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Receitas da vovó
Lembra aquela receita que só sua mãe ou sua avó sabem fazer? Pois saiba que, além de
gostoso, esse prato é parte importante da cultura brasileira. É verdade. Os cadernos de receita
são registros culturais. Primeiro, porque resgatam antigas tradições, seja familiares ou étnicas.
Além disso, mostram como se fala ou se falava em determinada região. E ainda servem como
passagens de tempo, chaves para alcançarmos memórias emocionais que a gente nem sabia
que tinha (se você se lembrou do prato que sua avó ou sua mãe fazia, você sabe do que eu
estou falando).
Decida
Em um mundo cada vez mais complexo, com excesso de informação, pressão por desempenho
e repleto de alternativas, as pessoas precisam tomar decisões também a respeito de assuntos
delicados. E devem fazer isso sem ter muito tempo para pensar.
Cada vez mais, o sucesso e a satisfação pessoal dependem da habilidade de fazer escolhas
adequadas. Com frequência, as pessoas são instadas a tomar uma decisão que pode modificar
sua vida pessoal. Devo ou não me casar? Que tal só morarmos juntos? Devo ou não me
separar? [...] Em que escola matricular nosso filho? Aliás, ele vai ganhar carro aos 18 anos ou
sairá à noite de carona [...]? É certo comprar aquela casa maior e contrair um financiamento a
perder de vista? No trabalho, acontece a mesma coisa. Devo dar uma resposta dura àquela
provocação feita pelo chefe? Peço ou não peço aumento? Posso ou não baixar os preços dos
produtos que vendo de forma a aumentar a saída? Que tal largar tudo e abrir aquela pousada
na praia? Psicólogos americanos que estudaram a vida de gerentes empregados em grandes
companhias descobriram que eles chegam a tomar uma decisão a cada nove minutos. São
mais de 10.000 decisões por ano – 10.000 possibilidades de acertar, ou de errar. Não há como
fugir. Ou você decide, ou alguém decide em seu lugar.
Desmatar é ruim, mas traz crescimento econômico. Isso é o que fizeram você acreditar
durante muito tempo. A realidade é bem diferente. O modelo de ocupação predominante na
Amazônia é baseado na exploração madeireira predatória e na conversão de terras para
agropecuária. É o que eu chamo de “boom-colapso”: nos primeiros anos da atividade
econômica baseada nesse modelo, ocorre um rápido e efêmero crescimento (o boom). Mas,
em seguida, vem um declínio significativo em renda, emprego e arrecadação de tributos (o
colapso). A situação de quem era pobre fica ainda pior.
O teatro da etiqueta
No século XV, quando se instalavam os Estados nacionais e a monarquia absoluta na Europa,
não havia sequer garfos e colheres nas mesas de refeição: cada comensal trazia sua faca para
cortar um naco da carne – e, em caso de briga, para cortar o vizinho. Nessa Europa bárbara,
que começava a sair da Idade Média, em que nem os nobres sabiam escrever, o poder do rei
devia se afirmar de todas as maneiras aos olhos de seus súditos como uma espécie de teatro.
Nesse contexto surge a etiqueta, marcando momento a momento o espetáculo da realeza: só
para servir o vinho ao monarca havia um ritual que durava até dez minutos.
Quando Luís XV, que reinou na França de 1715 a 1774, passou a usar lenço não como simples
peça de vestuário, mas para limpar o nariz, ninguém mais na corte de Versalhes ousou assoar-
se com os dedos, como era costume. Mas todas essas regras, embora servissem para
diferenciar a nobreza dos demais, não tinham a petulância que a etiqueta adquiriu depois. Os
nobres usavam as boas maneiras com naturalidade, para marcar uma diferença política que já
existia. E representavam esse teatro da mesma forma para todos. Depois da Revolução
Francesa, as pessoas começam a aprender etiqueta para ascender socialmente. Daí por que ela
passou a ser usada de forma desigual – só na hora de lidar com os poderosos.
O etanol de cana-de-açúcar produzido pelo Brasil é melhor que todos os outros. A conclusão é
de um estudo divulgado pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico
(OCDE), que reúne 30 países entre os mais industrializados do mundo e da qual o Brasil não faz
parte. A pesquisa mostra que o etanol brasileiro reduz em até 80% as emissões dos gases que
provocam o efeito estufa. “O percentual de redução na emissão de gases é muito mais baixo
nos biocombustíveis produzidos na Europa, nos Estados Unidos e no Canadá”, afirmou Stefan
Tangermann, diretor de Agricultua da OCDE. O etanol do milho americano reduz em apenas
30% as emissões. Já o trigo utilizado pelos europeus tem efeito de 50% na diminuição da
poluição.
A pesquisa também critica os subsídios dados por europeus e americanos a seus produtores –
US$ 11 bilhões por ano e que devem chegar US$ 25 bilhões até 2015. [...] É uma vitória da
postura brasileira de defesa incessante da cana como energia alternativa.
QUESTÃO 05 – O argumento que sustenta a tese de que o etanol da cana de açúcar brasileira é
melhor que todos os outros é que
Cultura e sociedade
(Fragmento)
QUESTÃO 06 – Um argumento que sustenta a tese de que “a sociedade moderna tem utilizado
de forma irracional seus recursos hídricos” é que