÍRGULA: RESTRINGE
"Se vírgula há, explicação terá. Se vírgula não tem, é restritiva meu bem."
Quando tira a vírgula muda o sentido.

Usa-se vírgula para separar termos explicativos, retificadores ou continuativos.


EX: ALIÁS, OU MELHOR, A MEU VER, POR EXEMPLO, ISTO É, OU SEJA, DIGO, ENTÃO, AO CONTRÁRIO, VALE DIZER...

Vírgula antes do E:
1 - E com valor aditivo: facultativa
2 - E adversativa: obrigatória.

Aposto ~>. É o termo de base nominal que se junta a um substantivo, a um pronome ou a um equivalente destes, a título de
explicação ou de apreciação.
a). Aposto explicativo: Vem sempre isolado por vírgulas, travessões ou parênteses.
Ex.: Maria, minha prima, adora chocolate.

b). Aposto designativo: Não há pausa entre aposto (sempre um substantivo próprio) e o substantivo comum a que se refere.
Ex.: A rua Gonçalves Dias é muito movimentada.

c). Aposto enumerativo: Vem sempre isolado por dois pontos ou travessões.
Ex.: Tudo o fazia lembrar-se dela: a manhã, os pássaros, o mar, o azul do céu, as flores.

d). Aposto resumitivo: É expresso por um pronome indefinido (tudo, nada, ninguém...) e resume os elementos de uma função
sintática composta.
Ex.: Os porcos do chiqueiro, as galinhas, os pés de bogari, tudo parecia mais seguro do que antes.
Obs.: O verbo concordará com o aposto resumitivo.
Adjunto adverbial deslocado até 3 palavras: vírgula facultativa. ********
Adjunto adverbial deslocado de + de 3 palavras: vírgula obrigatória.
Orações adverbiais deslocadas: sempre obrigatório.
Adjunto adverbial em posição direta (no final): vírgula facultativa.
Advérbio de pequena extensão: vírgula facultativa.

A vírgula antes das conjunções adversativas é obrigatória.


Conjunções adversativa: mas, porém, contudo, todavia, entretanto, no entanto, não obstante

Se o predicativo do sujeito estiver deslocado e não possuir verbo de ligação, vírgula OBRIGATÓRIA.
Se predicativo do sujeito estiver deslocado e estiver presente verbo de ligação, vírgula PROIBIDA.

Entre sujeito, verbo e complemento não se coloca vírgula. **

Orações Subordinadas Adverbiais *


1) Vírgula Obrigatória.
As orações subordinadas adverbiais devem se separar por vírgula quando estiverem:
a) Antepostas à oração principal.
Ex.: Quando a reunião terminou, todos se retiraram imediatamente.
(Oração Subordinada Adverbial) (Oração principal)

b) Antepostas e reduzidas.
Ex.: Terminada a reunião, todos se retiraram imediatamente.
(Oração Subordinada Anteposta e Reduzida) (Oração Principal)

c) Intercaladas .
Ex.: Todos esses funcionários, quando se aposentarem, vão sentir saudades deste lugar.
(Oração Subordinada Intercalada)

2) Vírgula Opcional. (Ordem Direta)


As orações subordinadas adverbiais podem se separar por vírgula quando estiverem:
a) Pospostas à oração principal.
Ex.: Todos se retiraram imediatamente, quando a reunião terminou.
(Oração principal) (Oração Subordinada Adverbial)
Sempre que após dois pontos vier uma explicação do que fora dito anteriormente, será perfeitamente possível substituir pelas
conjunções explicativas, como por exemplo, porque, pois ou porquanto.
, quando: facultativa (vírgula antes de oração adverbial)
Quando, obrigatória (vírgula depois de oração adverbial)

Utiliza-se dois pontos para:


► anteceder uma citação ou fala de alguém:
►iniciar uma enumeração;
►Introduzir um esclarecimento ou explicação a respeito de algo já mencionado anteriormente;
►Introduzir um exemplo, uma observação, uma nota ou informação importante *

As aspas são usadas para destacar: *


Citações:
Como disse Júlio César “Veni, vidi, vici”.
Transcrições:
“Não sou nada. / Nunca serei nada” (Álvaro de Campos).
Nomes de obras literárias ou artísticas:
Você já leu “A insustentável leveza do ser” de Milan Kundera?
Estrangeirismos, neologismos, arcaísmos, gírias e expressões populares:
A empresa responsável pelo “coffee break” ainda não chegou.
Palavras e expressões com ironia ou ênfase:
“Lindo” serviço, meu amigo, “lindo” serviço.

O ponto e vírgula é uma pausa maior que a vírgula e menor que o ponto final: *
- Pode substituir o ponto final
- Também para separar orações coordenadas não unidas por conjunções.
Jamais devemos utilizar o ponto e vírgula para separar orações subordinadas.

A expressão "POR EXEMPLO" é explicativa, devendo, portanto, estar entre vírgulas.


Travessão:
Pode ser usado para
>> isolar conteúdo da frase que tenha o objetivo de explicar
>> isolar conteúdo para o qual se quer dar destaque.

Resumo do uso dos POR QUEs:


Por que você estuda? Porque eu quero ser PRF. Mas por quê? O porquê está na estabilidade proporcionada.

CRASE

- Usamos crase diante de locuções adverbiais femininas


- Troca o feminino pelo Masculino e se aparecer " ao" = crase. **
- Antes de "cujo" e "quem" crase não tem.
- Não há crase antes de verbo.
- Locução adverbial feminina de modo ou tempo = crase obrigatória
- Caso de paralelismo sintático. Se um elemento da enumeração recebe crase, os outros também receberão.
“Conceitos rígidos dão lugar à flexibilidade, (dão lugar) à análise de cenários alternativos e (dão lugar) à inclusão da sociedade na
formulação das políticas. ”
- O verbo “atender” pode ser VTD ou VTI, logo, possui dupla regência. Assim, é possível retirar a preposição.
- A erosão não está determinada e por isso podemos retirar o artigo. Se só tem preposição e não tem artigo, então não terá crase.
A crase é opcional quando diante de substantivo feminino especificado.
Sujeito à erosão
Sujeito a/à imediata erosão.

- Às vezes é sinônimo de: de vez em quando.


Exemplo: Não sou vegetariana, mas só como carne às vezes.
As vezes é sinônimo de: as ocasiões.
Exemplo: Todas as vezes que as encontro elas estão com um corte diferente!

- Quem vai a e volta da, crase há. (Fui à América - Vim da América)
Quem vai a e volta de, crase pra quê? (Fui a Portugal - Vim de Portugal)

- “A” no singular e palavra no plural, crase nem a pau! **


Não falo à pessoas estranhas - errado!
Não falo às pessoas estranhas - certo!
pegadinha:
Não falo a pessoas estranhas - certo!

Casos de crase facultativa (Até Sua Maria - facultativo) *******


1)Pronome possessivo - Feminino no singular
a suas maneiras -> crase proibida;
a (à) sua maneira -> crase facultativa;
às suas maneiras -> crase obrigatória

2)Depois da preposição – "até"


3)Nome próprio – Feminino

Se o pronome possessivo for substantivo (ou seja, aquele que substitui um substantivo), crase obrigatória!
Exemplo: Enviaram uma encomenda a (à) nossa residência, não à sua.".

Não se usa crase:


1- Antes de palavras masculinas em geral; **
2- Antes de artigo indefinido, exceto indicação de horas (um, uns, umas, etc); **
3- Entre palavras repetidas que constituem expressões idiomáticas (dia a dia, boca a boca, etc);
4- Antes de verbo;*
5- Antes de palavra plural quando o 'a' está no singular;
6- Antes de numeral, exceto horas (de 1⁄5 a 3/5); *
7- Antes de nome próprio feminino completo;
8- Depois de preposição, exceto até (para, perante, etc)
9- Em sujeito;*
10- Em objeto direto;
11- Antes de Dona + Nome próprio;
12- Antes de pronomes pessoais (ele, ela, mim, etc);
13- Antes de pronome de tratamento em geral;
14- Antes de pronomes demonstrativos não iniciados por 'a'; *
15- Antes de pronomes indefinidos;
COLOCAÇÃO DE PRONOMES ÁTONOS

CASOS QUE EXIGEM PRÓCLISE (pronome antes do verbo): *


"NARIS DE PREGO" (Com "S" mesmo rsrs)
Negativas
(não, nunca, jamais...) ***
Advérbios **
Relativos (pronomes
relativos “que”)**
Indefinidos/Interrogativos (tudo, todo, qualquer,
alguém/que, quem, quando, onde...)
Subordinadas (conjunções subordinativas) (se, caso,
embora, quando, enquanto...)
DEmonstrativos
PREposição seguida de GerúndiO (Ex.: Em se tratando...)
>> A próclise é PROIBIDA depois de pontuação e início de frase. ***
Alguns casos facultativos de ênclise.
1- Pronomes pessoais e de tratamento. Eu te ajudei \ Eu ajudei-te. *
O senhor me ajudou \ O senhor ajudou-me.
2- Sujeito explícito: Os alunos me entregaram a prova \ Os alunos entregaram-me a prova *
3- Infinitivo não flexionado antecedido de preposição ou palavra atrativa:
Por me ajudar foi premiado \ Por ajudar-me foi premiado.
Não me ajudar foi ruim. \ Não ajudar-me foi ruim.
Mas para facilitar você identifica por eliminação, olha se tem palavra atrativa e verbo no futuro, se não tem, ênclise.

MESÓCLISE (Pronome no meio do verbo) só uma regra:


-Quando o verbo está flexionado no futuro do pretérito, com o pronome no meio do verbo: Ex "a prova realizar-se-á amanhã
(realizará)".

CONCORDÂNCIA VERBAL E NOMINAL

Núcleo composto posposto ao verbo:  Concordância facultativa;  mais próximo ou no plural *


Ex¹:  Brincava João e Gui de corda.
Ex²BrincavAM João e Gui de corda.
Sujeito composto anteposto ao verbo-> concordância obrigatória
Ex³:  João e Gui brincavAM  de corda.

Sujeito com expressão partitiva + termo determinante = o verbo poderá concordar com a expressão partitiva ou com o termo
determinante. *
(Expressões partitivas: a maioria de, grande parte de, maior parte de, uma porção de, um conjunto de.)
Um conjunto de pessoas que partilha uma cultura ✔ O verbo concordou com "conjunto"
Um conjunto de pessoas que partilham uma cultura ✔ O verbo concordou com "pessoas"

Substantivo coletivo não especificado, concordância verbal OBRIGATORIAMENTE no singular.


ex.: Um enxame picou fulano; Uma manada atropelou fulano.
 
Substantivo coletivo especificado, concordância verbal pode ser no singular ou plural.
ex.: Um enxame de abelhas picaram/picou fulano; Uma manada de búfalos atropelaram/atropelou fulano.
- QUANDO O VERBO HAVER ESTIVER NO SENTIDO DE EXISTIR, O AUXILIAR TAMBÉM FICA NO SINGULAR.

Duas formas de identificar o I.I.S:


 1- Procurar a transitividade do verbo. VTI, VI e até verbos de ligação identificam o I.I.S.
 2- Passar o verbo pra voz passiva analítica.
A partícula "se" está exercendo função de índice de indeterminação do sujeito (I.I.S), logo, o verbo não vai para o plural.

Sempre quando vier depois do "SE" um "DE"...já era...nunca vai para o plural.
Exemplo:
-Precisa-se "de"
-Necessita-se "de"

REGÊNCIA

- o verbo "atender" é usado como transitivo indireto (regendo a preposição "a") ou como transitivo direto (sem uso de preposição=
não muda o sentido, nem causa incorreção gramatical), **
1 - Quando se referir a uma coisa: - a preposição "a" é obrigatória.
Ex: Eu vou atender à porta.
Vou atender à solicitação.
Vou atender ao pedido.

2 - Quando se referir à pessoa. - a preposição "a" é facultativa.


Ex: Vou atender o porteiro. / Vou atender ao porteiro.
Vou atender o pai do menino. / Vou atender ao pai do menino.
Vou atender o meu namorado. / Vou atender ao meu namorado.

O pronome onde tem uma forma particular na qual ele é empregado para dar na oração sentido de lugar.
Sempre que for pedido a troca desse pronome pelo que, para que a frase fique correta será exigida a preposição em que, na qual,
no qual.

Regrinha: Usa-se sempre PREPOSIÇÃO antes de PRONOMES RELATIVOS sempre que o termo posposto a ele exigir!!!!!!!


“Estado DE que meu coração precisava”
Regência de ESQUECER/LEMBRAR/RECORDAR: é tudo ou nada! *
 Se o verbo for utilizado na forma VTI, é necessário o pronome (me, te, se, nos, vos)  + preposição ==> Esqueci-me de você.  TUDO!
 Se o verbo for utilizado na forma VTD, não se usa pronome e nem preposição, obviamente ==> Esqueci você. NADA!

VERBO CONSTAR
Na acepção de estar registrado ou mencionado, pode-se dizer, indiferentemente:
Constar em (preferível) ou constar de.
Ex.: Este vocábulo não consta em (ou de) nenhum dicionário.

Preferir isso do que aquilo = ERRADO


Preferir isso ÀQUILO = FORMAL

Quem informa, informa ALGO (O.D) a ALGUÉM (O.I)


Ou
Quem informa, informa ALGUÉM (O.D) de ALGO (O.I)

Verbo saber (ter conhecimento/sabedoria) = intransitivo


Verbo saber (ter conhecimento de algum fato específico) = transitivo direto ou indireto

Verbo Transitivo Indireto CONCORDAR = aceita as duas preposições (com/em)

Verbo agradar:
- Sentido de fazer carinhos, acariciar = VTD
- Sentido de causar agrado a, satisfazer, ser agradável a = VTI + a

Lembrar dos "PRFS"


Por que --> Pergunta
Porque --> Resposta
Por quê --> Final de frase
Porquê -> Substantivo

COISAS MAIS IMPORTANTES PARA ANALISAR GRAMATICALMENTE EM REESCRITA:

1. Regência verbal e nominal


2. Concordância verbal e nominal
3. Vírgulas
4. Colocação pronominal
5. modo verbal
REDAÇÃO OFICIAL

- Redação oficial é a maneira pela qual o Poder Público redige comunicações oficiais e atos normativos.
- Objetivo:
Comunicar com objetividade e máxima clareza.

- Atributos da redação oficial:


Clareza e precisão; *
Objetividade;
Concisão; *
Coesão e coerência;
Impessoalidade;
Formalidade e padronização; e
Uso da norma padrão da língua portuguesa. *

Não existe propriamente um "padrão oficial de linguagem‟


- O documento com a manifestação coletiva dos que aplaudem as ideias do presidente poderá ter a configuração de um abaixo-
assinado.

ASSINATURA: todas devem vir com nome e cargo abaixo; EXCETO as do Presidente da República. *
•Memorando: MEsmo órgão; •Ofício: Outro órgão/particular - eu AMO o padrão ofício: Aviso, Memorando e
Ofício.
►Padrão ofício: local e data, por extenso e alinhado à direita.
Documento com finalidade de encaminhamento de documentos: Só introdução (usar "encaminho"). **
Demais casos: introdução + desenvolvimento + conclusão.

"IMPESSOALIDADE: EVITA DUPLICIDADE DE INTERPRETAÇÃO" - Trecho Literal do Manual. **


Primeira pessoa por si só não viola a impessoalidade. No entanto utilização de palavras como: Encarecidamente, por favor…Viola.

►Ofício: expedido para e pelas demais autoridades e particulares (destina-se a outros órgãos e a particulares).5

OFÍCIO:♦Exposição de projetos, ideias, diretrizes, etc. a serem adotados por determinado setor do
serviço público;
O emprego da sigla do órgão expedidor ao lado do tipo e número do expediente é obrigatório (ainda
que de tramitação interna).
A data deve ser alinhada à direita do documento.
O início de cada parágrafo do texto deve ter 2,5 cm de distância da margem esquerda;
O campo destinado à margem lateral esquerda terá, no mínimo, 3,0 cm de largura;
O campo destinado à margem lateral direita terá 1,5 cm;
Ofício: cargo + vocativo + endereço

►Correio Eletrônico: principal forma de comunicação para transmissão de documentos, em virtude do baixo custo e da
celeridade. Embora requeira o uso de palavras de forma impessoal como os documentos anteriores, não possui
formalidades de formatação;
Apenas deve ser utilizada a opção de confirmação de leitura, ou requerer durante o corpo do texto a confirmação de
recebimento.
Arquivos em anexo: preferencialmente formato RTF.
Continua sendo um instrumento que deve ser redigido com formalidade, dessa forma, abreviações não devem ser utilizadas.

Valor documental: nos termos da legislação em vigor, para que a mensagem de correio eletrônico tenha valor
documental,
isto é, para que possa ser aceita como documento original, é necessário existir certificação digital que ateste a
identidade do
remetente, na forma estabelecida em lei.2

►Exposição de motivos é o expediente dirigido (em regra, por um Ministro) ao Presidente da República ou ao Vice-Presidente
para: informá-lo de determinado assunto; propor alguma medida ou submeter a sua consideração projeto de ato normativo. Esse
expediente segue o padrão ofício, mas varia estruturalmente de acordo com sua finalidade.

►Instrução: É o INStrumento que divulga decisões administrativas, disciplina procedimentos de determinado assunto
administrativo, faz recomendações de interesse geral nas respectivas áreas de competência.

►Despacho: Decisão proferida sobre exposição de motivos, parecer, informação, requerimento ou demais papéis submetidos pelas
partes para conhecimento e solução.
• no vocativo, o autor dirige-se ao destinatário no início do documento;
• no corpo do texto, pode-se empregar os pronomes de tratamento ou sua forma abreviada ou por extenso;
• O endereçamento é o texto utilizado no envelope que contém a correspondência oficial.

VOCATIVOS
Vocativo para os Chefes de poderes DA UNIÃO (PR, Congresso Nacional e STF) é: Excelentíssimo Senhor.
Para os demais: "Senhor..."
Ex: senhor juiz.

Para Reitores: magnífico reitor (isso não se aplica a Vice-Reitor)


Lembre-se: não se usa vocativo no memorando.
►Vocativo não se confunde com pronome de tratamento.8

•Se estiver falando COM a pessoa: Vossa Excelência;


•Se estiver falando SOBRE a pessoa: Sua Excelência. (geralmente vai no envelope, nas correspondências)

ATENCIOSAMENTE: mesmo nível hierárquico ou abaixo; RESPEITOSAMENTE: destinado a nível hierárquico superior;
Isso não é aplicável a autoridades estrangeiras - que é estabelecido pelo Manual de Relações Exteriores***

CONCORDÂNCIA:
Pronomes de tratamento: embora se refiram à segunda pessoa, levam a concordância para a  terceira pessoa.
Ex: "Vossa Senhoria nomeará o substituto"; "Vossa Excelência conhece o assunto".Isso não é regra só do Manual! É
regra gramatical!
►Da mesma forma, os pronomes possessivos referidos a pronomes de tratamento são sempre os da terceira pessoa:
"Vossa Senhoria  nomeará seu substituto" (e não "Vossa ... vosso...").

►Já quanto aos adjetivos referidos a esses pronomes, o gênero gramatical deve coincidir com o sexo da pessoa;
Ex: ◘Homem:"Vossa Excelência está atarefado"; ◘Mulher:"Vossa Excelência está atarefada" etc. *

Pronome de tratamento: VOSSA EXCELÊNCIA (mandato eletivo somente vice-prefeito e vereadores não recebem )
Poder Executivo
►Presidente da República; ►Vice-Presidente da
República;
►Ministros de Estado;
►Governadores e Vice-Governadores de Estado/DF;
►Oficiais-Generais das Forças Armadas; ►Embaixadores;
►Prefeitos Municipais ►Secretários
de Estado dos Governos Estaduais;
►Secretários-Executivos de Ministérios e demais ocupantes de cargos de natureza especial;

Poder Legislativo
►Deputados Federais e Senadores; ►Ministro do Tribunal de Contas
da União;
►Deputados Estaduais e Distritais; ►Conselheiros dos Tribunais de
Contas Estaduais;
►Presidentes das Câmaras Legislativas Municipais.

Poder Judiciário
►Ministros dos Tribunais Superiores;
►Membros de Tribunais; (paralelo com res. 032 do Contran: placa de representação somente para
Presidente de Tribunal Federal e, mediante solicitação ao presidente, Ministros de Tribunal federal)
►Juízes; ►Auditores da Justiça Militar.
►Vossa Magnificência: Reitores de Universidade.7
ÉTICA E FILOSOFIA
Do ponto de vista da Filosofia, Ética é a parte da filosofia que estuda os fundamentos da moral e os princípios ideais da conduta
humana, ou seja, tem como objeto de estudo o estímulo que guia a ação: os motivos, as causas, os princípios, as máximas, as
circunstâncias.
→ As ações (condutas) são baseadas em juízos éticos que nos dizem o que são o bem, o mal e a felicidade. Enunciam
também que atos, sentimentos, intenções e comportamentos são condenáveis ou incorretos do ponto de vista moral.

SÓCRATES → Ética era o conhecimento capaz de conduzir o homem à felicidade


PLATÃO → Ética era o saber que dirigiria a conduta humana à justiça
ARISTÓTELES → A ética era compreendida como o conhecimento que propiciava ao homem alcançar a virtude cardeal,
que nada mais

Juízo de Fato X Juízo de Valor


Qual a origem da diferença entre os dois tipos de juízo? A diferença está entre a natureza e a cultura.
Juízo de Fato
Juízo de fato → São aqueles que dizem o que as coisas são, como são e porque são. Em nossa vida cotidiana, os juízos se fato estão
presentes
Juízo de valor → Constitui avaliações sobre coisas, pessoas, situações, e são proferidos na moral, nas artes, na política, na religião,
enfim, em todos os campos da existência social do ser humano. Juízos de valor avaliam coisas, pessoas, ações, experiências,
acontecimentos, sentimentos, estados de espíritos, intenções e decisões como sendo boas ou más, desejáveis ou indesejáveis

Ética e Moral
→ Moral é um conjunto de valores, e Ética é a reflexão sobre esses valores.

Moral é definida como conjunto de normas, princípios, preceitos, costumes, valores que norteiam o comportamento [obediência]
do indivíduo no seu grupo social que variam com o tempo, ou seja, é temporal. A moral é normativa, traz comandos que devem ser
obedecidos. É o conjunto de princípios e regras de conduta existentes em um determinado grupo social, de acordo com os valores
ali estabelecidos e com o momento histórico vivido.
Ética é definida como a teoria, o conhecimento ou a ciência do comportamento moral, que busca explicar, compreender, justificar e
criticar a moral ou as morais de uma sociedade. A ética é atemporal, filosófica e científica. Ciência técnica responsável pelo estudo
dos julgamentos que o homem faz quando se depara com uma tomada de decisão entre o legal e o ilegal, o justo e o injusto, o
conveniente e o inconveniente, o oportuno e o inoportuno, mas principalmente entre o honesto e o desonesto, ou seja, a ética
explica as razões da existência de determinada realidade e proporcionar a reflexão sobre o comportamento moral dos homens em
sociedade.

ÉTICA → REFLEXÃO – ESTUDO DA CONDUTA


MORAL → AÇÃO – PRESCRIÇÃO DA CONDUTA
→ Uma marca característica da ética na Antiguidade é sua indissociabilidade com a política, desde Platão e seu discípulo
Aristóteles.
A teoria política de Aristóteles é construída em torno da ideia de que o homem é um animal político por natureza, que a
cidade é natural e que o fim do homem é a felicidade.
Aristóteles diz que somente existe virtude quando há vontade. Se alguém faz algo involuntariamente (seja por uma
compulsão ou uma doença, por exemplo), essa ação não pode ser julgada sob o ponto de vista ético.
O meio-termo de Aristóteles é uma doutrina criada pelo filósofo grego. O meio-termo para o pensador seria o estado
ideal de vida em sociedade, onde os extremos são condenáveis (são vícios), e deve-se viver para buscar o equilíbrio.
A política para Aristóteles é essencialmente associada à moral.
→ A origem da ética tem como base a filosofia e seus estudos do comportamento, conduta, norma e valores humanos.
→ Pós positivismo - reaproximação do Direito à moral, principalmente no período pós Segunda Guerra, em que se constatou a falha
do positivismo puro. *
→ A ética é uma reflexão sobre como deveria ser o agir humano conforme uma determinada estrutura de valores.
→ Ética e moral exteriorizam as melhores normas de conduta dos seres humanos que convivem em sociedade.
→ A ética, por ser universal, não pode ser influenciada por condições históricas e temporais. *
→ Quem preserva os valores de uma sociedade é a moral.
→ Ética profissional é o conjunto de normas éticas que formam a consciência do profissional e representam imperativos de sua
conduta. *
→ Ética é um conjunto de regras e preceitos de ordem valorativa e moral de um indivíduo, de um grupo social ou de uma
sociedade.
→ Nem todos os meios para se alcançar algo são justificáveis do ponto de vista da ética, uma vez que fins éticos exigem,
necessariamente, meios éticos.
→ Ética estuda a moral, e moral estuda os costumes, portanto são semelhantes por estudarem o comportamento humano, porém
não são sinônimas.

Na administração pública, o termo accountability inclui a obrigação de os agentes públicos prestarem contas, a utilização de boas
práticas de gestão e a responsabilização pelos atos e resultados decorrentes da utilização de recursos públicos.
O conceito de accountability implica a transparência das ações e práticas governamentais que passam a ter mais visibilidade e ser
do conhecimento das pessoas em geral, portanto, representa ferramenta de combate à corrupção.

NÃO ESTÁ RESTRITO AO PODER PÚBLICO o Accountability é divido em duas vertentes:


-HORIZONTAL: mútua fiscalização e controle existente entre os poderes (os freios e contrapesos);
-VERTICAL: controle que os cidadãos exercem sobre políticos e governos (plebiscito, referendo e voto, ou mediante o exercício do
controle social).

VALORES ÉTICOS = MUTÁVEIS


ÉTICA = IMUTÁVEL

 Ética é o princípio ---------------------- Moral é conduta *


 Ética é permanente --------------------- Moral é temporal *
 Ética é universal *----------------------- Moral é cultura *
 Ética é regra *---------------------------- Moral é conduta da regra
 Ética é teoria ---------------------------- Moral é prática **

Bizu1:
éTica =Teoria
moRal = pRática

BIZU2:
éTica-------->Teoria
étIca--------->Imutável
Ética-------->univErsalidade
--------------------------------------
moRal------>Regras
Moral------->Mutável
mOral------>cOstumes

TEORIAS DA ÉTICA
•Fundamentalista: de fora para dentro. Cumprir sem questionar; Ex: bíblia sagrada, fatores externos ao ser humano;

•Utilitarista: maior bem para a sociedade como um todo;

•Kentiana/Individualista/Teoria do Dever Ético: princípios universais; "Só se deve exigir dos outros o que exigimos de nós
mesmos";
O indivíduo deve agir em conformidade com as regras que ele próprio dita para si e que não precisam necessariamente estar em
conformidade com as regras sociais.

•Contratualista: parte do pressuposto que o ser humano assume com os seus semelhantes a obrigação de se comportar de acordo
com regras morais estabelecidas para o convívio social. Dessa forma, os conceitos éticos seriam extraídos das regras morais que
conduzissem à perpetuação da sociedade, da paz e da harmonia do grupo social; *

•Relativista: individual, o que é ético para um pode não ser para outro (relativizado).4

→ No modelo constitucional vigente, é no campo da ética que se poderá construir os argumentos que vão legitimar as escolhas
públicas, numa sociedade plural, e portanto, conflitiva.
- A Configuração principal da ética é solucionar conflitos de interesses baseando-se em argumentos universais

→ A ética na função pública é a criação de uma cultura de justificação de escolhas, delimitando parâmetros objetivos para a
formulação dessas escolhas, que substituam os critérios de racionalidade emanados de lei.

A ética integra o universo da


Administração Pública, seja pela O principio ideal de conduta é A ética deve focar
consagração do princípio da da Administração Pública em si, menos nos agente e
moralidade, seja por seus e não de seus agentes mais na função
compromissos valorativos individualmente considerados.

Conduta, princípios e valores


Conduta → A ética no serviço público está diretamente relacionada com a conduta dos funcionários que ocupam cargos públicos.
Tais indivíduos devem agir conforme um padrão ético, exibindo valores morais como a boa fé e outros princípios necessários para
uma vida saudável no seio da sociedade. Ética diz respeito ao cuidado do servidor público com a sua conduta, de modo a considerar
sempre os efeitos desta na realização dos próprios interesses.
*Manifestação de comportamento do indivíduo. Esta pode ser boa ou má, dependendo do código moral, ético do grupo
onde aquele se encontra.
Valores → são o conjunto de normas que corporificam um ideal de perfeição buscado pelos seres humanos: solidariedade, verdade,
lealdade, bondade etc. Essas atitudes classificam a conduta como honesta ou desonesta.
*Os valores refletem as características intrínsecas (internas) da organização. No entanto, esses valores podem ser
modificados, de acordo com as prioridades, ambiente, tempo e outros fatores organizacionais.

Princípios → são “ideias centrais de um sistema, ao qual dão sentido lógico, harmonioso, racional, permitindo a compreensão de
seu modo de se organizar-se”.
*São norteadores que orientam as pessoas em diversas situações. Cada sociedade forma, ao longo de sua história, seus
princípios. Os princípios, são requisitos de otimização na aplicação das regras.

Ética no Setor público


Deveres do servidor  Moralidade adm  Lei 8.112:

- Exercer com zelo e dedicação as atribuições do cargo


- Ser leal às instituições a que servir
- Observar as normas legais e regulamentares
- Cumprir as ordens superiores, exceto quando manifestamente ilegais.
- Atender com presteza ao público em geral, prestando as informações requeridas, ressalvadas as protegidas por sigilo
- Atender com presteza à expedição de certidões requeridas para defesa de direito ou esclarecimento de situações de
interesse pessoal
- Atender com presteza às requisições para a defesa da Fazenda Pública.
- Levar as irregularidades de que tiver ciência em razão do cargo ao conhecimento da autoridade superior ou, quando
houver suspeita de envolvimento desta, ao conhecimento de outra autoridade competente para apuração
- Zelar pela economia do material e a conservação do patrimônio público
- Guardar sigilo sobre assunto da repartição
- Manter conduta compatível com a moralidade adm
- Ser assíduo e pontual ao serviço
- Tratar com urbanidade as pessoas;
- Representar contra ilegalidade, omissão ou abuso de poder.

→ Os direitos e deveres dos servidores públicos são, principalmente, elencados em legislação específica, além de fazer referência a
valores sociais.
• A função pública deve ser tida como exercício profissional e, portanto, se integra na vida particular de cada servidor público.

- Assim, os fatos e atos verificados na conduta do dia a dia em sua vida privada poderão acrescer ou diminuir o seu bom
conceito na vida funcional.

Ao servidor é proibido:
- Promover manifestação de apreço ou desapreço no recinto da repartição;
- Praticar usura sob qualquer de suas formas;
- Ausentar-se do serviço durante o expediente, sem prévia autorização do chefe imediato;

Ética e Cidadania
→ Para a ética, não basta que exista um elenco de princípios fundamentais e direitos definidos nas Constituições. O desafio ético
para uma nação é o de universalizar os direitos reais, permitido a todos cidadania plena, cotidiana e ativa.
Exemplo: A atitude de ceder um assento a um idoso em um transporte coletivo constitui um exemplo de comportamento
relacionado à cidadania. Este é um exemplo que demonstra um conceito ético universal, não expresso em qualquer código. É a
transformação de valores e princípios em atitudes que atendam aos interesses coletivos.

→ A cidadania esteve e está em permanente construção; é um referencial de conquista da humanidade através daqueles que
sempre lutam por mais direitos, maior liberdade, melhores garantias individuais e coletivas, e não se conformam frente as
dominações arrogantes, seja do próprio Estado ou de outras instituições ou pessoas que não desistem de privilégios, de opressão e
de injustiças contra uma maioria desassistida e que não se consegue fazer ouvir, exatamente por que se lhe nega a cidadania plena
cuja conquista, ainda que tardia, não deverá será obstada (SANTANA, 2008)
- O conceito de cidadania está fortemente ligado ao de democracia. Na antiguidade clássica, ser cidadão era ter
participação política. A palavra cidadão servia para definir, na Grécia antiga, o indivíduo nascido na Pólis e que tinha direitos
políticos. Com o tempo o conceito de cidadania foi se ampliando para além dos direitos, hoje ela está associada aos direitos e
deveres dos indivíduos. Quando falamos de direitos e deveres, devemos entender como cidadania a preocupação e o exercício de
ações que garantam o desenvolvimento harmonioso da sociedade e a preservação dos direitos alheios. Ser cidadão, não é
simplesmente cobrar seus direitos, mas lutar para defender os interesses dos nossos semelhantes. O pleno exercício da cidadania e
da democracia estão associados a ideia de igualdade entre os indivíduos.
gue fazer ouvir, exatamente por que se lhe nega a cidadania plena cuja conquista, ainda que tardia, não deverá será obstada
(SANTANA, 2008).

→ A efetivação da cidadania e a consciência coletiva da cidadania são indicadores do desenvolvimento moral e ético de uma
sociedade.
O conceito de cidadania está fortemente ligado ao de democracia. Na antiguidade clássica, ser cidadão era
ter participação política. A palavra cidadão servia para definir, na Grécia antiga, o indivíduo nascido na
Pólis e que tinha direitos políticos. Com o tempo o conceito de cidadania foi se ampliando para além dos
direitos, hoje ela está associada aos direitos e deveres dos indivíduos. Quando falamos de direitos e
deveres, devemos entender como cidadania a preocupação e o exercício de ações que garantam o
desenvolvimento harmonioso da sociedade e a preservação dos direitos alheios. Ser cidadão, não é
simplesmente cobrar seus direitos, mas lutar para defender os interesses dos nossos semelhantes. O pleno
exercício da cidadania e da democracia estão associados a ideia de igualdade entre os indivíduos.


A ética é indispensável para o desenvolvimento social. Há quem diga que ética é bem estar social. Giannetti, por exemplo, diz que
sem ética a própria sobrevivência fica comprometida.

Cidadania fiscal → O pagamento de impostos pelo contribuinte demonstra comportamento ético no exercício da cidadania, uma
vez que, mediante o cumprimento de suas obrigações tributárias, o cidadão colabora para o custeio das despesas comuns.

 Fundamentalmente, a acepção que se tem de cidadania abrange duas dimensões:


- A primeira está intrinsecamente ligada e deriva dos movimentos sociais, que, geralmente, encampa a luta por direitos. O
exercício da cidadania relaciona-se com a consolidação da democracia. Todavia, a falta de conhecimento efetivo de tais direitos não
configura falta de cidadania. Por sua vez, o conhecimento dos direitos inerentes a pessoa amplia o exercício da cidadania.
- A segunda, além da titularidade de direitos, é aquela que deriva do republicanismo clássico, enfatizando a preocupação
com a coisa pública (res pública).

→ ÉTICA significa COMPORTAMENTO, sendo um conjunto de valores morais e princípios que norteiam a conduta humana na
sociedade. A ética é objetiva e ocupa-se essencialmente do interesse coletivo.
→ MORAL: São os costumes, regras, tabus e convenções estabelecidas por cada sociedade em determinada época, por isso é
mutável. A moral pessoal é formada pela cultura e tradição do grupo ao qual o indivíduo está inserido.
→ CONDUTA, PRINCÍPIOS E VALORES: A ética no serviço público está diretamente relacionada com aconduta dos funcionários que
ocupam cargos públicos. Tais indivíduos devem agir conforme um padrão ético, exibindo valores morais como a boa fé e outros
princípios necessários para uma vida saudável no seio da sociedade. Ética diz respeito ao cuidado do servidor público com a sua
conduta, de modo a considerar sempre os efeitos desta na realização dos próprios interesses.

Ética e Violência
A ética, em sentido amplo, pode ser entendida como o estudo dos juízos de valor que
A ética é tambémdizem
conhecida
respeitocomo filosofiahumana
à conduta moral; ésuscetível
o estudo àdos humanos do
qualificação quanto
pontoaode
fato dedo
vista serem
bemcertos
e ou errados, justos ou
injustos. Já a violência,
do mal,segundo Chauí (1998),
seja relativamente se caracterizasociedade,
à determinada por todo ato
sejaque vai de absoluto
de modo encontro(conceito
à liberdade e a vontade de alguém,
podendo ser de ordem física ou
do dicionário psíquica.
Aurélio).
→ Deste modo, a violência pode ser definida como todo e qualquer comportamento ou força que cause
intencionalmente um dano contra a vontade e liberdade de outrem, seja ela física ou moral. Assim, a violência não é algo que está
longe de nós, nos noticiários e na televisão, mas é algo que ocorre em todos os dias na dinâmica das relações sociais.
A sociedade brasileira, como descreve a filósofa Marilena Chauí, é autoritária, conservadora, hierarquizada e violenta,
contrariando o estigma de que o Brasil é um país diversificado e aberto à pluralidade. A violência é uma das características de nossa
sociedade que se manifesta no “jeitinho brasileiro” como furar a fila –, na não aceitação daquele que é “diferente” contribuindo
para a sua marginalização, os negros nas favelas, os homossexuais sendo reprimidos , nas imposições sociais – a mulher deve estar
sempre linda e bela, o homem deve ser sempre viril e másculo –, nas brincadeirinhas que se faz com o outro, ridicularizando-o
como o bullying, entre outros inúmeros exemplos e características.
É necessário rever a ética social, criar uma nova ética pautada no respeito à vida em suas mais diversas manifestações, na
compreensão de que o outro é diferente e que pensa diferente, na abordagem da pluralidade e da diversidade, como forma de
progresso humano.

Racionalismo ético
O racionalismo afirma que todo o conhecimento humano advém da pura racionalidade e do intelecto. As experiências práticas,
para os racionalistas, não têm valor cognitivo, podendo inclusive enganar-nos ao oferecer-nos impressões errôneas. Os racionalistas
defendem que as ideias surgem da pura e simples capacidade racional e impulsionam o intelecto, formando os conhecimentos com
base nas leis universais da razão.
Objetivo: teorizar o modo de conhecer dos seres humanos, não aceitando qualquer elemento empírico como fonte do
conhecimento verdadeiro. Para os racionalistas, todas as ideias que temos têm origem na pura racionalidade, o que impõe também
uma concepção inatista, isto é, de que as ideias têm origens inatas no ser humano, nascendo conosco em nosso intelecto e sendo
usadas e descobertas pelas pessoas que fazem melhor uso da razão.

→ São considerados filósofos racionalistas Descartes, Spinoza e Leibniz.

Utilitarismo Ético
É uma doutrina que avalia a moral e, sobretudo, as consequências dos atos humanos. Caracteriza-se pela ideia de que as condutas
adotadas devem promover a felicidade ou prazer do coletivo, evitando assim as ações que levam ao sofrimento e a dor.
→ É uma teoria ética que acredita na quantificação do bem como forma de utilidade (felicidade ou prazer).
Os utilitaristas ainda consideram que o principal objetivo da moral é melhorar o mundo, potencializando a felicidade e diminuindo
os danos com a dor e sofrimento. Com isso, o que a torna verdadeira é sua capacidade de garantir bem-estar aos seres sencientes –
aqueles que podem sentir dor e prazer, inclusive os não humanos (animais irracionais).

Ética e liberdade
→ A ética é condição para que possamos viver e conviver em sociedade, respeitando o diferente e nos responsabilizando por nossas
próprias escolhas.
Refletir sobre o sujeito livre em uma sociedade que coloca a liberdade como um valor central, é pensar no fazer humano,
nas suas relações, ou seja, no seu encontro com o outro, na possibilidade de respeitar ou não a liberdade do outro. Em síntese,
procuramos demonstrar que a liberdade humana é um aspecto constitucional da existência de cada indivíduo, que não podemos
pensar em um homem ora livre ora não, dispomos de uma liberdade fundante que nos compromete durante todo o nosso existir, e
por essa razão somos chamados a assumir com responsabilidade as consequências de todas as nossas escolhas e ações, não
podendo delegar ou atribuir a responsabilidades a outros ou a forças misteriosas, somos absolutamente responsáveis pelo homem
que queremos ser.
→ De acordo com a ética, a liberdade está relacionada com responsabilidade, uma vez que um indivíduo tem todo o direito de ter
liberdade, desde que essa atitude não desrespeite ninguém, não passe por cima de princípios éticos e legais.
* A liberdade da pessoa ética permeia suas decisões, contribuindo para a harmonia na sociedade. Quando uma pessoa age sem
medir as consequências de seus atos e não reflete sobre como as decisões podem influenciar o meio que vive, não está agindo com
liberdade. - Quando a liberdade é usada pelo homem sem essa responsabilidade moral, falamos em vício.

Ética aplicada (bioética, ética ambiental e ética dos negócios)


A Ética Aplicada é uma dimensão da Ética que tem como objetivo a construção de um modelo moral para a melhor compreensão e
resolução de problemas sociais concretos.

Bioética → é uma das formas de ética aplicada, cujo objetivo seria tratar das questões de valor nas ciências da vida, medicina e
cuidados ambientais e de saúde.

Ética ambiental → Além de buscar promover uma relação mais próxima e cuidadosa para com o meio natural, a ética ambiental preconiza que as
relações entre os seres humanos sejam respeitosas e construtivas e que esta lógica se estenda ao relacionamento com animais, plantas, espécies e
ecossistemas. A ética ambiental é, claramente, de grande importância para os dias atuais. O aumento da conscientização em
relação ao meio ambiente deixa cada vez mais claro os impactos causados pela ação humana na natureza e evidencia o quanto os
resultados podem ser desastrosos na ausência de um senso ético adequado.

* De acordo com as premissas básicas da ética ambiental, as atitudes dos homens devem ser medidas de acordo com a relação que
estabelece consigo, com seus iguais e com todos os seres vivos, sem nenhuma hierarquia. Um tipo de percepção que poderia
ajudar, e muito, em resoluções para a garantia de um futuro realmente sustentável para o planeta.

Ética nos negócios → Está ligada à autenticidade e integridade da empresa. Ser ético é seguir a empresa, os seus objetivos de
cultura, seus proprietários, seus funcionários, seus compradores. A sociedade tem o direito de esperar mais do que dinheiro das
empresas. Espera um comportamento moral.

→ As práticas éticas da empresa conferem à organização uma reputação profissional positiva entre fornecedores, clientes e
potenciais parceiros de negócios. Manter a conduta ética, portanto, está no cerne dessas relações comerciais, deixando-as fortes
para o benefício da empresa e de seus contatos comerciais

HISTÓRIA E GEOGRAFIA DE MATO GROSSO


HISTÓRIA
Bandeirantismo
A principal diferença entre entradas e bandeiras é que as primeiras tinham financiamento público, eram organizadas pelo governo,
geralmente procuravam respeitar os limites do Tratado de Tordesilhas e a maioria das expedições realizadas partia da capital do
Brasil na época, Salvador, na Bahia ou até mesmo de Pernambuco. Bandeiras eram expedições particulares e não respeitavam os
limites de Tordesilhas, geralmente partiam da Vila de São Paulo de Piratininga, na Capitania de São Vicente (hoje São Paulo). Mas
ambas tinham objetivos semelhantes. As entradas se preocupavam mais com a prospecção do território e de metais preciosos, já
as bandeiras, além disso, se dedicavam também ao apresamento de índios para escravização.

No Período Colonial, o Tratado de Tordesilhas incluía o atual estado do Mato Grosso como pertencente à Espanha

→ As Bandeiras eram expedições realizadas para a busca de metais e pedras preciosas.


→ O bandeirismo apresador eram expedições empreendidas para aprisionar os indígenas (escravizar os índios).
→ As Descidas eram expedições realizadas pelos jesuítas ao interior do Brasil com o objetivo de convencer os indígenas “dessa
região” a migrarem para regiões próximas das suas missões ou reduções visando facilitar o trabalho de catequização.

→ em 1718 Pascoal Moreira Cabral chega ao MT e em 1719 acha o ouro e funda Cuiabá
As margens do Coxipó e do Cuiabá, Cabral Leme descobriu abundante jazida de ouro, cuja notícia ocasionou a corrida do
ouro.
→ Em 1º de janeiro de 1727, Rodrigo Moreira César de Menezes, elevou Cuiabá a categoria de vila, intitulando-a Vila Real do
Senhor Bom Jesus de Cuiabá.
Uma das primeiras medidas de Rodrigo César foi o aumento de impostos
- Instituiu o quinto → 20% ou 1/5 do ouro encontrado
- Quintado na casa de fundição em SP
- Provedor da fazenda real e provedor dos quintos
- Ouvidor geral das minas de Cuiabá, para cuidar das finanças.

Sesmarias → Eram extensões de terras doadas pelo rei por meio dos capitães-generais, aos colonos que tivessem
requeridos, através de ofício, uma determinada porção de terra a que chamavam de data

→ Em 1752 Rolim de Moura fundou Vila Bela da Santíssima Trindade, a primeira capital mato-grossense, nas margens do rio
Guaporé.
A decisão de estabelecer a capital no alto rio Guaporé contou, dentre muitos problemas, com o do abastecimento, pois as
monções cuiabanas (Tietê-Cuiabá) encontravam dificuldades em levar os produtos até a capital, devido ao acidentado trajeto que se
entrepunha entre as duas vilas.
Solução desse problema→ Monção: Companhia de Comércio do Grão Pará e Maranhão Facilitou o abastecimento da
nova capital

Escravidão negra em MT:


Escravos de eito – Ligados diretamente ao sistema produtivo rural, moravam nas fazendas
Escravos de ganho – Vendiam a produção dos senhores nos núcleos urbanos
Escravos domésticos – Dedicavam-se exclusivamente às tarefas domésticas nas casas dos senhores

→ Embora a coroa portuguesa, em função da lógica mercantilista, impusesse o uso de africanos escravizados na colônia, estimulando o tráfico negreiro,
para o colono tornou-se mais vantajoso o uso de escravos indígenas, resultando daí o interesse nas bandeiras de apresamento
- os índios eram mais baratos do que os escravos africanos, por isso a criação de bandeiras de apresamento!

Monções → Eram expedições de comércio que traziam para MT roupas, bebidas, medicamentos e alimentos variados
Os rios eram a ÚNICA ROTA utilizada pelos sertanistas que tiveram a AJUDA dos indígenas, conhecedores da navegação
da região.

→ O movimento monçoeiro foi uma continuação do bandeirismo paulista que, nos séculos XVI e XVII percorreram os territórios
ocidentais e atravessaram a região onde se formariam os estados de MT e MS

→ No séc. XVIII, as monções do sul permitiram a efetivação do povoamento da região que hoje corresponde a MT, contribuíram
para ampliação territorial da América portuguesa e exerceram papel importante no desenvolvimento do mercado interno e no
escoamento do outro dos territórios a oeste.

→ No início do séc. XVIII as descobertas auríferas do rio Cuiabá se deram pelas expedições de bandeirantes

Quilombos: o MAIS famoso foi o chamado Piolho ou Quariterê, situado na região do Rio Guaporé, próximo ao rio Piolho.

 Outro conhecido foi o de cansação(rio manso), na margem do Rio Manso.

 Tereza de Benguela liderava o quilombo do piolho ou quariterê, comandando a estrutura política, econômica e
administrativa.

→ Por meio de cartas régias, a Coroa Portuguesa permitia que os colonizadores estabelecessem em casos específicos a chamada
“guerra justa” contra os índios
A “guerra justa” foi altamente prejudicial aos índios, pois dezenas de nações indígenas perderam seus territórios, foram
escravizadas ou completamente dizimadas.

Índios Paiaguás → os primeiros a atacar as monções e o faziam quando as embarcações transitavam pelos rios
***A relação entre índios e colonizadores foi geralmente conflituosa e marcada por violência.
→ Sendo a Província de Mato Grosso uma área fronteiriça, isso acabou favorecendo a movimentação de nativos e africanos escravizados, facilitando o
processo de formação de quilombos durante os séculos XVIIl e XIX, considerando-se os desafios do acesso e circulação pelos rios e caminhos nas matas,
bem como as reações indígenas contra os colonizadores.
- A especificidade dessa parte mais a oeste do território, como fronteira geográfica e de gente, ter presenciado várias nações nativas da região
aliadas aos escravos negros nas suas sublevações

→ Um grande brasileiro foi o Marechal Cândido Mariano da Silva Rondon (1865-1958), que exerceu um trabalho essencial na
defesa dos povos indígenas na ocupação do interior brasileiro. Mato-grossense, percorreu o Centro-Oeste e a Amazônia
construindo linhas telegráficas e ferrovias, entrando em contacto com nativos.
- Rondon insistia na garantia efetiva das terras ocupadas pelos indígenas, e estimulou a criação do Parque Nacional do
Xingu.
- Marechal Rondon, engenheiro militar e sertanista, defendia a integração do índio como cidadão da República.
- A ação de Rondon foi fundamental para a criação, em 1910, do Serviço de Proteção aos Índios (SPI).
→ De acordo com Elizabeth Madureira Siqueira, a missão indígena de Santana de Chapada, experiência inédita da
atuação jesuítica em solo mato-grossense, não resistiu por muito tempo, tendo sido desativada logo após a expulsão
dos inacianos do território colonial português, em 1759, por ordem de D. José I assessorado pelo Marquês de Pombal.

Tratado de Madri →“Uti Possedetis” - Terra ocupada, terra possuída.

Representa a base histórico jurídica da formação territorial do país, por ser o primeiro documento a definir com precisão
as suas fronteiras naturais.
→ A assinatura do tratado de Madri foi fruto do avanço da colonização portuguesa para o Oeste
→ Marcha para o Oeste → Um movimento de migração e ocupação, inicialmente estimulado pelo governo Getúlio Vargas nos anos
de 1930, que visava o povoamento e a exploração econômica de terras mato-grossenses e que contou com grande adesão de
grupos originários do sudeste e do Sul do país.
- A administração de Júlio Müller, iniciada em 1937, interventor nomeado por Vargas, foi responsável pela construção de
obras que modernizaram a capital Cuiabá.

→ A Colônia Agrícola Nacional de Dourados, atual região da Grande Dourados – Sul do Antigo Mato Grosso –, foi criada em 1943, na
ditadura do Estado Novo (1937-1945). Esta foi o marco inicial da atual política pública de colonização das terras do Mato Grosso.

→ Durante a ditadura civil-militar no Brasil (1964- 1985), foram feitos incentivos à ocupação do território mato-grossense. O Estado
estimulou a colonização particular ocasionando uma imigração em massa de pequenos e médios agricultores da região sul do país.

Rusga – Período Imperial

 Movimento social ocorrido em MT em 1834, teve a sua origem na disputa pelo poder entre liberais e
conservadores

 Movimento nativista de matança de portugueses

 Conservadores (Sociedade Filantrópica da independência)

Portugueses e outros estrangeiros

◦ Defendiam a centralização do poder público (status quo)

◦ Ocupavam a liderança política da província

◦ (Antônio Correa da Costa) monopólio comercial, privilégio aos estrangeiros

 Liberais (Sociedade Zelosos da independência)

Elementos da Elite burocrática + Profissionais liberais + Guarda municipal

◦ Afastar os portugueses dos cargos públicos → moderados

◦ Mais radicais, expulsão dos portugueses → exaltados

→ Esse movimento social ocorrido em Mato Grosso, em 1834, teve a sua origem na disputa pelo poder entre os liberais e os
conservadores. Os conservadores possuíam entre os seus membros muitos portugueses, defendiam a centralização e se reuniam
na Sociedade Filantrópica. No início do ano de 1834, a Província de Mato Grosso tinha na sua presidência, o conservador, Antônio
Maria Correa da Costa.

→ A crise gerada pela abdicação de D. Pedro | acirrou os ânimos entre os que defendiam o retorno do Imperador e os defensores da autonomia
provincial, que se opunham, em alguns casos, aos privilégios dos portugueses, em especial os que controlavam o comércio, o que ajuda a entender uma
das causas para a eclosão da Rusga Cuiabense
Após a abdicação de D.Pedro I, em favor de seu filho de 5 anos e determinar uma regência para governar o país, estabelecendo a constituição
de 1824. Começou haver muita instabilidade política e revoltas nas províncias. Os portugueses continuava com os altos cargos e os negócios mais
lucrativos, revoltados com isso a população começou a hostilizar os portugueses com atos de violência ( ataques e saques ao comércio, espancamentos,
e ate assassinatos.). No dia 30 de maio de 1834 eclodiu a rusga, que durou até agosto de 1834.
A rusga não foi uma revolta de caráter popular, foi uma movimentação protagonizada pelas elites na luta pelo controle do poder politico local.
Os rusguentos não tinham como objetivo acabar com a escravidão ( que atingia grande parte das províncias). De carácter nativista combinado com o
nacionalismo extremado, o grito "mata o bicudo" revela o antilusitanismo dos rusguentos , que pretendiam destituir do poder os antigos dominadores
portugueses.

Grileiro → Invasor de terra que consegue obter FALSA ESCRITURA de propriedade de terra.

→ Grande parte dos Estados brasileiros originou-se da 1ª divisão territorial do Brasil que foram as capitanias hereditárias.
→ Durante o período colonial, homens LIVRES pobres escravos e índios aproximavam-se e mantinham relações de ajuda mútua e
solidariedade
→ Com o declínio da mineração, houve um empobrecimento da região mato-grossense, que não tinha outros produtos para
exportação e para fomentar o comércio com outras regiões do Brasil.
- Isso se somava a distância de MT das demais regiões e as dificuldades de acesso e comunicação. Esses fatores levaram
ao crescente isolamento da área em relação ao restante do Brasil.
→ O processo de colonização de MT se fortaleceu a partir de 1970, com a implantação de PROJETOS oficiais de colonização pelo
Governo Federal, como o PIN

POLONOROESTE, POLOAMAZÔNIA E POLOCENTRO

Guerra da Tríplice Aliança → Invadido pelas tropas paraguaias por vias fluviais e terrestres, MT protagonizou importantes
acontecimentos no transcorrer do conflito, como a Ação de Barão de Melgaço nos preparativos para Cuiabá fazer frente a possível
ataque inimigo
***Um dos desdobramentos após o final da Guerra do Paraguai foi a maior articulação do Sul de MT com a economia
nacional e a intensificação da chegada de imigrantes estrangeiros.

→ em 1899 com a proclamação da república a província de MT passou a dominação a Estado de MT.


→ em 1977 – MT é desmembrado (MT e MS)
- Não houve consulta popular no processo de separação de MT
- A divisão territorial de MT era uma antiga reivindicação dos políticos do Sul do Estado e não pode ser explicada apenas
como uma simples decisão do presidente Ernesto Geisel.
- As elites políticas que defendiam o separatismo da parte sul do Estado em relação ao governo de Cuiabá se aliaram a SP
e aproveitaram a Revolução para fundar o Estado de Maracaju, mas a derrota dos paulistas inviabilizou esse projeto.
→ A construção da BR163 foi de fundamental importância na colonização da Amazônia Legal. Ao longo dessa longa rodovia foram
surgindo, nas suas margens, inúmeras fazendas, projetos agropecuários de colonização, os minifúndios.

→ A expansão do agronegócio no Mato Grosso proporcionou que o Estado seja um dos maiores produtores agropecuários do país. Porém, a posse das
terras ancestrais dos povos indígenas e o bioma pantanal não foram preservados.

Alguns temas atuais:

→ O programa Mais MT vai trazer “grandes resultados para Mato Grosso e para a vida dos matogrossenses” a curto, médio e longo
prazo. O programa prevê recursos na ordem de R$ 9,5 bilhões em investimentos públicos durante a gestão (2019- 2022). Desse
montante, 63% serão de recursos próprios do Governo de Mato Grosso, e o restante por meio de operações de crédito, convênios e
emendas, o investimento mais volumoso será no eixo de infraestrutura do Estado.

GEOGRAFIA

→ O Estado do Mato Grosso localiza-se na parte central do continente sul-americano e limita-se ao norte com os estados do Pará e
Amazonas, ao sul com Mato Grosso do Sul, a leste com Goiás e Tocantins e a oeste com Rondônia e o país andino, Bolívia.
→ O Mato Grosso possui 141 municípios, agrupados em 22 microrregiões político-administrativas, que fazem parte de cinco
mesorregiões definidas pelo IBGE. Em 2011, através de estudos produzidos pela Secretaria de Planejamento foi realizada uma nova
regionalização do estado e foram definidas 12 Regiões de Planejamento.
→ A região Centro-Oeste é formada pelos Estados de Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e pelo Distrito Federal. Mato
Grosso é o maior Estado da região, o segundo mais populoso e em PIB per capita e o terceiro no PIB total.
→ MT é o terceiro Estado em área da Federação brasileiro é conhecido como o Centro Geodésico da América do sul. Tem sua
localização privilegiada, sendo território fronteiriço internacional e que faz parte da Amazônia brasileira o que lhe confere a
condição de espaço estratégico, ao qual tem sido atribuído relevante papel nos planos de desenvolvimento nacional e de integração
sul-americana.

Aspectos Físicos e Domínios Naturais do Espaço Mato-Grossense


Relevo: Com altitudes modestas, o relevo apresenta grandes superfícies aplainadas, talhadas em rochas sedimentares.

Planaltos: O Planalto e a Chapada do Parecis, o Planaltos e a Chapada dos Guimarães, o Planalto do Alcantilados, o
Planaltos e as Serras Residuais do Norte, do Guaporé e do Alto Paraguai, a Província Serrana, o Planalto do Arruda- Mutum e o
Planalto de São Vicente.

Depressões: Norte de Mato Grosso, do Guaporé, do Araguaia, do Alto Paraguai, a Cuiabana e a Interplanáltica de
Paranatinga e as Planícies e Pantanais dos rios Guaporé e Paraguai e a Planície do rio Araguaia.

Solo: O Estado tem grandes extensões de solos com baixa fertilidade devido à alta salinidade, presença de rochas e textura
arenosa. Há casos em que os solos têm deficiências de determinados nutrientes, mas com fertilidade natural média. Além disso,
ocorrem áreas com fertilidade natural média e alta, com topografias favoráveis à mecanização, mas que apresentam características
físicas regulares em razão de má drenagem e por estarem sujeitas a excesso de água em determinados períodos do ano, por
exemplo, várzeas do rio Cuiabá e de seus tributários.

Hidrografia: Ele reparte as águas de três importantes bacias hidrográficas do Brasil: Bacia Amazônica, Bacia do Paraguai e Bacia do
Tocantins Araguaia. Os rios de Mato Grosso estão divididos nessas três grandes regiões ou bacias hidrográficas. Os rios
pertencentes à bacia Amazônica drenam 2/3 do território mato-grossense.

Clima: Em Mato Grosso predominam os climas equatorial e tropical. O equatorial abrange a porção centro-norte e o tropical
atinge a maior parte das regiões centro-sul e leste de Mato Grosso. As temperaturas elevadas prevalecem no Estado e são
decorrentes desses tipos climáticos. As temperaturas médias situam-se entre 22º e 26ºC nas regiões com clima equatorial e entre
20ºC e 28ºC nas regiões com clima tropical. Estas características, associadas a um período seco (outono-inverno) e outro chuvoso
(primavera-verão), definem o clima de Mato Grosso.

→ Ao norte o clima é Equatorial com elevada temperatura média anual, alta pluviosidade e predomínio de massa de ar equatorial
no verão.
→ A distância da costa brasileira impede a ação moderadora dos oceanos, o que condiciona a ocorrência de altas temperaturas.
Tropical típico/Continental ou Semiúmido: Caracteriza-se por uma alternância: Seco e úmido, no sentindo centro-sul
Leste atingindo a maior parte do Estado. No verão é quente, úmido e chuvoso e no inverno a atuação de massa tropical continental
da origem a ventos quentes e secos. As chuvas se concentram no verão onde ocorrem 70% das precipitações.

BIOMA
→ Unidade biótica de maior extensão geográfica, compreendendo várias comunidades ecológicas em diferentes estágios de
evolução.
No MT há 3 biomas – Amazônia, Cerrado e Pantanal.
→ O maior é o bioma Amazônia 53,6% do estado, na parte norte.
→ Bioma do Cerrado abrange 39,6% do território
→ O Pantanal ocupa 6,8% da parte sul do Estado
Bioma Amazônia
→É uma formação higrófila, isto é adaptada a ambiente úmido, latifoliada (com grandes folhas), perene (sempre verde), densa, de
difícil penetração e heterogênea, isto é, rica em espécies vegetais.
As atividades agropecuárias e a exploração madeireira são as principais responsáveis pela degradação ambiental e,
particularmente, pelo desmatamento da cobertura vegetal. A abertura de estradas, em direção ao norte do Estado, permitiu o
acesso às áreas preservadas e a práticas de atividades econômicas como: exploração de madeira nativa, pecuária extensiva,
agricultura mecanizada e extração mineral.

Bioma Cerrado
→ São formações vegetacionais associadas com o clima tropical semi-úmido do interior do Brasileira.
- As árvores e arbustos são dotados de raízes profundas, troncos e galhos retorcidos e recobertos por cascas grossas.
Geralmente as árvores são de pequeno porte. A formação da vegetação de cerrado deve-se à alternância de períodos chuvosos e
secos, respectivamente no verão e no inverno.
- Os solos são predominantemente de baixa fertilidade, ácidos, deficientes em nutrientes e com alta concentração de
alumínio.
→A agricultura mecanizada é predominante no bioma Cerrado, onde produz grãos em larga escala, particularmente, a soja, e,
secundariamente, a pecuária. Essa concentração da produção prevalece em Mato Grosso e utiliza parcela significativa desse bioma
no país. A modernização da agropecuária e a rápida expansão da exploração da agricultura nas terras do Centro-Oeste aceleraram a
pressão antrópica nos ecossistemas do Cerrado por fazer uso intensivo de: técnicas de correção de solo, fertilizantes, irrigação e
defensivos agrícolas. Esses procedimentos interferem, negativamente, na qualidade das águas superficiais e subterrâneas, na
drenagem de áreas de nascentes e nas planícies fluviais com rebaixamento do lençol freático. A substituição da vegetação originária
produz impactos nas bacias hidrográficas existentes no Cerrado e provocam mudanças no regime de chuvas.

Curiosidade que não sabia → O fogo no Cerrado


Um ecossistema florestal, quando desmatado através de queimadas, não se regenera. O cerrado, ao contrário, abriga
espécies que sobrevivem após as queimadas. Os incêndios são elemento natural dos ambientes do cerrado e há espécies que só
sobrevivem por causa deles. Durante o incêndio, a camada superficial dos solos funciona como um isolante térmico, protegendo o
sistema subterrâneo das plantas. Assim, muitas espécies conseguem rebrotar poucos dias após a passagem do fogo.
Bioma Pantanal
→ A planície pantaneira é considerada a maior área alagável do mundo.
O Pantanal é um bioma constituído, principalmente, por savana estépica que permanece alagada, no decorrer do ano, em sua maior
parte e tem altitude média de 100 metros. A planície pantaneira é banhada pelos rios que formam a bacia do Alto Paraguai e onde
desenvolvem fauna e flora abundantes e de rara beleza. Nele existem, porém, espécies da flora que são predominantes no bioma
Cerrado, mas, também há espécies da floresta amazônica, da mata atlântica e do chaco boliviano.

→ A principal atividade econômica da planície pantaneira é a pecuária.


→ Esse Bioma apresenta uma grande diversidade biológica: peixes, aves, mamíferos e anfíbios, como tuiuiús, emas, capivaras,
ariranhas, cervos-do-pantanal, onças, jacarés e sucuris, etc. O leito do rio Paraguai e seus afluentes servem de hábitat para muitos
peixes como: pintado, dourado, pacu e para répteis como: serpentes, lagartos jacarés, etc

*Essas características contribuíram para que o Pantanal fosse reconhecido pela CF, como patrimônio nacional. Isto condicionou as
práticas de todas as atividades ali desenvolvidas a necessidades de preservação dos recursos naturais. A importância da
conservação desse patrimônio também foi reconhecida pela UNESCO como patrimônio natural mundial e reserva da biosfera.

Políticas Ambientais e as Unidades de Conservação da Natureza

→ As Unidades de Proteção Integral têm como objetivos a preservação da biodiversidade, a realização de pesquisas científicas e o
lazer, sendo admitido apenas o uso indireto de seus recursos naturais.
 Estação ecológica — Destina-se à pesquisa científica. É vedada a visitação pública, exceto para atividade educacional.
 Reserva biológica — Destina-se à preservação integral dos atributos naturais existentes em seus limites, sem
interferência humana direta. É vedada a visitação pública, exceto para atividade educacional.
 Parque (nacional, estadual ou municipal) — Destina-se à preservação de ecossistemas naturais de grande beleza
cênica, à pesquisa científica, à realização de atividades de educação ambiental, de turismo ecológico e de lazer. Aberto à visitação
de acordo com os horários estabelecidos no plano de manejo.
 Monumento natural — Destina-se à preservação de sítios naturais raros, singulares ou de grande beleza cênica. Deve
ser aberto à visitação pública.
 Refúgio da vida silvestre — Destina-se a proteger ambientes naturais, para assegurar a vida de espécies da flora e da
fauna. Deve ser aberto à visitação pública.

→ As Unidades de Uso Sustentável têm como objetivo geral compatibilizar a conservação da natureza com o uso sustentável de
parcelas de seus recursos naturais. Nesse grupo, estão presentes as seguintes categorias de manejo:
 Área de proteção ambiental — Destina-se a disciplinar o processo de ocupação e assegurar a sustentabilidade do uso
dos recursos naturais em áreas relativamente extensas do território nacional.
 Área de relevante interesse ecológico — Destina-se a manter os ecossistemas naturais em áreas relativamente
reduzidas, com pouca ocupação humana, que abriguem exemplares raros da biota regional ou dotadas de características naturais
consideradas extraordinárias.
 Floresta (nacional, estadual ou municipal) — Destina-se à exploração sustentável dos recursos florestais em áreas
com predominância de cobertura vegetal nativa.
 Reserva extrativista — Destina-se à exploração por partes das populações extrativistas tradicionais e à proteção dos
modos de vida e das culturas dessas populações
 Reserva da fauna — Destina-se aos estudos técnicos e científicos sobre o manejo dos recursos da fauna, em áreas
com populações animais aquáticas e terrestres.
 Reserva de desenvolvimento sustentável — Destina-se a valorizar e conservar as técnicas de manejo das populações
tradicionais e assegurar as condições para a melhoria da qualidade de vida dessas populações.
 Reserva particular do patrimônio natural — Destina-se a conservar a diversidade biológica em áreas privadas,
mediante compromisso assumido entre o órgão ambiental e o proprietário, que fica isento do Imposto Territorial Rural.

Reservas Indígenas
→ Nos termos da Constituição Federal, nas suas terras, os índios detêm a posse permanente e o usufruto exclusivo das riquezas do
solo, dos rios e dos lagos nelas existentes. Contudo, essas terras constituem o patrimônio da União.

Nos últimos quarenta anos, o processo de extermínio intensificou-se em razão da ocupação da fronteira agrícola, com a construção
de estradas e a execução de projetos econômicos. São inúmeros os conflitos e massacres contra os povos indígenas. Na década de
1960/1970, com a efetivação do Programa de Integração Nacional – PIN, planejada pelos governos militares, foram construídas as
rodovias BR-163 e BR-364, com o objetivo de povoamento nas regiões Norte e Centro-Oeste, respectivamente, como também,
inserir o Estado na economia capitalista e no mercado nacional. O avanço para a nova fronteira agrícola do país desconheceu os
povos indígenas que já estavam nesse território.
Conflitos e impactos no processo de expansão agropecuária:
 Construção das rodovias federais, promovendo o contato direto, o extermínio de grupos indígenas e a expulsão de
suas terras;
 O processo de apaziguamento pelos irmãos Vilas Boas e a criação do Parque Nacional do Xingu. Diversos povos foram
transferidos para essa reserva indígena, para assegurar a sobrevivência dos grupos indígenas restantes;

 Terras indígenas inundadas pela construção de usinas hidrelétricas em área de reservas;


 Invasão de garimpeiros na busca da mineração de ouro e diamante em terras indígenas.

Aspectos Contemporâneos de Urbanização do Estado e da Capital

→ Criado em 1970, o Programa de Integração Nacional (PIN) foi considerado o mais importante instrumento de ação no processo
de integração da Amazônia às regiões mais “desenvolvidas” do país durante o período militar. Estava ancorado em uma campanha
ufanista, que tinha como foco o ideal nacionalista para convencer a sociedade brasileira de que era necessário “integrar a
Amazônia para não entregá-la aos estrangeiros” ou simplesmente “Integrar para não Entregar”.
- O programa visava financiar obras de infraestrutura, sobretudo a abertura de rodovias federais e a implantação da
“reforma agrária” ao longo dessas rodovias nas áreas de atuação da Sudene e da Sudam.

As 7 fases de ocupação do Estado de MT:


 A primeira fase de ocupação tem seu início nos séculos XVII-XVIII, com a penetração portuguesa em terras de Mato Grosso
promovida pelas incursões de bandeirantes paulistas. A partir de então, o avanço bandeirante em direção ao oeste intensificou-se
cada vez mais na medida em que o aprisionamento de índios para o trabalho escravo na Capitania de São Paulo constituía-se numa
atividade bastante lucrativa. O final dessa fase encerra-se quando o ouro de Mato Grosso começa a dar sinais de esgotamento,
disso resultando o esvaziamento dos principais núcleos populacionais ligados à mineração.
 A segunda fase de ocupação acontece nos séculos XIX-XX. Ela mostra que os núcleos portuários mais antigos como Cuiabá,
Corumbá e Cáceres convivem com uma intensa atividade econômico-comercial. Cáceres firma-se como centro exportador de poaia.
A extração e comercialização desse produto gerou grande movimento agrícola e comercial nas cidades de Barra dos Bugres, Vila
Bela da Santíssima Trindade e Cuiabá. Também foi importante a exportação da borracha, extraída na Amazônia.
 A terceira fase de ocupação é marcada pela “Marcha para o Oeste” (1930-1950). Teve como característica principal a política
de interiorização da economia brasileira e a incorporação das regiões Centro-Oeste e Norte ao processo de reprodução do capital
hegemônico nacional.
 A quarta fase de ocupação do território mato-grossense é marcada com a construção de Brasília (final da década de 1950 a
1960) e a irradiação dos seus efeitos para o Centro-Oeste.
 A quinta fase (final da década de 1960 a 1970) é marcada pela implementação dos primeiros programas de desenvolvimento
da região Centro-Oeste, corporificados, em grande parte, no I e II PND (Programa Nacional de Desenvolvimento), e com
intensificação do fluxo migratório dirigido a essa região.
 A sexta fase de ocupação compreendeu os programas de desenvolvimento, pós década de 1970, como o Polocentro,
Polonoroeste e o Prodeagro. Siqueira (1990) pondera que é somente a partir dessa década e fruto de uma intervenção do Estado
Nacional, planejada e dirigida à ocupação do Centro-Oeste e Amazônia, que se criam, na região, as condições efetivas para a
apropriação do espaço pelo capital e, além disso, para a sua transformação em espaço econômico integrado ao movimento
dominante da produção/reprodução do capital, tanto nacional como internacional.
 A sétima fase é a atual, ou seja, os avanços recentes da fronteira agrícola do território rumo à “consolidação”. Dessa forma, as
frentes de expansão fizeram surgir um conjunto variado de formas de apropriação do espaço agrário, que se tornou também
responsável pela transformação da paisagem natural do Estado. Resultou na organização de um setor primário dinâmico, baseado
numa gama variada de produtos, mas também num leque de impactos socioeconômicos e ambientais de natureza e intensidade
diversas.
- De maneira geral, a agricultura empresarial localizou-se nas áreas planas dos cerrados, cujos solos são potencialmente
de boa qualidade. A pecuária, além de estar também nesse tipo de ambiente, tende a ocupar áreas mais antigas anteriormente
exploradas pela agricultura tradicional, ou expande-se para a região de fronteira de ocupação, em áreas onde as condições
ecológicas e/ou o fator distância (fretes) são desfavoráveis à grande empresa de exploração agrícola.
→ Em linhas gerais, o modelo de ocupação pautado na agricultura moderna mantém-se ancorado no modelo
agroexportador de contexto “maior” (nacional/internacional) e nas políticas agrícolas nacionais (crédito e financiamento).

→ O povoamento do Centro-Oeste resulta, desde o período colonial, de movimentos migratórios. No século XX, a construção da
nova capital brasileira atraiu novas levas de imigrantes, em especial do Nordeste, secundado pelo Sul e pelo Sudeste. Nos últimos
tempos, o Norte e o Nordeste respondem pelo maior número de imigrantes que chegam à região. Segundo o censo de 2000, de
cada três nortistas que emigram, um se dirige para o Centro-Oeste

→ A Lei Complementar nº 31, de 11/10/1977, que criou o Estado de Mato Grosso do Sul. A partir desse fato, teve início em Mato
Grosso uma nova fase de expansão econômica, pautada na atividade agropecuária desenvolvida com o suporte dado pela
implantação dos projetos de colonização e incentivos fiscais, que atraíram um grande fluxo migratório, nas décadas de 1970, 1980 e
início dos anos 1990.

→ A construção de Brasília configurou-se na Meta síntese do programa de governo de JK. A nova capital, além das inovações de seu
projeto urbanístico e arquitetônico, contribuiu para a interiorização do desenvolvimento brasileiro e tornou-se polo de atração de
imigrantes.

→ Localizado na região Centro-Oeste do país, o Mato Grosso é o terceiro Estado brasileiro em superfície.

→ No segmento industrial mato-grossense destaca-se a agroindústria. O Estado conta com indústrias que se baseiam nas fábricas
de produtos vegetais ou agrícolas, como milho e soja.

→ O Brasil é um país urbano. Em torno de 85% da sua população é urbana. O fenômeno da urbanização brasileira é nacional, ocorre
em todas as regiões do país.

→ A escravidão se fez presente em todas as regiões brasileiras. No período colonial, na fase aurífera, houve intensa utilização de
mão de obra escrava no Centro-Oeste. Os índios foram muito perseguidos e quase dizimados no Brasil pelos colonizadores. Mesmo
assim, é visível a participação dos índios na composição demográfica e também a forte presença de afrodescendentes na
composição demográfica do Brasil e do Centro-Oeste.

→ A interiorização das atividades econômicas no Brasil, também atinge o Centro-Oeste. Anápolis (GO) é um importante centro
industrial da região. O crescimento do agronegócio possibilitou o desenvolvimento de várias cidades do interior, tais como Rio
Verde e Catalão (GO), Dourados (MS), Rondonópolis, Cáceres e Sinop (MT).

→O êxodo rural, que amplia consideravelmente a população urbana, é também reflexo da mecanização das atividades rurais
desenvolvidas no Centro-Oeste, as quais têm no denominado agronegócio, na atualidade, um de seus símbolos mais expressivos
- A mecanização das atividades rurais tornou ocioso largos contingentes de trabalhadores rurais no Brasil e no Centro-
Oeste. Sem emprego no campo, esses trabalhadores migram para as cidades, ampliando consideravelmente a população urbana,
fenômeno conhecido por êxodo rural. O agronegócio é o motor econômico do Centro-Oeste.

→ O Mato Grosso possui baixa densidade demográfica. Mato Grosso é o nono Estado menos populoso do Brasil.

→ Pouco mais da metade do Estado é revestido por vegetação da Floresta Amazônica. O Cerrado reveste em torno de 40% do
território estadual.
→ Embora a base econômica esteja assentada na agropecuária, a população rural vem registrando uma significativa diminuição
percentual em seu contingente. De acordo com o IBGE, em 1970, cerca de 61% da população total de Mato Grosso era rural, e em
2010 essa participação caiu para aproximadamente 17%.
→ Em 15 de agosto de 2012, o Governo Federal lançou o Programa de Investimentos em Logística, que tem como objetivo
aumentar a escala de investimentos públicos e privados na infraestrutura dos transportes. O programa ainda visa à integração de
rodovias, ferrovias, portos e aeroportos, a fim de reduzir custos e ampliar a capacidade de transporte, além de promover a
eficiência e aumentar a competitividade do país. Em Mato Grosso, foi leiloada e concedida ao setor privado a BR-163. Os
consórcios vencedores investirão na duplicação e modernização da rodovia.
*** O Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra (MST) não apoia o Programa de Investimento em logística (PIL), do
Governo Federal.

Economia do MT

→ A economia do Estado de Mato Grosso baseia‐se principalmente na monocultura de grãos (agricultura empresarial) e na criação
extensiva de gado bovino para corte.

*** 2021 → O Estado de Mato Grosso deve registrar crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 4,1% e liderar a retomada da
economia brasileira, de acordo com dados da MB Associados, consultoria de análise macroeconômica. O aumento está estimado
entre os anos de 2010 e 2022.

- Mato Grosso também lidera na projeção de crescimento para 2021, com aumento de 4,97%. Conforme a análise, o
agronegócio é o principal condutor do crescimento do PIB estadual. O Estado é o principal produtor de grãos do país e deve ser o
responsável por quase 30% da safra nacional este ano.
→ O Estado de Mato Grosso é produtor de importantes recursos minerais tais como ouro, diamante, calcário, água mineral, além
de minerais empregados na construção civil, como areia, argila, cascalho e brita
→ A estrutura fundiária do Mato Grosso é muito concentrada em grandes propriedades rurais.
→ O Estado é o maior produtor de soja, milho e algodão do Brasil. É também um grande produtor de arroz. Outro destaque é a
pecuária. O Estado ocupa, também, a *primeira posição tanto em relação à quantidade do efetivo bovino como na produção de
carne bovina.
- No segmento industrial mato-grossense destaca-se a agroindústria. O Estado conta com indústrias que se baseiam nas
fábricas de produtos vegetais ou agrícolas, como milho e soja.
→ Mato Grosso é o *maior produtor de pescado de água doce do país, responsável por 20% da produção do Brasil, com 75,629
mil toneladas (IBGE 2013). E esse mercado tem muito a crescer. O potencial está na abundância de rios e lagos em território mato-
grossense.
- Atualmente, 72% do pescado produzido no estado são destinados ao consumo interno, de acordo com dados de 2014
do Imea. O segundo maior consumidor do peixe produzido no estado é o Pará (9,71%), seguido do Tocantins (2,35%). O plano do
Governo do Estado é estimular o aumento da produção e atrair empresas de beneficiamento do peixe para exportá-lo para outros
estados. A Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer) tem investido no setor, tanto em pesquisa
quanto na produção.

→ O estado também é o segundo maior produtor de borracha natural do país, com 40 mil hectares de área plantada e 25 mil
famílias envolvidas na atividade, conforme dados da Empaer.

→ A Usina Hidrelétrica de Sinop está incluída no Plano Nacional de Energia 2030, cujo objetivo é garantir o suprimento de energia,
atendendo a expansão da demanda energética em longo prazo.
- Regularizará a vazão do rio, o que permitirá fornecer energia elétrica mesmo no período de estiagem.
- A construção da barragem para a usina afetará municípios como Sinop, Itaúba e Cláudia, entre outros, ampliando o
mercado de trabalho.
- Integra o Complexo Hidrelétrico do rio Teles Pires e foi construída para atender ao aumento do consumo de energia,
devido à instalação de novas indústrias ligadas à mineração

Infraestrutura:
As principais rodovias federais que cortam o estado são a BR-163, BR-364, BR-070 e BR-158.
As principais rodovias estaduais são a MT-170, MT-130, MT-320, MT-338, MT-220 e MT-100.

Quanto às ferrovias, a Ferronorte interliga Mato Grosso ao Porto de Santos, em São Paulo.
- Conta com quatro terminais: Alto Araguaia, Alto Taquari, Itiquira (Mato Grosso) e Rondonópolis
(sendo este o *maior terminal intermodal da América Latina), e são responsáveis pelo escoamento de grande parte da produção
agrícola do estado. Atualmente, a Ferrovia encontra-se em posse/concessão da América Latina Logística.

→ As principais hidrovias são: Paraguai-Paraná, Rio das Mortes-Araguaia-Tocantins e Madeira-Amazonas.

→ O estado do Mato Grosso produz mais energia do que consome. Em 2014, a produção foi de 14 milhões/MWh. Desse montante,
consumiu 9 milhões/MWh e exportou 5 milhões/MWh, via o Sistema Interligado Nacional (SIN)
→ A BR-163 é uma rodovia longitudinal no sentido norte-sul, constituindo-se em uma das principais vias de escoamento da
produção de grãos das regiões Centro-Oeste e Norte.

Ferrovia Ferrogrão
→ O projeto, ligando Sinop (MT) a Miritituba (PA), quando finalizado, terá alta capacidade de transporte e
competitividade no escoamento da produção pelo Arco Norte
→ Na fronteira, Cáceres entra na lista de “cidades gêmeas” e pode se tornar polo comercial de MT portaria do Ministério do
Desenvolvimento Regional foi publicada em 24 de abril.
→ Grande potencial de integração econômica e cultural
*** As cidades-gêmeas são aquelas em que o território do município faz limite com o país vizinho e sua sede se localiza
no limite internacional, podendo ou não apresentar uma conurbação ou semi-conurbação com uma localidade do país vizinho.

PROCESSO PENAL
Conceito - Direitos e Garantias fundamentais
- A norma será material, processual ou ambas, de acordo com seu conteúdo.
- É autônomo frente ao direito penal  Pode existir mesmo que o direito penal não exista
- É instrumental  Ferramenta para que possa ser aplicado o direito penal.
- É normativo  Tem código próprio.
- Nenhum ato será nulo se dele não surgir prejuízo para uma das partes.
- A analogia é aplicada in bonam e in malam parte.
- Inclui-se o dia do início e do fim na contagem, não se prorrogando o prazo caso o último dia seja domingo ou feriado.
Finalidade imediata ou direta: garantir a intenção de punir e tutelar os direitos e garantias fundamentais.
Finalidade mediata ou indireta: garantir a proteção dos bens jurídicos relevantes.
Fonte material: União e, subsidiariamente, o DF e os estados.
Fonte formal:
• Diretas: CPP, CF, leis, tratados internacionais, e súmulas vinculantes.
• Indiretas: princípios gerais do direito, doutrina, jurisprudência, costumes e analogia.
Sistemas:
Inquisitório: sigiloso, escrito e sem contraditório, onde a confissão é a rainha das provas.
Acusatório: é imparcial, pois há contraditório e ampla defesa, publicidade e oralidade.
→ A doutrina diz que o Brasil adota o sistema acusatório.
→ Misto: parte inquisitório e parte acusatório.

Princípios:
1. Princípio do devido processo legal: princípio norteador, pois dele resulta os outros.

2. Princípio da presunção de inocência ou da não culpabilidade: ninguém será considerado culpado até o trânsito em
julgado.

3. Princípio da publicidade: o processo deve ser público, salvo quando imprescindível seu sigilo.

4. Princípio do juiz e do promotor natural: processo e a sentença será por autoridade competente, previamente conhecidos
e investidos no cargo.

5. Princípio da imparcialidade do juiz: o juiz deve absorver as infos e se manter imparcial, senão cairá nas hipóteses de
suspeição e impedimento.

6. Princípio do duplo grau de jurisdição: recursos em outras instâncias.

7. Princípio do contraditório e da ampla defesa: no IP é um direito disponível e no processo é indisponível, sob pena de
nulidade.

8. Princípio da economia processual: combinar o mínimo de recursos com o máximo de eficiência  Ex: prova emprestada

9. Princípio da não-autoincriminação: silêncio não implica culpa.

→ É vedada a formação de tribunal ou juízo de exceção


→ Quando a decisão não faz coisa julgada MATERIAL é possível novo processo.
→ aos procuradores das partes (advogado, membro do mp, etc) nunca se pode negar publicidade dos atos processuais.

Não são considerados crimes dolosos contra a vida:


- Latrocínio: trata-se de crime PATRIMONIAL
- Lesão corporal com resultado morte: A morte, aqui, decorre de culpa, portanto não se trata de crime doloso contra a
vida.
Aplicação da lei Processual penal
Lei Processual Penal No Espaço:
- A territorialidade é absoluta, pois não existe processo brasileiro correndo no exterior.
- Aplica-se a lei Br para os crimes que ocorrerem em barcos ou aviões estrangeiros que estiverem em território BR.

Exceções de aplicação da lei Br:


- Tratados, convenções e regras de direito internacional.
- Prerrogativa de foro do PR, dos Ministros de Estado e dos Ministros do STF.
- Competência da justiça militar e dos Tribunais Especiais.
- Processos por crimes de imprensa.

Lei Processual Penal No Tempo:


- Incide imediatamente no processo, sem prejuízo dos atos já praticados  Leva-se em conta a data do ato processual,
não da infração penal.
- Não retroage  Normas híbridas ou mistas que apresentam conteúdo Penal e Proc. penal, se forem mais benéficas,
devem retroagir.
- Quando algum prazo já tiver se iniciado, valerá o da lei que o trouxer maior.
- Quanto a prisão preventiva e fiança, aplica-se a lei mais benéfica.

Inquérito Policial
→ O IP tem natureza jurídica de procedimento adm extrajudicial ou preliminar, cuja finalidade é buscar indícios de autoria e
materialidade e subsidiar medidas cautelares.
→ É uma mera formalidade, sendo dispensável para a denúncia.
→ Seus vícios não causam nulidade nem contaminam a ação, sendo meras irregularidades.
→ Não produz provas, apenas elementos de info  Para virar prova, deve passar pelo contraditório e ampla defesa durante o
processo.
→ O Juiz não pode embasar condenação somente com os elementos do IP, salvo nos casos de provas cautelares, irrepetíveis ou
antecipadas, que passarão por contraditório e ampla defesa postergado ou diferido.

• Todas as peças do IP serão, num só processado, reduzidas a escrito ou datilografadas e, neste caso, rubricadas pela autoridade.

Características do IP:
- Administrativo → Instaurado e conduzido por autoridade policial
-Sigiloso → Em relação ao povo em geral
-Escrito → todos os atos devem ser escritos
-Inquisitivo → Pré Processual, não há contraditório e ampla defesa
-Oficial → é conduzido por um órgão oficial do Estado
-Dispensável → não é obrigatório
-Indisponível → Uma vez instaurado o IP, o delegado não pode arquivá-lo (competência exclusiva do judiciário)
-Discricionário → A autoridade policial pode conduzir o IP da maneira que achar mais frutífera
-Oficioso → deve ser instaurado de ofício pelo delegado sempre que tiver notícia de um delito de ação penal púb. incondicionada

→ No interrogatório em sede POLICIAL o indiciado deve ser alertado sobre o seu direito a advogado.

Ministério público:

- Participação de membro do MP na fase de IP não acarreta o seu impedimento ou suspeição para o oferecimento da
denúncia;
- O MP não pode requerer a devolução do inquérito ao delegado, salvo para novas diligências, imprescindíveis ao
oferecimento da denúncia;
• Recebendo o IP, o promotor poderá oferecer a denúncia; pedir o arquivamento; solicitar diligências ou realizar
diligências.
- O MP pede o arquivamento, mas quem decide se será arquivado é o juiz.

Delegado:
- Fornece às autoridades judiciárias as infos necessárias à instrução e julgamento dos processos;
- Realiza as diligências requisitadas pelo juiz ou pelo MP;
- Cumpre os mandados de prisão expedidos pelas autoridades judiciárias;
- Representa acerca da prisão preventiva.
- Somente ele pode indiciar no IP. → o ato de indiciamento é privativo da autoridade policial

• Seu superior hierárquico pode avocar e redistribuir os IP caso haja interesse público ou motivo fundamentado.
• As partes do IP não podem opor exceção de suspeição contra o delegado, mas por uma questão de moralidade e impessoalidade
ele mesmo deve se declarar suspeito.

Instauração: bastam indícios de existência do crime, sendo dispensável provas de materialidade ou autoria.
• Será instaurado:
- De ofício.
- Mediante requerimento do ofendido ou representante legal.
- Mediante requisição do MP ou do MJ.
- Por intermédio do APF.
- Em virtude de delatio criminis anônima, após apuração preliminar.

• Será instaurado em toda infração penal com pena máxima superior a 2 anos, ou que envolva violência doméstica e familiar ou nos
crimes de Ação incondicionada.
• Não será instaurado nas infrações de menor potencial ofensivo e quando não houver representação ou requisição nas ações
condicionadas.

Prazos: contado a partir do dia da prisão ou da expedição da portaria, caso esteja solto.
Indiciado preso: 10 + 15 dias;
Indiciado solto: 30 dias prorrogáveis;

– Justiça federal  Preso → 15 + 15 dias prorrogáveis;

Solto → 30 dias

-Crimes da lei de drogas → 30 dias preso +30

90 dias solto + 90

– Crimes militares → 20 dias preso

40 dias solto + 20

– Crimes contra economia popular → 10 dias preso ou solto

Se o delegado descumprir o prazo com o indiciado solto, não haverá nenhuma sanção, se descumprir com o indiciado preso, haverá
sanções e a prisão será relaxada.

→ Não se computará o prazo o dia do começo, incluindo-se porém o dia do vencimento


→ Estando preso a doutrina e jurisprudência entendem que o prazo é MATERIAL → inclui o dia do começo.

Diligências:

Logo que tiver conhecimento da prática da infração, a autoridade policial deverá:

• Dirigir-se ao local, providenciando para que não se alterem o estado e conservação das coisas, até a chegada dos peritos;
• Apreender os objetos que tiverem relação com o fato, após liberados pelos peritos criminais;
• Colher todas as provas que servirem para o esclarecimento do fato e suas circunstâncias;
• Ouvir o ofendido;
• Ouvir o indiciado;
• Proceder a reconhecimento de pessoas e coisas e a acareações;
• Determinar, se for caso, que se proceda a exame de corpo de delito e a quaisquer outras perícias;
• Ordenar a identificação do indiciado pelo processo datiloscópico, se possível, e fazer juntar aos autos sua folha de antecedentes;
• Averiguar a vida pregressa do indiciado, sob o ponto de vista individual, familiar e social, sua condição econômica, sua atitude e
estado de ânimo antes e depois do crime e durante ele, e quaisquer outros elementos que contribuírem para a apreciação do seu
temperamento e caráter.

Reprodução simulada dos fatos: o delegado pode solicitá-la com o intuito de entender a lógica criminosa  Não pode ofender a
moralidade e a ordem pública.
- A presença do investigado é obrigatória, mas sua participação é facultativa.

Ação Penal

Condições da Ação penal:


- Possibilidade jurídica do pedido
- Interesse de agir
- Legitimidade
- Justa causa.

• Denúncia Anônima, ou Apócrifa, não pode ser utilizada como fonte única para instaurar IP, Ação Penal ou PAD  Antes deve ser
feito a verificação de procedência das infos.
• Em regra, a ação penal é pública, salvo quando a lei expressamente diz o contrário.
• PJ pode propor ação e também sofrer ação (nos casos de crime ambiental)

A.P. Pública: o titular é o MP, que faz a Denúncia.


- Seja qual for o crime, quando praticado em detrimento do patrimônio ou interesse da União, Estado e Município, a ação
será pública.
• Princípios:

Obrigatoriedade  MP deve entrar com a ação


Indisponível  MP não pode desistir da ação
Divisibilidade  MP pode processar os indiciados separadamente.
Intranscendência  Não passa para outra pessoa
Autoritariedade  O Estado é o detentor exclusivo do direito de ação.

• Será facultada a separação dos processos quando:


- As infrações tiverem sido praticadas em circunstâncias de tempo ou de lugares diferentes.
- Pelo excessivo nº de acusados e para não Ihes prolongar a prisão provisória, ou por outro motivo relevante, o juiz
reputar conveniente a separação.

Incondicionada: MP entra de ofício.

• Utilizada nos crimes de:


- Lesão corporal resultante de violência doméstica contra mulher  Nos demais é pública condicionada.
- Todos os crimes contra a dignidade sexual.

Condicionada: necessita de representação da vítima ou de requisição do MJ, caso contrário não pode haver IP, APF nem processo
penal.
- A representação pode ser feita pelo ofendido ou por quem tiver qualidade para representá-lo, em até 6 meses a contar
do conhecimento da autoria, após esse período estará extinta a punibilidade e se perderá o direito de ação.
- A requisição do MJ não está sujeita a prazo decadencial, ou seja, pode ser oferecida enquanto não extinta a punibilidade.
- A representação será irretratável após o oferecimento da denúncia.

A.P. Privada: o titular é o querelante, que faz a Queixa-Crime.


- Quanto a competência, o querelante pode optar pelo local da consumação ou do domicílio do réu.
- A queixa-crime é a peça inaugural da Ação Privada e é justamente ela que vai interromper o prazo decadencial de 6
meses, assim o requerimento de instauração de IP não interrompe prazo decadencial.

Princípios:  DOII

Disponibilidade: pode desistir da ação até seu trânsito em julgado, através do perdão ou da perempção.
- O perdão se estende a todos, mas só extingue a punibilidade daqueles que aceitarem (silêncio de 3 dias presume
aceitação).
Oportunidade: o ofendido pode propor a ação em até 6 meses a contar do conhecimento da autoria;
Indivisibilidade: a queixa deve ser contra todos os agressores.
• A renúncia em relação a um dos autores se estende para todos  Renúncia e decadência extinguem a punibilidade.
- A renúncia pode ser expressa ou tácita (ato incompatível de quem quer propor a ação).
Intranscendência;

Ação Privada Personalíssima: só pode ser proposta pelo ofendido  Se for menor de idade, aguarda-se a maioridade.

Ação Privada Subsidiária da Pública: cabível quando o MP não entra com a Ação Pública nos prazos legais.
- O MP permanece como titular da ação (assistente Litisconsorcial), podendo oferecer denúncia substutiva, intervir nos
termos do processo, fornecer provas ou interpor recursos.
- É impossível o perdão ou a perempção.
- O MP pode retomar a ação a qualquer momento, em caso de negligência do querelante.

Os institutos do perdão do ofendido e da renúncia só se aplicam a ação penal privada.


Perdão: quando a vítima não deseja prosseguir com a ação, perdoando o querelado. DEPOIS DE AJUIZADA A AÇÃO. (Princípio da
disponibilidade)
Renúncia: prática de ato incompatível com a vontade de ver processado o infrator (querelado). ANTES DE AJUIZADA A AÇÃO.
(Princípio da oportunidade) (Ex: vítima se casa com o infrator)
AÇÃO PENAL PRIVADA = QUEIXA-CRIME = DECADÊNCIA 6 MESES. *

O instituto da RENÚNCIA é cabível somente em AÇÃO PENAL PRIVADA.


Já o DIREITO DE RETRATAÇÃO, é cabível em AÇÃO PENAL PÚBLICA CONDICIONADA A REPRESENTAÇÃO.

O perdão acaba com a queixa.


RENÚNCIA ao direito de queixa a um dos ofendidos a todos se estenderá. **
O PERDÃO do ofendido aproveitará apenas para quem aceitar.
Não é admitido o "perdão" oferecido depois do Trânsito em Julgado.
BIZU:
REDE ANTES
PEPE DEPOIS

RENÚNCIA - ANTES DA AÇÃO


DESISTÊNCIA - ANTES DA AÇÃO
PERDÃO - DEPOIS
PEREMPÇÃO - DEPOIS

As fundações, associações ou sociedades legalmente constituídas poderão exercer a ação penal, devendo ser representadas por
quem os respectivos contratos ou estatutos designarem ou, no silêncio destes, pelos seus diretores ou sócios-gerentes. >> PJ pode
ser sujeito ativo. Sujeito passivo só em crimes ambientais.

Ação Penal Pública: ODIO


Oficialidade: Ajuizada por órgão oficial do Estado
Divisibilidade: O MP pode processar indiciados separadamente
Indisponibilidade: O MP não poderá desistir da ação penal *
Obrigatoriedade: o MP está obrigado a oferecer a ação penal, se presentes os requisitos
Ação Penal Privada: DOI
Disponibilidade: Titular pode desistir da ação penal proposta
Oportunidade: Conveniência e oportunidade
Indivisibilidade: A vítima processa todos ou ninguém. *

Nos crimes de lesão corporal:


Culposa / Leve: Ação Condicionada.
Grave / Gravíssima: Ação Incondicionada.

Lei Maria da Penha


Todas as lesões: Ação Incondicionada.
Impedimento do juiz: são objetivas, no sentido de que envolvem um vínculo entre o juiz e o objeto do litígio, relacionadas a fatos
internos ao processo, capazes de prejudicar a imparcialidade do magistrado.
Suspeição do juiz: são circunstâncias subjetivas. O vício é externo, existindo vínculo entre o juiz e a parte ou entre o juiz e a
questão discutida no feito, relacionadas a fatos externos ao processo, capazes de prejudicar a imparcialidade do magistrado. *
- O juiz é suspeito quando ele:
CAI ATÉ RECEBER CONSELHO
Credor / devedor
Amigo íntimo / inimigo
Interesse no processo
ATEnder as despesas do processo
RECEBER presente
ACONSELHAR a parte

OB é de uso interno PARA CAUSAR IMPEDIMENTO


SU SU= SUBJETIVO SUSPEIÇÃO
O delegado não pode ser considerado impedido ou suspeito de presidir o IP pelas futuras partes, apenas por ele mesmo.
 Em qualquer fase da investigação policial ou do processo penal, caberá a prisão preventiva:
1. Decretada pelo juiz,
2. A requerimento do Ministério Público, do querelante ou do assistente,
3. Ou por representação da autoridade policial.

→ O processo seguirá sem a presença do acusado que, citado ou intimado pessoalmente para qualquer ato, deixar de comparecer
sem motivo justificado, ou, no caso de mudança de residência, não comunicar o novo endereço ao juízo.

Em todos os termos da ação pública, poderá intervir, como assistente do Ministério Público, o ofendido ou seu representante legal,
ou, na falta, qualquer das pessoas mencionadas no Art. 31.
→ SÓ ATUA NO PROCESSO
→ NÃO ATUA NA FASE INVESTIGATÓRIA
→NÃO ATUA APÓS TRÂNSITO EM JULGADO

*STJ, 51 – A PUNIÇÃO DO INTERMEDIADOR, NO JOGO DO BICHO, INDEPENDE DA IDENTIFICAÇÃO DO “APOSTADOR” OU DO


“BANQUEIRO”.

→ Havendo pedido de arquivamento, não há caracterização de inércia do Parquet, o que impede a propositura da ação penal
privada subsidiária da pública.
Arquivamento do IP - Em regra, faz coisa julgada FOrmal. Pode ser desarquivado e rediscutir o assunto, desde que surjam novas
provas. (EndOprocessual)*
-> STJ e Doutrina Majoritária: Arquivamento que faz coisa julgada material:
1) Atipicidade da conduta
2) Extinção da Punibilidade
3) Excludentes de Ilicitude
-> STF: Arquivamento que faz coisa julgada maTerial: (ExTraprocessual)
1) Atipicidade da conduta
2) Extinção da Punibilidade
OBS.: STF NÃO reconhece que excludente de ilicitude faça coisa julgada material! Cuidado!!

ARQUIVAMENTO
IMPLÍCITO → Deixa de INCLUIR na denúncia algum fato (OBJETIVO) investigado ou indiciado. (SUBJETIVO)
INDIRETO → INCOMPETÊNCIA do juiz
O ARQUIVAMENTO IMPLÍCITO NÃO é ACEITO NO BRASIL.

O Juiz pode formular sua decisão com base apenas nas provas produzidas no inquérito policial?
R: a) Se for condenar o réu: NÃO
b) Se for absolver o réu: SIM

Na dúvida entre a autoridade policial indiciar ou não, ele indicia ( in dubio pro societate );
Na dúvida entre o promotor oferecer ou não a denúncia, ele oferece ( in dubio pro societate );
Na dúvida entre o juiz aceitar ou não a denúncia, ele aceita, ( in dubio pro societate );
Na dúvida entre o juiz condenar ou não o réu, ele não condena (in dubio pro reo );

Acordo de não persecução penal:


Não sendo caso de arquivamento e tendo o investigado confessado formal e circunstancialmente a prática de infração penal sem
violência ou grave ameaça e com pena mínima inferior a 4 anos, o Ministério Público poderá propor acordo de não persecução
penal, desde que necessário e suficiente para reprovação e prevenção do crime.
- Será formalizado por escrito e será firmado pelo membro do Ministério Público, pelo investigado e por seu defensor.
- Para a homologação do acordo será realizada audiência na qual o juiz deverá verificar a sua voluntariedade, por meio da
oitiva do investigado na presença do seu defensor, e sua legalidade.
- Se o juiz considerar inadequadas, insuficientes ou abusivas as condições dispostas no acordo de não persecução penal,
devolverá os autos ao Ministério Público para que seja reformulada a proposta de acordo, com concordância do investigado e seu
defensor.
→ O acordo não faz coisa julgada material.
- Descumpridas quaisquer das condições o MP comunica ao juízo para fins de rescisão e posterior oferecimento da
denúncia.

Instauração de IP/PAD com BASE em denúncia anônima: PODE!


Instauração de IP/PAD com BASE EXCLUSIVA em denúncia anônima: NÃO PODE!

Termo Circunstanciado de Ocorrência - TCO


→ Dos Juizados especiais Criminais (Lei 9.099/95)

Aplica-se às infrações de menor potencial ofensivo, sendo elas:


- Contravenções penais.
- Crimes com pena máxima não superior a 2 anos.
• A autoridade policial que tomar conhecimento da ocorrência lavrará o termo circunstanciado e o encaminhará imediatamente ao
Juizado, com o autor do fato e a vítima, providenciando-se as requisições dos exames periciais necessários.
- Ao autor do fato que, após a lavratura do termo, for imediatamente encaminhado ao juizado ou assumir o compromisso
de a ele comparecer, não se imporá prisão em flagrante, nem se exigirá fiança.
- Em caso de violência doméstica, o juiz poderá determinar, como medida cautelar, seu afastamento do lar, domicílio ou
local de convivência com a vítima.

Atos processuais:

• A competência do Juizado será determinada pelo lugar em que foi praticada a infração penal.
• Os atos processuais serão públicos e poderão realizar-se em horário noturno e em qualquer dia da semana, conforme dispuserem
as normas de organização judiciária.
- Serão válidos sempre que preencherem as finalidades para as quais foram realizados, atendidos os seguintes critérios:
oralidade, simplicidade, informalidade, economia processual e celeridade, objetivando, sempre que possível, a reparação dos danos
sofridos pela vítima e a aplicação de pena não privativa de liberdade.
• Não se pronunciará qualquer nulidade sem que tenha havido prejuízo.
• A prática de atos processuais em outras comarcas poderá ser solicitada por qualquer meio hábil de comunicação.
• Serão objeto de registro escrito exclusivamente os atos havidos por essenciais.
- Os atos realizados em audiência de instrução e julgamento poderão ser gravados em fita magnética ou equivalente.
• A citação será pessoal e far-se-á no próprio Juizado, sempre que possível, ou por mandado.
- Não encontrado o acusado para ser citado, o Juiz encaminhará as peças existentes ao Juízo comum para adoção do
procedimento previsto em lei.
• A intimação far-se-á por correspondência, com aviso de recebimento pessoal ou, tratando-se de PJ ou firma individual, mediante
entrega ao encarregado da recepção, que será obrigatoriamente identificado, ou, sendo necessário, por oficial de justiça,
independentemente de mandado ou carta precatória, ou ainda por qualquer meio idôneo de comunicação.

Provas
• A prova deve ser revestida de legitimidade (cumprimento das formalidades processuais) e legalidade (produzida dentro da lei),
sempre produzida diante do juiz.
- O Ônus da prova cabe a acusação.
- As partes têm o direito de empregar todos os meios legais e moralmente legítimos para provar a verdade dos fatos em juízo.
- O Juiz não pode embasar condenação somente com os elementos do IP, salvo nos casos de provas cautelares, irrepetíveis ou
antecipadas, que passarão por contraditório e ampla defesa postergado ou diferido.
- O Brasil adotou o sistema taxativo de prova, como regra.
Sistema do Livre convencimento motivado  É a regra no Brasil: o Juiz tem ampla liberdade na valoração da prova, mas deve
motivar sua decisão com base em dados e critérios objetivos.

Sistema de prova tarifada  A prova tem valor absoluto, como as certidões.


- Aceito apenas em situações excepcionais.
Sistema da íntima convicção do magistrado  Admitida apenas nos casos do Tribunal do Júri, onde a decisão é dada sem a
necessidade de motivação.
Princípio da busca da verdade:
- Antes da ação penal, o juiz poderá produzir provas, caso haja urgência e relevância, observando a adequação,
necessidade e proporcionalidade da medida.
- Durante a ação penal até antes da sentença, o juiz poderá determinar diligências para dirimir dúvida sobre ponto
relevante.
Meios de prova: meios utilizados pelas partes para o convencimento do Juiz.
Meios de obtenção de prova: meios que servem de instrumento para a obtenção da prova.

Classificação das provas:


Prova direta: refere-se ao fato, demonstrando-o por si.
- Ex: faca ensanguentada;
Prova Indireta: refere-se a um fato alheio ao crime, mas que tem ligação.
- Ex: indícios e presunções
Prova plena: permite a condenação, imprimindo no Juiz a certeza quanto ao fato.
Prova não plena: é limitada quanto à profundidade, mas que já permite, por exemplo, a aplicação de medidas cautelares.
Provas nominadas: aquelas cujos meios de produção estão previstos em lei.
Provas inominadas: aquelas cujos meios de produção não estão previstos na lei.
Prova emprestada: deve ter as mesmas partes nos processos, ou ao menos ter o réu como protagonista.
- Deve ser os mesmos fatos;
- Deve ocorrer novo contraditório e ampla defesa.

Provas ilícitas: violam a norma material, ferindo de morte o ordenamento jurídico  Provas ilegítimas violam a norma processual.
- O Juiz que conhecer o conteúdo da prova ilícita está impedido de dar a sentença ou acórdão.
- É possível o uso da prova ilícita em favor do réu  Teoria da proporcionalidade.
- Prisão ilegal faz com que as provas obtidas em decorrência dela sejam ilegais.
• A prova ilícita produzida no processo contamina todas as provas dela decorrentes, mas deve ficar evidenciado o nexo de
causalidade entre elas.
- Considera-se válida a prova derivada da ilícita que possa ser obtida por fonte independente da prova ilícita  Teoria da
fonte independente.
- Considera-se válida a prova derivada da ilícita que seria produzida de qualquer forma  Teoria da descoberta inevitável.

Corpo de delito: vestígio quem tem relação direta ou indireta com o crime.
- Deve ser dividido em duas partes, uma para análise pericial e outra para contra-amostra.
- Deve ser guardada até o término do processo.
Exame de corpo de delito: quando a infração deixar vestígios, será indispensável o exame de corpo de delito, direto ou indireto, não
podendo supri-lo a confissão do acusado  Não realizar o exame é motivo de nulidade do processo.
- Pode ser feito em qualquer horário.
- Não sendo possível o exame de corpo de delito, por haverem desaparecido os vestígios, a prova testemunhal poderá
suprir-lhe a falta.
- Os cadáveres serão fotografados na posição em que forem encontrados, bem como as lesões externas e os vestígios do
crime.
• Exame Direto: realizado diretamente sobre o corpo de delito
• Exame Indireto: é feito por intermédio de testemunhas, prontuários, fotografias…
- Há prioridade no exame os crimes que envolvam violência doméstica contra mulher e nos crimes de violência contra
criança, adolescente, idoso ou deficiente.
Cadeia de custódia: conjunto de todos os procedimentos utilizados para manter e documentar a história cronológica do vestígio
coletado em locais ou em vítimas de crimes, para rastrear sua posse e manuseio a partir de seu reconhecimento até o descarte.
- Inicia-se com a preservação do local do crime  O agente que reconhecer um elemento como de potencial interesse fica
responsável por sua preservação.
Vestígio: todo objeto ou material bruto, visível ou latente, constatado ou recolhido, que se relaciona com a infração penal.
• Rastreamento dos vestígios:
1º Reconhecimento
2º Isolamento
3º Fixação  Descrição detalhada do vestígio conforme foi encontrado
4º Coleta
- Deve ser feita preferencialmente por perito oficial.
5º Acondicionamento
- Os vestígios são embalados de forma individualizada, de acordo com suas características físicas, químicas e biológicas,
com a anotação da data, hora e nome de quem coletou e acondicionou
6º Transporte
7º Recebimento  Transferência da posse do vestígio
8º Processamento  Exame pericial em si
9º Armazenamento  Guardar adequada do vestígio
10º Descarte
Perito: especialista que auxilia o Juiz, tendo autonomia técnica, científica e funcional.
Perito oficial: perito aprovado em concurso.
- Perícias mais complexas podem ser feitas por mais de um perito, sendo admitido também mais de um assistente técnico.
- Na falta de perito oficial, o exame será realizado por 2 pessoas idôneas, portadoras de diploma de curso superior
preferencialmente na área específica, dentre as que tiverem habilitação técnica relacionada com a natureza do exame.

Assistente técnico: pessoa indicada para reanalisar as conclusões do perito, podendo ser indicada pelo MP, assistente de acusação,
ofendido, querelante e acusado.

Laudo pericial: instrumento produzido por um agente oficial do Estado  Produto da perícia.
- 10 dias prorrogáveis para ser concluído.
- Se a perícia for realizada por mais de um perito e eles tiverem opiniões divergentes, o Juiz pode solicitar que um terceiro
perito solucione a divergência, e se a opinião dele for diferente da dos dois, pode determinar uma nova perícia feita por outros
peritos.
• O Brasil adota o sistema liberatório de apreciação do laudo, onde o Juiz não está vinculado a ele, podendo rejeitá-lo, em todo ou
em parte.

Interrogatório do Acusado: meio de prova e de defesa  Sua realização é obrigatória, sob pena de nulidade, mas a presença do
interrogado não é obrigatória.
- É obrigatória a presença de advogado  Sua falta causa nulidade absoluta, caso haja prejuízo ao réu.
- Acontecerá na fase processual, como último ato da instrução.
- É ato público, personalíssimo, feito individualmente e de maneira oral, na presença do juiz e de forma espontânea.
- No caso de morte do acusado, o juiz somente à vista da certidão de óbito e depois de ouvir o MP, declarará extinta a
punibilidade.

Interrogatório do Réu Preso:


Regra: o Juiz se deslocará ao local onde está o réu.
- O interrogatório será feito em sala própria, garantindo a segurança do Juiz, do MP e dos auxiliares (esqueceram do
advogado), com a presença do defensor e a publicidade do ato.

Exceção  Réu ir ao fórum.


• Excepcionalmente, poderá ser feito por videoconferência, desde que seja para:
- Prevenir risco a segurança pública, quando exista fundada suspeita de que o preso integre ORCRIM ou que possa fugir
durante o deslocamento;
- Viabilizar a participação do réu, quando for difícil comparecer em juízo;
- Impedir a influência do réu no ânimo das testemunhas ou da vítima, desde que não seja possível colher o depoimento
destas por videoconferência;
- Responder à gravíssima questão de ordem pública.

Interrogatório da PJ: será por meio de um preposto (advogado), ou de seus diretores, ou dos seus sócios adm, e essas declarações
vinculará a ré.

Confissão: o acusado admite a veracidade das acusações  É retratável e divisível.


- Nos casos em que se retratar, o juiz deve considerar a versão que melhor se harmoniza com o restante das provas.
- Não possui valor absoluto, pois o Juiz deve confrontá-la com as demais provas para ver se há concordância.
- Não se pode mentir na confissão.
- Não supre o exame de corpo de delito.
- Silêncio não é confissão e não pode ser interpretado em prejuízo da defesa.
• Pode ser Simples (confissão sem excludente) ou Qualificada (confissão com excludente).

Ofendido: não tem compromisso de dizer a verdade, mas se mentir pode ser responsabilizado por denunciação caluniosa, jamais
por falso testemunho.
- Seu comparecimento é obrigatório, sendo que a ausência resulta em condução coercitiva e desobediência, ou em
perempção.
Testemunhas: qualquer pessoa com capacidade para depor.
- Seu comparecimento é obrigatório  Deve informar o juiz onde encontrá-la.
- Deve ser feito diante do Juiz e de maneira oral, com exceção do PR e do Vice da República, PR da Câmara, do Senado e do
STF.
- As testemunhas serão ouvidas individualmente, depois farão o juramento e a qualificação. Em caso de reperguntas, as
partes farão pelo sistema direto e cruzado  O depoimento será reduzido a termo e assinado.
• Tem o compromisso de dizer a verdade, salvo se for doente mental ou menor de 14 anos.
- Não é obrigatória depor contra CADI, salvo se for a única fonte de prova, porém não são obrigados a se comprometer
com a verdade.
• Proibidos de testemunhar: pessoas que, em razão de função, ministério, ofício ou profissão, devam guardar segredo, salvo se a
parte interessada autorizar.

→ A testemunha não poderá eximir-se da obrigação de depor. Poderão, entretanto, recusar-se a fazê-lo o ascendente ou descendente, o afim em linha
reta, o cônjuge, ainda que desquitado, o irmão e o pai, a mãe, ou o filho adotivo do acusado, salvo quando não for possível, por outro modo, obter-se ou
integrar-se a prova do fato e de suas circunstâncias."

Acareação: surubão  Todo mundo com todo mundo, exceto os peritos (STJ já manifestou essa possibilidade quando houver
suspeita de elaboração de perícia falsa).
- Os acareados serão reperguntados, para que expliquem os pontos de divergências, reduzindo-se a termo o ato de
acareação;

Indícios: circunstâncias conhecidas e provadas das quais é possível concluir outras circunstâncias.
- Podem levar à condenação, desde que sejam plúrimos, incriminadores e congruentes.

Exame Complementar de Lesão Corporal: realizado por médico-legista, visa complementar um exame anterior, ou atestar a
impossibilidade de desempenho de ocupação habitual por mais de 30 dias, no crime de lesão corporal grave.

Exame Grafotécnico: utilizado para identificar letra ou escrita  A colaboração do réu, escrevendo aquilo que lhe for ditado, não é
obrigatório.

Interceptação telefônica  Somente o Juiz pode determiná-la.


- É admitida quando há indícios razoáveis de autoria ou participação, sendo cabível apenas nos crimes cuja pena seja de
reclusão.
- Tem prazo de 15 + 15, podendo se estender infinitamente, se devidamente fundamentado  Provas obtidas fora do
prazo autorizado são ilícitas.
• Segundo o STF:
- Prova obtida por interceptação telefônica decretada por juízo incompetente é ilícita, ainda que o ato seja indispensável
para salvaguardar o objeto da persecução penal.
- Gravação de conversa telefônica feita por um dos interlocutores sem o conhecimento do outro não é prova ilícita, desde
que ausente causa legal específica de sigilo.

Busca e Apreensão
- A busca domiciliar deve ser precedida de mandado, caso o Juiz não esteja junto.
- Pode ser feita de dia, a qualquer momento, ou à noite, com a autorização do morador.
- A ausência do morador não impede a busca, sendo solicitada a presença de algum vizinho como testemunha.
O mandato de busca deverá:
- Indicar o local e o nome do morador (se for de busca pessoal, o nome da pessoa ou sinais que o identifiquem; se houver
ordem de prisão, estará escrita no mandato; não será admitida a apreensão de documentos em poder do acusado, salvo se for
corpo de delito).
- Citar o motivo e os fins da diligência.
- Ser subscrito pelo escrivão e assinado pela autoridade que o fizer expedir.
• No fim da diligência, será lavrado o auto circunstanciado, que será assinado por duas testemunhas.
Busca domiciliar: só pode ocorrer por fundadas razões e mediante mandado.
Busca pessoal: não depende de mandado no caso de prisão em flagrante ou quando houver fundada suspeita de que a pessoa
esteja na posse de arma proibida ou de objetos ou papéis que constituam corpo de delito, ou durante a busca domiciliar.
- A busca pessoal em mulher será feita por outra mulher, desde que não retarde ou prejudique a diligência.
- Se o celular for apreendido decorrente de uma autuação por flagrante, as infos contidas nele estarão protegidas; se for
apreendido mediante mandado de busca, as infos podem ser acessadas, se especificado no mandado.
• Requisitos para diligência em escritório de advogado:
- Deve haver indícios de autoria e materialidade de crime praticado pelo próprio advogado.
- Quebra da inviolabilidade pela autoridade judiciária
- Decisão deve estar fundamentada
- Acompanhamento da diligência por um representante da OAB.

Prisões
→ Pode ser Extrapenal (Civil ou Militar), Penal ou Cautelar (Flagrante, Preventiva e Temporária).
→ Não é possível a execução provisória da pena, salvo em casos do Tribunal do Júri onde estejam presentes os requisitos da prisão
preventiva ou em condenação igual ou superior a 15 anos de reclusão.

Prisão em flagrante:
Função da prisão em flagrante:
- Evitar a fuga;
- Facilitar a colheita de provas;
- Impedir a consumação do delito;
- Preservar a integridade física do preso.
• Nos crimes de menor potencial ofensivo não é lavrado o APF, e sim o TCO.
• Se o Delegado observar ausência de situação de flagrante, ele não deve lavrar o APF.
• Qualquer pessoa pode prender em flagrante, sendo uma obrigação para autoridade policial e uma faculdade para qualquer do
povo.

Flagrante próprio, perfeito, real ou verdadeiro: o agente está cometendo o crime ou acaba de cometê-lo.

Flagrante impróprio, imperfeito, irreal ou quase-flagrante: o autor é perseguido, logo após, por qualquer um, em situação que faça
presumir ser ele o autor do crime.

Flagrante presumido, ficto ou assimilado: o agente é preso logo após, com instrumentos que façam presumir ser ele o autor.

Flagrante esperado: a polícia aguarda o momento do cometimento do crime para realizar a prisão.
- É lícito.

• É diferente de ação controlada, onde o agente já está em situação de flagrante.


- Depende da comunicação ao Juiz.

Flagrante prorrogado ou diferido: quando, mediante a uma situação que já admite flagrante, o policial retarda sua intervenção para
um momento posterior e mais conveniente para a investigação.
- É uma exceção ao dever de prender.
Flagrante provocado ou preparado: o policial induz o agente a praticar um crime com o objetivo de prendê-lo em flagrante.
- Hipótese de crime impossível e é ilícito.

Não podem ser presos em flagrante:


- Menores de 18 anos  Entre 12 e 18 podem ser apreendidos, mas não presos.
- PR da República
- Deputados Federais e Senadores  Só podem ser presos em flagrante de crime inafiançável.
- Juiz e membros do MP  Só podem ser presos em flagrante de crime inafiançável.
- Diplomatas estrangeiros.
- Aquele que, após cometer o delito, apresenta-se espontaneamente à autoridade policial.
- Autor de crime de menor potencial ofensivo só será preso se recusar a comparecer ao juizado ou se negar a assumir o
compromisso de comparecer em juízo.
Fases da Prisão em Flagrante:
- Captura do agente;
- Condução coercitiva ao delegado;
- Lavratura do APF;
- Recolhimento ao cárcere.
• Nos crimes de Ação Condicionada e de Ação Privada é possível a captura e a condução coercitiva do agente, mas só é possível
lavrar o APF caso haja manifestação da vítima.

Procedimentos:
Serão ouvidos nessa ordem:
- Condutor;
- Testemunhas  Ao menos duas;
- Ofendido, se possível;
- Acusado.
• O acusado será preso, soltou ou pagará fiança.
• A falta de testemunhas da infração não impedirá APF; mas, nesse caso, com o condutor, deverão assiná-lo pelo menos duas
pessoas que hajam testemunhado a apresentação do preso à autoridade.
• Quando o acusado se recusar a assinar, não souber ou não puder fazê-lo, o APF será assinado por duas testemunhas, que tenham
ouvido sua leitura na presença deste.
• A competência para lavrar o APF é do Delegado e do Escrivão  Se este estiver impossibilitado, o Delegado poderá designar
qualquer um para fazê-lo, desde que preste o compromisso legal.
• A prisão e o local onde o preso se encontra será comunicado imediatamente ao Juiz, ao MP e à família ou pessoa indicada.

• Em até 24 h o APF será enviado ao Juiz e ao Defensor público, caso não informe o nome do advogado.
• Em até 24 h será entregue ao preso, mediante recibo, a nota de culpa, assinada pela autoridade, como o motivo da prisão, o
nome do condutor e os das testemunhas

Ao receber o APF, o Juiz deverá fundamentadamente:


• Relaxar a prisão, se ilegal;
- Isso não impede que o Juiz decrete a prisão preventiva ou outra medida cautelar.
• Converter a prisão em flagrante em preventiva, se presentes os requisitos;
- Pode ser feita de ofício.
• Conceder a liberdade provisória com ou sem fiança;
- Regra na audiência de custódia.
- Se o Juiz verificar que o agente é reincidente ou que integra ORCRIM armada ou milícia, ou que porta arma de fogo de
uso restrito, deverá negar a liberdade provisória.

Inafiançáveis: RAÇÃO e 3TH


Racismo
Ação de grupos armados
Tráfico
Tortura
Terrorismo
Hediondos
• O Delegado só pode conceder fiança aos crimes com pena máxima não superior a 4 anos  Nos demais, a fiança será requerida
ao Juiz, que decidirá dentro de 48 h.

Medidas cautelares:
A regra será a aplicação da medida cautelar e a exceção será a prisão preventiva.
• O Juiz não pode conceder de ofício as medidas cautelares.
- Só podem ser concedidas mediante requerimento das partes ou, durante a investigação, com a representação do
delegado ou requerimento do MP.
- O não cabimento de medida cautelar deve ser justificado de forma fundamentada nos elementos presentes do caso
concreto, de forma individualizada.
- No caso de descumprimento da medida, o Juiz só poderá substitui-la, cumulá-la ou decretar a prisão preventiva
mediante requerimento do MP, de seu assistente ou do querelante.
- O Juiz pode atuar de ofício ou a pedido das partes para revogar, substituir por uma menos grave ou para voltar a
decretá-la;

Prisão Preventiva  Prisão cautelar, decretada a pedido do delegado, do MP ou do querelante (o juiz não pode decretar de ofício),
durante a investigação ou processo, sempre que estiverem preenchidos os requisitos legais e que não seja possível aplicar outras
medidas cautelares.
- Não pode ser utilizada para antecipação de pena ou como decorrência imediata da investigação ou recebimento da
denúncia.
- A necessidade de manter a preventiva deve ser revista a cada 90 dias.
- O Juiz, de ofício ou a pedido das partes, pode revogar a preventiva se faltar os motivos para mantê-la, bem como pode
novamente decretá-la, caso os motivos retornem.

Pressupostos para a decretação:


- Garantia da ordem pública;
- Garantia da ordem econômica;
- Por conveniência da instrução criminal;
- Para assegurar a aplicação da lei penal, quando houver prova da existência do crime e indícios de autoria e de perigo
gerado pela liberdade do imputado.
• A decisão que decretar a preventiva deve ser motivada e fundamentada.
• Também pode ser decretada em caso de descumprimento de outras medidas cautelares.

Hipóteses que admitem a preventiva:


- Crimes dolosos com pena máxima superior a 4 anos;
- Reincidente em crime doloso, com sentença transitada em julgado;
- Em violência doméstica e familiar;
- Quando houver dúvidas sobre a identidade civil de alguém, sendo posto em liberdade assim que isso for esclarecido.

Prisão Temporária  Prisão cautelar, decretada durante o IP, com prazo determinado, quando:
- A prisão do indivíduo for indispensável para a obtenção de elementos de info quanto à autoria e materialidade;
- O indiciado não tiver residência fixa ou não fornecer elementos para o esclarecimento de sua identidade.
Cabe apenas para um rol taxativo de crimes:
- Homicídio doloso;
- Sequestro ou cárcere privado;
- Roubo;
- Extorsão;
- Extorsão mediante sequestro;
- Atendendo violento ao pudor;
- Rapto violento;
- Epidemia com resultado morte;
- Envenenamento de água potável, alimento ou medicamento qualificado pelo resultado morte;
- Quadrilha ou bando;
- Genocídio;
- Tráfico de drogas;
- Crimes contra o sistema financeiro;
- Crimes da Lei de Terrorismo;
- Crime Hediondos.

Processos dos Crimes de Responsabilidade dos funcionários públicos


Os crimes funcionais podem ser:
• Próprios – Quando a conduta somente é ilícita penalmente quando praticada pelo funcionário público contra a administração
pública. Exemplo: Prevaricação, abandono de função, etc..
• Impróprios – Quando a conduta também é punida quando praticada por um particular, modificando-se, apenas, a tipificação
legal. Exemplo: O crime de peculato-furto é um crime funcional. No entanto, se um particular praticar a mesma conduta, embora
não se tenha o mesmo crime, a conduta permanece penalmente ilícita, sendo considerada furto simples.
⇒ Qual dos crimes funcionais é apurado por este procedimento? Ambos, a distinção é meramente acadêmica, não tendo reflexos
na definição do rito a ser adotado.
*se o crime for praticado por funcionário público contra particular, ou praticado por particular contra a administração pública, ou
ainda, se se tratar de crime contra a /administração da Justiça, não deverá ser seguido este rito especial.

Procedimento para crimes inafiançáveis:


Art. 513. Os crimes de responsabilidade dos funcionários públicos, cujo processo e julgamento competirão aos juízes de direito, a
queixa ou a denúncia será instruída com documentos ou justificação que façam presumir a existência do delito ou com declaração
fundamentada da impossibilidade de apresentação de qualquer dessas provas.
→ Após isto, segue-se o mesmo rito do procedimento comum ordinário, sem diferenças.

Procedimento para crimes afiançáveis

1) O acusador oferece a denúncia ou queixa – A ação penal oferecida deve estar de acordo com os preceitos do art. 41 do CPP, e
deve, ainda (à semelhança do que ocorre nos crimes inafiançáveis), trazer documento ou justificação que faça presumir a existência
do crime, ou prova da impossibilidade de fazer prova disso (art. 513 do CPP). A acusação poderá arrolar até oito testemunhas, por
simetria ao rito comum ordinário, nos termos do art. 394, § 5° do CPP:
2) A ação penal é autuada e o acusado notificado para apresentar resposta preliminar, NO PRAZO DE 15 DIAS (art. 514 do CPP) –
Caso não estejamos diante de hipótese de rejeição liminar da ação penal por inépcia (art. 395 do CPP), o Juiz mandará autuar a ação
penal e notificar o réu (funcionário público), para que ofereça sua defesa preliminar, no prazo de 15 dias. O CPP prevê que se o
nomeado não tiver residência conhecida ou residir em comarca diversa da de atuação do Juiz, deverá ser-lhe nomeado curador. Nos
termos do § único do art. 514 do CPP:
Parágrafo único. Se não for conhecida a residência do acusado, ou este se achar fora da jurisdição do juiz, serlhe- á
nomeado defensor, a quem caberá apresentar a resposta preliminar.
3) O funcionário público apresenta a resposta preliminar (ou não) – Apresentada a resposta (que pode ser instruída com
documentos e justificações, nos termos do § único do art. 515 do CPP) o Juiz, agora, deve deliberar acerca do recebimento ou não
da denúncia. Se o Juiz verificar que:
a) está presente uma das hipóteses do art. 395 do CPP não percebidas antes de mandar notificar o acusado ou;
b) em razão das alegações do acusado, entender que não houve crime ou que a ação é improcedente, deverá REJEITAR A
DENÚNCIA OU QUEIXA, nos termos do art. 516 c/c art. 395 do CPP; Porém, se o Juiz entender que a ação penal não é inepta, e
entender que as razões do acusado (apresentadas na defesa preliminar) não o convencem da inexistência do crime ou da
improcedência da ação, DEVERÁ RECEBER A DENÚNCIA OU QUEIXA, mandando citar o réu, para que em 10 dias apresente
RESPOSTA À ACUSAÇÃO, nos termos do art. 396 do CPP
CUIDADO! Vejam que há uma diferença crucial entre uma defesa e outra: O prazo para a defesa preliminar (antes do recebimento
da denúncia) é de 15 dias. O prazo para apresentação da resposta à acusação é de 10 dias!

4) A partir daqui, o procedimento segue nos termos do procedimento comum pelo rito ordinário – Recebida a denúncia ou queixa
e determinada a citação do réu, este deverá apresentar resposta à acusação no prazo de 10 dias, alegando toda a matéria que
interesse à sua defesa (art. 396-A do CPP). Apresentada a resposta, o Magistrado deve analisar se não se trata de hipótese de
absolvição sumária.

⇒ Mas e se o crime é praticado pelo funcionário público durante o exercício da função, mas este perde a condição de funcionário
público posteriormente? entendem que o rito só é aplicável no caso de o funcionário público ainda ostentar esta condição, pois
este rito específico (com um momento defensivo prévio) se justifica somente para evitar que o funcionário público seja
temerariamente processado.
Habeas Corpus
→ É uma AÇÃO AUTÔNOMA DE IMPUGNAÇÃO, cuja finalidade é preservar a liberdade de qualquer pessoa, quando ameaçada (HC
preventivo) ou conceder a liberdade a uma pessoa que está presa (HC repressivo).

Na CF → LXVIII - conceder-se-á “habeas corpus” sempre que alguém sofrer ou se achar ameaçado de sofrer violência ou coação em
sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder;

No CPP → Art. 647. Dar-se-á habeas corpus sempre que alguém sofrer ou se achar na iminência de sofrer violência ou coação ilegal
na sua liberdade de ir e vir, salvo nos casos de punição disciplinar.

HC Repressivo (ou liberatório) → Quando visa a devolver a liberdade a alguma pessoa que se encontra presa. Nesse caso, será
expedido alvará de soltura.
CPP Art. 660. Efetuadas as diligências, e interrogado o paciente, o juiz decidirá, fundamentadamente, dentro de 24 (vinte
e quatro) horas.§ 1o Se a decisão for favorável ao paciente, será logo posto em liberdade, salvo se por outro motivo dever ser
mantido na prisão.

HC Preventivo → Aqui o HC é utilizado quando a pessoa se encontra ameaçada em sua liberdade de locomoção, ou seja, ainda não
houve a violação à liberdade de locomoção. É necessário que esse risco de vir a ser privada de sua liberdade seja CONCRETO, não
bastando mera suspeita ou mero temor de que isso possa vir a acontecer um dia. Sendo procedente o pedido de HC preventivo, o
Juiz expedirá SALVO-CONDUTO, impedindo-se que a pessoa venha a ser privada de sua liberdade, EM RAZÃO DOS FATOS OBJETOS
DO HC.
CPP Art. 660 (...) § 4o Se a ordem de habeas corpus for concedida para evitar ameaça de violência ou coação ilegal, dar-se-
á ao paciente salvo-conduto assinado pelo juiz.

***STF só admite o manejo de HC para impugnar decisões judiciais no bojo do processo relativo a crime punido com PRIVAÇÃO DA
LIBERDADE. Se a pena cominada é apenas a multa, não há possibilidade de, no futuro, vir a acontecer a privação ilegal da liberdade
do acusado, de forma que o remédio correto, nesse caso, seria um MANDADO DE SEGURANÇA.

A doutrina vem admitindo uma terceira modalidade de HC → O STJ vem admitindo, ainda, o HC trancativo para determinar o
trancamento de Inquéritos Policiais que se afigurem como constrangimento ilegal, por não haver lastro probatório mínimo ou por
haver elementos jurídicos que impediriam futura ação penal (flagrante atipicidade da conduta, manifesta existência de causa de
exclusão da ilicitude, prescrição, etc.).

Sujeitos do HC
Impetrante → É aquele que ajuíza o HC. Qualquer pessoa pode impetrar um HC em seu favor ou em favor de outra pessoa.
Inclusive o MP pode impetrar o HC em favor de alguém. NÃO SE EXIGE CAPACIDADE POSTULATÓRIA (Não é necessária a presença
de advogado). A PESSOA JURÍDICA PODE IMPETRAR HC. Os inimputáveis e doentes mentais TAMBÉM PODEM
IMPETRAR HC (Trata-se da maior legitimidade ativa do nosso ordenamento jurídico). Nos termos do art. 654 do CPP:
Art. 654. O habeas corpus poderá ser impetrado por qualquer pessoa, em seu favor ou de outrem, bem como pelo
Ministério Público.
*Inclusive o ANALFABETO

CUIDADO! O Juiz não pode impetrar HC, mas pode concedê-lo sem que haja pedido (de ofício). São coisas parecidas, mas são
diferentes. Nos termos do §2° do art. 654 do CPP:
§ 2o Os juízes e os tribunais têm competência para expedir de ofício ordem de habeas corpus, quando no curso de
processo verificarem que alguém sofre ou está na iminência de sofrer coação ilegal.

Paciente → É aquela pessoa em favor da qual se impetra o HC (Impetrante e paciente podem ser, portanto, a mesma pessoa).
CUIDADO! A pessoa jurídica, por não possuir liberdade de locomoção, não pode ser paciente do HC, podendo, no entanto, impetrá-
lo em favor de terceira pessoa.

Coator → É a autoridade (ou o particular) que privou a liberdade de locomoção da pessoa ou que está ameaçando privar a
liberdade da pessoa. Parte da Doutrina entende que somente a autoridade pública pode ser coator. Mas a maioria da Doutrina
entende que o particular também pode ser coator, quando, por exemplo, impede a liberação de um interno de uma clínica
hospitalar.

Mas em que situações se considera ilegal a privação da liberdade? O art. 648 do CPP dispõe:
Art. 648. A coação considerar-se-á ilegal:
I - quando não houver justa causa;
II - quando alguém estiver preso por mais tempo do que determina a lei;
III - quando quem ordenar a coação não tiver competência para fazê-lo;
IV - quando houver cessado o motivo que autorizou a coação;
V - quando não for alguém admitido a prestar fiança, nos casos em que a lei a autoriza;
VI - quando o processo for manifestamente nulo;
VII - quando extinta a punibilidade.
→ Estando presentes quaisquer destas situações, a privação da liberdade, ou a ameaça dessa privação SERÁ ILEGAL.

Mas, é cabível recurso contra a decisão no habeas corpus? Sim. Em sendo proferida a decisão pelo juízo singular (não por Tribunal
ou órgão fracionário de Tribunal), cabe recurso em sentido estrito (art. 581, X do CPP).

§ ROC5 para o STF – Quando a decisão em habeas corpus for denegatória e proferida em ÚNICA instância pelos Tribunais
Superiores (ex.: STM).
§ ROC para o STJ – Quando a decisão em habeas corpus for denegatória e proferida em
ÚNICA (o HC se iniciou no Tribunal) ou ÚLTIMA (o HC não se iniciou no Tribunal) instância pelos TJs e TRFs.
→ No caso de decisão concessiva de HC por Tribunal, a parte que se sentir prejudicada deverá manejar, se for o caso, o Recurso
Especial (para o STJ) ou o Recurso Extraordinário (para o STF).

⇒ A Doutrina e a Jurisprudência NÃO admitem mais a utilização do HC como substituto recursal, ou seja, sua utilização ao invés da
utilização do recurso cabível.
⇒ A Jurisprudência não tem admitido a impetração de HC contra ato de indeferimento de liminar em HC, salvo em casos de
flagrante ilegalidade ou teratologia da decisão que indefere a liminar.
⇒ O Assistente de acusação não pode intervir no HC.
⇒ O HC não comporta dilação probatória, ou seja, o impetrante deve provar, DE PLANO, a ilegalidade da coação.
⇒ É incabível o HC para impugnar decisão que defere a intervenção do assistente de acusação na ação penal.
⇒ A prisão administrativa (aquela que não foi determinada pelo Judiciário), à exceção do flagrante delito, foi abolida do nosso
ordenamento jurídico. Caso seja praticada, poderá ser impetrado HC em face dessa ilegalidade.
⇒ É possível a impetração de HC para evitar que o paciente seja algemado, ou para que cesse o ato, quando esta medida seja ilegal
(não esteja dentre as exceções previstas na súmula vinculante n° 11 do STF).
⇒ É incabível a utilização do HC para atacar ato de punição disciplinar militar (prisão do militar), salvo se a prisão foi determinada
de maneira ilegal (por autoridade incompetente, etc.), mas não o mérito da medida.
⇒ O STJ entende ser cabível a impetração de HC para discutir aplicação de prisão domiciliar,
⇒ Não é cabível o manejo de HC para discutir a aplicação de pena acessória de perda de cargo público (pois não há violação ou
ameaça à liberdade de locomoção).
⇒ O HC é cabível tanto para reexame do regime inicial de cumprimento de pena quanto para reexame de dosimetria da pena
(apenas se não for necessária uma análise aprofundada do conjunto probatório e caso se trate de flagrante ilegalidade), pois em
ambos os casos há interferência na liberdade de locomoção do indivíduo.9
⇒ O HC é cabível tanto para revogar a prisão preventiva quanto para revogação de fiança arbitrada, pois neste último caso
também há interferência direta na liberdade de locomoção do agente.
Pacto de São José da Costa Rica
Os sistemas de proteção dos DHs são:
- Sistema Global (ONU)
- Sistemas Regionais (Sistema Europeu, OEA e OUA)
→ Ninguém pode ser submetido à escravidão ou a servidão, e tanto estas como o tráfico de escravos e o tráfico de mulheres são
proibidos em todas as formas.

Os Estados Partes nesta Convenção comprometem-se a respeitar os direitos e liberdades nela reconhecidos e a garantir seu livre e
pleno exercício a toda pessoa que esteja sujeita à sua jurisdição, sem discriminação alguma por motivo de raça, cor, sexo, idioma,
religião, opiniões políticas ou de qualquer outra natureza, origem nacional ou social, posição econômica, nascimento ou qualquer
outra condição social.
1. Toda pessoa tem direito ao uso e gozo dos seus bens. A lei pode subordinar esse uso e gozo ao interesse social.
2. Nenhuma pessoa pode ser privada de seus bens, salvo mediante o pagamento de indenização justa, por motivo de
utilidade pública ou de interesse social e nos casos e na forma estabelecidos pela lei.
3. Tanto a usura como qualquer outra forma de exploração do homem pelo homem devem ser reprimidas pela lei.

SUSPENSÃO DAS GARANTIAS:


- GUERRA
- PERIGO PÚBLICO
- EMERGÊNCIA QUE AMEACE A INDEPENDÊNCIA OU A SEGURANÇA DO PAÍS!
• A suspensão ocorrerá pelo tempo estritamente necessário às exigências da situação.
• A suspensão não pode ser incompatível com as obrigações do Direito Internacional.
• A suspensão não pode conter discriminações de raça, cor, sexo, idioma, religião ou origem social.
Direitos que não podem ser suspensos:
• Personalidade Jurídica;
• Vida;
• Integridade Pessoal;
• Proibição da Escravidão e Servidão;
• Princípio da Legalidade e da Retroatividade;
• Liberdade de Consciência e de Religião;
• Proteção da Família;
• Nome;
• Direitos da Criança;
• Nacionalidade;
• Direitos Políticos.

Qualquer pessoa ou grupo de pessoas, ou entidade não-governamental legalmente reconhecida em um ou mais Estados-membros
da Organização, pode apresentar à Comissão, petições que contenham denúncias ou queixas de violação da Convenção Americana
sobre Direitos Humanos por um Estado-parte.
Comissão Interamericana – atende pedidos de pessoas ou grupos que alegam violações aos direitos humanos, no âmbito da OEA.
Corte interamericana – Exclusivamente os Estados-partes e a Comissão têm direito de submeter um caso à decisão da Corte.

-Ao RECEBER uma PETIÇÃO DE DENÚNCIA, cabe à PRÓPRIA COMISSÃO verificar a admissibilidade da mesma e, com isso, ADMITIR
OU NÃO a sua MATERIALIDADE.
-ADMITIDA, solicitará DIRETAMENTE informações do Estado em que ocorreu.
-Cabe ao ESTADO, uma vez notificado, ENVIAR INFORMAÇÕES NO PRAZO DE 1 ANO.

1. Para que uma petição ou comunicação apresentada de acordo com os artigos 44 ou 45 seja admitida pela Comissão, será
necessário:
a) que hajam sido interpostos e esgotados os recursos da jurisdição interna, de acordo com os princípios de direito internacional
geralmente reconhecidos;

2. As disposições das alíneas "a" e "b" do inciso 1º deste artigo não se aplicarão quando:
a) não existir, na legislação interna do Estado de que se tratar, o devido processo legal para a proteção do direito ou direitos que se
alegue tenha sido violados;
b) não se houver permitido ao presumido prejudicado em seus direitos o acesso aos recursos da jurisdição interna, ou houver sido
ele impedido de esgotá-los;
c) houver demora injustificada na decisão sobre os mencionados recursos.

A Comissão tem a função principal de promover a observância e a defesa dos direitos humanos e, no exercício do seu mandato.

Quando decidir que houve violação de um direito ou liberdade protegido pela Convenção Americana de Direitos Humanos, a Corte
Interamericana de Direitos Humanos determinará que se assegure ao prejudicado o gozo do seu direito ou liberdade violados.
Determinará também, se isso for procedente, que sejam reparadas as consequências da medida ou situação que haja configurado a
violação desses direitos, bem como o pagamento de indenização justa à parte lesada.

Pena de morte no Pacto San Jose Costa Rica (***bom de prova)


País não tem – Não poderá ter
País já tem – Só crimes graves/Não se estende a delitos que não se aplicavam antes.
-De toda maneira, esses países não poderão aplicar a pena de morte
a) delitos políticos (ou conexos)
b) menor de 18 anos
c) maior de 70 anos
d) mulher grávida.

Corte Interamericana de Direitos H U M A N O S


1 2 3 4 5 6 7
7 JUÍZES.
Os membros da Comissão serão eleitos por quatro anos e só poderão ser reeleitos uma vez, porém o mandato de três dos membros
designados na primeira eleição expirará ao cabo de dois anos. Logo depois da referida eleição, serão determinados por sorteio, na
Assembleia Geral, os nomes desses três membros.
Não pode fazer parte da Comissão mais de um nacional de um mesmo Estado.

O Direito Internacional Humanitário (DIH) e o Direito Internacional dos Direitos Humanos são dois ramos do direito distintos, porém
complementares. Ambos dizem respeito à proteção da vida, da saúde e da dignidade.
DIH = conflitos armados,;
Direitos Humanos = todas as circunstâncias, na paz e na guerra.
→ O direito humanitário protege quem não quer participar do conflito. Se os civis entrarem na luta, deixam de ser protegidos por
esse ramo.

DIREITO PENAL
Introdução e conceito
• O Estado é titular exclusivo do direito de punir, sendo sujeito passivo de toda infração penal.

• A competência para legislar sobre direito penal é privativa da União, porém pode ser delegada aos estados por meio de lei
complementar.

• Finalidades preventiva, individual ou geral  impedir a prática de novos delitos;

• Finalidade retributiva (teoria absoluta)  a pena é apenas uma forma de punir o infrator.

• Norma é gênero  Princípios e regras são espécies.


Fontes do Direito Penal
Formais:
Mediatas → Costumes, princípios gerais do Direito e atos administrativos
Imediatas → Lei em sentido estrito.
Materiais: União (Excepcionalmente os estados-membros)

Infração Penal
→ Gênero que abriga as espécies crime e contravenção penal  Critério bipartido.
→ Definição de crime e contravenção está na lei de introdução ao CP, NÃO NO CP.
→ Infração de menor potencial ofensivo ≠ Crime de menor potencial ofensivo.
Crime: infração de maior potencial ofensivo punidas com Reclusão ou Detenção, podendo cumular com multa.
Contravenção: infração de menor potencial ofensivo punida com prisão simples e/ou multa.
→ Não admite tentativa;
→ Cabe apenas Ação Incondicionada.
Sujeito ativo: tanto o autor quanto os partícipes.
→ Em regra, quem pode praticar crimes é um ser movido por vontade e consciência (PF)  Exceção: PJ pode praticar
crimes AMBIENTAIS.
→ Responsabilização da PJ não exclui a das PF que participaram  Penas impostas à PJ ≠ PF;
Sujeito passivo: sujeito passivo MATERIAL é o titular do bem jurídico atingido e o sujeito passivo FORMAL é o Estado. → A mesma
pessoa não pode ser sujeito ativo e passivo de uma mesma infração penal.
Contagem de prazo: inclui-se o dia do início.
→ A contagem é feita pelo calendário comum.
→ As frações de dias e de multas são desprezadas.
Conceito de Crime:

 Aspecto material: Crime é toda ação humana que lesa ou expõe a perigo um bem jurídico de terceiro, que, por
sua relevância, merece a proteção penal.

 Aspecto formal: Crime é toda infração penal a que a lei comina pena de reclusão ou detenção.

Teoria tripartida do crime: → Crime é todo fato típico, ilícito e culpável. → teoria predominante no BR

Princípios
Princípio da legalidade:

Princípio da reserva legal: apenas lei em sentido estrito pode legislar sobre direito penal, sendo sua fonte imediata.
→ MP não pode ser usada no direito penal, salvo para beneficiar o réu.
Atenção!!!
Existem as chamadas normas penais em branco → são aquelas que dependem de outra norma para que a sua aplicação
seja possível.
→ No direito penal é proibida a analogia in malam partem.

Princípio da taxatividade: impede a criação de normas genéricas  A lei deve que ser clara e precisa.
Princípio da irretroatividade da lei: a lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu (mesmo em caso de trânsito em julgado
ou se já tiver cumprido a pena);
→ Lei retroagir para beneficiar = novatio legis in mellius;
→ Lei penal mais benéfica tem efeito extrativo (retroativo e ultra ativo).

Princípio da fragmentariedade: protege apenas os bens jurídicos extremamente relevantes.

Princípio da ofensividade ou da alteridade: a conduta deve oferecer ao menos o risco de lesão ao bem jurídico de terceiros.

→ É proibida a incriminação de atitudes que não excedam o âmbito do próprio autor – O direito penal NÃO PUNE a
autolesão
Crime de lesão: efetivo ato contra o bem jurídico (ex: homicídio)
Crime de perigo abstrato: a prática da conduta descrita já consuma o crime (ex: porte ilegal de arma de fogo)
Crime de perigo concreto: expõe, de fato, o bem jurídico em perigo (ex: abandono de incapaz; direção perigosa)
Princípio da Intranscendência da pena: a pena não passará do condenado.
→ A obrigação de reparar o dano pode ser estendida aos sucessores até o valor da herança.

Princípio da individualização da pena: o indivíduo vai receber a pena que merece de acordo com suas circunstâncias pessoais.
→ A pena é dividida em legislativa, judicial e administrativa.

Princípio da intervenção mínima (ultima ratio): o Direito Penal só deve ser aplicado quando for indispensável para a proteção do
bem jurídico.

Princípio da subsidiariedade: o direito penal só deve atuar quando os demais ramos do direito forem insuficientes para a proteção
do bem jurídico.

Princípio da adequação social: não se pode considerar criminoso o comportamento humano tolerado pela sociedade.
→ É o que acontece por exemplo, com o crime de adultério, que foi revogado a alguns anos. Atualmente a sociedade não
entende mais o adultério como um fato criminoso, mas algo que deva ser resolvido entre os particulares envolvidos.

Princípio da insignificância ou da bagatela própria: descriminalizam condutas típicas cuja lesão ao bem jurídico é irrelevante.

- Não possui previsão legal, mas é amplamente aceito.

- Afasta o crime, pois exclui a tipicidade material  A bagatela imprópria não afasta o crime, mas sim a aplicação da pena  Não
é admitido pela jurisprudência.

- Não é aplicada ao criminoso habitual, mas pode ser aplicada ao reincidente.

*O STF, firmou entendimento no sentido de que somente a reincidência específica(prática reiterada de crimes da
mesma espécie) afastaria a aplicação do princípio da insignificância.

• Requisitos para aplicação (MARI):

Mínima ofensividade;
Ausência de periculosidade;
Reduzido grau de reprovabilidade;
Inexpressividade da lesão provocada.

PODE ser aplicado:

→ Crimes contra o patrimônio, se não houver violência ou ameaça.

→ Crimes ambientais (não se aplica em crimes de acumulação, como pesca irregular)

→ Descaminho e crimes tributários FEDERAIS (até R$20.000,00)

NÃO PODE ser aplicado:

→ Crimes contra o patrimônio, em caso de estelionato contra programa social.

→ Crimes contra a adm pública

→ Violência doméstica

→ Crimes do estatuto do desarmamento (em situações excepcionais já foi aplicado)

→ Apropriação indébita previdenciária

→ Contrabando (já foi aplicado em casos de remédios para consumo próprio).

→ Tráfico de drogas

→ Crime de moeda falsa


Analogia: supre lacuna do direito  No Direito Penal só é admitida in bonam

Interpretação analógica: o conteúdo está previsto em lei, mas é apresentado de maneira aberta e genérica. Ex: motivo torpe, penas
cruéis etc.

Interpretação extensiva: a lei disse menos do que pretendia ou é inespecífica. Ex: restaurante = bar, lanchonete, conveniência etc.

Mandado de criminalização: a CF cita crimes e obriga o legislador a criá-los.

Costumes: fontes informais do direito cujos indivíduos acreditam serem obrigatórios.

Normas penais em branco: normas que necessitam de complemento para terem sentido  Deixa o processo mais célere.

• Heterogênea: a complementação é feita por meio diverso de lei (ex: portaria, decreto).

• Homogênea: a complementação também é uma lei.

- Homovitelínea  está na mesma lei.

- Heterovitelínea  está em lei diversa.

Circunstancias que sempre agravam a pena, quando não constituem ou qualificam o crime:

→ Reincidência

→ Motivo fútil ou torpe

→ Para encobrir outro crime

→ A traição, de emboscada, ou mediante ou outro meio que dificultou ou tornou impossível a defesa da vítima
→ Com emprego de veneno, fogo, explosivo, tortura ou outro meio insidioso ou cruel, ou que possa resultar em perigo
comum

→ Contra CADI.

Circunstâncias que sempre atenuam a pena:

• Ser o agente menor de 21, na data do fato, ou maior de 70 anos, na data da sentença.

• O desconhecimento da lei

• Ter o agente:

- Cometido o crime por motivo de relevante valor social ou moral.

- Procurado, por sua espontânea vontade e com eficiência, logo após o crime, evitar-lhe ou minorar-lhe as
consequências, ou ter, antes do julgamento, reparado o dano.

- Cometido o crime sob coação a que podia resistir, ou em cumprimento de ordem de autoridade superior, ou
sob a influência de violenta emoção, provocada por ato injusto da vítima.

- Confessado espontaneamente, perante a autoridade, a autoria do crime.

- Cometido o crime sob a influência de multidão em tumulto, se não o provocou.

→ A pena poderá ser atenuada em razão de circunstância relevante, anterior ou posterior ao crime, embora não prevista
expressamente em lei.

Aplicação da Lei Penal


É MUITA LUTA!

LUGAR – UBIQUIDADE
TEMPO – ATIVIDADE

Lei penal no tempo:


→ Momento do crime é o da ação ou omissão  TEORIA DA ATIVIDADE.

→ É aplicada a lei vigente no momento do crime  A lei penal mais benéfica retroage (tem efeito extrativo = retroativo
+ ultra-ativo)

→ Abolitio criminis: alcança apenas os efeitos penais, os extrapenais permanecem (ex: reparar o dano)  Extingue a
PUNIBILIDADE.

Lei penal intermediária: lei que não estava vigente no momento do crime nem no do julgamento.

→ Aplicada in bonam partem;

Lei penal temporária e excepcional: a temporária tem sua vigência predeterminada no tempo e a excepcional ocorre
em situações de anormalidade.

→ Ambas são transitórias e são aplicadas para os fatos ocorridos em sua vigência.

→ Têm efeito ULTRA-ATIVO(diz-se de uma lei quando ela é aplicada posteriormente ao fim de sua vigência ).

Crime permanente e continuado: será aplicado a lei vigente no fim da conduta ou na última conduta, mesmo que seja
mais gravosa.

Continuidade normativa-típica: o tipo penal é revogado e incluído em outro artigo da lei, então continua sendo
crime.

Lei Penal no Espaço

• Lugar do crime é o da ação ou omissão e o do resultado  TEORIA DA UBIQUIDADE.

Território nacional para fins penais:

- Todo território geográfico.

- Barcos e aviões do governo ou a seu serviço, onde quer que estejam.

- Barcos e aviões brasileiros privados ou mercantes em alto-mar ou no espaço aéreo correspondente.

Territorialidade mitigada  Aplica-se a lei BR aos crimes cometidos no território nacional, sem prejuízo de tratados,
convenções ou regras de direito internacional.

Crime à distância: ação/omissão ocorre em um país e o resultado em outro.

Crime pluri local: quando a ação/omissão e o resultado ocorrem em comarcas distintas.

→ Adota-se a teoria do resultado ou o local da última ação para definir a COMPETÊNCIA.

• A Sentença estrangeira tem eficácia no Brasil apenas para efeitos cíveis (depende de requisição da parte interessada)
ou para determinar medida de segurança (depende da existência de tratado ou requisição do MJ)  Jamais para
restrição de liberdade.

→As aeronaves e embarcações brasileiras de natureza privada são consideradas território brasileiro por
extensão apenas quando estiverem em alto-mar ou no seu respectivo espaço aéreo, NÃO O SENDO
quando estiverem em mar territorial estrangeiro! Muito cuidado!
Pena cumprida no estrangeiro
- Atenua pena imposta no Brasil pelo mesmo crime, quando diversas;
- A pena é computada, quando idênticas

Extraterritorialidade INCONDICIONADA  Aplica-se a lei BR, independente de outros requisitos, aos crimes:

- Contra a vida ou a liberdade do PR.

- Contra o patrimônio ou a fé pública dos entes da adm direta e indireta.


- Contra a adm pública cometido por quem está a seu serviço.

- Crimes de genocídio, caso o autor seja BR ou resida no Brasil.

→ O agente é punido no Brasil, mesmo que seja absolvido ou condenado no exterior (ne bis in idem).
→ A pena cumprida no estrangeiro vai atenuar (quando diversas) ou será computada (quando idênticas) a pena
imposta no Brasil.

Extraterritorialidade CONDICIONADA  Aplicada aos crimes que o Brasil, por tratado ou convenção, obrigou-se a
reprimir e que foram praticados por BR, em barco ou avião BR no estrangeiro e lá não foram julgados.

1º O agente deve entrar no território nacional.

2º O fato também deve ser típico onde foi praticado.

3º O crime deve estar incluído entre aqueles que a lei brasileira autoriza a extradição.

4º O agente não pode ter sido absolvido ou cumprido pena no estrangeiro.

5º O agente não pode ter sido perdoado ou ter declara extinta a punibilidade no estrangeiro.

Extraterritorialidade SUPERCONDICIONADA  Será aplicada a lei BR a um estrangeiro que pratique um crime


contra um BR, sendo necessário todos os requisitos da condicionada + requisição do MJ e ser negada ou não
ter sido pedida a extradição.

Teoria do crime
Crime segundo o critério material: condutas contrárias aos interesses social, que lesam o bem jurídico tutelado  Conceito pré-
jurídico.
Crime segundo o critério formal: conceito legal de crime ou conceito jurídico  Condutas que levam a uma pena.
Crime segundo o critério analítico: todo fato típico, ilícito e culpável  Teoria tripartite.
- Se tirarmos o fato típico, a ilicitude ou a culpabilidade  Excluímos o crime.
- Se tirarmos a punibilidade  O crime existe, mas sem a possibilidade de punição.

Causa = A ação ou omissão sem a qual o resultado não teria ocorrido.

TIPICIDADE
→ CONDUTA considerada TÍPICA, que leva a um RESULTADO, ligados por um NEXO CAUSAL.

Inter Criminis: Em regra, só há punição a partir da fase de Execução  Alguns crimes punem os atos preparatórios, mas nunca a
cogitação.
- Cogitação  Pensamento de cometer o delito
- Preparação  Atos preparatórios indispensáveis à prática do crime
- Execução  Quando se inicia a ofensa ao bem jurídico
- Consumação  Quando estão preenchidos todos os elementos do tipo penal

Teoria objetivo-formal: a execução se inicia com a realização do verbo contido na conduta criminosa  Exige que o autor tenha
concretizado efetivamente uma parte da conduta típica, penetrando no núcleo do tipo.

Conduta: Ação ou omissão, consciente e voluntária, que é dirigida a um fim.


- Sem consciência e voluntariedade temos uma conduta penalmente irrelevante  fato atípico.

Excluem a conduta:
• Coação física irresistível.
• Estado de inconsciência completa.
• Movimentos reflexos.
• Caso fortuito ou de força maior.

Tipicidade:
• Consentimento da vítima afasta a tipicidade e a ilicitude:
- A vítima deve ser capaz, com liberdade e consciência para expressar sua vontade.
- Possuir capacidade de entendimento quanto ao caráter e à extensão da autorização.
- O bem deve ser disponível e próprio.
- O consentimento deve ser prévio ou simultâneo à lesão.
- O agente deve saber do consentimento do ofendido.

Tipicidade material: expressividade da lesão ao bem jurídico.


Tipicidade formal: o fato praticado pelo agente corresponde ao fato descrito na lei.
• Tipicidade formal direta ou imediata: o fato se encaixa ao tipo penal sem a necessidade de auxílio de outros dispositivos.

• Tipicidade formal indireta ou mediata: a adequação de um fato a um tipo penal depende de uma norma de extensão,
sem a qual não há tipicidade.

Teoria da tipicidade conglobante: condutas toleradas ou incentivadas não podem ser consideradas típicas, então não há que se
falar em excludentes de ilicitude.
- Ex: médico ao fazer uma cirurgia de emergência

→ A dúvida sobre a tipicidade da conduta (incluindo a ação ou a omissão) levará a um julgamento absolutório.

Resultado:

• Resultado naturalístico: modificação do mundo externo feito pela conduta.


• Resultado jurídico: lesão ao bem jurídico.
- Todo crime tem resultado jurídico, mas nem sempre naturalístico.

Crime material: o resultado naturalístico é necessário no crime consumado.


Crime formal: o resultado naturalístico é dispensável.
Crime de mera conduta: não há resultado naturalístico.

→ Nos crimes materiais tentados, formais e de mera conduta não é exigível resultado naturalístico nem nexo causal;

Nexo causal: vínculo entre a conduta e o resultado.

Teoria da equivalência dos antecedentes (regra): causa é toda ação ou omissão sem a qual não teríamos o resultado.
- O resultado só poderá ser imputado a quem lhe deu causa, a quem criou o risco, ou ao menos o aumentou.

Omissão imprópria  a omissão é penalmente relevante quando o agente devia e podia agir para evitar o resultado.

O dever de agir incumbe:


- Quem tenha por lei obrigação de cuidado, proteção ou vigilância, ou de outra forma, assumiu a responsabilidade de
impedir o resultado.
- A quem criou o risco da ocorrência do resultado.

Concausa: acontecimento paralelo à conduta e que contribui para o resultado.


Concausa dependente: decorre da conduta do agente e se insere no curso normal dos fatos.

- Ex: A dá uma facada em B que tem uma hemorragia  A hemorragia é uma concausa dependente da facada.
Concausa independente: foge da linha normal do desdobramento da conduta, sendo algo imprevisível, mas que colabora
para o resultado;
• Concausa absolutamente independente: rompe o nexo causal e por si só produz o resultado, levando à atipicidade.
• Concausa relativamente independente: não rompe o nexo causal, mantendo um vínculo com a conduta  O fato
continua sendo típico.
• Concausa superveniente relativamente independente: só exclui a imputação quando por si só produz o resultado,
porém, o agente responderá pelos atos que de fato praticou  Teoria da causalidade adequada (exceção no CP).

Crime tentado: quando iniciada sua execução, ele não se consuma por motivos alheios à vontade do agente.

Teoria objetiva foi adotada para o crime tentado: diminui-se de 1/3 a 2/3 a pena do crime consumado  Quanto mais próxima a
consumação, menor a diminuição  Nem sempre a tentativa terá pena menor.
Tentativa branca ou incruenta: o bem jurídico não é atingido.
Tentativa vermelha ou cruenta: o bem jurídico é atingido.
Tentativa perfeita ou crime falho: o agente esgota todos os meios, mas, mesmo assim, o crime não se consuma.
Tentativa imperfeita: o agente não consegue utilizar todos os meios que tinha a seu alcance para consumar o crime.

Crime impossível: não se pune a tentativa quando por ineficiência absoluta do meio ou por absoluta impropriedade do objeto, é
impossível consumar o crime  Ou seja, não se pune a tentativa do crime impossível.

Crimes que não admitem tentativa: C CHOUPA ou CHA PO CU


Contravenção Penal
Culposos
Habituais
Omissivos próprios
Unissubsistente
Preterdoloso
Atentado (crimes de atentada)

Tentativa abandonada, qualificada ou ponte de ouro: o agente pode consumar o crime, mas desiste de prosseguir com os atos
executórios ou impede o resultado.

Desistência voluntária: o agente voluntariamente desiste de prosseguir com os atos executórios.


- Ex: “A” amarra “B”, mas desiste de estuprá-la.
- A diferenciação entre desistência voluntaria (Posso prosseguir, mas não quero) e tentativa (Quero prosseguir, mas não
posso) é feita pela fórmula de Frank.

Arrependimento eficaz: o agente pratica os atos executórios, mas impede o resultado, respondendo apenas pelos atos já
praticados.
- Se não conseguir impedir o resultado, responderá por ele.
- Ex: “A” atira em “B”, mas se arrepende e leva a vítima para o hospital. Em vez de responder por tentativa de homicídio,
responderá por lesão corporal.

Arrependimento posterior ou ponte de prata: o agente consuma o crime, mas se arrepende.


- Se o crime tiver sido cometido sem violência ou grave ameaça e tenha o agente reparado o dano ou restituído a coisa
antes do recebimento da denúncia ou da queixa, poderá ter a pena reduzida de 1/3 a 2/3.
- Se o fizer após o recebimento, terá apenas uma atenuante na pena.

Erro sobre elemento constitutivo do tipo legal ou Erro de Tipo Essencial: desconhecendo os elementos constitutivos do tipo legal
ou tendo uma falsa percepção da realidade, o indivíduo pratica uma conduta ilícita que não cometeria se soubesse as reais
circunstâncias  Recai sobre a conduta.
- Se o erro for provocado por terceiro, somente este responderá pelo crime, na condição de agente mediato.

Escusável: o agente toma as devidas cautelas, mas ainda pratica a conduta com base nas falsas percepções dos fatos.
- Exclui o dolo e a culpa.
Inescusável: o agente age sem tomar as devidas cautelas.
- Exclui apenas o dolo, permitindo a punição por culpa imprópria, se previsto em lei.

Descriminante putativa de erro sobre os pressupostos fáticos ou erro de tipo permissivo: o agente conhece a excludente de
ilicitude e seus limites, mas, por ter uma falsa percepção da realidade, age em uma situação em que não está abarcado por ela.
- Se escusável, exclui o dolo e a culpa (isenta de pena).
- Se inescusável, exclui apenas o dolo.

Erro de tipo acidental: o erro recai sobre as circunstâncias secundárias do crime  Não exclui a responsabilidade penal.
Erro sobre o objeto: o agente acredita atingir um objeto material, mas atinge outro.
Erro sobre a pessoa: o erro recai sobre a própria qualidade da pessoa.
Ex: A quer matar B, mas acaba matando C acreditando que está matando B.

• Teoria da equivalência: o julgamento levará em conta a qualidade da vítima visada e a competência para julgar será em razão da
vítima atingida.
Aberratio ictus ou erro de execução: A quer matar B, mas acaba atingindo C, que estava próximo.
- Se atingir a vítima pretendida e um terceiro, responderá por concurso formal.
- Aplica-se a teoria da equivalência.

Aberratio causae ou dolo geral: erro sobre o nexo causal.


- O agente acredita que alcançou o resultado com uma conduta, quando na verdade alcançou com outra.

Aberratio delicti ou criminis: o agente quer atingir um bem jurídico, mas atinge outro.

Ex: A joga uma pedra para atingir o carro de B, mas acaba atingindo a cabeça de B.
- O agente responde por culpa  Se atingir ambos, responderá por concurso formal próprio.

Crime doloso: o agente quis o resultado ou assumiu o risco de produzi-lo.


Teoria da vontade: o agente prevê o resultado e tem a intenção de produzi-lo  Dolo direto.
Teoria do assentimento: o agente tolera a produção do resultado, tanto faz com que ele ocorra ou não  Dolo indireto
ou eventual.
- Tacou o FODA-SE.
- Nem todo crime tem dolo indireto.

Dolo alternativo: o agente prevê mais de um resultado lesivo e assume o risco de produzir o mais grave.
- Se produzir o mais grave responderá por ele, se produzir o menos grave responderá pelo mais grave na modalidade
tentada.
Dolo específico: a conduta é praticada com um fim específico.
- Dolo sem fim específico = Dolo genérico.

Dolo de 2º grau: quando, em razão do meio escolhido para realizar a conduta, ocorre um efeito colateral certo ou necessário, que
também será uma conduta criminosa.

Crime culposo: conduta voluntária em que o resultado naturalístico é involuntário.


- Ocorre por negligência (desleixo, desatenção), imprudência (falta de cautela) ou imperícia (falta de técnica necessária).
- Só é possível a punição por conduta culposa se tiver expresso em lei.
- Em regra, não admite tentativa, mas é admitido na culpa imprópria  Erro de tipo essencial inescusável.
- No concurso de pessoas, em caso de agravante de pena, só responderá o agente que tiver causado o resultado agravante
no mínimo na modalidade culposa.

Elementos do crime culposo:


- Conduta voluntária
- Violação do dever de cuidado.
- Resultado naturalístico involuntário  Todo crime culposo é material, logo, é indispensável o resultado naturalístico
involuntário.
- Nexo causal entre a conduta e o resultado
- Tipicidade
- Previsibilidade objetiva  o juiz avaliará se era possível uma pessoa comum prever o resultado naturalístico involuntário
 Se sim, responderá pelo crime culposo.

Culpa própria: o agente não tem consciência ou não assume o risco de produzir o resultado.
Culpa consciente: o agente prevê o resultado, mas não assume o risco de produzi-lo ou acredita sinceramente que pode evitá-lo.
- Agora FODEU.
Culpa inconsciente: embora o resultado seja previsível, ele não foi previsto pelo agente.
Culpa imprópria: o agente age com dolo, porém com uma falsa percepção dos fatos (dolo viciado)  Decorre do erro de tipo
essencial inescusável
- Como decorre de dolo, admite tentativa.

Crime preterdoloso: a conduta inicial é dolosa, mas o resultado é culposo.


- Não admite tentativa.

Crimes que admitem a modalidade culposa: REPHIL


- Receptação;
- Envenenamento;
- Peculato;
- Homicídio;
- Incêndio;
- Lesão corporal.

ITER CRIMINIS
Conceito: Etapas percorridas pelo agente para a prática do crime.
1.COGITAÇÃO (nunca é crime)
Pensamento de cometer o delito
2.PREPARAÇÃO (em regra, não é crime) *
Atos preparatórios indispensáveis à prática do crime. Ex: aquisição da arma para o homicídio.
3.EXECUÇÃO
Momento em que se inicia a ofensa ao bem jurídico tutelado.
4.CONSUMAÇÃO
Quando estão preenchidos todos os elementos do tipo penal.

*** A premeditação não é prevista no Código Penal como agravante genérica, nem como causa de aumento de pena, nem como
qualificadora.
→ A premeditação, conforme o caso concreto, pode ser levada em consideração para agravar a pena base. Funciona
como circunstância judicial

Resultado naturalístico: consiste na modificação do mundo exterior provocada pela conduta. Ex.: homicídio (destruição da vida);
lesão corporal (ofensa à integridade física ou saúde mental).
Crime material (exige): tipo penal= conduta + resultado naturalístico (imprescindível).
Crime formal (dispensa): tipo penal = conduta + resultado naturalístico (prescindível).
Crime de mera conduta (não tem): tipo penal= descreve uma conduta, mas não descreve resultado naturalístico.
Resultado jurídico ou normativo: é a lesão ou perigo de lesão ao bem jurídico protegido no tipo, não trazem resultado naturalístico.
Ex.: porte ilegal de arma (perigo à segurança pública)

Logo, todo crime tem resultado jurídico, mas nem todo crime tem resultado naturalístico.

ILÍCIUDE – ANTIJURICIDADE

A conduta é contrária ao direito  Existem 4 causas de excludente de ilicitude genéricas e outras supralegais.

Estado de necessidade: colisão de bens jurídicos, em situação de perigo atual.


• Teoria Unitária (Adotada no Brasil)  O bem jurídico salvo deve ser de igual ou maior valor, podendo ser próprio ou alheio
(Estado de necessidade justificante)  Exclui a ilicitude.
- Se for de menor valor responderá pelo crime com redução de pena de 1/3 a 2/3.
• Teoria Diferenciadora  Não é adotada no Brasil
- Se o bem jurídico salvo é de igual ou maior valor  Estado de necessidade justificante  Exclui a ilicitude
- Se o bem jurídico salvo é de menor valor  Estado de necessidade exculpante  Exclui a culpabilidade.
Não pode alegar estado de necessidade quem provocou dolosamente o perigo ou podia tê-lo evitado, ou quem tinha o dever
legal de enfrentar o perigo.

Estado de necessidade defensivo: o bem jurídico sacrificado é de quem causou a situação de perigo.
Estado de necessidade agressivo: o bem jurídico sacrificado é de alguém que não causou a situação de perigo.
Estado de necessidade recíproco: duas ou mais pessoas agem em estado de necessidade umas contra as outras. Ex: disputa de um
colete em um naufrágio.

Legítima defesa: usar moderadamente os meios necessário para defender de uma injusta agressão, atual ou iminente, direito
próprio ou alheio.
- É possível contra PJ, pois ela externiza a vontade de uma PF.
- Não existe legítima defesa recíproca.
Legítima defesa sucessiva: se alguém age com excesso na legítima defesa, o agressor inicial poderá agir em legítima defesa contra
isso.
Legítima defesa putativa: o agente se defende achando que ia sofrer uma injusta agressão, quando não ia.
- Pode haver uma legítima defesa real contra uma putativa.

Estrito cumprimento do dever legal: o ato é praticado para atender algum normativo e ele deve ser feito nos exatos termos da lei.
- Em regra, vale apenas para agentes públicos, mas pode ser estendida aos particulares que tenham alguma relação
jurídica específica com o Estado.
- Se na atuação do agente público houver uma injusta agressão que possa levar ao resultado morte, a excludente será a
legítima defesa.

Exercício regular de direito


- A prática de esportes e suas consequências é coberta por ela.

Não é admitido excesso, culposo ou doloso, nas excludentes de ilicitude, sob risco de o agente responder por ele.
- Excesso intensivo  O meio utilizado é desproporcional
- Excesso extensivo  Dura mais que o necessário
• As excludentes só valem para crimes dolosos.

Ofendículos: quando não está sendo acionado o indivíduo está agindo sob exercício regular de direito  Quando é acionado para
repelir uma injusta agressão, ele agirá sob legitima defesa preordenada.

Se uma conduta típica ocorre em estado de necessidade, legítima defesa, exercício regular de direito ou estrito cumprimento do dever legal ela é
justificada, razão pela qual não é contrária ao ordenamento jurídico como um todo.

CULPABILIDADE

- Juízo de reprovabilidade da conduta.


- Deve-se ter como elemento principal a conduta, não o autor.
- Para haver culpabilidade é necessário imputabilidade, potencial consciência da ilicitude e exigibilidade de conduta diversa.

Imputabilidade: capacidade de entender o caráter ilícito do fato e de determinar-se conforme esse entendimento.
• Critério biológico: leva em consideração a existência ou não de uma condição fisiológica  Ex: doença mental ou idade.
• Critério psicológico: leva em consideração o discernimento na hora da conduta  Ex: utilização de alucinógenos.
• Critério biopsicológico: o agente deve ter uma limitação fisiológica e, por tal razão, não tinha discernimento na época do fato.
- É a regra no Brasil, mas com exceções.

Inimputáveis:
- Pode ser aplicado medida de segurança, de acordo com a periculosidade do agente.
• Menor de 18 anos
• Doentes mentais ou com desenvolvimento mental incompleto, onde o agente é inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito
do fato
• Embriaguez acidental por caso fortuito ou de força maior, onde o agente é inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do
fato
Semi-inimputáveis:
- A pena é reduzida de 1/3 a 2/3  Pode ser substituída por medida de segurança.
• Doentes mentais ou com desenvolvimento mental incompleto, onde o agente é não é inteiramente incapaz de entender o caráter
ilícito do fato
• Embriaguez acidental por caso fortuito ou força maior, onde o agente não é inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do
fato

Não excluem a imputabilidade:


• Emoção ou paixão.
• Embriaguez voluntária ou culposa  Aplica-se a teoria da actio libera in causa (verifica-se se o agente era imputável no momento
em que estava se embriagando)
- Embriaguez preordenada: indivíduo se embriaga para praticar um crime  Agravante na pena;

Potencial consciência da ilicitude: verificar se o agente tinha, ao menos, potencial de entender o caráter ilícito da conduta 
Capacidade de distinguir o certo do errado.

Exigibilidade de conduta diversa:

Coação moral:
- Se irresistível  Isenta de pena
- Se resistível  Atenua a pena.

Obediência à ordem não manifestamente ilegal;

- Coação moraLLL irresistível --> inexigibilidade de conduta diversa --> exclui a cuLLLpabilidade *
Coação física irresistível --> Inexistência de conduta voluntária --> exclui a tipicidade

→ Os comportamentos em estado de inconsciência, os movimentos reflexos e os provocados por coação física absoluta (irresistível) não constituem ação
ou omissão (conduta) para o direito penal, portanto não podem constituir crime.

Erro sobre a ilicitude do fato ou Erro de proibição: o agente desconhece ilicitude do fato  Age acreditando estar autorizado a
fazê-lo.
- O desconhecimento da lei é inescusável.

• Se escusável  Exclui a culpabilidade sobre a potencial consciência da ilicitude


• Se inescusável  Reduz a pena de 1/6 a 1/3.

Erro de proibição indireto: o agente acredita estar abarcado por uma excludente de ilicitude por uma incorreta interpretação da
norma ou o agente não sabe que não existe a excludente.
- Se escusável  Exclui a culpabilidade
- Se inescusável  Diminui a pena.

→ Enquanto o erro de tipo é uma falsa representação da realidade que recai sobre elemento do tipo penal, o erro de proibição é um erro de
valoração que recai sobre o que é lícito ou ilícito.

PUNIBILIDADE

Extinção de punibilidade: perda do direito de punir o autor do fato típico e ilícito  Perda do direito de propor a ação.

Extingue a punibilidade:
- Morte do agente.
- Anistia, graça ou indulto.
- Retroatividade da lei que não mais considera o fato como crime
- Prescrição, decadência ou perempção
- Renúncia do direito de queixa ou pelo perdão aceito, nos crimes de ação privada
- Retratação do agente, nos casos em que a lei a admite
- Perdão judicial, nos casos previstos em lei

Extinção da punibilidade no peculato culposo: a reparação do dano, se precede à sentença irrecorrível, extingue a punibilidade; se
lhe é posterior, reduz de metade a pena imposta.

Concurso de crimes
Quando o agente comete mais de um crime mediante uma ou mais ação ou omissão  Pode ser concurso material, formal ou
crime continuado.
- Se forem aplicadas duas penas restritivas de direitos, o condenado pode cumpri-las simultaneamente, desde que sejam
compatíveis entre si, se não forem, deverá cumprir uma de cada vez.
- As penas mais leves prescrevem com as mais graves.
- As penas de multa serão aplicadas distinta e integralmente.

Cálculo da pena:
Cumulação ou cúmulo material  Soma das penas.
Exasperação  Fração de aumento de pena.
- É admissível a aplicação da suspensão condicional do processo no concurso de crimes, desde que a soma das penas
mínimas, seja por exasperação ou cumulação, não ultrapasse 1 ano.

Concurso material  O agente, através de mais de uma ação ou omissão, pratica mais que um crime.
- Como os crimes decorrem de condutas diversas, o cálculo será por cumulação.
- Se um crime trouxer pena de R e o outro de D, executa-se primeiro a R.
- Se um dos crimes trouxer pena privativa de liberdade, não será possível a substituição por restritiva de direitos nos
demais crimes, salvo se a pena privativa de liberdade admitir suspensão condicional.

Concurso formal próprio  O agente, através de uma ação ou omissão, pratica mais de um crime, idênticos ou não.
Homogêneo  Os crimes praticados são idênticos;
Heterogêneo  Os crimes praticados são diferentes.
- Os dois crimes serão culposos ou um será doloso e o outro culposo, caso contrário, será concurso formal impróprio.
- A extinção da punibilidade pela prescrição regula-se pela pena imposta a cada um dos crimes isoladamente, afastando o
acréscimo decorrente dos respectivos aumentos de pena.

• Será aplicada a pena do crime mais grave aumentada de 1/6 até ½:


2 crimes  1/6;
3 crimes  1/5;
4 crimes  ¼;
5 crimes  1/3;
6 ou mais crimes  ½.
- A pena de multa será por cumulação.

• Concurso material benéfico: situação de concurso formal próprio, onde seria aplicado a exasperação, contudo, a cumulação é
mais vantajosa para o condenado.

Concurso formal impróprio  O agente, através de uma ação ou omissão, pratica mais de um crime, idênticos ou não, porém a
conduta é dolosa e os crimes ocorrem com desígnios autônomos, por conta disso, o cálculo da pena será por cumulação.

Concurso Material – 2 condutas = dois ou mais crimes.


Concurso Formal – 1 conduta = dois ou mais crimes.

Forma Próprio: O resultado advém a título culposo.


ex: Dá um tiro na ex e mata ela e o amante culposamente.
Formal Impróprio: O resultado advém a título de dolo.
ex: Com um fuzil acertar dolosamente duas pessoas.

Crime continuado  O agente, através de mais de uma ação/omissão, pratica mais de um crime da mesma espécie e, em razão de
tempo, lugar, maneira de execução e outras semelhanças, os demais crimes são considerados continuação do primeiro.

Requisitos legais para aplicação:


• Crimes da mesma espécie: previstos no mesmo tipo penal e apresentam a mesma estrutura jurídica (ofendem os
mesmos bens jurídicos);
• Condições de tempo: até 30 dias entre uma conduta e outra.
- STF já aceitou prazos maiores para crimes tributários.
• Condições de lugar: mesmo município ou em municípios próximos.
• Modo de execução: devem ser semelhantes.
• Unidades de desígnio: as diversas condutas foram planejadas para o determinado fim.

Será aplicada a pena mais grave aumenta de 1/6 a 2/3:


2 crimes  1/6;
3 crimes  1/5;
4 crimes  ¼;
5 crimes  1/3;
6 crimes  ½;
7 ou mais crimes  2/3.
→ A pena de multa também será por exasperação.

• A extinção da punibilidade pela prescrição regula-se pela pena imposta a cada um dos crimes isoladamente, afastando o
acréscimo decorrente dos respectivos aumentos de pena.

Crime continuado específico: nos crimes dolosos, praticados contra vítimas diversas, com emprego de violência ou grave ameaça, o
juiz poderá aumentar a pena mais grave até o triplo.

Concurso de pessoas
Reunião de agentes que concorrem de forma relevante para a realização de um evento, agindo todos com identidade de
propósito.
- Pode ser eventual ou necessário.
Teoria monista ou unitária: quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas, a este cominadas, na medida de sua
culpabilidade.

Requisitos para o concurso de pessoas:


• Pluralidade de agentes culpáveis e de condutas;
• Relevância causal das condutas;
• Vínculo ou liame subjetivo entre os agentes;
- As pessoas devem ter conhecimento de que agem juntas para a prática do crime (não é necessário prévio ajuste); caso
não tenham esse conhecimento, estarão incluídas no instituto de autoria imprópria ou colateral.
• Identidade de infrações penais;
- Todos os concorrentes devem agir de forma a contribuir para o mesmo evento.

Teorias sobre autoria:


Teoria objetivo-formal: autor é quem pratica o núcleo do tipo penal e partícipe é quem concorre de qualquer forma para o crime.
Teoria do domínio do fato ou objetiva-subjetiva: autor é quem pratica o fato e também quem decide sobre sua prática, suspensão
ou condições (autor intelectual).
- Aplicada somente nos crimes dolosos, pois são os únicos que admitem controle finalístico.

Autoria mediata: o agente comete o fato típico sem realizar a conduta do núcleo penal, utilizando um inculpável ou alguém que age
sem dolo ou culpa para praticar o crime.
- Autor mediato é quem utiliza e autor imediato é quem é utilizado.
Autoria mediata no crime próprio  É possível, desde que ambos detenham a qualidade especial exigida no tipo penal.
Autoria mediata no crime de mão própria  Não é possível.
Autoria de escritório  Espécie de autoria mediata em que o agente dá ordem para outro indivíduo culpável praticar o crime.

Coautoria: quando mais de uma agente, com liame subjetivo, praticam o núcleo do tipo penal.
- Não é necessário que pratiquem os mesmos atos, apenas que contribuam de forma direta e relevante para o crime.
- É possível em caso de crime culposo ou omissivo.

Coautoria em crime próprio e de mão própria  Em regra, só é admitido no crime próprio, entretanto, é possível no caso de dois
peritos se juntarem para elaborar um laudo falso.
Autoria imprópria ou colateral: quando mais de um agente intervêm na execução do crime, buscando igual resultado, mas um não
sabe da intenção do outro.

Participação: o agente não pratica diretamente o núcleo do tipo penal, mas concorre de qualquer forma para o crime.
- Não há participação em crime culposo e não há participação culposa em crime doloso.
- É possível em crime omissivo.
- Se a participação for de menor importância, a pena pode ser reduzida de um 1/6 a 1/3.
• Participação moral: o agente induz ou instiga um terceiro a praticar o crime.
• Participação material: o agente presta auxílio ao autor.

Teoria da acessoriedade  A participação é acessória a autoria.


- O ajuste, a determinação, a instigação e o auxílio, salvo disposição expressa em contrário, não são puníveis se o crime
não é ao menos tentado.
• Teoria da acessoriedade mínima: basta que o agente tenha praticado um fato típico para que a participação seja relevante.
• Teoria da acessoriedade limitada: o agente deve ter praticado um fato típico e ilícito para que a participação seja relevante.
- Teoria adotada pelo código penal, logo, se o agente agiu sob excludente de ilicitude, não haverá participação.
• Teoria da acessoriedade máxima: o agente deve ter praticado um fato típico, ilícito e culpável para que a participação seja
relevante.
• Teoria da hiperacessoriedade: o agente deve ter praticado um fato típico, ilícito, culpável e punível para que a participação seja
relevante.

Participação dolosamente distinta: se algum dos concorrentes quis participar de crime menos grave, ser-lhe-á aplicada a pena
deste.
- Se o resultado mais grave era previsível, a pena pode ser aumentada até ½.
Comunicabilidade das circunstâncias: as circunstâncias e as condições de caráter pessoal não se comunicam, salvo quando
elementares do crime.

Crimes contra a pessoa.


- Crime contra a vida
- De lesão corporal
- De periclitação da vida e da saúde
- De rixa
- Contra a honra
- Contra a liberdade individual

121 – Homicídio: Crime de dano, material e instantâneo de efeitos permanentes.


• Nos crimes dolosos a pena é aumentada:
- 1/3 a 1/2 se for praticado por milícia privada, sob o pretexto de prestação de serviço de segurança, ou por grupo de
extermínio.
- 1/3 se for praticado contra pessoa menor de 14 ou maior de 60 anos.

Homicídio Simples  R de 6 a 20 anos.


- Não é hediondo, salvo se praticado em atividade típica de grupo de extermínio.

Homicídio Qualificado  R de 12 a 30 anos  Todos são Hediondos.


I - Mediante paga ou promessa de recompensa, ou por outro motivo torpe;
II - Motivo fútil;
III - Com emprego de veneno, fogo, explosivo, asfixia, tortura ou outro meio insidioso ou cruel, ou que possa resultar em
perigo comum;
IV - À traição, de emboscada, ou mediante recurso que dificulte ou torne impossível a defesa da vítima;
V - Para encobrir outro crime;
VI - Contra mulher por razões do sexo  Feminicídio  STJ considerou como uma qualificadora objetiva.
VII - Contra membros dos Art 142 e 144 e agentes da Força Nacional de Segurança Pública, no exercício da função ou em
decorrência dela, ou contra CADI até 3º grau, em razão dessa condição. *** o Código Penal excluiu da especial proteção as relações
oriundas do parentesco civil, notadamente os filhos adotivos ou enteados.

• As qualificadoras III, IV e VI* são objetivas e as I, II, V e VII são subjetivas.


- Posso ter mais de uma qualificadora, mas apenas uma delas pode ser subjetiva.
- A premeditação não é uma qualificadora, mas pode ser levada em consideração na dosimetria da pena.
- Ausência de motivo não é motivo fútil.

• Feminicídio: há razões de condição de sexo quando envolve violência doméstica e familiar ou menosprezo à condição de mulher.
- Aplicável à transexual e à travesti.
 Aumento de pena de 1/3 até ½:
- Se for praticado durante a gestação ou nos 3 meses posteriores ao parto;
- Contra menor de 14 ou maior de 60 anos;
- Contra mulher com deficiência ou portadora de doenças degenerativas que acarretem condição limitante ou de
vulnerabilidade física ou mental;
- Na presença física ou virtual de descendente ou de ascendente da vítima;
- Em descumprimento das medidas protetivas de urgência.;

Homicídio Privilegiado  cometido por motivo de relevante valor moral ou social ou por domínio de violenta emoção, logo em
seguida a injusta provocação da vítima  Pena pode ser reduzida de 1/6 a 1/3
Homicídio Privilegiado qualificado  o privilégio só pode ser somado a uma qualificadora objetiva  Não é hediondo.
Homicídio Culposo  D de 1 a 3 anos  O juiz pode deixar de aplicar a pena se as consequências do crime atingirem o agente de
tal forma que a sanção penal se torne desnecessária.
• A pena é aumentada 1/3, se o crime ocorre por inobservância de regra técnica de profissão, arte ou ofício, ou se o
agente deixa de prestar imediato socorro à vítima, não procura diminuir as consequências do seu ato, ou foge para evitar prisão.

123 – Infanticídio  Matar, sob influência do estado puerperal, o próprio filho, durante ou logo após o parto  D de 2 a 6 anos.
- Crime próprio quanto ao sujeito ativo e passivo;
- Espécie de homicídio privilegiado.
- O pai pode ser enquadrado se é omisso percebendo a intenção da mãe.
→ No caso de concurso de pessoas, todos respondem por infanticídio  Teoria monista.

→ Aborto só se pune de forma dolosa. É um crime de mão própria e somente pode ser praticado pela gestante, com isso, não se
admite a coautoria, mas participação.
- Na modalidade Autoaborto a doutrina admite a participação.
122 – Induzimento, instigação ou auxílio a suicídio ou a automutilação  Induzir ou instigar alguém a suicidar-se ou a praticar
automutilação ou prestar-lhe auxílio material para que o faça  R de 6 meses a 2 anos.
Qualificado por lesão corporal grave ou gravíssima  R de 1 a 3 anos.
- Se resulta em lesão corporal gravíssima e é cometido contra menor de 14 ou contra quem, por enfermidade ou
deficiência mental, não tem o necessário discernimento para a prática do ato, ou que, por qualquer outra causa, não pode oferecer
resistência  O agente responde pelo crime de lesão corporal gravíssima.
Qualificada por morte  R de 2 a 6 anos.
- Se é cometido contra menor de 14 ou contra quem não tem o necessário discernimento para a prática do ato, ou que,
por qualquer outra causa, não pode oferecer resistência  O agente responde pelo crime de homicídio.

A pena é duplicada:
- Se é praticado por motivo egoístico, torpe ou fútil.
- Se a vítima é menor ou tem diminuída, por qualquer causa, a capacidade de resistência.
A pena é aumentada até o dobro:
- Se a conduta é realizada por meio da rede de computadores, de rede social ou transmitida em tempo real.
A pena é aumentada em ½:
- Se o agente é líder ou coordenador de grupo ou de rede virtual.
129 – Lesão Corporal  Ofender a integridade corporal ou a saúde de outrem.
- A ausência de laudo pericial não impede o reconhecimento da lesão corporal grave ou gravíssima, desde que haja outros
meios de prova.
• Leve  D de 3 meses a 1 anos.
- Ação Condicionada à representação.
• Grave  R de 1 a 5 anos  PIDA
- Perigo de vida;
- Incapacidade para as ocupações habituais por mais de 30 dias;
- Debilidade permanente de membro, sentido ou função;
- Aceleração de parto.

• Gravíssima  R de 2 a 8 anos  PEIDA.


- Perda ou inutilização do membro, sentido ou função  No caso de órgãos duplos, se há perda de somente 1 deles, a
lesão é grave.
- Enfermidade incurável;
- Incapacidade permanente para o trabalho;
- Deformidade permanente;
- Aborto.
Lesão Corporal Seguida De Morte  Crime preterdoloso  R de 4 a 12 anos

Lesão Corporal Culposa: D de 2 meses a 1 anos.


- Não se discute a natureza das lesões.
- Ação Condicionada à representação.
→ O juiz pode deixar de aplicar a pena se as consequências da infração atingirem o agente de tal forma que a sanção penal se torne
desnecessária.
• A pena é aumentada 1/3, se o crime ocorre por inobservância de regra técnica de profissão, arte ou ofício, ou se o agente deixa de
prestar imediato socorro à vítima, não procura diminuir as consequências do seu ato, ou foge para evitar prisão.

135 – Omissão de socorro  Deixar de prestar assistência, quando possível sem risco pessoal, à criança abandonada ou extraviada,
ou à pessoa inválida ou ferida, ao desamparo ou em grave e iminente perigo; ou não pedir, nesses casos, o socorro da autoridade
pública  D 1 a 6 meses.
• Aumento de pena em ½ se a omissão resulta em lesão corporal grave e a pena é triplicada se resulta em morte.
137 – Rixa  Participar de rixa, salvo para separar  D de 15 dias a 2 meses
- Luta entre três ou mais pessoas, com violências físicas recíprocas  Crime plurissubjetivo
- Os participantes são sujeitos ativos e passivos uns em relação aos outros.

138 – Calúnia: acusar alguém, falsamente, da prática de um crime (não pode ser contravenção penal), ou saber que a acusação é
falsa e divulgá-la  D de 6 meses a 2 anos.
- É punível a calúnia contra mortos.
- Admite retratação
- Honra objetiva
• Admite exceção da verdade, salvo:
- Se é crime de Ação Privada e o ofendido não foi condenado por sentença irrecorrível
- Se o fato é imputado as pessoas indicadas no nº I do art. 141(PR ou chefe de governo estrangeiro)
- Se na Ação Pública o ofendido foi absolvido por sentença irrecorrível.

→ Para a caracterização do crime de calúnia, é indispensável que o agente que atribui a alguém fato definido como crime tenha conhecimento da falsidade da
imputação.

139 – Difamação: imputar fato ofensivo à reputação de alguém  D de 3 meses a 1 anos.


- Admite exceção da verdade somente se o ofendido é funcionário público e a ofensa é em razão de suas funções.
- O fato não precisa ser falso.
- Admite retratação
- Honra objetiva
140 – Injúria: palavra ou gesto pejorativo com que o agente ofende o sentimento da vítima  D de 1 a 6 meses.
- Não cabe exceção da verdade.
- Não admite retratação.
- Honra subjetiva.
→ O juiz pode deixar de aplicar a pena se o ofendido, de forma reprovável, provocou diretamente a injúria ou no caso de retorsão
imediata, que consista em outra injúria.
Injúria real: envolve a prática de elementos aviltantes, como violência ou vias de fato, como cuspir na cara de outro  D
de 3 meses a 1 anos + pena correspondente à violência
Injúria racial, preconceituosa ou qualificada: elementos referentes a raça, cor, etnia, religião, origem ou a condição de
idoso ou portador de deficiência  R de 1 a 3 anos.
- É considerado inafiançável e imprescritível pelo STF e STJ.
- Se for feitos contra servidor público não estando na presença dele é injúria, se for feita na presença dele é desacato.
- É possível que o agente pratique, concomitantemente, os três crimes.
- As PJ podem ser sujeito passivo dos crimes de calúnia e difamação, mas não do de injúria.

→ A esposa tem legitimidade para propor queixa-crime contra autor de mensagem que insinua que o seu marido tem uma relação extraconjugal com outro homem.
Se alguém alega que um indivíduo casado mantém relação homossexual extraconjugal com outro homem, a esposa deste indivíduo tem legitimidade para ajuizar
queixa-crime por injúria, alegando que também é ofendida.

• Aumento de pena em 1/3 se praticados contra:


- PR ou chefe de governo estrangeiro;
- Contra funcionário público, em razão de suas funções;
- Na presença de várias pessoas ou por meio que facilite a divulgação dos crimes;
- Contra pessoa maior de 60 anos ou deficiente, exceto no caso de injúria;
• Aumento de pena em ½ se é cometido mediante paga ou promessa de recompensa.

Não constitui injúria ou difamação:


- Ofensa irrogada em juízo, na discussão da causa, pela parte ou por seu procurador  Responde quem lhe der
publicidade.
- Opinião desfavorável da crítica literária, artística ou científica, salvo quando inequívoca a intenção de injuriar ou difamar.
- Conceito desfavorável emitido por funcionário público, em apreciação ou informação que preste no cumprimento de
dever do ofício  Responde quem lhe der publicidade.

→ A retratação (CP, art. 143) é cabível unicamente na calúnia e na difamação, visto que nesses delitos há, pelo ofensor, a imputação de um fato ao ofendido, que
pode ser definido como crime (calúnia) ou ofensivo à sua reputação (difamação).

148 – Sequestro e cárcere privado  Privar alguém de sua liberdade, mediante sequestro ou cárcere privado  R de 1 a 3 anos.
Qualificadoras  R de 2 a 5 anos.
- Se a vítima é ascendente, descendente, cônjuge ou companheiro do agente ou maior de 60 anos  Sem irmão  CADI
sem I;
- Se é praticado mediante internação da vítima em casa de saúde ou hospital;
- Se a privação da liberdade dura mais de 15 dias;
- Se é praticado contra menor de 18 anos;
- Se é praticado com fins libidinosos;
• Se resulta à vítima, em razão de maus-tratos ou da natureza da detenção, grave sofrimento físico ou moral  R de 2 a 8 anos.

149-A – Tráfico de pessoas  R de 4 a 8 anos  Agenciar, aliciar, recrutar, transportar, transferir, comprar, alojar ou acolher pessoa,
mediante grave ameaça, violência, coação, fraude ou abuso, com a finalidade de:
- Remover órgãos, tecidos ou partes do corpo;
- Submeter a trabalho em condição análoga à escravidão;
- Submeter a qualquer tipo de servidão;
- Adoção ilegal;
- Exploração sexual.
• Aumento de pena de 1/3 a ½:
- Se cometido por funcionário público no exercício de sua função ou a pretexto de exercê-la;
- Se cometido contra criança, adolescente, idoso ou deficiente;
- O agente se prevalecer de relações de parentesco, domésticas, de coabitação, de hospitalidade, de dependência
econômica, de autoridade ou de superioridade hierárquica inerente ao exercício de emprego, cargo ou função;
- A vítima for retirada do Brasil.
→ A pena pode ser reduzida de 1/3 a 2/3 se o agente for primário e não integrar Orcrim.

150 – Violação de domicílio  Entrar ou permanecer, clandestina ou astuciosamente, ou contra a vontade expressa ou tácita de
quem de direito, em casa alheia ou em suas dependências  D de 1 a 3 meses.
Casa: todo compartimento habitado, aposento ocupado de habitação coletiva ou compartimento não aberto ao público, onde
alguém exerce profissão.
Não é casa: taverna, casa de jogo, boleia de caminhão etc.

Crimes contra o patrimônio


Escusas Absolutórias: busca harmonizar a proteção do patrimônio e a relação familiar existente entre os sujeitos, trazendo a
isenção de pena, ou permitindo que a vítima decida ou não pela representação.
Isento de pena se cometido contra o cônjuge, ascendente ou descendente.
Somente se procede mediante representação se cometido contra ex-cônjuge, irmão, tio ou sobrinho com que coabita.

Não se aplica a escusa absolutória:


- Nos crimes de roubo ou extorsão, ou com violência ou grave ameaça.
- Ao estranho que participar do crime;
- Crime contra pessoa com 60 ou + anos.

155 – Furto  Subtrair coisa alheia móvel  R de 1 a 4 anos.


- Sistema de vigilância ou a presença de segurança não torna o crime impossível.
- Energia elétrica = coisa móvel  É fato atípico o furto de sinal de TV a cabo.
- O crime é consumado no momento da inversão da posse  Teoria do Amotio.
Princípio da insignificância  Não há um valor estabelecido, porém a doutrina adota o parâmetro de até 10% do salário-mínimo.
• Aumento de pena de 1/3 se é praticado durante o repouso noturno  Pode ser aplicado para o furto qualificado.
Qualificado  R de 2 a 8 anos.
• Com destruição ou rompimento de obstáculo; (I)
***- Destruir o vidro para roubar algo no interior do veículo é furto qualificado, destruir o vidro para roubar o próprio
veículo é furto simples;
• Com abuso de confiança ou mediante fraude, escalada ou destreza; (II)
- Se houver flagrante não dá para caracterizar destreza;
- A fraude é utilizada para diminuir a vigilância da vítima (≠ estelionato).
- A simples relação empregatícia não caracteriza abuso de confiança
• Emprego de chave falsa; (III)
• Concurso de duas dou mais pessoas. (IV)
→ O I e II necessita de perícia, mas admite-se prova indireta.
→ Só é possível aplicar o princípio da insignificância em circunstâncias excepcionais.
• Com emprego de explosivo ou artefato que cause perigo comum  R de 4 a 10 anos.
- Crime hediondo.
• Furto de veículo automotor que seja transportado para outro Estado ou País  R de 3 a 8 anos.
• Furto de animal de corte, mesmo abatido ou dividido em partes (abigeato)  R de 2 a 5 anos.
• Se a subtração for de substâncias explosivas ou de acessórios que, conjunta ou isoladamente, possibilitem sua
fabricação, montagem ou emprego  R de 4 a 10 anos.

Privilégio  Se o criminoso é primário e a coisa é de pequeno valor (1 salário-mínimo), o Juiz pode substituir a pena de R pela de D,
diminuí-la de 1/3 a 2/3, ou aplicar somente a de multa.
• Qualificado-privilegiado  É possível associar o privilégio com qualquer qualificadora, exceto abuso de confiança.

156 – Furto De Coisa Comum  Subtrair o condômino, coerdeiro ou sócio, para si ou para outrem, a quem legitimamente a detém,
a coisa comum  D de 6 meses a 2 anos.
- Só se procede mediante representação.
- Não é punível a subtração de coisa comum fungível, cujo valor não excede a quota a que o agente tem direito.

157 – Roubo  Subtrair coisa móvel alheia, mediante grave ameaça ou violência, ou depois de havê-la, por qualquer meio,
reduzido à impossibilidade de resistência  R de 4 a 10 anos.
- São hediondos  Com restrição de liberdade da vítima, qualificado por lesão corporal grave ou morte.
- O crime é consumado no momento da inversão da posse  Teoria do Amotio.

Roubo impróprio  Logo após subtrair, utiliza de violência ou grave ameaça para assegurar a impunidade ou a detenção da coisa.

A pena é aumentada de 1/3 até ½, se:


- Há concurso de pessoas  Inclusive com inimputável.
- A vítima está em serviço de transporte de valores e o agente sabe disso  Não se restringe a dinheiro.
- A subtração for de veículo automotor que venha a ser transportado para outro Estado ou País;
- O agente restringe a liberdade da vítima.
- A subtração for de substâncias explosivas ou de acessórios que, conjunta ou isoladamente, possibilitem sua fabricação,
montagem ou emprego;
- Há emprego de arma branca;

A pena é aumentada em 2/3:


- Há emprego de arma de fogo  Simulacro ou arma quebrada caracteriza roubo simples.
- Há destruição ou rompimento de obstáculo com explosivo ou outro artefato que cause perigo comum.

A pena é aumentada em dobro se há emprego de arma de fogo de uso restrito ou proibido.


- Em regra, o crime de roubo com arma de fogo absorve o crime de porte ilegal de arma de fogo.

Qualificados:
• Por lesão corporal grave  R de 7 a 18 anos.
• Por morte  R de 20 a 30 anos.
→ Não é submetido ao tribunal do júri.
→ O latrocínio se consuma com a morte da vítima.
→ Segundo o STF, não há continuidade delitiva entre roubo e latrocínio.

158 – Extorsão  Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, e com o intuito de obter para si ou para outrem
indevida vantagem econômica, a fazer, tolerar que se faça ou deixar de fazer alguma coisa  R de 4 a 10 anos.
- A ameaça pode ser contra a integridade física, honra, objetos ou até espiritual.
- A consumação ocorre no momento da violência ou grave ameaça, independente da obtenção da vantagem.
- A pena é aumentada de 1/3 até ½ de é cometido por duas ou mais pessoas ou com emprego de arma de fogo.

Qualificado pela restrição de liberdade da vítima (sequestro relâmpago)  R de 6 a 12 anos.


- Crime hediondo.
- A própria vítima é obrigado a entregar a vantagem indevida.
• Se resultar em lesão corporal grave  R de 7 a 18 anos;
• Se resultar em morte  R de 20 a 30 anos.

159 – Extorsão Mediante Sequestro  Sequestrar pessoa para obter qualquer vantagem, como condição ou preço de resgate  R
de 8 a 15 anos.
- Crime Hediondo.
- Na hipótese de uma simulação de sequestro, onde a suposta vítima faz parte, configurará somente crime de extorsão.
- No caso de concurso de pessoas, se um dos sequestradores denunciar às autoridades, facilitando a libertação do
sequestrado, terá a pena reduzida de 1/3 a 2/3.
- Crime formal  Não necessita a obtenção da vantagem para o crime estar consumado.

Qualificadoras:
• Se durar mais de 24 horas, se a vítima é menor de 18 ou maior de 60, ou se é cometido por bando ou quadrilha  R de
12 a 20 anos.
• Se resulta em lesão corporal grave  R de 16 a 24 anos.
• Se resulta a morte  R de 24 a 30 anos.

160 – Extorsão Indireta  Exigir ou receber, como garantia de dívida, abusando da situação de alguém, documento que pode dar
causa a procedimento criminal contra a vítima ou a terceiro  R de 1 a 3 anos.
- Ex: cheque em branco.

163 – Dano  Destruir, inutilizar ou deteriorar coisa alheia  D de 1 a 6 meses.


- Segundo o STF, é necessário apenas o dolo; segundo o STJ, é necessário o dolo específico  Não admite culpa.

Qualificadoras  D de 6 meses a 3 anos + pena correspondente pela violência.


- Se é cometido com violência ou grave ameaça;
- Com emprego de substância inflamável ou explosiva, se não constituir crime mais grave;
- Contra o patrimônio da Adm Direta e Indireta  Não é possível aplicar o princípio da insignificância;
- Por motivo egoístico ou com prejuízo considerável para a vítima.

168 – Apropriação Indébita  Apropria-se de coisa alheia móvel, de que tem a posse ou a detenção  R de 1 a 4 anos.

A pena é aumentada em 1/3 se:


- O agente recebeu a coisa em depósito necessário.
- Na qualidade de tutor, curador, síndico, liquidatário, inventariante, testamenteiro ou depositário judicial.
- Em razão de ofício, emprego ou profissão.

168-A – Apropriação Indébita Previdenciária  Deixar de repassar à previdência social as contribuições recolhidas, no prazo e na
forma legal ou convencional  R de 2 a 5 anos.
- Competência da Justiça Federal e não necessita de dolo específico.
- Não é possível aplicar o princípio da insignificância.
→ É extinta a punibilidade se o agente espontaneamente confessa e efetua o pagamento antes do início da ação fiscal.
->O Juiz pode deixar de aplicar a pena ou aplicar só a de multa se o agente for primário e de bons antecedentes, desde que:
- Tenha feito, após o início da ação fiscal e antes de oferecida a denúncia, o pagamento, inclusive acessórios, ou;
- O valor devido, inclusive acessórios, seja igual ou inferior àquele estabelecido pela previdência social, como sendo o
mínimo para o ajuizamento de execuções fiscais.

171 – Estelionato  Obter vantagem ilícita, em prejuízo alheio, induzindo ou mantendo alguém em erro, mediante qualquer meio
fraudulento  R de 1 a 5 anos.
- A fraude faz com que a vítima, voluntariamente, entregue a vantagem indevida.
- Fraudar medidor de energia configura estelionato.
- Em caso de crime plurilocal, a competência é do juizado onde foi obtida a vantagem indevida.
- A ação é Pública Condicionada, salvo se a vítima for a Adm Pública, criança/adolescente, maior de 70 anos ou incapaz.
• Se o criminoso é primário e o prejuízo é de pequeno valor, a pena pode ser reduzida de 1/3 a 2/3.

Formas equiparadas:
- Quem vende, permuta, dá em pagamento, em locação ou garantia coisa alheia como própria;
- Vende, permuta, dá em pagamento ou em garantia coisa própria inalienável, gravada de ônus ou litigiosa, ou imóvel que
prometeu vender a terceiro, mediante pagamento em prestações, silenciando sobre qualquer dessas circunstâncias;
- Defrauda, mediante alienação não consentida pelo credor ou por outro modo, a garantia pignoratícia, quando tem a
posse do objeto empenhado;
- Defrauda substância, qualidade ou quantidade de coisa que deve entregar a alguém’
- Frauda com intuito de receber indenização ou seguro;
- Frauda no pagamento por meio de cheque  Se o cheque for quitado antes do recebimento da denúncia, a ação não
será iniciada.

A pena é aumentada em 1/3 se é cometido contra entidade de direito público ou instituto de economia popular, assistência social
ou beneficência  Não é possível aplicar o princípio da insignificância
A pena é aumentada em dobro se praticado contra idoso.
180 – Receptação  Adquirir, receber, transportar, conduzir ou ocultar coisa que sabe ser produto de crime (receptação própria);
ou influir para que terceiro, de boa-fé, a adquira, receba ou oculte (receptação imprópria)  R de 1 a 4 anos.
- Se o criminoso é primário e a coisa é de pequeno valor, o Juiz pode substituir a pena de R pela de D, diminuí-la de 1/3 a
2/3, ou aplicar somente a de multa.
- É crime acessório, pois depende da existência de outro, porém é crime parasitário, pois independe da punição do
anterior.
Forma qualificada  Adquirir, receber, transportar, conduzir, ocultar, ter em depósito, desmontar, montar, remontar, vender, expor
à venda, ou de qualquer forma utilizar, em proveito próprio ou alheio, no exercício de atividade comercial ou industrial, coisa que
deve saber ser produto de crime  R de 3 a 8 anos.
- Admite dolo direto ou eventual.
Receptação culposa  Adquirir ou receber coisa que, por sua natureza ou pela desproporção entre o valor e o preço, ou pela
condição de quem a oferece, deve presumir-se ser produto de crime  D de 1 mês a 1 ano.
- Se o criminoso é primário, o Juiz pode deixar de aplicar a pena.

180-A – Receptação de animal  Adquirir, receber, transportar, conduzir, ocultar, ter em depósito ou vender, com a finalidade de
produção ou de comercialização, semovente domesticável de produção, ainda que abatido ou dividido em partes, que deve saber
ser produto de crime  R de 2 a 5 anos.

Crimes contra a dignidade sexual


Aumento de pena:
- De 1/2 a 2/3, se resultar em gravidez.
- De 1/3 a 2/3, se o agente transmite à vítima doença sexualmente transmissível de que sabe ou deveria saber ser
portador, ou se a vítima é idosa ou pessoa com deficiência.

→ Os processos correrão em segredo de justiça.


→ Todos esses crimes são de Ação Incondicionada.

213 – Estupro  Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, a ter conjunção carnal ou a praticar ou permitir que
com ele se pratique outro ato libidinoso  R de 6 a 10 anos.

Qualificado:
• Se resulta em lesão corporal grave ou se a vítima é menor de 18 e maior de 14  R de 8 a 12 anos.
• Se resulta em morte  R de 12 a 30 anos.

215 – Violação sexual mediante fraude  Ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso com alguém, mediante fraude ou
outro meio que impeça ou dificulte a livre manifestação de vontade da vítima  R de 2 a 6 anos
- Se é cometido com o fim de obter vantagem econômica, aplica-se também multa.

215-A – Importunação sexual  Praticar contra alguém e sem a sua anuência ato libidinoso com o objetivo de satisfazer a própria
lascívia ou a de terceiro  R de 1 a 5 anos, se o ato não constitui crime mais grave.

216-A – Assédio sexual  Constranger alguém com o intuito de obter vantagem ou favorecimento sexual, prevalecendo-se o
agente da sua condição de superior hierárquico ou ascendência inerentes ao exercício de emprego, cargo ou função  D de 1 a 2
anos.
- A pena é aumentada em até um 1/3 se a vítima é menor de 18 anos.

216-B – Registro não autorizado da intimidade sexual  Produzir, fotografar, filmar ou registrar, por qualquer meio, conteúdo com
cena de nudez ou ato sexual ou libidinoso de caráter íntimo e privado sem autorização dos participantes  D de 6 meses a 1 ano.
Conduta equiparada: realizar montagem em fotografia, vídeo, áudio ou qualquer outro registro com o fim de incluir pessoa em
cena de nudez ou ato sexual ou libidinoso de caráter íntimo.

217-A – Estupro de vulnerável  Ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso com menor de 14 anos  R de 8 a 15 anos.
- Será crime independentemente do consentimento da vítima ou do fato de ela ter mantido relações sexuais anteriormente
ao crime.
Equiparado: fazer o mesmo com alguém que, por enfermidade ou deficiência mental, não tem o necessário discernimento para a
prática do ato, ou que, por qualquer outra causa, não pode oferecer resistência.

Qualificado:
• Se resulta em lesão corporal grave  R de 10 a 20 anos.
• Se resulta em morte  R de 12 a 30 anos.

218 – Corrupção de menores  Induzir alguém menor de 14 anos a satisfazer a lascívia de outrem  R de 2 a 5 anos.

218-A – Satisfação de lascívia mediante presença de criança ou adolescente  Praticar, na presença de alguém menor de 14 anos,
ou induzi-lo a presenciar, conjunção carnal ou outro ato libidinoso, a fim de satisfazer lascívia própria ou de outrem  R de 2 a 4
anos.

218-B – Favorecer a prostituição ou a exploração sexual de menor  Submeter, induzir ou atrair à prostituição ou outra forma de
exploração sexual alguém menor de 18 anos ou que, por enfermidade ou deficiência mental, não tem o necessário discernimento
para a prática do ato, facilitá-la, impedir ou dificultar que a abandone  R de 4 a 10 anos.
- Se é praticado com o fim de obter vantagem econômica, aplica-se também multa.
Aplica-se as mesmas penas:
• Quem pratica conjunção carnal ou outro ato libidinoso com alguém menor de 18 e maior de 14 anos na situação
descrita no caput deste artigo.
• Ao Proprietário, ao gerente ou ao responsável pelo local em que se verifiquem as práticas referidas no caput deste
artigo.
- É obrigatória a cassação da licença de localização e de funcionamento do estabelecimento.

218-C – Divulgação de cena de estupro ou de cena de estupro de vulnerável, de cena de sexo ou de pornografia  Oferecer,
trocar, disponibilizar, transmitir, vender ou expor à venda, distribuir, publicar ou divulgar, por qualquer meio, fotografia, vídeo ou
outro registro audiovisual que contenha cena de estupro ou de estupro de vulnerável ou que faça apologia ou induza a sua prática,
ou, sem o consentimento da vítima, cena de sexo, nudez ou pornografia  R de 1 a 5 anos.

• A pena é aumentada de 1/3 a 2/3 se é praticado por quem mantém ou tenha mantido relação íntima de afeto com a vítima ou
com o fim de vingança ou humilhação;

Não há crime quando o agente pratica as condutas descritas no caput deste artigo em publicação de natureza jornalística, científica,
cultural ou acadêmica com a adoção de recurso que impossibilite a identificação da vítima, ressalvada sua prévia autorização, caso
seja maior de 18 anos.

A pena é aumentada:
• Em 1/4, se é cometido em concurso de duas ou mais pessoas.
• Em ½, se o agente é ascendente, padrasto ou madrasta, tio, irmão, cônjuge, companheiro, tutor, curador, preceptor ou
empregador da vítima ou por qualquer outro título tiver autoridade sobre ela.
• De 1/3 a 2/3 se é praticado:
- Estupro coletivo  Concurso de duas ou mais pessoas.
- Estupro corretivo  Para controlar o comportamento social ou sexual da vítima.

228 – Favorecer a prostituição ou a exploração sexual  Induzir ou atrair alguém à prostituição ou outra forma de exploração
sexual, facilitá-la, impedir ou dificultar que alguém a abandone  R de 2 a 5 anos.
• Se o agente é ascendente, padrasto, madrasta, irmão, enteado, cônjuge, companheiro, tutor ou curador, preceptor ou
empregador da vítima, ou se assumiu, por lei ou outra forma, obrigação de cuidado, proteção ou vigilância  R de 3 a 8 anos.
• Se é cometido com emprego de violência, grave ameaça ou fraude  R de 4 a 10 anos, além da pena correspondente à
violência.
• Se é cometido com o fim de lucro, aplica-se também multa.

229 – Casa de prostituição  Manter, por conta própria ou de terceiro, estabelecimento em que ocorra exploração sexual, haja, ou
não, intuito de lucro ou mediação direta do proprietário ou gerente  R de 2 a 5 anos
- Crime habitual  “Manter”  ou seja, não admite tentativa.

230 – Rufianismo  Tirar proveito da prostituição alheia, participando diretamente de seus lucros ou fazendo-se sustentar, no todo
ou em parte, por quem a exerça  R de 1 a 4 anos.
• Se a vítima é menor de 18 e maior de 14 anos ou se é cometido por ascendente, padrasto, madrasta, irmão, enteado,
cônjuge, companheiro, tutor ou curador, preceptor ou empregador da vítima, ou por quem assumiu, por lei ou outra forma,
obrigação de cuidado, proteção ou vigilância  R de 3 a 6 anos.
• Se o crime é cometido mediante violência, grave ameaça, fraude ou outro meio que impeça ou dificulte a livre
manifestação da vontade da vítima  R de 2 a 8 anos, sem prejuízo da pena correspondente à violência.

232-A – Promoção da imigração ilegal  Promover, por qualquer meio, com o fim de obter vantagem econômica, a entrada ilegal
de estrangeiro em território nacional ou de brasileiro em país estrangeiro  R de 2 a 5 anos
Equiparado: quem promove, por qualquer meio, com o fim de obter vantagem econômica, a saída de estrangeiro do território
nacional para ingressar ilegalmente em país estrangeiro

Aumento de pena de 1/6 a 1/3:


- Se é cometido com violência
- Se a vítima é submetida a condição desumana ou degradante
• A pena prevista para o crime será aplicada sem prejuízo das correspondentes às infrações conexas.

233 – Ato obsceno  Praticar ato obsceno em lugar público, ou aberto ou exposto ao público  D de 3 meses a 1 ano.

Crimes contra incolumidade pública


Se do crime doloso de perigo comum resulta lesão corporal grave  Aumento de pena em ½
Se do crime doloso de perigo comum resulta morte  Pena aplicada em dobro
Se do crime culposo de perigo comum resulta lesão corporal  Aumento de pena em ½
Se do crime culposo de perigo comum resulta morte  Aplica-se a pena do homicídio culposo, aumentada em 1/3.

259 – Difusão de doença ou praga  Difundir doença ou praga que possa causar dano a floresta, plantação ou animais de
utilidade econômica  R de 2 a 5 anos
Culposo  D de 1 a 6 meses.

264 – Arremesso de projétil  Arremessar projétil contra veículo, em movimento, destinado ao transporte público por terra, água
ou ar  D de 1 a 6 meses.
• Se resultar em lesão corporal  D de 6 meses a 2 anos.
• Se resultar em morte  Pena do homicídio aumentada em 1/3.

267 – Epidemia  Causar epidemia, mediante a propagação de germes patogênicos  R de 10 a 15 anos.


- Se resultar em morte  Pena aplicada em dobro
Culposo  D de 1 a 2 anos
- Se resultar em morte  D de 2 a 4 anos.

268 – Infração de medida sanitária preventiva  Infringir determinação do poder público, destinada a impedir introdução ou
propagação de doença contagiosa  D de 1 mês a 1 ano.
- A pena é aumentada em 1/3, se o agente é funcionário da saúde pública ou exerce a profissão de médico,
farmacêutico, dentista ou enfermeiro.

269 – Omissão de notificação de doença  Deixar o médico de denunciar à autoridade pública doença cuja notificação é
compulsória  D de 6 meses a 2 anos.

272 – Falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de substância ou produtos alimentícios  Corromper, adulterar, falsificar
ou alterar substância ou produto alimentício destinado a consumo (inclusive bebidas, com ou sem álcool), tornando-o nociva à
saúde ou reduzindo-lhe o valor nutritivo  R de 4 a 8 anos.
- Nas mesmas penas incorre quem fabrica, vende, expõe à venda, importa, tem em depósito para vender ou, de
qualquer forma, distribui ou entrega a consumo a substância alimentícia ou o produto falsificado, corrompido ou adulterado.

273 – Falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de produtos destinados a fins terapêuticos ou medicinais  Falsificar,
corromper, adulterar ou alterar produto destinado a fins terapêuticos ou medicinais  R de 10 a 15 anos.
Nas mesmas penas incorre quem importa, vende, expõe à venda, tem em depósito para vender ou, de qualquer forma, distribui
ou entrega a consumo o produto falsificado, corrompido, adulterado ou alterado.
• Está sujeito às penas deste artigo quem pratica essas ações em relação a produtos em qualquer das seguintes
condições:
- Sem registro, quando exigível, no órgão de vigilância sanitária competente;
- Em desacordo com a fórmula constante do registro previsto no inciso anterior;
- Sem as características de identidade e qualidade admitidas para a sua comercialização;
- Com redução de seu valor terapêutico ou de sua atividade;
- De procedência ignorada;
- Adquiridos de estabelecimento sem licença da autoridade sanitária competente.

→ Incluem-se entre os produtos a que se refere este artigo os medicamentos, as matérias-primas, os insumos farmacêuticos, os
cosméticos, os saneantes e os de uso em diagnóstico.

Crimes contra a Fé Pública


- Não cabe princípio da insignificância nem arrependimento posterior.
- Não admitem modalidade culposa.

289 – Moeda Falsa  Falsificar, fabricando ou alterando, moeda corrente no Brasil ou no exterior  R de 3 a 12 anos.
- Competência é da JF.
- Se a falsificação for grosseira, configurará estelionato (competência da JE); se for extremamente grosseira, configurará
crime impossível.

Privilegiado: quem recebe de boa-fé e como verdadeira a moeda falsa e, depois de ter conhecimento, a coloca em circulação  D
de 6 meses a 2 anos.

Equiparado: quem importa, exporta, vende, troca, cede, empresta, guarda ou introduz em circulação moeda falsa.

Qualificada  R de 3 a 15 anos.

• Agente público ou diretor, gerente, ou fiscal de banco de emissão que autorize ou emita:
- Moeda com título ou peso inferior ao determinado em lei
- Fabrique papel-moeda em quantidade superior à autorizada

290 – Crimes assimilados ao de moeda falsa  R de 2 a 8 anos.


- Formar cédula, nota ou bilhete representativo de moeda com fragmentos de cédulas, notas ou bilhetes verdadeiros;
- Suprimir, em nota, cédula ou bilhete recolhidos, para o fim de restituí-los à circulação, sinal indicativo de sua inutilização;

- Restituir à circulação cédula, nota ou bilhete em tais condições, ou já recolhidos para o fim de inutilização:

→ Competência da JF.
Qualificada  Se é cometido por funcionário do local onde o dinheiro estava guardado, ou se tinha fácil acesso a ele em razão do
cargo  R de 2 a 12 anos.

291 – Petrechos Para Falsificação De Moeda  Fabricar, adquirir, fornecer ou possuir qualquer objeto destinado à falsificação de
moeda  R de 2 a 6 anos.
- O crime de moeda falsa absorve este.

297 – Falsificar documento público ou alterar verdadeiro  R de 2 a 6 anos.


- O documento em si é falso  Falso material.
- Não é necessária a perícia se a falsificação puder ser comprovada de outras formas.

• A pena é aumentada em 1/6 se o agente for funcionário público e comete o crime prevalecendo-se do cargo.
• Equipara-se a documento público (L-A-T-TE):
- Documento emanado de paraestatal;
- Livros mercantis;
- Ações de sociedade comercial;
- Título ao portador ou transmissível por endosso;
- Testamento particular.

Condutas equiparadas  Quem insere ou faz inserir:


- Na folha de pagamento ou em documento de info que seja destinado a fazer prova perante a previdência social, pessoa
que não possua a qualidade de segurado obrigatório;
- Na Carteira de Trabalho do empregado ou em documento que deva produzir efeito perante a previdência social,
declaração falsa ou diversa da que deveria ter sido escrita;
- Em documento contábil ou em qualquer outro documento relacionado com as obrigações da empresa perante a
previdência social, declaração falsa ou diversa da que deveria ter constado
• Nas mesmas penas incorre quem omite, nos documentos acima, nome do segurado e seus dados pessoais, a remuneração, a
vigência do contrato de trabalho ou de prestação de serviços

298 – Falsificar documento particular ou alterar verdadeiro  R de 1 a 5 anos.


- Cartão de crédito ou débito é documento particular.

299 – Falsidade Ideológica  Omitir declaração diversa da que devia constar ou inserir declaração falsa ou diversa da que devia
constar com o fim de prejudicar direito, criar obrigação ou alterar a verdade sobre fato juridicamente relevante  R de 1 a 5 anos
se o documento for público e de 1 a 3 anos se for particular.
- Se o agente é funcionário público, e comete o crime prevalecendo-se do cargo, ou se a falsificação é de assentamento de
registro civil, a pena é aumentada em 1/6.

304 – Uso De Documento Falso  A pena é igual à da respectiva falsificação.


- Não é necessária a perícia no documento, se a falsificação puder ser comprovada de outra forma.
- A competência para julgar é em razão do órgão ou entidade ao qual foi apresentado o documento.
- Portar documento falso ≠ Usar documento falso.

305 – Supressão de documento  Destruir, suprimir ou ocultar, em benefício próprio ou de outrem, ou em prejuízo alheio,
documento público ou particular verdadeiro, de que não podia dispor  R de 2 a 6 anos se o documento é público e de 1 a 5 anos
se é particular.

307 – Falsa identidade  Atribuir, a si ou a terceiro, falsa identidade para obter vantagem ou causar dano  D de 3 meses a 1
anos, se não configurar crime mais grave.
- Não é possível alegar autodefesa para dar uma falsa identidade.
- Crime formal  Consuma-se independente da obtenção da vantagem ou do dano causado.

308 – Falsa identidade  Usar como próprio ou ceder para que outro utilize documento de identificação civil que não é seu  D de
4 meses a 2 anos.

311 – Adulteração de sinal identificador de veículo  Adulterar ou remarcar o nº de chassi ou qualquer outro sinal identificador
de veículo, componente ou equipamento  R de 3 a 6 anos.

- Adulterar sinal identificador de reboque é atípico.

• A pena é aumentada em 1/3 se o agente comete o crime na função pública ou em razão dela.

• Incorre nas mesmas penas o funcionário público que contribui para o licenciamento ou registro do veículo adulterado, fornecendo
indevidamente material ou info oficial.

Crimes contra a Adm Pública


• Não é possível aplicar o princípio da insignificância, salvo em situações excepcionais.
• Para fins penais, funcionário público é aquele que exerce cargo, emprego ou função pública, mesmo que transitoriamente e sem
remuneração.
- É equiparado a funcionário público aquele que exerce cargo, emprego ou função em entidade paraestatal, e quem
trabalha para empresa prestadora de serviço de atividade típica da Adm Pública.
- As penas são aumentadas de 1/3 se o criminoso ocupar cargo em comissão ou função de direção ou assessoramento nos
órgãos da Adm Direta e nas entidades da Indireta (exceto as autarquias).
Se um particular praticar um crime contra a Adm em concurso com um funcionário público (e sabe dessa condição), responderá
como funcionário público.

312 – Peculato  Apropriar-se (peculato-apropriação) ou desviar bem móvel (peculato-desvio), público ou particular, de que tem
posse em razão do cargo; ou que não tendo a posse, subtrai ou concorre para isso (peculato-furto), valendo-se da facilidade que o
cargo lhe proporciona  R de 2 a 12 anos.
- Peculato de uso, como usar carro oficial em proveito próprio, não é figura típica do CP.
Peculato culposo: o agente não observa seu dever de cuidado, concorrendo para que outrem subtraia, desvie ou se aproprie do
bem  D de 3 meses a 1 ano.
- Se reparar o dano antes da sentença irrecorrível será extinta a punibilidade; se for após terá a pena reduzida em ½.

313 – Peculato mediante erro de outrem  Apropriar-se de dinheiro ou outro bem que recebeu por erro de outrem, no exercício
do cargo  R de 1 a 4 anos.
316 – Concussão  Exigir, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas
em razão dela, vantagem indevida  R de 2 a 12 anos.
- Se exigir mediante violência ou grave ameaça será extorsão.

Excesso de exação: se o funcionário público exige tributo ou contribuição social indevida, ou quando devida, emprega meio
vexatório ou gravoso  R de 3 a 8 anos.
- Se o agente desvia dos cofres públicos o que recebeu indevidamente  R de 2 a 12 anos.

317 – Corrupção Passiva  Solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou
antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida, ou aceitar promessa de tal vantagem  R de 2 a 12 anos.
- A pena é aumentada em 1/3 se o agente retarda ou deixa de praticar ato de ofício ou o pratica infringindo dever
funcional.
• Exceção à teoria monista  Aplica-se a teoria pluralista.

Corrupção passiva privilegiada: Se o funcionário pratica, deixa de praticar ou retarda ato de ofício, com infração do dever funcional,
cedendo a pedido ou influência de outrem (famoso favorzinho)  D de 3 meses a 1 ano.

318 – Facilitação De Contrabando Ou Descaminho  Facilitar, com infração do dever funcional, contrabando ou descaminho  R
de 3 a 8 anos.
319 – Prevaricação  Retardar ou deixar de praticar de maneira indevida ato de ofício, ou praticá-lo de maneira diversa à lei, para
satisfazer interesse ou sentimento pessoal  D de 3 meses a 1 ano.

319-A – Prevaricação imprópria  Deixar o Diretor de Penitenciária ou agente público, de cumprir seu dever de vedar ao preso o
acesso a aparelho telefônico, de rádio ou similar, que permita a comunicação com outros presos ou com o ambiente externo  D
de 3 meses a 1 ano.

320 – Condescendência Criminosa  Deixar o funcionário, por indulgência, de responsabilizar subordinado que cometeu infração
no exercício do cargo ou, quando lhe falte competência, não levar o fato ao conhecimento da autoridade competente  D de 15
dias a 1 mês.

321 – Advocacia Administrativa  Patrocinar, direta ou indiretamente, interesse privado perante a Adm pública, valendo-se da
qualidade de funcionário público  D de 1 a 3 meses.
• Se o interesse for ilegítimo  D de 3 meses a 1 ano (Ou seja, é crime mesmo se o interesse for legítimo).

324 – Exercício funcional ilegalmente antecipado ou prolongado  Entrar no exercício de função pública antes de satisfeitas as
exigências legais, ou continuar a exercê-la, sem autorização, depois de saber oficialmente que foi exonerado, removido, substituído
ou suspenso  D de 15 dias a 1 mês ou multa.

325 – Violação Do Sigilo Funcional  Revelar fato que tem ciência em razão do cargo e que deva permanecer em segredo, ou
facilitar-lhe a revelação  D de 6 meses a 2 anos, se não constituir crime mais grave (crime subsidiário).
- Se resultar em dano a Adm pública ou a outrem  R de 2 a 6 anos.
Figura equiparada:
- Permitir acesso de pessoa não autorizada a sistema ou banco de dados da Adm pública.
- Quem se utiliza, indevidamente, do acesso restrito.

329 – Resistência  Opor-se à execução de ato legal, mediante violência ou ameaça a funcionário competente para executá-lo ou a
quem lhe esteja prestando auxílio  D de 2 meses a 2 anos
- Se, em razão da resistência, o ato não se executa  R de 1 a 3 anos.
• Resistência é uma OVA  Opor-se, mediante Violência ou Ameaça.

330 – Desobediência  Desobedecer a ordem legal de funcionário público  D de 15 dias a 6 meses.


- O agente deve emitir uma ordem direta, dirigida a uma pessoa certa, onde ela tenha o dever de atender a ordem, e não
pode haver outra sanção específica pelo descumprimento da ordem.

331 – Desacato  Desacatar funcionário público no exercício da função ou em razão dela  D de 6 meses a 2 anos.
- Deve ser feito na presença do funcionário público, não pode ser por ligação ou e-mail.

332 – Tráfico De Influência  Solicitar, exigir, cobrar ou obter, para si ou para outrem, vantagem ou promessa de vantagem, a
pretexto de influir em ato praticado por funcionário público no exercício da função  R de 2 a 5 anos.
- O agente não pode de fato influenciar o funcionário público, se não seria corrupção.
- A pena é aumenta em ½, se o agente insinua que o funcionário também terá vantagem.

333 – Corrupção Ativa  Oferecer ou prometer vantagem indevida a funcionário público, para determiná-lo a praticar, omitir ou
retardar ato de ofício  R de 2 a 12 anos.
• A pena é aumenta em 1/3 se em decorrência disso, o funcionário retarda ou deixa de praticar ato de ofício ou o pratica
infringindo dever funcional.
- Se o funcionário público solicitar a vantagem, e o agente ceder, ele não responderá por corrupção ativa.

334 – Descaminho  Iludir, no todo ou em parte, o pagamento de direito ou imposto devido pela entrada, pela saída ou pelo
consumo de mercadoria  R de 1 a 4 anos.
- A pena é aplicada em dobro se é praticado em transporte aéreo, marítimo ou fluvial.
- Competência é da JF, mesmo que não seja comprovada a transnacionalidade do produto.
- É possível a aplicação do princípio da insignificância no valor de até R$20.000,00.

• Incorre nas mesmas penas quem:


- Pratica navegação de cabotagem, fora dos casos permitidos em lei.
- Vende ou compra essas mercadorias.

334-A – Contrabando  Importar ou exporta mercadoria proibida  R de 2 a 5 anos.


- A pena é aplicada em dobro se é praticado em transporte aéreo, marítimo ou fluvial.
- Competência da JF.
- Não é possível aplicar o princípio da insignificância.
• Incorre nas mesmas penas quem:
- Importa ou exporta clandestinamente mercadoria que dependa de registro, análise ou autorização de órgão público
competente.
- Reinsere no território nacional mercadoria brasileira destinada à exportação.

342 – Falso Testemunho ou Falsa Perícia  Fazer afirmação falsa, ou negar ou calar a verdade como testemunha, perito, contador,
tradutor ou intérprete em processo judicial, ou adm, IP, ou em juízo  R de 2 a 4 anos.
- O fato deixa de ser punível se, antes da sentença, o agente se retratar.

348 – Favorecimento pessoal  Auxiliar a subtrair-se à ação de autoridade pública autor de crime a que é cominada pena de R  D
de 1 a 6 meses.
Se ao crime não é cominada pena de R  D de 15 dias a 3 meses.
Se quem presta auxílio é CADI  Isento de pena.

349 – Favorecimento real  Prestar a criminoso, fora dos casos de coautoria ou de receptação, auxílio destinado a tornar seguro o
proveito do crime  D de 1 a 6 meses.
349-A – Favorecimento real  Ingressar, promover, intermediar, auxiliar ou facilitar a entrada de aparelho telefônico de
comunicação móvel, de rádio ou similar, sem autorização legal, em estabelecimento prisional  D de 3 meses a 1 ano.

DIREITO CONSTITUCIONAL
Natureza, conceito e objeto
→ Constituição é a lei fundamental e suprema de um Estado, criada pela vontade soberana do povo. Todas as leis precisam ser
compatíveis com a CF/88, sob pena de serem consideradas inválidas
→ As Constituições, de forma geral, dividem-se em três partes: preâmbulo, parte dogmática e disposições transitórias

A CF88 é PEDRA FORMAL


P. Promulgada → origem
E. Escrita → forma
D. Dogmática → Elaboração
R. Rígida → Estabilidade
A. Analítica → Extensão
Formal → Conteúdo

Pirâmide de kelsen
1. Constituição, Emendas constitucionais e tratados-------------------------------------→
internacionais de direitos humanos aprovados pelo
quórum das emendas constitucionais.
2. Nível supralegal: tratados internacionais de direitos----------------------->
humanos aprovados pelo rito ordinário.
3. Leis complementares, ordinárias e delegadas, medidas----------->
provisórias, decretos legislativos, resoluções leg., tratados
internacionais em geral e decretos autônomos
4. Normas infralegais: decretos executivos, portarias,-------->
instruções normativas.

→ Não existe hierarquia entre normas constitucionais originárias


→ não existe hierarquia entre normas constitucionais originárias e normas constitucionais derivadas(emendas)
→ as normas constitucionais originárias não podem ser objeto de controle de constitucionalidade (não podem ser declaradas
inconstitucionais). Já as emendas constitucionais podem ser objeto de controle de constitucionalidade.
→ As leis federais, estaduais, distritais e municipais possuem o mesmo grau hierárquico (é plenamente possível, num caso
concreto, que uma lei municipal prevaleça diante de uma lei federal).
→ A constituição federal está num patamar superior ao das constituições estaduais, que, por sua vez, são hierarquicamente
superiores às leis orgânicas.
→As leis complementares, apesar de serem aprovadas por um procedimento mais dificultoso, tem o mesmo nível hierárquico das
leis ordinárias (o que as diferencia é o conteúdo).
→ As leis complementares podem tratar de tema reservado às leis ordinárias, mas as leis ordinárias não podem tratar de tema
reservado às leis complementares → caso isso ocorra, estaremos diante de um caso de inconstitucionalidade formal.

Normas:

Eficácia Plena → Produzem ou estão aptas a produzir, desde sua entrada em vigor, todos os efeitos
Aplicabilidade direta, imediata e integral.
Eficácia Contida → Podem sofrer restrições
Aplicabilidade direta e imediata, mas não integral
Eficácia Limitada → Necessitam de regulação para produzir seus efeitos
Aplicabilidade indireta, mediata e reduzida

Poder Constituinte

Constituição:

Cláusulas pétreas: podem ser explícitas ou implícitas, não podem ser revogadas nem por emenda constitucional;  “FoDi VoSe”

→ Forma federativa do Estado


→ Direitos fundamentais
→ Voto direto, secreto, universal e periódico
→ Separação dos poderes
Bizu:
ESTADO FEDE – Forma de Estado → Federação
GOVERNO PÚBLICA → Forma de governo → República

• A CF só pode ser alterada por emenda constitucional, que depende de um quórum qualificado de no mínimo 3/5 nas duas casas e
em dois turnos.
→ Os tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos que forem aprovados, nas duas casas do CN, em dois turnos,
por 3/5 dos votos, serão equivalentes às normas/emendas constitucionais  Esses tipos de tratados fundamentam controle de
constitucionalidade e de convencionalidade, porém se não fossem aprovados pelo quórum qualificado, fundamentariam apenas
controle de convencionalidade.
- Controle de constitucionalidade: compatibilidade do texto legal com a CF
- Controle de convencionalidade: compatibilidade do texto legal com os TIDH.

Titular do Poder constituinte  Povo


Quem exerce o Poder constituinte  Representantes do povo

Há duas formas de exercício do Poder constituinte:

• Outorga: estabelecimento da CF pelo próprio detentor do poder, sem a participação popular.


→ É ato unilateral do governante, que autolimita o seu poder e impõe as regras constitucionais ao povo.
• Assembleia Nacional Constituinte: forma típica de exercício do poder constituinte, em que o povo, democraticamente,
outorga poderes a seus representantes especialmente eleitos para a elaboração da CF

Poder Constituinte Originário: Poder de constituir o Estado, de criar uma Constituição, rompendo com a ordem jurídica anterior 
Apesar de ser juridicamente ilimitado, encontra limites nos valores que formam a sociedade.
→ É inicial, autônomo, incondicionado e ilimitado.
Poder Constituinte Derivado: Poder de emendar, reformar ou modificar a Constituição vigente, fazendo alterações parciais em seu
texto.
→ Tem limitações constitucionais expressas e implícitas.
→ Decorre do poder Originário, então não pode contrariá-lo, mas pode inová-lo.

Poder Constituinte Derivado Revisor: responsável por revisar o texto constitucional após 5 anos de sua promulgação, sendo uma
modalidade excepcional de reforma e menos rigorosa do que as emendas constitucionais, pois é feita pelo voto da maioria absoluta
do CN, em sessão unicameral  Não é mais possível.
Poder Constituinte Derivado Reformador: responsável por alterar a CF através de emendas constitucionais.
• A CF pode ser emendada mediante proposta:
→ De 1/3, no mínimo, dos membros da Câmera de Deputados ou do Senado Federal.
→ Do PR da República.
→ De mais da metade das Assembleias Legislativas das unidades da Federação, manifestando-se, cada uma
delas, pela maioria relativa seus membros
• Requisito de aprovação da PEC:
- Deve ser aprovada nas duas casas do CN, em dois turnos, por 3/5 de votos dos respectivos membros.
- A CF não pode ser emendada na vigência de intervenção federal, de estado de sítio ou de estado de defesa.
- A EC não pode contrariar o texto originário, pois do contrário será inconstitucional.
- Não pode alterar as cláusulas pétreas.
Poder Constituinte Derivado Decorrente: responsável por elaborar as Constituições estaduais dos estados-membros, desde que
observadas as regras e limitações impostas pela CF.
-O Poder Constituinte Derivado Decorrente de Revisão Estadual consiste na capacidade de os Estados modificarem suas constituições,
segundo procedimento específico, se manifestando por intermédio das emendas a constituição Estadual.
- O Poder Constituinte Derivado Decorrente Inicial consiste na capacidade de os Estados organizarem-se por suas próprias constituições.

Poder constituinte originário é sem limites, já o poder constituinte derivado é exercido nos limites definidos pelo poder originário.
O Poder Constituinte Originário é: INICIAL, AUTÔNOMO, INCONDICIONADO E ILIMITADO.
O Poder Constituinte Derivado é: JURÍDICO, DERIVADO LIMITADO E CONDICIONADO
Direitos e garantias fundamentais

Princípios Da RFB  F.O.P.S


(fundamentos, objetivos, princípios das relações internacionais e separação dos poderes)
• Fundamentos: a República Federativa do Brasil é a união indissolúvel dos estados, DF e municípios;
SOBERANIA
CIDADANIA
DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA
VALORES SOCIAIS E LIVRE INICIATIVA
PLURALISMO POLÍTICOS
• Objetivos: metas do Estado  normas programáticas; COM GARRA ERRA POUCO;
CONSTRUIR uma sociedade livre, justa e solidária;
GARANTIR o desenvolvimento nacional;
ERRADICAR a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais;
PROMOVER o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação.
• Princípios das relações internacionais:
AUTODETERMINAÇÃO DOS POVOS
INDEPENDÊNCIA NACIONAL
DEFESA DA PAZ
NÃO INTERVENÇÃO
COOPERAÇÃO ENTRE OS POVOS
PREVALÊNCIA DOS DH
IGUALDADE ENTRE OS ESTADOS
REPÚDIO AO TERRORISMO E RACISMO
CONCESSÃO DE ASILO POLÍTICO
SOLUÇÃO PACÍFICA DOS CONFLITOS
→ O parágrafo único traz um objetivo a ser buscado pelo Brasil em suas relações internacionais: A RFB buscará a integração
econômica, política, social e cultural dos povos da América Latina, visando à formação de uma comunidade latino-americana de
nações.

PRINCÍPIOS DE INTERPRETAÇÃO CONSTITUCIONAL

1) Princípio da unidade da Constituição: Por meio desse princípio, entende-se que a Constituição deve ser interpretada como
sendo um sistema unitário de normas, ou seja, de regras e princípios, sem que haja qualquer hierarquia entre elas.
2) Princípio do efeito integrador: Referido princípio sustenta a ideia de que o intérprete deverá sempre que possível buscar
soluções que propiciem a integração social e a unidade política na aplicação da norma jurídica, com respeito ao pluralismo existente
na sociedade.
3) Princípio da máxima efetividade: Intimamente relacionado ao princípio da força normativa da Constituição, o princípio em
epígrafe consiste em interpretar a norma jurídica de modo a lhe proporcionar a máxima eficácia possível, sem violar, todavia, o seu
conteúdo. Relaciona-se, portanto, essencialmente com os direitos fundamentais.
4) Princípio da justeza ou conformidade funcional: O mencionado princípio tem por escopo orientar o intérprete para que não
chegue a uma exegese que deturpe o sistema organizatório-funcional estabelecido na Constituição, com violação às regras de
competências e funções elencadas.
5) Princípio da concordância prática ou harmonização: O referido princípio estabelece que em uma eventual colisão de princípios
ou bens jurídicos, o exegeta deverá sopesar os princípios conflitantes de modo a harmonizá-los, sem que a aplicação de um resulte
no aniquilamento do outro.
6) Princípio da força normativa: Sofrendo forte influência da doutrina de Konrad Hesse, o referido princípio estabelece que toda
norma constitucional possui, ainda que em grau reduzido, eficácia. Logo, a Constituição deve incorporar em seu bojo a realidade
sócio-política, conformando a realidade e, ao mesmo tempo, sendo conformada por ela.
7) Princípio da interpretação conforme a Constituição: O princípio em comento sustenta que diante de normas polissêmicas, ou
seja, com vários significados, o intérprete deve optar pela interpretação que mais se compatibilize com a Constituição, afastando as
demais interpretações que violem a Constituição.
8) Princípio da presunção de constitucionalidade das leis: Consoante assevera esse princípio, as leis e os atos normativos em geral
existentes no ordenamento jurídico devem ser presumidos constitucionais, salvo se houver declaração judicial de
inconstitucionalidade, a qual importará, conforme entendimento da doutrina majoritária e do próprio STF, em nulidade da norma, a
qual não terá aptidão para produzir efeitos jurídicos, já que possui nulidade congênita. Assim, como regra, a declaração de nulidade,
se não houver modulação de efeitos, importará em efeito ex tunc, com eficácia retroativa, sendo a norma desprovida de qualquer
eficácia.
9) Princípio da proporcionalidade ou razoabilidade: Vale ressaltar, de plano, que não há um consenso acerca da natureza jurídica da
proporcionalidade, muito embora possa ser reconhecida como um vetor interpretativo no sistema jurídico, assumindo três
dimensões: adequação, necessidade e proporcionalidade em sentido estrito. Preocupa-se o mencionado princípio, portanto, em
traçar um parâmetro racional e equânime para que o exegeta faça uma interpretação equilibrada e justa, consoante lapidar
entendimento doutrinário sobre o tema.

O princípio da unidade da Constituição determina que a norma constitucional deva ser interpretada à luz de todo o sistema
constitucional vigente, ou seja, na sua globalidade e de forma sistemática.
Efeito integrador: O intérprete deve dar primazia aos critérios ou pontos de vista que favoreçam a integração política, social e o
reforço da unidade política
Máxima efetividade: a norma constitucional deve ter a mais ampla efetividade social
Concordância prática ou harmonização: na hipótese de choque entre bens jurídicos tutelados constitucionalmente, deve haver
uma harmonização que evite o sacrifício total de um em relação ao outro (devem coexistir).

→ O STF considerou legítima a união homoafetiva como entidade familiar, em razão do princípio da dignidade da pessoa humana e
do direito à busca pela felicidade.
→ O STF entende que não é possível, por violar o princípio da dignidade da pessoa humana, a submissão compulsória do pai ao
exame de DNA na ação de investigação de paternidade.
→ O STF considera que não ofende o direito à vida e a dignidade da pessoa humana a pesquisa com células-tronco embrionárias
obtidas de embriões humanos produzidos por fertilização “in vitro” e não utilizados neste procedimento.

Princípio Democrático → todo poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente.

→ O plebiscito é convocado antes da criação da norma (ato legislativo ou administrativo) para que os cidadãos, por meio
do voto, aprovem ou não a questão que lhes foi submetida.
→ O referendo é convocado após a edição da norma, devendo esta ser ratificada pelos cidadãos para ter validade.

Separação dos poderes:


→ Art. 2º – São poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o legislativo, o executivo e o judiciário.
- A independência entre os poderes não é absoluta, ela é limitada pelo sistema de freios e contrapesos, que
prevê a interferência legítima de um Poder sobre o outro, nos limites estabelecidos constitucionalmente.

Geração dos direitos humanos


1ª Geração – Liberdade → Restringir a ação do Estado sobre o indivíduos
Liberdades Negativas
Direitos Civis e políticos
2ª Geração – Igualdade → Prestações positivas do Estado aos indivíduos
Liberdades Positivas
Direitos econômicos, sociais e culturais
3ª Geração – Fraternidade → Direitos que protegem os interesses individuais, mas que transcendem a órbita dos
indivíduos para alcançar a coletividade.
Direitos difusos e coletivos
4ª Geração – Democracia, informação e pluralismo – engenharia elétrica, tecnologia
5 Geração – Direito à Paz

Os direitos fundamentais possuem uma dupla dimensão:


Dimensão subjetiva → Os direitos fundamentais são direitos exigíveis perante o Estado.
Dimensão Objetiva → Os direitos fundamentais são qualificados como princípios estruturantes do Estado, cuja eficácia se
erradia para todo o ordenamento jurídico.

Características dos direitos Fundamentais


•(H123IRUA):
Historicidade;
Imprescritível;
Inalienável;
Indisponível;
Relativo;
Universal;
Aplicação imediata;

Direitos Individuais e Coletivos


Direitos individuais expressos  estão explicitamente enunciados nos incisos do Art. 5º;
Direitos individuais implícitos  estão subentendidos nas regras de garantias, como o direito à identidade pessoal,
desdobramentos do direito à vida, o direito à atuação geral.
Direitos individuais decorrentes do regime e de tratados internacionais subscritos pelo Brasil  não são nem explícita nem
implicitamente enumerados, mas provêm ou podem vir a provir do regime adotado, como o direito de resistência, entre outros de
difícil caracterização.
→ ROL EXEMPLIFICATIVO

V.I.L.P.S  Vida, Igualdade, Liberdade, Propriedade e Segurança.

Vida:

Aspecto biológico do direito à vida: direito à integridade física e psíquica  Direito de continuar vivo.
Aspecto amplo do direito à vida: direito a condições materiais e espirituais mínimas necessárias a uma vida digna
• São invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo
dano material ou moral decorrente de sua violação.
- É um direito personalíssimo  não cabe à família reclamar.

→ A Constituição protege a vida de forma geral, inclusive uterina.

Igualdade:
- Igualdade formal: tratar todos iguais  Igualdade jurídica.
- Igualdade material: tratar os desiguais na medida das suas desigualdades (Princípio da isonomia)  Assim, a CF traz
distinção entres as pessoas.

Liberdade:
• Inscrição em conselho de fiscalização só é exigida se a atividade a ser exercida trouxer potencial lesivo à sociedade.
- Norma de eficácia contida.
• É livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer.
• É livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença;
• É assegurado a todos o acesso à info e resguardado o sigilo da fonte, quando necessário ao exercício profissional.
• É livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato;
• É assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização por dano material, moral ou à imagem;
• A criação de associações e cooperativas independem de autorização, sendo vedada a interferência estatal em seu funcionamento.
- As associações só poderão ser compulsoriamente dissolvidas ou ter suas atividades suspensas por decisão judicial,
exigindo-se, no primeiro caso, o trânsito em julgado;
- As associações, quando expressamente autorizadas, têm legitimidade para representar seus filiados judicial ou
extrajudicialmente;
- Ninguém será obrigado a se associar ou se manter associado;

• É plena a liberdade de associação para fins lícitos, vedada a de caráter paramilitar.


• Todos têm direito a receber dos órgãos públicos infos de seu interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão
prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da
sociedade e do Estado (não cabe MS para esses).
• Ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política, salvo se as invocar para
eximir-se de obrigação legal a todos imposta e recusar-se a cumprir prestação alternativa.
• Todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao público, independentemente de autorização, desde que
não frustrem outra reunião anteriormente convocada para o mesmo local, sendo apenas exigido prévio aviso à autoridade
competente.
- O direito de reunião é protegido por mandado de segurança e não por habeas corpus
- Ao tratar do direito fundamental de reunião, o Supremo Tribunal Federal entendeu que a ausência de comunicação oficial prévia às
autoridades competentes não torna a reunião ilegal.
• É livre a locomoção no território nacional em tempos de paz, podendo qualquer pessoa, nos termos da lei, nele entrar,
permanecer ou dele sair com seus bens.
• É assegurado a todos, independentemente do pagamento de taxas:
- O direito de petição aos Poderes Públicos em defesa de direitos ou contra ilegalidade ou abuso de poder;
- A obtenção de certidões em repartições públicas, para defesa de direitos e esclarecimento de situações de interesse
pessoal.
• É inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma
da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias;
- É assegurada a prestação de assistência religiosa nas entidades civis e militares de internação coletiva;

→ STF afasta exigência prévia de autorização para biografias

Propriedade:

• É garantido o direito de propriedade, que atenderá sua função social.


• A pequena propriedade rural, desde que trabalhada pela família, não será objeto de penhora para pagamento de débitos
decorrentes de sua atividade produtiva, dispondo a lei sobre os meios de financiar o seu desenvolvimento.
- propriedade: está limitada em exercer função social, sendo ela urbana ou rural. **
→ A lei estabelecerá o procedimento para desapropriação por necessidade ou utilidade pública, ou por interesse social,
mediante justa e prévia indenização em dinheiro (primeiro indeniza, depois desapropria), ressalvados os casos previstos nesta
Constituição.

• Necessidade pública: caracterizado pela urgência da situação em que visa à segurança nacional, defesa do estado ou
socorro em calamidades;
• Utilidade pública: decorre da conveniência da transferência para o interesse da coletividade;
• Interesse social: tem o objetivo de promover a justa distribuição da propriedade.
- Se for desapropriação de imóvel rural para fins de reforma agrária  Competência da União;
- Se for desapropriação de imóvel urbano  Competência do Poder Municipal;
• No caso de iminente perigo público, a autoridade competente poderá usar de propriedade particular, assegurada ao
proprietário indenização ulterior, se houver dano.
→ Compete à União desapropriar por interesse social, para fins de reforma agrária, o imóvel rural que não esteja cumprindo sua
função social, mediante prévia e justa indenização em títulos da dívida agrária, com cláusula de preservação do valor real,
resgatáveis no prazo de até vinte anos, a partir do segundo ano de sua emissão, e cuja utilização será definida em lei.

BIZU
EXPROPRIAÇÃO: tomada (perda) da propriedade pelo Estado; *
•Desapropriação(art. 5º, XXIV) - indenização prévia, diante de necessidade ou utilidade pública ou por interesse social
•Requisição administrativa(art. 5º, XXV) -indenização só se houver comprovação do dano, diante de iminente perigo público *

• A casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem o consentimento do morador, salvo:
- Em flagrante delito;
- Desastre;
- Para prestar socorro;
- Por determinação judicial, durante o dia.
• Aos autores pertence o direito exclusivo de utilização, publicação ou reprodução de suas obras, transmissível aos herdeiros pelo
tempo que a lei fixar:
- É garantido o direito de herança.
• A lei assegurará aos autores de inventos industriais privilégios temporário para sua utilização, bem como proteção às criações
industriais, à propriedade das marcas, aos nomes de empresas e a outros signos distintivos, tendo em vista o interesse social e o
desenvolvimento tecnológico e econômico do País;
• A sucessão de bens de estrangeiros situados no País será regulada pela lei brasileira em benefício do cônjuge ou dos filhos
brasileiros, sempre que não lhes seja mais favorável a lei pessoal do "de cujus";
# herança (direito autoral - obras): transferível aos herdeiros pelo tempo que a lei fixar.
# herança (patrimonial): em caso de obrigação de reparar o dano e a decretação do perdimento de bens.

São assegurados, nos termos da lei:


- A proteção às participações individuais em obras coletivas e à reprodução da imagem e voz humanas, inclusive nas
atividades desportivas;
- O direito de fiscalização do aproveitamento econômico das obras que criarem ou de que participarem aos criadores, aos
intérpretes e às respectivas representações sindicais e associativas;

- direito de propriedade = direito individual


- moradia = direito social

Segurança:

Direito do preso:

- Permanecer calado, sendo-lhe assegurado a assistência da família e do advogado.


- Direito à identificação dos responsáveis por sua prisão ou por seu interrogatório.
- É assegurado aos presos o respeito à integridade física e moral;
- Ninguém será preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada de juiz competente, salvo nos casos
de transgressão militar ou crime propriamente militar.
- A prisão de qualquer pessoa e o local onde se encontre serão comunicados imediatamente ao juiz competente e à
família do preso ou à pessoa por ele indicada;
- O Estado indenizará o condenado por erro judiciário, assim como o que ficar preso além do tempo fixado na sentença;
- Uso de algema somente PRF (Perigo, Resistência ou Fuga), sendo essa excepcionalidade justificada por escrito, sob pena
de responsabilidade do agente e do Estado, além da nulidade da prisão.

- A pena será cumprida em estabelecimentos distintos, de acordo com a natureza do delito, a idade e o sexo do apenado;
- Às presidiárias serão asseguradas condições para que possam permanecer com seus filhos durante o período de
amamentação;
- A prisão ilegal será imediatamente relaxada pela autoridade judiciária;
- Ninguém será levado à prisão ou nela mantido, quando a lei admitir a liberdade provisória, com ou sem fiança;
• Não haverá prisão civil por dívida, salvo a do responsável pelo inadimplemento voluntário e inescusável de obrigação alimentícia*;
• A lei regulará a individualização da pena e adotará, entre outras, as seguintes:
- Privação ou restrição da liberdade;
- Perda de bens;
- Multa;
- Prestação social alternativa;
- Suspensão ou interdição de direitos;
→ A pena será cumprida em estabelecimentos distintos, de acordo com a natureza do delito, a idade e o sexo do apenado.
• Não haverá penas:
- De morte, salvo em caso de guerra declarada.
- De caráter perpétuo;
- De trabalhos forçados;
- De banimento;
- Cruéis;

→ Nenhuma pena passará da pessoa do condenado, podendo a obrigação de reparar o dano e a decretação do perdimento de
bens ser, nos termos da lei, estendidas aos sucessores e contra eles executadas, até o limite do valor do patrimônio transferido;

Princípio da Intranscendência da pena  A pena não passará da pessoa do condenado


- A reparação civil pode passar aos herdeiros até o limite do valor da herança
Princípio da individualização da pena  A pena será individualizada de acordo com a gravidade do delito e as circunstâncias do
agente.
• O civilmente identificado não será submetido a identificação criminal, salvo nas hipóteses previstas em lei.
• Não será concedida a extradição de estrangeiro por crime político ou de opinião.
• A lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou anistia o 3TH, por eles respondendo os mandantes, os executores
e os que, podendo evitá-los, se omitirem.
• Constitui crime inafiançável e imprescritível a ação de grupos armados, civis ou militares, contra a ordem constitucional e o Estado
Democrático.
• A prática do racismo constitui crime inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de reclusão, nos termos da lei.
• A lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu.
• A lei punirá qualquer discriminação atentatória dos direitos e liberdades fundamentais.
• Não há crime sem lei anterior, nem pena sem prévia cominação legal;
• O Brasil se submete à jurisdição de Tribunal Penal Internacional a cuja criação tenha manifestado adesão.
• A lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito;
• A lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada;
• Não haverá juízo ou tribunal de exceção;
• É reconhecida a instituição do júri, com a organização que lhe der a lei, assegurados:
- A plenitude de defesa;
- O sigilo das votações;
- A soberania dos veredictos;
- A competência para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida;
• O estado promoverá a defesa do consumidor;
• A lei só poderá restringir a publicidade dos atos processuais quando a defesa da intimidade ou o interesse social o exigirem.
• É inviolável o sigilo da correspondência e das comunicações telegráficas, de dados e das comunicações telefônicas.
- As comunicações telefónicas pode ser violadas por ordem judicial, nas hipóteses e na forma que a lei estabelecer para
fins de investigação criminal ou instrução processual penal;
- A quebra dos sigilos bancário e fiscal somente pode ser legitimamente determinada por autoridade judicial ou por
comissão parlamentar de inquérito.
→ O MP pode decretar a quebra quando se tratar de titularidade de conta de ente público
→ O TCU não pode decretar a quebra, somente requisitar informações sobre operações de crédito originários
de recursos públicos
→ Autoridades fiscais também não podem decretar a quebra, só podem requisitar informações a respeito de
tributos
- Interceptação Telefônica → SOMENTE pode ser determinada pelo Poder Judiciário
ESCUTA TELEFÔNICA: é a captação da conversa telefônica feita por um terceiro com o conhecimento de um dos
interlocutores.

GRAVAÇÃO TELEFÔNICA: STF chama de “GRAVAÇÃO CLANDESTINA” na AP 447: é a captação da conversa telefônica feita
por um dos interlocutores, ou seja, não existe a figura do terceiro interceptador.
INTERCEPTAÇÃO AMBIENTAL: é a captação da conversa ambiente, feita por um terceiro sem o conhecimento dos
interlocutores.
ESCUTA AMBIENTAL: é o mesmo conceito de escuta, porém aplicado à conversa ambiente. Ou seja: é a captação da
conversa ambiente por um terceiro com o conhecimento de um dos interlocutores.
GRAVAÇÃO AMBIENTAL ou GRAVAÇÃO CLANDESTINA: é o mesmo conceito de gravação aplicado à conversa ambiente,
ou seja, é a captação da conversa ambiente feita pelo próprio interlocutor sem o conhecimento do outro.

Macete:
se tem T (interceptação) tem terceiro na conversa.
Se tem CUT (escuta) - Conhecimento de Um + Terceiro.
Apenas por determinação JUDICIAL.

• Ninguém será processado nem sentenciado senão pela autoridade competente;


• Ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal;
• Aos litigantes, em processo judicial ou adm, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os
meios e recursos a ela inerentes;
• A todos, no âmbito judicial e administrativo, são assegurados a razoável duração do processo e os meios que garantam a
celeridade de sua tramitação.
• São inadmissíveis, no processo, as provas obtidas por meios ilícitos;
• Ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória;
• É assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização por dano material, moral ou à imagem;

→ Nem sempre será regulada pela lei brasileira a sucessão de bens estrangeiros situados no país quando a lei estrangeira (Lei
pessoal do “de cujos”) for mais favorável, esta será aplicável.
→ A ponderação é incompatível com a teoria interna dos direitos fundamentais

→ Casos que exigem exaurimento de recurso administrativo


(JARI)Jari lembra recurso administrativo.
Justiça desportiva
Ato administrativo que contrarie Súmula Vinculante
Requerimento prévio à Administração antes do ajuizamento do HD
INSS → Requerimento prévio para pedidos previdenciários
- É inconstitucional a exigência de depósito ou arrolamento prévios de dinheiro ou bens para admissibilidade de recurso
administrativo.

→ Via de regra, nenhum direito é absoluto.


→ O Estado prestará assistência jurídica integral e gratuita aos que comprovarem insuficiência de recursos
→ Direitos individuais implícitos, aqueles que estão subentendidos nas regras de garantias, como o direito à identidade pessoal,
certos desdobramentos do direito à vida, o direito à atuação geral
→ a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada;
→ Os destinatários dos direitos e garantias fundamentais são: ***
- brasileiros (natos ou naturalizados);
- estrangeiros residentes no país;
- estrangeiros em trânsito pelo território nacional;
- qualquer pessoa alcançada pela lei brasileira.
- Pessoa Jurídica ( no que lhe couber)
→ A garantia da irretroatividade da lei não é invocável pela entidade estatal que a tenha editado
→ Aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral SÃO ASSEGURADOS o CONTRADITÓRIO e
AMPLA DEFESA, com os meios e recursos a ela inerentes; *
→ NÃO HÁ PREVISÃO EXPRESSA NA CF/88 PARA O PRINCÍPIO DO DUPLO GRAU DE JURISDIÇÃO. *

→ Princípio do juiz natural: Engloba tanto pessoas físicas, quanto jurídicas e determina que não haverá juízo ou tribunal de
exceção. **
- Extradição: *
brasileiro nato: Em hipótese alguma.
Brasileiro naturalizado: Depende. Se antes da naturalização, SIM. Se após a naturalização, somente se tráfico ilícito de
entorpecentes.

RAÇÃO – Inafiançável e Imprescritível **


Racismo
Grupos de AÇÃO armada

3TH – Inafiançável e Insuscetível de graça ou anistia


Tortura;
Tráfico de entorpecentes;
Terrorismo;
Hediondos

- 3TH NÃO aceita GAFI


Tráfico
Tortura
Terrorismo
Hediondo
NÃO aceitam
Graça
Anistia
Fiança
Indulto

Remédios Constitucionais
Habeas Corpus: quando alguém sofre ou se sente ameaçado de sofrer lesão contra o direito de locomoção, por ilegalidade ou
abuso de poder.
- É gratuito e não precisa de advogado.
- Qualquer um pode impetrá-lo, seja para si ou para outrem  Juiz pode concedê-lo de ofício.
- Cabe recurso para decisões favoráveis e desfavoráveis.
- Cabe HC contra quebras de sigilos que possam levar à prisão.
- Não é cabido HC quando o direito de locomoção é reduzido em tempos de guerra ou em tempos de paz através de lei.

Será incabível:
- Em relação as punições disciplinares de militares, salvo em relação aos pressupostos de legalidade das transgressões.
- Quando a pena privativa de liberdade já foi extinta.
Será cabível:
- Se não houver justa causa.
- Se estiver preso por mais tempo do que determinado por lei.
- Se quem decretar a prisão não tiver competência para fazê-lo.
- Se houver cessado o motivo da prisão.
- Se não for admitido a prestação de fiança e a lei permitir.
- Se o processo for manifestamente nulo.
- Se for extinta a punibilidade.

Habeas Data  Tem caráter personalíssimo;


- É gratuito, mas precisa de advogado.

Conceder-se-á:
- Para assegurar o conhecimento de infos relativas à pessoa do impetrante, constantes de registros ou bancos de dados de
entidades governamentais ou de caráter público;
- Para a retificação de dados, quando não se prefira fazê-lo por processo sigiloso, judicial ou adm.

Mandado De Segurança: concedido para proteger direito líquido e certo, não amparado por HC ou HD, quando o responsável pela
ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder Público.
- É oneroso e precisa de advogado.
- Os fatos alegados para sua implantação devem ser comprovados de plano, pois não admite provas posteriores.
- Pode ser preventivo ou repressivo  prazo decadencial de 120, a contar da lesão ou do conhecimento da lesão.
- Pode ser implementado por PF ou PJ.

→ A legitimidade do Ministério Público para interpor mandado de segurança na qualidade de órgão público despersonalizado, deve ser restrito à defesa de
sua atuação funcional e de suas atribuições institucionais.

→ A negativa de obtenção à certidão é sanável por mandado de segurança

É incabível MS contra:
- Ato de gestão de Empresa Pública, SEM e concessionárias de serviço público;
- Decisão Judicial da qual cabe recurso com efeito suspensivo;
- Decisão de recurso adm;
- Decisão transitada em julgado;
- Lei em tese.

MS coletivo: ocorre uma substituição processual  Entra-se com MS em nome próprio, mas pleiteando direito alheio,
independente de autorização.
• Pode ser impetrado por:
- Partido político com representante no CN;
- Organização sindical;
- Entidade de classe;
- Associação constituída e funcionando há pelo menos 1 ano.

Ação Popular:
- Qualquer cidadão é parte legitima para impetrar Ação Popular.
- O MP não pode impetrar, mas pode recorrer da sentença ou dar continuidade, caso haja desistência.
- Não tem prerrogativa de foro.
- Pode ser preventivo ou repressivo;
- É gratuito, salvo em caso de má-fé, e precisa de advogado.
• Função de anular atos e proteger os direitos difusos (M2P3):
Meio ambiente
Moralidade administrativa
Patrimônio histórico
Patrimônio cultural
Patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe

→ A ação popular não é meio adequado para pleitear a declaração de inconstitucionalidade de lei em tese, não podendo servir como sucedâneo de ações
típicas do controle concentrado de constitucionalidade de normas, pois ampliaria, sem a devida autorização da Constituição Federal, o rol de legitimados
inserto no seu art. 103.

Mandado De Injunção: concedido sempre que a falta total ou parcial de norma regulamentadora torne inviável o exercício dos
direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes a nacionalidade, soberania e cidadania.
- É oneroso e precisa de advogado.
- Pode ser individual ou coletivo e seu autor pode ser PF ou PJ.
- Via de regra, gera efeitos Inter Partes (para os integrantes do litígio).

→ O mandado de injunção coletivo pode ser promovido pela Defensoria Pública, quando a tutela requerida for especialmente relevante para a promoção
dos direitos humanos e a defesa dos direitos individuais e coletivos dos necessitados, na forma do inciso LXXIV do art. 5º da Constituição Federal.

• O Mandado de Injunção coletivo pode ser impetrado por:


- Partido político com representante no CN
- Organização sindical
- Entidade de classe
- Associação constituída e funcionando há pelo menos 1 ano.
- MP ou defensoria pública.

Quando for negada informação pessoal ---> habeas data *


Quando for negada certidão ---> mandado de segurança

Direitos sociais
Educação Saúde Assistência aos desamparados
Moradia Trabalho no Proteção à maternidade e à infância
Alimentação Transporte Segurança
Lazer Previdência social

Princípio da proibição do retrocesso social: o Estado nunca pode voltar atrás, deve sempre buscar melhorar.
- Se for revogada uma norma que discipline sobre os direitos fundamentais, o poder público deve implementar medidas
alternativas que visem compensar eventuais perdas já sedimentadas.
Princípio da reserva do possível: limita a efetivação dos direitos sociais  o Estado deve prestar os direitos sociais no limite de sua
disponibilidade financeira e com razoabilidade de pretensão, mas deve garantir o mínimo existencial.

DIREITOS INDIVIDUAIS DOS TRABALHADORES URBANOS, RURAIS E AVULSOS:

• Relação de emprego protegida contra despedida arbitrária ou sem justa causa, nos termos de lei complementar, que preverá
indenização compensatória, dentre outros direitos;
- Não existe a lei complementar, então utiliza-se o parâmetro ADCT, que determina o pagamento de multa de 40% sobre o
valor do FGTS;
• Seguro-desemprego, em caso de desemprego involuntário.
• Prescrição dos créditos trabalhistas: até 2 anos para ajuizar a ação para cobrar direitos dos últimos 5 anos.

Jornada de trabalho: Não superior a 8 horas diárias e 44 semanais, facultada a compensação de horários e a redução da jornada,
mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho;
- Jornada de 6 horas para o trabalho realizado em turnos ininterruptos de revezamento, salvo negociação coletiva;
- Repouso semanal remunerado, preferencialmente aos domingos;
- Hora extra no mínimo 50% superior à normal;

Salário-mínimo: fixado em lei e nacionalmente unificado, sendo capaz de atender as necessidades vitais básicas, com reajustes
periódicos que preservem o poder aquisitivo  vedada sua vinculação para qualquer fim.
• O servidor público pode ter o vencimento inferior ao salário-mínimo, mas a remuneração não;
- Praças prestadores de serviço militar inicial podem ter a remuneração inferior a um salário-mínimo;
• Piso salarial proporcional à extensão e à complexidade do trabalho;
• Irredutibilidade do salário, salvo o disposto em convenção ou acordo coletivo;
• Garantia de salário nunca inferior ao mínimo aos que recebe remuneração variável;
- 13º com base na remuneração integral ou no valor da aposentadoria;
• Remuneração do trabalho noturno superior à do diurno;
• Proteção do salário na forma da lei, constituindo crime sua retenção dolosa;
• Adicional de penosidade, insalubridade ou periculosidade;

• Participação nos lucros, ou resultados, desvinculada da remuneração, e, excepcionalmente, participação na gestão da empresa,
conforme definido em lei;
• Salário-família pago em razão do dependente do trabalhador de baixa renda nos termos da lei;
• Férias anuais remuneradas com, pelo menos, 1/3 a mais do que o salário normal;
• Licença gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, com a duração de 120 dias;
- Mesmo prazo para licença adotante;
- Licença-paternidade, nos termos fixados em lei (5 dias);
• Proteção do mercado de trabalho da mulher, mediante incentivos específicos;

• Aviso prévio proporcional ao tempo de serviço, sendo no mínimo de 30 dias;


• Redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e segurança;
• Aposentadoria;
• Assistência gratuita aos filhos e dependentes desde o nascimento até os 5 anos de idade em creches e pré-escolas;
• Reconhecimento das convenções e acordos coletivos de trabalho;
• Proteção em face da automação, na forma da lei;
• Seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do empregador, sem excluir a indenização quando incorrer em dolo ou culpa;

• Proibido diferença de salários, de exercício de funções e de critério de admissão por motivo de sexo, idade, cor ou estado civil;
• Proibido qualquer discriminação no tocante a salário e critérios de admissão do trabalhador portador de deficiência;
• Proibida a distinção entre trabalho manual, técnico e intelectual ou entre os profissionais respectivos;
• Proibido trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de 18 e de qualquer trabalho a menores de 16, salvo como aprendiz,
a partir dos 14.

Direitos que o Servidor Público não tem de acordo com a CF:


- FGTS
- Seguro-Desemprego
- Aviso Prévio
- Participação nos lucros ou resultados desvinculada da remuneração.
- Acordos e Convenções Coletivas de Trabalho
- Assistência gratuita em creches até os 5 anos
- Seguro contra acidente de trabalho
- Jornada de 6 horas para trabalho realizado em turnos ininterruptos
- Proibição de distinção entre trabalho manual, técnico e intelectual.
- Adicional de Insalubridade, periculosidade e penosidade
- Irredutibilidade de Salário, subsídio e vencimento.
- Piso Salarial

Direitos que as domésticas não têm:


- Piso salarial;
- Participação nos lucros ou resultados desvinculada da remuneração
- Prescrição dos créditos trabalhistas;
- Proteção em face da automação;
- Proibição de distinção entre trabalho, manual, técnico e intelectual;
- Jornada de 6 horas em turnos ininterruptos;
- Adicional de penosidade, insalubridade ou periculosidade;
- Igualdade de direito entre o empregador com vínculo e o avulso.

DIREITOS COLETIVOS DOS TRABALHADORES:

É livre a associação profissional ou sindical:


• A lei não pode exigir autorização do Estado para a fundação de sindicato  Exige-se o registro em órgão competente (Ministério
da Justiça).
- Vedado ao Poder Público a interferência e a intervenção no sindicato;
• Vedada a criação de mais de um sindicato idêntico dentro da mesma base territorial.
- Base territorial não pode ser inferior à área do município.
• Cabe ao sindicato a defesa dos direitos e interesses coletivos ou individuais da categoria, inclusive em questões judiciais ou adm;
• A assembleia geral fixará a contribuição  o pagamento só é obrigatório aos filiados do sindicato;
- Ninguém será obrigado a se filiar ou a se manter filiado a sindicato;
• Obrigatória a participação dos sindicatos nas negociações coletivas de trabalho;
• O aposentado filiado tem direito a votar e ser votado nas organizações sindicais;
• É vedada a dispensa do empregado sindicalizado a partir do registro da candidatura a cargo de direção ou representação sindical
e, se eleito, ainda que suplente, até um ano após o final do mandato, salvo se cometer falta grave;
- Não vale se for líder sindical de uma categoria diferente da qual trabalha ou se estiver trabalhando fora da base
territorial;

Greve

• É assegurado o direito de greve, competindo aos trabalhadores decidir sobre a oportunidade de exercê-lo e sobre os interesses
que devam por meio dele defender.
- A lei definirá os serviços e atividades essenciais;
- Os abusos cometidos sujeitam os responsáveis às penas da lei.
• É lícito o desconto dos dias não trabalhados, salvo quando a greve for gerada por conduta ilícita do poder público.

• Os trabalhadores e empregadores têm direito a participar no colegiado de órgãos públicos em que seus interesses profissionais ou
previdenciários sejam objeto de discussão e deliberação.
• Nas empresas de mais de 200 empregados, é assegurada a eleição de representantes com a finalidade exclusiva de promover-lhes
o entendimento direto com os empregadores.
- De 201 a 3.000  3 membros;
- De 3.001 a 5.000  5 membros;
- De 5.001 ou +  7 membros;

Nacionalidade
Nacionalidade originária: imposta no nascimento, de forma unilateral e involuntária;
- Via de regra, o Brasil adota o critério Ius Solis e, excepcionalmente, o Ius Sanguinis;
Nacionalidade secundária: adquirida de maneira voluntária
- No Brasil, não é possível adquirir nacionalidade por meio de casamento;

Perda de nacionalidade:
• O BR nato e naturalizado pode ter sua nacionalidade perdida caso adquira uma nova nacionalidade.
- Perdida mediante decreto do PR e só pode ser recuperada mediante novo decreto do PR.
- Não ocorrerá a perda se a nacionalidade originária for reconhecida pela lei estrangeira ou quando a naturalização for
uma exigência para se adquirir direito.
• O naturalizado pode ter sua naturalização cancelada, por sentença judicial irrecorrível, em decorrência de atividade nociva ao
interesse da nação.
- Pode ser recuperada através de ação rescisória

Hipóteses de múltiplas nacionalidades:


• Quando há o reconhecimento de nacionalidade originária pela lei estrangeira.
- A nacionalidade decorre da lei estrangeira, que reconhece como nacionais os nascidos em seu território ou
descendentes de seus nacionais;
• Quando há imposição de nacionalidade pela norma estrangeira, por meio de processo de naturalização, ao brasileiro
residente em estado estrangeiro, como condição para permanência em seu território ou para o exercício de direitos civis.

Brasileiros Natos:
• Nascidos no Brasil, ainda que de pais estrangeiros, desde que estes não estejam a serviço de seu país;
- Se estiver a serviço de um país que não seja o seu, então será BR.
• Nascidos no estrangeiro, de pai ou mãe BR, desde que qualquer deles esteja a serviço da RFB, ou a serviço de organização
internacional da qual o Brasil faça parte.

• Nascidos no estrangeiro de pai ou mãe BR, desde que sejam registrados em repartição brasileira competente ou venham a residir
no Brasil e optem, a qualquer tempo, depois de atingida a maioridade, pela nacionalidade brasileira.
- Seus efeitos são plenos e têm eficácia retroativa.
Brasileiro nato que vier a perder sua nacionalidade pode ser extraditado.

Brasileiros naturalizados:
• É exigido aos originários de países de língua portuguesa residência por um ano ininterrupto e idoneidade moral, desde que
requeiram a nacionalidade brasileira.
• Os estrangeiros de qualquer nacionalidade, residentes no Brasil há mais de quinze anos ininterruptos e sem condenação penal,
desde que requeiram a nacionalidade brasileira.

Quase brasileiro: portugueses com residência permanente no País, se houver reciprocidade em favor de brasileiros, serão
atribuídos os direitos inerentes ao brasileiro, salvo os casos previstos na CF.
• Requisitos:
- Ser português com residência permanente do Brasil;
- Manifestação de vontade do agente;
- Aceitação do Ministro da Justiça.

A lei não pode distinguir BR nato de naturalizado, salvo nas 5 hipóteses da CF:
• Pode ser extraditado Br naturalizado que pratique crime comum antes da naturalização ou por tráfico de drogas, a qualquer
tempo.
- Brasileiro nato não pode ser extraditado.
• Cargos privativos de brasileiro nato: MP3.COM
- Ministro do STF;
- PR e Vice da República;
- PR da Câmara dos Deputados;
- PR do Senado Federal;
- Carreira diplomática;
- Oficial das Forças Armadas.
- Ministro de Estado da Defesa.

• O naturalizado pode ter sua naturalização cancelada, por sentença judicial irrecorrível, em decorrência de atividade nociva ao
interesse da nação;
• Não podem compor o Conselho da República como os 6 cidadãos indicados (podem através de outros meios)
• Brasileiro naturalizado só pode ser proprietário de empresa jornalística ou de rádio após 10 anos da naturalização;

Direitos políticos
A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com valor igual para todos, mediante:
- Plebiscito;
- Referendo;
- Iniciativa popular.
Direito político ativo: direito de votar
Direito político passivo: direito de ser votado.

Alistamento eleitoral e voto:


• Obrigatórios para os maiores de 18 anos;
• Facultativos para:
- Analfabetos;
- Maiores de 70 anos;
- Maiores de 16 e menores de 18 anos.
→ Não podem alistar-se como eleitores os estrangeiros e os conscritos.

Condições de elegibilidade:
• Nacionalidade brasileira;
• Pleno exercício dos direitos políticos;
• Alistamento eleitoral;
• Domicílio eleitoral na circunscrição;
• Filiação partidária;
• Idade mínima na posse de: 3530-2118;
- 35 anos para PR e Vice e Senador;
- 30 anos para Governador e Vice-Governador;
- 21 anos para Deputado Federal, Estadual ou Distrital, Prefeito, Vice-Prefeito e juiz de paz;
- 18 anos para Vereador (na candidatura)

• São inelegíveis os inalistáveis e os analfabetos.


• São inelegíveis, no território de jurisdição do titular, o cônjuge e os parentes até o 2º grau, do PR, Governador, Prefeito ou de
quem os substituiu dentro dos 6 meses anteriores ao pleito, salvo se já titular de mandato eletivo e candidato à reeleição.
- São inelegíveis para o cargo de prefeito de Município resultante de desmembramento territorial o cônjuge e os parentes
até 2º grau do atual Prefeito do município-mãe.
• O PR, os Governadores, os Prefeitos e quem os houver sucedido, ou substituído no curso dos mandatos poderão ser reeleitos para
um único período subsequente.
- Para concorrerem a outros cargos, devem renunciar aos mandatos até 6 meses antes do pleito.
- Proibido prefeito itinerante.
• O militar alistável é elegível, atendidas as seguintes condições:
- Se contar menos de 10 anos de serviço, deverá afastar-se da atividade;
- Se contar mais de 10 anos de serviço, será agregado pela autoridade superior e, se eleito, passará automaticamente, no
ato da diplomação, para a inatividade.
• Lei complementar estabelecerá outros casos de inelegibilidade e os prazos de sua cessação.
• O mandato poderá ser impugnado ante a Justiça Eleitoral no prazo de 15 dias contados da diplomação, instruída a ação com
provas de abuso do poder econômico, corrupção ou fraude.
- A ação de impugnação de mandato tramitará em segredo de justiça;
É vedada a cassação de direitos políticos, cuja perda ou suspensão só se dará nos casos de:
- Cancelamento da naturalização por sentença transitada em julgado  Perda.
- Incapacidade civil absoluta  Suspensão.
- Condenação criminal transitada em julgado, enquanto durarem seus efeitos  Suspensão.
- Recusa de cumprir obrigação a todos imposta ou prestação alternativa  PERDA.
- Improbidade adm  Suspensão.

• Lei que alterar o processo eleitoral entrará em vigor na data de sua publicação, não se aplicando à eleição que ocorra até um ano
da data de sua vigência.

PARTIDOS POLÍTICOS:

Só terão direito a recursos do fundo partidário e acesso gratuito ao rádio e à televisão, os partidos políticos que
alternativamente:
- Obtiverem, nas eleições para a câmara dos deputados, no mínimo, 3% dos votos válidos, distribuídos em pelo menos 1/3
das UF, com um mínimo de 2% dos votos válidos em cada uma delas.
- Tiverem elegido pelo menos 15 deputados federais distribuídos em pelo menos 1/3 das UF.

Organização Administrativa
Forma do Estado  Federativa (Cláusula pétrea)
- É adotado o federalismo cooperativo equilibrado (Não o Dual), pelo qual as atribuições são exercidas de modo comum
ou concorrente, estabelecendo-se uma verdadeira aproximação entre os entes federativos, que deverão atuar em conjunto.
- Não é permitido o direito de secessão.
- A federação é formada pela União, Estados, DF e Municípios (Territórios não), todos entes autônomos, porém, não
soberanos  Quem é soberano é a RFB.
- É vedado aos entes estabelecer cultos ou igrejas, salvo, na forma da lei, a colaboração de interesse público.
Forma de governo  República
Sistema de governo  Presidencialismo
- O PR, em regra, é escolhido pelo povo, governa por um prazo determinado e assume as funções de Chefe de Estado e de Governo.

→ Segundo o art. 18, da CF/88, “a organização político-administrativa da República Federativa do Brasil compreende a União, os
Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos autônomos, nos termos desta Constituição”. Os Territórios não são entes
federativos e, portanto, não possuem autonomia política.
→ A soberania é atributo apenas da República Federativa do Brasil (RFB), do Estado federal em seu conjunto.

União → É pessoa jurídica de direito público interno, sem personalidade internacional, autônoma, com competências
administrativas e legislativas enumeradas pela Carta Magna. É esse ente federativo que representa a República Federativa do Brasil
no plano internacional.
Estados → Os Estados-membros ou Estados federados4, assim como a União, são entes autônomos, apresentando personalidade
jurídica de direito público interno. São dotados de autonomia política e, por isso, apresentam capacidade de auto-organização,
autolegislação, autoadministração e autogoverno.
Distrito Federal → O Distrito Federal é ente federado autônomo e, como tal, dispõe de auto-organização, autoadministração,
autolegislação e autogoverno (CF, arts. 18, 32 e 34). A auto-organização do Distrito Federal se manifesta por meio de Lei Orgânica,
votada em dois turnos com interstício mínimo de dez dias, e aprovada por dois terços da Câmara Legislativa, que a promulgará,
atendidos os princípios estabelecidos na Constituição
Municípios → Os Municípios são entes autônomos, sendo sua autonomia alçada, pela Constituição Federal, à condição de princípio
constitucional sensível (CF, art. 34, VII, “c”). Essa autonomia baseia-se na capacidade de autoorganização, autolegislação,
autogoverno e autoadministração.

Formação dos Estados-membros


a) Fusão → Um Estado A se une a um Estado B, formando o Estado C. Com isso, há a formação de um terceiro e novo ente
federado, distinto dos anteriores e com personalidade própria. Os Estados que lhe deram origem não mais existirão.
b) Incorporação → Um Estado A se incorpora ao Estado B, o qual continua a existir. O Estado A deixa de existir e o território do
Estado B aumenta. Perceba que, na incorporação, um dos entes federativos mantém a sua personalidade jurídica. Na história do
Brasil, temos um exemplo de incorporação. O Estado de Guanabara se incorporou ao Estado do Rio de Janeiro.
c) subdivisão ou cisão → Um Estado A se subdivide, dando origem ao Estado B e C. O Estado A deixa de existir, surgindo dois novos
Estados (duas novas personalidades jurídicas). A subdivisão de um Estado pode dar origem a novos Estados ou territórios. Existe
proposta para que o Maranhão seja subdivido em Maranhão do Sul e Maranhão do Norte. Esse seria um bom exemplo de
subdivisão.
d) Desmembramento-anexação → Ocorre quando um ou mais Estados cedem parte de seu território para que este seja anexado
ao território de outro Estado. Seria o caso, por exemplo, em que o Estado A perde parcela do seu território, que é anexada ao
território do Estado B. Perceba que, nessa operação, não houve extinção de nenhum Estado. O Estado A perdeu parte de seu
território, mas continuou existindo
e) Desmembramento-formação → Ocorre quando um ou mais Estados cedem parte de seu território para que haja a formação de
um novo ente. Foi o que aconteceu com Goiás, quando este cedeu parte de seu território para a formação do estado do Tocantins.
Perceba que, nessa operação, não houve extinção de nenhum Estado. Goiás perdeu parte do seu território, mas deu origem a um
novo Estado-membro.

Os requisitos para a formação de Estados são os seguintes:


a) Consulta prévia, por plebiscito, às populações diretamente interessadas;
b) Oitiva das Assembleias Legislativas dos estados interessados (art. 48, VI, CF/88);
c) Edição de lei complementar pelo Congresso Nacional.

São 5 (cinco) os requisitos para a criação, incorporação, fusão e desmembramento de municípios:

a) Edição de lei complementar federal pelo Congresso Nacional, fixando genericamente o período dentro do qual poderá ocorrer a
criação, incorporação, fusão e desmembramento de municípios. Destaque-se que esta lei complementar até hoje não foi editada.
b) Aprovação de lei ordinária federal determinando os requisitos genéricos e a forma de divulgação, apresentação e publicação dos
estudos de viabilidade municipal;
c) Divulgação dos estudos de viabilidade municipal, na forma estabelecida pela lei mencionada acima;
d) Consulta prévia, por plebiscito, às populações dos Municípios envolvidos. O resultado do plebiscito, quando desfavorável,
impede a criação do novo Município. Por outro lado, caso seja favorável, caberá à Assembleia Legislativa decidir se irá ou não criar o
Município.
e) Aprovação de lei ordinária estadual pela Assembleia Legislativa determinando a criação, incorporação, fusão e
desmembramento do(s) município(s). Trata-se de ato discricionário da Assembleia Legislativa.

Bens da União:
- Terras devolutas indispensáveis à defesa das fronteiras, das fortificações e construções militares, das vias federais de
comunicação e à preservação ambiental, definidas em lei.
- Lagos, rios e quaisquer correntes de água em terrenos de seu domínio, ou que banhem mais de um Estado, sirvam de
limites com outros países, ou se estendam a território estrangeiro ou dele provenham, bem como os terrenos marginais e as praias
fluviais.
- Recursos naturais da plataforma continental e da zona econômica exclusiva.
- Recursos minerais, inclusive os do subsolo.
- Terras tradicionalmente ocupadas pelos índios.
• Faixa de até 150 km de largura, ao longo das fronteiras terrestres, designada como faixa de fronteira, é considerada fundamental
para defesa do território nacional, e sua ocupação e utilização serão reguladas em lei.

Incluem-se entre os bens dos Estados:


I – as águas superficiais ou subterrâneas, fluentes, emergentes e em depósito, ressalvadas, neste caso, na forma da lei, as
decorrentes de obras da União;
II – as áreas, nas ilhas oceânicas e costeiras, que estiverem no seu domínio, excluídas aquelas sob domínio da União, Municípios ou
terceiros;
III – as ilhas fluviais e lacustres não pertencentes à União;
IV – as terras devolutas não compreendidas entre as da União.

Compete à União:  São indelegáveis.


• Manter relações com Estados estrangeiros e participar de organizações internacionais.
• Declarar a guerra e celebrar a paz.
• Assegurar a defesa nacional.
• Conceder anistia.
• Permitir, nos casos previstos em lei complementar, que forças estrangeiras transitem pelo território nacional ou nele permaneçam
temporariamente
• Explorar, diretamente ou mediante autorização, concessão ou permissão:
- Serviços de radiodifusão sonora, e de sons e imagens.
- Serviços e instalações de energia elétrica e o aproveitamento energético dos cursos de água, em articulação com os
Estados onde se situam os potenciais hidroenergéticos.
- Navegação aérea, aeroespacial e a infraestrutura aeroportuária.
- Serviços de transporte ferroviário e aquaviário entre portos brasileiros e fronteiras nacionais, ou que transponham os
limites de Estado ou Território
- Serviços de transporte rodoviário interestadual e internacional de passageiros.
- Portos marítimos, fluviais e lacustres.
• Instituir diretrizes para o desenvolvimento urbano, inclusive habitação, saneamento básico e transportes urbanos.
• Executar os serviços de polícia marítima, aeroportuária e de fronteiras.
• Organizar e manter o Poder Judiciário e o MP do DF e dos Territórios e a DP dos Territórios  A União não mantém a DP do DF.
• Organizar e manter a PC, PP, PM e BM do DF, bem como prestar assistência financeira ao DF para a execução de serviços públicos.

Compete privativamente à União legislar sobre:  Lei complementar pode autorizar os Estados a legislar sobre questões
específicas daqui.
• Competência da PF, da PRF e da PFF.
• Desapropriação.
• Direito civil, comercial, penal, processual, eleitoral, agrário, marítimo, aeronáutico, espacial e do trabalho.
- Isso impede que lei municipal legisle sobre cobranças de estacionamento.
• Águas, energia, informática, telecomunicações e radiodifusão.
• Jazidas, minas, outros recursos minerais e metalurgia.
• Atividades nucleares de qualquer natureza.
• Requisições civis e militares, em caso de iminente perigo e em tempo de guerra.
• Diretrizes da política nacional de transportes.
• Trânsito e transporte.
•Nacionalidade, cidadania e naturalização.
•Populações indígenas.
• Emigração e imigração, entrada, extradição e expulsão de estrangeiros.
• Normas gerais de organização, efetivos, material bélico, garantias, convocação, mobilização, inatividades e pensões de PMs e de
Bms.
• Normas gerais de licitação e contratação, em todas as modalidades, para as adm públicas diretas e indireta da União, estados, DF
e municípios.

Compete à União, Estados e DF legislar de maneira concorrente sobre:  União só estabelece normas gerais.
• Organização, garantias, direitos e deveres das polícias civis.
• Florestas, caça, pesca, fauna, conservação da natureza, defesa do solo e dos recursos naturais, proteção do meio ambiente e
controle da poluição.
• Proteção ao patrimônio histórico, cultural, artístico, turístico e paisagístico.
• Responsabilidade por dano ao meio ambiente, ao consumidor, a bens e direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico e
paisagístico.
• Direito tributário, financeiro, penitenciário, econômico e urbanístico.
• Educação, cultura, ensino, desporto, ciência, tecnologia, pesquisa, desenvolvimento e inovação.
• Criação, funcionamento e processo do juizado de pequenas causas.
• Procedimentos em matéria processual  Direito Processual é de competência privativa da União, procedimentos em matéria
processual que é concorrente.
• Previdência social, proteção e defesa da saúde.
• Proteção à infância e à juventude.
→ Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a competência legislativa plena, para atender a suas
peculiaridades.
A superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a eficácia da lei estadual, no que lhe for contrário.

Competência comum da União, dos Estados, do DF e dos Municípios:


- Zelar pela guarda da Constituição, das leis e das instituições democráticas e conservar o patrimônio público.
- Proteger o meio ambiente e combater a poluição em qualquer de suas formas.
- Preservar as florestas, a fauna e a flora.
- Registrar, acompanhar e fiscalizar as concessões de direitos de pesquisa e exploração de recursos hídricos e minerais em
seus territórios.
- Estabelecer e implantar política de educação para a segurança do trânsito.

Administração Pública
Aspectos Gerais
→ Refere-se a todos órgãos e entidades governamentais dos 3 poderes
Sentido:
Objetivo → Atividades relacionadas à função administrativa
Subjetivo → Órgãos e entidades

Atividades típicas da Adm.:


-Fomento
-Polícia Administrativa
- Serviços Públicos
- Intervenção

Regime Jurídico da administração:


→ A adm. se submete a ambos os regimes conforme preceituar a CF/88 e as leis – Mas nunca será integralmente privado.

Regime Jurídico Administrativo:


→ normas que disciplinam poderes, deveres e direitos vinculados à supremacia e indisponibilidade dos direitos fundamentais –
Relação vertical
- Os interesses da sociedade são indisponíveis → limitam a liberdade da administração.

Organização da Adm. Pública:

Administração Direta = Órgãos – Não tem PJ própria


-Atividade centralizada
Administração indireta = Entidades – Tem PJ Própria
- Atividade descentralizada

→ Autarquias
- Criadas por Lei
- PJ de direito público
- Atividades típicas da Adm. Pública

→ Fundações Públicas
De direito:
Público – Criadas por Lei
Privado – Autorizadas por Lei

→ Empresas Públicas
- Autorizadas por lei
- Em regra, exploradora de atividade econômica
- PJ de direito privado
- Capital social 100% público

→ Sociedades de Economia Mista


- Autorizadas por Lei
- Em regra, exploradora de atividade econômica
- PJ de direito privado → somente sociedade anônima!
- Maioria do capital social pertencente ao estado (público)

Princípios expressos na CF/88 – LIMPE

Legalidade
Aos particulares: ninguém é obrigado a fazer algo, senão em virtude de LEI.
- Pode fazer tudo que não for proibido (P. da autonomia da vontade)
À administração Púb.: A Admin. só pode agir quando houver previsão legal (p. da legalidade estrita)
Exceções: Medida provisória
Estado de defesa
Estado de sítio

Impessoalidade
P. da finalidade (= interesse público) → o ato administrativo deve seguir a finalidade especificada em Lei
P. da igualdade (= isonomia) => atender todos os administrados sem discriminação qualquer
Vedação à promoção pessoal
Impedimento e suspeição → afastar dos processos pessoas impossibilitadas de imparcialidade
Moralidade

- Administração deve agir conforme moral e bos costumes, honestidade…


P. da probidade
Observância dos costumes administrativos
Concretização dos valores da LEI
- Verificada no conteúdo do ato → não importa a intenção

Publicidade
Publicidade em órgãos oficiais como requisito de eficácia
Exigência de transparência na atuação administrativa
→ não é absoluto
Exceções: dados pessoais (intimidade)
Informações sigilosas (segurança)

Eficiência
Modo de atuação do agente público
Organização e funcionamento da administração → administração gerencial

Princípios Implícitos na CF/88:

P. da Supremacia do Interesse público


= Prerrogativas administrativas
- Na elaboração e execução das Leis
- Aplicação:
1. Atributos dos atos administrativos
2. Cláusulas exorbitantes
3. Poder de polícia
4. Intervenção do estado na propriedade privada

P. da Indisponibilidade do interesse público


= Sujeições administrativas
- Presente em toda atuação da adm. pública → seguir a vontade da Lei
- Poder e dever de agir
- Inalienabilidade dos direitos concernentes ao interesse público.

P. da continuidade do serviço público


- A qualquer atividade administrativa
- Consequências → limitação de greve dos servidores, necessidade de suplência, delegação…
- Não é descontinuidade do s.p. sua interrupção em situação de emergência ou após aviso prévio, quando
→ Por razões técnicas ou de segurança
→ Por inadimplemento do usuário
P. da Motivação
- A administração deve indicar os fundamentos de fato e de direito + correlação l´lógica
- Todos os atos devem ser motivados, salvo exoneração de cargo comissionado
→ mas, se motivar, aí o ato vincula-se aos motivos apresentados

P. da Razoabilidade e Proporcionalidade
- Atuar conforme critérios racionais e sensatos
- Equilíbrio entre meios e fins
- Adequação
- Necessidade
- Proporcionalidade em sentido estrito

P. do Controle ou Tutela
Administração indireta deve observar o princípio da especialidade (finalidade institucional)

P. da Autotutela
→ A administração pode controlar seus próprios atos
- Anular → ilegais (o controle judicial também pode)
- Revogar → inconvenientes ou inoportunos

P. do contraditório e Ampla defesa


→ O direito de saber das alegações e delas se contra por
→ Valer-se de todos os meios e recursos válidos para provar o que alega
- Aos litigantes em processo judicial ou administrativo
- Relacionados ao p. do devido processo legal
→ Em processos administrativos disciplinares (PAD) não é obrigatória a defesa técnica por advogado

P. da Segurança Jurídica e proteção à confiança


→ Para assegurar a estabilidade das relações jurídicas já consolidadas: Direito adquirido, coisa julgada, ato jurídico
perfeito
→ é base para a edição das súmulas vinculantes
→ Veda a aplicação retroativa de novas interpretações

P. da Especialidade
- Relacionado à Descentralização administrativa
→ criação de entidades para finalidades específicas
* Vedadas as atividades diversas das previstas em Lei

Responsabilidade Civil do Estado


→ é objetiva: independe de dolo ou culpa.
→ cabe ação regressiva contra o agente público que causou o dano, se dolo ou culpa.
- A responsabilidade do agente é subjetiva
→ alcança os danos causados a terceiros usuários e não usuários do serviço público
* As empresas públicas e sociedades de economia mista exploradoras de atividades econômicas não são alcançadas pela regra de
responsabilidade civil objetiva

Improbidade Administrativa
- Natureza civil
- Tipificados em Lei federal
Tipos:
1. Geram enriquecimento ilícito
2. Causam prejuízo ao erário
3. Atentam contra os princípios da administração
4. Decorrentes de concessão ou aplicação indevida de benefícios financeiros ou tributários

Resultarão em:
1. Perda de cargo/função
2. Suspensão dos direitos políticos
3. Indisponibilidade dos bens
4. Ressarcimento ao erário

→ ATENÇÃO: NÃO É PERDA DOS DIREITOS POLÍTICOS, É SUUUUUSPENSÃO!

Agentes Públicos

Acesso a cargos públicos:


- Brasileiros → cumpram requisitos em Lei
- Estrangeiros → na forma da lei (lei autorizadora)

Concurso Público
- Para acesso a cargos ou empregos públicos:
- Provas ou provas + títulos
- Validade por até 2 anos, prorrogável por igual período
- Aprovados dentro do número de vagas têm direito subjetivo à nomeação
* Contratação por tempo indeterminado → excepcional interesse público (Sem concurso) – hipóteses expressamente previstas em
Lei.
Cargo em comissão X Função de confiança
Percentual mínimo Somente por servidores de
por servidor de carreira carreira

→ Livre nomeação e exoneração


→ Direção, chefia e assessoramento

* Entendimentos importantes:
- Devem ser previstos em LEI:
1. Exigência de exame psicotécnico
2. Limite de idade
3. Exigência de experiência profissional
→ Editais não podem restringir pessoas com tatuagens, salvo conteúdo que viole valores constitucionais.

Direitos Sociais do Servidor Público


- Têm direito a livre associação sindical
- Direito de greve: norma de eficácia limitada
→ Aos militares são vedadas:
1. A sindicalização
2. A greve

Tem direito a:
- Salário mínimo
- Adicional noturno
-13º salário
- Salário-família
- jornadas 8h diárias e 44hs semanais
- repouso semanal remunerado, preferencialmente aos domingos
- Férias
- Licença gestante e paternidade
- Proteção ao mercado de trabalho das mulheres
- Redução dos riscos de trabalhos – Proibição de diferença de salários, funções e admissão por sexo, cor, estado civil.
Não tem direito a:
- Seguro desemprego
- FGTS
- Aviso prévio
- Piso salarial

Remuneração dos servidores


- Fixada por Lei específica
- Subsídio = Parcela única → Vedado qualquer acréscimo, salvo verbas indenizatórias
- Teto remuneratório geral = subsídios dos ministros do STF
→ Não se aplica aos empregados públicos de empresas estatais não dependentes
→ Não se aplica às parcelas indenizatórias
Nos Estados/DF:
- Subteto por poder
- Podem fixar subteto único = subsídio dos desembargadores
Nos Municípios
- Subteto = subsídio do prefeito

Estabilidade → Após 3 anos de efetivo exercício + avaliação de desempenho


- Só perde o cargo nos casos de:
1. Sentença judicial transitado em julgado
2. Processo administrativo (com ampla defesa)
3. Avaliação periódica de desempenho
4. Excesso de despesa com pessoal
Readaptação → O servidor ocupante de cargo efetivo pode ser readaptado ao exercício de um cargo com atribuições e
responsabilidades compatíveis com a limitação que tenha sofrido
- Enquanto o servidor permanecer em condição de limitação
- Manterá a remuneração do cargo de origem
Reintegração → Invalidada por decisão judicial a demissão do servidor
- Eventual ocupante da vaga será, se estável:
- Reconduzido ao cargo de origem
- Aproveitado em outro cargo ou
- Posto em disponibilidade
Disponibilidade → Extinto o cargo ou declarada sua desnecessidade:
Remuneração proporcional ao tempo de serviço

Poder Legislativo
Poder executivo

ATRIBUIÇÕES E RESPONSABILIDADES DO PR:

Compete privativamente ao PR, podendo ser delegada ao PGR, AGU e Ministros de Estado:

Dispor, mediante decreto, sobre:


- Organização e funcionamento da adm federal, quando não implicar aumento de despesa nem criação ou extinção de
órgãos públicos;
- Extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos  Criação de cargos só por meio de lei.
- Conceder indulto e comutar penas, com audiência, se necessário, dos órgãos instituídos em lei.
- Não é aplicável ao 3TH.
- Prover e extinguir os cargos públicos federais.

Compete privativamente ao PR:


• Exercer o comando supremo das FFAA e nomear o Comandante da marinha, exército e aeronáutica, promover seus
oficiais-generais e nomeá-los para os cargos que lhes são privados.
• Nomear, após aprovação do CN:
- Ministros do STF e dos Tribunais Superiores
- Governadores de territórios
- PGR
- Presidente e diretores do BACEN.
• Exercer, com o auxílio do Ministros de Estado, a direção superior da adm federal.
• Sancionar, promulgar e fazer publicar as leis, bem como expedir decretos e regulamentos para sua fiel execução.
• Vetar projetos de lei, total ou parcialmente.
• Celebras tratados, convenções e atos internacionais, sujeitos a referendo do CN.
• Decretar o estado de defesa e o estado de sítio.
• Decretar e executar a intervenção federal.
• Remeter mensagem e plano de governo ao CN por ocasião da abertura da sessão legislativa, expondo a situação do País
e solicitando as providências que julgar necessárias.
• Nomear membros do Conselho da República.
• Convocar e presidir o Conselho da República e o Conselho de Defesa Nacional.
• Declarar guerra, no caso de agressão estrangeira, autorizado pelo CN ou referendado por ele, quando ocorrida no
intervalo das sessões legislativas, e, nas mesmas condições, decretar, total ou parcialmente, a mobilização nacional.
• Celebrar a paz, autorizado ou com o referendo do CN.
• Conferir condecorações e distinções honoríficas.
• Permitir, nos casos previstos em lei complementar, que forças estrangeiras transitem pelo território nacional ou nele
permaneçam temporariamente
• Prestar, anualmente, ao CN, dentro de 60 dias após a abertura da sessão legislativa, as contas referentes ao exercício
anterior.
• Editar medidas provisórias com força de lei.
Crimes de responsabilidade do PR são os que atentem contra a CF e contra:
- A existência da União;
- O livre exercício do Judiciário, do Legislativo, do MP e dos poderes constitucionais das unidades da federação;
- O exercício dos direitos políticos, individuais e sociais;
- A segurança interna do País;
- A probidade na adm;
- A lei orçamentária;
- O cumprimento das leis e das decisões judiciais.
• A definição dos crimes de responsabilidade e o estabelecimento das respectivas normas de processo e julgamento são da
competência legislativa privativa da União.

Compete à Câmara dos Deputados autorizar a instauração de processo contra o PR, o Vice e os Ministros de Estado:

Crime Comum:  Somente para crimes relacionados às atividades de PR, se for crime comum estranhos a essas atividades será
julgado somente após o mandato.
- Câmara dos Deputados aprova com Juízo de Admissibilidade de 2/3 dos votos dos membros.
- Se recebida a denúncia pelo STF, o Presidente fica afastado por até 180 dias
- STF julga por maioria simples.
- Retorna à Presidência se absolvido ou se decorrido o prazo antes do fim do julgamento.
• Enquanto não houver sentença condenatória, o PR não estará sujeito à prisão.

Crime de Responsabilidade:
- Câmara dos Deputados aprova com Juízo de Admissibilidade de 2/3 dos votos dos membros.
- Se instaurado o processo pelo Senado, o Presidente fica afastado por até 180 dias
- Senado julga (2/3 dos votos)
- Retorna à Presidência se absolvido ou se decorrido o prazo antes do fim do julgamento.

Compete ao Conselho da República:


- Pronunciar-se sobre intervenção federal, estado de defesa e estado de sítio.
- Pronunciar-se sobre as questões relevantes para a estabilidade das instituições democráticas.

Compete ao Conselho da Defesa:


- Opinar sobre intervenção federal, estado de defesa e estado de sítio
- Opinar nas hipóteses de declaração de guerra e de celebração da paz, nos termos desta Constituição

Vacância do cargo de PR e Vice:


• O eleito apenas completará o restante do mandato.
- Nos dois primeiros anos  Eleições diretas em até 90 dias.
- Nos dois últimos anos  Eleições indiretas em até 30 dias.

Ordem de sucessão da Presidência:


- PR da Câmara dos deputados  PR do Senado  PR do STF.

Defesa do Estado e das Instituições democráticas.


• A segurança pública, dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, é exercida para a preservação da ordem pública e da
incolumidade das pessoas e do patrimônio.
• A segurança pública é direito fundamental assegurado aos brasileiros e aos estrangeiros residentes.

Municípios poderão constituir guardas municipais destinadas à proteção de seus bens, serviços e instalações:
- Lei municipal pode dar a ela poder de polícia de trânsito;
• Servidores que trabalhem diretamente com segurança pública não podem entrar em greve  Compatível com o Princípio da
Isonomia
Polícia federal: instituída por lei como órgão permanente, organizado e mantido pela União e estruturado em carreira, destina-se a:
- Apurar infrações penais contra a ordem política e social ou em detrimento de bens, serviços e interesses da União ou de
suas entidades autárquicas e empresas públicas, assim como outras infrações que tenham repercussão interestadual ou
internacional e exijam repressão uniforme.
- Prevenir e reprimir o tráfico de drogas, o contrabando e o descaminho, sem prejuízo da ação fazendária e de outros
órgãos públicos nas respectivas áreas de competência;
- Exercer as funções de polícia marítima, aeroportuária e de fronteiras;
- Exercer, com exclusividade, as funções de polícia judiciária da União (não impede o MP de investigar  Teoria dos
poderes implícitos)

Polícia rodoviária federal: órgão permanente, organizado e mantido pela União e estruturado em carreira;
- Destina-se ao patrulhamento ostensivo das rodovias federais.

Polícia ferroviária federal: órgão permanente, organizado e mantido pela União e estruturado em carreira, destina-se ao
patrulhamento ostensivo das ferrovias federais.

Polícias civis: dirigidas por delegados de carreira, incumbem, ressalvada a competência da União, as funções de polícia judiciária e a
apuração de infrações penais, exceto as militares  Polícia residual.

Polícias militares e bombeiros militares:


- À PM cabe o policiamento ostensivo e a preservação da ordem pública;
- Ao BM, além das atribuições definidas em lei, incumbe a execução de atividades de defesa civil.
- São forças auxiliares e reserva do exército;
Polícias penais federal, estaduais e distrital: cabe a segurança dos estabelecimentos penais;

Segurança viária: exercida para a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do seu patrimônio nas vias
públicas (Incluída por Emenda Constitucional).
- Compreende a educação, engenharia e fiscalização de trânsito, além de outras atividades previstas em lei, que
assegurem ao cidadão o direito à mobilidade urbana eficiente;
- Compete, no âmbito dos Estados, do DF e dos Municípios, aos respectivos órgãos ou entidades executivos e seus agentes
de trânsito, estruturados em Carreira.

Estado de defesa: O PR, ouvido o Conselho da República e o da Defesa, pode decretar estado de defesa para preservar ou
prontamente restabelecer, em locais restritos e determinados, a ordem pública ou a paz social ameaçadas por grave e iminente
instabilidade institucional ou atingidas por calamidades de grandes proporções na natureza.
No decreto estará determinado o tempo de duração, as áreas abrangidas e as medidas coercitivas a vigorarem, dentre as
seguintes:
• Restrições aos direitos de:
- Reunião, ainda que exercida no seio das associações;
- Sigilo de correspondência;
- Sigilo de comunicação telegráfica e telefônica;
• Ocupação e uso temporário de bens e serviços públicos, na hipótese de calamidade pública, respondendo a União pelos danos e
custos decorrentes.
Sua duração não será superior a 30 dias, prorrogáveis uma vez por + 30, se houver razões.

Estado de sítio: O PR, ouvindo o Conselho da República e o da Defesa, pode solicitar ao CN autorização para decretar estado de sítio
nos casos de:
I - Comoção grave de repercussão nacional ou ocorrência de fatos que comprovem a ineficácia de medida tomada durante o estado
de defesa;
II - Declaração de estado de guerra ou resposta a agressão armada estrangeira.

• Na vigência do estado de sítio decretado com fundamento no I, só poderão ser tomadas contra as pessoas as seguintes medidas:
- Obrigação de permanência em localidade determinada;
- Detenção em edifício não destinado a acusados ou condenados por crimes comuns;
- Restrições relativas à inviolabilidade da correspondência, ao sigilo das comunicações, à prestação de infos e à liberdade de
imprensa, radiodifusão e televisão;
- Suspensão da liberdade de reunião;
- Busca e apreensão em domicílio;
- Intervenção nas empresas de serviços públicos;
- Requisição de bens.
• No decreto estará sua duração, as normas necessárias à sua execução e as garantias constitucionais que ficarão suspensas, e,
depois de publicado, o PR designará o executor das medidas específicas e as áreas abrangidas.

Forças Armadas: constituída pela Marinha, Exército e Aeronáutica, são instituições permanentes e regulares, organizadas com base
na hierarquia e disciplina, sob a autoridade suprema do PR, e destinam-se à defesa da Pátria, à garantia dos poderes constitucionais
e da lei e da ordem.
- Não caberá habeas corpus em relação a punições disciplinares militares.
- As mulheres e os eclesiásticos ficam isentos do serviço militar obrigatório em tempos de paz, mas estão sujeitos a outros
encargos que a lei lhes atribuir.
- Proibidas a sindicalização e a greve.
- O militar, enquanto em serviço ativo, não pode estar filiado a partidos políticos.
- Lei disporá sobre o ingresso nas FFAA, os limites de idade, a estabilidade e outras condições de transferência do militar
para a inatividade, os direitos, os deveres, a remuneração, as prerrogativas e outras situações especiais dos militares, consideradas
as peculiaridades de suas atividades, inclusive aquelas cumpridas por força de compromissos internacionais e de guerra.

Ordem Social
A ordem social tem como base o primado do trabalho, e como objetivo o bem-estar e a justiça sociais .
- O Estado exercerá a função de planejamento das políticas sociais, assegurada, na forma da lei, a participação da
sociedade nos processos de formulação, de monitoramento, de controle e de avaliação dessas políticas.
Seguridade social = Assistência social + Previdência social + Saúde
Assistência Social  Prestada a quem dela necessitar.
Previdência Social  Prestada a quem contribuir.
Saúde  Prestada a todos.

O poder público organizará a seguridade social com base nesses princípios (objetivos da seguridade social):
• Universalidade da cobertura e do atendimento  Cobrir todo risco social e estender a toda população.
• Uniformidade e equivalência na prestação dos benefícios e serviços às populações urbanas e rurais.
- Em sentido de equilibro e não igualdade, dependendo do tempo de contribuição, sexo, idade, entre outras variáveis.
• Seletividade e distributividade na prestação dos benefícios e serviços  Seleciona o risco coberto e distribui a quem necessita,
àquele que preenche os requisitos.
• Irredutibilidade do valor dos benefícios  Benefício não é vinculado a nº de salários-mínimos.
• Equidade na forma de participação no custeio  Cada um participa na medida da sua capacidade contributiva, quem pode mais
pagará mais, quem pode menos pagará menos.
• Diversidade da base de financiamento, identificando-se, em rubricas contábeis, específicas para cada área, as receitas e as
despesas vinculadas a ações de saúde, previdência e assistência social, preservando o caráter contributivo da previdência social.
• Caráter democrático e descentralizado da adm, mediante gestão quadripartite, com participação dos trabalhadores, dos
empregados, dos aposentados e do Governo nos órgãos colegiados.
Nenhum benefício ou serviço da seguridade social poderá ser criado, majorado ou estendido sem a correspondente fonte de
custeio total.
Financiamento da seguridade social  Feito por toda sociedade mediante recursos dos entes federados e das seguintes
contribuições:
- Receitas de concursos de prognósticos  Loterias e sorteios em geral.

Assistência social
A assistência social será prestada a quem dela necessitar, independentemente de contribuição à seguridade social, e tem por
objetivos:
- Proteção à família, à maternidade, à infância, à adolescência e à velhice.
- Amparo às crianças e adolescentes carentes.
- Promoção da integração ao mercado de trabalho.
- Habilitação e reabilitação das pessoas portadoras de deficiência e a promoção de sua integração à vida comunitária.
- Garantia de um salário-mínimo de benefício mensal à pessoa portadora de deficiência e ao idoso que comprovem não
possuir meios de prover à própria manutenção ou de tê-la provida por sua família, conforme dispuser a lei.

Previdência social
• É vedado que a adm Direta ou Indireta faça aportes financeiros a entidade de previdência privada, salvo na qualidade de
patrocinador, onde sua contribuição jamais poderá exceder a do segurado.

Saúde
• As instituições privadas podem participar de forma complementar do SUS mediante contrato público ou convênio  As entidades
filantrópicas ou sem fins lucrativos têm preferência.
As ações e serviços públicos de saúde integram uma rede regionalizada e hierarquizada e constituem um sistema único,
organizado de acordo com as seguintes diretrizes:
- Descentralização, com direção única em cada esfera de governo;
- Atendimento integral, com prioridade para as atividades preventivas, sem prejuízo dos serviços assistenciais;
- Participação da comunidade.
• O SUS será financiado com recursos do orçamento da seguridade social, da União, dos Estados, do DF e dos Municípios, além de
outras fontes.

Família, criança, adolescente e idoso


• Fundado nos princípios da dignidade da pessoa humana e da paternidade responsável, o planejamento familiar é livre decisão do
casal, competindo ao Estado propiciar recursos educacionais e científicos para o exercício desse direito, vedada qualquer forma
coercitiva por parte de instituições oficiais ou privadas.
• São penalmente inimputáveis os menores de 18, sujeitos às normas da legislação especial.
• Os pais têm o dever de assistir, criar e educar os filhos menores, e os filhos maiores têm o dever de ajudar e amparar os pais na
velhice, carência ou enfermidade.
• A família, a sociedade e o Estado têm o dever de amparar as pessoas idosas, assegurando sua participação na comunidade,
defendendo sua dignidade e bem-estar e garantindo-lhes o direito à vida.
- Os programas de amparo aos idosos desenvolvidos pelo Estado serão executados preferencialmente nos lares dos idosos
 Lê-se “seus lares”.
- Aos maiores de 65 é garantida a gratuidade dos transportes coletivos urbanos.

Meio Ambiente:
• Todos têm o direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado.
• O meio ambiente é bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida.
• Incumbe ao Poder Público:
- Preservar e restaurar os processos ecológicos essenciais e prover o manejo ecológico das espécies e ecossistemas;
- Preservar a diversidade e a integridade do patrimônio genético do País e fiscalizar as entidades dedicadas à pesquisa e
manipulação de material genético;
- Definir, em todas as UF, espaços territoriais e seus componentes a serem especialmente protegidos, sendo a alteração e
a supressão permitidas somente através de lei, vedada qualquer utilização que comprometa a integridade dos atributos que
justifiquem sua proteção;
- Exigir, na forma da lei, para instalação de obra ou atividade potencialmente causadora de significativa degradação do
meio ambiente, estudo prévio de impacto ambiental, a que se dará publicidade;
- Controlar a produção, a comercialização e o emprego de técnicas, métodos e substâncias que comportem risco para a
vida, a qualidade de vida e o meio ambiente;
- Promover a educação ambiental em todos os níveis de ensino e a conscientização pública para a preservação do meio
ambiente;
- Proteger a fauna e a flora, vedadas, na forma da lei, as práticas que coloquem em risco sua função ecológica, provoquem
a extinção de espécies ou submetam os animais a crueldade.
• As condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitarão os infratores, PF ou PJ, a sanções penais e adm,
independentemente da obrigação de reparar os danos causados.
• Aquele que explorar recursos minerais fica obrigado a recuperar o meio ambiente degradado, de acordo com solução técnica
exigida pelo órgão público competente, na forma da lei.
• A Amazônia brasileira, a Mata Atlântica, a Serra do Mar, o Pantanal e a Zona Costeira são patrimônio nacional  Sua utilização
ocorrerá na forma da lei, dentro de condições que assegurem a preservação do meio ambiente, inclusive quanto ao uso dos
recursos naturais.
• São indisponíveis as terras devolutas ou arrecadadas pelos Estados, por ações discriminatórias, necessárias à proteção dos
ecossistemas naturais.

Índios
• Só serão inimputáveis os índios inteiramente incapazes de entender o caráter ilícito da conduta  Índios isolados, não integrados
à sociedade.
• Os índios têm direito à posse permanente (Propriedade não) da terra que tradicionalmente ocupam  São de natureza originária.
- São terras tradicionalmente ocupadas pelos índios as por eles habitadas em caráter permanente, as utilizadas para suas
atividades produtivas, as imprescindíveis à preservação dos recursos ambientais necessários a seu bem-estar e as necessárias à sua
reprodução física e cultural, segundo seus usos, costumes e tradições.
- Eles tem usufruto exclusivo das riquezas do solo, dos rios e dos lagos nelas existentes (Subsolo não).
- Essas terras são inalienáveis e indisponíveis, e os direitos sobre elas, imprescritíveis.

Vedada a remoção dos índios de suas terras, salvo:


1º Em caso de catástrofe ou epidemia  Mediante referendo do CN
2º No interesse da soberania nacional  Mediante deliberação do CN.
• É garantido o retorno imediato dos indígenas às suas terras logo que cesse os riscos.

Das Funções Essenciais à Justiça


Ministério Público
→ Instituição permanente incumbida da defesa:
- Da ordem jurídica
- Do regime democrático
- Dos interesses sociais e individuais disponíveis
→ É autônomo e independente – Não pertence a nenhum dos três poderes
- Autonomias funcional, administrativa e orçamentário-financeira

Princípios institucionais do MP

 Unidade: O MP deve ser considerado um ÚNICO ÓRGÃO sob a direção de uma pessoa – Procurador Geral
- Está organicamente dividido
- Aplica-se dentro de cada MP

 Indivisibilidade: Integrantes do MP podem substituir-se ao longo dos processos


- Eles não estão vinculados a um processo

 Independência Funcional:
Acepções:
- Externa/Orgânica → MP como um todo
- MP não está sujeito a qualquer interferência de outro órgão/poder.
- Interna → Cada membro individualmente
- Os membros vinculam-se apenas a:
→ Ordenamento jurídico
→ Sua própria convicção
 Princípio do “Promotor Natural”
- A designação de um membro do MP para atuar em um processo deve obedecer:
→ Regras objetivas + critérios preestabelecidos

Organização e Estrutura
→ Com base em Leis complementares:
Federal (MPU) → iniciativa concorrente: Presidente da República +PGR
Estaduais (MPEs) → iniciativa concorrente: Governador + PGJ
+ Lei (ordinária) Federal de normas gerais s/ organização dos MPEs
* Não há hierarquia entre MPU e MPEs
* O PGR só chefia o MPU (não os MPEs)
* Conflitos de competência entre MPF e MPE → resolvidos pelo PGR

MPU (Ministério Público da União)


= MPF (Federal)
+ MPT (do Trabalho)
+ MPM ( do Militar)
+ MPDF (do DF e territórios) → não é estadual, mas organizado e mantido pela União.

Funções Institucionais
→ Guardião da sociedade e da Lei
Principais funções:
- Promover:
* Ação Penal Pública (Privativamente)
* Inquérito Civil e Ação Civil Pública
Proteção de: Patrimônio público/social, Meio ambiente e interesses difusos e coletivos
*ADI ou Representação para intervenção (união/estados)
- Exercer o controle externo da atividade policial (na forma da Lei complementar)
- Requisitar:
*Diligências investigatórias
*Instauração de IP
- Defender judicialmente os direitos indígenas
- Outras que lhe forem conferidas
*Vedadas → Representação judicial de consultoria jurídica de entidades públicas

Ingresso
→ Concurso público de provas e títulos com a participação da OAB (em todas as fases)
→ Exige-se:
- Bacharelado em direito
- 3 anos de atividade jurídica (na posse)

Garantias Funcionais (Prerrogativas)


→ Vitaliciedade
- Adquirida após 2 anos de exercício
- Só perde o cargo por sentença judicial transitada em julgado
→ Inamovibilidade
- Só pode ser movido de ofício por interesse público (decisão de órgão colegiado (maioria absoluta) colegiado, com ampla
defesa)
→ Irredutibilidade do subsídio (nominal)

Vedações (para garantir a imparcialidade)


→ Receber
- Percentuais, honorários e custas processuais
→ Exercer
- Advocacia
- Atividade Político-Partidária
- Outra função Pública (Salvo magistério)
→ Participar de sociedade comercial (na forma da lei)
→ Receber auxílios/contribuições de pessoas físicas ou entidades públicas/privadas

Chefia do MP

PGR
→ Chefia o MPU ( Dentre integrantes da carreira) – NÃO HÁ lista tríplice!
→ Nomeado pelo presidente da República → após aprovação da maioria absoluta do Senado
→ > de 35 anos
→ Mandato = 2 anos + permitida a recondução – sem limite
→ Pode ser destituído pelo PR → com autorização da maioria absoluta do Senado

PGJ
Chefia os MPEs e MPDFT (Dentre integrantes da carreira) → Formam lista tríplice
→ Nomeado pelo chefe do executivo – não há participação do poder legislativo
→ Mandato = 2 anos + uma recondução (ÚNICA)
→ Pode ser destituído pelo chefe do executivo → com autorização da maioria Absoluta:
- MPEs → da Assembleia legislativa
- MPDFT → do Senado Federal

DIREITO ADMINISTRATIVO
Estado, Governo e Adm. Pública

Estado: instituição de direito público organizada política, social e juridicamente.

→ Constituído por três elementos indissociáveis  povo, território e governo soberano.

→ O Estado e seus entes federativos detêm autonomia política.

Forma de Estado:

• Unitário  há uma centralização política, um único poder político central (ex: Uruguai).

• Federado  há uma descentralização política e a presença de outros entes federados (ex: Brasil).

- Não há hierarquia entre os entes federados, e sim uma distribuição constitucional de competências.

Estado de direito: composto por três pilares  tripartição de poderes, universalidade da jurisdição e generalização do princípio da
legalidade.

- O Estado institui as leis e está atrelado a elas.

Poderes do Estado (cláusula pétrea): executivo, legislativo e judiciário.

- Essa divisão não é absoluta.

- Devem conviver harmonicamente  teoria de freios e contrapesos.

- Os poderes exercem funções típicas e atípicas (está previsto em lei).

- Executivo e legislativo não criam coisa julgada.

- A função política abarca coisas que não cabem nas outras funções.

• Executivo: função típica é administrar  Essa função tem caráter infralegal, pois deve ser sempre exercida com submissão à lei.

Governo: tem função de direção suprema do Estado, estando relacionado com a função política, de comando e coordenação.
- Governo em sentido subjetivo  pessoas que comandam a atividade governamental.

- Governo em sentido objetivo  atividade do Estado em si.

Sistema de governo:

• Presidencialismo: há uma divisão dos poderes  o PR é chefe do executivo, acumulando a função de chefe de Estado e
de governo, cumprindo um mandato fixo  o executivo não pode dissolver o legislativo.

• Parlamentarismo: o executivo é dividido em duas frentes  o chefe de Estado é o PR ou monarca e o chefe de governo
é o primeiro-ministro ou conselho de ministros  o executivo pode dissolver o legislativo.

Formas de governo:

• Republicana: eleições, temporalidade do exercício, representatividade popular e responsabilidade do governante.

• Monarquia: hereditariedade, vitaliciedade, sem representatividade popular e o governo não tem o dever de prestar
contas (irresponsabilidade)

Sentidos da Administração pública:

- Adm em sentido amplo: abrange os órgãos de governo com função POLÍTICA e os órgãos e entidades com função ADM.

- Adm em sentido estrito: abrange somente os órgãos e entidades que com função ADM.

Adm em sentido FORMAL, SUBJETIVO OU ORGÂNICO  Agentes, órgãos e entidades que exercem as atividades adm.

Adm em sentido MATERIAL, OBJETIVO OU FUNCIONAL  É a própria função ou atividade da Adm.

Direito público: tutela o interesse público  Há uma desigualdade nas relações jurídicas devido a supremacia do interesse público
sobre o particular  Relação vertical.

Direito privado: tutela o interesse particular  Há uma igualdade nas relações jurídicas  Relação horizontal.

- Não há relação em que o Estado esteja envolvido que seja regida exclusivamente pelo direito privado.

Fontes primárias, organizadas ou diretas  Leis e súmulas vinculantes.

Fontes secundárias ou inorganizadas  Jurisprudência, doutrina e costumes.

- Fonte secundária não é obrigatória para o agente adm.

Critérios do direito adm: vários critérios conceituam o que seja o direito adm.

• Critério legalista: conjunto de leis adm que regulam a adm pública.

• Critério do poder executivo: conjunto de regras que disciplinam os atos do poder executivo.

• Critério das relações jurídicas: conjunto de regras que disciplinam o relacionamento da adm pública com os administrados.

• Critério do serviço público: disciplina jurídica que regula a instituição, a organização, o funcionamento e a prestação dos serviços
públicos.

• Critério teleológico ou finalístico: sistema de princípios que regulam a atividade do estado para o cumprimento de seus fins.

• Critério negativista: ramo do direito que regula toda a atividade estatal que não seja legislativa e jurisdicional.

Sistemas Adm: controla os atos ilegais ou ilegítimos praticados pelo poder público.

Sistema Francês ou do contencioso Adm  Há duas jurisdições, a judiciária e a administrativa, e ambas fazem coisa julgada.

Sistema Inglês ou do não contencioso Adm  Há apenas a jurisdição judiciária, assim, as decisões adm estão sujeitas ao controle
judiciário.
Regime Jurídico Administrativo
Regime Jurídico da Adm pública ≠ Regime Jurídico Adm.

Regime Jurídico da Adm Pública  Direito público + Direito privado

Regime Jurídico Adm  Apenas direito público.

- A adm possui uma situação privilegiada  Verticalizada

• É o conjunto de princípios e regras que definem a atuação do ente público;

- Podem ser explícitos ou implícitos.

- Não há hierarquia entre os princípios.

- Há dois princípios norteadores.

Princípios norteadores  poder-dever do estado.

Princípio da supremacia do interesse público (poder): o interesse público primário se sobressai ao interesse privado.

- A adm pública tem diversos privilégios em relação ao particular.

- É prioridade da adm pública  o interesse público primário é o da sociedade e o secundário é o do Estado.

• Princípio da indisponibilidade do interesse público (dever): interesse público pertence a coletividade, então a Adm não pode
renunciá-lo.

Princípios Administrativos

Princípios explícitos: LIMPE  Aplicado a TODA adm pública.

Legalidade:

-Para a Adm, a é legalidade stricto sensu  só pode fazer o que a lei autoriza, jamais podendo agir em sua omissão.

-Para particulares, a legalidade é lato sensu  pode fazer tudo que a lei não proíbe.

*Exceções a legalidade: medida provisória, estado de defesa e estado de sítio.

Pessoalidade: deve agir sempre objetivando o interesse público, jamais em interesse próprio ou de terceiros (vedada a
promoção pessoal com recursos públicos).

-Tratar os adm de maneira isonômica.

-Vedado o nepotismo, inclusive cruzado  Nomeação política não é nepotismo;

Moralidade: agir com ética, probidade, distinguir o certo do errado, o honesto do desonesto etc.

Publicidade: a Adm deve divulgar seus atos por meios oficiais, exceto os que merecem sigilo, como os de segurança nacional,
privacidade dos administrados etc;

-É requisito de eficácia de moralidade do Ato adm.

Eficiência: fazer mais com menos, sem perder a qualidade.

-Acrescentado posteriormente.
Princípios implícitos  Têm a mesma relevância dos explícitos

Princípio do contraditório e da ampla defesa: assegurados em situações que possa gerar prejuízo ao adm.

-Falta de advogado no PAD não ofende a CF;

Princípio da continuidade: serviços públicos, inclusive os prestados por empresas privadas concessionárias, devem ser prestadas de
maneira adequada e ininterrupta.

Princípio da razoabilidade e proporcionalidade: limitam os atos discricionários  Evita excessos.

-Adequação entre os meios e fins, vendando obrigações e sanções em medida superior as necessárias.

Princípio da segurança jurídica: impede a aplicação de maneira retroativa de uma nova interpretação da lei.

Princípio da motivação: impõe à Adm Pública o dever de indicar os pressupostos de fato e de direito que determinaram a prática do
ato adm.

-Nomeação e exoneração de cargo de comissionado não precisa ser motivada.

Princípio da generalidade: serviço público deve atingir o maior nº de pessoas possíveis e todos que cumpram os requisitos faz jus a
ele.

Princípio da Juridicidade: amplia o conceito de legalidade, diminuindo a discricionariedade do adm.

Organização Administrativa
→ Adm pública é formada exclusivamente pelos órgãos da adm direta e entidades da adm indireta.
→ Nem toda sociedade em que o Estado tenha participação acionária integra a administração indireta, significando dizer
que o Estado pode adquirir ações de empresas, sem que estas passem a integrar a administração indireta.
Atividades da Adm pública:

• Fomento.

• Polícia Administrativa

• Regulamentação e fiscalização

• Serviços públicos

Princípios da organização administrativa:

-Planejamento.
-Coordenação.
-Descentralização.

Delegação de Competência: instrumento de descentralização adm, objetivando assegurar maior rapidez e objetividade
das decisões.

• Avocação: superior hierárquico puxar a competência para si;

- Só pode ser feita se a competência não for exclusiva do órgão.

- É temporária, excepcional e só pode ser feita em situações relevantes e devidamente justificadas.

• Delegação: passar a atribuição de um órgão para outro, que pode ser da mesma hierarquia ou de uma hierarquia
inferior.

- Não transfere a competência, apenas a execução.

- É facultativa, temporária (pode ser revogada a qualquer tempo) e deve ser específica quanto a matéria e seus limites.

- Não podem ser delegados edição de atos normativos, decisão de recursos adm e matéria de competência exclusiva.

-Controle.
Concentração: extinção de órgãos e secretárias, reunindo competência em um nº menor de unidades.

Desconcentração: criação de órgãos e secretárias para a distribuição de competências dentro da mesma PJ  Cria órgãos.

- Mantém-se a Hierarquia.

Centralização: Prestação de serviços por meio dos órgãos internos da adm direta.

Descentralização: Prestação de serviços por meio de entidades personalizados  Cria entidades.

- Não há hierarquia entre o ente e a entidade  Ocorre a supervisão ministerial ou controle finalístico, onde não será
visto o mérito dos atos, mas sim a finalidade de acordo com a lei.

- A execução das atividades da Adm Federal deverá ser amplamente descentralizada.

→ A descentralização será posta em prática em três planos principais:

- Dentro dos quadros da Adm Federal, distinguindo-se claramente o nível de direção do de execução;

- Da Adm Federal para a Adm das UF, quando estejam devidamente aparelhadas e mediante convênio;

- Da Adm Federal para a órbita privada, mediante contratos ou concessões.

Descentralização por OUTORGA, SERVIÇO ou FUNÇÃO: transferência de titularidade e execução de serviços.

- Feita apenas por LEI;

Descentralização por DELEGAÇÃO ou COLABORAÇÃO: transferência apenas da execução do serviço, por meio de contrato de
concessão ou ato unilateral.

- É da Adm para a esfera privada.

Administração direta:
Conjunto de órgãos e agentes públicos ligados diretamente às pessoas políticas  Adm centralizada

• Composta pela União, Estados, DF e Municípios  Não há hierarquia entre os entes

• PJ de direito público interno.

• Possuem autonomia técnica, administrativa, financeira e POLÍTICA

• Responsabilidade objetiva

• Têm imunidade tributária recíproca, o regime de pessoal é estatutário, devem licitar e prestar contas.

• Seus bens são públicos (impenhoráveis, imprescritíveis e inalienáveis) e realizam pagamentos por meio de precatórias

• Possuem prerrogativas processuais  dobro do prazo para recorrer e contestar

Órgãos Públicos  Fruto da desconcentração.

- São despersonalizados, estando dentro de um ente da adm e se subordinando a ele;

- Não possuem patrimônio nem capacidade processual  Exceto os órgãos independentes e autônomos;

- Criação e extinção somente por lei.

• Teoria do órgão ou da imputação: o Ente manifesta sua vontade por meio dos órgãos e dos agentes públicos que o compõe.

• Teoria da aparência: atos praticados que aparentam serem legítimos, mesmo que quem praticou não seja servidor, serão
imputados ao Ente.
Classificações dos órgãos quanto à hierarquia ou à posição estatal:
• Órgãos Independentes: originários da CF e representam os três poderes do Estado  Suas funções são exercidas por agentes
políticos.

- Ex: Presidência da República e Casas Legislativas.

- O MP tem natureza de órgão independente, estando subordinado ao Poder Executivo.

• Órgãos Autônomos: imediatamente subordinados aos independentes, detêm autonomia adm, técnico e financeira;

- Ex: ministérios e secretarias.

• Órgãos Superiores: detêm poder de decisão, controle e direção, mas uma baixa autonomia;

- Ex: PRF e PF

• Órgãos Subalternos: órgãos de mera execução;

- Ex: departamentos.

Administração indireta:
• Composta por  Autarquias, Fundações Públicas, Empresas Públicas e Sociedades de Economia Mista

• Está vinculada ao ministério que melhor se enquadre em sua principal atividade

- Princípio da especialidade: a entidade está vinculada a especialidade, não podendo executar atribuições diversas.

- Sua finalidade deve estar definida na lei que a criou, se for de direito público, ou em lei complementar, se for de direito
privado.

• Fruto da descentralização por OUTORGA  Transferência de titularidade e execução.

• Devem licitar e prestar contas

• Detêm personalidade, patrimônio próprio e capacidade processual

• Possuem autonomia técnica, administrativa e financeira, mas NÃO POLÍTICA

• Necessita de concurso público para contratação.

Autarquias: PJ de direito público criada por lei específica, mediante iniciativa do chefe do Poder Executivo  Aquisição de
personalidade jurídica independe do registro de seus atos constitutivos.

- Presta serviços típicos do Estado.

- Possuem responsabilidade objetiva, seus bens são públicos e realiza pagamento por precatória

- Têm imunidade tributária e prerrogativas processuais.

- Regime de pessoal estatutário.

Espécies:

- Autarquia comum ou ordinária

- Autarquia sob regime especial: detém maior autonomia  Geralmente são as agências reguladoras e universidades
públicas.

- Autarquia fundacional: fundação pública que por ser de direito público é denominada autarquia.

- Autarquia interfederada: pertence a mais de um ente federado, como os consórcios de direito público;

- Autarquia profissional: são os conselhos de fiscalização de atividade, como o CRM, CREA etc.

• Ao contrário do que diz sua definição legal, os conselhos são entidades de direito público, pois possuem poder de polícia, e devem
seguir as regras das autarquias.
• A OAB é uma entidade sui-generis, não sendo classificada como uma autarquia.

Fundações Públicas: podem ser de direito público ou privado e não possuem fins lucrativos.

- Sua área de atuação sempre será de cunho social, sendo definido por lei complementar.

- Possui responsabilidade objetiva, seus bens são públicos e realiza pagamentos por precatória.

De direito público: criadas por lei  Não necessitam dos registros de seus atos constitutivos para adquirir personalidade jurídica.

- Regime de pessoal é estatutário.

- Possuem imunidade tributária e prerrogativas processuais.

De direito privado: autorizadas por lei  Necessitam dos registros de seus atos constitutivos para adquirir personalidade jurídica.

- Regime de pessoal é celetista

- Não possuem imunidade tributária nem prerrogativas processuais.

Empresas Pública e S.E.M: PJ de direito privado, criadas a partir de autorização de lei específica  Adquire personalidade jurídica
com o registro de seus atos constitutivos.

• Podem ser prestadoras de serviços públicos ou exploradoras de atividade econômica.

- A exploração de atividade econômica é vedada no Brasil, sendo excepcionada a regra apenas: nos casos
constitucionalmente previstos, a segurança nacional e no relevante interesse coletivo.

- Os empregados são do regime celetista e os dirigentes do estatutário;

Prestadora de serviços públicos:

- Responsabilidade objetiva.

- Os bens utilizados para a prestação dos serviços públicos são equiparados a bens públicos.

- Têm imunidade tributária e devêm licitar.

Exploradoras de atividade econômica:

- Responsabilidade subjetiva.

- Não têm imunidade tributária.

- Quando relacionado a sua atividade-fim não precisa licitar, nos demais casos precisa.

Diferença entre E.P e S.E.M:

• Empresa pública:

- Capital 100% PÚBLICO e pode adotar qualquer forma societária.

- Competência do processo é da Justiça do criador da empresa.

• Sociedade de economia mista:

- Capital misto (poder público tem no mínimo 50% + 1 ação) e constituídas apenas como S/A;

- Competência do processo é da Justiça Comum Estadual;

Agentes Públicos
Lei 8.112/1990:
→ Toda pessoa que exerça, ainda que transitoriamente ou sem remuneração, mandato, cargo, emprego ou função
pública.
Agentes Políticos: políticos eleitos, Ministros de Estado, Secretários estaduais e municipais, Magistrados e membros do MP.
- Estão no topo do Poder Público, sendo responsáveis pela elaboração de diretrizes governamentais e pelas funções de
direção, orientação e supervisão geral da Adm pública.
Agentes Adm: pessoa que exerce atividade pública profissional, permanente e remunerada.
Servidor público: pessoa investida em cargo público.
- Estão presentes na Adm Direta e Indireta (Autarquias e Fundações Públicas de direito público).
- Podem ser efetivos ou comissionados.
- Só pode ser demitido após instauração de PAD.
Empregados públicos: pessoas investidas em emprego público, estando vinculadas a esses empregos através da CLT.
- Estão presentes na Adm Indireta (EP, SEM. e Fundações Públicas de direito privado).
- Ingresso por concurso público, mas não há estabilidade  Para serem demitidos basta decisão fundamentada e
motivada.
- Vedada a acumulação de cargos.
Temporário: pessoas contratadas por tempo determinado para atender uma função temporária de excepcional interesse
público, estando vinculadas a essa função por meio de um contrato de direito público.
- O ingresso é feito por PSS.
- Estão presentes na Adm Direta e Indireta.
Particulares em colaboração com o Estado: particulares que não integram a adm pública, mas exercem uma função pública.
Agentes honoríficos: cidadãos que transitoriamente são designados a prestar serviços públicos específicos em razão de
sua honra, conduta cívica ou notória capacidade profissional.
Agentes delegados: pessoas que trabalham para as concessionarias, permissionárias e autorizatárias prestadores de
serviço público.
Agentes credenciados: particulares que representam a Adm em determinado ato ou prática certa atividade específica,
mediante remuneração do poder público.
Agente de fato:
Agente putativo: pessoa irregularmente investida em cargo público, seja por não ter nível de escolaridade, por não ter
idade adequada etc.
Agente necessário: alguém convocado para prestar um serviço necessário no momento.
- Assim que cessar o a necessidade, cessará também o exercício da função pública.

Cargo Público  Criados por lei, para provimento em caráter efetivo ou em comissão.
Cargos de confiança: podem ser assumidos por particulares ou por servidores de cargo efetivo.
Cargo efetivo: mediante concurso público.
- Função de confiança é apenas para servidor efetivo (Eu só confio no efetivo).
- O início do exercício de função de confiança coincidirá com a data de publicação do ato de designação, salvo
quando o servidor estiver em licença ou afastado por qualquer outro motivo legal, hipótese em que recairá no primeiro dia útil após
o término do impedimento, que não poderá exceder a 30 dias da publicação.

→ vínculo estatutário (autarquias e fundações públicas de direito público);

Requisitos para investidura:


• Nacionalidade BR.
- Os estrangeiros podem exercer cargos em universidades e instituições de pesquisa científica para os cargos de professor,
técnico e cientista.
• Pleno gozo dos direitos políticos.
• Quite com as obrigações militares e eleitorais.
• Nível de escolaridade exigido.
• Mínimo de18 anos.
• Aptidão física e mental, além de outras atribuições estabelecidas em LEI.
Acumulação De Cargos:
→ É vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto, quando houver compatibilidade de horários:

a) a de dois cargos de professor;


b) a de um cargo de professor com outro técnico ou científico;

c) a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões regulamentadas;

- A acumulação ilegal de cargos pode ser detectada a qualquer tempo.


- O servidor tem 10 dias para escolher um dos cargos  Na omissão do servidor, será instaurado procedimento
sumário.

→ A função policial, fundada na hierarquia e na disciplina, é INCOMPATÍVEL com qualquer outra atividade.

- Cargo de DELEGADO é considerado cargo TÉCNICO, portanto, pode acumular.

Concurso Público: obrigatório para a Adm Direta e Indireta.


- Pode ser de provas ou provas e títulos.
- Candidato aprovado será convocado com prioridade sobre novos concursados.
-Os aprovados serão NOMEADOS e a partir desse momento, terão 30 dias para tomar POSSE.
-Ao tomar POSSE, terão 15 dias para a entrada em EXERCÍCIO.
-Entrando em EXERCÍCIO, começa a contagem do ESTÁGIO PROBATÓRIO, que é de 03 anos.

→ O servidor público concursado que preencha, antes de completar o estágio probatório, os requisitos legais para a aposentadoria
voluntária deverá aguardar o término do referido estágio para obter o citado benefício. ✅

Emprego Público: *
→ vínculo celetista (empresas públicas, sociedade de economia mista e fundações públicas de direito privado);
→ deve haver concurso público, mas não há estágio probatório nem estabilidade.

Criação de Cargo Público: Somente por LEI


Extinção de Cargo Público: Quanto VAGO por decreto e ainda pode ser uma atribuição delegada.
Criação e Extinção de Órgão Público: Somente por LEI

Estabilidade: Adquirida após 3 anos de efetivo exercício  É em relação ao serviço público, não ao cargo.
• O servidor só perde o cargo por:
- Sentença judicial transitada em julgado (8.112 e CF);
- PAD com ampla defesa (8.112 e CF);
- Avaliação periódica de desempenho com ampla defesa (CF);
- Exoneração por excesso de gastos (CF);

Estágio probatório: dura 3 anos e nele será avaliado a assiduidade, produtividade, responsabilidade, capacidade de iniciativa e
disciplina  ADE, ADE, ADE, ADE, DISCIPLINA.
- Quatro meses antes do fim do estágio, será formada uma comissão para fazer essa avaliação. O servidor não aprovado
será exonerado ou reconduzido ao cargo anterior (se estável).
- O servidor em estágio probatório pode exercer qualquer cargo comissionado ou função de confiança no órgão de
lotação, mas só pode ser cedido a outro órgão para ocupar cargos de Natureza Especial ou DAS 6, 5 e 4, ou equivalentes.
• Não pode tirar licença para mandato classista, tratar de interesses particulares e capacitação  MA-TRA-CA.
• Não pode afastar para servir a outro órgão ou entidade (salvo cargos de Natureza Especial e DAS 6, 5 e 4) ou para pós-graduação
Stricto Sensu no País.

O estágio será suspenso por:


- Licença por doença em pessoa da família;
- Licença por motivo de afastamento do cônjuge.
- Licença para atividade política.
- Afastamento para servir em organismo internacional de que o Brasil participe ou coopere.
- Para participar de curso de formação em outro cargo da Adm Pública Federal.
Greve:
- Não tem direito de greve os servidores que atuem diretamente com Segurança Pública.
- A Justiça comum, Federal e Estadual, é competente para julgar a abusividade de greve de servidores da adm direta,
autarquias e fundações públicas, ainda que regidos pela CLT.
- Deve ser descontado os dias de paralisação, salvo se a greve foi provocada por conduta ilícita do Poder Público.
- A simples adesão à greve não constitui falta grave.

Provimento:

Nomeação: Após a nomeação  30 dias para tomar posse, caso não tome, o ato de nomeação é tornado sem efeito; após a posse
 15 dias para entrar em exercício, caso não entre, será exonerado.
- Os prazos são improrrogáveis.
• A investidura acontece com a posse.

Promoção: subir de classe dentro do mesmo cargo.


Readaptação: investidura do servidor em cargo de atribuições e responsabilidades compatíveis com a limitação que tenha sofrido
em sua capacidade física ou mental.
- Deve respeitar as habilitações exigidas, como nível de escolaridade e equivalência de vencimentos.
- Se não houver cargo vago, atuará como excedente

Reversão: retorno de um servidor aposentado  Não pode reverter quem já completou 70 anos.

• Reversão compulsória: quando se verifica que a incapacidade que o aposentou não existe mais.
- Se não houver cargo vago, atuará como excedente.

• Reversão no interesse da Adm: quando o servidor solicita a reversão.


- A aposentadoria deve ter sido voluntária e ocorrida nos 5 anos anteriores à solicitação.
- O servidor deve ser estável e deve haver cargo vago.

Reintegração: volta de um servidor estável ao cargo anteriormente ocupado, quando invalidada a sua demissão, com o
ressarcimento de todas as vantagens.
- Se o cargo tiver sido extinto, o servidor ficará em disponibilidade.

Recondução: retorno de um servidor estável ao cargo anteriormente ocupado.


• Ocorrerá por:
- Inabilitação ou desistência do estágio probatório.
- Reintegração do anterior ocupante do cargo.

Aproveitamento: retorno do servidor em disponibilidade, feito de maneira obrigatória, em um cargo de atribuições e vencimentos
compatíveis.

Vacância:
Exoneração;
- Em cargo efetivo, pode ser a pedido ou de ofício.
- Em CC, pode ser a pedido ou por escolha da autoridade que nomeou.
Demissão;
Promoção;
Readaptação;
Posse em outro cargo;
Aposentadoria;
Falecimento.

BIZU:

Formas de Vacância: PEDRA PF


PROMOÇÃO*
EXONERAÇÃO
DEMISSÃO
READAPTAÇÃO*
APOSENTADORIA
POSSE EM OUTRO CARGO INACUMULÁVEL
FALECIMENTO

Formas de Provimento: REI RE P A RE NO RECO


REINTEGRAÇÃO
REVERSÃO
PROMOÇÃO*
APROVEITAMENTO
READAPTAÇÃO*
NOMEAÇÃO
RECONDUÇÃO
Remoção: deslocamento do servidor, no âmbito do mesmo quadro, com ou sem mudança de sede, a pedido ou de ofício.
De ofício: a Adm decide para onde o servidor vai  Precisa fornecer ajuda de custo.
A pedido independente do interesse da Adm:
- Para acompanhar companheiro que foi deslocado no interesse da Adm;
- Por motivo de saúde do servidor ou de quem mora junto com ele.
- Por processo seletivo onde o nº de interessados for superior ao número de vagas.
A pedido a critério da Adm: quando o servidor solicita a mudança por motivos pessoais.

Redistribuição: deslocamento de cargo efetivo, ocupado ou vago, para outro órgão ou entidade do mesmo poder.

- Feito no interesse da adm, com equivalência de vencimentos e mantendo as características do cargo.

BIZU

Eu Aproveito o disponível
Reverto o aposentado
Reintegro o demitido
Reconduzo o inabilitado
Promovo o merecido
Readapto o incapacitado
VANTAGENS:
- São calculadas em cima do vencimento base, ou seja, não pode ser usada na base de cálculo de outra vantagem.
Indenizações: contraprestação de algum gasto feito pelo servidor  D-A-T-A.
- Não se incorporam ao vencimento.

Diárias: tem a função de cobrir pousada, alimentação e locomoção.


- Se o deslocamento de sede for uma exigência permanente do cargo, não fará jus às diárias.
- Se o deslocamento não exigir pernoite ou a União custear as despesas por outro meio, a diária será paga pela metade.
- Em municípios ou países vizinhos só será paga a diária se houver pernoite.
Ajuda de custo: devida em caso de remoção do servidor, de ofício, para uma nova sede, em caráter permanente  Vedado duplo
pagamento.
Transporte: devida ao servidor que utiliza meio próprio de locomoção para a execução de serviços externos no desempenho do
cargo.
Auxílio-moradia: devida a quem tenha que se mudar para assumir cargo ou função de confiança e cargos de natureza especial.
- No caso de falecimento, exoneração, colocação de imóvel funcional à disposição do servidor ou aquisição de imóvel, o
auxílio-moradia continuará sendo pago por um mês.

Sistema de remuneração
Subsídio: modalidade de retribuição pecuniária paga a certos agentes públicos, em parcela única, sendo vedado o acréscimo de
qualquer gratificação, adicional, abono, prêmio, verba de representação ou outra espécie remuneratória.

→ Antiguidade e merecimento são para promoções e não para fixar vencimento.

O teto é o subsídio dos Ministros do STF.

Gratificações e adicionais:
Gratificação por encargo de curso ou concurso: paga somente se as atividades forem feitas sem prejuízo das atribuições
do cargo ou com compensação de horário.
Adicional de insalubridade, periculosidade e penosidade: o servidor deve conviver habitualmente com os riscos  Se
cessarem, não receberá mais o adicional.
- Se puder receber adicional de insalubridade e periculosidade, deve escolher apenas um deles (pode acumular
com o de penosidade).
Adicional por serviço extraordinário: limite máximo de 2 horas por jornada, com acréscimo de 50% sobre a hora normal de
trabalho.
Adicional noturno: serviços prestados entre as 22:00 e as 5:00 terão um adicional de 25%  cada hora equivale a 52’30’’.
- Se uma hora noturna também for extra, calcula-se uma sobre a outra.
Adicional de férias: será pago, independente da solicitação do servidor, um valor de 1/3 da remuneração do período das férias.

PENALIDADES:

• As sanções civis, penais e administrativas poderão cumular-se, sendo independentes entre si, podendo correr simultaneamente
 Se o servidor for absolvido na esfera penal por inexistência do fato ou por negativa de autoria, ocorrerá também
absolvição nas outras instâncias.
- Prazo prescricional passa a contar quando o fato se torna conhecido  Se a infração também for um delito penal, vale o
prazo do CP.
- Instauração de Sindicância ou PAD interrompe a prescrição.
- Pedido de reconsideração é para a autoridade que expediu a primeira decisão.
- Falta de defesa técnica em PAD não ofende a CF.

Advertência: aplicada por escrito e tem seu registro cancelado em 3 anos, caso não haja nova infração.
- Prescrição em 180 dias.
Suspensão: no máx por 90 dias, sem remuneração, e tem seu registro cancelado em 5 anos, caso não haja nova infração.
- Prescrição em 2 anos.
- Se for conveniente para a Adm, pode ser convertida em multa de 50% do salário, ficando o servidor obrigado a trabalhar.
Demissão: pode resultar em impossibilidade de investir no serviço público por 5 anos, para sempre ou indisponibilidade dos bens e
ressarcimento ao erário.

Cassação de aposentadoria e disponibilidade: praticar uma infração punida com demissão quando em atividade.

Destituição do CC: infração punida com suspensão ou demissão.


- Se o servidor pedir exoneração, e for descoberto que ele deveria ser demitido, a exoneração será convertida em
destituição.
- Os casos que além da demissão, incompatibilizam por 5 anos ou para sempre, ou que gerem indisponibilidade de bens,
se aplicam à destituição.

Destituição da função em comissão: aplicada ao servidor efetivo  Se a penalidade for suspensão, ele será destituído da função e
cumprirá suspensão, se for demissão, será demitido.

Casos de suspensão: CORRE que lá vem suspensão

• COmeter a outro SERVIDOR atribuições que são suas;


• Reincidência de advertência;
• Recusa à inspeção médica oficial (até 15 dias);
- Cessa os efeitos da penalidade assim que cumprida a determinação
• Exercer qualquer atividade incompatível com o cargo/função/horário de trabalho.

Casos de demissão:
• Improbidade adm: SUPERI
- Suspensão de direitos políticos
- Perda da função pública
- Ressarcimento ao erário
- Indisponibilidade dos bens
• Abandono de cargo: ausência intencional por mais de 30 dias consecutivos.
• Inassiduidade habitual: faltar por 60 dias no período de 12 meses, de maneira intercalada, sem justificativa.
• Crime contra a adm pública e corrupção.
• Conduta escandalosa na repartição.
• Insubordinação em serviço.
• Ofensa física em serviço, salvo em legítima defesa.
• Revelar segredo do qual se apropriou em razão do cargo.
• Lesão aos cofres públicos.
• Acumular, ilegalmente, cargo, emprego ou função pública.

Sem qualquer prejuízo, poderá o servidor ausentar-se do serviço:


Por 8 (oito) dias consecutivos em razão de:
a) casamento (Licença-gala);
b) falecimento do cônjuge, companheiro, pais, madrasta ou padrasto, filhos, enteados, menor sob guarda ou tutela e irmãos
(Licença nojo).

SERVIDOR NÃO PODE:


> Ser da gerência ou administração de empresa> Exercer comércioSERVIDOR PODE:> Ser acionista> Ser cotista> Ser comanditário

*Servidor em gozo de licença para tratar de assuntos particulares - esqueça tudo sobre vedação e exceção. ELE PODE fazer o que
quiser, contanto que não haja conflito de interesses.

Curso de capacitação profissional - Após cada quinquênio de efetivo exercício, com a respectiva remuneração, por até três meses.
Os períodos de licença para capacitação não são acumuláveis.
Para missão no exterior – até 4 anos – pode no estágio probatório – conta para todos os efeitos
AFASTAMENTO POR TEMPO INDETERMINADO SÓ PARA ACOMPANHAR CÔNJUGE, MAS É SEM REMUNERAÇÃO, PORQUE O AMOR É
ETERNO E NÃO TEM PREÇO!!

São considerados como de efetivo exercício os afastamentos em virtude de:


- Deslocamento para a nova sede.
Contar-se-á apenas para efeito de aposentadoria e disponibilidade:
I - o tempo de serviço público prestado aos Estados, Municípios e Distrito Federal;
O servidor ficará obrigado a restituir a ajuda de custo quando, injustificadamente, não se apresentar na nova sede no prazo de 30
dias.

Poderes Administrativos
→ São irrenunciáveis, mas podem ser delegados.
Poder Vinculado: não há margem de escolha para o administrador
- Prática de atos vinculados.
- É mais um dever que uma prerrogativa.
- O administrador tem que agir de acordo com a lei sem discricionariedade e sem juízo de conveniência ou oportunidade.
→ “PRF diante de uma infração de trânsito DEVE autuar.”
Poder Discricionário: o adm age com de acordo com a conveniência e oportunidade, sempre em busca do interesse público.
- A administração tem Prerrogativa para praticar atos discricionários.
- Admite juízo de conveniência e oportunidade (mérito administrativo).
- A margem de escolha é restrita aos limites da lei.
- A escolha deve ser pautada pelos princípios da proporcionalidade e razoabilidade.

Poder Regulamentar ou Normativo: complementa e explica o que a lei trouxe, para que ela possa ser fielmente executada.
• Só pode ser exercido pelos chefes do poder executivo, através de decretos e regulamentos.
- Pode ser delegado.
• Possui natureza derivada ou secundária, pois é exercido com base em uma lei já existente.
• Não pode criar direitos e obrigações, alterar lei ou inovar o ordenamento jurídico.
- Exceção: os decretos autônomos (natureza originária) podem inovar o ordenamento jurídico, em relação:
a) organização e funcionamento da Adm, quando não implicar aumento de despesas nem a criação ou extinção de órgãos públicos;
b) extinção de funções ou cargos públicos vagos.

→ Obrigações principais: somente podem ser instituídas por meio de lei


→ Obrigações derivadas: podem ser instituídas por regulamento

Restrições:
~ Não inova o ordenamento jurídico;
~ Não pode alterar a lei;
~ Não pode criar direitos e obrigações.

BIZU:
PODER REGULAMENTAR NÃO VAI PRO ACRE!!!
Alterar
Criar
Restringir

Poder Hierárquico: eminentemente interno


• Objetiva:
- Dar ordens;
- Editar atos normativos internos para ordenar a atuação dos subordinados;
- Fiscalizar a atuação e rever atos;
- Delegar competências;
- Avocar atribuições;
- Aplicar sanções.

PODER HIERÁRQUICO (É FODA)


Editar atos normativos internos para ordenar a atuação dos subordinados
Fiscalizar
Ordenar
Delegar
Avocar
A avocação TEM Hierarquia
Temporária;
Excepcional;
Motivada ou justificada no interesse público;
→ Apenas quando há hierarquia ou subordinação (superior avoca do inferior);

→ Agente público não pode fundar-se apenas na suspeita da ilegalidade da ordem para deixar de cumpri-la, sendo indispensável o
flagrante descumprimento da lei na emissão do ato superior.

Poder Disciplinar: decorre do hierárquico e permite que a adm aplique sanções adm a seus servidores e a particulares que tenham
algum vínculo jurídico com ela.
- É vinculado em relação a aplicar a sanção e discricionário em relação a definir o limite da sanção.
→ O poder disciplinar é uma espécie de poder-dever de agir da Administração pública, dessa forma, o administrador
público atua de forma a punir internamente as infrações cometidas por seus agentes e, em exceção, atua de forma a punir
particulares que mantenham um vínculo jurídico específico com a Administração.

Poder de Polícia: faculdade discricionária de condicionar, limitar e restringir o uso de bens, direitos e atividades de particulares,
buscando proteger o interesse coletivo.

É uma intervenção do Estado diretamente no particular visando ao bem público.


- Pode limitar, condicionar o exercício dos direitos individuais, a liberdade, tendo como objetivo a instauração do bem-
estar coletivo, do interesse público.
- Não é ilimitado, pois encontra restrições nos direitos e garantias individuais.
- As taxas cobradas em relação a alvará ou licenças, decorrem do poder de polícia.
- O Judiciário pode analisar a legalidade do Ato que utilizou o Poder de Polícia, não seu mérito.

Polícia Administrativa: Tem caráter preventivo, incidindo sobre bens, direitos ou atividades, sendo vinculada à prevenção de ilícitos
adm e difundindo-se por todos os órgãos adm, de todos os Poderes e entidades públicas que tenham atribuições de fiscalização.
- Restringe exercício de ilícitos administrativos;
- Atua sobre bens, atividades ,liberdades e direitos (BALD);
- Em regra, tem caráter preventivo (podendo atuar repressivamente também)

Polícia Judiciária: Tem caráter repressivo, incidindo sobre pessoas, atuando de forma conexa e acessória ao Judiciário na apuração e
investigação de infrações penais.
- Está vinculada ao Poder executivo
- É privativa de corporações especializadas  PC, PM, PF, PRF etc.
- Restringe o exercício de ilícitos penais;
- Atua sobre pessoas;
- Em regra, tem caráter repressivo (podendo atuar preventivamente também).

Atributos do poder de polícia: DAC


• Discricionariedade: margem de escolha pra agir dentro da lei.
• Autoexecutoriedade: possibilidade de imediata e direta execução de certos atos, independente de autorização judicial.
- Alguns atos, como as multas, não são autoexecutórios, mas tem exigibilidade, onde a adm usa meios indiretos para
constranger o infrator.
• Coercibilidade: é imposto unilateralmente pelo Estado e o particular deve obedecer.

Fases do poder de polícia:


• Ordem de polícia: quando a lei ou o ato normativo é criado.
• Consentimento: prévia autorização da Adm para um particular exercer alguma atividade  Nem sempre está presente.
- Ex: alvará ou licenças.
• Fiscalização: verificação do cumprimento das ordens de polícia;
• Sanção: punição ao particular que descumpriu as ordens de polícia  Nem sempre está presente.
- Todas as fases podem ser delegadas às entidades de Direito Público, ao passo que somente as fases de consentimento e
fiscalização podem ser delegadas às entidades da adm de Direito Privado  Nunca pode ser delegado a particulares.

Abuso de Poder: Pode ser omissivo ou comissivo, pois ambas as formas são capazes de afrontar a lei e causar lesão ao direito.
- Devido à reserva do possível, nem toda omissão é abuso de poder.
Excesso de poder: o agente extrapola sua competência ou faz algo que a lei não permite.
Desvio de poder: o agente busca uma finalidade diversa da que deveria, mesmo que essa finalidade ainda seja o interesse público.

Serviços Públicos
→ Serviço público é a atividade que o ordenamento jurídico determine que seja prestada sob regime jurídico de direito público.
-É todo aquele prestado para satisfazer a necessidade do povo.
-Essencial ou útil

→ De acordo com a Constituição Federal de 1988, incumbe ao Poder Público, diretamente ou sob regime de concessão ou
permissão, a prestação de serviços públicos.
Dessa forma, podemos extrair que a titularidade da prestação dos serviços públicos cabe ao Poder Público, que poderá
prestá-lo diretamente – por seus próprios meios – ou indiretamente – pelos regimes de concessão ou permissão.
- A CF também prevê uma terceira forma de prestação indireta, que é a autorização de serviços públicos.

Princípios do serviço público segundo Celso Antônio Bandeira de Mello2:

Prestar um serviço público adequado!


Dever inescusável do Estado de promover-lhe a prestação: o Estado deve obrigatoriamente prestar os serviços públicos, seja direta
ou indiretamente. Se não o fizer, dependendo do caso, o administrado poderá mover a ação judicial para compeli-lo a agir ou para
responsabilizá-los por danos que a omissão possa ter gerado;
Princípio da supremacia do interesse público: como pilar do regime jurídico-administrativo, deve prevalecer o interesse da
coletividade sobre os interesses individuais. Jamais os interesses secundários do Estado ou de quem venha a prestar os serviços
podem prevalecer sobre o interesse público;
Princípio da adaptabilidade: a prestação de serviços públicos deve estar em constante atualização e modernização, respeitando, é
claro, as possibilidades econômicas do Poder Público;
Princípio da universalidade: o serviço deve ser aberto à generalidade do público, isto é, devem alcançar a maior amplitude possível
de usuários;
Princípio da impessoalidade: não pode existir nenhuma forma de discriminação entre os usuários;
Princípio da continuidade: representa a impossibilidade de interrupção dos serviços e o pleno direito dos usuários a que não seja
suspenso nem interrompido. Contudo, vamos discutir, logo mais, que a Lei 8.987/1995 admite algumas formas de interrupção ou
paralisação, que, porém, não são consideradas como descontinuidade do serviço (art. 6º, §3º). Entre elas, podemos mencionar a
interrupção por inadimplência do usuário;
Princípio da transparência: deve-se liberar o máximo de informações possíveis sobre o serviço e sua prestação ao público em geral.
Deste princípio decorre o seguinte: motivação;
Princípio da motivação: o dever de motivar com largueza todas decisões relacionadas com o serviço;
Princípio da modicidade das tarifas: os serviços devem ser remunerados a preços módicos, devendo ser avaliado o poder
econômico do usuário para evitar que as dificuldades financeiras deixem um universo de pessoas sem possibilidade de acesso aos
serviços. Dessa forma, o Estado deve intervir para proporcionar tarifas acessíveis. O lucro da atividade deve decorrer da boa gestão
e não da exploração indevida da população;
Princípio do controle (interno e externo): a prestação dos serviços deve ser fiscalizada pelo Estado, seja diretamente pelos órgãos
ou entidades encarregados das funções do poder concedente, ou por meio de órgãos de outros poderes (Ministério Público, Poder
Judiciário, Congresso Nacional, Tribunal de Contas da União, etc.).

Elementos da definição:
a) Subjetivo → QUEM FAZ?
O serviço público é incumbência do Estado, direta ou indiretamente.
b) Formal → o que é essencial não pode ser comercializado – ex.: bombeiro, polícia…
o que é útil pode ser comercializado – ex.: água, energia…
c) Material → Os serviços públicos visam atender as necessidades públicas

Particulares do Serviço público:


→ São vinculados ao princípio da legalidade
→ A Adm. pode unilateralmente criar obrigações

Classificação dos serviços públicos

a) Serviços Coletivos(gerais) e singulares(individuais):


Gerais(uti universi) → são aqueles prestados a toda a coletividade, indistintamente – ex.: iluminação pública, vias públicas, varrição
de ruas, etc.
- Não se cobra, ele é pago através de impostos
Individuais → são aqueles em que é possível mensurar a sua prestação individual, ou seja, o quanto cada usuário utilizou do serviço
– Ex.: água, energia, gás canalizado, telefonia, coleta de lixo, etc.
*** o Supremo Tribunal Federal já utilizou a denominação serviços divisíveis (ou específicos) e indivisíveis (ou gerais) para se referir,
respectivamente, aos serviços singulares e coletivos.
b) Serviços delegáveis e indelegáveis:
Indelegáveis → são aqueles que só podem ser prestados pelo Estado ou pelas entidades administrativas de direito público.
Delegáveis → são aqueles que podem ser prestados pelo Estado, pelas entidades adm. ou por delegação de serviço público.
Ex.: serviços de transporte público, energia, água, telefonia
c) Serviços próprios e impróprios:
Próprios → São aqueles que se relacionam intimamente com as atribuições do poder público – essenciais – os serviços que
representem comodidade material para a população, sendo disciplinados pelo regime de direito público quando prestados pelo
Estado direta ou indiretamente, neste último caso por meio de concessão ou permissão de serviço público.
Impróprios → os serviços de natureza social que podem ser prestados pela iniciativa privada, sem delegação, sendo nessas
condições, regidos pelo regime jurídico de direito privado. - úteis – Ex.: os serviços de saúde, educação e assistência social quando
são desenvolvidos por estabelecimentos particulares.

Formas de prestação e meios de execução:


Execução direta: serviços públicos prestados pela administração direta e indireta
Execução indireta: a prestação por meio de delegação de serviço público

A transferência do serviço público pode ser por:


Outorga → Implica na transferência da própria titularidade do serviço – LEI

Delegação → Implica na mera transferência do serviço – deve ser autorizada por lei.
Existem 3 tipos de delegação:
Concessão e permissão de serviços públicos → É a incumbência do poder público, na forma da lei, diretamente ou sob
regime de concessão ou permissão SEMPRE através de licitação a prestação de serviços públicos.
Concessão: é a delegação contratual da execução do serviço, na forma autorizada e regulamentada pelo executivo.
- O contrato de concessão é: bilateral, oneroso, comutativo e realizado intuito personae ( responsabilidade da empresa
que contratou)
- Exige licitação – na modalidade concorrência, exceto no caso em que é aplicável o leilão e nos casos de inexigibilidade
- Só se aplica a PJ e a consórcio de empresas
Permissão → é tradicionalmente considerada pela doutrina como ato – unilateral, discricionário, precário, intuito
personae, podendo ser gratuito ou oneroso
- É necessariamente por tempo determinado, admitindo-se prorrogação;
- Sempre exige licitação
- pode ser feita por pf ou pj
- Exige lei autorizativa prévia, exceto p saneamento básico, limpeza urbana
Autorização → A administração autoriza o exercício de atividade que, por sua utilidade pública, está sujeito ao poder de
polícia do estado.
- é formalizada por ato adm. unilateral, de caráter precário, revogável a qualquer momento pela adm e sem o direito à
indenização
- pode ser feita por prazo indeterminado
- não exige licitação
- pode ser feita por pf ou pj
- não exige lei

Controle da Administração Pública


- Controla seus próprios atos através da autotutela.
- Sujeita-se ao controle do Poder Judiciário quanto a legalidade.
- Sujeita-se ao controle Legislativo, a quem cabe, com o auxílio do Tribunal de Contas, exercer o controle externo.
- Sujeita-se ao controle do Executivo, através do controle interno.
Controle Interno: exercido por órgão (especializado, ex CGU) pertencente à mesma estrutura do fiscalizado.
Expressa-se pelo poder hierárquico, disciplinar e por órgãos especializados em controle.
- Alcança apenas os atos de natureza adm.
O Legislativo, Executivo e Judiciário manterão, de forma integrada, sistema de controle interno com a finalidade de:
- Avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual, a execução dos programas de governo e dos orçamentos
da União.
- Comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à eficácia e eficiência, da gestão orçamentária, financeira e
patrimonial nos órgãos e entidades da adm federal, bem como da aplicação de recursos públicos por entidades de direito privado.
- Exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem como dos direitos e haveres da União.
- Apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional.

Autotutela  Espécie de controle interno.


Autotutela ≠ Tutela (tutela adm)
Autotutela: o órgão da administração exercendo controle sobre seus próprios atos
Tutela: outros órgãos exercendo controle sobre determinado órgão da administração
Controle hierárquico: controle interno típico do Executivo

Controle externo: controle de um poder sobre o outro, exercidos pelo Legislativo e Judiciário.
- Qualquer um que tenha dinheiro público consigo está sujeito a ele.
Controle Legislativo: controle externo exercido pelo Legislativo, com o auxílio do TCU, em relação a legalidade, legitimidade e
economicidade dos atos que envolvam controle contábil, orçamentário, operacional e patrimonial da Adm Direta e Indireta.
- O TCU aprecia as contas do PR e o CN julga as contas do PR.
Controle político de constitucionalidade: cabe ao CN sustar atos do PR que exorbitem o poder regulamentar ou os limites da
delegação legislativa.
Controle Judicial: controle externo, restrito a aspectos de legalidade, sendo vedada sua análise em relação ao mérito.
- Só pode agir se for provocado.
Controle finalístico ou Tutela: controle da Adm direta sobre a Indireta, onde não existe hierarquia, apenas uma vinculação entre
elas.

Objetos do Controle
1)Controle de Legalidade e Legitimidade
Quem controla?
-Própria Adm. (de ofício)
-Poder Legislativo
-Poder Judiciário (provocado)

2)Controle de Mérito Administrativo


Quem controla?
-A própria Adm.
-Poder legislativo

Os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário manterão, de forma integrada, sistema de controle interno com a finalidade de:
→ Avaliar:
a) cumprimento metas do PPA;
b) executar programas
→ Comprovar: legalidade e resultado – entidades da Adm. Direta + Aplicação de Recursos Entidade Dir. Privado
→ Exercer controle:
a) operações de crédito, avais e garantias;
b) direitos e haveres da União
→ Apoiar controle externo

- A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da União e das entidades da administração direta e
indireta, quanto à LEGALIDADE, legitimidade, economicidade, aplicação das subvenções e renúncia de receitas, será exercida pelo
Congresso Nacional, mediante controle externo, e pelo sistema de controle interno de cada Poder.

O Tribunal de Contas não julga as contas dos Chefes do Poder Executivo (Prefeito, Governador e Presidente da República). Cabe a
esse órgão, em relação ao Chefe do Poder Executivo, a emissão de um parecer sobre as contas, sendo que estas serão julgadas pelo
Poder Legislativo (Câmaras Municipais, Assembleias Legislativas e Congresso Nacional).

Em relação aos GOVERNADORES


→ Tribunais de Contas Estaduais = apreCia
→ LeGislativo = julGa

Controle judiciário é um controle de legalidade, nunca de mérito, realizado pelo poder judiciário, na sua função típica de julgar, nos
atos praticados pela administração pública de qualquer poder.
Embora atos políticos e os atos interna corporis sejam essencialmente atos que envolvem mérito administrativo, que foge à
atribuição do judiciário, ainda assim possuem elementos em sua formação que permitem a sua análise por um magistrado.
***O Judiciário é um titã adormecido e só socorre aos que o provocam.

Como regra, a CF consagra o Princípio da inafastabilidade da jurisdição


Porém, há exceções ao princípio da inafastabilidade, são exemplos:
- Habeas data;
- Controvérsias desportivas;
- Reclamação contra o descumprimento de Súmula Vinculante pela Administração Pública
- Requerimento judicial de benefício previdenciário.

→ As pessoas integrantes da administração indireta podem ser autorizadas (EP,SEM) e instituídas somente por lei (AUTARQUIAS),
cujo teor deverá abordar a atividade descentralizada a ser exercida, e serão submetidas ao controle da administração direta
(FINALÍSTICO) da pessoa política a que são vinculadas.

Responsabilidade Civil do Estado


Responsabilidade Objetiva: Ação do Estado – conduta comissiva
Responsabilidade Subjetiva: Omissão do Estado (em regra) – conduta omissiva
Responsabilidade Objetiva (Respons. da Administração): Dano + Fato do serviço + nexo causal. O Estado indeniza o particular
independentemente de dolo ou culpa do agente público.
Responsabilidade Subjetiva (Respons. do Agente): Dano + Fato do serviço + nexo causal + Dolo ou culpa. O Agente ressarce o
Estado, em ação de regresso, somente se comprovado o dolo ou culpa na conduta do agente. ****

*O lesado pode pedir a reparação contra o ente público ou prestador de serviço público, jamais contra o agente.

A Administração Pública pode responder civilmente pelos danos causados por seus agentes, ainda que estes estejam amparados
por causa excludente de ilicitude penal. **
É possível a responsabilização do Estado por ato lícito. *
Uma instituição privada, com fins lucrativos ->. Exercendo atividade econômica. -> Resp. Subjetiva
As pessoas jurídicas de direito privado prestadoras de serviços públicos. -> Resp. Objetiva

Teoria do risco administrativo: utilizada para ato comissivo do Estado  A responsabilidade é Objetiva e independe de dolo ou
culpa, podendo ser por ato lícito ou ilícito (ambos são antijurídico)  Basta a comprovação da conduta, que gerou um dano, ligados
por um nexo causal.
- Alcança as PJ de direito público e as de direito privado que prestam serviços públicos;
- Prescreve em 5 anos o direito de obter indenização.
- PF ou PJ de direito privado que não prestam serviços públicos respondem de maneira subjetiva.
- Excludentes de ilicitude não tira a responsabilidade objetiva do Estado.

• Admite excludentes e atenuantes (em ambas o ônus da prova é do Estado):


- Excludentes: eximem o estado do dever de indenizar  Culpa exclusiva da vítima ou caso fortuito e de força maior.
- Atenuantes: reduzem o valor da indenização  Caso de culpa recíproca.

Teoria do risco integral: utilizada em situações excepcionais  O Estado tem responsabilidade objetiva, mas não admite
excludentes e atenuantes.
- Utilizada em casos de danos ambientais, danos oriundos de atividades nucleares e atentados terroristas em aviões
brasileiros.

Teoria da culpa anônima ou administrativa (Omissão genérica): utilizada para ato omissivo do Estado (inexistência, retardamento
ou mal funcionamento do serviço)  A responsabilidade é Subjetiva e depende da comprovação de dolo ou culpa, pois o Estado
está encoberto pelo princípio da reserva do possível.

Omissão específica: O Estado responde de maneira objetiva em caso de omissão quando ele está no papel de agente garantidor 
Ex: danos que vier a sofrer um preso, objetos apreendidos que sofreram danos etc.
- O Estado não responde civilmente por atos ilícitos praticados por foragidos da cadeia, salvo quando os danos decorrem
do ato de fuga, dai responderá de maneira objetiva.

Responsabilidade civil do Estado em ato legislativo e jurisdicional  É exceção.

REGRA: Estado não responde civilmente pela atividade legislativa.


Legislativo: em caso de lei de efeito concreto que gere dano ou cause prejuízo e leis declaradas inconstitucionais.
Judiciário: em caso de erro de julgamento, de prisão além do tempo, do juiz errar por dolo ou fraude ou por recusa, omissão ou
retardado de providência que se deva tomar.
- NÃO CABE indenização em prisão preventiva ou temporária.
Direito de regresso: cabe ação regressiva se for comprovado dolo ou culpa do servidor.
- O servidor não pode ser diretamente acionado pelo lesado.
- A ação impetrada para reparar o dano pode ser por via judicial ou adm. (acordo entre as partes).

→ A responsabilidade civil do Estado ante danos ambientais ocorre em sua modalidade objetiva, ou seja, aquela que independe de
culpa.
O ato antijurídico pode ser lícito ou ilícito, consoante ao direito administrativo.

ESTATUTO DA PCMT
→ A PJC é vinculada à Secretaria do Estado da Justiça e Segurança, mas está subordinada administrativamente ao Governador do
Estado.
→ Tem autonomia financeira e administrativa, com dotação orçamentária própria.

Delegado geral → ordenação de despesas


- De última classe
- Livre escolha e nomeação pelo Governador

Princípios → LIMPE, unidade, a indivisibilidade, a uniformidade de doutrina e de procedimento, a probidade adm., a ética, a
hierarquia e a disciplina.

Símbolos oficiais → O hino, a bandeira e o brasão


PC MT – 21 de abril, dia de Tiradentes – Patrono da polícia

Funções Institucionais:
a) Polícia Judiciária, que é exercida com exclusividade
b) Apuração das infrações penais e;
c) Combate eficaz à criminalidade

→ A PJC é competente para requisitar perícias, já que a realização do procedimento é atribuição da perícia oficial e identificação
técnica (Politec – MT)
→ A função de fiscalização atribuída a PJC se refere às áreas públicas e privadas sujeitas ao poder de polícia – e não a todas as áreas
do estado.
→ A Corregedoria Geral é competente para proceder correições em caráter ordinário e extraordinário nos procedimentos de
competência da PJC.
→ A posse ocorrerá no prazo determinado pelo Delegado Geral. Se isso não ocorrer, será tornado sem efeito o ato de provimento,
sendo nomeado o candidato seguinte na lista de classificação do concurso.
→ A PJC é incumbida das funções de polícia judiciária e da apuração das infrações penais, exceeeeeeeto das matérias de exclusiva
competência da Justiça Militar e ressalvadas as de competência da União.
→ A PJC é dirigida por Delegado de Polícia de ÚLTIMA CLASSE, de livre escolha, nomeação e exoneração pelo Governador do Estado.
→ A escolha do Delegado Geral de Polícia poderá ocorrer por meio de indicação em lista tríplice.
→ Os atos necessários à apuração das infrações penais no IP e TCO são exercidos com EXCLUSIVIDADE pela PJC-MT

Funções da PJC: (decorar)


- As de polícia judiciária, apuração das infrações penais e combate eficaz a criminalidade
- Cumprir e fazer cumprir os direitos e as garantias constitucionais, estabelecendo o respeito a dignidade da pessoa
humana e sua convivência harmônica com a sociedade.
- Praticar, com exclusividade, todos os atos necessários a apuração das infrações penais no IP e TCO
- Adotar providências para a preservação das evidências e as provas das infrações
- Requisitar perícias em geral, para comprovar autoria e materialidade
- Guardar, nos atos investigatórios, o sigilo necessário à elucidação dos fatos
- Manter intercâmbio operacional, judicial e cooperação técnico-científica com outras instituições policiais.
- Prestar informação, quando fundamentadamente requisitado pela Autoridade competente, referente aos
procedimentos policiais.
- Manter cadastro com informações de pessoas procuradas, suspeitas, indiciadas e que estejam cumprindo pena no
sistema penitenciário.
- Fiscalizar as áreas públicas e privadas do Estado sujeitas ao poder de polícia
- Organizar, fiscalizar e manter o cadastro e registro de armas, munições, da instituição e dos servidores da Polícia
Judiciária Civil, bem como dos explosivos e demais produtos controlados.
- Exercer policiamento repressivo e especializado, mantendo equipes de policiais treinados, armamentos e meios de
transporte adequados para realizar o rastreamento investigatório aéreo, terrestre e em águas fluviais.
- Manter estatísticas de maneira a fornecer informações precisas e atualizadas sobre os índices de criminalidade.
Áreas que compõem o organograma da ACADEPOL:
Centro de Estudos e Pesquisas Aplicadas – CEPAp;
Coordenadoria Museológica;
Coordenadoria de Biblioteca;
Conselho de Ensino;
Gerência de Manutenção;
Apoio e Desenvolvimento de Projetos
Gerência do Centro de Educação Física.

Estrutura Organizacional
Nível de direção superior:
- Diretoria-Geral e Diretoria-Geral Adjunta
Nível de decisão colegiada
- Conselho Superior de Polícia
Nível de apoio estratégico e especializado
- Corregedoria Geral de Polícia
- Academia de Polícia
- Ouvidoria especializada
Nível de assessoramento superior
- Gabinete de Direção
- Assessorias Jurídica/ Comunicação Social/ Institucional
Nível de execução programática
- Diretoria de execução estratégica
- Diretoria de Atividades especiais
- Diretoria de Inteligência
- Diretoria da PJC Metropolitana
- Diretoria da PJC do Interior
- Coordenadoria de Polícia Comunitária

Da Diretoria Geral
- Tem a missão de gerir as funções institucionais da PJC
- É dirigida por Delegado de Polícia da ativa
- Portadores do Curso Superior de Polícia
- Maiores de 35 anos
- Nomeado e exonerado pelo Governador do Estado
- Mandato de 2 anos, permitida uma recondução por igual período
→ Poderá ser indicado por lista tríplice que se dará:
- Voto secreto de todos os delegados de polícia do Estado
- Integrarão os mais votados e em caso de empate terá preferência. Sucessivamente:
1º Mais antigo na classe especial
2º Mais antigo no cargo dentro do Estado
3º Maior tempo de serviço público em geral
4º O de mais idade
→ Vacância do cargo: assume o delegado-geral adjunto, que no prazo de 10 dias convocará nova eleição que se realizará dentro de
30 dias da publicação.

Competências do Delegado Geral:


I - dirigir e representar a Polícia Judiciária Civil;
II - presidir o Conselho Superior de Polícia;
III - indicar para nomeação o Delegado Geral Adjunto da Polícia Judiciária Civil, os Diretores, Assessores, Corregedores,
Coordenadores e Gerentes;
IV - empossar novos Delegados, Escrivães, Investigadores e integrantes do quadro administrativo da Polícia Judiciária Civil,
nomeados por concurso público, observada a ordem de classificação;
V - auxiliar, quando solicitado, imediata e diretamente, o Governador do Estado, em assuntos relacionados à Polícia Judiciária Civil;
VI - promover a remoção dos policiais civis, observadas as disposições legais;
VII - autorizar o policial civil a ausentar-se do Estado, a serviço ou para participar de cursos, especializações e seminários
relacionados à atividade policial;
VIII - determinar às autoridades policiais a instauração de inquéritos policiais e demais procedimentos de persecução criminal e
administrativo disciplinar;
IX - avocar, excepcional e fundamentadamente, inquérito policial e outros procedimentos, para redistribuição;
X - supervisionar, coordenar, controlar, fiscalizar, sistematizar e padronizar as funções e princípios institucionais da Polícia
Judiciária Civil;
XI - gerir as atividades referentes à administração de pessoal, patrimônio, orçamento, finanças e serviços gerais;
XII - propor ao titular da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública programação orçamentária e financeira da instituição;
XIII - enviar ao Secretário de Estado de Justiça e Segurança Pública os atos de progressão dos servidores da Polícia Judiciária
Civil para validação do Governador do Estado;
XIV - suspender o direito de policial civil portar arma de fogo, por conveniência disciplinar, recomendação médica ou psicológica;
XV - zelar pelo cumprimento do Estatuto da Policia Judiciária Civil;
XVI - empenhar, liquidar e pagar as despesas, além de outras atribuições de ordenador de despesa de Unidade Gestora;
XVII - proporcionar o equilíbrio entre unidades, observada a lotação setorial ou regional e os requisitos de provimento, nos termos
da lei e regulamentos específicos;
XVIII - exercer os demais atos necessários à eficaz administração da instituição policial.

Competência do Delegado-geral Adjunto:


I - substituir o Delegado Geral de Polícia, em suas ausências e impedimentos, auxiliando-o na direção, organização, orientação,
coordenação, controle e avaliação das atividades da Polícia Judiciária Civil;
II - desempenhar tarefas delegadas e determinadas pelo Delegado Geral;
III - dirigir, supervisionar e controlar as ações para integração da comunidade e a Polícia Judiciária Civil, visando consolidar a filosofia
da Polícia Comunitária;
IV - acompanhar e apoiar a Ouvidoria Especializada de Polícia Judiciária Civil;
V - acompanhar e apoiar as atividades administrativas e operacionais das unidades, diligenciando junto às demais Diretorias, para a
execução dos serviços de competência da Polícia Judiciária Civil.

Conselho Superior
→ Consultiva, opinativa, de deliberação coletiva e de assessoramento.
→ Nas reuniões ordinárias do Conselho Superior de Polícia, também terão assento, com direito a voto, um representante do cargo
de Escrivão e um de Investigador de Polícia, de Classe Especial e bacharel em direito, quando se tratar de apreciação de recurso
em Processo Administrativo Disciplinar, afeto exclusivamente a estes cargos.
- As deliberações do Conselho Superior são aprovadas por maioria de votos, sempre em reunião pública e com prévia
divulgação de pauta.

Do Nível de Apoio Estratégico e Especializado ***


Corregedoria Geral

→ Tem a missão de controlar e orientar a atividade policial:


I - atuar como órgão preventivo, de controle interno das atividades operacionais de polícia, de orientação e consulta;
II - proceder correições em caráter ordinário e extraordinário nos procedimentos de competência da Polícia Judiciária
Civil;
III - instaurar procedimento de verificação preliminar, sindicância e processo administrativo disciplinar;
IV - instaurar inquérito policial e/ou termo circunstanciado de ocorrência, para apurar omissão ou fato ilícito ocorrido no
exercício da atividade policial;
V - determinar o afastamento preventivo de policiais civis;
VI - propor ou aplicar penalidade, nos limites de sua competência, observado o procedimento legal;
VII - manter registro e controle dos procedimentos administrativos instaurados no âmbito da Policia Judiciária Civil;
VIII - estabelecer relações com o Poder Judiciário, Ministério Público e órgãos congêneres, com vista a dinamizar e a
harmonizar procedimentos de sua área de competência;
IX - propor ao Conselho Superior de Polícia a elaboração de instrução normativa sob procedimentos e atuação policial
civil.

→ Composta por policiais civis


→ Dirigida por Delegado de Polícia da Ativa, Classe especial, possuidor de Curso Superior de Polícia.

→ A apuração do extravio de cédula funcional é de competência exclusiva da Corregedoria Geral de Polícia Judiciária Civil e a autorização para
expedição de nova cédula é de competência do Delegado Geral de Polícia Judiciária Civil.

Da Academia de PJC
→ Tem a missão de coordenar, desenvolver e executar atividades destinadas a formação, especialização e aperfeiçoamento de
policiais civis, competindo:
I - realizar cursos de Educação Superior, Profissional e Continuada, por intermédio de atividades de ensino pesquisa e
extensão, nos termos da legislação educacional vigente;
II - elaborar programas e projetos de formação inicial e continuada em todos os níveis e modalidades;
III - proporcionar atividade pedagógica para os policiais civis que estão afastados preventivamente;
IV - realizar cursos por meio de outras instituições públicas ou privadas;
V - oferecer vagas em cursos desenvolvidos, as outras Instituições congêneres, bem como cursos de interesse do Estado a
órgãos e Instituições Públicas e Privadas;
VI - exercer outras atividades correlatas.

→ A ACADEPOL é dirigida por DELEGADO DE POLÍCIA da ativa, classe especial , com Curso superior de polícia, e preferencialmente
com curso na área de ensino

Da Ouvidoria Especializada
Tem por missão:
I - oferecer canais diretos de comunicacional com a sociedade, bem como avaliar o nível de satisfacionário para com os servitios
executados;
II - conhecer de atos suscetíveis de advertência ou censura ética suscitados por intermédio de comissão específica;
III - receber, analisar e acompanhar as denúncias, reclamações e sugestões dos servitios prestados;
IV - propor e acompanhar a adoção de medidas para prevenção, correção de falhas e omissões do agente público responsável pela
prestação do serviço;
V - auxiliar a ouvidoria setorial de justiça e segurança pública na definição das diretrizes e na implantação de ações da área de
competência da ouvidoria

→ A Ouvidoria Especializada é dirigida por Delegado de Polícia da ativa, e a Ouvidoria Especializada Adjunta será ocupada por
policial civil.

Nível de Assessoramento Superior


→ Gabinete de Direção
- Auxiliar administrativamente o Delegado Geral

Competência:
I - assistir ao Delegado Geral no desempenho das atividades administrativas;
II - prestar atendimento e informações ao público interno e externo, orientando-o naquilo que for solicitado;
III - coordenar, controlar, analisar e oficializar os expedientes e os atos administrativos e normativos;
IV - analisar e controlar as despesas do gabinete;
V - organizar as reuniões do Delegado Geral.

O Gabinete de Direção será ocupado por Delegado de polícia da ativa, classe especial ou classe C, indicado pelo Delegado Geral.

→ Assessoria Jurídica
- Prestar assessoria técnica e jurídica à Diretoria-Geral, ao Conselho Superior de Polícia e às Diretorias.

Competência:
I - emitir pareceres e manifestações, bem como, responder consultas sobre assuntos técnicos, na sua respectiva área de
competência;
II - analisar minutas de leis, contratos, convênios e seus aditivos, portarias ou atos administrativos e jurídicos da Instituição,
promovendo a sua publicação;
III - promover estudos técnicos de legislação específica que sejam submetidos a sua apreciação, visando facilitar as atividades do
órgão;
IV - consolidar, organizar e controlar as leis, decretos e demais atos normativos de competência do órgão, entidade ou unidade;
V - realizar outras atividades afins.
→ é dirigida por advogado.

Assessoria de Comunicação social


- Assessorar a Diretoria Geral e as Diretorias, nos assuntos de comunicação social e divulgação Institucional.

Competências:
I - estabelecer mecanismos de articulação e integração entre as áreas da Polícia Judiciária Civil para a programação e execução de
seus projetos e atividades;
II - observar as diretrizes e normas da Secretaria de Comunicação Social do Estado;
III - manter estreito relacionamento com os meios de comunicação da imprensa;
IV - elaborar textos oficiais, notas e demais informações relativas à Polícia Judiciária Civil, concernente à comunicação;
V - promover a identidade da Polícia Judiciária Civil por meio de campanhas publicitárias, propagandas e desenvolver o marketing e
endomarketing institucional;
VI - manter e atualizar o site Institucional;
VII - realizar outras atividades afins.

→ é dirigida, preferencialmente por servidor com formação em comunicação social

Assessoria Institucional
- Assessorar a Diretoria-Geral nas funções de representação e articulação interna e externa.

Competências:
I - manter contatos com órgãos e entidades da administração pública ou privada, nos assuntos de interesse da Polícia Judiciária Civil;
II - acompanhar a tramitação legislativa de projetos de lei de interesse Institucional.

→ é dirigida por qualquer Delegado de polícia da ativa


Nível de Execução Estratégica
Diretoria de Execução Estratégica:
→ Prever, acompanhar, controlar, fiscalizar e manter os meios necessários à realização das atividades finalísticas da Polícia Judiciária
Civil.
→ É a diretoria responsável por toda a parte “meio” da PJC, desde o acompanhamento de planejamento estratégico até a cessão de
munições para atividade-fim.

-É dirigida por Delegado de Polícia da ativa, Classe Especial, preferencialmente com capacitação em administração pública.

Diretoria de inteligência
→ Planejar, coordenar, supervisionar, controlar e executar a atividade de inteligência no âmbito da Polícia Judiciária Civil, em
consonância aos princípios doutrinários dos Sistemas de Inteligência Federal e Estadual.
→ É a Diretoria responsável por toda a atividade de inteligência dentro da PJC. Responsável pela produção de provas qualificadas
nas investigações.
→ A Diretoria de Inteligência é dirigida por Delegado de Polícia da ativa, Classe Especial, possuidor do Curso Superior de Polícia e
capacitação em inteligência.

É composta por:

1. Coordenadoria de inteligência
→ Planejar, coordenar, supervisionar, controlar e executar a atividade afeta ao ramo de Inteligência no âmbito da Polícia Judiciária
Civil, em consonância aos princípios doutrinários dos Sistemas de Inteligência Federal e Estadual.
Competências:
I - produzir e difundir conhecimento de Inteligência que viabilizem a identificação, acompanhamento e avaliação de ameaças reais e
potenciais, orientadas para a produção de conhecimentos necessários para subsidiar todas as unidades da Polícia Judiciária Civil na
tomada de decisão;
II - assessorar os demais Núcleos de Inteligência da Polícia Judiciária Civil, nos assuntos de seu interesse;
III - difundir e fomentar a atividade no ramo da Inteligência no âmbito da Instituição;
IV - executar outras atividades afins.

→ A Coordenadoria de Inteligência é dirigida por Delegado de Polícia da ativa, Classe Especial ou "C", possuidor de curso de
capacitação em inteligência.

2. Coordenadoria de Inteligência Técnológica


→ Planejar, coordenar, supervisionar, controlar e executar as atividades que envolvam o emprego de inteligência tecnológica e afins,
no âmbito da Polícia Judiciária Civil.

Competências:
I - avaliar, propor, fomentar e implementar soluções que objetivem a automação e otimização das rotinas da instituição;
II - prover suporte tecnológico para a utilização de ferramentas na área de inteligência;
III - exercer outras atividades afins

→ A Coordenadoria de Inteligência Tecnológica é dirigida por Delegado de Polícia da ativa, Classe Especial ou "C", possuidor de
capacitação na área de inteligência e conhecimento na área tecnológica.

Diretoria de Atividades Especiais


→ Planejar, executar, coordenar, supervisionar e controlar as atividades de combate ao crime organizado, operações especiais,
delegacias especializadas de circunscrição estadual, operações aéreas e polícia interestadual
Competências:
I - dirigir, planejar, supervisionar e coordenar as atividades operacionais das unidades policiais de sua competência;
II - levantar necessidades de treinamento capacitação e atualização dos servidores e procedimentos voltados à operacionalização do
conhecimento e tráfego de informações;
III - planejar e definir a lotação de pessoal nas unidades policiais sob sua direção;
IV - realizar correições anuais nas unidades subordinadas;
V - manifestar quanto à necessidade de construção, reformas, adequações ou ampliações dos prédios que abrigam as unidades
policiais subordinadas;
VI - cumprir e fazer cumprir as leis, regimento interno, instruções normativas;
VII - exercer outras funções afins.
→ A Diretoria de Atividades Especiais é dirigida por Delegado de Polícia, da ativa, Classe Especial, possuidor de Curso Superior de
Polícia.

– É composta pelas seguintes unidades:


1 – Gerência de combate ao crime organizado
Divisão Antissequestro
Divisão de Combate ao crime organizado
Divisão de Investigações Especiais
2 - Gerência de Operações Especiais
Divisão de Operações especiais
Divisão Antibombas
3 – Gerência de Operações Aéreas
4 – Gerência Estadual de Polinter
5 – Delegacias Especializadas de Circunscrição Estadual
- Meio Ambiente
- Repressão e Entorpecentes
- Crimes Fazendários e Contra Adm. Pública
- Fronteira

Nível de Execução Programática


DIRETORIA DE POLÍCIA JUDICIÁRIA CIVIL METROPOLITANA
MISSÃO
Planejar, executar, coordenar, supervisionar, fiscalizar, integrar e controlar a atividade-fim no âmbito de sua circunscrição territorial.
COMPOSIÇÃO
Delegacias Especializadas, Delegacias de Polícia, Delegacia Virtual e Núcleos de Inteligência.
DIREÇÃO
A Diretoria Metropolitana é dirigida por Delegado de Polícia da ativa, Classe Especial, possuidor do Curso Superior de Polícia.

DIRETORIA DE POLÍCIA JUDICIÁRIA CIVIL DO INTERIOR


MISSÃO
Planejar, executar, coordenar, supervisionar, fiscalizar, integrar e controlar a atividade-fim no âmbito de sua circunscrição territorial.
COMPOSIÇÃO
Delegacias Regionais, Delegacias de Polícia, Delegacias Especializadas, Gerências de Investigações Gerais e Núcleos de Inteligência.
DIREÇÃO
A Diretoria do Interior é dirigida por Delegado de Polícia da ativa, Classe Especial, possuidor do Curso Superior de Polícia.
DELEGACIAS REGIONAIS
A Delegacia Regional de Polícia Judiciária Civil, unidade de execução programática, tem a missão de coordenar, integrar, controlar,
supervisionar e fiscalizar as unidades policiais no cumprimento da atividade-fim, no âmbito da sua circunscrição territorial,
competindo-lhe:
I - planejar, supervisionar e coordenar as atividades operacionais das unidades policiais de sua circunscrição;
II - administrar o quadro de pessoal sob sua subordinação, procedendo aos atos administrativos de sua competência;
III - coordenar e controlar as atividades das Gerências de Investigações Gerais, Núcleos de Inteligência e das Delegacias sob sua
subordinação;
IV - gerir os recursos materiais, armamentos, viaturas e demais equipamentos, zelando pela conservação e controle dos bens
móveis e imóveis.
V - promover as Correições Ordinárias em todas as circunscritas, bem como instaurar procedimentos administrativos disciplinares
cabíveis;
VI - exercer outras atividades afins.
A Delegacia Regional é dirigida por Delegado de Polícia da ativa, Classe Especial.
DELEGACIAS ESPECIALIZADAS
As Delegacias Especializadas tem a missão de repressão qualificada aos crimes no âmbito de suas competências definidas em lei,
competindo-lhe
I - planejar, supervisionar e coordenar as atividades do Núcleo de Inteligência e operacionais afetas à sua especialidade, com foco
no cumprimento das normas e princípios legais;
II - investigar, prevenir e reprimir infrações penais no âmbito de suas competências.
→ A Delegacia Especializada é dirigida por Delegado de Polícia da ativa, Classe Especial ou "C".
DELEGACIAS DE POLÍCIA
A Delegacia de Polícia Judiciária Civil, unidade de execução programática, tem a missão de executar as funções institucionais da
Polícia Judiciária Civil na sua atividade-fim, no âmbito de sua circunscrição territorial.
→ A Delegacia de Polícia é dirigida por Delegado de Polícia da ativa.

Núcleos de Inteligência
MISSÃO
Cumprir e fazer cumprir, no âmbito de sua competência, as funções de inteligência policial, com base nas diretrizes da Diretoria de
Inteligência da Polícia Judiciária Civil.
COMPETÊNCIA
I - assessorar o Delegado Titular, por meio das informações e conhecimentos produzidos;
II - atualizar as bases de dados para geração de relatórios periódicos;
III - prestar apoio nas atividades de análise criminal e o georeferenciamento;
IV - acompanhar as interceptações de sinais por intermédio da Diretoria de Inteligência;
V auxiliar nas investigações policiais em andamento, na sua circunscrição;
VI - exercer outras funções afins.
DIREÇÃO
Os Núcleos de Inteligência serão exercidos por policiais civis, Classe Especial ou "C", preferencialmente com capacitação na área de
inteligência.

Do Regime Jurídico dos Servidores da PJC


Da Carreira do Policial Civil:
A Carreira Policial Civil é estruturada conforme os seguintes cargos:
I - Autoridade Policial:
a) Delegado de Polícia;
→ Tem a seu cargo a direção das atividades da PJC
II - Auxiliar da Autoridade Policial:
a) Escrivão de Polícia;
III - Agente da Autoridade Policial:
a) Investigador de Polícia.
→ Agentes e Auxiliares da Autoridade são, respectivamente os policiais encarregados da prática de atos investigatórios ou
na formação de Inquéritos Policiais e procedimentos administrativos, sob a direção da Autoridade Policial.

→ A PJC é organizada em série de classes, com atribuições e responsabilidade funcionais definidas em Lei.

Do quadro Administrativo da PJC


Art. 112 As funções de atividade-meio consistentes no apoio logístico e outras de natureza não policial serão exercidas por
servidores do quadro administrativo, de provimento efetivo.

→ Servidores que não são policiais, que exercem atividades de apoio:


a) Técnico de Desenvolvimento Econômico e Social da Polícia Judiciária Civil;
b) Agente de Desenvolvimento Econômico e Social da Polícia Judiciária Civil;
c) Auxiliar de Desenvolvimento Econômico e Social da Polícia Judiciária Civil.

Da atribuição dos Cargos


Do Delegado de Polícia:
I - dirigir, coordenar, supervisionar, fiscalizar e controlar as atividades administrativas, logísticas e operacionais da unidade de sua
direção;
II - cumprir e fazer cumprir, no âmbito de sua competência, as funções institucionais de Polícia Judiciária Civil;
III - instaurar e presidir inquéritos policiais, termos circunstanciados e outros procedimentos policiais, administrativos e
disciplinares, no âmbito de sua competência;
IV - planejar, dirigir e coordenar, com base na estatística policial, as operações no combate efetivo à criminalidade, na área de sua
competência;
V - exercer os poderes discricionários, afetos à Polícia Judiciária Civil, que tenham como objetivo proteger os direitos inerentes à
pessoa humana e resguardar a segurança pública;
VI - praticar todos os atos de Polícia Judiciária Civil, na esfera de sua competência, visando à diminuição da criminalidade e da
violência;
VII - promover diligências, requisitar informações e documentos às entidades públicas e privadas, necessários à instrução do
inquérito policial ou a outros procedimentos decorrentes das funções institucionais da Polícia Judiciária Civil;
VIII - requisitar a realização de exames periciais e complementares, destinados a colher e resguardar indícios ou provas da
ocorrência de infrações penais;
IX - requisitar serviços e técnicos especializados de órgãos públicos, de concessionárias e permissionárias de serviço público;
X - representar à autoridade judiciária competente pela decretação de prisão e medidas cautelares e pela concessão de mandados
de busca e apreensão;
XI - exercer outras funções definidas em lei ou regulamento.

Do Escrivão de Polícia
I - proceder à coleta e análise de dados de interesse da investigação policial, em assessoria e sob designação da autoridade policial;
II - proceder, na ausência da autoridade policial, os devidos encaminhamentos aos procedimentos policiais nas tarefas que não
forem privativas da autoridade policial;
III - assinar, por ordem, documentos que não sejam privativos da autoridade policial, dispostos em instrução normativa do Conselho
Superior de Polícia;
IV - cumprir despachos e portarias exaradas pela autoridade, bem como lavrar os seguintes atos procedimentais, dentre outros;
V - termos de declaração, assentada, depoimento, interrogatório, auto de prisão em flagrante delito, reconhecimento de pessoas e
objetos, acareação, carta precatória, mediante inquirição da autoridade policial presente;
VI - certificar atos cartorários e expedir intimações e notificações;
VII - lavrar termos circunstanciados de ocorrência por determinação da autoridade policial;
VIII - controlar os prazos previstos no Código de Processo Penal;
IX - assessorar estudos para a execução de projetos de organização e reorganização da área policial;
X - efetuar prisões em flagrante e arrecadar instrumentos relacionados à prática de infrações penais;
XI - colaborar no cumprimento de mandados judiciais de prisão, de busca e apreensão, de sequestro de bens entre outros;
XII - prestar contas à chefia imediata do valor das fianças recebidas, bem como do que constitui objeto de apreensão, e de todo o
patrimônio público que estiver sob sua responsabilidade;
XIII - ter sob sua guarda e controle os objetos apreendidos relacionados aos procedimentos policiais que lhe forem distribuídos,
organizando-os e classificando-os;
XIV - efetuar o registro de ocorrências policiais;
XV - tomar providências preliminares sobre qualquer ocorrência policial de que tiver conhecimento, dando ciência imediata à
Autoridade Policial, mesmo que se trate de assunto alheio às atribuições da Delegacia ou órgão policial em que estiver lotado,
inclusive realizando medidas de isolamento dos locais de crime;
XVI - coletar dados e impressões digitais para fins de identificação civil e criminal, quando determinado pela Autoridade Policial e
nos casos previstos em lei;
XVII - colaborar nas investigações dos atos infracionais, por força do Estatuto da Criança e do Adolescente;

Do Investigador de Polícia
I - proceder à coleta e análise de dados, informações e conhecimento de interesse da investigação policial, em assessoria e sob
designação da autoridade policial;
II - proceder, na ausência da autoridade policial, os devidos encaminhamentos aos procedimentos policiais nas tarefas que não
forem privativas da autoridade policial;
III - assinar por ordem, documentos que não sejam privativos da autoridade policial, dispostos em instrução normativa do Conselho
Superior de Polícia;
IV - proceder, mediante determinação expressa da autoridade policial, às diligências e investigações policiais com o fim de coletar
provas para a elucidação de infrações penais e respectivas autorias, estabelecer causas e circunstancias, visando à instrução dos
procedimentos legais, emitindo relatório circunstanciado dos atos realizados;
V - realizar intimações e notificações;
VI - assessorar estudos para a execução de projetos de organização e reorganização na área policial;
VII - efetuar prisões em flagrante e arrecadar instrumentos relacionados à prática de infrações penais, de acordo com as disposições
legais;
VIII - cumprir mandados judiciais de prisão, de busca e apreensão, de sequestro de bens entre outros;
IX - auxiliar na guarda e controle dos objetos apreendidos relacionados aos procedimentos policiais que lhe forem distribuídos,
organizando-os e classificando-os;
X - efetuar o registro de ocorrências policiais;
XI - tomar providências preliminares sobre qualquer ocorrência policial de que tiver conhecimento, dando ciência imediata à
Autoridade Policial, ainda que o fato não seja afeto a unidade policial em que estiver lotado, inclusive realizando medidas de
isolamento dos locais de crime quando necessário;
XII - coletar dados e impressões digitais para fins de identificação civil e criminal, quando determinado pela Autoridade Policial e
nos casos previstos em lei;
XIII - investigar atos infracionais, por força do Estatuto da Criança e do Adolescente;
XIV - prestar todas as informações necessárias às chefias imediatas competentes da unidade policial;
XV - conduzir viaturas policiais, embarcações fluviais, marítimas e pilotar aeronaves em razão de missões policiais, observada a
devida habilitação;
XVI - participar de procedimentos disciplinares, conforme designação específica;
XVII - operar equipamentos de telecomunicações;
XVIII - auxiliar na escrituração dos livros cartorários, procedimentos policiais e demais documentos;
XIX - classificar em ordem os procedimentos policiais, mandados, cartas precatórias e demais atos policias;
XX - elaborar os relatórios e boletins estatísticos do órgão policial, bem como atualizar e analisar os bancos de dados de interesse da
investigação policial;
XXI - realizar a vigilância, segurança e preservação do patrimônio do Estado destinado à Polícia Judiciária Civil, bem como cuidar
para que haja o uso correto dos mesmos;
XXII - receber, registrar e selecionar previamente o expediente da unidade policial, conforme designação expressa e em assessoria a
autoridade policial;
XXIII - executar outras tarefas correlatas de natureza policial constantes do Código de Processo Penal, Código Penal e legislações
extravagantes, observando os preceitos constitucionais;
XXIV - manter o controle de inventário dos bens patrimoniais da unidade policial, promovendo carga e baixa dos mesmos;
XXV - providenciar o recolhimento, a movimentação, a disciplina e a vigilância, bem como a guarda de valores e pertences do preso,
procedendo à escrituração no livro de registro, enquanto perdurar a custódia legal;
XXVI - dirigir e coordenar os trabalhos de investigação, bem como dos servidores, quando na condição de Investigador-
Chefe, designado preferencialmente, entre os de Classe Especial;
XXVII - exercer a função de líder de equipe e outras definidas em lei ou regulamento.

São atribuições do Agente de Desenvolvimento Econômico e Social:


1. Secretariar, digitar, arquivar, protocolar, coletar e manter dados, programar, aplicar técnicas em contabilidade e apoiar os demais
trabalhos técnicos que requeiram nível médio completo e profissionalizante;
2. Exercer outras atribuições conferidas por ato do superior imediato, salvo aquelas privativas dos cargos da carreira policial civil.

→ A função Policial fundamenta-se na hierarquia e disciplina, sendo incompatível com qualquer outra, exceto nos casos previstos
em Lei.
- A função policial envolve a prestação de serviços em condições adversas de segurança, com risco de vida, plantões
noturnos e chamadas a qualquer hora, desde que justificada a necessidade, inclusive com a realização de diligências policiais em
todo Estado de Mato Grosso ou fora dele.

Do Ingresso na Carreira Policial


→ O ingresso na Polícia Judiciária Civil far-se-á nas classes iniciais da carreira policial, mediante concurso público de provas ou de
provas e títulos, realizado pela Academia de Polícia Judiciária Civil, em que se apurem qualificações e aptidões específicas para o
desempenho das atribuições dos cargos.

I. Primeira etapa:
a) 1a fase: prova escrita (eliminatória e classificatória);
b) 2a fase: de provas e títulos, com exame oral de caráter público (eliminatória e classificatória);
c) 3a fase: exame de saúde (somente eliminatória);
d) 4a fase: teste de aptidão física (somente eliminatória);
e) 5a fase: avaliação psicológica (somente eliminatória);
f) 6a fase: investigação social (somente eliminatória);
II. Segunda etapa, de caráter eliminatório, consistirá do Curso de Formação Inicial Técnico-Profissional, ministrado pela Academia
de Polícia Judiciária Civil.

Delegado de polícia → Cargo privativo de bacharéis em direito, assegurado participação da OAB na realização do concurso para este
cargo.
Prova ORAL → apenas para o cargo de Delegado
Prova de Digitação → Apenas para o cargo de Escrivão de polícia

São requisitos para inscrição no concurso:


I - ser brasileiro;
II - ter no mínimo 21 (vinte e um) anos de idade completos, e 45 (quarenta e cinco) anos, no máximo, à data do encerramento das
inscrições.
III - não registrar antecedentes criminais;
IV - estar em gozo dos direitos políticos;
V - estar quite com o serviço militar;
VI - para o Delegado de Polícia, ser portador de diploma de Bacharel em Direito, registrado no Ministério da Educação;
VII - para o escrivão de polícia, ser portador de certificado de conclusão escolar do grau superior, registrado no Ministério da
Educação;
VIII - para o investigador de polícia, ser portador de certificado de conclusão escolar do grau superior, registrado no Ministério da
Educação e de Carteira Nacional de Habilitação das categorias "D", "C" ou "B";
IX - prova de conduta ilibada na vida pública e privada, passada por autoridade policial ou judiciária;
X - recolhimento de valor de inscrição em favor da Polícia Judiciária Civil, exclusivamente para custeio do concurso público,
conforme dispuser o edital.
→ Compete ao Delegado Geral de Polícia Judiciária Civil homologar os concursos públicos da carreira policial civil.

Da posse
→ É a investidura no cargo público mediante a aceitação expressa das atribuições, deveres e responsabilidade do policial civil.
No ato da Posse, obrigatoriamente, o policial civil apresentará:
1. Declaração de não exercício de outro cargo, emprego ou função, se tiver.
2. Declaração de bens ou valores de seu patrimônio privado.
- A declaração compreenderá imóveis, móveis, semoventes, dinheiro, títulos, ações e qualquer outra espécie de bens e
valores do cônjuge ou companheiro, dos filhos ou de outras pessoas que vivam sob a dependência do declarante.
- A declaração será atualizada anualmente e na data que o servidor deixar o exercício do cargo.
- O declarante, a seu critério, poderá entregar cópia da declaração anual de bens apresentada à Receita Federal

→ Será Exonerado ou Demitido, tratando-se de servidor estável, sem prejuízo de outras sanções cabíveis, o policial civil que:
a) Se recusar a prestar declaração de bens dentro do prazo determinado
b) Prestá-la falsamente

Do Exercício
→ É o efetivo desempenho das atribuições do cargo.
 O exercício terá início dentro de 15 dias contados:
◦ Da data da Posse
◦ Da data da ciência do ato, nos casos de remoção
→ Quando a remoção não implicar mudança de domicílio, deverá entrar em exercício no prazo de 3 dias.
→ Nenhum policial exercerá sua função em unidade diversa daquela na qual foi lotado
→ A competência para dar exercício ao servidor é conferida pelo Estatuto ao chefe da unidade ou órgão para a qual ele for
designado.

Do estágio Probatório
→ O estágio probatório é o período de 3 anos durante o qual são apurados os requisitos necessários à confirmação ou não do
servidor policial no cargo efetivo para o qual foi nomeado.

 Esta comissão analisará, durante todo o período do estágio probatório → idoneidade moral, aptidão, disciplina,
assiduidade, dedicação ao serviço, eficiência, responsabilidade e avaliação anual de desempenho para aquisição da
estabilidade
 Para esta apuração dos quesitos e avaliação anual de desempenho, a comissão permanente tomará por base: anotações
funcionais, conduta e o desempenho (avaliado mensalmente).
 Prazo de encerramento: até 30 dias antes de encerrar o prazo do estágio probatório, a Comissão emitirá parecer
conclusivo e fundamentado, sobre a permanência ou exoneração do policial civil.
 Será exonerado por Ato Governamental, o policial civil em estágio probatório que não preencher os requisitos
estabelecidos para o estágio probatório.
 O período do estágio probatório em cargo de policial civil é considerado de efetivo exercício para todos os fins.
 Após cumprir com aproveitamento o estágio probatório, o Escrivão e Investigador de Polícia serão confirmados na classe
“A”, enquanto o Delegado de Polícia se encontra na classe de Delegado Substituto terá sua progressão automática à
Classe “A”.
Da Progressão
Progressão Horizontal
Art. 145 A progressão horizontal é a elevação do policial civil à classe imediatamente superior, considerando-se os requisitos de
tempo de serviço e titulação do servidor.
→ A progressão horizontal ocorre quando o policial passa, por exemplo, da classe A para a classe B. Para essa progressão existem
alguns requisitos estabelecidos pelo art. 146.
Art. 146 As classes dos cargos da Polícia Civil são estruturados segundo o grau de formação exigido para o provimento dos cargos,
da seguinte forma:
I - Classe A – ensino superior completo, consoante requisitos dos incisos VI a VIII do Art. 126 desta lei complementar;
II - Classe B - requisitos da Classe A, mais cursos que totalizem 200 (duzentas) horas, específicos na área de atuação, devidamente
autorizados pelo Delegado Geral de Polícia Judiciária Civil e homologados pela Academia de Polícia;
III - Classe C – requisitos da Classe B, mais outros cursos que totalizem 250 (duzentas e cinquenta) horas, específicos na área de
atuação, devidamente autorizados pelo Delegado Geral de Polícia Judiciária Civil e homologados pela Academia de Polícia;
IV - Classe Especial – requisitos da Classe C, mais título de pós-graduação lato sensu ou curso de ensino superior bacharelado ou
licenciatura, registrados no Ministério da Educação; e, exclusivamente para o Delegado de Polícia, Curso Superior de Polícia
devidamente autorizado pelo Delegado Geral de Polícia Judiciária Civil e homologado pela Academia de Polícia.

Progressão Vertical
Art. 153 A Progressão vertical é a passagem do Investigador de Polícia e do Escrivão de Polícia ao nível imediatamente superior,
considerando-se os requisitos de tempo de serviço e aprovação na avaliação de desempenho anual.

→ Cada classe desdobra-se em 10 níveis, indicados por numerais arábicos que constituem a linha vertical de progressão, que
obedecerá à avaliação de desempenho anual e ao cumprimento do interstício de 3 anos.
→ Suspensão da contagem de tempo para cumprimento dos interstícios de classe e de nível para o policial civil que for condenado
em PAD ou em sentença penal transitada em julgado, no período de:
- 6 meses em caso de penas de advertência e repreensão;
- 1 ano em caso de pena de multa e suspensão até 30 dias
- 2 anos em caso de pena de suspensão superior a 30 dias e em condenação criminal
PEGADINHA***
- O curso para progressão a Classe “E”, para o Delegado de Polícia é chamado de Especialização e aos demais servidores da PJC de
Aperfeiçoamento funcional.

Da Avaliação de Desempenho
Art. 155 O policial civil estável será submetido à avaliação periódica de desempenho, nos termos da lei, que será aferida mediante
comissão interna, nomeada com objetivo de analisar o trabalho individual de cada servidor e, no final, emitir parecer.

Da Remoção, da Estabilidade e das Substituições


Da Remoção
→ É o deslocamento do policial civil de uma para outra unidade policial
A Remoção do policial civil somente se processará:
- Necessidade de serviço;
- A pedido, desde que atenda a conveniência do serviço policial.

→ Policial civil, quando removido para município diverso do de seu cônjuge servidor público federal ou municipal poderá, sempre
que possível, ter compatibilizada esta situação.
→ Durante o estágio probatório a remoção somente ocorrerá de ofício
→ Também deverá ser apreciada pelo Conselho Superior de Polícia

Da Estabilidade
→ O policial civil torna-se estável após 3 anos de efetivo exercício.
→ O policial civil estável, perderá o cargo:
1. Em virtude de sentença judicial transitada em julgado.
2. Mediante PAD, assegurados o contraditório e a ampla defesa
3. Mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, na forma da Lei Complementar, assegurada ampla
defesa.

Das Substituições
Delegado geral → Delegado Geral Adjunto
Corregedor Geral → Corregedor geral adjunto
Diretor academia → Diretor adjunto
Diretor de Diretoria → Delegado mais antigo na classe dentre seus subordinados diretos
Delegado Regional e Delegado titular → Delegado mais antigo na classe dentre seus subordinados diretos
Titular de delegacia especializada → Respectivo adjunto mais antigo na classe

Da Remuneração e Vantagens
Da Remuneração
→ Policial civil é remunerado mediante subsídio fixado em parcela única.
→ Nenhum desconto ou consignação incidirá sobre o subsídio sem prévia autorização do policial civil, salvo por determinação
judicial.

*Caso, além do seu cargo efetivo, o policial também ocupe cargo em comissão, receberá a remuneração referente ao cargo efetivo
adicionada de percentual definido em lei. Quando no exercício da função de Escrivão-Chefe e Investigador-Chefe, o servidor fará
jus à função gratificada.

O policial civil perderá:


I - o subsídio do dia em que não comparecer ao serviço, salvo por motivo legal ou doença comprovada;
II - 1/3 (um terço) do subsídio do dia, quando comparecer ao serviço com atraso má́ximo de uma hora, ou quando se retirar
antecipadamente, sem autorização.

→ As reposições e indenizações ao erário serão descontadas em parcelas mensais, não excedentes a 10% do subsídio ou provento.
- O policial em débito com o erário que for demitido, exonerado ou que tiver a sua aposentadoria cassada, terá o prazo de
sessenta dias para quitar o referido débito.
- Comprovada má́-fé, a reposição deverá ser feita de uma só vez, sem prejuízo das penalidades cabíveis.
- Não quitação de débito no prazo previsto, será inscrito na dívida ativa

→ O subsídio e o provento não serão objetos de arresto, sequestro ou penhora, exceto nos casos de prestação de alimentos
resultante de ação judicial.

Dos Direitos e das Vantagens


Direitos:
1. Duração de trabalho → Normalmente não superior a 8h diárias ou 40h semanais
2. Repouso semanal remunerado → preferencialmente aos domingos
3. Férias anuais → Remuneradas com, pelo menos, 1/3 a mais do que o salário normal

Vantagens:
1. 13º salário → calculado com base na remuneração integral ou no valor da aposentadoria
2. Remuneração do trabalho noturno superior ao diurno
- Serviço entre 22h de um dia e 5 h do dia seguinte
- Valor hora acrescido de mais 25%
- Hora computada com 52 minutos e 30 segundos
3. Remuneração do serviço extraordinário → superior, no mínimo, em 50% à do normal
4. Gratificação por participação em banca de concurso da PJC
5. Prêmio em concurso interno

Das Indenizações
→ Servem para indenizar o policial em razão de gastos nos quais ele terá que incorrer.
1. Ajuda de custo
- É a indenização para custeio de despesas de viagem, mudança e instalação;
- É paga adiantadamente ao policial civil removido no interesse do serviço policial de uma para outra unidade, quando os
motivos impliquem mudança de domicílio, exceto quando as cidades forem contíguas;
- O pagamento terá como base de cálculo a menor remuneração paga no Serviço Público Estadual, levando-se em
consideração a distância do local do seu último exercício, nos seguintes termos:
a) até 300km, o equivalente a 05 vezes;
b) até 600km, o equivalente a 10 vezes;
c) até 900km, o equivalente a 15 vezes;
d) mais de 900km, o equivalente a 20 vezes.
- Não terá direito à ajuda de custo o policial civil:
a) removido a pedido ou com seu consentimento por escrito;
b) quando da primeira lotação, após conclusão de Curso de Formação Inicial Técnico-Profissional da Academia
de Polícia Judiciária Civil.
- Restituirá a ajuda de custo o policial civil que a houver recebido, nas formas e circunstâncias abaixo:
a) integralmente, de uma só vez, quando a remoção não foi efetivada;
b) metade do valor recebido, de uma só vez, quando o servidor for removido a pedido com menos de seis
meses de sua efetiva lotação;
c) metade do valor recebido, de uma só vez, quando licenciado a pedido, com menos de 6 meses de sua efetiva lotação.

2. Ajuda de custo para atividades em locais de difícil acesso


- Será devida ao policial civil removido no interesse do serviço policial, de uma para outra unidade, em áreas de fronteira
ou em localidades cujas condições de difícil acesso se justifiquem, conforme regulamentação por Decreto;
- Será paga mensalmente, por no máximo 24 meses, durante a permanência do policial civil em áreas de fronteira ou em
localidades cujas condições de difícil acesso se justifiquem;
- Terá como base de cálculo a menor remuneração paga no Serviço Público Estadual, levando-se em consideração a
distância do local do seu último exercício, nos seguintes termos:
a) em região de fronteira, o equivalente a metade da menor remuneração;
b) em local de difícil acesso o equivalente a 2/3 da menor remuneração
3. Diárias
- É paga juntamente com as passagens terrestres e/ou aéreas ao policial civil que, a serviço, se afastar da sede, em caráter
eventual ou transitório, para outro ponto do território mato-grossense ou de outras Unidades da Federação, para cobrir as
despesas de hospedagem e alimentação.
4. Indenização por atividade em local de difícil acesso
- Áreas de fronteira ou em localidades cujas condições de difícil acesso se justifiquem, a serem regulamentadas por
Decreto.
- Será paga mensalmente, durante a permanência do policial civil
- Período máximo de pagamento será de 24 meses
- A base de cálculo será a menor remuneração paga no serviço público estadual, nos seguintes termos:
→ Região de fronteira: metade do valor mencionado
→ Local de difícil acesso: 2/3 do valor mencionado
5. Indenização por atividades especiais

Das Garantias, Prerrogativas e Direitos


Das garantias e prerrogativas

Art. 187 Além das garantias asseguradas pela Constituição da República, o policial civil gozará das seguintes prerrogativas:
I - receber tratamento compatível com o nível do cargo desempenhado;
II - exercício privativo dos cargos e funções da organização policial, observada a hierarquia;
III - irredutibilidade do subsídio.

→ Nos crimes de responsabilidade, quando o processo e o julgamento do policial civil competir ao Juízo do primeiro grau, a queixa
ou denúncia será instruída com documentos ou justificação que façam presumir a existência do delito, ou com declaração
fundamentada da impossibilidade da apresentação de quaisquer dessas provas.

→ O Delegado de Polícia somente poderá ser preso em caso de flagrante delito de crime inafiançável ou por ordem escrita e
fundamentada da autoridade competente, caso em que esta fará, imediatamente, a comunicação do fato e a apresentação do preso
ao Delegado Geral de Polícia Judiciária Civil, sob pena de responsabilidade.
Art. 189 Além dos direitos atribuídos aos servidores públicos no Art. 7o da Constituição Federal, são direitos do policial civil, dentre
outros estabelecidos em lei, e deverão constar do orçamento com dotação específica:
I - traslado ou remoção, quando ferido, acidentado em serviço;
II - tratamento especializado, em razão de acidente ou doença decorrente da função policial.

Art. 190 O policial civil poderá afastar-se do exercício do cargo, sem prejuízo de seus vencimentos
e demais vantagens, nos seguintes casos:
I - para participar de curso, congresso ou seminário, no país ou no exterior, com prévia autorização
da autoridade competente;
II - para exercer atividade em entidade de classe estadual ou nacional.

Art. 191 É assegurado ao policial civil o direito de requerer ou representar, pedir reconsideração e recorrer de decisão, desde que o
faça dentro das normas de urbanidade e dirigido à autoridade competente.

Art. 192 O policial civil, no desempenho de sua função, tem prioridade nos serviços de transporte e de comunicação público ou
privado, podendo requisitá-los, se necessário, em caso de urgência.
Art. 193 A cédula de identidade funcional permite ao policial civil o livre acesso a locais públicos ou acessíveis ao público, quando a
serviço
O estatuto confere os seguintes direitos ao Delegado de Polícia:
a) autonomia e independência no exercício das funções de seu cargo;
b) mesmo tratamento dispensado às demais carreiras jurídicas.

→ O policial civil tem direito a aposentadoria com critérios e requisitos diferenciados na forma da Lei.
→ Os efeitos da presente Lei complementar estende-se aos inativos e pensionistas da carreira da PJC, desde que os benefícios
previdenciários dos mesmos, sejam amparados pela paridade de que tratam as normas constitucionais vigentes à época da
aquisição de tais direitos.

Das férias

Art. 198 O policial civil fará jus anualmente a 30 (trinta) dias consecutivos de férias.
→ Assim como a quase totalidade dos servidores públicos, o policial civil tem direito a 30 dias de férias por ano. As primeiras férias,
porém, somente podem ser gozadas depois de 12 meses de efetivo exercício.
Além disso, é vedado levar à conta das férias qualquer falta ao trabalho. Isso significa que, quando um policial civil faltar
ao trabalho, não poderá simplesmente “descontar” essa falta das férias a que tem direito.
Por fim, as férias são remuneradas com 1/3 a mais do que o valor normal do subsídio, como você já sabe, e o Estatuto
proíbe a acumulação de férias, salvo por absoluta necessidade do serviço e pelo prazo máx́ imo de dois períodos aquisitivos.

Das Licenças
Art. 201 Conceder-se-á licença remunerada ao policial civil:
I - por motivo de doença do servidor;
II - por motivo de doença grave em pessoa da família, pelo período máximo de 02 (dois) anos;
III - para atividade política, desde que três meses antes do pleito eleitoral;
IV - em caso de prêmio por assiduidade, conforme regulamentação;
V - para desempenho de mandato em entidade representativa da respectiva categoria;
VI - licença maternidade;
VII - licença paternidade;
VIII - para capacitação, treinamento e aperfeiçoamento, compatibilizado o interesse público.

Art. 202 A licença ao policial civil não será remunerada nos seguintes casos:
I - por motivo de afastamento do cônjuge ou companheiro, no prazo máximo de dois anos;
II - para tratar de interesse particular, no prazo máximo de dois anos, compatibilizado o interesse do serviço;
III - para atividade política, por mais de três meses e no máximo de 06 (seis) meses.

Dos afastamentos
→ Os únicos afastamentos previstos no Estatuto são aqueles para o exercício de mandato eletivo, e para estudo ou missão no
exterior.

Do Elogio
→ Entende-se por elogio a menção nominal ou coletiva que deve constar dos assentamentos funcionais do policial civil por atos
meritórios que haja praticado.
- Quando o policial civil pratica um ato de mérito, pode por isso receber um elogio, que nada mais é
do que um registro em seus assentamentos funcionais acerca desses atos.
O elogio desta-se a ressaltar as seguintes ocorrências:
a) morte, invalidez ou lesão corporal de natureza grave, no cumprimento do dever;
b) execução de serviço ou ato, que pela sua relevância e pelo que representa para a Instituição
Policial ou para a coletividade, mereça ser enaltecido como reconhecimento pela atividade desempenhada.

*** Os deveres regulamentares do policial, não constitui motivo para elogio!

Competência para determinar inscrição de elogios:


1. Governador do Estado;
2. Secretário de Segurança Pública;
3. Delegado Geralmente;
4. Diretores da PJC;
5. Corregedor Geral.
→ As demais autoridades que concederem elogios, deverão encaminhá-los via hierárquica à Autoridade competenet para que esta
determine ou não sua inscrição.

Da Medalha do Mérito Policial


→ Não será concedido medalhas de Mérito Policial ao Policial civil:
a) Com período inferior a 5 anos no cargo;
b) Cedidos ou a disposição de outros órgãos há mais de dois anos;
c) Punidos criminalmente por sentença transitada em julgado a menos de 3 anos.

→ Medalha de “Serviço relevante à PJC” - concedida a cidadãos que tenham prestado serviços relevantes a PJC ou no interesse
desta, a critério do Conselho Superior de Polícia - CSP
→ Medalha “Mérito Especial” - concedida a policiais por ato de bravura ou excepcional relevância.
ATO BRAVURA: Morte e lesão grave ou Gravíssima
EXCEPCIONAL: Notória e publicamente destacar o policial civil em ação, ou pelos atos excepcionais acima do dever.
Análise feita pelo CSP.

Do Regime e Procedimento Disciplinar

Dos Deveres, das Proibições e das Responsabilidades *** (PRATICAMENTE DECORAR)


Dos deveres:
I - ser assíduo, pontual, discreto e urbano;
II - cumprir as normas e os regulamentos desta lei complementar, do Regimento Interno da Polícia Judiciária Civil e demais
normatizações expedidas pelas autoridades competentes;
III - zelar pela economia e conservação dos bens do Estado, especialmente daqueles que lhe sejam entregues para guarda ou
utilização;
IV - informar, incontinenti, à autoridade policial a que estiver subordinado, qualquer alteração de endereço residencial, número de
telefone, ainda que o servidor esteja em afastamento regulamentar;
V - prestar informação correta e de modo cortês ou encaminhar o solicitante a quem saiba prestá-la;
VI - portar cédula de identidade funcional e distintivo policial;
VII - participar da comemoração do Dia da Polícia, a 21 de abril, exaltando o vulto de Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes,
Patrono da Polícia;
VIII - ser leal, cooperativo e solidário com os companheiros de trabalho;
IX - manter-se atualizado em relação a leis, regulamentos e normas do interesse policial;
X - divulgar, para conhecimento dos subordinados, as normas citadas no inciso anterior;
XI - frequentar, com assiduidade, cursos oferecidos pela Academia de Polícia Judiciária Civil ou por instituição congênere;
XII - obedecer às ordens legais de superiores hierárquicos e promover sua fiel execução, exceto quando manifestamente ilegais;
XIII - zelar pela valorização da função policial e pelo respeito aos direitos e à dignidade da pessoa humana;
XIV - proceder na vida pública e particular de modo a dignificar a função policial civil;
XV - adotar providências cabíveis, se competente, em face de irregularidade de que tenha conhecimento e levar o fato à
autoridade superior;
XVI - guardar sigilo sobre os assuntos da administração e das investigações de que tenha conhecimento em razão do cargo ou
função;
XVII - atender prontamente às determinações superiores no tocante a trabalhos policiais desenvolvidos em horário que ultrapasse a
jornada normal;
XVIII - comparecer à unidade, órgão ou serviço policial, independentemente de convocação, quando tiver conhecimento de
iminente perturbação da ordem ou em caso de calamidade pública;
XIX - adotar providências preliminares em torno de ocorrência policial de que tenha conhecimento, independente de horário de
serviço;
XX - usar vestuário compatível com a função policial;
XXI - cuidar de sua higiene pessoal e de sua aparência física;
XXII - proceder, no caso de investigador de polícia, relatório circunstanciado de suas investigações, com clareza e objetividade;
XXIII - utilizar carimbo pessoal no recebimento de documentos de interesse da Instituição.

Das proibições:
1. Infrações administrativas de primeiro grau:
I - permutar horário de serviço ou executar tarefa sem expressa permissão da autoridade competente;
II - exibir desnecessariamente arma de fogo, distintivo ou algema;
III - deixar de usar distintivos, quando em serviço;
IV - praticar atividade comercial de interesse particular na repartição;
V - atribuir-se de qualidade funcional diversa do cargo ou função que exerça;
VI - acionar desnecessariamente sirene de viatura policial;
VII - comparecer em visível estado de embriaguez, ou ingerir bebidas alcoólicas durante o serviço;
VIII - não residir na sede do município onde exerça a função, salvo se for sede de município contíguo;
IX - concorrer para erro de superior hierárquico, subordinado ou outro servidor;
X - recusar-se a atualizar seus dados cadastrais, quando solicitado;
XI - dar-se ao vício de embriaguez ou de substância que provoque dependência física ou psíquica;
XII - ofender, culposamente, a integridade corporal ou a saúde de outrem, causando lesão corporal;
XIII - revelar culposamente segredo de que tenha conhecimento em razão do cargo ou função, com prejuízo para o Estado ou para o
particular;
XIV - ser reincidente em qualquer dos deveres dispostos no artigo anterior.
2. Infrações administratias de segundo grau:
I - proporcionar a divulgação de assunto da repartição ou de fato ali relacionado, ou divulgá-lo, por qualquer meio, em desacordo
com a legislação vigente;
II - manter relação de amizade ou exibir-se em público com pessoa de notório e desabonador antecedente criminal ou policial, salvo
por motivo relevante ou de serviço;
III - descumprir ordem superior, salvo quando manifestamente ilegal;
IV - não tomar as providências, da sua alçada, sobre falta ou irregularidade de que tenha conhecimento ou, quando não for
competente para reprimi-la, deixar de comunicá-la imediatamente à autoridade que o seja;
V - deixar de oficiar de forma tempestiva e justificada em expediente que lhe seja encaminhado;
VI - negligenciar na execução de ordem legal;
VII - interceder dolosamente em favor de parte;
VIII - faltar ou chegar atrasado ao serviço ou plantão para o qual estiver escalado, abandoná-lo ou deixar de comunicar, com
antecedência, à autoridade policial a que estiver subordinado aimpossibilidade de comparecimento à repartição, salvo por motivo
justo;
IX - lançar dolosamente, em registro, arquivo, banco de dados, papel ou qualquer expediente oficial, dado errôneo, incompleto ou
que possa induzir a erro, bem como neles inserir anotações indevidas ou falsas;
X - faltar a ato processual judiciário ou administrativo do qual tenha sido previamente cientificado, salvo por motivo relevante que
será comunicado por escrito à autoridade policial a que estiver subordinado, no primeiro dia útil em que comparecer à sede de
exercício;
XI - utilizar para fins particulares, sob qualquer pretexto, material pertencente ao Estado;
XII - interferir indevidamente em assunto de natureza policial que não seja de sua competência;
XIII - fazer uso indevido de bem ou valor que lhe chegue às mãos em decorrência da função, ou não entregá-lo, com a brevidade
possível, a quem de direito;
XIV - deixar de identificar-se quando solicitado, ou quando as circunstâncias o exigirem;
XV - retirar, sem prévia autorização da autoridade competente, qualquer objeto ou documentação da repartição;
XVI - valer-se do cargo com o fim, ostensivo ou velado, de obter proveito de qualquer natureza, para si ou para terceiro, se o fato
não tipificar falta mais grave;
XVII - fazer uso indevido de cédula de identidade funcional, arma, algema ou bens da repartição ou cedê-los a terceiros, se o fato
não tipificar falta mais grave;
XVIII - negligenciar na revista de preso;
XIX - permitir ou tolerar, ainda que implícita e culposamente, que subordinado ou colega de serviço maltrate, física ou moralmente,
preso ou pessoa sob investigação ou custódia policial;
XX - tratar superior hierárquico, subordinado ou colega, sem o devido respeito ou deferência; XXI - deixar, sem justa causa, de
submeter-se à inspeção médica determinada por lei ou pela autoridade competente;
XXII - deixar de recolher aos cofres públicos taxas e emolumentos previstos em lei;
XXIII - deixar de encaminhar ao órgão competente, para tratamento ou inspeção médica, subordinado que apresentar sintomas de
intoxicação habitual por qualquer substância que determine dependência física ou psíquica, ou deixar de comunicar tal fato à
autoridade competente;
XXIV - dirigir ou permitir o uso de viatura policial com imprudência, imperícia, negligência ou sem habilitação legal;
XXV - infringir regras de legislação de trânsito ao volante de viatura policial, salvo se em situação de emergência;
XXVI - manter transação ou relacionamento indevido com preso, ou respectivos familiares; XXVII - criar animosidade, velada ou
ostensivamente, entre superiores e subordinados ou entre colegas ou indispô-los de qualquer forma;
XXVIII - constituir-se procurador de parte ou servir de intermediário perante qualquer repartição da Polícia Judiciária Civil de Mato
Grosso, salvo quando se tratar de interesse de cônjuge ou parente até 2o grau;
XXIX - atribuir ou permitir que se atribua à pessoa estranha à repartição o desempenho de encargos policiais;
XXX - praticar agiotagem;
XXXI - exercer comércio ou participar de sociedade comercial, salvo como acionista, cotista ou comanditário;
XXXII - exercer, mesmo nas horas de folga, qualquer outro cargo, função ou emprego, exceto atividade relativa ao ensino;
XXXIII - usar da influência de pessoa estranha à instituição com o intuito de obter qualquer benefício funcional, para si ou para outro
policial civil;
XXXIV - indicar advogado para assistir preso ou pessoa sob investigação policial;
XXXV - solicitar, de particular vantagem indevida para realizar diligência policial;
XXXVI - deixar de prestar auxilio possível, mesmo em horário de folga, ao policial empenhado em ação legal, quando for notória a
necessidade desse auxilio;
XXXVII - induzir ou influir na escolha de despachante, serviço de guincho, corretor de seguro e agente funerário;
XXXVIII - divulgar, através dos meios de comunicação, fato ocorrido na repartição ou proporcionar-lhe divulgação, sem prévia e
expressa autorização, salvo se for o titular do órgão ou unidade policial;
XXXIX - receber presentes ou vantagens de qualquer espécie, sob qualquer pretexto em razão das atribuições que exerça;
XL - exercer função, atividade, direito, autoridade ou múnus, de que foi suspenso ou privado por decisão judicial;
XLI - deixar de comunicar à Corregedoria-Geral, até o primeiro dia útil subsequente, sobre a ciência de fato criminoso que envolva
policial civil;
XLII - praticar qualquer outro fato definido como contravenção penal ou crime de menor potencial ofensivo.
3. Infrações administrativas de terceiro grau:
I - expedir documento de identidade funcional ou qualquer tipo de credencial a quem não exerça cargo ou função policial civil;
II - exercer pressão ou influir junto a subordinados para forçar solução ou resultado ilegal ou imoral;
III - ausentar-se do serviço por 45 (quarenta e cinco) dias ou mais, alternadamente, durante um (01) ano, sem causa justificada;
IV - promover ou participar de jogo proibido;
V - solicitar ou aceitar empréstimo em dinheiro ou valor de pessoa que trate de interesse na repartição, ou que esteja sujeita a sua
fiscalização;
VI - praticar qualquer ato que caracterize improbidade administrativa;
VII praticar qualquer outro fato definido como crime com pena prevista de detenção, isolada ou cumulativamente com a pena de
multa.
4. Infrações administrativas de quarto grau:
I - abandonar o cargo ou ausentar-se do serviço por mais de trinta (30) dias consecutivos, sem justificativa;
II - revelar dolosamente segredo de que tenha conhecimento em razão do cargo ou função, com prejuízo para o Estado ou para o
particular;
III - por contumácia superior a 02 (duas) punições de suspensão, por infração contida no terceiro grau no período de 01 (um) ano;
IV - praticar qualquer outro fato definido como crime, cuja pena prevista seja de reclusão, isolada ou cumulativamente com pena de
multa.

Das Responsabilidades

RESPONSABILIDADE PENAL → Abrange as infrações penais imputadas ao policial civil nessa qualidade.
RESPONSABILIDADE CIVIL → Decorre de ato comissivo ou omissivo, doloso ou culposo, que importe em prejuízo ao erário ou a de
terceiros. A importância da indenização será descontada do subsídio do servidor e o desconto não excederá à décima parte do valor
deste.
RESPONSABILIDADE ADMINISTRATIVA → Resulta de ação ou omissão no desempenho do cargo ou função.

→ As instâncias penal, civil e administrativa de responsabilização dos policiais civis são independentes entre si. Isso significa que, na
prática, as sanções nas três esferas podem ser cumuladas.

Das Penalidades
Art. 223 São penas disciplinares:
I – advertência;
- Será aplicada, no caso de falta de cumprimento do dever, ao infrator primário, por meio de portaria punitiva.
- Prescrição – 1 ano
II – repreensão;
-Será aplicada no caso das proibições previstas do primeiro grau ou na reincidência de descumprimento do dever.
- Prescrição – 18 meses
III – multa;
- Quando houver conveniência para o serviço, poderá ser aplicada a pena pecuniária de multa, na base de 10% (dez por
cento) do subsídio do mês correspondente à sua remuneração.
- Prescrição – 2 anos
IV - suspensão até 90 (noventa) dias;
- Será aplicada nos casos de reincidência das faltas punidas com repreensão e nas proibições previstas no segundo,
terceiro e quarto graus, não podendo exceder a 90 dias.
- Prescrição – 2 anos
V – demissão;
- Poderá ser aplicada a pena de demissão:
a) nas proibições do quarto grau;
b) por contumácia específica, nas proibições do terceiro grau;
c) por contumácia genérica, por mais de três punições, no prazo de dois anos, nas proibições do terceiro grau.
- Prescrição – 5 anos
VI - cassação de aposentadoria.
- Será́ cassada a aposentadoria do policial civil inativo que houver se aposentado irregularmente ou, quando em atividade,
cometer proibições do quarto grau.

Das Penalidades, da Extinção, Punibilidade, Reabilitação e Suspensão


Preventiva
Das Regras para Aplicação da Penalidade
→ A aplicação da penalidade pressupõe a análise dos fatos apresentados, mas também deve levar em consideração outros fatores:
a) A repercussão da infração;
b) Os dados causados;
c) O comportamento e os antecedentes do policial civil envolvido;
d) A intensidade do dolo ou culpa.

Circunstâncias que ATENUAM a pena:


I - haver o transgressor procurado diminuir as conseqüências da falta, ou haver, antes da aplicação
da pena, reparado o dano;
II - haver o transgressor confessado espontaneamente a falta perante a autoridade sindicante ou
processante, de modo a facilitar a apuração daquela.

Circunstâncias que AGRAVAM a pena:


I - reincidência;
II - a prática de infração durante a execução de serviço policial;
III - coação, instigação ou determinação para que outro servidor policial civil, subordinado ou não,
pratique infração ou dela participe;
IV - impedir ou dificultar, de qualquer maneira, a apuração de falta funcional cometida;
V - concurso de 02 (dois) ou mais agentes na prática de infrações.

→ A aplicação de uma pena disciplinar deve, obviamente, basear-se em disposição legal. Como as esferas de respsabilização são
independentes entre si, a aplicação de penalidade não exime o policial civil, quando for o caso, doi dever de indenizar o Estado
pelos prejuízos causados.
Art. 233 O ato que cominar pena ao policial civil mencionará, sempre, a disposição legal em que se fundamenta.
Art. 235 Verificada em processo administrativo disciplinar, acumulação proibida e provada a boafé, o policial civil optará por um dos
cargos

Da competência de Julgamento e Aplicação das Penalidades


a) Governador do Estado → para aplicação de demissão;
b) Delegado Geral de Polícia Judiciária Civil → até a suspensão limitada a 90 dias;
c) Corregedor Geral e Delegados Diretores → até a suspensão limitada a 60 dias;
d) Corregedor Geral Adjunto → até a suspensão limitada a 45 dias;
e) Delegados Regionais e Corregedores Auxiliares → até a suspensão limitada a 30 dias;
f) Delegados de Polícia → até a suspensão limitada a 15 dias.

Da Reabilitação
Será considerado reabilitado o policial civil punido disciplinarmente:
I - com pena de advertência após 01 (um) ano de sua aplicação;
II - repreensão após 18 (dezoito) meses de sua aplicação;
III - com pena de multa e suspensão até 30 (trinta) dias, após 02 (dois) anos; IV - com pena de suspensão superior a 30 (trinta) dias,
após 03 (três) anos.
→ A reabilitação ocorrerá automaticamente, independentemente de requerimento, uma vez que se tenha passado o tempo
previsto no art. 238. Os órgãos de controle interno e de gestão de pessoas, então, deverão atualizar os assentamentos funcionais do
servidor
→ Na imposição de nova pena disciplinar, soma-se a esta o prazo restante a ser cumprido da pena anteriormente aplicada.

Do Afastamento Preventivo
Art. 239 O policial civil poderá ser afastado de suas funções, fundamentadamente, quando praticadas proibições do terceiro e/ou
quarto grau, sem prejuízo no seu subsídio.
→ O afastamento previsto no art. 239 tem caráter preventivo, e seu objetivo é preservar as investigações. Por isso o policial
afastado continua recebendo seu subsídio normalmente, apesar de não estar no efetivo desempenho das funções.
→ A autoridade competente para determinar o afastamento é a mesma competente para a decisão do processo, e seu prazo poderá
ser prorrogado, mas não poderá exceder a 120 dias.
→ Por fim, durante o período de afastamento, o policial civil deverá manter junto a Corregedoria Geral o endereço onde possa ser
encontrado, sob pena de revelia.

Dos Procedimentos Disciplinares


→ A apuração de fatos atribuídos ao policial civil será feita mediante Verificação Preliminar, Sindicância Administrativa ou
Processo Administrativo Disciplinar, sempre presididos por Delegado de Polícia.

Da Verificação Preliminar
→ Fato atribuído ao Policial Civil que possa suscitar duvidas quanto a sua veracidade
Deverá ser instaurada:
1. De ofício (Delegado)
2. Por determinação da Corregedoria Geral
- Tem caráter informal
- Prazo de conclusão – 90 dias. Esgotado prazo sem conclusão, encaminhamento ao superior imediato da Autoridade que preside
para análise;
- Instruída a denúncia atribuída ao PC e não havendo tipificação do fato, a Autoridade fará breve relatório sugerindo seu
arquivamento;
- Arquivada a VP, deverá ser encaminhado cópia à Corregedoria Geral.

Da Sindicância
Instaurar-se-á sindicância:
I - como preliminar de Processo Administrativo Disciplinar, sempre que não estiver suficientemente caracterizada a infração ou
definida sua autoria;
II - quando não for obrigatório o Processo Administrativo Disciplinar, e para aplicação da penalidade de até trinta dias de
suspensão, assegurado o princípio do contraditório e da ampla defesa.
Art. 250 § 4º Se o sindicado ou seu defensor não oferecer as alegações finais, a autoridade sindicante, mediante despacho fundamentado, nomeará
advogado, para apresentá-la, assinalando-lhe novo prazo de 05 (cinco) dias.
§ 5º Findo o prazo de defesa, a autoridade sindicante elaborará relatório conclusivo, em que examinará todos os elementos colhidos na
sindicância e de acordo com o apurado, deverá:
II - encaminhar ao superior hierárquico, nos casos em que não for competente, o relatório com a sugestão da penalidade a ser aplicada;
III - arquivar os autos, quando não forem colhidos elementos fáticos e suficientes para a caracterização das autorias;
Art. 251 Na fase de apreciação e decisão, resultando provas a favor do sindicado, poderá a autoridade sindicante excluir enquadramentos, de forma
parcial ou na íntegra, daqueles elaborados no despacho de indiciação, sendo vedado acrescentar no relatório final, novos enquadramentos.

Art. 253 A sindicância poderá, em qualquer fase, ser avocada pelo Delegado Geral de Polícia Judiciária Civil, mediante despacho fundamentado.
Art. 254 A apuração do extravio de cédula funcional é de competência exclusiva da Corregedoria Geral de Polícia Judiciária Civil e a autorização para
expedição de nova cédula é de competência do Delegado Geral de Polícia Judiciária Civil.

Competência para instauração de sindicância:


1. Governador
2. Delegado Geral da PJC
3. Corregedor Geral
4. Corregedor Geral Adjuntos
5. Corregedores Auxiliares
6. Delegados Diretores
7. Delegados Regionais
8. Delegados de Polícia.
→ Exclusão – SOMENTE secretário de Segurança Pública

Procedimento da Sindicância
1. Portaria Inaugural
2. Notificação do sindicado
3. Oitiva do sindicado = se ocorrer revelia, nomeia-se Defensoria
4. 3 dias para defesa preliminar – requerer produção de provas (2 ou mais sindicados o prazo é em dobro)
5. Audiência de oitiva de testemunhas (acusação e defesa)
6. Despacho de indicação
7. Alegações finais (3 dias) – se houver 2 ou mais acusados prazo comum de 20 dias-multa
8. Relatório conclusivo
9. Recurso
10. Decisão
- Portaria punitiva = O sindicante pode excluir enquadramentos de forma total ou parcial, vedado novo enquadramento
diferente do despacho de indicação
- Absolvição
- Arquivamento

Do Processo Administrativo Disciplinar


→ É realizado por autoridade processante, devendo ser Delegado de Polícia, preferencialmente, Classe Especial ou “C”, designada
pela autoridade que tiver instaurado o processo.
→ A autoridade processante deverá ser hierarquicamente da mesma classe ou superior ao acusado, e não poderá ser o delegado de
polícia que tiver presidido sindicância ou inquérito policial que tenham embasado o procedimento administrativo disciplinar.
→ O processo administrativo disciplinar terá ainda um secretário, que será preferencialmente escrivão de polícia. Em casos
específicos poderão ainda ser designadas autoridades policiais para auxiliarem na condução do Processo Administrativo Disciplinar.
→ A autoridade processante e o secretário são impedidos de atuar em processo administrativo disciplinar, quando o denunciante
ou acusado for parente consanguíneo ou afim em linha reta ou colateral, até o terceiro grau, cônjuge ou convivente.

Fases do PAD
a) O processo administrativo disciplinar será iniciado pela autoridade processante dentro do prazo improrrogável de 10 dias, a
contar da portaria que determinar sua instauração;
b) O início do processo administrativo disciplinar será informado, pela autoridade processante, ao Delegado Geral de Polícia
Judiciária Civil e à Superintendência de Gestão de Pessoas;
c) A autoridade processante elaborará despacho de instalação respectiva, determinando sua autuação e demais peças pré
existentes, designará dia e hora para a audiência inicial, determinará a notificação do denunciante, se houver, a citação do acusado
e das testemunhas e as demais providências de modo a permitir a completa elucidação dos fatos;
d) À autoridade processante é facultado arrolar até oito testemunhas, assim como ao acusado;
e) Se houver denunciante, este deverá prestar suas declarações preferencialmente antes do acusado;
f) O acusado assistirá à inquirição do denunciante, salvo se este alegar constrangimento ou intimidação, porém tal proibição não se
aplica ao defensor do acusado que poderá participar formulando perguntas ao denunciante;
g) Não comparecendo o acusado regularmente citado, a revelia será declarada, nomeando a autoridade, se necessário, um
advogado para defendê-lo;
h) Após o interrogatório do acusado, será notificado com cópia ao seu defensor, abrindo vistas dos autos, no prazo de 5 dias para
produção de provas e contra provas e para formular quesitos, quando se tratar de prova pericial;
i) Findo o prazo referido no artigo anterior, a autoridade processante designará as audiências de instrução, notificando o acusado e
seu defensor, do dia, hora e local das audiências e das testemunhas arroladas;
j) Serão ouvidas, pela ordem, as testemunhas arroladas pela autoridade processante e em seguida as arroladas pelo acusado;
k) A testemunha arrolada não poderá eximir-se de depor, salvo se for ascendente, descendente, cônjuge ou convivente, ainda que
separado legalmente, irmão, sogro, cunhado, pai, mãe ou filho adotivo do acusado, exceto quando não for possível, de outro modo,
obter-se provas do fato e de suas circunstância;
l) São proibidas de depor as pessoas que, em razão de função, ministério e ofício ou profissão, devam guardar segredo, a menos que
desobrigadas pela parte interessada, queiram dar seu testemunho;
m) Em qualquer fase do processo poderá a autoridade processante ordenar diligência que entender conveniente, de ofício ou a
requerimento do acusado;
n) Encerrada a fase probatória, após a elaboração do despacho de indiciação, o acusado e seu defensor serão notificados para
apresentação das alegações finais, no prazo de 10 dias a partir de sua ciência no mandado. O despacho de indiciação conterá a
tipificação, a especificação dos fatos imputados ao acusado e as respectivas provas;
o) Findo o prazo das alegações finais e saneado o processo, a autoridade processante apresentará seu relatório minucioso e
conclusivo, dentro do prazo de 10 dias, do qual constará:
1. apreciação, separadamente em relação a cada acusado, das irregularidades que lhes foram imputadas, as provas
colhidas e as razões da defesa, propondo ao final pela absolvição ou punição, menção das provas em que se baseou para formar
suaconvicção, indicação dos dispositivos legais violados e as circunstâncias atenuantes ou agravantes;
2. sugestão de outras providências relacionadas com o feito que lhe pareçam de interesse público.
p) O processo relatado será encaminhado à autoridade que determinou sua instauração para julgamento, no prazo de 20 (vinte)
dias, de acordo com sua competência;
q) Se a penalidade a ser aplicada exceder a competência da autoridade processante, será o processo administrativo disciplinar
encaminhado para a autoridade competente que decidirá pela aplicação da pena em igual prazo;
r) A autoridade instauradora, quando o relatório da autoridade processante contrariar as provas dos autos, poderá motivadamente
agravar a pena, dentro da sua competência para aplicação desta, abrandá-la ou isentar o servidor da responsabilidade;
s) O servidor que responder a processo administrativo disciplinar só poderá ser exonerado a pedido, ou aposentado
voluntariamente, após o julgamento do processo e o cumprimento da penalidade.

Da Reconsideração, do Recurso e da Revisão


Da Reconsideração
Art. 284 Cabe pedido de reconsideração à autoridade que houver expedido o ato ou proferido a primeira decisão, não podendo ser
renovado.
→ É dirigido à própria autoridade que proferiu a decisão. Basicamente é um pedido para que essa autoridade examine novamente o
processo e modifique sua decisão. Isso é o que diferencia o pedido de reconsideração do recurso.
→ o pedido de reconsideração deverá ser encaminhado por meio da autoridade a que estiver subordinado o requerente, no prazo
de 5 dias contado da ciência do servidor ou da publicação da decisão recorrida.

Do Recurso
Art. 287 Caberá recurso administrativo:
I - das decisões administrativas e disciplinares.
II - do indeferimento do pedido de reconsideração.

→ O recurso será dirigido à autoridade que proferiu a decisão, mas esta não tem competência para decidir, devendo apenas
verificar a tempestividade e encaminhá-lo à autoridade superior para análise.
- O prazo para interposição de recurso é de 15 dias, a contar da ciência da decisão administrativa ou disciplinar.

Da Revisão

Art. 289 O processo disciplinar poderá ser revisto a qualquer tempo, a pedido ou de ofício, quando:
I - a decisão houver sido proferida contra expressa disposição legal;
II - a decisão for contrária à evidência colhida nos autos;
III - a decisão se fundar em depoimentos, exames periciais, vistorias e documentos falsos;
IV - surgirem, após a decisão, provas de inocência do punido;
V - ocorrer circunstâncias que autorizem o abrandamento da pena aplicada.

→ É possível também a revisão a pedido, mesmo quando o servidor punido já tenha falecido, ou quando estiver ausente ou tiver
desaparecido. Nestes casos o pedido de revisão poderá ser formulado pelo cônjuge, ascendente, descendente ou irmão,
representado sempre por advogado.

→ No processo revisional, o ônus da prova cabe ao requerente, e não é permitido o agravamento da pena como resultado.
Art. 294 O requerimento de revisão de processo será sempre dirigido à autoridade que aplicou a penalidade, observada a via
hierárquica, ou à que tiver confirmado em grau de recurso, e que, se autorizar a revisão, encaminhará o pedido à autoridade
responsável de onde se originou o processo disciplinar.

→ O requerente terá o prazo de 5 dias para juntar as provas que tiver ou indicar as que pretenda produzir, oferecendo rol de
testemunhas, se for o caso. A partir daí a autoridade revisora terá 30 dias para a conclusão dos trabalhos, prazo esse prorrogável
uma única vez pelo mesmo tempo, para apresentar relatório opinando pelo deferimento ou indeferimento do requerimento.
- O julgamento da revisão, por sua vez, caberá à autoridade que aplicou a penalidade. O prazo para julgamento será de 20
dias, contados do recebimento do procedimento. Durante esse prazo é possível ainda que a autoridade julgadora poderá determine
outras diligências.
- Se a revisão for julgada procedente, será reduzida ou cancelada a penalidade aplicada, restabelecendo-se todos os
direitos atingidos pela decisão reformada.

LEIS PENAIS ESPECIAIS


Lei de Abuso de autoridade 13.869/19
Esses crimes são cometidos por agente público, servidor ou não, que, no exercício de suas funções ou a pretexto de exercê-las,
abuse do poder que lhe tenha sido atribuído.
Agente público: aquele que exerce, ainda que transitoriamente ou sem remuneração, por eleição, nomeação, designação,
contratação ou qualquer outra forma de investidura ou vínculo, mandato, cargo, emprego ou função pública.
• Essas condutas constituem crime quando praticadas pelo agente com a finalidade específica de:
- Prejudicar outrem
- Beneficiar a si mesmo ou a terceiro.
- Por mero capricho ou satisfação pessoal.
• A divergência na interpretação de lei ou na avaliação de fatos e provas não configura abuso de autoridade.
- Portanto, não comete abuso de autoridade o PRF que se confunde na interpretação da lei, removendo um veículo
quando deveria apenas reter.
Os crimes são de Ação Incondicionada.
Efeitos da condenação a quem comete abuso de autoridade:
• Tornar certa a obrigação de indenizar o dano causado pelo crime, devendo o juiz, a requerimento do ofendido, fixar na sentença o
valor mínimo para reparação dos danos causados pela infração, considerando os prejuízos por ele sofridos.
• Inabilitação para o exercício de cargo, mandato ou função pública, pelo período de 1 a 5 anos
- Requer reincidência e não é automático, devendo ser declarado na sentença.
• Perda do cargo, do mandato ou da função pública.
- Requer reincidência e não é automático, devendo ser declarado na sentença.
As penas restritivas de direitos substitutivas das privativas de liberdade são:
- Prestação de serviços à comunidade ou a entidades públicas.
- Suspensão do exercício do cargo, da função ou do mandato, pelo prazo de 1 a 6 meses, com a perda dos vencimentos e
das vantagens.
• As penas restritivas de direitos podem ser aplicadas autônoma ou cumulativamente.
Faz coisa julgada em âmbito cível, assim como no administrativo-disciplinar, a sentença penal que reconhecer ter sido o ato
praticado em estado de necessidade, em legítima defesa, em estrito cumprimento de dever legal ou no exercício regular de
direito.

12 – Deixar injustificadamente de comunicar prisão em flagrante à autoridade judiciária no prazo legal  D de 6 meses a 2 anos.
Incorre na mesma pena quem:
- Deixa de comunicar, imediatamente, a execução de prisão temporária ou preventiva à autoridade judiciária que a
decretou.
- Deixa de comunicar, imediatamente, a prisão de qualquer pessoa e o local onde se encontra à sua família ou à pessoa
por ela indicada.
- Deixa de entregar ao preso, no prazo de 24 h, a nota de culpa, assinada pela autoridade, com o motivo da prisão e os
nomes do condutor e das testemunhas.
- Prolonga a execução de pena privativa de liberdade, de prisão temporária, de prisão preventiva, de medida de segurança
ou de internação, deixando, sem motivo justo e excepcionalíssimo, de executar o alvará de soltura imediatamente após recebido ou
de promover a soltura do preso quando esgotado o prazo judicial ou legal.
13 – Constranger o preso ou o detento, mediante violência, grave ameaça ou redução de sua capacidade de resistência, a:
- Exibir-se ou ter seu corpo ou parte dele exibido à curiosidade pública.
- Submeter-se a situação vexatória ou a constrangimento não autorizado em lei.
- Produzir prova contra si mesmo ou contra terceiro.
 D de 1 a 4 anos, sem prejuízo da pena cominada à violência.
16 – Deixar de identificar-se ou identificar-se falsamente ao preso por ocasião de sua captura ou quando deva fazê-lo durante
sua detenção ou prisão  D de 6 meses a 2 anos.
Incorre na mesma pena quem:
- Como responsável por interrogatório em sede de procedimento investigatório de infração penal, deixa de identificar-se
ao preso ou atribui a si mesmo falsa identidade, cargo ou função.
18 – Submeter o preso a interrogatório policial durante o período de repouso noturno, salvo se capturado em flagrante delito ou
se ele, devidamente assistido, consentir em prestar declarações  D de 6 meses a 2 anos.

22 – Invadir ou adentrar, clandestina ou astuciosamente, ou à revelia da vontade do ocupante, imóvel alheio ou suas
dependências, ou nele permanecer nas mesmas condições, sem determinação judicial ou fora das condições estabelecidas em lei
 D de 1 a 4 anos.
Incorre na mesma pena quem:
- Coage alguém, mediante violência ou grave ameaça, a franquear-lhe o acesso a imóvel ou suas dependências;
- Cumpre mandado de busca e apreensão domiciliar após as 21h ou antes das 5h.
• Não haverá crime se o ingresso for para prestar socorro, ou quando houver fundados indícios que indiquem a necessidade do
ingresso em razão de situação de flagrante delito ou de desastre.
24 – Constranger, sob violência ou grave ameaça, funcionário ou empregado de instituição hospitalar pública ou privada a
admitir para tratamento pessoa cujo óbito já tenha ocorrido, com o fim de alterar local ou momento de crime, prejudicando sua
apuração  D de 1 a 4 anos, além da pena correspondente à violência.

25 – Proceder à obtenção de prova, em procedimento de investigação ou fiscalização, por meio manifestamente ilícito  D de 1 a
4 anos.
Incorre na mesma pena quem:
- Faz uso de prova, em desfavor do investigado ou fiscalizado, com prévio conhecimento de sua ilicitude.
33 – Exigir info ou cumprimento de obrigação, inclusive o dever de fazer ou de não fazer, sem expresso amparo legal  D de 6
meses a 2 anos.
Incorre na mesma pena quem:
- Utiliza-se de cargo ou função pública ou invoca a condição de agente público para se eximir de obrigação legal ou para
obter vantagem ou privilégio indevido.

No art. 33, parágrafo único da Lei de Abuso fala da famosa carteirada


bizu: é que se for atrelado a uma contraprestação não é esse crime, vai ser corrupção passiva

→ Esse crime da lei de abuso é de só dar a carteirada ,se for pra ter contra prestação é corrupção
Os crimes listados na lei são de ação penal pública incondicionada.***
O delito de abuso de autoridade não admite a modalidade culposa, apenas a dolosa. ***
DOLO + ELEMENTO SUBJETIVO DO INJUSTO (vontade deliberada e inequívoca de abusar).
todos os crimes da lei de abuso de autoridade são dolosos e exigem dolo específico:
São os BeBêS PM
Beneficiar a si mesmo
Beneficiar a outros
Satisfação pessoal
Prejudicar outrem
Mero capricho

Em regra, as sanções penais, civis e administrativas são independentes, MAS: (BRUCE LEEE É GENTE FINA) **
– Fato inexistente / Negativa de autoria - Juízo criminal VINCULA as demais.
– Ato praticado em excludentes de ilicitude - Faz coisa julgada âmbito civil e adm.

Estatuto do desarmamento 10.826/2003


É obrigatório o registro da arma de fogo no órgão competente.
• Arma de uso permitido  Sinarm
• Arma de uso restrito  Comando do Exército ou Sigma.

→ SINARM: AUTORIZA (SÓ autoriza, atenção!!) o registro do porte de armas, autorização essa que é PESSOAL e INTRANSFERÍVEL;
*A comercialização de armas de fogo, acessórios e munições entre pessoas físicas somente será efetivada mediante autorização do
Sinarm.

Objeto material: arma de fogo, munição e acessório  Arma de pressão não.


• Arma de fogo: pode ser de uso permitido, restrito ou proibido.
- A perícia na arma é dispensável, mas se for feita e se constate que a arma não dispara, o fato será atípico  Crime
impossível.
- Arma desmuniciada ou desmontada é crime
- Arma de brinquedo é fato atípico, mas é proibido sua venda, fabricação ou importação, salvo para instrução,
adestramento ou coleção autorizada.
• Acessórios: objetos que acoplados a arma melhorem seu funcionamento, modifiquem seu efeito secundário ou alterem seu
aspecto.
• Munição:
- Pode ser aplicado o princípio da insignificância se houver ínfima quantidade de munição desacompanhada da arma.
- Munição em colar, chaveiro ou em objeto de arte é fato atípico.
• Os crimes do Estatuto do Desarmamento, salvo Omissão de cautela, são todos dolosos.
• Ação penal é Pública Incondicionada.
• São crimes de perigo abstrato ou presumido.
• Bem jurídico protegido:
- Imediato  Segurança coletiva
- Mediato  Vida, saúde, patrimônio etc.
Armas de fogo apreendidas que não mais interessam à persecução penal serão encaminhadas ao Exército, que as destruirá ou as
doará aos órgãos de segurança pública ou as FFAA.
- A responsabilidade do transporte da arma de fogo doada é de quem recebe.
- Qualquer possuidor de arma pode entregá-la, a qualquer momento, de boa-fé, ficando extinta a punibilidade.

Certificado de registro é DIFERENTE de registro de porte


Certificado de regiStro = poSse
Registro de porte = porte
12 – Posse irregular de arma de uso permitido  Arma, munição ou acessório de uso permitido  D 1 a 3 anos
- Crime permanente, de mera conduta;
- Arma na boleia de caminhão é porte;
- Posse de arma com registro vencido é fato atípico;
• A posse permite manter a arma no interior da residência ou no trabalho, se for o titular ou o responsável legal da empresa.
- Na área rural, a posse é permitida em toda extensão da propriedade.
• O Certificado de Registro de Arma de Fogo dá ao proprietário o direito da posse de arma de uso permitido  Quem expede é a
PF, com autorização do SINARM.
- A posse é intransferível.

14 – Porte ilegal de arma de uso permitido  Arma, munição ou acessório de uso permitido  R de 2 a 4 anos  Tipo misto
alternativo
- Pena é aumentada em metade se for cometido por integrantes do art. 6, 7 e 8 (indivíduos que tem porte) ou se for
reincidente de crime da mesma natureza.
- Crime de mera conduta.
• O porte é um documento que autoriza portar, transportar ou trazer consigo uma arma de maneira discreta.
• O porte é proibido, salvo para integrantes:
- Das FFAA.
- Dos órgãos de Segurança Pública e da Força Nacional
- Da GM  Há um julgado que permite o porte, mesmo fora de serviço, para todos os GM.
- Da ABIN e do Departamento de Segurança do Gabinete do PR.
- Da Polícia Legislativa
Porte para caçador de subsistência:
- Deve residir em área rural, ter +25 anos e provar a necessidade da arma para caçar e se alimentar  A PF concederá o
porte de uma arma de fogo de uso permitido.
- Se der outra finalidade à arma, responderá por porte ilegal + o crime cometido.
• Compete ao Ministério da Justiça  A autorização do porte de arma para os responsáveis pela segurança de cidadãos
estrangeiros em visita ou sediados no Brasil.
• Compete ao Comando do Exército  O registro e a concessão de porte de trânsito de arma de fogo para C.A.C e de
representantes estrangeiros em competição internacional oficial de tiro realizada no território nacional.
• Compete à Polícia Federal  A autorização para o porte de arma de fogo de uso permitido, em todo o território nacional.
- Somente será concedida após autorização do Sinarm.

16 – Posse ou porte de arma de uso restrito ou proibido  Arma, munição ou acessório de uso restrito (R de 3 a 6 anos) ou
proibido (R de 4 a 12 anos)  Tipo misto alternativo
- Pena é aumentada em 1/2 se for cometido por integrantes do art. 6, 7 e 8 ou se for reincidente de crime da mesma
natureza.
- Crime hediondo (somente se for uso proibido), de mera conduta.
• Condutas equiparadas:
- Alterar numeração
- Modificar características para que se pareça com arma de uso restrito ou proibido
- Possuir, fabricar (…) artefato explosivo.
- Possuir arma com numeração alterada.
- Entregar arma, acessório, munição ou explosivo a criança ou adolescente.
- Produzir munição ou explosivo.

Posse ou porte de arma de fogo de uso PROIBIDO passou a ser uma qualificadora. ÚNICA QUALIFICADORA*

13 – Omissão de cautela  Não ter cautela para impedir que menor de 18 anos ou deficiente mental se apodere de arma de fogo
que esteja sob sua posse ou que seja de sua propriedade  D de 1 a 2 anos.
- Crime omissivo culposo  Não se admite tentativa
- Objeto material é SOMENTE a arma.
13 – Omissão de cautela (parágrafo único)  Responsável de empresa de segurança ou de transporte de valores que não registrar
o BO e não comunicar a Polícia Federal a perda, o furto ou o roubo de arma, munição ou acessório dentro de 24 h da ocorrência do
fato (conhecimento do fato)  D de 1 a 2 anos.
- Crime próprio e doloso.
15 – Disparo de arma  Disparar ou tentar disparar arma em lugar habitado ou em suas adjacências, em via pública ou em sua
direção, desde que não tenha como finalidade a prática de outro crime (caráter subsidiário)  R de 2 a 4 anos.
- Pena é aumentada em ½ se for cometido por integrantes do art. 6, 7 e 8 ou se for reincidente de crime da mesma
natureza.
- Crime comum, de perigo abstrato e que não admite suspensão condicional do processo.
17 – Comércio ilegal  Arma, munição ou acessório  R de 6 a 12 anos.
- Pena é aumentada em ½ se for de uso restrito ou proibido.
- Pena é aumentada em ½ se for cometido por integrantes do art. 6, 7 e 8 ou se for reincidente de crime da mesma
natureza.
- Crime próprio, hediondo e de mera conduta.
- Vale a atuação de policial disfarçado.
→ Equipara-se à atividade comercial ou industrial, para efeito deste artigo, qualquer forma de prestação de serviços, fabricação ou
comércio irregular ou clandestino, inclusive o exercido em residência.
18 – Tráfico internacional de armas (crime hediondo)  Exportar ou importar (Crime material  Admite tentativa) ou facilitar a
entrada ou a saída (Crime formal  De mera conduta) de armas, munições ou acessórios  R de 8 a 16 anos.
- Pena é aumentada pela ½ se for de uso restrito ou proibido.
- Pena é aumentada em ½ se for cometido por integrantes do art. 6, 7 e 8 ou se for reincidente de crime da mesma
natureza.
- Crime hediondo.
- Vale a atuação de policial disfarçado.

Se houver roubo, extravio ou furto da arma de fogo, o proprietário deve comunicar à unidade policial LOCAL mais próxima e
posteriormente, À PF (o prazo: IMEDIATAMENTE), se for empresa, o prazo é de 24h (depois de ocorrido o fato)

Lei de drogas 11.343/2006


O tratamento do usuário ou dependente de drogas deverá ser ordenado em uma rede de atenção à saúde, com prioridade para
as modalidades de tratamento ambulatorial, incluindo excepcionalmente formas de internação em unidades de saúde e
hospitais gerais.
- A internação de dependentes de drogas somente será realizada em unidades de saúde ou hospitais gerais, dotados de
equipes multidisciplinares e deverá ser obrigatoriamente autorizada por médico devidamente registrado no CRM do Estado onde se
localize o estabelecimento no qual se dará a internação.

É possível ser feita a internação voluntária e a involuntária:


- Norma penal em branca Heterogênea  Conceito de droga está definido por uma portaria da Anvisa.
- Proibido o plantio de drogas, salvo para fins medicinais ou científicos.
- Não se aplica o princípio da insignificância.
O IP deve ser concluído em 30 dias se o indiciado estiver preso e em 90 dias se estiver solto.
Destruição da droga:
• Plantação  Destruição imediata, com ou sem flagrante  Não precisa de autorização judicial.
• Droga apreendida com flagrante  Destruição em 15 dias  Feita pelo delegado com autorização judicial.
• Droga apreendida sem flagrante  Destruição em 30 dias  Feita pelo delegado sem autorização judicial.
Laudo preliminar  Laudo de constatação da natureza e quantidade da droga, sendo necessário para a lavratura do APF e
estabelecimento da materialidade do delito.
- Deve ser firmado por um perito oficial ou por pessoa idônea.
- A natureza e a quantidade da droga são preponderantes entre os critérios para a fixação da pena.
Colaboração premiada: quem voluntariamente ajudar na investigação e no processo de identificar demais autores ou partícipes e
na recuperação da droga terá a pena reduzida de 1/3 a 2/3.
• Quem, por dependência ou caso fortuito ou de força maior, era inteiramente incapaz de entender o ilícito praticado terá
extinta a punibilidade.
- A pena será reduzida de 1/3 a 2/3 se era parcialmente incapaz.

28 – Drogas para consumo pessoal  Dolo específico


- Continua sendo crime, porém foi despenalizada  Prescrição em dois anos.
- Não se lavra APF  Será lavrado o TCO e o indivíduo deve se comprometer a comparecer em juízo  Nada vai ocorrer
se ele se recusar a assinar o TCO.
- Não configura reincidência.
Equiparado: plantar pequena quantidade para consumo pessoal.
Penas: advertência sobre drogas, prestação de serviços à comunidade e medida educativa de comparecimento em curso, isoladas
ou cumulativamente.
- A pena será aplicada por no máximo 5 meses (10 para reincidentes).
- Se não cumprir a pena  Reprimenda verbal e multa.
• A natureza, a quantidade, o local, as condições em que se desenvolveu a ação, as circunstâncias sociais e pessoais, a conduta e
aos antecedentes do agente são determinantes para verificar se a droga era para consumo pessoal.
• Se o agente confessar que a droga é para consumo pessoal, isso não valerá como atenuante caso seja condenado por tráfico de
drogas.

33 Caput e §1 – Tráfico de drogas  Importar, exportar, remeter, preparar, produzir, fabricar, adquirir, vender, expor à venda,
oferecer, ter em depósito, transportar, trazer consigo, guardar, prescrever, ministrar, entregar a consumo ou fornecer drogas, ainda
que gratuitamente, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar  R de 5 a 15 anos  Equiparado
ao hediondo.
- Não é crime comum, pois algumas condutas são próprias  Prescrever dolosamente medicamento que o paciente não
precisa…
Equiparados ao tráfico:
- Insumo ou químicos para a preparação de drogas
- Cultivar as plantas
- Ceder espaço para o tráfico
- Vender ou entregar drogas ou insumos a policial disfarçado.
• Propriedade (urbana ou rural) que for utilizada para o plantio será expropriada  Sem indenização.
• Bens utilizados para o transporte ou provenientes do tráfico serão apreendidos;
- O juiz pode encaminhá-los a polícia para a utilização e conservação;
- Se for condenado a mais de 6 anos de prisão perderá os bens;
• Não é necessária a troca de mãos para consumar o crime, basta o prévio ajuste.
• Não é necessário a apreensão da droga para a condenação, caso haja outras provas.

Tráfico privilegiado  Traficante ocasional  Pena reduzida de 1/6 a 2/3


- Se o réu for primário, de bons antecedentes, não participe de atividades criminosas nem faça parte de ORCRIM.
- Não é equiparado a hediondo.
- Pode ser aplicado para a “mula”, desde que não fique comprovado seu estável envolvimento com a ORCRIM.
- IP ou ação penal em curso podem ser utilizados pelo juiz como argumento para a não aplicação do privilégio.

33 §2 - Induzir, instigar ou auxiliar alguém a usar drogas  D de 1 a 3 anos.


- Marcha da maconha não é considerado
33 §3 – Oferecer drogas, em caráter eventual e sem objetivo de lucro, a pessoa de seu relacionamento para juntos consumirem
 Dolo específico  D de 6 meses a 1 anos.
34 – Petrechos para o tráfico  R de 3 a 10 anos.
- Crime permanente, equiparado ao hediondo.
- Pode ser absorvido pelo tráfico se não ficar caracterizado contextos autônomos  Caráter subsidiário.
35 – Associação para o tráfico  Associar-se duas ou + pessoas para tráfico, petrechos ou financiamento do tráfico  R de 3 a 10
anos.
- Crime autônomo e plurissubjetivo  De concurso é necessário
- É possível a participação de inimputável para configurar o crime
- Deve haver indícios de estabilidade, mas não precisa ser uma conduta reiterada
• Entre associação para o tráfico e associação criminosa  Prevalece a associação para o tráfico.
• Entre associação para o tráfico e ORCRIM  prevalece a ORCRIM.
36 – Financiamento do tráfico ou petrechos  R de 8 a 20 anos.
- Exceção à teoria monista.
37 – Colaborar, como informante, para a prática do tráfico ou petrechos  R de 2 a 6 anos.
- Exceção à teoria monista
- Crime subsidiário.
38 – Profissional da saúde que, culposamente, ministrar drogas que o paciente não necessita  D de 6 meses a 2 anos e
comunicação ao CF.
39 – Conduzir barco ou avião após consumir drogas  D de 6 meses a 3 anos, apreensão do veículo, cassação da habilitação ou a
proibição de obtê-la pelo mesmo prazo da pena e multa.
- A pena será de 4 a 6 anos se for veículo de transporte de passageiros.

Majorante do 33 ao 37  Aumento de pena de 1/6 a 2/3.


• Transnacionalidade  Competência FEDERAL
- Não é necessária a efetiva transposição, desde que seja demonstrada a inequívoca intenção.
• Prevalecendo de função pública ou desempenho de educação, poder familiar, guarda ou vigilância.
• Tráfico nas dependências ou imediações de escolas, hospitais, prisões, centros culturais, esportivos, locais de trabalho coletivo, AA
ou NA, de unidades militares ou policiais ou no transporte público (necessária a efetiva comercialização da droga dentro do
transporte);
- Se os locais não estiverem funcionando, então não se aplica.
• Com violência, grave ameaça, uso de arma de fogo ou qualquer outro meio de intimidação;
• Tráfico entre os estados  Competência ESTADUAL.
- Não é necessária a efetiva transposição, desde que seja demonstrada a inequívoca intenção.
- Só é possível associar com Transnacionalidade + Interestadualidade caso haja a intenção de levar a droga para mais de
um estado.
• Envolver menor ou alguém sem discernimento;
• Financiar ou custear o crime;

Tortura Lei 9.455/98


Constitui crime de tortura  R de 2 a 8 anos.
• Constranger alguém com emprego de violência ou grave ameaça, causando-lhe sofrimento físico ou mental:
- Com o fim de obter info, declaração ou confissão da vítima ou de terceira pessoa.
- Para provocar ação ou omissão de natureza criminosa.
- Em razão de discriminação racial ou religiosa.
• Submeter alguém, sob sua guarda, poder ou autoridade, com emprego de violência ou grave ameaça, a intenso sofrimento
físico ou mental, como forma de aplicar castigo pessoal ou medida de caráter preventivo.
Quem submete pessoa presa ou sujeita a medida de segurança a sofrimento físico ou mental, por intermédio da prática de ato
não previsto em lei ou não resultante de medida legal  R de 2 a 8 anos.

Aquele que se omite em face dessas condutas, quando tinha o dever de evitá-las ou apurá-las  D de 1 a 4 anos.

Qualificada - Se resulta lesão corporal de grave ou gravíssima  R de 4 a 10 anos.

Qualificada – Se resultam morte  R de 8 a 16 anos.

Aumenta-se a pena de 1/6 a 1/3:


• Se é cometido por agente público.
- A condenação acarretará a perda do cargo, função ou emprego público e a interdição para seu exercício pelo dobro do
prazo da pena aplicada (efeito automático da condenação).
• Se é cometido contra criança, gestante, portador de deficiência, adolescente ou maior de 60 anos.
• Se é cometido mediante sequestro.
- O crime de tortura é inafiançável e insuscetível de graça ou anistia.
- O condenado por crime previsto nesta Lei, salvo na omissão, iniciará o cumprimento da pena em regime fechado.
- O disposto nesta Lei aplica-se ainda quando o crime não tenha sido cometido em território nacional, sendo a vítima
brasileira ou encontrando-se o agente em local sob jurisdição brasileira.

Crimes ambientais - Lei 9.605/98


Verificada a infração, serão apreendidos seus produtos e instrumentos, lavrando-se os respectivos autos.
→ Os animais serão prioritariamente libertados em seu habitat ou, sendo tal medida inviável ou não recomendável por questões
sanitárias, entregues a zoológicos, fundações ou entidades assemelhadas, para guarda e cuidados sob a responsabilidade de
técnicos habilitados.
- Até que os animais sejam entregues às instituições mencionadas acima, o órgão autuante zelará para que eles sejam
mantidos em condições adequadas de acondicionamento e transporte que garantam o seu bem-estar físico.
→ Os produtos perecíveis ou madeira, serão avaliados e doados a instituições científicas, hospitalares, penais e outras com fins
beneficentes.
→ Os produtos e subprodutos da fauna não perecíveis serão destruídos ou doados a instituições científicas, culturais ou
educacionais.
→ Os instrumentos utilizados na prática da infração serão vendidos, garantida a sua descaracterização por meio da reciclagem.

34 – Pescar em período no qual a pesca seja proibida ou em lugares interditados por órgão competente  D de 1 a 3 anos ou
multa, ou ambas as penas cumulativamente
Incorre nas mesmas penas quem:
- Pesca espécies que devam ser preservadas ou espécimes com tamanhos inferiores aos permitidos.
- Pesca quantidades superiores às permitidas, ou mediante a utilização de aparelhos, petrechos, técnicas e métodos não
permitidos.
- Transporta, comercializa, beneficia ou industrializa espécimes provenientes da coleta, apanha e pesca proibidas.
50-A – Desmatar, explorar economicamente ou degradar floresta, plantada ou nativa, em terras de domínio público ou
devolutas, sem autorização do órgão competente  R de 2 a 4 anos e multa.
- Não é crime a conduta praticada quando necessária à subsistência imediata pessoal do agente ou de sua família.
- Se a área explorada for superior a 1.000 ha (mil hectares), a pena será aumentada de 1 ano por milhar de hectare.

Não é crime o abate de animal, quando realizado:


- Em estado de necessidade, para saciar a fome do agente ou de sua família;
- Para proteger lavouras, pomares e rebanhos da ação predatória ou destruidora de animais, desde que legal e
expressamente autorizado pela autoridade competente;
- Por ser nocivo o animal, desde que assim caracterizado pelo órgão competente.

Orcrim (Organizações Criminosas) - Lei 12.850/13


Organização criminosa 
- Associação de 4 ou mais pessoas estruturalmente ordenada e caracterizada pela divisão de tarefas, ainda que de
maneira informal.
- Tem o objetivo de obter, direta ou indiretamente, vantagem de qualquer natureza.
- Praticando infrações penais cujas penas máximas sejam superiores a 4 anos, ou que sejam de caráter transnacional.
2 – Promover, constituir, financiar ou integrar, pessoalmente ou por interposta pessoa, Orcrim  R de 3 a 8 anos e multa, sem
prejuízo das penas correspondentes às demais infrações penais praticadas.
Aumento de pena de 1/6 a 2/3:
- Se há participação de criança ou adolescente.
- Se há concurso de funcionário público, valendo-se a Orcrim dessa condição para a prática de infração penal.
- Se o produto ou proveito da infração penal destinar-se, no todo ou em parte, ao exterior.
- Se a Orcrim mantém conexão com outras Orcrims independentes.
- Se as circunstâncias do fato evidenciarem a transnacionalidade da Orcrim.
• Se houver indícios suficientes de que o funcionário público integra Orcrim, poderá o juiz determinar seu afastamento cautelar do
cargo, emprego ou função, sem prejuízo da remuneração, quando a medida se fizer necessária à investigação ou instrução
processual.
• A condenação com trânsito em julgado acarretará ao funcionário público a perda do cargo, função, emprego ou mandato eletivo e
a interdição para o exercício de função ou cargo público pelo prazo de 8 anos subsequentes ao cumprimento da pena.
• Se houver indícios de participação de policial nos crimes de que trata esta Lei, a Corregedoria de Polícia instaurará IP e
comunicará ao MP, que designará membro para acompanhar o feito até a sua conclusão.
• As lideranças Orcrims armadas ou que tenham armas à disposição deverão iniciar o cumprimento da pena em estabelecimentos
penais de segurança máxima.
• O condenado expressamente em sentença por integrar Orcrim ou por crime praticado por meio de Orcrim não poderá progredir
de regime de cumprimento de pena ou obter livramento condicional ou outros benefícios prisionais se houver elementos
probatórios que indiquem a manutenção do vínculo associativo.

Colaboração premiada: negócio jurídico processual e meio de obtenção de prova, que pressupõe utilidade e interesse públicos.

O juiz poderá, a requerimento das partes, conceder o perdão judicial, reduzir em até 2/3 a pena privativa de liberdade ou
substituí-la por restritiva de direitos daquele que tenha colaborado efetiva e voluntariamente com a investigação e com o
processo criminal, desde que dessa colaboração advenha um ou mais dos seguintes resultados:
- Identificação dos demais coautores e partícipes da Orcrim e das infrações penais por eles praticadas.
- Revelação da estrutura hierárquica e da divisão de tarefas da Orcrim.
- Prevenção de infrações penais decorrentes das atividades da Orcrim.
- Recuperação total ou parcial do produto ou do proveito das infrações penais praticadas pela Orcrim.
- Localização de eventual vítima com a sua integridade física preservada.
• Em qualquer caso, a concessão do benefício levará em conta a personalidade do colaborador, a natureza, as circunstâncias, a
gravidade e a repercussão social do fato criminoso e a eficácia da colaboração.
• Considerando a relevância da colaboração prestada, o MP, a qualquer tempo, e o delegado, nos autos do IP, com a manifestação
do MP, poderão requerer ou representar ao juiz pela concessão de perdão judicial ao colaborador, ainda que isso não tenha sido
previsto na proposta inicial.

Direitos do colaborador:
- Cumprir pena ou prisão cautelar em estabelecimento penal diverso dos demais corréus ou condenados.
• Sentença, medida cautelar, ou recebimento de denúncia não podem ser proferidas com fundamento exclusivo nas declarações do
colaborador.
• O acordo homologado poderá ser rescindido em caso de omissão dolosa sobre os fatos objeto da colaboração.

Ação controlada: consiste em retardar a intervenção policial ou adm relativa à ação praticada por Orcrim ou a ela vinculada, desde
que mantida sob observação e acompanhamento para que a medida legal se concretize no momento mais eficaz à formação de
provas e obtenção de infos.
• O retardamento da intervenção policial ou adm será previamente comunicado ao juiz competente que, se for o caso, estabelecerá
os seus limites e comunicará ao MP (flagrante retardado/postergado).
Infiltração de agentes:
• Não é punível, no âmbito da infiltração, a prática de crime pelo agente infiltrado no curso da investigação, quando inexigível
conduta diversa.

Crimes hediondos - 8.072/1990


Os hediondos e equiparados são inafiançáveis e insuscetíveis de graça, anistia e indulto.

Rol dos crimes hediondos:


• Homicídio qualificado ou simples se for de grupo de extermínio.
- Homicídio ou lesão corporal dolosa gravíssima contra agentes descritos nos Art. 142 e 144 da CF, integrantes do sistema prisional e
da Força Nacional de Segurança Pública, no exercício da função ou em decorrência dela, ou contra seu cônjuge, companheiro ou
parente consanguíneo até terceiro grau, em razão dessa condição.
• Latrocínio
• Extorsão com resultado morte
• Extorsão mediante sequestro
• Estupro
• Estupro de vulnerável
• Epidemia resultada em morte
• Falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de produto destinado a fins terapêuticos ou medicinais.
• Favorecimento da prostituição ou de qualquer outra forma de exploração sexual de criança, adolescente ou vulnerável.
• Genocídio.
• Porte ilegal de arma de fogo de uso proibido.
• Tráfico de armas.
• Tráfico internacional de arma de fogo, acessório ou munição.
• Furto qualificado pelo emprego de explosivo.
• Orcrim, quando direcionada à prática de crime hediondo ou equiparado.
• Roubo com:
- Arma de fogo.
- Restrição de liberdade da vítima.
- Lesão corporal grave ou morte.
Equiparados a hediondos:
• Tortura
• Tráfico de entorpecentes e drogas
- Tráfico privilegiado não.
• Terrorismo

ECA - 8.069/1990
Criança  Até 12 anos incompletos.
Adolescente  de 12 a 18 anos.
- O estatuto aplica-se excepcionalmente, nos casos expresso em lei, aos de entre 18 e 21 anos.

Flagrante de ato infracional (menor não comete crime):


Cometido mediante violência ou grave ameaça a pessoa:
- Será lavrado o auto de apreensão, ouvidos as testemunhas e o adolescente.
Demais hipóteses de flagrante:
- Poderá ser lavrado o boletim de ocorrência circunstanciada ao invés do auto de apreensão.

A criança e o adolescente têm direito à liberdade, ao respeito e à dignidade como pessoas humanas em processo de
desenvolvimento e como sujeitos de direitos civis, humanos e sociais garantidos na Constituição e nas leis.
• O direito à liberdade compreende:
- Ir, vir e estar nos logradouros públicos e espaços comunitários, ressalvadas as restrições legais;
- Opinião e expressão;
- Crença e culto religioso;
- Brincar, praticar esportes e divertir-se;
- Participar da vida familiar e comunitária, sem discriminação;
- Participar da vida política, na forma da lei;
- Buscar refúgio, auxílio e orientação.
• O direito ao respeito consiste na inviolabilidade da integridade física, psíquica e moral da criança e do adolescente, abrangendo
a preservação da imagem, da identidade, da autonomia, dos valores, ideias e crenças, dos espaços e objetos pessoais.
É dever de todos velar pela dignidade da criança e do adolescente, pondo-os a salvo de qualquer tratamento desumano,
violento, aterrorizante, vexatório ou constrangedor.
A criança e o adolescente têm o direito de ser educados e cuidados sem o uso de castigo físico ou de tratamento cruel ou
degradante, como formas de correção, disciplina, educação ou qualquer outro pretexto, pelos pais ou por qualquer pessoa
encarregada de cuidar deles, tratá-los, educá-los ou protegê-los.

MEDIDAS SOCIOEDUCATIVAS

Objetivos:
- Responsabilização do adolescente quanto às consequências lesivas do ato infracional, sempre que possível incentivando a sua
reparação;
- Integração social do adolescente e a garantia de seus direitos individuais e sociais, por meio do cumprimento de seu plano
individual de atendimento;
- Desaprovação da conduta infracional, efetivando as disposições da sentença como parâmetro máximo de privação de liberdade ou
restrição de direitos, observados os limites previstos em lei.

• O cumprimento das medidas socioeducativas dependerá de Plano Individual de Atendimento, instrumento de previsão, registro e
gestão das atividades a serem desenvolvidas com o adolescente.

Prestação de serviços à comunidade: realização de tarefas gratuitas de interesse geral junto a entidades assistenciais, hospitais,
escolas e outros estabelecimentos congêneres, bem como em programas comunitários ou governamentais.
- Não superior a 6 meses;
- 8 horas semanais;
Liberdade assistida: adotada sempre que se afigurar a medida mais adequada para o fim de acompanhar, auxiliar e orientar o
adolescente.
- Mínimo de 6 meses.
Regime de semiliberdade: pode ser determinado desde o início, ou como forma de transição para o meio aberto, possibilitada a
realização de atividades externas, independentemente de autorização judicial.
- Reavaliação da medida a cada 6 meses
Internação: medida privativa da liberdade, sujeita aos princípios de brevidade, excepcionalidade e respeito à condição peculiar de
pessoa em desenvolvimento.
• Em nenhuma hipótese o período máximo de internação excederá a 3 anos.
- Atingindo esse período, o adolescente será liberado, colorado em regime de semiliberdade ou liberdade assistida.
• A liberação será compulsória aos 21 anos de idade.
• Será permitida a realização de atividades externas, a critério da equipe técnica da entidade, salvo expressa determinação judicial
em contrário.
- Isso pode ser revisto pelo juiz a qualquer tempo.
• A medida não tem prazo determinado, devendo sua manutenção ser reavaliada no máximo a cada 6 meses.
• Em qualquer hipótese a desinternação será precedida de autorização judicial, ouvido o MP.

Hipóteses para a internação:


- Grave ameaça ou violência à pessoa;
- Reiteração em infrações graves;
- Descumprimento reiterado e injustificável das outras medidas;
• Serão separados por idade, físico e gravidade de infração.

Autorização para viagem:


→ Nenhuma criança ou adolescente menor de 16 poderá viajar para fora da comarca onde reside desacompanhado dos pais ou dos
responsáveis sem expressa autorização judicial.
- A autoridade judiciária poderá, a pedido dos pais ou responsável, conceder autorização válida por dois anos.

A autorização não será exigida quando:


• Tratar-se de comarca contígua à da residência da criança ou do adolescente, se no mesmo Estado, ou incluída na mesma região
metropolitana.
• A criança ou o adolescente menor de 16 anos estiver acompanhado:
- De ascendente ou colateral maior, até o terceiro grau, comprovado documentalmente o parentesco.
- De pessoa maior, expressamente autorizada pelo pai, mãe ou responsável.

Quando se tratar de viagem ao exterior, a autorização é dispensável, se a criança ou adolescente:


- Estiver acompanhado de ambos os pais ou responsável.
- Viajar na companhia de um dos pais, autorizado expressamente pelo outro através de documento com firma reconhecida.
• Sem prévia e expressa autorização judicial, nenhuma criança ou adolescente nascido em território nacional poderá sair
do País em companhia de estrangeiro residente ou domiciliado no exterior.

Conselho tutelar:
- Órgão permanente e autônomo, não jurisdicional.
- É encarregado pela sociedade de zelar pelo cumprimento dos direitos da criança e do adolescente.
• Em cada Município e em cada Região Adm do DF haverá, no mínimo, 1 CT como órgão integrante da adm pública local, composto
de 5 membros, escolhidos pela população local para mandato de 4 anos, permitida recondução por novos processos de escolha.
- O CT poderá requisitar serviços públicos nas áreas de saúde, serviço social, previdência, trabalho e segurança.

232 – Submeter criança ou adolescente sob sua autoridade, guarda ou vigilância a vexame ou constrangimento  D de 6 meses a
2 anos.
239 – Promover ou auxiliar a efetivação de ato destinado ao envio de criança ou adolescente para o exterior com inobservância
das formalidades legais ou com o fito de obter lucro  R de 4 a 6 anos.
Se há emprego de violência, grave ameaça ou fraude  R de 6 a 8 anos, além da pena correspondente à violência.
244-B – Corromper ou facilitar a corrupção de menor de 18 anos, com ele praticando infração penal ou induzindo-o a praticá-la
 R de 1 a 4 anos.
Equiparado  Quem pratica as condutas tipificadas utilizando-se de quaisquer meios eletrônicos, inclusive salas de bate-
papo da internet.
• Aumento de pena em 1/3 se a infração cometida ou induzida for crime hediondo.

Crimes de Preconceito de Raça ou de Cor - Lei n. 7.716/89


Art. 1o Serão punidos, na forma desta Lei, os crimes resultantes de discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou
procedência nacional.
Raças são subgrupos nos quais a humanidade se divide, de acordo com características fisiológicas comuns.
Cor se refere à tonalidade da pele da pessoa.
Etnia diz respeito à origem das comunidades, e abarca não só características físicas, mas também componentes culturais (dialetos,
religião, crenças, costumes).
Religião é uma crença em comum, normalmente manifestada por meio de ritos próprios.
Origem nacional se refere ao país de procedência da pessoa.
→ Um julgado do STF em que se reconhece a aplicabilidade da Lei n. 7.716/1989 a situações de preconceito e discriminação
relacionadas a orientação sexual e identidade de gênero
(homofobia e transfobia). Ainda que esses fatores não sejam expressamente previstos na lei, o STF entendeu que a lei será aplicável
até que o Congresso Nacional criminalize a homofobia.
*O STF reconhece a aplicabilidade da Lei n. 7.716/1989 a situações de preconceito e discriminação relacionadas a
orientação sexual e identidade de gênero (homofobia e transfobia). Ainda que esses fatores não sejam expressamente previstos na
lei, o STF entendeu que a lei será aplicável até que o Congresso Nacional criminalize a homofobia.

Crimes de racismo
Art. 20. Praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional.
Pena: reclusão de um a três anos e multa.
§ 1o Fabricar, comercializar, distribuir ou veicular símbolos, emblemas, ornamentos, distintivos ou propaganda que utilizem a cruz
suástica ou gamada, para fins de divulgação do nazismo.
Pena: reclusão de dois a cinco anos e multa.
§ 2o Se qualquer dos crimes previstos no caput é cometido por intermédio dos meios de comunicação social ou publicação de
qualquer natureza:
Pena: reclusão de dois a cinco anos e multa.
§ 3º No caso do parágrafo anterior, o juiz poderá determinar, ouvido o Ministério Público ou a pedido deste, ainda antes do
inquérito policial, sob pena de desobediência:
I - o recolhimento imediato ou a busca e apreensão dos exemplares do material respectivo;
II - a cessação das respectivas transmissões radiofônicas, televisivas, eletrônicas ou da publicação por qualquer meio;
III - a interdição das respectivas mensagens ou páginas de informação na rede mundial de computadores.
§ 4º Na hipótese do § 2º, constitui efeito da condenação, após o trânsito em julgado da decisão, a destruição do material
apreendido.

Art. 3o Impedir ou obstar o acesso de alguém, devidamente habilitado, a qualquer cargo da Administração Direta ou Indireta, bem
como das concessionárias de serviços públicos.
Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem, por motivo de discriminação de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional,
obstar a promoção funcional.
Pena: reclusão de dois a cinco anos.
Art. 4o Negar ou obstar emprego em empresa privada.
§ 1o Incorre na mesma pena quem, por motivo de discriminação de raçaou de corou práticas resultantes do preconceito de
descendência ou origem nacional ou étnica:
I - deixar de conceder os equipamentos necessários ao empregado em igualdade de condições com os demais trabalhadores;
II - impedir a ascensão funcional do empregado ou obstar outra forma de benefício profissional;
III - proporcionar ao empregado tratamento diferenciado no ambiente de trabalho, especialmente quanto ao salário.
§ 2o Ficará sujeito às penas de multa e de prestação de serviços à comunidade, incluindo atividades de promoção da igualdade
racial, quem, em anúncios ou qualquer outra forma de recrutamento detrabalhadores, exigir aspectos de aparência próprios de
raça ou etnia para emprego cujas atividades não justifiquem essas exigências.
Pena: reclusão de dois a cinco anos.
Art. 5o Recusar ou impedir acesso a estabelecimento comercial, negando-se a servir, atender ou receber cliente ou comprador.
Pena: reclusão de um a três anos.
Art. 6º Recusar, negar ou impedir a inscrição ou ingresso de aluno em estabelecimento de ensino
público ou privado de qualquer grau.
Pena: reclusão de três a cinco anos.
Parágrafo único. Se o crime for praticado contra menor de dezoito anos a pena é agravada de 1/3 (um terço).
Art. 7º Impedir o acesso ou recusar hospedagem em hotel, pensão, estalagem, ou qualquer estabelecimento similar.
Pena: reclusão de três a cinco anos.
Art. 8º Impedir o acesso ou recusar atendimento em restaurantes, bares, confeitarias, ou locais semelhantes abertos ao público.
Pena: reclusão de um a três anos.
Art. 9º Impedir o acesso ou recusar atendimento em estabelecimentos esportivos, casas de diversões, ou clubes sociais abertos ao
público.
Pena: reclusão de um a três anos.
Art. 10. Impedir o acesso ou recusar atendimento em salões de cabeleireiros, barbearias, termas ou casas de massagem ou
estabelecimento com as mesmas finalidades.
Pena: reclusão de um a três anos.
Art. 11. Impedir o acesso às entradas sociais em edifícios públicos ou residenciais e elevadores ou escada de acesso aos mesmos:
Pena: reclusão de um a três anos.
Art. 12. Impedir o acesso ou uso de transportes públicos, como aviões, navios barcas, barcos, ônibus, trens, metrô ou qualquer
outro meio de transporte concedido.
Pena: reclusão de um a três anos.
Art. 13. Impedir ou obstar o acesso de alguém ao serviço em qualquer ramo das Forças Armadas.
Pena: reclusão de dois a quatro anos.
Art. 14. Impedir ou obstar, por qualquer meio ou forma, o casamento ou convivência familiar e social.
Pena: reclusão de dois a quatro anos.

→ Art. 140 do CP - Injuriar alguém, ofendendo-lhe a dignidade ou o decoro:


Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa.
§ 1º - O juiz pode deixar de aplicar a pena:
I - quando o ofendido, de forma reprovável, provocou diretamente a injúria;
II - no caso de retorsão imediata, que consista em outra injúria.
§ 2º - Se a injúria consiste em violência ou vias de fato, que, por sua natureza ou pelo meio empregado, se considerem aviltantes:
Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa, além da pena correspondente à violência.
§ 3º - Se a injúria consiste na utilização de elementos referentes a raça, cor, etnia, religião, origem ou a condição de pessoa idosa ou
portadora de deficiência:
Pena - reclusão de um a três anos e multa.

Art. 149 do CP - Reduzir alguém a condição análoga à de escravo, quer submetendo-o a trabalhos forçados ou a jornada exaustiva,
quer sujeitando-o a condições degradantes de trabalho, quer restringindo, por qualquer meio, sua locomoção em razão de dívida
contraída com o empregador ou preposto:
Pena - reclusão, de dois a oito anos, e multa, além da pena correspondente à violência.
[...]
§ 2º A pena é aumentada de metade, se o crime é cometido:
[...]
II – por motivo de preconceito de raça, cor, etnia, religião ou origem.
Investigação Criminal – Lei 12.830/2013
Art. 2º As funções de polícia judiciária e a apuração de infrações penais exercidas pelo delegado de polícia são de natureza jurídica,
essenciais e exclusivas de Estado.
§1o Ao delegado de polícia, na qualidade de autoridade policial, cabe a condução da investigação criminal por meio de inquérito
policial ou outro procedimento previsto em lei, que tem como objetivo a apuração das circunstâncias, da materialidade e da autoria
das infrações penais.
§ 2o Durante a investigação criminal, cabe ao delegado de polícia a requisição de perícia, informações, documentos e dados que
interessem à apuração dos fatos.
§ 4o O inquérito policial ou outro procedimento previsto em lei em curso somente poderá ser avocado ou redistribuído por
superior hierárquico, mediante despacho fundamentado, por motivo de interesse público ou nas hipóteses de inobservância dos
procedimentos previstos em regulamento da corporação que prejudique a eficácia da investigação.
§ 5o A remoção do delegado de polícia dar-se-á somente por ato fundamentado.

→ As funções de polícia judiciária nada mais são do que as funções investigativas. As polícias civis e a Polícia Federal normalmente
são chamas de polícias judiciárias, em oposição às polícias militares, ou ostensivas.
→ A função da polícia judiciária é verificar se há indícios suficientes de que o crime realmente ocorreu e de quem foi seu autor. Se a
conclusão for positiva, essas informações serão enviadas ao Ministério Público, que é o responsável por promover a ação judicial
por meio da qual o criminoso será penalizado.

*O indiciamento é ato privativo do Delegado de Polícia.


→ O cargo de delegado de polícia é privativo de bacharel em Direito.

Crimes contra o consumidor – Lei 8.078/90


→ Em geral, os crimes contra as relações de consumo são crimes de perigo abstrato, ou seja, a conduta do agente é capaz de
colocar em risco o bem jurídico tutelado pelo tipo penal.
- O dolo de perigo é considerado elemento subjetivo do ilícito. Existe, portanto, uma presunção absoluta de perigo. Isso
significa que não é necessária a comprovação de que a conduta do agente efetivamente colocou em risco o bem jurídico tutelado.

Art. 63. Omitir dizeres ou sinais ostensivos sobre a nocividade ou periculosidade de produtos, nas embalagens, nos invólucros,
recipientes ou publicidade:
Pena - Detenção de seis meses a dois anos e multa.
§ 1° Incorrerá nas mesmas penas quem deixar de alertar, mediante recomendações escritas ostensivas, sobre a periculosidade do
serviço a ser prestado.
§ 2° Se o crime é culposo:
Pena- Detenção de um a seis meses ou multa.
→ o crime do art. 63 é omissivo próprio e, por isso, não é possível punir a tentativa.
→ A consumação do crime se dá quando o produto é lançado no mercado sem os necessários dizeres ou quando há lançamento
publicitário sem o alerta. Na hipótese do §1o o agente poderá alertar o consumidor até o momento da prestação do serviço, e por
isso o crime só consuma quando a prestação do serviço se inicia.
Art. 8° Os produtos e serviços colocados no mercado de consumo não acarretarão riscos à saúde ou segurança dos consumidores,
exceto os considerados normais e previsíveis em decorrência de sua natureza e fruição, obrigando-se os fornecedores, em qualquer
hipótese, a dar as informações necessárias e adequadas a seu respeito.[...]
Art. 9° O fornecedor de produtos e serviços potencialmente nocivos ou perigosos à saúde ou segurança deverá informar, de
maneira ostensiva e adequada, a respeito da sua nocividade ou periculosidade, sem prejuízo da adoção de outras medidas cabíveis
em cada caso concreto.
→ Além deste, o art. 31 do CDC também determina que a “oferta e apresentação dos produtos devem assegurar informações
corretas, claras, precisas, ostensivas e em língua portuguesa” acerca dos riscos que apresentam à saúde e segurança dos
consumidores.

Art. 64. Deixar de comunicar à autoridade competente e aos consumidores a nocividade ou periculosidade de produtos cujo
conhecimento seja posterior à sua colocação no mercado:
Pena - Detenção de seis meses a dois anos e multa.
Parágrafo único. Incorrerá nas mesmas penas quem deixar de retirar do mercado, imediatamente quando determinado pela
autoridade competente, os produtos nocivos ou perigosos, na forma deste artigo.
→ O tipo penal é omissivo próprio, e a conduta só será punida quando for dolosa. Quando à consumação, precisamos apenas
considerar a necessidade de ter decorrido tempo suficiente para que o fornecedor informe o mercado e as autoridades acerca da
nocividade ou periculosidade do produto descoberta após o seu lançamento.

Art. 65. Executar serviço de alto grau de periculosidade, contrariando determinação de autoridade competente:
Pena - Detenção de seis meses a dois anos e multa.
§ 1º As penas deste artigo são aplicáveis sem prejuízo das correspondentes à lesão corporal e à morte.
§ 2º A prática do disposto no inciso XIV do art. 39 desta Lei também caracteriza o crime previsto no caput deste artigo.
→ Trata-se de um delito de mera conduta, comissivo e doloso. É admissível a tentativa, pois trata-sede crime comissivo e
plurissubsistente. Apesar dessa possibilidade, ao menos teórica, a caracterização da interrupção do serviço não é uma tarefa muito
fácil.
→ O objeto jurídico tutelado é o direito do consumidor de ter sua vida, saúde e segurança protegidas. O sujeito ativo é qualquer
prestador de serviço que contrariar determinação de autoridade competente na execução do serviço perigoso. Os sujeitos passivos
por sua vez são a coletividade, os consumidores difusamente considerados e o exposto diretamente ao serviço perigoso prestado.

Art. 39. É vedado ao fornecedor de produtos ou serviços, dentre outras práticas abusivas:[...]
XIV - permitir o ingresso em estabelecimentos comerciais ou de serviços de um número maior de consumidores que o fixado pela
autoridade administrativa como máximo.
Art. 66. Fazer afirmação falsa ou enganosa, ou omitir informação relevante sobre a natureza, característica, qualidade, quantidade,
segurança, desempenho, durabilidade, preço ou garantia de produtos ou serviços:
Pena - Detenção de três meses a um ano e multa.
§ 1º Incorrerá nas mesmas penas quem patrocinar a oferta.
§ 2º Se o crime é culposo;
Pena- Detenção de um a seis meses ou multa.
→ O crime conta com uma modalidade comissiva (fazer afirmação falsa ou enganosa) e outra omissiva (omitir informação
relevante). Somente na modalidade comissiva é possível a tentativa.

Art. 67. Fazer ou promover publicidade que sabe ou deveria saber ser enganosa ou abusiva:
Pena - Detenção de três meses a um ano e multa.
→ Numa primeira olhada, este tipo penal parece ser próprio dos profissionais que criam e produzem publicidade, além dos
responsáveis por sua veiculação, mas muitos doutrinadores entendem que quem contrata os serviços desses profissionais, ou seja,
o fornecedor, também pode ser sujeito ativo do crime.
O crime conta ainda com uma modalidade de dolo direto (sabe) e uma de dolo eventual (deveria saber).
Alguns autores enxergam nessa última possibilidade uma modalidade culposa, mas a Doutrina majoritária entende pela existência
de dolo eventual, pois o crime culposo deve sempre ser previsto expressamente. A tentativa é admissível.

O próprio CDC proíbe a publicidade enganosa e abusiva:


Art. 37. É proibida toda publicidade enganosa ou abusiva.
§ 1° É enganosa qualquer modalidade de informação ou comunicação de caráter publicitário, inteira ou parcialmente falsa, ou, por
qualquer outro modo, mesmo por omissão, capaz de induzir em erro o consumidor a respeito da natureza, características,
qualidade, quantidade, propriedades, origem, preço e quaisquer outros dados sobre produtos e serviços.
§ 2° É abusiva, dentre outras a publicidade discriminatória de qualquer natureza, a que incite à violência, explore o medo ou a
superstição, se aproveite da deficiência de julgamento e experiência da criança, desrespeita valores ambientais, ou que seja capaz
de induzir o consumidor a se comportar de forma prejudicial ou perigosa à sua saúde ou segurança.

Art. 68. Fazer ou promover publicidade que sabe ou deveria saber ser capaz de induzir o consumidor a se comportar de forma
prejudicial ou perigosa a sua saúde ou segurança:
Pena - Detenção de seis meses a dois anos e multa.
→ Este crime normalmente é chamado de publicidade abusiva. Como se trata de um delito que cuida diretamente da vida e
segurança do consumidor, o legislador cominou uma pena que é duas vezes maior que a do crime anterior.
→ Neste delito, o legislador tratou de uma modalidade específica de publicidade abusiva: “aquela capaz de induzir o consumidor a
se comportar de forma prejudicial ou perigosa a sua saúde ou segurança”. Podemos concluir, portanto, que só haverá crime quando
a propaganda induzir o comportamento do consumidor de tal maneira que coloque em risco a sua saúde ou segurança. Se esse
risco não for observado, e houver publicidade abusiva ou enganosa, o crime praticado será o tipificado pelo art. 67. Ainda assim, a
maior parte dos doutrinadores identifica aqui um crime de perigo abstrato. Por fim, o crime tem como elemento subjetivo o dolo,
sendo possível a tentativa.

Art. 69. Deixar de organizar dados fáticos, técnicos e científicos que dão base à publicidade:
Pena- Detenção de um a seis meses ou multa.
É crime próprio, pois o sujeito ativo é só o fornecedor, uma vez que a ele se impõe o dever de arquivar os dados
→ Trata-se de crime omissivo próprio, caracterizado pelo núcleo do tipo “deixar”. Como elemento subjetivo do tipo, temos o dolo.
A consumação ocorre quando a publicidade é veiculada. Se o agente não organiza os dados, mas a publicidade não chega a ser
veiculada, o fato é atípico.

Art. 70. Empregar na reparação de produtos, peça ou componentes de reposição usados, sem autorização do consumidor:
Pena - Detenção de três meses a um ano e multa.
→ Trata-se de crime de perigo presumido, que não depende da efetiva ocorrência prejuízo ou dano. Esse posicionamento,
entretanto, não é unânime na doutrina, pois autores importantes, como René Ariel Dotti e Paulo José da Costa Junior entendem
como necessária a ocorrência, de fato, de dano ou prejuízo.
→ O elemento subjetivo é o dolo. A tentativa é, ao menos em tese, admissível. O sujeito ativo, mais uma vez, é o fornecedor de
serviços.

Art. 71. Utilizar, na cobrança de dívidas, de ameaça, coação, constrangimento físico ou moral, afirmações falsas incorretas ou
enganosas ou de qualquer outro procedimento que exponha o consumidor, injustificadamente, a ridículo ou interfira com seu
trabalho, descanso ou lazer:
Pena - Detenção de três meses a um ano e multa.
→ O elemento subjetivo é o dolo. A tentativa é admissível, exceto no caso de conduta que não pode ser
fracionada(unissubsistente), como ocorre, por exemplo, na formulação de ameaça verbal.

Art. 72. Impedir ou dificultar o acesso do consumidor às informações que sobre ele constem em cadastros, banco de dados, fichas e
registros:
Pena - Detenção de seis meses a um ano ou multa.
Este crime normalmente é chamado de perturbação do acesso aos arquivos de consumo.
→ O sujeito ativo deste crime não é necessariamente o fornecedor, mas qualquer pessoa que tenha função relacionada à
administração de registros. A proteção aqui recai sobre as relações de consumo e sobre o direito a informação por parte do
consumidor.
→ Este é mais um crime doloso, e a tentativa não é possível. Além disso, estamos diante de um crime de mera conduta, já que a sua
configuração não depende da efetiva ocorrência de prejuízo à vítima.

Art. 73. Deixar de corrigir imediatamente informação sobre consumidor constante de cadastro, banco de dados, fichas ou registros
que sabe ou deveria saber ser inexata:
Pena- Detenção de um a seis meses ou multa.
→ Cometerá o crime o fornecedor ou qualquer outra pessoa responsável (sujeito ativo) e que não corrigir imediatamente
informação sobre consumidor (sujeito passivo)que conste em cadastro, banco de dados, fichas ou registros que sabe ou deveria
saber não estar correto. Pune-se apenas com uma sanção, que pode ser de detenção ou multa.
→ crime é omissivo puro. A tentativa é inadmissível.Admitem-se o dolo direto (conduta do que sabe) e o eventual (conduta do que
deveria saber). Não há modalidade culposa.

Art. 74. Deixar de entregar ao consumidor o termo de garantia adequadamente preenchido e com especificação clara de seu
conteúdo;
Pena- Detenção de um a seis meses ou multa.

CIRCUNSTÂNCIAS AGRAVANTES
Art. 76. São circunstâncias agravantes dos crimes tipificados neste código:
I - serem cometidos em época de grave crise econômica ou por ocasião de calamidade;
II – ocasionarem grave dano individual ou coletivo;
III - dissimular-se a natureza ilícita do procedimento;
IV - quando cometidos:
a) por servidor público, ou por pessoa cuja condição econômico-social seja manifestamente superior à da vítima;
b) em detrimento de operário ou rurícola; de menor de dezoito ou maior de sessenta anos ou de pessoas portadoras de deficiência
mental interditadas ou não;
V - serem praticados em operações que envolvam alimentos, medicamentos ou quaisquer outros produtos ou serviços essenciais.

Estatuto do Torcedor - Lei nº 10.671/03


→ Definição de torcida organizada , que é a pessoa jurídica de direito privado ou existente de fato, que se organize para o fim de
torcer e apoiar entidade de prática esportiva de qualquer natureza ou modalidade.
***O Estatuto do Torcedor estabelece penalidades administrativas e tipifica crimes.

Art. 37. Sem prejuízo das demais sanções cabíveis, a entidade de administração do desporto, a liga ou a entidade de prática
desportiva que violar ou de qualquer forma concorrer para a violação do disposto nesta Lei, observado o devido processo legal,
incidirá nas seguintes sanções:
I - destituição de seus dirigentes, na hipótese de violação das regras de que tratam os Capítulos II, IV e V desta Lei;
II - suspensão por seis meses dos seus dirigentes, por violação dos dispositivos desta Lei não referidos no inciso I;
III - impedimento de gozar de qualquer benefício fiscal em âmbito federal; e
IV - suspensão por seis meses dos repasses de recursos públicos federais da administração
direta e indireta, sem prejuízo do disposto no art. 18 da Lei no 9.615, de 24 de março de 1998.

Art. 39-A. A torcida organizada que, em evento esportivo, promover tumulto; praticar ou incitar a violência; ou invadir local restrito
aos competidores, árbitros, fiscais, dirigentes, organizadores ou jornalistas será impedida, assim como seus associados ou membros,
de comparecer a eventos esportivos pelo prazo de até 3 (três) anos.
Art. 39-B. A torcida organizada responde civilmente, de forma objetiva e solidária, pelos danos causados por qualquer dos seus
associados ou membros no local do evento esportivo, em suas imediações ou no trajeto de ida e volta para o evento.

CRIMES PREVISTOS NO ESTATUTO DO TORCEDOR

Art. 41-B. Promover tumulto, praticar ou incitar a violência, ou invadir local restrito aos competidores em eventos esportivos:
Pena - reclusão de 1 (um) a 2 (dois) anos e multa.ESTATUTO DO TORCEDOR
Art. 41-B. Promover tumulto, praticar ou incitar a violência, ou invadir local restrito aos competidores em eventos esportivos:
Pena - reclusão de 1 (um) a 2 (dois) anos e multa.
§ 1o Incorrerá nas mesmas penas o torcedor que:
I - promover tumulto, praticar ou incitar a violência num raio de 5.000 (cinco mil) metros ao redor do local de realização do evento
esportivo, ou durante o trajeto de ida e volta do local da realização do evento;
II - portar, deter ou transportar, no interior do estádio, em suas imediações ou no seu trajeto, em dia de realização de evento
esportivo, quaisquer instrumentos que possam servir para a prática de violência.
§ 2o Na sentença penal condenatória, o juiz deverá converter a pena de reclusão em pena impeditiva de comparecimento às
proximidades do estádio, bem como a qualquer local em que se realize evento esportivo, pelo prazo de 3 (três) meses a 3 (três)
anos, de acordo com a gravidade da conduta, na hipótese de o agente ser primário, ter bons antecedentes e não ter sido punido
anteriormente pela prática de condutas previstas neste artigo.
§ 3o A pena impeditiva de comparecimento às proximidades do estádio, bem como a qualquer local em que se realize evento
esportivo, converter-se-á em privativa de liberdade quando ocorrer o descumprimento injustificado da restrição imposta.
§ 4o Na conversão de pena prevista no § 2o, a sentença deverá determinar, ainda, a obrigatoriedade suplementar de o agente
permanecer em estabelecimento indicado pelo juiz, no período compreendido entre as 2 (duas) horas antecedentes e as 2 (duas)
horas posteriores à realização de partidas de entidade de prática desportiva ou de competição determinada.
§ 5o Na hipótese de o representante do Ministério Público propor aplicação da pena restritiva de direito prevista no art. 76 da Lei
no 9.099, de 26 de setembro de 1995, o juiz aplicará a sanção prevista no§ 2o.
Art. 41-C. Solicitar ou aceitar, para si ou para outrem, vantagem ou promessa de vantagem patrimonial ou não patrimonial para
qualquer ato ou omissão destinado a alterar ou falsear o resultado de competição esportiva:
Pena - reclusão de 2 (dois) a 6 (seis) anos e multa.
Art. 41-D. Dar ou prometer vantagem patrimonial ou não patrimonial com o fim de alterar ou falsear o resultado de uma
competição desportiva:
Pena - reclusão de 2 (dois) a 6 (seis) anos e multa.
Art. 41-E. Fraudar, por qualquer meio, ou contribuir para que se fraude, de qualquer forma, o resultado de competição esportiva:
Pena - reclusão de 2 (dois) a 6 (seis) anos e multa evento esportivo, por preço superior ao estampado no bilhete:
Pena - reclusão de 1 (um) a 2 (dois) anos e multa.
Art. 41-G. Fornecer, desviar ou facilitar a distribuição de ingressos para venda por preço superior ao estampado no bilhete:
Pena - reclusão de 2 (dois) a 4(quatro) anos e multa.
Parágrafo único . A pena será aumentada de 1/3 (um terço) até a metade se o agente for servidor público, dirigente ou funcionário
de entidade de prática desportiva, entidade responsável pela organização da competição, empresa contratada para o processo de
emissão, distribuição e venda de ingressos ou torcida organizada e se utilizar desta condição para os fins previstos neste artigo.

Estatuto do Idoso – 10.741/03


O Estatuto do Idoso regula os direitos das pessoas com idade igual ou superior a 60
(sessenta) anos.

Atribuições conferidas ao MP pelo Estatuto do Idoso:


a) Atuar como substituto processual do idoso em situação de risco  Este é um dos poucos casos em que a substituição é
autorizada no nosso ordenamento jurídico. O MP pode, portanto, atuar em benefício do idoso em situação de risco
independentemente de autorização ou procuração.
b) Instaurar procedimento administrativo Além do manejo das ações judiciais, o MP pode também instaurar procedimento
administrativo para investigar o cometimento das infrações previstas no Estatuto (arts. 56 a 58).
c) Inspecionar as entidades públicas e particulares de atendimento e os programas de que trata o Estatuto do Idoso  Além de
inspecionar, o MP pode adotar medidas administrativas ou judiciais que sejam necessárias para sanar as irregularidades apontadas.
Para cumprir esse dever, o Estatuto confere ao representante do MP a prerrogativa de livre acesso a toda entidade de atendimento
ao idoso.

→ Sempre que houver notícia de fato que seja tipificado como crime de ação pública, os documentos comprobatórios devem ser
encaminhados ao Ministério Público, para que este possa decidir acerca da oportunidade de apresentação da denúncia perante do
Poder Judiciário.
- Todos os crimes previstos no Estatuto do Idoso são de ação penal pública incondicionada – não é necessária qualquer
provocação ou representação por parte da vítima para que o MP ofereça denúncia ao Poder Judiciário.
*A Lei nº 9.099/1995 deve ser aplicada aos crimes previstos no Estatuto do Idoso, quando apena máxima não ultrapassar 4 anos.
Entretanto, essa aplicação deve ocorrer apenas no que diz respeito ao procedimento sumaríssimo, e não às medidas
despenalizadoras.

CRIMES CONTRA OS IDOSOS


* os que estão em vermelho já foram cobrados em prova*
Art. 96. Discriminar pessoa idosa, impedindo ou dificultando seu acesso a operações bancárias, aos meios de transporte, ao direito
de contratar ou por qualquer outro meio ou instrumento necessário ao exercício da cidadania, por motivo de idade:
Pena – reclusão de 6 (seis) meses a 1 (um) ano e multa.
§ 1o Na mesma pena incorre quem desdenhar, humilhar, menosprezar ou discriminar pessoa idosa, por qualquer motivo.
§ 2o A pena será aumentada de 1/3 (um terço) se a vítima se encontrar sob os cuidados ou responsabilidade do agente.
Art. 97. Deixar de prestar assistência ao idoso, quando possível fazê-lo sem risco pessoal, em situação de iminente perigo, ou
recusar, retardar ou dificultar sua assistência à saúde, sem justa causa, ou não pedir, nesses casos, o socorro de autoridade pública:
Pena – detenção de 6 (seis) meses a 1 (um) ano e multa.
Parágrafo único. A pena é aumentada de metade, se da omissão resulta lesão corporal de natureza grave, e triplicada, se resulta a
morte.
Art. 98. Abandonar o idoso em hospitais, casas de saúde, entidades de longa permanência, ou congêneres, ou não prover suas
necessidades básicas, quando obrigado por lei ou mandado:
Pena – detenção de 6 (seis) meses a 3 (três) anos e multa.
Art. 99. Expor a perigo a integridade e asaúde, física ou psíquica, do idoso, submetendo-o a condições desumanas ou degradantes
ou privando-o de alimentos e cuidados indispensáveis, quando obrigado a fazê-lo, ou sujeitando-o a trabalho excessivo ou
inadequado:
Pena – detenção de 2 (dois) meses a 1 (um) ano e multa.
§ 1o Se do fato resulta lesão corporal de natureza grave:
Pena – reclusão de 1 (um) a 4 (quatro) anos.
§ 2o Se resulta a morte: Pena – reclusão de 4 (quatro) a 12 (doze) anos.
Art. 100. Constitui crime punível com reclusão de 6 (seis) meses a 1 (um) ano e multa:
I – obstar o acesso de alguém a qualquer cargo público por motivo de idade;
II – negar a alguém, por motivo de idade, emprego ou trabalho;
III – recusar, retardar ou dificultar atendimento ou deixar de prestar assistência à saúde, sem justa causa, a pessoa idosa;
IV – deixar de cumprir, retardar ou frustrar, sem justo motivo, a execução de ordem judicial expedida na ação civil a que alude esta
Lei;
V – recusar, retardar ou omitir dados técnicos indispensáveis à propositura da ação civil objeto desta Lei, quando requisitados pelo
Ministério Público.
Art. 101. Deixar de cumprir, retardar ou frustrar, sem justo motivo, a execução de ordem judicial expedida nas ações em que for
parte ou interveniente o idoso:
Pena – detenção de 6 (seis) meses a 1 (um) ano e multa.
Art. 102. Apropriar-se de ou desviar bens, proventos, pensão ou qualquer outro rendimento do idoso, dando-lhes aplicação diversa
da de sua finalidade:
Pena – reclusão de 1 (um) a 4 (quatro) anos e multa.
Art. 103. Negar o acolhimento ou a permanência do idoso, como abrigado, por recusa deste em outorgar procuração à entidade de
atendimento:
Pena – detenção de 6 (seis) meses a 1 (um) ano e multa.
Art. 104. Reter o cartão magnético de conta bancária relativa a benefícios, proventos ou pensão do idoso, bem como qualquer
outro documento com objetivo de assegurar recebimento ou ressarcimento de dívida:
Pena – detenção de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos e multa.
Art. 105. Exibir ou veicular, por qualquer meio de comunicação, informações ou imagens depreciativas ou injuriosas à pessoa do
idoso:
Pena – detenção de 1 (um) a 3 (três) anos e multa.
Art. 106. Induzir pessoa idosa sem discernimento de seus atos a outorgar procuração para fins de administração de bens ou deles
dispor livremente:
Pena – reclusão de 2 (dois) a 4 (quatro) anos.
Art. 107. Coagir, de qualquer modo, o idoso a doar, contratar, testar ou outorgar procuração:
Pena – reclusão de 2 (dois) a 5 (cinco) anos.
Art. 108. Lavrar ato notarial que envolva pessoa idosa sem discernimento de seus atos, sem a devida representação legal:
Pena – reclusão de 2 (dois) a 4 (quatro) anos.
Art. 109. Impedir ou embaraçar ato do representante do Ministério Público ou de qualquer outro agente fiscalizador:
Pena – reclusão de 6 (seis) meses a 1 (um) ano e multa.

Contravenções Penais - Decreto Lei nº 3.688/41


→ As contravenções penais são, independentemente da pena cominada, consideradas infrações penais de
menor potencial ofensivo, e por isso submetem-se ao rito da Lei nº 9.099/1995 (Lei dos Juizados Especiais).
→ As contravenções penais. Estas, portanto, são sempre julgadas no âmbito estadual, ainda que atinjam bens, serviços e interesses
da União.
*Não é punível a tentativa de contravenção penal.

→ A contravenção penal no estrangeiro não gera reincidência no Brasil]

As penas principais são:


1. Prisão simples
-A prisão simples tem sua aplicação limitada ao prazo máximo de 5 anos, e é aplicada de acordo com as regras do Código
Penal, com as seguintes diferenças:
a) Cumprimento da pena em regime aberto e semiaberto;
b) Obrigatoriedade de estabelecimento prisional especial ou, ainda, área especial da prisão comum;
c) A separação obrigatória dos contraventores em relação aos presos condenados à reclusão ou detenção;
d) No caso de prisão até 15 dias, o trabalho é facultativo;
e) O tempo máximo de prisão é de 5 anos.
2. Multa

→ A ação penal nas contravenções é pública e incondicionada, não sendo necessária qualquer manifestação do ofendido.

Crimes contra a Ordem Tributária – lei 8137/90


***Art. 1° Constitui crime contra a ordem tributária suprimir ou reduzir tributo, ou contribuição social e qualquer acessório,
mediante as seguintes condutas:
I - omitir informação, ou prestar declaração falsa às autoridades fazendárias;
II - fraudar a fiscalização tributária, inserindo elementos inexatos, ou omitindo operação de qualquer natureza, em documento ou
livro exigido pela lei fiscal;
III - falsificar ou alterar nota fiscal, fatura, duplicata, nota de venda, ou qualquer outro documento relativo à operação tributável;
IV - elaborar, distribuir, fornecer, emitir ou utilizar documento que saiba ou deva saber falso ou inexato;
V - negar ou deixar de fornecer, quando obrigatório, nota fiscal ou documento equivalente, relativa a venda de mercadoria ou
prestação de serviço, efetivamente realizada, ou fornecê-la em desacordo com a legislação.
Pena - reclusão de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa.

Art. 2° Constitui crime da mesma natureza:


I - fazer declaração falsa ou omitir declaração sobre rendas, bens ou fatos, ou empregar outra fraude, para eximir-se, total ou
parcialmente, de pagamento de tributo;
II - deixar de recolher, no prazo legal, valor de tributo ou de contribuição social, descontado ou cobrado, na qualidade de sujeito
passivo de obrigação e que deveria recolher aos cofres públicos;
III - exigir, pagar ou receber, para si ou para o contribuinte beneficiário, qualquer percentagem sobre a parcela dedutível ou
deduzida de imposto ou de contribuição como incentivo fiscal;
IV - deixar de aplicar, ou aplicar em desacordo com o estatuído, incentivo fiscal ou parcelas de imposto liberadas por órgão ou
entidade de desenvolvimento;
V - utilizar ou divulgar programa de processamento de dados que permita ao sujeito passivo da obrigação tributária possuir
informação contábil diversa daquela que é, por lei, fornecida à Fazenda Pública.
- Aquele que desenvolve sistema de processamento de dados que permita ao contribuinte manter informação contábil
diversa daquela que é informada à autoridade fiscal. Na prática, este seria um sistema para acompanhar o “caixa dois”.
Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa.

As seguintes circunstâncias agravantes, previstas pela Lei nº 8.137/1990, podem agravar as penas de um terço à metade:
• Ocasionar grave dano à coletividade;
• Ser o crime cometido por servidor público no exercício de suas funções → lembre-se de que essas circunstâncias agravantes
apenas se aplicam aos crimes cometidos por particulares. Se estes crimes forem praticados por funcionário público, estará presente
a circunstância agravante. Mais adiante veremos os crimes que somente podem ser praticados por funcionários públicos, e nesse
caso a condição do agente já é elementar do crime e, portanto, não pode agravar a pena;
• Ser o crime praticado em relação à prestação de serviços ou ao comércio de bens essenciais à vida ou à saúde.

→ A pretensão punitiva do Estado quanto aos crimes dos arts. 1º e 2º será suspensa quando a pessoa jurídica relacionada com o
agente dos crimes estiver incluída no Refis. Essa suspensão, todavia, só pode ocorrer se o devedor tiver entrado no Refis antes do
RECEBIMENTO da denúncia criminal.

Súmula Vinculante nº 24 do STF


Não se tipifica crime material contra a ordem tributária, previsto no art. 1º, incisos I a IV, da Lei nº 8.137/90, antes do lançamento
definitivo do tributo.

Dos crimes praticados por funcionários públicos


Art. 3° Constitui crime funcional contra a ordem tributária, além dos previstos no Decreto-Lei n° 2.848,
de 7 de dezembro de 1940 - Código Penal (Título XI, Capítulo I):
I - extraviar livro oficial, processo fiscal ou qualquer documento, de que tenha a guarda em razão da função; sonegá-lo, ou
inutilizá-lo, total ou parcialmente, acarretando pagamento indevido ou inexato de tributo ou contribuição social;
II - exigir, solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de iniciar seu
exercício, mas em razão dela, vantagem indevida; ou aceitar promessa de tal vantagem, para deixar de lançar ou cobrar tributo ou
contribuição social, ou cobrá-los parcialmente.
Pena - reclusão, de 3 (três) a 8 (oito) anos, e multa.
III - patrocinar, direta ou indiretamente, interesse privado perante a administração fazendária, valendo-se da qualidade de
funcionário público. Pena - reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa.

→ Não há crime funcional contra a ordem tributária que não mencione tributos ou a Administração Fazendária!

→ A Lei 10.684/2003 estabeleceu que a punibilidade pode ser extinta com o pagamento integral mesmo após o TRÂNSITO EM
JULGADO, tese aceita pelo STJ (HC 362478).

Delação Premiada
Art. 16. Qualquer pessoa poderá provocar a iniciativa do Ministério Público nos crimes descritos nesta lei, fornecendo-lhe por escrito
informações sobre o fato e a autoria, bem como indicando o tempo, o lugar e os elementos de convicção.
Parágrafo único. Nos crimes previstos nesta Lei, cometidos em quadrilha ou coautoria, o coautor ou partícipe que através de
confissão espontânea revelar à autoridade policial ou judicial toda a trama delituosa terá a sua pena reduzida de um a dois terços.
→ A pena do agente que espontaneamente relevar à autoridade policial ou judicial toda a trama delituosa será reduzida
de um a dois terços.

Dos Crimes contra a Ordem Econômica


→ Estes crimes, assim como os crimes contra a ordem tributária, são de ação penal pública incondicionada.

Art. 4° Constitui crime contra a ordem econômica:


I - abusar do poder econômico, dominando o mercado ou eliminando, total ou parcialmente, a concorrência mediante qualquer
forma de ajuste ou acordo de empresas;
II – formar acordo, convênio, ajuste ou aliança entre ofertantes, visando:
a) à fixação artificial de preços ou quantidades vendidas ou produzidas;
b) ao controle regionalizado do mercado por empresa ou grupo de empresas;
c) ao controle, em detrimento da concorrência, de rede de distribuição ou de fornecedores.
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos e multa.

→ O dumping é uma prática lesiva à concorrência que consiste na operação de uma empresa abaixo das condições habituais de
mercado, com a finalidade de eliminar. Seria o caso, por exemplo, de um grande fabricante de sapatos que decide começar a operar
em uma nova localidade vendendo abaixo do preço de custo por um tempo, forçando os concorrentes menores a “quebrar”.
Formação de cartel→ Esta conduta antieconômica ocorre quando empresários se unem para “dividir entre si o mercado”,
ajustando os preços a serem praticados, as quantidades de mercadorias que serão produzidas e comercializadas, o controle de
redes de fornecedores ou o controle do mercado por regiões.
Há cartel, por exemplo, quando empresas comerciais do mesmo ramo combinam que cada uma abrirá lojas em determinadas áreas
da cidade, ou quando vários donos de postos de gasolina combinam um “preço de tabela” a ser praticado por todos.
O cartel é crime de mera conduta. Não é necessário que o grupo efetivamente consiga o que pretende, mas somente que se reúna
e faça o acordo.
Monopólio → ocorre quando apenas uma pessoa é capaz de fornecer determinado bem ou serviço em certa localidade. A
constituição de monopólio, por si só, não é crime. Cabe ao poder público, todavia, desenvolver mecanismos de forma a incentivar a
concorrência ou, quando isso não for possível, limitar os preços praticados pelo monopolista.

Dos Crimes Contra as Relações de Consumo

Art. 7° Constitui crime contra as relações de consumo:


I - favorecer ou preferir, sem justa causa, comprador ou freguês, ressalvados os sistemas de entrega ao consumo por intermédio de
distribuidores ou revendedores;
II - vender ou expor à venda mercadoria cuja embalagem, tipo, especificação, peso ou composição esteja em desacordo com as
prescrições legais, ou que não corresponda à respectiva classificação oficial;
III - misturar gêneros e mercadorias de espécies diferentes, para vendê-los ou expô-los à venda como puros; misturar gêneros e
mercadorias de qualidades desiguais para vendê-los ou expô-los à venda por preço estabelecido para os demais mais alto custo;
IV - fraudar preços por meio de:
a) alteração, sem modificação essencial ou de qualidade, de elementos tais como denominação, sinal externo, marca, embalagem,
especificação técnica, descrição, volume, peso, pintura ou acabamento de bem ou serviço;
b) divisão em partes de bem ou serviço, habitualmente oferecido à venda em conjunto;
c) junção de bens ou serviços, comumente oferecidos à venda em separado;
d) aviso de inclusão de insumo não empregado na produção do bem ou na prestação dos serviços;
V - elevar o valor cobrado nas vendas a prazo de bens ou serviços, mediante a exigência de comissão ou de taxa de juros ilegais;
VI - sonegar insumos ou bens, recusando-se a vendê-los a quem pretenda comprá-los nas condições publicamente ofertadas, ou
retê-los para o fim de especulação;
VII - induzir o consumidor ou usuário a erro, por via de indicação ou afirmação falsa ou enganosa sobre a natureza, qualidade do
bem ou serviço, utilizando-se de qualquer meio, inclusive a veiculação ou divulgação publicitária;
VIII - destruir, inutilizar ou danificar matéria-prima ou mercadoria, com o fim de provocar alta de preço, em proveito próprio ou de
terceiros;
IX - vender, ter em depósito para vender ou expor à venda ou, de qualquer forma, entregar matériaprima ou mercadoria, em
condições impróprias ao consumo;
Pena - detenção, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, ou multa.
Parágrafo único. Nas hipóteses dos incisos II, III e IX pune-se a modalidade culposa, reduzindo-se a pena e a detenção de 1/3 (um
terço) ou a de multa à quinta parte

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